notícias atuais sobre saúde, violência,justiça,cidadania,educação, cultura,direitos humanos,ecologia, variedades,comportamento
Mostrando postagens com marcador bullying. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador bullying. Mostrar todas as postagens
segunda-feira, 16 de maio de 2016
quarta-feira, 13 de março de 2013
Escolas do Rio terão semana de combate ao bullying
Durante a primeira semana de abril, as escolas públicas e privadas do Rio de Janeiro terão uma semana dedicada ao combate ao bullying (ato de agredir fisicamente ou verbalmente uma criança ou adolescente, de modo contínuo e intencional) e ao cyberbullying (agressão feita pela internet). O objetivo dessa iniciativa é lembrar as vítimas do massacre na Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, na zona oeste da capital fluminense.
De acordo com a Pesquisa Nacional da Saúde do Escolar (Pense), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 21% dos casos de bullying ocorrem nas salas de aula, mesmo com a presença do professor.
Saiba mais sobre a semana dedicada ao combate ao bullying
Com informações da Agência Brasil
promenino
sábado, 27 de outubro de 2012
Colega de quarto confessa ter matado estudante e atribui crime a bullying
Crime ocorreu em república no Jardim Botânico; família da vítima veio do Ceará para liberar corpo do jovem
RIO — Depois de um depoimento de 15 horas, o estudante de matemática Bruno Euzébio dos Santos, de 26 anos, confessou, na noite desta sexta-feira, que matou o colega de quarto José Leandro Pinheiro, de 21 anos, porque era vítima de bullying. Segundo o diretor da Divisão de Homicídios (DH), Rivaldo Barbosa, a confissão ocorreu na presença dos pais do autor do crime e de um psicólogo. Bruno, no entanto, não disse se era tratado por algum apelido, mas relatou que as risadas dos jovens da república no Jardim Botânico, onde ocorreu o crime, o incomodavam. O indiciado será levado para uma unidade prisional em Bangu no sábado.
Ele contou que, na noite da última quarta-feira, véspera do dia do crime, ele não conseguia dormir por causa dos colegas que ficaram conversando até tarde. Antes de cometer o assassinato, Bruno tentou abafar o som das conversas dos colegas colocando um fone de ouvido com música no último volume, mas disse não ter conseguido se concentrar nos estudos. Segundo o delegado, ele disse que as vozes persistiam em sua cabeça. Depois de tomar vodca com Coca-Cola e tranquilizantes, Bruno disse que pegou uma pedra de 30 centímetros que escorava a porta do térreo e atacou o colega, desferindo, em seguida, quatro facadas no peito dele. O criminoso foi achado desacordado na cozinha da república, com as mãos sujas de sangue, enquanto José Leandro estava morto no quarto. Segundo Rivaldo, Bruno contou que achava que os colegas estavam rindo dele.
— Até a tosse de José Leandro o irritava. Isso gerou um distanciamento social profundo entre Bruno e os colegas. Ele disse que se sentiu vítima de bullying. Seu temperamento era de uma pessoa calada, instrospectiva, enquanto os colegas brincavam. Estou estudando a possibilidade de pedir um exame de sanidade mental dele — disse Rivaldo, que indiciou Bruno por homicídio qualificado.
Os dois jovens eram alunos do curso de mestrado do Instituto de Matemática Pura e Aplicada (Impa). Bruno estava há 1 ano e 8 meses no Rio. Ao perceber que o convívio social estava insuportável, Bruno contou em depoimento que procurou dois psiquiatras, um na Barra de outro em Copacabana. Segundo o delegado, um deles receitou um remédio que impedia o estudante de dormir. Ele tomava ainda remédios controlados como Fluoxetina e Rivotril.
— Depois do crime, Bruno tentou se suicidar com vodca e vários comprimidos de rivotril. O depoimento dele confirmou o que a perícia relatou no laudo. Ele achava que as pessoas zombavam dele. Ele foi indiciado por homicídio qualificado porque não possibilitou a defesa da vítima. Para a DH o caso está elucidado, porque foi esclarecida a motivação, dinâmica do evento, além de ele ter sido autuado em flagrante — contou Rivaldo.
Família chega do Ceará para reconhecer corpo
A Divisão de Homicídios criou um Serviço de Estudo Comportamentais, com psicólogos que acompanham os casos onde há indícios de problemas psicológicos por parte dos suspeitos da autoria do crime. É o quinto caso que o serviço ajuda a elucidar. O pai de Bruno, José Enivaldo dos Santos, de 53 anos, que veio de Sergipe por causa do crime, pediu desculpas à família de José Leandro pela morte dele.
O agricultor Nestor Pinheiro, de 48 anos, após reconhecer o corpo do filho José Leandro, no Instituto Médico-Legal, revelou que o rapaz nunca comentou com a família nada de ruim sobre os colegas da república onde morava no Jardim Botânico. O último contato de José Leandro com a família ocorreu na terça-feira passada. Na ocasião, ele disse que estava feliz e que tinha comprado a passagem para o passar o fim de ano com a família no Ceará. Segundo Nestor, a mãe do rapaz, Josefa Maria Pinheiro, ficou muito abalada com a morte do filho e preferiu não vir ao Rio. A vítima tinha outros quatros irmãos, dois homens e duas mulheres.
Mãos sujas de sangue
Bruno foi achado desacordado na cozinha da república, com as mãos sujas de sangue. Ele foi levado para o Hospital Miguel Couto, onde permaneceu internado até esta sexta-feira, algemado, sob custódia da Polícia Militar. Peritos encontraram no quarto de José Leandro a pedra usada no crime, de cerca de 30 centímetros, suja de sangue e com vestígios de pele. Policiais também acharam duas facas sujas de sangue sobre um armário que fica entre a cozinha e o quarto de nove metros quadrados que os dois dividiam há cerca de um ano. No quarto de José Leandro e Bruno, a polícia achou, ainda, dois vidros de tranquilizantes vazios.
Na quinta-feira, o delegado Rivaldo Barbosa disse que não havia sinais de luta corporal na república, nem de uso de drogas. A perícia, segundo o delegado, mostrou que José Leandro havia sido atingido pela pedra quando estava deitado na cama: ele estava deitado, dormindo ou falando ao celular.
Na quinta-feira, sete estudantes do Impa, cinco deles estrangeiros, o caseiro e o gerente da república, além do coordenador do curso, prestaram depoimento na Divisão de Homicídios. Todos disseram desconhecer qualquer desavença entre os dois colegas de quarto. Os moradores da república, entre eles um belga e um cubano, chamaram a atenção para o fato de Bruno, que nasceu em Sergipe, ser muito retraído. Ele mal falava com os colegas da república.
Jovem estudioso e campeão de olimpíadas de matemática
Natural do Ceará, José Leandro nasceu na cidade de Deputado Irapuan Pinheiro, no sertão do estado, a cerca de 250km de Fortaleza. Filho de agricultores humildes, ele tem cinco irmãos. Ficou na cidade até os 14 anos e, por ser muito inteligente, ganhou uma bolsa de estudos para fazer o ensino médio numa escola agrícola em Iguatu, a 50km de Irapuan. Concluiu o curso aos 17 anos e, aprovado para estudar matemática na Universidade Federal do Ceará, mudou-se para a capital cearense, onde se formou aos 20 anos. Após um curso de 45 dias, foi selecionado para fazer o mestrado em matemática no Impa.
José Leandro, de acordo com o amigo Thiago Dourado, ganhou várias medalhas em olimpíadas de matemática. Em Deputado Irapuan Pinheiro, Elessandra Pinheiro Holanda, tia de José Leandro, disse que o sobrinho sempre foi um rapaz discreto, obediente e dedicado aos estudos.
A família de José Leandro soube da notícia da morte de Leandro na manhã de quinta-feira, por volta das 11h (horário local), por meio de um telefonema do Impa à prefeitura de Deputado Irapuan Pinheiro. Segundo Antônio Ícaro Pinheiro Vieira, funcionário da prefeitura que atendeu a ligação, a população da cidade está chocada com o ocorrido.
Impa decreta luto de dois dias
O Impa suspendeu as aulas nesta quinta-feira e na sexta, decretando luto oficial de dois dias. Em nota, o Impa informou também que está prestando toda a assistência necessária aos parentes de José Leandro, que vivem no Ceará.
O Globo
segunda-feira, 15 de outubro de 2012
Professora cria remédio contra bullying em escola da periferia de São Paulo
Docente criou o "Sitocol", um medicamento fictício com a ajuda dos alunos
Quando adolescente, a professora Deyse da Silva Sobrino media 1,72 m e pesava 45 kg. A garota alta e magra sofria quando era chamada pelos colegas de “pau de catar balão” e “vareta de bilhar”. Na época, o termo bullying ainda não existia, mas a prática de criar apelidos maldosos e agredir de forma física ou verbal já fazia parte do cotidiano das escolas.
Atualmente, Deyse tem 60 anos e três formações: biologia, pedagogia e direito. Ela dá aulas há 42 anos e tenta passar aos seus alunos ensinamentos que vão além da informática que ministra na Escola Municipal de Ensino Fundamental José Bonifácio, localizada na zona leste, periferia da capital paulista.
— Isso [o bullying] nunca me afetou. Eu estava bem comigo mesma. É isso que tento passar ao aluno, que se sinta bem com ele mesmo.
Andresson Silva, 13 anos, estudante do 8º ano, seguiu o conselho da professora Deyse. O menino tem um grau de deficiência visual e, por usar óculos, recebia apelidos maldosos dos outros meninos.
— Era muito ruim. Todo dia chegavam com uma brincadeira de maldade. Eles me pegavam, jogavam no chão, empurravam, me batiam, xingavam. Pegavam meus óculos e jogavam no chão. Eu não suportava a pressão.
Ele conta que tem poucos amigos e sofreu bullying desde os cinco anos de idade. Por medo, Andresson evitava o assunto com os pais, mas encontrou apoio na professora que já viveu o mesmo problema.
— O aluno vêm me contar seus segredos e não conto a ninguém. Se ele confiou em mim, por que vou contar para os outros? Esse relacionamento de professor e aluno é a base. Se não tiver isso, não há diálogo, não existe amizade.
Mas a grande mudança para Andresson e os outros alunos, que têm entre 5 e 17 anos, veio em 2010, quando Deyse decidiu tomar uma atitude contra o bullying em toda a escola. Ela distribuiu um questionário anônimo para uma parte dos estudantes (309 alunos) contendo perguntas como: você já sofreu bullying? Já praticou? Já viu alguém praticando?
O resultado surpreendeu a professora, que leciona na José Bonifácio há 15 anos: 70% dos alunos já presenciaram a prática, 44,5% já foram vítimas, 38,5% admitiram ter praticado bullying alguma vez na vida e 9,7% praticam constantemente. Os ambientes escolares onde o bullying esteve mais presente foram o pátio e a sala de aula.
Para reverter essa situação, a professora criou um medicamento fictício com a ajuda dos alunos, chamado Sitocol. Sob o slogan “Tomou o Sitocol hoje?”, o remédio tem uma bula, escrita de forma coletiva entre os alunos.
— Ele age no organismo produzindo consciência, modificando a maneira de agir das pessoas, o sentimento. Se usado em excesso, o Sitocol vai fazer rir muito e ter muita felicidade.
Com a campanha, a redução da prática do bullying na escola foi considerável. Em média, 700 alunos têm recebido, por ano, as orientações da professora Deyse, distribuídas por 21 turmas. Ela planeja reaplicar o questionário entre os alunos no próximo ano, mas relata que a melhora na atitude deles pode ser vista pelos corredores da instituição.
— Antes, quando a gente subia a escadaria eu via os alunos grandes pegando os pequenos pelos braços e arrastando pelo corredor, com ar de poderosos. O outro esperneava de vergonha. E eu mandava soltar. Mas isso era frequente.
A professora presenciava também outras situações humilhantes vividas por vítimas de bullying. Certa vez, um aluno jogou o conteúdo da mochila de um colega no pátio da escola. Os alunos que passavam naquele momento ajudavam a chutar os pertences, que se espalharam pelo chão. Deyse ajudou a vítima a recolher todo o material.
— Eu não me conformava com essas coisas. Resolvi fazer esse trabalho tendo em vista essas ocorrências, que me deixavam desesperada.
A aluna Pamela da Silva Bonfim, 11 anos, do 6º ano, que antes ouvia xingamentos e até apanhava, conta que agora vive de outra forma.
— Antes, eu ia para a minha cama, começava a chorar. Agora esses apelidos não influenciam em nada. Eles me chamavam de baixinha e tenho esse apelido até hoje, mas não me importo.
Ao ser apelidada de sem dente, a estudante Ana Paula Prazeres de Ornelas, 11 anos, do 6º ano, mostrou confiança ao enfrentar situação parecida.
— Desde o ano passado, começaram a me chamar de sem dente. Eu falo para as pessoas que me xingam que isso não me incomoda, que não vou ficar sofrendo por causa delas. Eles dizem que fazem isso por diversão, mas não acho que seja divertido fazer as outras pessoas sofrerem.
R7
Marcadores:
bullying,
comportamento,
curiosidades,
educação
terça-feira, 2 de outubro de 2012
Polícia intima psicóloga e assistente social do São Bento para traçar perfil de menino que caiu do 5º andar
Delegado diz que é pouco provável que ele tenha sido jogado. Segundo amigos, criança seria vítima de bullying
RIO - O delegado-adjunto da 1ª DP (Praça Mauá), Audrin Genuíno da Rocha, esteve nesta terça-feira no Colégio de São Bento para buscar imagens de câmeras de segurança que possam ajudar a explicar a queda de um aluno do 5º andar do estabelecimento, que fica no Centro do Rio, ocorrida na sexta-feira passada. O policial foi à escola também para intimar a psicóloga, a assistente social, um monitor e o professor que dava aula no momento do acidente para tentar traçar um perfil psicológico do aluno, de 12 anos, e saber dos acontecimentos que antecederam a queda.
Ainda não se sabe se o adolescente caiu da janela de um corredor ou da sala de aula. O titular da delegacia, José Afonos Mota, contou que recebeu a informação de que foi encontrado próximo da janela uma mochila com um par de sapatos que pode ser do menino. O delegado afirma que não descarta nenhuma hipótese, mas que segue alinha de tentativa de suicídio.
— Vamos seguir a linha do suicídio e investigar o que teria motivado o adolescente a fazer isso. É pouco provável que ele tenha sido jogado.
O delegado acrescentou que num segundo momento serão ouvidos colegas de turma, e que ainda nesta terça-feira será feita perícia na escola. Segundo ele, o colégio poderá responder civilmente por falta de cautela.
No início da manhã desta terça-feira, a Secretaria municipal de Saúde informou que o estado de saúde do menino continua muito grave. Ele permanece internado no CTI do Hospital Souza Aguiar, inconsciente. O menino sofreu traumatismo craniano e foi submetido a uma cirurgia no baço.
O caso chocou uma das mais respeitadas instituições de ensino da cidade. O delegado adjunto da 1ª DP (Praça Mauá), Aldrin Genuíno da Rocha, afirmou que vai ouvir o serviço de psicologia da escola para traçar o perfil do estudante. O acidente, noticiado pela coluna de Ancelmo Gois no GLOBO, ganhou repercussão nas redes sociais. No Twitter, alguns comentavam que o aluno, que cursa o 7º ano do ensino fundamental, estaria sofrendo bullying — seria vítima de repetidas agressões psicológicas na escola.
O caso foi registrado no sábado à tarde na 5ª DP (Centro), por funcionários do colégio, como lesão corporal culposa. As investigações, no entanto, estão sob a responsabilidade da 1ª DP. Uma perícia na escola deve ser feita nesta terça-feira.
Polícia busca imagens da queda
A polícia vai buscar imagens de câmeras do São Bento ou de possíveis celulares que possam ajudar a esclarecer o caso. Ainda esta semana, parentes do aluno devem ser ouvidos. Funcionários do São Bento também serão chamados pela polícia para dar informações.
Em nota publicada no site do São Bento, a reitoria afirma que o estudante sofreu uma queda de "alta gravidade", ocorrida no horário de saída da escola. Ainda de acordo com o colégio, todas as informações já foram dadas oficialmente às autoridades. Para a escola, o momento é de reserva e de silêncio, um pedido dos parentes da vítima.
O Globo
Marcadores:
acidentes,
bullying,
educação,
negligência
sexta-feira, 14 de setembro de 2012
Município é condenado a indenizar aluna vítima de bullying desencadeado por professora
O Município de São Leopoldo deverá indenizar adolescente portadora de problema de congênito que foi apelidada de tortinha por Professora Municipal. Os Desembargadores da 9ª Câmara Cível caracterizaram a atitude da docente como bullying, uma vez que o apelido acabou sendo adotado por colegas da menina, que chegou a deixar de assistir às aulas em decorrência do constrangimento. O fato ocorreu em 2009. A jovem, que na época tinha 14 anos, narrou que foi apelidada pela professora de Maria Tortinha, em razão de seu problema congênito no pescoço. Contou que os colegas também passaram a chamá-la pelo apelido.
A Juíza da 5ª Vara Cível de São Leopoldo, Adriane de Mattos Figueiredo, entendeu pela responsabilização do Município, determinando o pagamento de indenização por dano moral no valor de R$ 5 mil. No recurso ao TJ, o Município alegou que não houve má-fé da professora, pois esta não tinha conhecimento do problema da menina. Narrou que a docente teria chamado a aluna carinhosamente de tortinha, pois achou que ela estivesse com um forte torcicolo, em decorrência de uma contusão sofrida durante o recreio, dias antes. A menina também recorreu, pedindo o aumento da indenização.
No voto o relator, Desembargador Leonel Pires Ohlweiler, salientou que aAdministração Pública responde de forma objetiva pelos danos cometidos por agentes públicos. Portanto, a apuração dessa responsabilidade independe da caracterização de culpa: basta que seja verificado a relação de causa entre o ato do agente e o dano experimentado. Para o magistrado, a questão em julgamento relaciona-se com a prática do bullying, na medida em que, por ato de agente público do Município de São Leopoldo, professora municipal, foi atribuído apelido depreciativo à parte autora, que foi alvo de práticas vexatórias por parte dos colegas. Considerou que a ata da escola, bem como os depoimentos da Diretora e da Vice corroboram a versão da menina. Na avaliação do Desembargador, o fato de a professora não ter ciência do problema do qual a menina é portadora não afasta o abalo sofrido.
Esta circunstância, à evidência, fez brotar na autora sentimentos de humilhação e constrangimento, ao ponto de não querer mais frequentar as aulas. Considerou a situação mais grave devido ao constrangimento ter partido de uma professora, em plena sala de aula. Citando a decisão de 1º Grau, enfatizou que mesmo que a escola tenha buscado a aproximação da aluna com a professora e que esta tenha se retratado perante toda a turma, o dano à jovem já havia ocorrido. Concluiu por manter a sentença modificando apenas o valor da indenização para R$ 10 mil. O julgamento ocorreu no dia 29/8. A Desembargadora Iris Helena Medeiros Nogueira e o Desembargador Tasso Caubi Soares Delabary acompanharam o voto do relator.
Fonte: Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul
Revista Jus Vigilantibus
A Juíza da 5ª Vara Cível de São Leopoldo, Adriane de Mattos Figueiredo, entendeu pela responsabilização do Município, determinando o pagamento de indenização por dano moral no valor de R$ 5 mil. No recurso ao TJ, o Município alegou que não houve má-fé da professora, pois esta não tinha conhecimento do problema da menina. Narrou que a docente teria chamado a aluna carinhosamente de tortinha, pois achou que ela estivesse com um forte torcicolo, em decorrência de uma contusão sofrida durante o recreio, dias antes. A menina também recorreu, pedindo o aumento da indenização.
No voto o relator, Desembargador Leonel Pires Ohlweiler, salientou que aAdministração Pública responde de forma objetiva pelos danos cometidos por agentes públicos. Portanto, a apuração dessa responsabilidade independe da caracterização de culpa: basta que seja verificado a relação de causa entre o ato do agente e o dano experimentado. Para o magistrado, a questão em julgamento relaciona-se com a prática do bullying, na medida em que, por ato de agente público do Município de São Leopoldo, professora municipal, foi atribuído apelido depreciativo à parte autora, que foi alvo de práticas vexatórias por parte dos colegas. Considerou que a ata da escola, bem como os depoimentos da Diretora e da Vice corroboram a versão da menina. Na avaliação do Desembargador, o fato de a professora não ter ciência do problema do qual a menina é portadora não afasta o abalo sofrido.
Esta circunstância, à evidência, fez brotar na autora sentimentos de humilhação e constrangimento, ao ponto de não querer mais frequentar as aulas. Considerou a situação mais grave devido ao constrangimento ter partido de uma professora, em plena sala de aula. Citando a decisão de 1º Grau, enfatizou que mesmo que a escola tenha buscado a aproximação da aluna com a professora e que esta tenha se retratado perante toda a turma, o dano à jovem já havia ocorrido. Concluiu por manter a sentença modificando apenas o valor da indenização para R$ 10 mil. O julgamento ocorreu no dia 29/8. A Desembargadora Iris Helena Medeiros Nogueira e o Desembargador Tasso Caubi Soares Delabary acompanharam o voto do relator.
Fonte: Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul
Revista Jus Vigilantibus
Marcadores:
bullying,
educação,
infância e juventude,
justiça
quinta-feira, 19 de julho de 2012
Mãe de vítima de bullying agride alunas e professora
Colegas estariam provocando menina de 12 anos
Um suposto caso de bullying que acontecia em um colégio estadual na cidade gaúcha de Pelotas, acabou na delegacia nesta quarta-feira. A mãe da vítima, uma menina de 12 anos, indignou-se com a situação, invadiu a escola e agrediu duas alunas que estariam provocando a sua filha, e também uma professora de Educação Física.
A mãe foi ouvida nesta manhã pela 5º Coordenaria Regional de Educação (CRE). Ela relata que entrou no Colégio Dom João Braga para "tirar satisfações" com a colega de sua filha, a segurou pela roupa e colocou contra a parede. Também conta que a professora Letícia Romano tentou impedir a violência e foi atingida pelo cotovelo, pois a mãe tentava se soltar dela.
A professora registrou boletim de ocorrência na polícia, no qual afirma que a mãe da garota deu um tapa no rosto da aluna. Ao tentar interferir, acabou sendo agredida com um soco na braço direito. Um filho da mulher, que entrou junto no Colégio, teria ofendido Letícia. Ainda segundo a professora, outra aluna também tentou impedir a briga e foi agredida na mão com um "objeto".
A mãe da menina, que está na 6ª série, denuncia que a filha sofria bullying há algum tempo por ser cega de um olho e míope do outro, além de estar acima do peso. Ela estaria passando por constrangimentos e já sofrera tapas e puxões de cabelo. De acordo com o seu relato na delegacia, dois filhos dela entraram junto na escola, mas com a intenção de impedi-la.
A 5ª CRE alega que o caso nunca chegou ao seu conhecimento. Embora a mãe da menina diga que foi cinco vezes ao colégio registrar queixa sobre o bullying, a diretora Laura Machado também afirma que jamais fora avisada do fato.
O coordenador da 5ª CRE, Sírio Almeida, explica que, caso seja constatado que houve omissão da escola, serão tomadas medidas administrativas e pedagógicas para eliminar os atos de violência na instituição. A diretora será ouvida nesta tarde pela coordenadoria.
Jornale
Um suposto caso de bullying que acontecia em um colégio estadual na cidade gaúcha de Pelotas, acabou na delegacia nesta quarta-feira. A mãe da vítima, uma menina de 12 anos, indignou-se com a situação, invadiu a escola e agrediu duas alunas que estariam provocando a sua filha, e também uma professora de Educação Física.
A mãe foi ouvida nesta manhã pela 5º Coordenaria Regional de Educação (CRE). Ela relata que entrou no Colégio Dom João Braga para "tirar satisfações" com a colega de sua filha, a segurou pela roupa e colocou contra a parede. Também conta que a professora Letícia Romano tentou impedir a violência e foi atingida pelo cotovelo, pois a mãe tentava se soltar dela.
A professora registrou boletim de ocorrência na polícia, no qual afirma que a mãe da garota deu um tapa no rosto da aluna. Ao tentar interferir, acabou sendo agredida com um soco na braço direito. Um filho da mulher, que entrou junto no Colégio, teria ofendido Letícia. Ainda segundo a professora, outra aluna também tentou impedir a briga e foi agredida na mão com um "objeto".
A mãe da menina, que está na 6ª série, denuncia que a filha sofria bullying há algum tempo por ser cega de um olho e míope do outro, além de estar acima do peso. Ela estaria passando por constrangimentos e já sofrera tapas e puxões de cabelo. De acordo com o seu relato na delegacia, dois filhos dela entraram junto na escola, mas com a intenção de impedi-la.
A 5ª CRE alega que o caso nunca chegou ao seu conhecimento. Embora a mãe da menina diga que foi cinco vezes ao colégio registrar queixa sobre o bullying, a diretora Laura Machado também afirma que jamais fora avisada do fato.
O coordenador da 5ª CRE, Sírio Almeida, explica que, caso seja constatado que houve omissão da escola, serão tomadas medidas administrativas e pedagógicas para eliminar os atos de violência na instituição. A diretora será ouvida nesta tarde pela coordenadoria.
Jornale
sábado, 2 de junho de 2012
‘Bullying’ pode virar crime com pena de até quatro anos de prisão
Os juristas que integram comissão especial designada pelo Senado para elaborar proposta para um novo Código Penal aprovaram nesta segunda-feira (28) sugestão para a criminalização do bullying, prática de assédio moral que vitima crianças e jovens dentro do ambiente escolar. Tipificada com o nome de “intimidação vexatória”, a conduta pode ser punida com prisão de um a quatro anos de prisão, se o autor for maior de idade.
Quando o bullying for praticado por um adolescente, será considerado ato infracional, que, segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente, corresponde aos crimes ou contravenções da esfera penal. Aos atos infracionais não se aplica pena, mas medidas socioeducativas, como prestação de serviços, acompanhamento e internação.
– O bullying não é brincadeira. É coisa muito séria, uma ameaça permanente e contínua – comentou o professor Luiz Flávio Gomes, ao defender o novo tipo penal.
A prática nunca foi tipificada na legislação brasileira, apesar de ser tema de debate recorrente, com diversos projetos de lei em tramitação nas duas Casas do Congresso. Como destacado pelo professor, o bullying no ambiente escolar é praticado até por professores.
Pela proposta dos juristas, a intimidação vexatória se caracterizará pela produção de sofrimento físico, psicológico ou dano patrimonial, por meio dos seguintes atos: intimidar, constranger, ameaçar, assediar sexualmente, ofender, castigar, agredir ou segregar, seja assédio contra criança, adolescente ou grupo de indivíduos, valendo-se o autor ou autores de “pretensa situação de superioridade”. A intimidação poderá ser de forma direta ou indireta – quando o autor mobiliza terceiros para obter o resultado pretendido.
Perseguição obsessiva
A tipificação do bullying ocorreu em reunião onde os juristas finalizaram o exame dos crimes contra a liberdade individual. Outra inovação foi a previsão do crime de “perseguição obsessiva ou insidiosa”, um tipo sugerido para enquadrar o ato de perseguir alguém, de forma continuada e reiterada, ameaçando sua integridade física e psicológica, com restrição da sua capacidade de locomoção, ou que se destine de alguma forma a invadir, perturbar ou restringir a liberdade ou privacidade de outra pessoa. Para o delito, foi sugerida prisão de dois a seis anos.
Fonte: Agência Senado
promenino
Marcadores:
bullying
sexta-feira, 23 de março de 2012
Preso por racismo tem longo histórico de crimes
Marcelo Valle Silveira Melo, jovem de classe média, era alvo de bullying e passou de provocador inconsequente a pregador da intolerância
A Polícia Federal (PF) pôs fim nesta quinta-feira a sete anos de atividade criminosa de Marcelo Valle Silveira Melo, de 26 anos. Preso por pregar a intolerância e fazer ameaças em um site, ele era uma figura conhecida na internet por espalhar as mais terríveis mensagens.
Melo passou de provocador inconsequente a um perigoso disseminador do ódio. Ele se valia da internet para passar uma imagem de superioridade que, na vida real, lhe faltava. Na rede, o garoto sem amigos se transformava em "Psycl0n", ou "Ash Ketchum".
A trajetória criminosa de Melo teve início em 2005, quando ele publicou uma sequência de ofensas contra negros em um fórum da Universidade de Brasília (UnB) no site de relacionamentos Orkut. Foi processado e condenado, em 2009, a um ano e dois meses de prisão. Recorreu da decisão e não passou um dia sequer na cadeia.
Dois anos antes da condenação, em entrevista ao site Campus Online, da UnB, disse que foi mal compreendido: "Eu queria criticar o sistema de cotas, fazer uma ironia de como ele é injusto. Jamais ser racista, como estão dizendo por aí."
Não era verdade: nos anos seguintes, Melo aprofundou seu arsenal de ofensas e ampliou o leque das vítimas. Os negros eram "macacos subdesenvolvidos". As mulheres, merecedoras de estupro. Para os homossexuais, ele pregava o extermínio. Esquerdistas, cristãos, judeus e crianças também eram alvo de ataques.
Ele distribuía ameaças de morte e, aos poucos, passou a concentrar suas mensagens no site www.silviokoerich.org, motivador da prisão. Até então, ele mudava frequentemente o veículo usado para divulgar suas ideias, o que dificultava o rastreamento.
Formado em Ciência da Computação pela Universidade Católica de Brasília, Melo também era um hacker habilidoso – e gostava de alardear sua capacidade de fraudar cartões de crédito.
Isolado, o jovem seria provavelmente apenas um desajustado inofensivo. Mas, na web, encontrou colegas que compartilhavam sua insanidade - como Emerson Eduardo Rodrigues, o paranaense que também foi preso pela Polícia Federal nesta quinta-feira.
Origem -Filho de uma funcionária do Serviço de Processamento de Dados (Serpro) da Presidência, Melo perdeu o pai ainda criança. Vivia em um apartamento confortável na Asa Norte, bairro central de Brasília. No colégio onde estudou, era alvo de piadas por causa do sobrepeso e por se encaixar no estereótipo de "nerd".
A vida sem sobressaltos financeiros lhe permitiu uma viagem ao Japão, país pelo qual era aficcionado. Quando postou mensagens racistas em um fórum da UnB na internet, ele havia acabado de ser aprovado no curso de Letras - Japonês, que abandonou em seguida.
O jovem chegou a se submeter a tratamento psiquiátrico. Na primeira condenação, Melo teve a pena abrandada porque o juiz o considerou semi-imputável (apenas parcialmente consciente das consequências de seus atos).
Após a sentença, passou a debochar também da Justiça "Fui condenado a três anos de liberdade", postou. Intensificou as ameaças: por mais de uma vez, prometeu promover um massacre na Universidade de Brasília.
Seu principal alvo eram alunos das Ciências Humanas. Ele teria escolhido até a arma para o crime: o fuzil israelense Uzi - o mesmo usado pelo estudante que matou 32 pessoas na universidade Virginia Tech, nos Estados Unidos, em 2007.
Melo é alvo de quase dez queixas na Polícia Civil do Distrito Federal, uma delas por agredir a mãe. Também responde a um segundo processo por racismo, aberto em 2011.
A defesa alegava insanidade mental, o que deve se repetir agora, com as novas acusações. Ao manter o site que levou à sua prisão, o pregador do ódio desdenhou também da Polícia Federal. Deve pagar o preço pelos próximos anos.
Veja
quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012
Pais são condenados por bullying cometido pelas filhas
Caso ocorreu em Ponta Grossa e vítima deve receber R$ 15 mil
Os pais de duas adolescentes de Ponta Grossa, na região dos Campos Gerais, no Paraná, foram condenados pela Justiça a pagar R$ 15 mil de indenização para a família de uma adolescente que foi vítima de bullying. O caso aconteceu em um colégio particular em 2010 e a decisão ocorreu em primeira instância em fevereiro deste ano. Os pais, que foram responsabilizados pela atitude das menores e condenados, ainda podem recorrer.
Segundo o advogado de defesa, Carlos Eduardo Biazetto, duas colegas de sala da vítima conseguiram a senha do perfil do site de relacionamentos e violaram a conta da adolescente. Elas postaram mensagens pornográficas e alteraram a fotografia do perfil.
"Após postar as mensagens, as autoras do crime ainda cancelaram a senha da vítima, o que impediu que ela soubesse o que estava acontecendo. Durante mais ou menos dois meses, ela e irmão, que também aparecia em algumas fotos, viraram motivo de chacota e também foram ameaçados por vários colegas", contou o advogado.
A professora percebeu o problema e acionou os pais da vítima para comentar sobre o caso. "Uma outra colega de sala ouviu as suspeitas comentando da alteração na internet e avisou a professora. Os pais chamaram a polícia e as adolescentes acabaram confessando o crime", completou Biazetto.
O delegado do Núcleo de Combate aos Cibercrimes em Curitiba (Nuciber), Demétrius Gonzaga de Oliveira, disse, na manhã desta terça-feira (28), que recebe cerca de dois casos semelhantes a esse por dia na capital.
"Os pais devem ficar em alerta com qualquer situação desse tipo, porque com certeza serão eles que irão responder pelo ato. Vale ressaltar que nos casos violentos, em que acontece letalidade, a condenação também pode resultar em prisão para os responsáveis legais", explica o delegado.
G1/PR
Jornale
segunda-feira, 30 de janeiro de 2012
DIA ESCOLAR DA NÃO VIOLÊNCIA E DA PAZ ALUNOS DO BARREIRO ANIMARAM HOJE O PARQUE DA CIDADE
As comemorações do Dia Escolar da Não Violência e da Paz reuniram, hoje, dia 30 de janeiro, no Parque da Cidade cerca de 650 alunos do Agrupamento de Escolas do Barreiro.
Os alunos das escolas básicas do Agrupamento, nomeadamente a EB1 nº 3 e a nº 4 do Barreiro, o Jardim-de-Infância nº 2 da Verderena e a EB 2º e 3º ciclo D. Luís Mendonça Furtado leram mensagens de paz e, de seguida, todas as crianças cantaram o Hino da Paz do Agrupamento de Escolas do Barreiro. A iniciativa culminou com a solta de pombos.
Nas comemorações, o Presidente da Câmara Municipal do Barreiro (CMB), Carlos Humberto de Carvalho, salientou a importância da Paz no Mundo, desejando a todos os alunos bem-estar e felicidade. “Estamos aqui para gritar ‘VIVA A PAZ’! e ‘PAZ SIM, GUERRA NÃO’!”, disse o Autarca, juntamente com todas as crianças presentes na iniciativa.
Felicidade Alves, Diretora do Agrupamento, desejou um ótimo convívio a todos e que “este momento de confraternização se repita pelo menos por mais 10 anos com o mesmo empenho e dedicação”.
Ana Silvestre, Coordenadora do 1º ciclo do Agrupamento de Escolas do Barreiro lembrou que “Aprender com Tolerância” é o tema aglutinador do projeto educativo do Agrupamento e, por outro lado, agradeceu às diversas entidades que colaboraram na iniciativa.
Recorde-se que esta iniciativa foi organizada pelo Agrupamento de Escolas do Barreiro, em parceria com a Câmara Municipal do Barreiro. Contou com o apoio de diversas entidades, entre elas a Sociedade Columbófila Barreirense e as Juntas de Freguesia da Verderena e do Alto do Seixalinho.
Além dos alunos do Agrupamento de Escolas do Barreiro, assistiram às comemorações as crianças do 1º ciclo da Escola Básica Telha Nova 1, bem como familiares e população em geral.
Na iniciativa estiveram também presentes os vereadores Regina Janeiro, Carlos Moreira e Nuno Santa Clara Gomes.
CMB
ROSTOS On-line
Marcadores:
bullying,
deucação,
DIA DA NÃO VIOLÊNCIA
segunda-feira, 21 de novembro de 2011
Aluno filma com celular professor praticando bullying
Julio Artuz, um garoto de 15 anos portador de necessidades especiais, filmou com o celular um de seus professores praticando bullying contra ele. No vídeo, seu professor o chama de “retardado”, e trava uma discussão com o aluno durante alguns minutos da aula. O vídeo foi entregue ao Conselho de Educação do condado de Gloucester, Nova Jersey, EUA, que suspendeu imediatamente o professor.
De acordo com uma reportagem realizada pelo ABC News sobre o caso, o garoto já tinha avisado o seu pai sobre as atitudes nada educadas de seu professor. No entanto, o pai desacreditou do menino de uma forma tão cética que pediu para ele oferecer provas disso. E foi o que Artuz fez.
"Os professores devem educar os alunos e construir sua autoestima, e não colocá-los para baixo. Você não pode gritar com eles... Não pode degradá-los e ameaçá-los", disse Joyce McCormick-Artuz, a mãe do garoto, durante uma entrevista.
Steven Roth, o professor, viu o vídeo na presença da mãe do garoto e o diretor da escola. Na ocasião ele disse que havia tido uma “manhã ruim com a sua esposa”.
O professor foi apenas suspenso por tempo indeterminado, mas com remuneração, enquanto os pais do jovem lutam contra o conselho escolar para demiti-lo.
sexta-feira, 11 de novembro de 2011
Gênio da matemática de 14 anos relata desprezo e medo de bullying
O galês Cameron Thompson tem 14 anos e está estudando Matemática Aplicada na Open University. Em depoimento à BBC, ele fala sobre as dificuldades que enfrenta por ser um adolescente superdotado.
Aos dez anos, ele participou de um concurso de matemática na internet. "Eu fiz 140 pontos em um teste com pontuação máxima de 140. Quebrei o sistema, acho que me saí bem", conta.
Mas ser um gênio da matemática tornou-se a identidade completa de Cameron e participar da vida escolar e fazer amigos acabaram sendo relegados ao segundo plano.
"Tenho a sociabilidade de uma batata falante", ele admite.
"A maioria das pessoas da minha idade me despreza. É assim há anos. Estou acostumado a ser ignorado".
As bases do sucesso acadêmico de Cameron foram abaladas pelo fato de que suas notas na Open University vêm caindo. Por conta disso, ele está entrando em pânico.
No primeiro ano, suas notas foram altíssimas - 80% da pontuação máxima, algo que apenas 0,5% dos estudantes do curso consegue alcançar.
Porém, em um trabalho recente, Cameron obteve apenas 72% da pontuação. Uma ótima nota para a maioria das pessoas, mas não o suficiente para garantir a distinção que ele deseja.
"Estou com medo de não passar na Open University", ele diz. "Embora, tecnicamente, eu só devesse estar fazendo o curso daqui a cinco anos".
Recomeço
Embora Cameron consiga achar com facilidade as respostas para os problemas matemáticos, ele tem dificuldade em explicar como chegou a elas, o que diminui suas notas. Ele só poderá continuar o curso na Open University se conseguir melhorar sua pontuação.
Seus pais, Rod e Alison, moram perto de Wrexham, no País de Gales. Eles não têm certeza se a dificuldade do filho em explicar seu raciocínio se deve à sua idade ou ao fato de que recentemente ele foi diagnosticado como portador da Síndrome de Asperger, um tipo de autismo que ocasionalmente alia habilidade mental com problemas de comunicação.
"Aparentemente, muitas pessoas com (Síndrome de) Asperger são realmente inteligentes", diz Cameron. "Pessoas como Einstein e Newton, supostamente teriam (Síndrome de) Asperger".
A necessidade de melhorar suas notas no próximo trabalho preocupa Cameron. Mas a luta para se distinguir não é resultado de pressão dos seus pais e, sim, dele próprio. Para complicar a situação, o adolescente está entrando na puberdade.
"Minha mão notou que eu tenho um bigodinho", ele explica.
Os Thompson vão mudar de casa e Cameron vai começar a estudar em uma nova escola. A família espera que o recomeço ofereça uma oportunidade ao adolescente de formar uma nova vida social.
"Isso me dá uma chance de começar de novo", ele explica. "Eles acham que eu posso melhorar meu status social, em vez de ficar apenas lá embaixo".
"Se eu conseguir chegar ao meio, estarei menos sujeito a ser intimidado, pelo menos não fisicamente."
O adolescente espera conseguir fazer amigos. Com isso, ele acha que vai sofrer menos intimidações e agressões físicas.
A dificuldade em fazer amigos está associada à Síndrome de Asperger. A mãe de Cameron disse que o filho não consegue decodificar sinais sociais.
"Às vezes ele não tem o menor tato", ela diz.
"Ele é uma criança adorável, faz tudo por todo mundo. Ao mesmo tempo, se por um lado às vezes falta a ele um pouco de percepção, por outro, ele é muito sensível".
Escolher a escola certa para Cameron foi de extrema importância, porque seus pais querem que ele desenvolva várias aptidões, não apenas a acadêmica.
"Precisamos dar a ele um bom equilíbrio, temos de responder às suas necessidades emocionais e sociais e (permitir que ele) desenvolva uma ampla gama de habilidades", disse seu pai, Rod.
A nova escola de Cameron se especializa em educar crianças com vários graus de autismo e sua professora, Enid Moore, está ansiosa para que ele leve seus estudos sociais a sério.
Ela enfatiza que não é suficiente ter diplomas - Cameron precisa aprender a se relacionar com pessoas de sua própria idade e a manter amizades.
No primeiro dia de aula ele conheceu Tim, outro adolescente inteligente que também sofre de Síndrome de Asperger. Os dois têm interesses e problemas semelhantes, o que significa que podem dar apoio um ao outro nos momentos de dificuldade.
Tim falou à BBC: "É incrível ter um amigo novo porque ele é divertido... e ele também gosta dos mesmos jogos de computador que eu.
Matemática Aplicada
Nesse meio-tempo, Cameron prossegue com seu curso na Open University. Ele quer terminar o curso aos 16 anos. Sua última prova teve um resultado um pouco melhor: 77% da pontuação máxima. Isso significa que ele pode continuar no curso, mas ele não está satisfeito.
"Eu esperava mais de 80%", ele diz.
O matemático Imre Leader, do Trinity College, em Cambridge, fez uma avaliação da habilidade matemática do adolescente.
Ele sugeriu que Cameron diminua o ritmo um pouco e vá estudar matemática nas Universidades de Cambridge ou Oxford quando tiver 18 anos, com estudantes da mesma idade. Ele também recomendou que Cameron participe de cursos de verão com outros estudantes de matemática talentosos, vindos de outras escolas.
Cameron diz que ainda pretende concluir o curso na Open University, mas conta que os conselhos do professor Leader lhe deram uma outra opção de vida.
"Ele me ensinou que você precisa ir mais além na matemática, não apenas à superfície, mas lá dentro, nas profundezas. E como ele disse, há outras pessoas como eu, grande habilidade matemática, vidas escolares ruins".
Desde que completou 14 anos, Cameron vem se interessando por meninas. Recentemente, ele teve seu primeiro encontro com uma garota, desacompanhado dos pais.
"Comecei a me interessar por meninas há alguns meses", ele conta. "Comecei a gostar delas em vez de sentir repugnância por elas".
Com uma nova vida social e munido de um plano para o futuro mais a longo prazo, Cameron parece estar conquistando, aos poucos, uma vida mais equilibrada e feliz.
BBC Brasil
Aos dez anos, ele participou de um concurso de matemática na internet. "Eu fiz 140 pontos em um teste com pontuação máxima de 140. Quebrei o sistema, acho que me saí bem", conta.
Mas ser um gênio da matemática tornou-se a identidade completa de Cameron e participar da vida escolar e fazer amigos acabaram sendo relegados ao segundo plano.
"Tenho a sociabilidade de uma batata falante", ele admite.
"A maioria das pessoas da minha idade me despreza. É assim há anos. Estou acostumado a ser ignorado".
As bases do sucesso acadêmico de Cameron foram abaladas pelo fato de que suas notas na Open University vêm caindo. Por conta disso, ele está entrando em pânico.
No primeiro ano, suas notas foram altíssimas - 80% da pontuação máxima, algo que apenas 0,5% dos estudantes do curso consegue alcançar.
Porém, em um trabalho recente, Cameron obteve apenas 72% da pontuação. Uma ótima nota para a maioria das pessoas, mas não o suficiente para garantir a distinção que ele deseja.
"Estou com medo de não passar na Open University", ele diz. "Embora, tecnicamente, eu só devesse estar fazendo o curso daqui a cinco anos".
Recomeço
Embora Cameron consiga achar com facilidade as respostas para os problemas matemáticos, ele tem dificuldade em explicar como chegou a elas, o que diminui suas notas. Ele só poderá continuar o curso na Open University se conseguir melhorar sua pontuação.
Seus pais, Rod e Alison, moram perto de Wrexham, no País de Gales. Eles não têm certeza se a dificuldade do filho em explicar seu raciocínio se deve à sua idade ou ao fato de que recentemente ele foi diagnosticado como portador da Síndrome de Asperger, um tipo de autismo que ocasionalmente alia habilidade mental com problemas de comunicação.
"Aparentemente, muitas pessoas com (Síndrome de) Asperger são realmente inteligentes", diz Cameron. "Pessoas como Einstein e Newton, supostamente teriam (Síndrome de) Asperger".
A necessidade de melhorar suas notas no próximo trabalho preocupa Cameron. Mas a luta para se distinguir não é resultado de pressão dos seus pais e, sim, dele próprio. Para complicar a situação, o adolescente está entrando na puberdade.
"Minha mão notou que eu tenho um bigodinho", ele explica.
Os Thompson vão mudar de casa e Cameron vai começar a estudar em uma nova escola. A família espera que o recomeço ofereça uma oportunidade ao adolescente de formar uma nova vida social.
"Isso me dá uma chance de começar de novo", ele explica. "Eles acham que eu posso melhorar meu status social, em vez de ficar apenas lá embaixo".
"Se eu conseguir chegar ao meio, estarei menos sujeito a ser intimidado, pelo menos não fisicamente."
O adolescente espera conseguir fazer amigos. Com isso, ele acha que vai sofrer menos intimidações e agressões físicas.
A dificuldade em fazer amigos está associada à Síndrome de Asperger. A mãe de Cameron disse que o filho não consegue decodificar sinais sociais.
"Às vezes ele não tem o menor tato", ela diz.
"Ele é uma criança adorável, faz tudo por todo mundo. Ao mesmo tempo, se por um lado às vezes falta a ele um pouco de percepção, por outro, ele é muito sensível".
Escolher a escola certa para Cameron foi de extrema importância, porque seus pais querem que ele desenvolva várias aptidões, não apenas a acadêmica.
"Precisamos dar a ele um bom equilíbrio, temos de responder às suas necessidades emocionais e sociais e (permitir que ele) desenvolva uma ampla gama de habilidades", disse seu pai, Rod.
A nova escola de Cameron se especializa em educar crianças com vários graus de autismo e sua professora, Enid Moore, está ansiosa para que ele leve seus estudos sociais a sério.
Ela enfatiza que não é suficiente ter diplomas - Cameron precisa aprender a se relacionar com pessoas de sua própria idade e a manter amizades.
No primeiro dia de aula ele conheceu Tim, outro adolescente inteligente que também sofre de Síndrome de Asperger. Os dois têm interesses e problemas semelhantes, o que significa que podem dar apoio um ao outro nos momentos de dificuldade.
Tim falou à BBC: "É incrível ter um amigo novo porque ele é divertido... e ele também gosta dos mesmos jogos de computador que eu.
Matemática Aplicada
Nesse meio-tempo, Cameron prossegue com seu curso na Open University. Ele quer terminar o curso aos 16 anos. Sua última prova teve um resultado um pouco melhor: 77% da pontuação máxima. Isso significa que ele pode continuar no curso, mas ele não está satisfeito.
"Eu esperava mais de 80%", ele diz.
O matemático Imre Leader, do Trinity College, em Cambridge, fez uma avaliação da habilidade matemática do adolescente.
Ele sugeriu que Cameron diminua o ritmo um pouco e vá estudar matemática nas Universidades de Cambridge ou Oxford quando tiver 18 anos, com estudantes da mesma idade. Ele também recomendou que Cameron participe de cursos de verão com outros estudantes de matemática talentosos, vindos de outras escolas.
Cameron diz que ainda pretende concluir o curso na Open University, mas conta que os conselhos do professor Leader lhe deram uma outra opção de vida.
"Ele me ensinou que você precisa ir mais além na matemática, não apenas à superfície, mas lá dentro, nas profundezas. E como ele disse, há outras pessoas como eu, grande habilidade matemática, vidas escolares ruins".
Desde que completou 14 anos, Cameron vem se interessando por meninas. Recentemente, ele teve seu primeiro encontro com uma garota, desacompanhado dos pais.
"Comecei a me interessar por meninas há alguns meses", ele conta. "Comecei a gostar delas em vez de sentir repugnância por elas".
Com uma nova vida social e munido de um plano para o futuro mais a longo prazo, Cameron parece estar conquistando, aos poucos, uma vida mais equilibrada e feliz.
BBC Brasil
Marcadores:
bullying,
comportamento,
educação
quinta-feira, 10 de novembro de 2011
Bullying no trabalho: um mal invisível
RIO - Fofoquinhas, intimidações, manipulações: comportamentos que fazem um profissional se sentir humilhado em seu ambiente de trabalho. O bullying é um mal que não atinge só os colégios. Também existe nos espaços corporativos, e é muito mais comum do que se imagina. As vítimas acabam sofrendo duplamente: além da agressão, existe a vontade de manter-se no emprego, o que torna ainda maiores as proporções do problema. As consequências vão de estresse e insônia a episódios de depressão.
Segundo Silvio Celestino, coach de executivos e autor do blog Conversa de Elevador, ao contrário do assédio moral, o bullying costuma ser praticado por colegas do mesmo nível hierárquico. Pode acontecer de forma sutil ou ser grosseiro e envolver preconceitos, como de raça e gênero.
- Um dos indícios de que alguém está sofrendo bullying é o fato de a pessoa ser excluída de processos nos quais deveria estar envolvida, pelo cargo que ocupa. Outro indício é quando o profissional não consegue ser incluído em círculos informais de colegas, sem motivo aparente - explica Celestino.
Karina Jacques, advogada e professora da Academia do Concurso, afirma que o número de demandas judiciais acerca do bullyingna Justiça do Trabalho cresce a cada dia. Segundo ela, as decisões têm sido de repressão à prática do bullying, e de indenização para a vítima, tanto por parte do agressor quanto da empresa que permitiu a conduta.
- Este tipo de comportamento é visto pelo Direito como uma ofensa a um direito fundamental do indivíduo, que é a sua dignidade. Ofender a dignidade humana não pode ser considerada uma conduta normal na relação de trabalho, afinal o trabalhador está vendendo seu trabalho, não sua honra.
Mas o que a vítima pode fazer para se proteger e defender seu emprego? Embora seja um assunto que gere polêmica, muitos especialistas acreditam que o primeiro passo é conversar com o agressor para tentar resolver o problema. Caso não surta efeito, o profissional tem a opção de procurar outras oportunidades e sair da empresa, ou relatar o caso à chefia e ao setor de assistência social e psicológica da firma. Uma ação judicial contra o agressor - e, se for conivente, contra a própria empresa - é o último recurso.
- Se a liderança da empresa não observa esse tipo de comportamento, ou se não possui ouvidoria, é improvável que se importe com bullying - explica Celestino. - Além disso, depois de uma reclamação com o chefe, fica difícil conseguir conquistar seu lugar na equipe.
Para a consultora Ylana Miller, que dá aula de gestão de carreiras no Ibmec, muitas corporações acabam sendo coniventes com o bullying:
- Às vezes é uma questão cultural na empresa. Se for o caso, cabe à vítima escolher se quer continuar num ambiente assim. A partir do momento em que o profissional percebe o que se passa, tem a chave para decidir melhorar seu futuro.
Ylana explica que o bullying muitas vezes é manifestado por meio de manipulações sutis que nem sempre são percebidas inicialmente pelas vítimas, mas que vão prejudicando seu crescimento profissional. Um exemplo é quando um colega fica com o crédito pela ideia de outro, diante da chefia, mas consegue transmitir para a vítima a ideia de que a está ajudando.
- É uma epidemia invisível - define Ylana.
O Globo
Segundo Silvio Celestino, coach de executivos e autor do blog Conversa de Elevador, ao contrário do assédio moral, o bullying costuma ser praticado por colegas do mesmo nível hierárquico. Pode acontecer de forma sutil ou ser grosseiro e envolver preconceitos, como de raça e gênero.
- Um dos indícios de que alguém está sofrendo bullying é o fato de a pessoa ser excluída de processos nos quais deveria estar envolvida, pelo cargo que ocupa. Outro indício é quando o profissional não consegue ser incluído em círculos informais de colegas, sem motivo aparente - explica Celestino.
Karina Jacques, advogada e professora da Academia do Concurso, afirma que o número de demandas judiciais acerca do bullyingna Justiça do Trabalho cresce a cada dia. Segundo ela, as decisões têm sido de repressão à prática do bullying, e de indenização para a vítima, tanto por parte do agressor quanto da empresa que permitiu a conduta.
- Este tipo de comportamento é visto pelo Direito como uma ofensa a um direito fundamental do indivíduo, que é a sua dignidade. Ofender a dignidade humana não pode ser considerada uma conduta normal na relação de trabalho, afinal o trabalhador está vendendo seu trabalho, não sua honra.
Mas o que a vítima pode fazer para se proteger e defender seu emprego? Embora seja um assunto que gere polêmica, muitos especialistas acreditam que o primeiro passo é conversar com o agressor para tentar resolver o problema. Caso não surta efeito, o profissional tem a opção de procurar outras oportunidades e sair da empresa, ou relatar o caso à chefia e ao setor de assistência social e psicológica da firma. Uma ação judicial contra o agressor - e, se for conivente, contra a própria empresa - é o último recurso.
- Se a liderança da empresa não observa esse tipo de comportamento, ou se não possui ouvidoria, é improvável que se importe com bullying - explica Celestino. - Além disso, depois de uma reclamação com o chefe, fica difícil conseguir conquistar seu lugar na equipe.
Para a consultora Ylana Miller, que dá aula de gestão de carreiras no Ibmec, muitas corporações acabam sendo coniventes com o bullying:
- Às vezes é uma questão cultural na empresa. Se for o caso, cabe à vítima escolher se quer continuar num ambiente assim. A partir do momento em que o profissional percebe o que se passa, tem a chave para decidir melhorar seu futuro.
Ylana explica que o bullying muitas vezes é manifestado por meio de manipulações sutis que nem sempre são percebidas inicialmente pelas vítimas, mas que vão prejudicando seu crescimento profissional. Um exemplo é quando um colega fica com o crédito pela ideia de outro, diante da chefia, mas consegue transmitir para a vítima a ideia de que a está ajudando.
- É uma epidemia invisível - define Ylana.
O Globo
Marcadores:
bullying
terça-feira, 4 de outubro de 2011
Adolescente é amarrado por colegas de escola em Campinas (SP)
O garoto teve os pés e os braços amarrados no momento em que voltava da escola. A vítima conta que desde primeiro dia de aula sofre bullyng.
R7
quinta-feira, 29 de setembro de 2011
Alerj aprova projeto de combate ao bullying
Governador terá 15 dias para sancionar ou vetar a proposta
Rio - A Assembléia Legislativa, aprovou nesta terça-feira, o Projeto de Lei do deputado Chiquinho da Mangueira (PMDB), que cria um programa para combater o bullying nas escolas públicas e privadas do Estado do Rio.
O projeto recebeu emenada do deputado Rafael Picciani (PMDB), que incluiu o cyberbullying - ofensas e ataques através de redes sociais. A emenda caracteriza ainda como bullying : insultos pessoais, ataques físicos, grafites depreciativos e isolamento social.
"São agressões cada vez mais comuns e que, pelo alcance que têm, são muitas vezes ainda mais danosas”, disse o parlamentar.
No projeto do deputado Chiquinho da Mangueira, será criado um programa de ações multidisciplinares com atividades didáticas de conscientização, orientação e prevenção das agressões.“Fizemos trabalho de pesquisa com alunos universitários, dentro das escolas públicas e chegamos à conclusão de que alguma coisa precisava ser feita para combater esse problema no estado. Se o Governo não tomar uma atitude, envolvendo a sociedade, teremos problemas mais sérios no futuro”, revela.
O projeto será enviado ao governador Sérgio Cabral, que terá 15 dias úteis para sancionar ou vetar a proposta.
O DIA ONLINE
Rio - A Assembléia Legislativa, aprovou nesta terça-feira, o Projeto de Lei do deputado Chiquinho da Mangueira (PMDB), que cria um programa para combater o bullying nas escolas públicas e privadas do Estado do Rio.
O projeto recebeu emenada do deputado Rafael Picciani (PMDB), que incluiu o cyberbullying - ofensas e ataques através de redes sociais. A emenda caracteriza ainda como bullying : insultos pessoais, ataques físicos, grafites depreciativos e isolamento social.
"São agressões cada vez mais comuns e que, pelo alcance que têm, são muitas vezes ainda mais danosas”, disse o parlamentar.
No projeto do deputado Chiquinho da Mangueira, será criado um programa de ações multidisciplinares com atividades didáticas de conscientização, orientação e prevenção das agressões.“Fizemos trabalho de pesquisa com alunos universitários, dentro das escolas públicas e chegamos à conclusão de que alguma coisa precisava ser feita para combater esse problema no estado. Se o Governo não tomar uma atitude, envolvendo a sociedade, teremos problemas mais sérios no futuro”, revela.
O projeto será enviado ao governador Sérgio Cabral, que terá 15 dias úteis para sancionar ou vetar a proposta.
O DIA ONLINE
Marcadores:
bullying,
comportamento,
educação,
legislação
terça-feira, 30 de agosto de 2011
Cerca de 70% de crianças envolvidas com bullying sofrem castigos em casa
Como forma de diminuir os índices de violência, os pesquisadores sugeriram a reforma legal
Cerca de 70% das crianças e adolescentes envolvidos com o chamado bullying - violência física ou psicológica ocorrida repetidas vezes no colégio - sofrem algum tipo de castigo corporal em casa. É o que mostra uma pesquisa feita com 239 alunos de ensino fundamental do Estado de São Paulo, e divulgada nesta terça-feira pela pesquisadora Lúcia Cavalcanti Williams, da Universidade Federal de São Carlos.
Do total de entrevistados, 44% haviam apanhado de cinto da mãe e 20,9% do pai. A pesquisa mostra, ainda, que 24,3% haviam levado, da mãe, tapas no rosto e 13,4%, do pai.
— As nossas famílias são extremamente violentas. Depois, a gente se espanta de o Brasil ter índices de violência tão altos — disse a pesquisadora.
Segundo ela, meninos que sofrem com violência severa em casa têm oito vezes mais chances de se tornar vítimas ou autores de bullying.
— O castigo corporal é o método disciplinar mais antigo do planeta. Mas não torna as crianças obedientes a curto prazo, não promove a cooperação a longo prazo ou a internalização de valores morais, nem reduz a agressão ou o comportamento antissocial — explicou.
Para a secretária executiva da rede "Não Bata, Eduque", Ângela Goulart, a violência está banalizada na sociedade.
— Existem pais que cometem a violência sem saber. Acham que certas maneiras de bater, como a palmada, são aceitáveis — disse.
Como forma de diminuir os índices de violência contra crianças e adolescentes em casa, os pesquisadores sugeriram a reforma legal, com a criação de leis que proíbam esse tipo de violência, a divulgação de campanhas nacionais e a participação infantil, com crianças sendo encorajadas a falar sobre assuntos que lhes afetem.
AGÊNCIA BRASIL
bem-estar
Marcadores:
bullying,
comportamento,
violência
segunda-feira, 20 de junho de 2011
Adolescentes se unem para combater bullying nas escolas
No fim de semana cerca de 300 adolescentes se reuniram na câmara municipal de vereadores de São Paulo para discutir medidas de combate ao bullyng.
R7
Marcadores:
bullying
domingo, 5 de junho de 2011
Caso Casey Heynes: o bullying e a omissão da escola
O vídeo divulgado na internet gerou muita polêmica, mas quase ninguém se perguntou o que houve para a situação chegar a esse ponto. Confira a opinião dos especialistas
Uma cena de bullying gravada em vídeo se espalhou rapidamente pela internet nos últimos dias e ganhou destaque na imprensa mundial. As imagens, registradas em uma escola australiana, mostram o momento em que Casey Heynes - aluno de 15 anos constantemente agredido pelos colegas - se rebela e parte para cima de um de seus agressores. Com o sucesso na rede, Heynes passou de vítima a herói. Alguns dias depois, os dois garotos eram entrevistados em programas de televisão, apresentando sua versão dos fatos (assista aos vídeos ao lado).
No calor da repercussão e na maneira superficial como o tema foi tratado pelas emissoras, perguntas fundamentais ficaram sem resposta. Qual o papel da escola na história? O que levou o garoto à reação extrema? Há, de fato, algum herói? Para responder a essas e outras dúvidas, NOVA ESCOLA ouviu as pesquisadoras Adriana Ramos e Luciene Tognetta, do Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação Moral (GEPEM) da Faculdade de Educação da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). As considerações das especialistas têm como objetivo mostrar a professores, gestores e pais quais ensinamentos podem ser tirados do fato e como usá-lo no combate - constante - ao bullying.
O papel da escola
Pelos comentários publicados na internet sobre o vídeo e pela própria maneira como as reportagens foram editadas, percebe-se que quase ninguém questionou o papel de professores e gestores da escola australiana. As especialistas da Unicamp explicam que, por ser um problema que ocorre entre os alunos, o bullying pode mesmo demorar para ser detectado. "Em muitos casos, quando pais e professores ficam sabendo, a criança já sofre há pelo menos dois anos", comenta Adriana Ramos.
Essa dificuldade, no entanto, não deve ser usada como desculpa para a escola se eximir de responsabilidade. No caso australiano, há fortes indícios de que professores e gestores foram omissos. "Não é possível que ninguém viu o menino passar por tanta humilhação", comenta Luciene Tognetta. Tudo leva a crer que a escola não tomou as atitudes necessárias nem antes nem depois de o problema aparecer.
A reação da diretoria ao saber da briga reforça essa suspeita. Ao saber do ocorrido, a escola optou por suspender os dois alunos. Com isso, deixou de lado todas as características do bullying e passou a lidar com o problema como se fosse uma briga comum - sem dar importância para as razões que levaram Heynes ao ato de violência. "Ao suspender os dois, a escola não evidencia que, por trás da violência, está o bullying, nem dá a eles a chance de refletir sobre a questão", diz Adriana.
Continue lendo
Como evitar o bullying e o que fazer quando ele ocorre?
Como discutir o caso Casey Heynes com os alunos?
Nova Escola
Marcadores:
bullying,
educação,
opinião,
orientações importantes
quarta-feira, 1 de junho de 2011
Estudante punido por bullying começa a prestar serviços em Campo Grande
CAMPO GRANDE - Um estudante de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, começou esta semana a prestar serviços na escola onde estuda por ter praticado bullying contra um colega de 13 anos. Serão quatro horas por semana ajudando nas tarefas da escola e participação em palestras de combate ao bullying. Os pais do adolescente também terão de devolver R$ 500 ao jovem que pagava para não apanhar.
A delegada Aline Sinott Lopes da Delegacia Especializada de Atendimento à Infância e Juventude (Deaij) que concluiu nesta quarta-feira (1º) as investigações. No total, seis alunos estão envolvidos e confirmaram a prática. O resultado da investigação será encaminhado, ainda nesta quarta-feira, para a promotoria da Infância e Juventude de Campo Grande.
A mãe do adolescente punido por cometer bullying disse estar surpresa com o comportamento do menino.
- Eu sempre dei carinho para ele e sempre o eduquei bem. Jamais imaginava que ele ia fazer isso - lamentou a mãe do agressor.
A família da vítima apoiou as medidas.
- Ele errou e acho que ele tem que aprender com o erro. De repente, foi uma situação para que não se torne uma pessoa pior no futuro, mas que se torne uma pessoa melhor a cada dia - diz o tio da vítima Miguel Gomes Filho.
Para o promotor que aplicou medidas punitivas, essa foi a melhor alternativa para o caso.
- A orientação melhor é essa: que ele seja tratado como indisciplinado e não como infrator. O fato de ele não ter sido representado, não significa que isso foi banalizado - explicou o promotor de Justiça Sérgio Harfouche.
O Globo
A delegada Aline Sinott Lopes da Delegacia Especializada de Atendimento à Infância e Juventude (Deaij) que concluiu nesta quarta-feira (1º) as investigações. No total, seis alunos estão envolvidos e confirmaram a prática. O resultado da investigação será encaminhado, ainda nesta quarta-feira, para a promotoria da Infância e Juventude de Campo Grande.
A mãe do adolescente punido por cometer bullying disse estar surpresa com o comportamento do menino.
- Eu sempre dei carinho para ele e sempre o eduquei bem. Jamais imaginava que ele ia fazer isso - lamentou a mãe do agressor.
A família da vítima apoiou as medidas.
- Ele errou e acho que ele tem que aprender com o erro. De repente, foi uma situação para que não se torne uma pessoa pior no futuro, mas que se torne uma pessoa melhor a cada dia - diz o tio da vítima Miguel Gomes Filho.
Para o promotor que aplicou medidas punitivas, essa foi a melhor alternativa para o caso.
- A orientação melhor é essa: que ele seja tratado como indisciplinado e não como infrator. O fato de ele não ter sido representado, não significa que isso foi banalizado - explicou o promotor de Justiça Sérgio Harfouche.
O Globo
Assinar:
Postagens (Atom)
Verbratec© Desktop.