sábado, 17 de julho de 2010

É incompreensível que o médico do abuso esteja solto, diz Cembranelli


O promotor Francisco Cembranelli (foto), do caso Isabella, disse ser “incompreensível” que Roger Abdelmassih tenha sido colocado em liberdade por causa da gravidade das denúncias contra o médico.
Preso preventivamente em 17 de agosto do ano passado sob a acusação de ter estuprado mais de 50 pacientes, o especialista em fertilização in vitro obteve do STF (Supremo Tribunal Federal) um habeas corpus na noite do dia 23 de dezembro.
Cembranelli lembrou que há pessoas detidas por acusações não tão graves. Admitiu que o fato de o médico ter advogados com “bons conhecimentos técnicos” pode ter contribuído para a suspensão da prisão. O principal defensor de Abdelmassih é Márcio Thomaz Bastos, ministro da Justiça do primeiro mandato do presidente Lula.
Decisões como essa do habeas corpus causam perplexidade na população, disse ele no começo deste mês em entrevista a Ana Maria Braga, da TV Globo. Explicou que, embora a lei seja a mesma para todos, o que muda é a interpretação dela por quem julga.
Não há informação sobre quando o STF julgará o mérito do habeas corpus concedido por Gilmar Mendes, então presidente do STF. A sentença da juíza Kenarik Boujikian Felippe, da 16ª Vara Criminal de São Paulo, deverá sair até o final de setembro.
A expectativa de Cembranelli é de que haja uma condenação porque, segundo ele, as provas contra o médico são bem fundamentadas. O Ministério Público pediu pena de 300 anos de prisão.

Bastos já levou R$ 5 milhões para defender Abdelmassih.



Cartão de débito prova que Bruno e amante ajudaram no sequestro

Funcionários de motel relataram estada dos dois, Macarrão, J., Eliza e do bebê; polícia afirma já ter subsídios para indiciamentos

Os delegados que apuram o desaparecimento de Eliza Samudio, de 25 anos, ex-amante do goleiro Bruno Fernandes, confirmaram ontem que no dia 6 de junho o atleta se hospedou em um motel de Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte, acompanhado da amante Fernanda Gomes de Castro, do amigo Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão; do primo J; além de Eliza e do filho.
Apesar das várias versões sobre o assassinato de Eliza, a polícia acredita que já tem elementos para fechar o inquérito e promover indiciamentos. Segundo a delegada Alessandra Wilke, da Delegacia de Homicídios de Contagem, Eliza teria sido sequestrada por Macarrão e pelo primo de Bruno na noite do dia 4 de junho em um hotel do Rio, onde ela e o filho estavam hospedados. Antes de seguir para Minas na Range Rover do goleiro, dirigida por Macarrão e tendo também como ocupante o adolescente, Eliza ficou durante um dia e meio na casa de Bruno no Recreio dos Bandeirantes. O grupo viajou após um jogo entre Flamengo e Goiás, na noite do dia 5. O ex-goleiro do Flamengo e Fernanda viajaram em uma BMW X5 cor preta.
Quando chegaram em Contagem, por volta de 5h40 do dia 6, o grupo parou estrategicamente, segundo o delegado Edson Moreira, no motel em Contagem, onde ficaram cerca de quatro horas. "Conseguimos comprovar a estada por meio de depoimentos e do cartão de débito bancário onde o Bruno pagou as duas suítes. Após a saída, foi identificada a fralda da criança", conclui a delegada. Os delegados informaram ainda que por volta de 11h do dia 6 o grupo seguiu para o sítio, onde Eliza foi mantida em cárcere privado até o dia 9, data em que provavelmente foi assassinada.
Apartamento. No último depoimento prestado à polícia, Sérgio Rosa Sales, primo de Bruno, contou que Fernanda foi para Minas com o goleiro do Flamengo na BMW X5 e cumprimentou Eliza no sítio, "parecendo até que se conheciam".
Segundo Sérgio, na noite do dia 7, a caminho de um bar em Ribeirão das Neves, Fernanda perguntou ao goleiro o que faria com a "menina". "Eu vou dar um apartamento para ela aqui em Minas, em Belo Horizonte de preferência", Bruno teria respondido. Anteontem, Sérgio recuou e negou que o goleiro tenha presenciado ou estivesse com o grupo que supostamente participou da execução de Eliza.
Mas afirmou que todos os suspeitos, à exceção de Dayanne - que passou mal e não falou nada em depoimento ontem -, poderiam ter evitado "que o pior ocorresse". Ele afirmou que chegou a ser ameaçado de morte em duas oportunidades por Macarrão, caso "abrisse o bico". "Eles me deixaram na mão sem advogado. Agora vem querer me oferecer advogado. Não adianta mais não, já abri o bico."

COLABOROU GABRIELA MOREIRA


Estadão

Com lei de casamento, turismo gay ganha força na Argentina


O otimismo ronda os negócios orientados ao turista gay na Argentina. Com a aprovação nesta semana do casamento gay no Senado argentino, pioneira na América Latina, o país espera um novo impulso no rentável nicho do turismo gay.
Se a Argentina, e em particular Buenos Aires, já era referência para o turismo gay, agora os empresários do setor preveem um aumento da chegada de visitantes homossexuais, que são geralmente grandes consumidores.
"Espero um impacto muito positivo, porque todos os negócios que tenho são orientados ao mercado gay. Por isso, certamente muitos casais de estrangeiros virão à Argentina só para se casar", explica Germán Arballo, empresário de negócios orientados ao segmento do turismo, desde aluguel temporário de apartamentos até adegas.
Segundo Arballo, na Argentina --país que nos primeiros cinco meses do ano recebeu cerca de 1 milhão de estrangeiros que gastaram cerca de US$ 1 bilhão--, quase dois de cada dez turistas são homossexuais.
"Buenos Aires se tornou a cidade mais importante da América Latina para o turismo gay. Com a lei que permitia a união civil em Buenos Aires, a afluência de turismo gay já tinha aumentado 15% sobre o total de turistas. Agora, essa proporção é de quase 18%", precisou.
Brasileiros, americanos e europeus são maioria entre os viajantes homossexuais que elegem a Argentina, não só pelo ambiente gay friendly, mas pela conveniente taxa de câmbio.
"O turista gay gasta mais. Na Argentina, mais ainda, porque o peso está muito barato em relação ao dólar e ao euro", disse Arballo --R$ 1 gira em torno de dois pesos e US$ 1 pode ser trocado por cerca de quatro pesos.
Ele aproveitará a novidade da nova lei de casamento para pessoas do mesmo sexo para promover seus vinhos Pilot Gay Wines.
Em sua campanha publicitária, o empresário presenteará os amantes do mesmo sexo que se casarem na Argentina com vinhos e champanhe de sua marca.

FESTAS DE CASAMENTO
Darío Tamanini, um dos primeiros e poucos organizadores de casamentos orientados aos casais gays no país, já se prepara para um "boom" de trabalho. No mesmo dia da aprovação da lei que autoriza o casamento homossexual, recebeu dez chamadas de interessados em organizar seu casamento.
"Começamos no ano passado a organizar cerimônias de compromissos entre gays, que tinham muito medo de contratar serviços com empresas tradicionais de eventos", relatou Tamanini, que fundou com dois sócios sua empresa de organização de festas no centro de Córdoba, uma sociedade caracterizada pelo conservadorismo.
Agora que as uniões serão legais, Tamanini promete organizar bodas "únicas", sejam singelas, em casa, ou em fazendas, aonde o casal pode chegar em uma carruagem e afins.
Para a lua de mel, os casamentos homossexuais podem optar pelo destino clássico na Argentina: a sulina Bariloche, romântica, rodeada de montanhas e ar puro.
A primeira agência de turismo gay de Bariloche já começou a promover o pacote turístico "Honeymoon Patagônia", que promete opções para que os recém-casados "desfrutem ao máximo da vista panorâmica e de toda a região".
Por enquanto, não foi vendida nenhuma viagem de bodas, mas a agência Bariloche Gay Travel espera impulsionar as vendas a partir da nova norma.
"Já tivemos várias consultas de gente interessada e, agora que se legalizou o casamento homossexual, esperamos receber mais contatos com relação a esse pacote", aponta à agência de notícias Efe Cristian Signorelli, proprietário da agência que há um ano oferece serviços de turismo em Bariloche a visitantes gays do mundo todo.


Menor mentiu sobre cor de pele de executor de Eliza, diz delegada


Em depoimento, adolescente disse que estava com medo de Neném.

A delegada Ana Maria dos Santos afirmou, nesta sexta-feira (16), que o adolescente suspeito de envolvimento no desaparecimento de Eliza Samudio mentiu sobre a cor da pele do homem que teria assassinado a jovem, conhecido como Neném. Segundo a delegada, o jovem tem medo dele.
A polícia afirma que Neném é o ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, que também é conhecido como Bola e Paulista. Ele teria executado Eliza.
O delegado Edson Moreira afirmou que o menor, além de reconhecer a casa onde Eliza teria sido morta e descrever a maneira como o crime aconteceu, reconheceu também a fotografia de Bola como o autor do crime.
Durante a entrevista coletiva, foi apresentado um mapa do trajeto que teria sido feito do sítio de Bruno até a casa em que a jovem teria sido morta. O caminho percorrido foi determinado com base nas descrições do adolescente.
Segundo a delegada, o adolescente fala que Bruno não estava presente na morte de Eliza. Porém, Bruno teria conhecimento dos fatos.

Mais envolvidos
A delegada Alessandra Wilke afirmou que a polícia pretende tomar o depoimento de uma outra mulher que teria um relacionamento com o Bruno. "Ela auxiliou a cuidar do filho da Eliza quando eles ficaram separados. Precisamos tomar o depoimento da mesma para ver se ela sabia do plano executado pelos envolvidos", disse.
Segundo a polícia, Eliza foi mantida em cárcere privado no sítio de Bruno entre os dias 6 e 9 de junho. Para a delegada, o cárcere começou no dia 4, quando ela estava na casa de Bruno no Rio de Janeiro. "Ela foi separada do bebê, que passou aos cuidados da outra mulher, foi segregada ao quarto onde passou a noite trancada", disse Alessandra.

Carta
O advogado Edson Moreira afirma que a carta entregue à polícia nesta sexta-feira (16) não vai influenciar as investigações. “A carta não tem nada a ver com a investigação. É apócrifa, sem valor legal, feita para tumultuar as investigações”, afirmou o delegado Edson Moreira.


Menino morto em sala de aula por bala perdida dissera ao GLOBO temer a violência


RIO - O bicho-papão que assombra a maioria dos alunos que convivem com a violência nas áreas de risco se tornou real nesta sexta-feira. Wesley Gilbert Rodrigues de Andrade, de 11 anos, f oi morto após ser atingido no peito por uma bala perdida durante a aula de matemática no Ciep Rubens Gomes, em Costa Barros, na Zona Norte. Aluno do 5 ano do ensino fundamental, ele foi uma das crianças ouvidas pelo GLOBO em maio, durante a série de reportagens "O x da questão - Rascunhos do Futuro", que citaram a violência como o maior problema da região onde vivem. Wesley, o pequeno sãopaulino e líder do grêmio estudantil no Ciep, morreu segurando um lápis.
Localizado num território disputado por facções criminosas, cercado por favelas, o Ciep já teve três alunos atingidos anteriormente por balas perdidas nos arredores da escola .

Uma das vítimas, o aluno Paulo Gustavo Barros, de 12 anos, morreu na frente da irmã quando seguia à escola. O Ciep Rubens Gomes foi uma das dez escolas municipais onde repórteres de O GLOBO atuaram como voluntários por dois meses para elaborar a série do GLOBO, publicada em junho passado.
Wesley e outros 78 alunos do Ciep apontaram em questionário a violência, os tiroteios e as balas perdidas como maior problema da região, totalizando 80,4% dos pesquisados. Foi o maior índice entre as escolas avaliadas entre os meses de abril e maio passados. No questionário com quatro perguntas, elaboradas pelos jornalistas, o menino justificava seu medo em um texto de quatro linhas, carregadas de erros de português:
- Porque os tiros matão (sic) muita gente e calsão (sic) muitas confusões e brigas calsadas (sic) pelos tiros.

Escola fica a 200 metros da favela
Nesta sexta-feira, por volta das 9h30m, Wesley e outros 30 estudantes, com idades entre 10 e 12 anos, assistiam a uma aula de matemática na turma 1.502 quando o menino foi atingido no peito por um tiro durante um confronto entre policiais do 9 BPM (Rocha Miranda) e traficantes das comunidades da Pedreira e Quitanda. Segundo testemunhas, policiais sem uniformes da PM teriam atravessado a passarela sobre a linha férrea em frente ao Ciep, que faz ligação com um trecho do Morro da Pedreira.
Wesley estava próximo à janela que fica a uma distância de menos de 200 metros do morro, quando teve início a intensa troca de tiros. Alguns alunos deitaram no chão, orientados pela professora. Nesse momento, o menino caiu ferido entre outros estudantes, causando histeria nas salas de aula. No turno da manhã estudam cerca de 500 crianças no Ciep, que atende diariamente 1.278 alunos e teve as aulas suspensas após o episódio.
O menino foi socorrido pela diretora, com ajuda de professores e funcionários. Levado num carro particular ao Hospital Estadual Carlos Chagas, em Marechal Hermes, ele morreu ao chegar à emergência. A confirmação da morte deixou em estado de choque alunos, professores e a diretora da unidade, Rejane Pereira, que teve que ser atendida por médicos.
A morte de Wesley gerou revolta entre pais de alunos, professores, funcionários e moradores das duas comunidades. Um grupo ateou fogo a pneus e pedaços de madeira, interditando o tráfego na Avenida José Arantes de Melo por meia hora. O trânsito só foi liberado após a chegada do blindado da PM. Observados pelos manifestantes, policiais retiraram o material que estava em chamas, liberando o tráfego.
Em meio à ação dos policiais, moradores e pais de alunos acusavam os PMs de terem chegado à comunidade, alguns deles sem uniformes, atirando:
- Eu estava voltando da escola, depois de levar minha filha, quando vi um grupo de homens vestidos com camisas pretas. Todos armados com fuzis. Eles chegaram atirando, pensei que fosse uma invasão de um grupo rival, quando vi uma patrulha do outro lado da pista. Eles atiraram do alto da passarela, não se importaram com as crianças que estavam estudando logo na frente, onde ficam as salas com janelas voltadas para o morro - contou a mãe de uma das alunas.
Os pais de Wesley foram informados sobre a morte do menino pela direção da escola. O casal chegou ao Hospital Carlos Chagas ainda pela manhã, onde recebeu acompanhamento de assistentes sociais da Secretaria estadual de Assistência Social e Direitos Humanos. De lá, foram levados ao IML. O enterro do aluno será realizado neste sábado, às 11h, no Cemitério de Irajá, na Zona Norte.
A secretária de Educação do município, Claudia Costin, disse, em sua página no Twitter, que a morte do menino na sala de aula é inaceitável . O Ciep é uma das 150 Escolas do Amanhã, unidades da rede municipal situadas em áreas de risco que recebem reforço escolar.
Segundo Claudia Costin, na próxima segunda-feira uma equipe do Programa Interdisciplinar de Apoio às Escolas Municipais (Proinape) - composta por psicólogos e assistentes sociais - irá ao Ciep para acompanhar alunos, pais e professores:
- O impacto de um episódio dessa gravidade sobre as crianças é muito grande, e precisamos acompanhar isso de perto - disse a secretária.
Equipes da Divisão de Homicídios (DH) realizaram perícia na sala de aula e recolheram a bala que atingiu o menino. O projetil de calibre 7.62 é compatível com Fuzil Automático Leve (FAL), usado pela PM. Segundo policiais da unidade, os fuzis usados pelos PMs durante a operação já foram requisitados para elaboração de exame de confronto balístico no Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE).
A Polícia Civil divulgou também uma nota em que afirma que agentes da DH foram ao Ciep para fazer "uma minuciosa perícia para investigar as circunstâncias em que o estudante de 11 anos morreu, após ser baleado, e de onde partiu o disparo. A Polícia Civil só vai se pronunciar sobre o caso após a conclusão do inquérito".


O Globo

Agrotóxico endossulfam será proibido no Brasil apenas em 2013


O agrotóxico endossulfam, considerado altamente tóxico, associado a problemas reprodutivos e no sistema endócrino, será banido do país somente a partir de 31 de julho de 2013. Uma comissão formada pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama), Ministério da Agricultura e Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) tomou a decisão, durante uma reunião de quase nove horas.
O cronograma definido, no entanto, é mais longo do que o esperado por entidades relacionadas à defesa do meio ambiente e da saúde. Banido em 45 países, o endossulfam fazia parte de uma lista de 14 agrotóxicos submetidos à reavaliação pela Anvisa, por causa das suspeitas de estarem associados a problemas graves de saúde.
Ficou decidido que importações do produto serão proibidas a partir de 31 de julho de 2011. Depois disso, a produção nacional terá de sofrer uma redução gradativa até que, em julho de 2013, a venda e o uso do produto esteja totalmente proibido.
A decisão será enviada à Justiça, onde tramita um pedido liminar para cancelamento imediato do registro do produto. Já estava praticamente descartada a possibilidade de que a comissão tripartite determinasse a suspensão imediata do uso do endossulfam. No entanto, a expectativa era a de que o cronograma fosse mais ágil, com data final para proibição total em 2012.
O endossulfam, usado nos cultivos de algodão, cacau, café, cana-de-açúcar e soja, é o segundo da lista da Anvisa a ter seu destino decidido pela comissão. O primeiro foi a cihexatina, empregada na citricultura, cuja proibição está prevista para 2011. Até lá, seu uso é permitido apenas no estado de São Paulo. Além do endossulfam, outros dois produtos aguardam reunião da comissão tripartite para ter sua proibição avaliada: adefato e metamidofós.


sexta-feira, 16 de julho de 2010

Dependência econômica impede que vítimas deixem parceiros violentos, diz estudo


Centenas de milhares de vítimas de violência doméstica na América Latina permanecem nos lugares onde sofrem maus tratos porque não têm opção de moradia, revela um estudo de uma ONG com sede em Genebra, na Suíça, divulgado nesta sexta-feira.

O relatório do Centro pelo Direito à Moradia contra Despejos (Cohre), intitulado “Um Lugar no Mundo”, analisa a questão da violência contra a mulher no Brasil, na Argentina e na Colômbia.
Nesses países, diz o estudo, "a falta de acesso a uma moradia adequada, incluindo refúgios para mulheres que sofrem maus tratos, impede que as vítimas possam escapar de seus agressores".
"A dependência econômica aparece como a primeira causa mencionada pelas mulheres dos três países como o principal obstáculo para romper uma relação violenta", diz o estudo.
A organização de direitos humanos entrevistou dezenas de mulheres que já foram vítimas – ou continuam sendo – de violência doméstica em cada um desses três países analisados.
"A partir dessas entrevistas, surge claramente que o importante para essas mulheres é saber para onde poderão ir quando decidem romper o círculo da violência doméstica."
Segundo a Cohre, "a falta de solução para o problema da moradia pode ser determinante para que elas decidam continuar ou não uma relação violenta".
Muitas das mulheres vítimas afirmaram à ONG ter a alternativa de se mudar para a casa de um amigo ou parente logo após sofrerem uma agressão.
"Mas, com o passar do tempo, e se sentido incapazes de assegurar uma solução permanente ou mesmo de transição para o problema de moradia, essas mulheres, frenquentemente, não têm outra saída a não ser voltar a viver com seu agressor", diz o estudo.
O estudo afirma que, apesar de a maioria dos países da América Latina ter altíssimas taxas de violência doméstica, entre 30% e 60% das mulheres da região, dependendo do país, as políticas públicas “quase nunca” levam em conta a questão do direito à moradia das mulheres.
A ONG afirma que esse problema afeta sobretudo as mulheres pobres que vivem em comunidades carentes.
Muitas mulheres, principalmente as das classes desfavorecidas, realizam trabalhos em setores informais da economia ou se dedicam às atividades do lar (podendo fazer ambos) e ficam sujeitas à renda do companheiro.
No caso das mulheres entrevistadas pela Cohre, boa parte cuida apenas das tarefas do lar: 27% no Brasil e quase 25% na Argentina e na Colômbia. Muitas relataram que não trabalham a pedido dos maridos.
Elas também afirmaram viver mais episódios de violência em épocas de crises econômicas ou de aperto no orçamento, quando são tratadas como "inúteis, gastadoras e más administradoras do dinheiro".
No Brasil, os números da violência doméstica compilados por organizações internacionais não são recentes.
Uma mulher em cada quatro já foi vítima de agressões por seu marido ou companheiro, segundo o informe nacional brasileiro ao Comitê para a Eliminação para a Discriminação contra as Mulheres (CEDAW, na sigla em inglês), que corresponde ao período de 2001 a 2005.



Polícia investiga ida de Bruno a motel antes da suposta morte de Eliza



Grupo de seis pessoas teria ficado em dois quartos do estabelecimento.
Camareira disse que se surpreendeu ao encontrar fralda em sofá.

A polícia investiga a suposta presença do goleiro Bruno de Souza, que era do Flamengo, em um motel de Contagem (MG). Segundo depoimentos já ouvidos pelos delegados, ele esteve no estabelecimento na mesma época em que Eliza Samudio teria sido morta. A jovem teve um relacionamento com o atleta e está desaparecida há mais de um mês.
A recepcionista de um motel, em Contagem (MG), disse à polícia que, no início de junho, dois carros chegaram ao estabelecimento, cada um com três pessoas.
Duas suítes foram alugadas pelo grupo. Segundo a funcionária, o homem que dirigia um dos veículos pediu uma unidade com hidromassagem. Nesse local, ficaram três pessoas, sendo dois homens e uma mulher.
A testemunha contou que, a cada 30 minutos, algumas pessoas trocavam de quarto. Uma das suítes tem dois andares. No primeiro, há uma cama de casal e um sofá. No segundo, banheira de hidromassagem.
No mesmo fim de semana, Bruno jogou pelo Flamengo contra o Goiás, no Maracanã, no Rio. Fontes ligadas à investigação dizem que, depois do jogo, o goleiro viajou para Minas Gerais e esteve no motel.
A polícia trabalha com a hipótese de que duas mulheres faziam parte do grupo: uma delas seria a então namorada do atleta e outra, Eliza Samudio.
O grupo deixou o motel em 6 de junho, às 13h19. A conta foi paga com o cartão de débito do jogador. O valor: R$ 431,90.
Quando a camareira foi fazer uma limpeza no quarto, depois da saída, um detalhe chamou a atenção: havia uma fralda no sofá.

Preocupação
Uma das testemunhas disse, em depoimento, que ela e outras duas funcionárias do motel vasculharam uma suíte procurando vestígios de sangue, sacudiram os lençóis e os travesseiros, mas nada foi encontrado. A preocupação era porque havia uma criança no quarto.
Posteriormente à publicação dessa reportagem, a polícia mineira falou pela primeira vez sobre a suposta passagem de Bruno pelo motel. Segundo a delegada Alessandra Wilke, o goleiro viajou do Rio para Minas com os seus amigos e todos pararam no motel. Em seguida, teriam ido para o sítio do goleiro.
Os registros da portaria do condomínio do sítio de Bruno, em Esmeraldas, registram entradas dele em dois dias, entre 6 e 9 junho. Segundo a polícia, a provável data do assassinato de Eliza é 9 de junho.

Entenda o caso
Nascida em Foz do Iguaçu (PR), Eliza Samudio se mudou para São Paulo e posteriormente para o Rio. Em 2009, teve um relacionamento com o goleiro Bruno. Ela engravidou e afirmou que o pai de seu filho é o atleta. O bebê nasceu no início de 2010 e, agora, está com a mãe da jovem, em Mato Grosso do Sul.
A polícia mineira começou a investigar o sumiço de Eliza em 24 de junho, depois de receber denúncias de que uma mulher foi agredida e morta perto do sítio de Bruno. Os delegados já consideram Eliza morta.
Em 6 de julho, um menor foi detido na casa do jogador, no Rio, e afirmou à polícia que Eliza está morta. Ele disse que viajou do Rio para Minas Gerais com Eliza e Luiz Henrique Ferreira Romão, amigo de Bruno conhecido como Macarrão. De acordo com o adolescente, os três foram para o sítio do goleiro. Depois, seguiram até outro local, onde um homem identificado como Neném estrangulou a jovem.
Oito pessoas estão presas na Região Metropolitana de Belo Horizonte, por suspeita de envolvimento no desaparecimento da jovem, incluindo Bruno. Todos negam o crime.
No Rio, o goleiro e Macarrão são investigados por suspeita de participação no sequestro da jovem. Os dois também negam.


G1

Especialistas dizem que 80% das crianças já sofreram experiências ruins na internet e ensinam como pais devem agir


RIO - Cerca de 80% das crianças já sofreram experiências negativas na internet, e quase metade sente medo da tecnologia. É o que revela uma pesquisa feita pela Symantec em 14 países e divulgada esta semana. Segundo o levantamento, as crianças brasileiras são as que passam mais tempo na web: aproximadamente 18,3 horas semanais, enquanto a média mundial é de 11,4 horas. Outra pesquisa, feita pela Norton Online Family Report, mostra que 46% delas sentem medo da internet depois do incidente e 39% perdem a confiança no ambiente online.
Além disso, cerca de 60% delas fazem download sem supervisão de um adulto e 58% já tiveram alguém desconhecido tentando adicioná-las na internet, dados que revelam a insegurança no ambiente online para os pequenos. A advogada Marcela Macedo, especialista em Direito Digital do Patricia Peck Pinheiro Advogados e voluntária do Movimento "Criança mais Segura na Internet" (www.criancamaissegura.com.br), a internet pode ser uma ferramenta positiva de comunicação e aprendizado. O importante é entender que a culpa não é da tecnologia ou do computador, mas sim da forma como ela é usada.

Dez passos para melhorar a relação da criança com a internet

- Os principais problemas que as crianças enfrentam na web costumam ser a não proteção da senha, já que ela não entende que isso é sua identidade digital no mundo virtual, o download de conteúdo não permitido, a participação em comunidades duvidosas, o cyberbullying e a pedofilia - explica a advogada.
Ela alerta que cada vez mais crianças estão sendo vítimas do cyberbullying, a ofensa virtual que gera impacto psicológico e social e é praticada em blogs, portais de relacionamentos, comunicadores instantâneos e mensagens de texto enviadas pelo celular.
O perito criminal Wanderson Castilho, diretor da E-Net Security Solutions, lembra que os pais devem sempre monitorar todas as ações que são realizadas no computador da criança.

Clique aqui e faça o download das cartilhas

- Esta é, sem dúvida alguma, a melhor forma de prevenção. Assim, os pais saberão antecipadamente o que os filhos estão fazendo na rede e poderão decidir a favor da criança.
Ele afirma que da mesma forma que os pais colocam regras no mundo físico dos filhos, devem estabelecê-las também para o mundo virtual.

Psicóloga ensina a proteger as crianças do cyberbullying

- Estipule horários, tenha sempre um responsável próximo do computador para visualizar os canais que estão sendo acessados e nunca deixe as crianças sozinhas trancadas no quarto com o computador e uma webcam ligados - completa.

Em caso de problemas graves
Se os pais notarem que há algo errado, eles podem tomar algumas ações para proteger a criança. O primeiro passo é conversar com seu filho para saber todos os detalhes do ocorrido. Depois, comunique à escola (ou clube, ou casa de amigo etc.), se o incidente aconteceu em suas dependências. É importante reunir todas as provas eletrônicas, como troca de mensagens de texto, emails, vídeos e fotos, e denunciar o site pelo seu canal de contato.
- É importante notificar extrajudicialmente caso haja necessidade de remoção de conteúdo e até mesmo procurar um advogado especializado - explica Marcela Macedo.
Castilho afirma que em certos casos é preciso fazer um boletim de ocorrência numa delegacia especializada em crimes digitais.
- O bom diálogo é que nunca pode deixar de ocorrer entre os pais e os filhos - completa.


O Globo

Novo entorpecente tem sido consumido em diferentes locais do DF


A droga mistura merla, crack e maconha em um só cigarro. Entre os locais de consumo estão o Setor Comercial Sul, a Rodoviária do Plano Piloto, Sobradinho e Paranoá. Autoridades públicas ainda não reconhecem sua entrada na capital federal
A merla é uma junção de ácido sulfúrico, querosene, cal virgem e outros produtos. Também derivado da cocaína, o crack é composto de bicabornato de sódio ou amônia e água destilada. Tanto um quanto o outro produzem efeitos rápidos, como síndromes de abstinências graves, ou seja, uma sensação de desespero extremo provocado pela falta no organismo. Imagine o dano que as duas drogas podem causar ao ser humano se usadas juntas. Mesmo diante do risco, usuários do DF têm consumido o entorpecente desta forma: mesclado.
Além de merla e crack, o mesclado também leva maconha. A droga é bastante consumida em cidades grandes do país, como Rio de Janeiro e São Paulo. Lá, as três substâncias são vendidas em forma de cigarro. Em Brasília, as autoridades públicas ainda não reconhecem a entrada desse alucinógeno no mercado negro do narcotráfico. Mas o Correio entrevistou dependentes dessa mistura que pode provocar até câncer em quem a usa. Com base no depoimento deles, mapeamos algumas áreas onde o mesclado chegou.
Em Ceilância, seria a QNP 36, perto do Condomínio Pôr do Sol. O consumo do mesmo alucinógeno é feito por jovens do Cruzeiro no Parque da Cidade. Distante dali, mas ainda no Plano Piloto, o mesclado tem feito a cabeça de usuários do Setor Comercial Sul e das imediações da Plataforma da Rodoviária. Em Sobradinho, o uso da droga ocorre na Fercal. No Paranoá, os dependentes estão espalhados por várias quadras do Itapoã.
Mesmo diante do quadro de invasão do mesclado no DF, as autoridades ainda ignoram sua chegada. “Qual é a novidade?”, ironizou o diretor da Coordenação de Repressão às Drogas (Cord) da Polícia Civil, delegado João Emílio, ao ser questionado pelo Correio sobre esse novo tipo de entorpecente que entrou no DF. Em Santa Maria, a polícia admite que a mistura de alucinógenos é comum entre jovens. “Não sabia que o nome disso é mesclado”, disse o comandante da 14ª Companhia de Polícia Militar Independente (14ªCPMind), tenente-coronel Marcus Fialho. “A gente identifica que a substância consumida é droga, a descreve, mas somente o Instituto de Criminalística (IC) é que vai determinar qual o tipo de alucinógeno”, explicou ele.
Alguns traficantes do Distrito Federal já estão vendendo cigarros mesclados com maconha, crack e merla. O preço varia de R$ 10 a R$ 15. Mas a maioria prefere vender os insumos separadamente, pois o lucro é maior. Uma pedra de crack custa, em média, R$ 5. Já a lata de merla varia de R$ 50 a R$ 70. O cigarro de maconha pode ser adquirido por até R$ 5.
A adolescente Luísa* trocou os estudos pelo submundo das drogas. Com 15 anos, ela já era viciada em maconha. Com essa mesma idade, experimentou o mesclado. “Uma mulher se aproximou de mim e perguntou se eu estava a fim de fumar um. Achei o gosto diferente, mas gostei. Naquela noite, fumei uns 40 deles”, lembra a moradora de Valparaíso (GO). Luisa tem 16 anos e está internada numa clínica a 25km do Plano Piloto.
Com ela, outros jovens também tentam vencer o vício das drogas. Bárbara*, 17, era travesti no Setor de Diversões Sul. Ela admite ter usado cocaína. Mas afirmou que nunca experimentou o mesclado. “Muitas de minhas amigas, que trabalham no Conic, são viciadas nesse tipo de mistura. O tráfico lá corre solto”, disse o jovem, que morava no Paranoá.

Abaixo-assinado
Enquanto as autoridades fazem vista grossa para a nova droga, a sociedade se mobiliza. O advogado Epitácio Farias de Brito Júnior, 36 anos, morador da 203 Norte, que tinha um parente dependente de crack, resolveu colher um abaixo-assinado(1) com 1,8 mil assinaturas — que corresponde a 1% do número de eleitores do DF — para que sejam criadas políticas públicas voltadas para a área de dependência química. Epitácio quer que seja, também, construído um hospital especializado na recuperação de dependentes. “Não é justo que se gaste mais de R$ 700 milhões para a reforma do Estádio Mané Garrincha e continuemos sem uma clínica, um hospital público especializado nesse tipo de socorro”, lamentou.
Somente pela manhã, Epitácio coletou mais de 400 assinaturas na Rodoviária do Plano Piloto. O casal Luciano Pereira de Oliveira, 22, e Carmem Rosa de Oliveira Silva, 24, são simpáticos à reivindicação dele. “Graças a Deus, não temos ninguém na família que é dependente de droga, mas apoiamos a iniciativa dele”, disse o balconista de lanchonete. Epitácio pretende levar o abaixo-assinado para outras localidades do DF, como Ceilândia, Taguatinga, Gama e Santa Maria. “Vamos conseguir vencer essa doença”

1 - Iniciativa popular
O Artigo 76 da Lei Orgânica do DF determina que a iniciativa popular pode ser exercida pela apresentação à Câmara Legislativa de Emenda a Lei Orgânica ou de projeto de lei devidamente articulado, justificado e subscrito por um mínimo de 1% dos eleitores, distribuídos em três zonas eleitorais, devendo ser assegurada a defesa do projeto por representantes dos autores perante as comissões nas quais tramitar.

(*) Nomes fictícios em respeito ao Estatuto da Criança e do Adolesente

200kg apreendidos
Agentes da Companhia de Polícia Militar Ambiental (CPMA) apreenderam 200kg de maconha, na madrugada de ontem, em uma barreira policial montada na BR-080, zona rural de Brazlândia, durante a operação Boas Férias. De acordo com a CPMA, essa é a maior quantidade da droga retida no Distrito Federal em 2010.
O flagrante aconteceu por volta de 0h30 em uma blitz montada para fiscalizar os veículos que chegavam a Brasília e evitar o transporte ilegal de peixe e de armas. De acordo com agentes da 18ª Delegacia de Polícia (Brazlândia), um Ford EcoSport (placa não divulgada) passava pela via quando foi parado pelos policiais. Carlos Henrique Alves Almeida, 32 anos, e José Augusto Isídio Campos, 27, abandonaram o veículo no acostamento e fugiram para um matagal próximo, mas foram alcançados pela polícia.

R$ 5 mil
Detidos, foram encaminhados à 18ª DP, onde prestaram depoimento. “Os dois disseram que a droga tinha como origem a cidade de Uruaçu (GO) e que eles iriam repassar a mercadoria para um terceiro em Taguatinga. Ele receberiam em troca do transporte a quantia de R$ 5 mil”, explica o delegado plantonista da 18ª DP, Rogério Alencar. De acordo com ele, os dois homens já vinham sendo investigados pela 17ª DP (Taguatinga Norte).
Carlos Henrique e José Augusto foram encaminhados para o Departamento de Polícia Especializada (DPE), onde devem aguardar julgamento e poderão responder por tráfico de drogas, crime com pena de cinco a 15 anos de prisão, e por associação ao tráfico, delito com pena de três a 10 anos de detenção. A droga apreendida foi encaminhada ao Instituto de Criminalística para avaliação.

Palavra do especialista
“A união dos três compostos em um só cigarro significa a soma dos efeitos deletérios das substâncias ativas em si e dos produtos utilizados em sua preparação. Além da dependência física extrema em relação aos derivados da cocaína e à dependência psicológica das três, ainda somam-se os contaminantes e as substâncias utilizadas no preparo com efeitos cardíacos, pulmonares, gerais e inclusive aumentam o risco de câncer.”

Carlos Gropen, médico

O número
R$ 15
Preço cobrado por traficantes do Distrito Federal por um cigarro de mesclado

Ex-diretor do IAP teria autorizado crime ambiental em São José


Prefeitura quer que MP investigue corte ilegal de madeira

A Secretaria do Meio Ambiente de São José dos Pinhais pede que o Ministério Público do Paraná (MP-PR) investigue a concessão de uma autorização para o corte de árvores em uma área do município emitida pelo diretor de Controle de Recursos Ambientais do IAP, Hary Luiz Ávila Teles. O diretor é uma das 34 pessoas presas pela Polícia Federal durante a operação São Francisco, que investigou o tráfico internacional de aves raras no Paraná. A licença concedida vai contra determinação da própria Diretoria e teria recebido parecer contrário da Secretaria Municipal caso houvesse sido consultada pelo IAP.
De acordo com a secretária do Meio Ambiente, Edilaine Vieira, antes de conceder a licença o diretor deveria ter consultado a equipe técnica da Secretaria Municipal para verificar a legalidade desses cortes.
“Sempre somos consultados e desta vez não fomos, pois o processo dessa licença não seguiu o trâmite comum. A autorização de corte dessa área nos causa espanto já que no local existe vegetação em estágio médio para avançado, com árvores de mais de 40 anos”, afirma a Secretária. O terreno, que possui 1.4 hectare, fica na Avenida Rui Barbosa, é de propriedade de Bogdan Bendnovski.
O corte ilegal foi descoberto pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente no início do mês de junho quando um comprador de madeira foi ao órgão solicitar o documento de origem florestal, que é a licença para transportar madeira cortada de um terreno do município. “Ao verificarmos o endereço de onde a madeira cortada sairia, constatamos que se tratava deste terreno que não deveria ter tido o corte autorizado”, diz a secretária do Meio Ambiente.
O documento autorizando o corte teria sido emitido entre os meses de maio e junho deste ano por Hary Luiz Ávila Teles, da Diretoria de Controle de Recursos Ambientais (DIRAM), do IAP, e foi suspenso para reavaliação semanas depois, o que não impediu o desmatamento.
Teles é um dos investigados nas denúncias de tráfico internacional de aves raras no Paraná e ainda o autor de um memorando do próprio IAP que determina a suspensão de autorização de corte para qualquer imóvel com vegetação em estágio médio e avançado, baseado em um parecer da Diretoria Jurídica do Instituto.
Logo após tomar conhecimento do fato, a secretária Edilaine acionou a Promotoria de Meio Ambiente para que tomasse providências para suspender os efeitos dessa medida autorizada pelo IAP, além de ter solicitado informações sobre a licença ao próprio Instituto.
A Secretária ainda afirma que é a segunda vez que o IAP autoriza o corte de vegetação no local. A primeira vez teria sido há mais de um ano, quando 50 pinheiros foram cortados. “Constatada a ilegalidade, o IAP revogou aquela licença, exigindo que o proprietário reflorestasse o local, porém nada foi feito. Queremos que todos esses fatos sejam esclarecidos”, afirma Edilaine.
Caso seja comprovado o crime ambiental referente ao corte das árvores, o responsável pode ser autuado pelo próprio IAP, de acordo com o Decreto Federal n. 6.514/2008. Além disso, as pessoas que forem responsabilizadas também podem responder criminalmente após investigação do MP.


Memória de pessoas com Alzheimer pode melhorar com insulina


Inalar insulina é o novo tratamento para melhorar a memória de pacientes com sintomas iniciais do mal de Alzheimer, de acordo com um estudo de cientistas americanos, divulgado nesta quarta-feira numa reunião da Associação de Alzheimer, em Honolulu.
Os pacientes experimentaram o novo método por quatro meses. Ao final do período, foram submetidos a exames durante dois meses e demonstraram melhora nos exames de recuperação da memória.
"Nós acreditamos que os resultados são muito promissores e podem ajudar estudos futuros", declarou Suzanne Craft, do VA Puget Sound Health Care System e da Universidade de Washington, em Seattle, que apresentou suas descobertas em Honolulu.
A doença de Alzheimer é uma deterioração sem cura do cérebro que afeta 26 milhões de pessoas no mundo todo. Os estudos apontaram baixos níveis de insulina no cérebro das pessoas com Alzheimer. O componente é essencial para a transmissão de impulsos nervosos entre as células cerebrais, necessário ao funcionamento do cérebro.
A equipe de Craft trabalhou para constatar os efeitos de levar insulina diretamente ao cérebro dos pacientes. Estudaram 109 indivíduos, não diabéticos, com doença de Alzheimer ou em estágio anterior, chamado comprometimento cognitivo leve.
Os pacientes que tomaram a menor dose de insulina apresentaram melhorias significativas em alguns testes de memória. Mas não se saiam bem quando os testes de memória eram combinados aos de aprendizagem ou a alguma habilidade para realizar atividades diárias.
O tratamento está longe de ser útil aos pacientes, conta Craft, mas os resultados são significativos o suficiente para serem estudados em grande escala.
As drogas atuais para o mal de Alzheimer apenas tratam os sintomas, mas nenhuma melhora a memória dos pacientes.

Helton Simões Gomes


eBAND

Carta de suposta testemunha do caso Eliza será entregue às autoridades nesta sexta-feira (16)



Papel mostra suposto relato dos últimos dias de vida de Eliza Samudio

Uma carta de uma suposta testemunha do sequestro de Eliza Samudio, ex-amante do goleiro Bruno, que foi entregue à Rede Record Minas, será entregue na sexta-feira (16) às autoridades.
No documento, uma mulher diz ter cuidado do bebê da jovem durante o período em que ela ficou aprisionada num quarto do sítio do jogador em Esmeraldas, na região metropolitana de Belo Horizonte.
Ela relata como foram os dias que antecederam à sua morte e as agressões que a jovem sofreu. A suposta testemunha afirmou ter sido ameaçada de morte caso relatasse o que viu. Ela chegou a agendar uma entrevista com a reportagem, mas não apareceu.

Liberdade negada
A Justiça mineira negou, na quinta-feira (15), o pedido de habeas corpus feito pela defesa do goleiro Bruno e de outros cinco suspeitos de envolvimento no sequestro e morte de Eliza.
O pedido havia sido apresentado na quarta-feira (14) pelo advogado Ércio Quaresma. Além do ex-jogador do Flamengo, ele defende também Dayanne Rodrigues do Carmo Souza, ex-mulher de Bruno; Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão; Elenilson Vitor da Silva; Flávio Caetano de Araújo; e Wemerson de Souza, o Coxinha.
Além deste, outro pedido de liberdade para Bruno havia sido feito ao Tribunal de Justiça de Minas Gerais. A solicitação partiu de um amigo do jogador, do Rio de Janeiro, e chegou à Justiça por e-mail. Ainda não há uma resposta para este apelo, que foi feito em 1ª instância.

Depoimentos
Na quinta-feira (15), o adolescente de 17 anos, primo de Bruno, deu continuidade ao depoimento que começou a ser prestado na quarta-feira (14). Desta vez, no entanto, o menor se calou durante as perguntas pela delegada Ana Maria dos Santos, no Ceip (Centro de Internação Provisória), zona leste de Belo Horizonte.
Segundo o advogado do menor, Eliezer Jonatas de Almeida Lima, a postura do adolescente não foi uma orientação da defesa. Ele afirmou ter dito ao jovem "para fazer o que quisesse" e que ele se calou por vontade própria.
A mãe do adolescente chegou a Belo Horizonte no final da tarde de quinta e seguiu de aeroporto para a casa da avó de Bruno, sua mãe.
Também foi interrogado pela polícia na quinta-feira (15) o ex-policial civil Marcos Aparecido dos Santos, conhecido como Bola. Ele é suspeito de ter estrangulado e esquartejado o corpo de Eliza.
Ele deixou o Departamento de Investigações de Belo Horizonte por volta das 20h escoltado pela polícia e seguiu direto para a penitenciária de segurança máxima Nelson Hungria, em Contagem (MG).
Nem a polícia, nem o advogado do suspeito falaram com a imprensa. Quando Bola chegou no local, ele negou todas as acusações feitas contra ele.

Quebra de sigilo telefônico
A Justiça decretou a quebra do sigilo telefônico de Bruno e de outros três suspeitos de envolvimento no caso: Wemerson Marques de Souza, o Coxinha, Flávio Caetano Araújo e o adolescente de 17 anos, primo do goleiro.
O pedido foi feito pela delegada Alessandra Wilke, da Delegacia de Homicídios de Contagem. Com isso, a polícia pretende cruzar os telefonemas feitos entre os suspeitos.
Anteriormente, a juíza Marixa Rodrigues já havia determinado a quebra dos sigilos telefônicos da ex-mulher do goleiro Bruno, Dayanne Souza, de Eliza Samudio e de Luiz Henrique Romão, o Macarrão.

Tio de adolescente
O tio do adolescente de 17 anos disse, em entrevista à Rede Record na quinta-feira (15), que uma namorada de Bruno, a dentista Ingrid Calheiros, 24 anos, ligou para o adolescente e perguntou onde ele estava. A ligação foi feita no dia em que o jovem chegou à casa do tio, em São Gonçalo, região metropolitana do Rio de Janeiro, e contou como Eliza havia sido sequestrada e morta.
O homem que preferiu não se identificar disse ainda duas das três ameaças de morte que recebeu depois que revelou o crime à imprensa foram por telefone.
- Eles disseram para mim: "Aí, mané, não adianta. Tu vai ser o próximo". O homem foi incluído provisoriamente no programa de proteção à testemunha. Na semana passada, um homem que morava em uma casa onde ele já havia vivido foi assassinado.

Não deixe de ler:
Carta de uma suposta testemunha


R7

Crianças dormem em zoológico para ver animais noturnos no interior de SP



80 crianças de Sorocaba passaram a noite no local.
Passeio durante a madrugada faz parte de programa de férias.

O Zoológico de Sorocaba, a 99 km de São Paulo, recebeu visitantes especiais na madrugada desta sexta-feira (16). Oitenta crianças da cidade passaram a noite no local para conhecer o hábito noturno dos animais e dormiram bem perto deles.
Com colchões e sacos de dormir, foi improvisado um quarto na sala dos bichos empalhados. Por volta de meia-noite elas saíram para passear pelo zoológico para conhecer os animais que durante o dia não saem. Durante a madrugada, eles se revelam.
Como o tema deste programa de férias são os animais do cerrado, o lobo guará entrou no roteiro. Corujas e ouriços também se mostraram sem timidez.
“A gente espera que a partir dessa experiência a gente sensibilize as crianças para as questões ambientais, que elas reflitam sobre as suas ações e multipliquem o aprendizado”, explicou a bióloga Viviane Garcia.


G1

Polícia pede a prisão de suposta amante de Bruno


BELO HORIZONTE e RIO - A Polícia Civil do Rio pediu ontem à Justiça fluminense a prisão de Fernanda Gomes Castro, de 31 anos, que seria amante do goleiro Bruno. A mulher foi citada em depoimentos prestados nas investigações sobre o desaparecimento e o possível assassinato de Eliza Samudio, de 25 anos, outra amante do jogador. Ela teria cuidado do bebê que seria fruto do relacionamento de Eliza com Bruno, quando a jovem foi seqüestrada no Rio. Fernanda teria estado nos dias 4 e 5 de junho no condomínio de Bruno, no Recreio, onde Eliza teria sido mantida antes de ser levada para Minas.
Fernanda esteve na Divisão de Homicídios do Rio na terça-feira e prestou depoimento, dizendo que Eliza foi sequestrada por Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, amigo de Bruno, no caminho para o sítio do goleiro, em Esmeraldas (MG). O crime, de acordo com Fernanda, teria sido praticado a mando de Dayanne Rodrigues do Carmo Souza, mulher do goleiro. Fernanda disse que não teve participação no crime e que Bruno só ficou sabendo do sequestro depois.
Ontem, porém, depois que equipes da Polinter estiveram em endereços de Fernanda em Jacarepaguá e Santa Cruz e não a encontraram, a amante de Bruno tornou-se para a polícia uma suspeita, o que levou ao pedido de prisão.
Pela manhã, a delegada Alessandra Wilke, da Delegacia de Homicídios de Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, disse apenas que Fernanda seria intimada a depor. Equipes da Polinter do Rio estiveram nesta quinta-feira em endereços de Fernanda em Jacarepaguá e Santa Cruz, mas ela não foi encontrada.
Na noite de ontem, Rodrigo Fernandes, de 23 anos, irmão do goleiro Bruno, foi preso no Piauí, suspeito de estupro e cárcere privado .

Desembargador nega liminar para habeas corpus
O TJ de Minas também recebeu nesta quinta dois pedidos de habeas corpus para o goleiro Bruno, preso por suspeita de ter participado do assassinato de Eliza. Os pedidos de liminar dos habeas corpus foram negados pelo desembargador Doorgal Andrade, da 4ª Câmara Criminal. O mérito das ações ainda será julgado.
Um dos habeas corpus foi apresentado diretamente ao TJ pelo advogado Ércio Quaresma, que representa o jogador e outros cinco suspeitos. O outro foi encaminhado na quarta-feira, por e-mail, para o Fórum de Contagem pelo capitão de fragata reformado João Carlos Augusto Melo Moreira, morador da Barra da Tijuca. Flamenguista, Moreira disse que está sendo feita uma injustiça contra o atleta e enviou uma carta para Bruno no presídio, desejando-lhe sorte. A juíza Marixa Lopes Rodrigues, da comarca de Contagem, arquivou o pedido:
- A gente aprende na vida acadêmica que pode se solicitar habeas corpus até num papel de pão, mas tem que ter a assinatura da pessoa e meios para se verificar a identidade de quem pede. É a primeira vez na vida que vi isto acontecer. Imagina se aceito um pedido destes? A torcida do Flamengo inteira, que é a maior do Brasil, talvez me solicitasse, também por e-mail, o habeas corpus do Bruno.
Fernanda esteve na Divisão de Homicídios do Rio na terça-feira e prestou depoimento, dizendo que Eliza foi sequestrada por Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, amigo de Bruno, no caminho para o sítio do goleiro, em Esmeraldas (MG). O crime, de acordo com Fernanda, teria sido praticado a mando de Dayanne Rodrigues do Carmo Souza, mulher do goleiro. Fernanda disse que não teve participação no crime e que Bruno só ficou sabendo do sequestro depois.
Também foram apresentados pedidos de habeas corpus também para a mulher do goleiro, Dayanne Rodrigues do Carmo Souza; o braço direito do jogador, Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão; Wemerson Marques do Carmo, o Coxinha; Elenílson Vítor da Silva; e Flávio Caetano de Araújo, todos presos por ordem da Justiça. O pedido inclui também Sérgio Rosa Sales, primo de Bruno que não é defendido por Quaresma. O advogado do suspeito, Marco Antônio Siqueira, já havia pedido a revogação da prisão preventiva de Sales ao Tribunal do Júri de Contagem e acredita que até o início da próxima semana deve haver uma decisão.
Ainda nesta quinta-feira, o ex-policial civil Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, suspeito de ter executado Eliza, foi levado da Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, para o DIHPP. Na chegada, perguntado se negava participação no crime, ele respondeu que sim. Havia a suspeita de que ele fosse ser submetido a uma acareação com Sérgio, mas o advogado Marco Siqueira negou que isso tenha ocorrido.

Advogado convida perito do caso da menina Isabela Nardoni
Ércio Quaresma afirmou que também pretende contratar um outro perito, chamado George Sanguinetti. O objetivo também é refazer trabalhos da perícia policial, para tentar contestar laudos que possam comprometer os suspeitos. O médico-legista já atuou em outros casos de destaque nacional, como o de Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá, condenados pela morte de Izabela Nardoni, de 5 anos. Outro caso foi a morte do tesoureiro de campanha de Fernando Collor de Mello, Paulo César Farias. Segundo o legista Badan Palhares, PC foi assassinado pela namorada, Suzana Marcolino, que se suicidou logo depois. No entanto, Sanguinetti e o perito criminal Ricardo Molina contestaram a versão e afirmaram que o casal foi assassinado.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Inquérito aponta que Bruno foi a MG no dia em que Eliza teria sido morta



Inquérito ainda não foi concluído e já tem mais de 800 páginas.
Policiais tentam descobrir o que aconteceu com jovem, desde 4 de junho.
O Jornal Nacional teve acesso, com exclusividade, às primeiras informações do inquérito policial sobre o desaparecimento de Eliza Samudio. As investigações ainda não foram concluídas, mas o inquérito já tem mais de 800 páginas. Nele, os policiais tentam reconstruir o que aconteceu com a jovem, desde 4 de junho.
Duas amigas de Eliza foram à polícia do Rio, 20 dias depois, fazer uma queixa do sumiço de Eliza. Em 25 de junho, o Disque-denúncia, em Minas Gerais, recebeu a informação de que ela teria sido assassinada e enterrada no sítio do goleiro Bruno de Souza, em Esmeraldas (MG).
Durante as investigações, a polícia flagrou a mulher de Bruno, Dayanne Souza, com o filho de Eliza. O bebê estava em uma casa, em Ribeirão das Neves (MG). Em depoimento, Dayanne contou que Bruno disse que Eliza tinha abandonado o filho.
Até agora, a polícia não havia confirmado à imprensa que Dayanne estava com a criança. A informação era de que o menino, que hoje tem cinco meses, foi encontrado na casa de uma senhora desconhecida.
Um dos relatos mais detalhados que a polícia obteve foi do menor detido na casa de Bruno, no Rio. Ele falou sobre o envolvimento de amigos do jogador e do próprio Bruno no desaparecimento, além da forma cruel como Eliza teria sido assassinada.
Depois desse depoimento, o jogador Bruno, a mulher dele e outras cinco pessoas tiveram a prisão decretada, em Minas Gerais. A Justiça também determinou a internação provisória do menor.

Idas de Bruno ao sítio
Várias testemunhas que aparecem no inquérito confirmam que Bruno esteve no sítio, em Esmeraldas (MG), no período em que Eliza teria sido mantida refém.
O registro da portaria do condomínio onde fica essa propriedade também confirma a entrada dele, em 6 de junho, às duas da tarde, e a saída, 45 minutos depois.
O jogador teve a entrada registrada novamente três dias depois, em 9 de junho. Dessa vez, Luiz Henrique Ferreira Romão, conhecido como Macarrão, amigo de Bruno, também chegou, mas, em outro carro.
Dia nove é a mesma data em que, segundo a polícia, Eliza foi assassinada.

Morte
Pelo depoimento do menor, o ex-policial civil Marcos Aparecido dos Santos teria assassinado Eliza, esquartejado e jogado partes do corpo dela aos cães. Até agora, nenhum vestígio do corpo foi encontrado.
No inquérito, constam ainda trocas de e-mails entre Eliza e a advogada dela. Em um deles, a jovem diz que Bruno a ameaçou de morte, porque ela se recusava a fazer um aborto.


G1

Psicólogo mexicano aposta em afeto e na escola para recuperar usuários de crack


Conferencista participou de congresso sobre drogas na Capital

Kamila Almeida kamila.almeida@zerohora.com.br

Atrair em vez de repelir. Esta é a máxima adotada pelo psicólogo e terapeuta familiar mexicano Ricardo Sánchez Huesca quando o assunto é o trato com os usuários de drogas. Durante o encerramento do 1º Congresso Internacional Crack e Outras Drogas, ontem, em Porto Alegre, Huesca apresentou fatores de risco que levam ao uso de entorpecentes.
O especialista aposta na afetividade para recuperar um dependente químico e diz que a escola pode ser um ambiente de resgate.
– Pais, professores, supervisores escolares devem ser ensinados a acolher o dependente químico, pois o viciado precisa se cercar de coisas saudáveis, se divertir para resistir ao consumo de drogas. Mas, para que isso ocorra, as famílias dos colegas, devem estar bem preparadas para lidar com a situação – diz.
Em contrapartida, o terapeuta relata que é no grupo de amigos que as crianças se espelham. Por isso, os pais precisam ficar atentos aos relacionamentos dos filhos.
Segundo o psicólogo, não é difícil estudar casos graves, pois são minoria.
– É mais do que um problema de saúde. É também um problema econômico e de estrutura social. É preciso ensinar o jovem a dizer não aos amigos e a ter autoestima – afirma.
Especialistas em combate às drogas do México, Colômbia, Argentina e Brasil dividiram experiências com os mais de mil participantes de nove Estados brasileiros durante os quatro dias do evento, que foi realizado no Salão de Atos da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

Redução de danos
A redução de danos ganhou força na década de 1980 por causa do HIV, quando o Estado se sentiu obrigado a tomar alguma atitude para diminuir a epidemia. Com o passar dos anos, a ideia se ampliou e hoje existem vários métodos para fazer com que o usuário de drogas tenha uma vida menos destrutiva, de acordo com o especialista em Direitos Humanos, Domiciano Siqueira, presidente da Associação Brasileira de Redução de Danos:
– Aconselhava-se ao usuário de drogas que trocasse a seringa para evitar o contágio da aids. Por isso, até hoje se tem a ideia de que reduzir danos é apenas trocar o material de consumo da droga.
A opinião também é compartilhada pelo professor de medicina da Pontifícia Universidade Católica (PUC) de Goiás e psiquiatra Luís Gonzalo Gómez Barreto. Ele diz que é importante que os usuários procurem o tratamento o quanto antes para que não se precise atingir o estágio de redução de danos.

Tese gera polêmica
A teoria de que o crack atua no cérebro transformando homem em macaco, do psiquiatra Eduardo Kalina, diretor médico do Brain Center, em Buenos Aires, divulgada ontem, por Zero Hora, causou desconforto em especialistas que defendem o tratamento global do usuário de drogas. Para a psicóloga Sandra Torossian, da coordenação do congresso e integrante do Instituto de Psicologia da UFRGS, o problema não é somente clínico, mas também de saúde pública e de toda a sociedade.
– A dependência é tratável, mas não só com medicação. O tratamento inclui uma mudança de relação, com esse jovem se sentindo bem no seu contexto, tendo relações de saúde, de habitação, de alimentação. A droga não é uma questão moral unicamente – defende Sandra.


ZERO HORA

Pais e professores discutem linguagem utilizada na internet



“Kra, preciso flr c prof dps. Vamu cmg?” Esta frase, por incrível que pareça, está escrita em português. E a grande maioria dos leitores entende perfeitamente seu significado. Lugar comum em programas de bate-papo como MSN, Gtalk e torpedos de celular, o uso de abreviações para agilizar a escrita de mensagens é cada vez mais frequente. Por conta disso, pais e professores têm trabalhado seus significados de diferentes maneiras, em casa ou em sala de aula.
Uma das principais dificuldades dos educadores é entender o significado dos códigos utilizados neste tipo de comunicação. Professora de Língua Portuguesa do Ensino Fundamental, Letícia Bastos afirma que tem procurado discutir, em sala de aula, as diferenças entre a chamada norma formal – ou culta – da língua e a informal.
“Aos poucos, com o uso contínuo, nós professores acabamos nos adaptando a este novo código de linguagem e, por fim, encontrando formas de adaptar o uso em sala de aula”, afirma.
Muitos estudiosos em todo o mundo também têm se preocupado com os rumos da linguagem nestes tempos de expansão da internet. Em seu livro “A revolução da linguagem”, o professor honorário de lingüística da Universidade do País de Gales, David Crystal, explica que por mais que se mude a grafia das palavras, o objetivo de uma mensagem – ser entendido pela pessoa que a recebe – permanecerá inalterado.
Por causa do bate-papo na internet, a psicóloga Jessica Feydit tem redobrado a atenção aos trabalhos escolares e provas da filha, que cursa o oitavo ano do ensino fundamental. Segundo ela, a escola também vem se mostrando bem rígida na hora das correções, avaliando a Língua Portuguesa em todas as disciplinas.
“O Instituto Nicia Macieira, aque no Méier, é uma escola muito tradicional e tem tido muito cuidado com a maneira com que os alunos escrevem. No caso da Jade, a principal dificuldade é com a regras de acentuação, principalmente porque, na internet, esse não é um recurso utilizado” explica.
Para Letícia, ainda é difícil observar os benefícios da linguagem utilizada na internet (também conhecida, popularmente, como internetês) em sala de aula, principalmente por alunos em fase de alfabetização. Segundo ela, essas mudanças na língua podem ser prejudiciais, pois há uma tendência a escrever como se fala.
“É muito difícil tirar marcas de oralidade na escrita e a linguagem da Internet tem essas marcas, suprime as sílabas ao abreviar palavras”.
Aluna do sétimo ano do ensino fundamental, a adolescente Tatiana Muniz, de 12 anos, utiliza as ferramentas de bate-papo na internet para se comunicar com os amigos. Fã de programas como o MSN, confessa que comete atrocidades com a Língua Portuguesa na rede, mas procura se policiar em sala de aula.
“Uma vez escrevi um “axu”, ao invés de acho, em um trabalho da escola. Fui repreendida pela professora, mas ela usou meu erro para falar de internet em sala de aula, para os outros alunos. Acho que esse é um jeito mais rápido de conversar com meus amigos, mas sei que na aula tenho que escrever direito”, afirma.
Especialistas em linguística ainda não chegaram a um consenso sobre que tipos de mudança esta nova linguagem vai trazer para o bom e velho português (e outras línguas ao redor do mundo). A única certeza que se tem é que algumas alterações devem ser sentidas ao longo do tempo, o que é considerado perfeitamente normal, analisando-se a evolução da língua através dos tempos.
“Sempre há mudanças na língua, pois toda língua "viva" sofre alteração constante. Sofre influência de palavras estrangeiras (que acabam se “aportuguesando”), de gírias, de várias coisas. A Internet e sua linguagem também contribuirão para isso”, finaliza Letícia.

ANGÉLICA PAULO


O DIA ONLINE

Polícia vai pedir prisão preventiva de ex-namorado de Mércia



Inquérito do caso também deve ser entregue nesta quinta.
Mizael Bispo
dos Santos foi indiciado pela morte da advogada.

Após o pedido de prisão feito pelo Ministério Público ter sido revogado, a Polícia Civil de São Paulo vai pedir nesta quinta-feira (15) a prisão preventiva de Mizael Bispo dos Santos, indiciado pelo assassinato da ex-namorada, a advogada Mércia Nakashima. Na quarta-feira (14), a Justiça além de revogar a prisão temporária do suspeito também negou o pedido de prisão preventiva feito pelo Ministério Público.
A decisão é do juiz Jayme Garcia dos Santos Júnior, de Guarulhos, na Grande São Paulo. No despacho, ele afirma que não há provas suficientes para a prisão do suspeito, porque o inquérito não foi encerrado e Mizael nem foi denunciado à Justiça para que seja processado.
Para o juiz, o Ministério Público teve postura ambígua ao analisar o caso. Ele cita trechos do pedido de prisão preventiva feito pelo promotor, que foi contra a manutenção da prisão temporária de Mizael, alegando que todo acusado deve responder ao processo em liberdade.
A prisão seria uma exceção. Ao mesmo tempo, a promotoria diz que isso não significa que o suspeito deve permanecer solto.
Apesar de não ser mais foragido, Mizael foi indiciado na quarta por homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver. Nesta quinta, além de pedir a prisão, a polícia vai entregar o inquérito do caso para a Justiça.


G1

Senado da Argentina aprova casamento gay


BUENOS AIRES - Depois de catorze horas de debate, o Senado argentino aprovou na madrugada desta quinta-feira o casamento gay. A Argentina converteu-se assim no primeiro pais da America Latina e no décimo no mundo a legalizar o matrimônio entre pessoas do mesmo sexo.
Desafiando uma onda de frio polar, uma multidão de manifestantes esperou em frente ao Congresso até as 4h06m da madrugada, quando o controvertido projeto de lei foi finalmente aprovado por 33 votos a favor e 27 contra. Houve três abstenções.
O texto já tinha sido aprovado, no mês passado, pela Câmara dos Deputados. O projeto depende, agora, da sanção da presidente Cristina Kirchner para virar lei. Mas ela já sinalizou que deverá sancionar a medida.

Manifestantes se enfrentaram em frente ao Congresso antes da votação
A população argentina ficou dividida. Enquanto os senadores debatiam, do lado de fora do Congresso dois grupos de manifestantes enfrentaram-se. Algumas dezenas de cristãos, com panos laranjas amarrados nos braços, ergueram uma imagem da Virgem e seus rosários enquanto oravam: "Santa Maria, mãe de Deus, rezai por nós pecadores".
Na mesma praça, separados por um cordão policial, representantes da comunidade gay e de organizações políticas que apoiam o governo ergueram suas bandeiras multicoloridas e cartazes contra a "ditadura clerical". Responderam as orações dos cristãos com cânticos: "Iglesia, vassura, voto la dictadura" (Igreja, lixo, votou a ditadura). O duelo durou atá que os cristãos, encurralados e atacados com cascas de laranja e ovos, abandonaram suas preces, acusando seus agressores de "intolerantes".

Medida é vista como bandeira para reforçar imagem progressita do casal K
Na véspera do debate, as Igrejas Católica e Evangélica já tinham realizado uma manifestação. Não foi a única mobilização. No domingo passado, sacerdotes de todo o país aproveitaram as missas para explicar a posição da Igreja: o matrimônio é uma união entre pessoas de sexo diferente para constituir uma família. No mesmo dia, o arcebispo de Buenos Aires, cardeal Jorge Bergoglio, referiu-se ao casamento gay como um "ataque destrutivo ao plano de Deus".
A resposta do governo não tardou em chegar. A presidente da Argentina, Cristina Kirchner, criticou a Igreja que, segundo ela, ainda vivia "nos tempos das Cruzadas" e não tinha conseguido acompanhar o progresso de uma sociedade argentina, cada vez mais liberal. Para Cristina e seu marido, o ex-presidente e deputado federal Nestor Kirchner, o casamento gay é, segundo analistas políticos, uma bandeira para reforçar a imagem de casal progressista, que já esta de olho na reeleição (dele ou dela) em 2011.


O Globo

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Chega à Justiça primeiro pedido de revogação de prisão no caso Bruno


Chegou no final da tarde desta quarta-feira às mãos da juíza Marixa Rodrigues, do 1º Tribunal do Júri de Contagem (região metropolitana de Belo Horizonte), o primeiro pedido de liberdade no caso do desaparecimento e suposta morte de Eliza Samudio, ex-amante do goleiro Bruno Fernandes. Foi apresentado pedido de revogação da prisão temporária de Sérgio Rosa Sales, conhecido como Camelo, primo e funcionário do goleiro.
O advogado de Camelo, Marco Antônio Siqueira, disse à Folha que, pelo seu entendimento, "não pode haver supressão de instâncias" do Poder Judiciário. Por esse motivo, ele abriu mão, por enquanto, do habeas corpus e preferiu recorrer à mesma autoridade judicial que decretou a prisão temporária de 30 dias de oito dos nove investigados no caso.
O pedido de liberdade para Camelo deverá ser encaminhado para parecer do Ministério Público e retornará para a juíza despachar. Não há prazo determinado para isso acontecer, disse o advogado.
Segundo Siqueira, caso seja negado o pedido, ele vai entrar com habeas corpus no Tribunal de Justiça e, se precisar, também nas instâncias superiores em Brasília.
"Apresentei o pedido com confiança na Justiça e acreditando que a polícia cumpre o seu papel", disse Siqueira, que trabalha para que o seu cliente deixe a condição de investigado e passe a figurar como testemunha no caso.
Camelo tem colaborado com a polícia e é o único dos investigados que não foi para a penitenciária Nelson Hungria, de segurança máxima, em Contagem (MG).
Ele está preso em um centro de remanejamento de presos anexo ao Departamento de Investigações da Polícia Civil, em Belo Horizonte, onde estão concentradas as investigações --Dayanne Souza, mulher de Bruno, está em um presídio feminino em Belo Horizonte (MG).
Na noite de terça-feira (13), Camelo foi levado pela polícia até o sítio de Bruno, em Esmeraldas (região metropolitana de Belo Horizonte), onde, segundo o delegado Edson Moreira, ajudou a indicar pontos onde Eliza esteve na casa.
Dessa forma, a polícia pôde colher supostos vestígios da presença da ex de Bruno na casa, que serão periciados pelo Instituto de Criminalística.
Foi Camelo quem disse à polícia que Bruno esteve na cena do crime, a partir de relatos que teriam sido ditos a ele por outros investigados.
Camelo morava com Bruno no Rio de Janeiro. Era uma espécie de "mordomo" da casa do jogador, nas palavras do seu advogado. Recebia R$ 1.200 por mês.
A família de Camelo vive em Ribeirão das Neves, também na região metropolitana de BH, em um barracão reformado pelo goleiro. Lá vivem a mãe de Camelo e cinco irmãos dele.

Só falei a verdade, diz primo de Bruno em carta
O advogado Marco Antônio Siqueira, que defende Sérgio Sales (primo do goleiro Bruno), divulgou uma carta em que Sales diz que apenas contou a verdade no depoimento em que deu detalhes sobre a morte de Eliza Samudio, ex-amante de Bruno, e afirmou que o goleiro esteve na cena do crime.
"Tudo que eu falei para a polícia no meu depoimento eu falei porque quis e não prejudiquei ninguém. Só falei a verdade."
Na carta, endereçada a seus pais, Sales pede que sua defesa não seja substituída. Outros advogados estiveram hoje no departamento de investigações em Belo Horizonte (MG) na tentativa de passar a representar Sérgio no lugar de Siqueira.
A delegada Alessandra Wilke disse nesta quarta-feira que, na terça (13), foram colhidos documentos no sítio do goleiro Bruno, suspenso do Flamengo, em Esmeraldas (região metropolitana de Belo Horizonte).
Ela não detalhou o conteúdo dos papéis, que seguirão para perícia. Hoje, a polícia continua as buscas no sítio do jogador e também na casa do ex-policial civil Marco Aparecido dos Santos, o Bola, em Vespasiano (MG).



Colesterol em crianças: Inimigo silencioso


Novo estudo reforça a importância de avaliar a doença desde cedo. Saiba como prevenir e tratar

Fazer testes de sangue para avaliar o nível do colesterol em crianças pequenas não era uma prática comum nos consultórios há dez anos. Hoje, os médicos acreditam que cerca de 30% das crianças brasileiras tenham esse problema – não existe estimativa do Ministério da Saúde. Um novo estudo, realizado pela West Virginia University, nos Estados Unidos, reforça a importância de todas as crianças, independente de histórico familiar da doença, terem os níveis de colesterol avaliados e, se necessário, medicadas o quanto antes. Um dos resultados da pesquisa mostrou que mais de 1% de todas as crianças da quinta série (com idade entre 10 e 11 anos) apresentaram colesterol alto e 1/3 dessas não tinham parentes com o problema.
A alimentação inadequada, a falta de atividade física e a genética são os responsáveis por esse desequilíbrio. Um estudo realizado em Pernambuco com 414 crianças mostrou que 30% delas tinham o diagnóstico – e apenas 4% estavam acima do peso. “Isso é o que mais assusta os pais: como meu filho é magro, está bem disposto e tem colesterol alto?”, diz Yeda Jatene, cardiologista do Hospital do Coração (SP) e uma das maiores especialistas no Brasil.
Quando a pediatra de Gustavo, hoje com 2 anos, pediu alguns exames complementares, a mãe, Cristina Rivanda Toledo, 32 anos, empresária, nem imaginava que o garoto, sempre com o peso adequado para a faixa etária, poderia ter colesterol alto. Avaliações com nutricionistas mostraram o que estava errado. Durante a semana, ele comia mais bolachas recheadas e frituras do que deveria e, aos sábados e domingos, não seguia uma rotina. Gustavo não consumia mais do que precisava, ele simplesmente não comia alimentos saudáveis. E esse é o quadro que se repete na maioria das avaliações feitas pelos pediatras. Uma pesquisa de Porto Alegre, feita em 2005 com 350 crianças de 3 a 4 anos, mostrou que mais de 60% comiam bolachas recheadas, fast-food e outras refeições compradas prontas com 1 ano e que o jantar era substituído por lanche.

Muitas crianças com colesterol alto não estão acima do peso nem têm pais com histórico do problema
Outro fator que surpreendeu Cristina foi a falta de sintomas do filho. Ela ainda não sabia que o colesterol alto na infância, seja ou não genético, não causa mesmo nenhuma alteração perceptível nas crianças. Elas não vão se sentir mais cansadas, ter pressão alta ou sentir dores no peito. E é aí que está o perigo. “Alguns estudos mostram que há deposição de placas de gordura nas artérias ainda na infância”, diz Luiz Eduardo Calliari, endocrinologista do Hospital São Luiz (SP). Na fase adulta ele vai ter mais chances de desenvolver algum problema cardiovascular e circulatório importante. Um estudo feito no ano passado com 43.165 clientes de uma empresa que comercializa planos de saúde revelou que, de 2004 a 2008, subiu de 18% para 25,4% a quantidade de pessoas com colesterol alterado.

Mudança de hábito
Melhorar a alimentação da criança é a primeira fase do tratamento – e também da prevenção. Foi assim com Nicole, hoje com 8 anos. Ela descobriu a doença há um ano. Sua mãe, Ellen Araújo, 39 anos, administradora de empresas, fez muitas trocas no cardápio até que a filha ficasse com a saúde em ordem. Os alimentos que aumentam o colesterol precisaram ser substituídos. Essa mudança, associada à prática de exercícios, ajuda a reduzir o colesterol ruim, o LDL. Saem carnes vermelhas gordurosas, derivados de leite (em especial os integrais), bolacha recheada, sorvete de massa, frituras e embutidos. Entram azeite de oliva, cereais, leite desnatado, frutas, verduras e legumes.
O mesmo deve acontecer na escola. Em alguns colégios, as cantinas já deixaram de vender alimentos fritos, por exemplo. Em outros, uma nutricionista prepara refeições especiais para os alunos com colesterol alterado a partir do cardápio do dia. A comida não é muito diferente da servida para os outros alunos para a criança não ficar desestimulada a fazer a dieta.
Outro diagnóstico comum na infância é o HDL, o colesterol bom, abaixo do esperado. Ele é importante porque recolhe do sangue as sobras de colesterol, fazendo que não seja depositado nas nossas artérias; ajuda na formação da membrana celular e é base para formação de hormônios sexuais. Essa alteração acontece porque as crianças hoje são mais sedentárias. O ideal é que seu filho faça atividade física todos os dias por pelo menos 50 minutos. Parece muito, mas pense como o tempo passa rápido quando ele está em uma partida de futebol. Se na sua casa não tem espaço, leve seu filho para andar de bicicleta ou inscreva-o em esportes que ele goste. O ideal não é fazer uma atividade intensa, mas, sim, prolongada.

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Crescer

Se prisão não tivesse sido decretada, ex Mércia se apresentaria para indiciamento, diz advogado



Samir Haddad Júnior afirmou que aguarda ansioso a decisão sobre pedido de liberdadeO advogado do ex-namorado de Mércia Nakashima, Samir Haddad Júnior, afirmou nesta quarta-feira (14) que, se a Justiça não tivesse decretado a prisão temporária de seu cliente, Mizael Bispo estaria presente quando o delegado Antônio de Olim fez o indiciamento dele. Bispo foi acusado de homicídio doloso (quando há intenção de matar) triplamente qualificado. Para a Polícia Civil, o crime foi cometido por motivo fútil, com meio cruel e houve emboscada.
- Que ele ia indiciar nós sabíamos desde o início da investigação. Se o Mizael pudesse responder ao processo em liberdade, ele certamente estaria presente no indiciamento. Mas passaram o carro na frente dos bois.
Haddad Júnior contou que está mais preocupado com o decisão da juíza Angélica de Almeida sobre o habeas corpus que garantiria a liberdade de seu cliente. O pedido pode ser avaliado ainda nesta quarta-feira. A prisão temporária de Bispo foi decretada no último sábado (10) e ele está foragido.
- Se ela der a liminar, amanhã o Mizael volta a suas atividades.
O defensor admitiu que é difícil ficar escondido por muito tempo. Mas, segundo ele, Bispo vai usar sua disciplina militar para aguentar o tempo que for necessário.
- Quando acharmos que deve, ele vai se entregar. Não quero que seja preso.
O delegado Olim disse nesta quarta-feira que ainda não considera o caso concluído porque o ex-namorado da advogada está solto. Olim já afirmou que tem certeza que foi Bispo quem matou Mércia. O policial disse que ainda não relatou o caso para o Ministério Público porque espera a chegada de alguns laudos.
Peritos informaram a Olim que Mércia tinha um osso da face quebrado, além do ferimento a bala. A polícia ainda não sabe como isso aconteceu, já que, pela descrição dos peritos, o osso é resistente e considerado difícil de ser quebrado.
Na terça-feira (13), o Ministério Público Estadual pediu a conversão da prisão temporária, que tem prazo de 30 dias, em preventiva. Neste caso, o suspeito fica preso até o julgamento. Segundo o delegado, a busca pelo ex-namorado da advogada é a prioridade da polícia. Ele admitiu que uma denúncia sobre seu paradeiro será importante.
Mércia Nakashima morava em Guarulhos, na Grande São Paulo, e desapareceu no dia 23 de maio. Ela só foi encontrada, já morta, em 11 de junho. O corpo estava em uma represa de Nazaré Paulista, no interior de São Paulo. Seu carro foi achado um dia antes, no mesmo local, por equipes do Corpo de Bombeiros.



R7

Policiais encontram paredes ocas e sentem cheiro forte na casa de Bola



Buscas em Vespasiano começaram no fim da manhã desta quarta.
Aparelho de raio x e cães farejadores são usados pela equipe.

Policiais e peritos que vasculham a casa do ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, em Vespasiano, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, encontraram pontos ocos nas paredes e identificaram odor desagradável no imóvel, na tarde desta quarta-feira (14). A informação é da assessoria da Polícia Civil e foi confirmada pelo delegado Edson Moreira, que acompanha as investigações sobre o desaparecimento de Eliza Samudio.
Santos, que, segundo a polícia, também é conhecido como Paulista, Bola e Neném, é suspeito de matar Eliza Samudio. Ela teve um relacionamento com o goleiro Bruno de Souza, que era do Flamengo, e tentava provar, na Justiça, que teve um filho do atleta. A jovem está desaparecida desde o início de junho.
Equipes de busca vasculham parede de casa de suspeito de matar Eliza . A suspeita é que ela foi assassinada na casa de Bola, em Vespasiano.
Cães farejadores ajudam nas buscas dentro desse imóvel. Os animais levaram os policiais até uma escada, que foi perfurada. Nesse ponto, segundo a polícia, há um cheiro forte.
Todo o trabalho é acompanhado por técnicos de geologia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), que usam um equipamento chamado GPR para fazer uma espécie de raio x no cimento das paredes. Ainda segundo a polícia, os pontos ocos identificados estão sendo perfurados à procura de vestígios do corpo.

Buscas
As buscas na casa de Bola foram retomadas no fim desta manhã. O cadeado foi arrombado. Os policiais foram para o segundo andar, que ainda está em construção.
É a segunda vez que o imóvel é alvo de vistoria. Na semana passada, policiais e bombeiros já haviam entrado no local. Eles chegaram a esse endereço seguindo orientações de um menor que prestou depoimento no Rio de Janeiro e afirmou que Eliza está morta.
Na ocasião, pelo menos dez cães foram retirados da casa. A polícia afirmou que nada de relevante para as investigações foi encontrado. Um carro foi apreendido.
Na noite de terça-feira (13), peritos foram até o sítio do goleiro Bruno, em Esmeraldas (MG), também para realizar buscas. O primo do atleta, Sérgio Sales, acompanhou a equipe. Os peritos verificaram vários cômodos e chegaram a levantar tapetes à procura de provas.

Casa de ex-policial é alvo de buscas (Foto: Cristiano Trad/O Tempo/AE)

Investigações
Nascida em Foz do Iguaçu (PR), Eliza Samudio se mudou para São Paulo e posteriormente para o Rio. Em 2009, teve um relacionamento com o jogador. Ela engravidou e afirmou que o pai de seu filho é o atleta. O bebê nasceu no início de 2010.
A polícia mineira começou a investigar o sumiço de Eliza em 24 de junho, depois de receber denúncias de que uma mulher foi agredida e morta perto do sítio de Bruno, em Esmeraldas (MG).
Na terça-feira, 6 de julho, um menor foi detido na casa do jogador, no Rio, e afirmou à polícia que Eliza está morta. De acordo com ele, um homem identificado como Neném estrangulou a jovem.
Oito pessoas estão presas na Região Metropolitana de Belo Horizonte, por suspeita de envolvimento no desaparecimento de Eliza, incluindo Bruno, Marcos Aparecido dos Santos e Sérgio Sales. Todos negam o crime.
No Rio, o goleiro e seu amigo Luiz Henrique Ferreira Romão, conhecido como Macarrão, são investigados por suspeita de participação no sequestro da jovem. Os dois também negam.
Para a polícia, Eliza é considerada morta. A suspeita é que ela foi assassinada na casa de Bola, em Vespasiano.
Cães farejadores ajudam nas buscas dentro desse imóvel. Os animais levaram os policiais até uma escada, que foi perfurada. Nesse ponto, segundo a polícia, há um cheiro forte.
Todo o trabalho é acompanhado por técnicos de geologia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), que usam um equipamento chamado GPR para fazer uma espécie de raio x no cimento das paredes. Ainda segundo a polícia, os pontos ocos identificados estão sendo perfurados à procura de vestígios do corpo.
Na noite de terça-feira (13), peritos foram até o sítio do goleiro Bruno, em Esmeraldas (MG), também para realizar buscas. O primo do atleta, Sérgio Sales, acompanhou a equipe. Os peritos verificaram vários cômodos e chegaram a levantar tapetes à procura de provas.

Investigações
Nascida em Foz do Iguaçu (PR), Eliza Samudio se mudou para São Paulo e posteriormente para o Rio. Em 2009, teve um relacionamento com o jogador. Ela engravidou e afirmou que o pai de seu filho é o atleta. O bebê nasceu no início de 2010.
A polícia mineira começou a investigar o sumiço de Eliza em 24 de junho, depois de receber denúncias de que uma mulher foi agredida e morta perto do sítio de Bruno, em Esmeraldas (MG).
Na terça-feira, 6 de julho, um menor foi detido na casa do jogador, no Rio, e afirmou à polícia que Eliza está morta. De acordo com ele, um homem identificado como Neném estrangulou a jovem.
Oito pessoas estão presas na Região Metropolitana de Belo Horizonte, por suspeita de envolvimento no desaparecimento de Eliza, incluindo Bruno, Marcos Aparecido dos Santos e Sérgio Sales. Todos negam o crime.
No Rio, o goleiro e seu amigo Luiz Henrique Ferreira Romão, conhecido como Macarrão, são investigados por suspeita de participação no sequestro da jovem. Os dois também negam.


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