sábado, 26 de abril de 2014

Pais são responsáveis por metade dos casos de violações de direitos de crianças

Cerca de metade dos casos de violações de direitos de crianças e adolescente têm os próprios pais como autores, segundo dados levantados por conselhos tutelares de todo o país. Os números se referem a casos como maus-tratos, agressões, abandono e negligência.

O levantamento feito a partir do Sistema de Informações para a Infância e Juventude mostra que desde 2009 foram registrados 229 mil casos de violações de direitos, sendo que 119 mil os pais são os responsáveis. Padrastos, madrastas e responsáveis legais estão envolvidos em cerca de 10 mil casos. Os dados são baseados nos atendimentos realizados por 83% dos conselhos tutelares brasileiros.

promenino

Pai de Bernardo precisaria dividir herança com ele


Reportagem de VEJA desta semana revela que o médico acusado de participar da morte do filho estava prestes a ter de dividir com ele a herança da mulher morta

O casal Leandro e Graciele Boldrini corre o risco de perder a guarda da filha de 1 ano. Presos na cidade gaúcha de Três Passos, eles são acusados pela morte de Bernardo Uglione Boldrini, de 11 anos, filho do primeiro casamento de Leandro. A solicitação para a retirada da guarda partiu da promotora Dinamárcia Maciel de Oliveira. Ela é a mesma que recebeu Bernardo quando ele procurou sozinho a Justiça pedindo para ser adotado por outra família, já que seu pai não lhe dava atenção e sua madrasta o maltratava.

A promotora também solicitou o bloqueio dos bens de Boldrini. Médico-cirurgião, ele é o herdeiro legítimo do filho morto e, por consequência, da herança deixada pela mãe dele, Odilaine Uglione, morta em 2010 num caso de aparente suicídio. Dinamárcia argumenta que, com a medida, ela pretende evitar que Boldrini use parte dos bens que seriam de Bernardo para, por exemplo, custear a própria defesa. Caso se prove sua culpa na morte do filho, ele perde o direito à herança.

O inventário de Odilaine ainda não foi concluído. Boldrini só pediu sua abertura no dia 30 de janeiro. Quando era casado com Odilaine, ele vendeu um imóvel sem formalizar sua transferência. Recentemente, o comprador passou a pressionar o médico para regularizar a situação, o que só podia ocorrer com a abertura do inventário e uma autorização da Justiça, concedida em 24 de fevereiro. A abertura do inventário implicaria a repartição dos bens de Odilaine entre Boldrini e o filho, incluindo a casa em que moravam com Graciele. O menino só poderia reivindicar a herança para si ao fazer 18 anos. Até lá, quem administraria o patrimônio seria o detentor da guarda da criança, Boldrini. O médico, no entanto, correu o risco de perder esse status no dia 31 de janeiro, quando a promotora Dinamárcia, depois de ser procurada por Bernardo, solicitou a transferência de sua guarda para a avó materna. O pedido foi negado pelo juiz Fernando Vieira dos Santos em 11 de fevereiro. Atendendo a uma solicitação de Boldrini, ele concedeu três meses para que o médico melhorasse sua relação com o filho. Bernardo foi morto um mês antes de o prazo expirar.

Laudo pericial divulgado na sex­ta-feira não apontou sinais de terra na traqueia nem nos pulmões do menino, o que afastou a possibilidade de ele ter sido enterrado vivo. Investigadores chegaram a cogitar a hipótese depois que a assistente social Edelvânia Wirganovicz, que confessou ter participado do crime, revelou que a madrasta de Bernardo não checou sua pulsação antes de enterrá-lo. Graciele está isolada das demais presas em uma cela de 12 metros quadrados. Seu advogado, Vanderlei Pompeo de Mattos, contou que ela se alegrou ao ser informada de que a filha está com a irmã na cidade vizinha de Santo Augusto, dado que o lugar fica “pertinho” dali e que ela poderá visitar a criança “quando sair da cadeia”.


Veja

sexta-feira, 25 de abril de 2014

Divórcio no Cartório


O divórcio é o rompimento legal e definitivo do vínculo de casamento civil. Como poucas pessoas sabem, o divórcio pode ocorrer no cartório. Acesse o Código de Processo Civil e saiba mais: http://bit.ly/QFcegU.


Conselho Nacional de Justiça

25 de abril - Dia Mundia da Luta Contra a Malária

Hoje é o Dia Mundial de Luta Contra a Malária, uma doença que mata 660 mil pessoas por ano. Essa realidade pode ser evitada e precisamos da sua ajuda para isso. Doe agora e ajude Médicos Sem Fronteiras (MSF) a continuar oferecendo tratamento contra a malária. http://goo.gl/VcjkqN

A doença é grave e a maioria das vítimas são crianças com menos de cinco anos e mulheres grávidas.

Os testes de diagnóstico são fáceis de manipular e confiáveis. Uma gota de sangue gera resultados em 15 minutos. No entanto, muitas vezes, esses testes não estão disponíveis nos locais onde a doença existe. Por isso, muitos pacientes são diagnosticados pelos sintomas e tratados erradamente.

Hoje, o tratamento mais moderno e eficaz é a terapia combinada à base de artemisinina (ACT, sigla em inglês), que é rápida e tem poucos efeitos colaterais.

Para evitar que a doença se espalhe, são essenciais mosquiteiros e inseticidas.

Em 2012, MSF tratou mais de 1,6 milhões de casos da malária. Em regiões endêmicas, MSF distribui mosquiteiros para a população mais vulnerável à enfermidade.

Você pode nos ajudar a tratar, prevenir e diagnosticar pessoas que sofrem com a malária.

Médicos Sem Fronteira

quinta-feira, 24 de abril de 2014

Relato de um médico residente, cursando o último ano de Cirurgia Plástica

"Como muitos sabem, sou médico residente de último ano de Cirurgia Plástica, mas faço plantões extras como cirurgião do trauma. Segue um breve relato do cotidiano de um médico plantonista:


Baixada fluminense, garota de 16 anos, lesão craniana por arma de fogo, com perda de massa encefálica. Atendimento em sala de trauma, via aérea assegurada por intubação orotraqueal, reanimação volêmica. Parada cardiorespiratório por 3 vezes revertida com massagem cardíaca e drogas vasopressoras. Paciente estabiliza hemodinamicamente.
Verifico pupilas dilatadas não reagentes ao estímulo, assim como os demais reflexos tronco encefálicos ausentes.


O Hospital onde estou não há exames complementares para falência encefálica, não suporta procedimento de retirada de orgãos. Ligo para central de transplantes do estado do Rio de Janeiro. Todos os números possíveis, sem sucesso. Sequer uma gravação. Família em desespero não entendendo a situação, porém demonstrando desejo de doação de orgãos. Sigo tentando contato para iniciar protocolo de captação dos orgãos.


4h depois do primeiro contato, sim Quatro horas, sou atendido por uma reguladora, felizmente muito solicita. A mesma pede que eu entre em contato com o hospital referência para captação e solicite vaga, pois através da central não teríamos sucesso. Então 3h após o primeiro contato com o tal hospital, após mandar fax e praticamente implorar, tenho vaga negada.


A paciente evolui com instabilidade hemodinâmica mesmo em bomba de infusão de vasopressores. Nova parada cardíaca. Reanimamos pela 4ª vez, mantemos o coração batendo, estabilidade hemodinâmica. Após 5h consigo leito para transferência, animação da equipe, seria a primeira vez que a equipe do hospital veria um processo de sucesso de captação de orgãos, vencemos o sistema ... acende uma centelha de esperança na equipe.


Porém, não há no município em questão ambulância equipada para transporte avançado. O tempo corre. Perdemos a vaga. Paciente para pela 5ª vez. Procedimento de reanimação desta vez sem sucesso.


Frustração generalizada da equipe.


Converso com familiares, todos inconsoláveis. A falta é de tudo: O sistema, a desorganização generalizada da saúde pública, o descaso dos gestores nos privaram do sucesso. Privaram a família de perpetuar a memória da menina, disseminando vida a outros doentes em fila de espera. Uma ambulância. Uma vaga. Um sistema que não te ajuda. Dramático, não?


Realidade cotidiana.


Sistema público de saúde colapsado. Estado colapsado. Bastava uma ambulância igual às da Arena Pantanal, ou do Estádio Itaquerão. Bastava a vontade de fazer dos hospitais algo tão funcional quanto um estádio da Copa, uma refinaria no valor de 48 milhões comprada pela Petrobras, estatal, por 1bi. Um bilhão menos quarenta e oito milhões.



A diferença igual ao valor roubado dos contribuintes brasileiros. O lucro dos envolvidos igual ao rombo nos cofres públicos. Falta tudo ao povo da baixada fluminense, do agreste, da vila Areia em Porto Alegre. Falta ambulância, falta vaga em hospital.



Falta discernimento para compreender o que representa o caso Passadena na vida deles. Sobra discernimento aos políticos em como ludibriar o povo. Vide o pequeno "engano" do Instituto de Pesquisa Econômica Avançada, eclodiram passeatas feministas (com razão) contra o estupro. Pena que a pesquisa estava errada, pena que aparecem fatos como este para abafar os escandalos da Petrobras. Pena que eu vejo esses descasos aos meus pacientes sozinho. Pena que boa parte do eleitorado brasileiro não entende tudo isso.


Neymar, desculpe-me, mas vou torcer p'ro Messi. Ronaldo desculpe-me, mas eu quero hospitais. Dilma, desculpe-me, mas vou lutar dia a dia para tirar votos do seu governo, no Metrô, no hospital, no elevador, no 'Facebook'.
Chato é não tentar".


Guilherme A. Fritsch-Nunes



Tiroreio em Niterói


Tiroteio em morros no Centro de Niterói leva shopping a fechar as portas momentaneamente
RIO - Um tiroteio no fim da tarde desta quarta-feira assustou quem estava no Centro de Niterói. De acordo com a Polícia Militar, houve uma troca de tiros entre traficantes dos morros do Arroz e da Chácara, próximo ao Morro do Estado. Policiais do 12º BPM (Niterói) foram para o local verificar o que aconteceu. Por precaução, o Plaza Shopping chegou a fechar a portas por alguns minutos, mas foi logo reaberto. No momento, o shopping funciona normalmente.

quarta-feira, 23 de abril de 2014

DESTAQUE

Quem puder ajudar...

ola meu nome é Luciana Silva procuro Paulo Nunes de Andrade nascido em Bandeirantes PR , nascido no dia 05 de março de 1959,filho de Maria Nunes de Andrade e Olegario Alves Siqueira.
Quando o Paulo ainda era criança os pais se separaram e o pai fugiu com a criança e a mãe ate hoje não sabe nenhuma noticia do filho ,hoje o Paulo tem 55 anos quem souber alguma noticia por favor entre em contato comigo pelo email Luciana.pereira@live.com.pt .Obrigad

domingo, 20 de abril de 2014

Caso Bernardo: Assistente social diz que ajudou no crime em troca de R$ 96 mil prometidos por madrasta

Sigilo bancário foi solicitado para ver envolvimento do casal

RIO - Investigações nas contas bancárias dos três suspeitos na morte de Bernardo Boldrini, de 11 anos, estão sendo feitas para provar que a assistente social Edelvânia Wirganovicz auxiliou a madrasta da criança, Graciele Ugliani, a matar Bernardo. Edelvânia admitiu, em depoimento, que ajudou no assassinato em troca de R$ 96 mil prometidos por Graciele para pagar uma dívida que contraiu para comprar um apartamento. As informações são do jornal “Zero Hora”.

A polícia desconfiava que o pai do garoto, o médico Leandro Boldrini, sabia do plano mas a hipótese perdeu força com o depoimento de Edelvânia negando a participação de Leandro.

– O Leandro não sabe, mas no futuro vai dar graças por se livrar do incômodo.

A investigação não descarta a possibilidade de Leandro ter ajudado a ocultar o crime quando soube, mesmo sem o ter planejado. O médico, no dia da morte, estava trabalhando em uma clínica particular e em um hospital da região.

A quebra de sigilo das contas do casal foi solicitada ver possíveis envolvimentos de ambos no caso.

– Se uma quantia próxima a R$ 96 mil ou uma grande quantia saiu da conta de Boldrini nos dias subsequentes ao assassinato do filho dele, pode significar que ele passou o dinheiro prometido a Edelvânia.

Dos 96 mil prometidos para Edelvânia, a assistente social só recebeu uma parte. No dia da morte de Bernardo, Edelvânia e Graciele foram até a clínica de Leandro. Os policiais acreditam que esta visita pode ter sido uma cobrança pelo dinheiro prometido.

O GLOBO

CRIME

Essa médica merece ser aplaudida em pé!

"Dilma, deixa eu te falar uma coisa!
Sou Fernanda Melo, médica, moradora e trabalhadora de Cabo Frio, cidade da baixada litorânea do estado do Rio de Janeiro.
Este ano completo 7 anos de formada pela Universidade Federal Fluminense e desde então, por opção de vida, trabalho no interior. Inclusive hoje, não moro mais num grande centro. Já trabalhei em cada canto...

Você não sabe o que eu já vi e vivi, não só como médica, mas como cidadã brasileira. Já tive que comprar remédio com meu dinheiro, porque a mãe da criança só tinha R$ 2,00 para comprar o pão.

Por que comprei?

Porque não tinha vaga no hospital para internar e eu já tinha usado todos os espaços possíveis (inclusive do corredor!) para internar os mais graves.

Você sabe o que é puxadinho?
Agora, já viu dentro de enfermaria? Pois é, eu já vi. E muitos. Sabe o que é mãe e filho dormirem na mesma maca porque simplesmente não havia espaço para sequer uma cadeira?

Já viu macas tão grudadas, mas tão grudadas, que na hora da visita médica era necessário chamar um por um para o consultório porque era impossível transitar na enfermaria?

Já trabalhei num local em que tive que autorizar que o familiar trouxesse comida ( não tinha, ora bolas!) e já trabalhei em outro que lotava na hora do lanche (diga-se refresco ralo com biscoito de péssima qualidade) que era distribuído aos que aguardavam na recepção.

Já esperei 12 horas por um simples hemograma. Já perdi o paciente antes de conseguir um mera ultrassonografia. Já vi luva descartável ser reciclada. Já deixei de conseguir vaga em UTI pra doente grave porque eu não tinha um exame complementar que justificasse o pedido.

Já fui ambuzando um prematuro de 1Kg (que óbvio, a mãe não tinha feito pré natal!) por 40 Km para vê-lo morrer na porta do hospital sem poder fazer nada. A ambulância não tinha nada...

Tem mais, calma! Já tive que escolher direta ou indiretamente quem deveria viver. E morrer...

Já ouvi muito desaforo de paciente, revoltando com tanto descaso e que na hora da raiva, desconta no médico, como eu, como meus colegas, na enfermeira, na recepcionista, no segurança, mas nunca em você.

Já ouviu alguém dizer na tua cara: meu filho vai morrer e a culpa é tua? Não, né? E a culpa nem era minha, mas era tua, talvez. Ou do teu antecessor. Ou do antecessor dele...

Já vi gente morrer! Óbvio, médico sempre vê gente morrendo, mas de apendicite, porque não tinha centro cirúrgico no lugar, nem ambulância pra transferir, nem vaga em outro hospital?

Agonizando, de insuficiência respiratória, porque não tinha laringoscópio, não tinha tubo, não tinha respirador?

De sepse, porque não tinha antibiótico, não tinha isolamento, não tinha UTI?

A gente é preparado pra ver gente morrer, mas não nessas condições.

Ah Dilma, você não sabe mesmo o que eu já vi! Mas deixa eu te falar uma coisa: trazer médico de Cuba, de Marte ou de qualquer outro lugar, não vai resolver nada!

E você sabe bem disso.

Só está tentado enrolar a gente com essa conversa fiada. É tanto descaso, tanta carência, tanto despreparo...

As pessoas adoecem pela fome, pela sede, pela falta de saneamento e educação e quando procuram os hospitais, despejam em nós todas as suas frustrações, medos, incertezas...

Mas às vezes eu não tenho luva e fio pra fazer uma sutura, o que dirá uma resposta para todo o seu sofrimento!

O problema do interior não é falta de médico. É falta de estrutura, de interesse, de vergonha na cara. Na tua cara e dessa corja que te acompanha!

Não é só salário que a gente reivindica. Eu não quero ganhar muito num lugar que tenha que fingir que faço medicina. E acho que a maioria dos médicos brasileiros também não.

Quer um conselho?

Pare de falar besteira em rede nacional e admita: já deu pra vocês!

Eu sei que na hora do desespero, a gente apela, mas vamos combinar, você abusou!

Se você não sabe ser "presidenta", desculpe-me, mas eu sei ser médica, mas por conta da incompetência de vocês, não estou conseguindo exercer minha função com louvor!

Não sei se isso vai chegar até você, mas já valeu pelo desabafo!"

(Fernanda Melo)

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