sábado, 20 de outubro de 2012

Cinco lugares que você deve conhecer antes que eles desapareçam

Por motivos variados, você deve correr para uma agência de viagens se quiser conhecer:


1) Nauru
Nauru é a menor república independente do mundo e o único país que não possui uma capital oficialmente. A pequena ilha, localizada no Oceano Pacífico Sul, possui área de 21 km² e pode se tornar completamente inabitável em breve. Isso, porque desde o começo do século 20, Nauru tem sido uma das principais fontes mundiais de fosfato, um composto mineral formado ao longo do tempo a partir do excrementos de aves.

O fosfato é um recurso limitado, extremamente importante para a produção de fertilizantes. A mineração de fosfato fez com que Nauru enriquecesse rapidamente, se tornando o segundo maior PIB per capita do mundo. Mas basear a economia de um país inteiro apenas em esterco não é nada estratégico...

Em breve o fosfato acabará. Estima-se que as reservas estarão completamente exauridas em 2050, deixando Nauru sem exportação rentável e sem terras decentes e cultiváveis​​, já que a mineração de fosfato torna a terra imprópria para ser cultivada ou habitada. Cerca de quatro quintos da ilha está devastada. Outro problema, é que a paisagem se transformou em ruínas, que coletam tanto calor e ar quente que impede que nuvens de chuva se formem.

Atualmente, Nauru importa quase toda sua comida e água e não parece haver qualquer indústrias pronta para substituir a mineração - já que o fosfato está desaparecendo. O país vende licenças de pesca, principalmente a Taiwan e Austrália e o índice de desemprego é de 90%.



2) O mar morto
Famoso por ser o lugar mais baixo da Terra (aproximadamente 426 m abaixo do nível do mar) e por ser tão salgado que é possível boiar sem esforços sobre ele, o Mar Morto é um lago de água salgada localizado no Oriente Médio. Mas ele pode sumir e deixar apenas um rastro de sal e sujeira. Isso porque o Mar Morto está evaporando em uma velocidade impressionante, perdendo quase 1 m de área por ano.

Para entender o fenômeno, turistas têm visitado o Spa de Ein Gedi. Quando foi inaugurado, há 20 anos, era só sair pela porta de trás do spa para estar a poucos metros da água salgada. Mas o mar recuou tanto, que a distância aumentou para 1,6 km.

O desaparecimento do Mar Morto também se deve a um problema diplomático. Nas últimas décadas, israelenses, palestinos e jordanianos desviaram água do rio Jordão - afluente do Mar Morto. Populações crescentes e o aumento agricultura contribuíram para esses desvios. Várias soluções foram propostas, uma delas seria a implementação de um canal que canalizaria a água do Mar Vermelho para o Oriente Médio. O único problema é que esse (e qualquer outro) plano depende de uma relação amigável entre Israel, Palestina, Jordânia - que pode não acontecer tão cedo...



3) Cidade do México
A Cidade do México foi construída pelos astecas sobre um antigo lago. Mas no século 16, os colonizadores espanhóis preferiram manter a aparência tradicional da urbanização, então, o lago foi esvaziado e a cidade fiel ao estilo europeu foi construída em seu lugar. Quase imediatamente, eles perceberam que foi uma péssima ideia. Fundações afundundaram no barro mole e deixou edifícios inclinados em ângulos estranhos.

Se fosse só isso, a Cidade do México poderia ser apenas um pouco excêntrica e até mesmo charmosa. Mas, durante o século 20 a população aumentou e o governo teve de procurar novas fontes de água. Eles acabaram bombeamento grande parte da água para fora do aquífero subterrâneo que alimentava o lago - outra péssima ideia. Com o aquífero vazio, a argila mole acima afundou mais rápido ainda, ficando cada vez mais profunda.

Os espanhóis usaram as pedras de Tenochtitlán para fazer as novas obras e acabaram aterrando o lago para ampliar o território. O aterramento criou um solo instável e frágil. A terra não suporta o peso das construções e vários prédios, igrejas, monumentos e até mesmo as ruas apresentam desnível e rachaduras.

No século passado, a Cidade do México afundou mais de 9 m e a cidade afunda cerca de 20 cm por ano. Para piorar: ainda não há nenhum plano claro para fazer a cidade parar de afundar e ainda fornecer água para mais de 22 milhões de pessoas. Sugerimos que você corra para a fronteira com um câmera e tire algumas fotos enquanto ainda há tempo.



4) Amish Country
Em 20 anos, ainda haverá pessoas Amish, grupo religioso cristão, e ainda haverá o lugar conhecido como "País dos Amish". Mas ele será muito diferente de suas versão tradicional.

Os Amish, emigraram da Europa para os Estados Unidos no século 18, e desde então vivem da agricultura e mantêm um estilo de vida livre de tecnologia . Eles se isolam do resto da população desde os anos 1970, mas isso pode mudar. Por quê? Por conta do aumento do preço das terras. As famílias amish têm uma média de sete filhos, o que significa que a comunidade tem crescido rapidamente, com menos espaço para expandir.

Como as regiões rurais tornaram-se mais populares, lugares que eram terras há 20 anos estão divididos entre fábricas e centros empresariais (para não mencionar os condomínios turísticos...). Basicamente, os Amish precisam de mais terra, que hoje é mais escassa e cara.

O que a comunidade religiosa separatista poderia fazer? Tornar-se menos separatista. Hoje, a maioria dos Amish não tem a agricultura como sua única fonte de renda. Além de manter negócios relacionados até mesmo com a indústria do turismo, alguns Amish têm trabalhado em áreas diferentes, fazendo com que seja cada vez mais difícil manter a tradição separatista.



5) Freetown Christiania
A area conhecida como Christiania Freetown era, originalmente, uma base militar que tinha a missão de defender um dos principais cursos de água da capital dinamarquesa. Mas em 1971, foi ocupada por invasores de uma natureza que nem ninguém do exército dinarmaquês foi capaz de prever: hippies.

A base não estava sendo usada, por isso foi tão fácil ocupar a terra sem precisar estar armado. O grupo declarou a base abandonada como sendo seu próprio país autônomo. Com pouca resistência graças ao governo tolerante, os moradores de Christiania passaram os últimos anos vivendo em uma sociedade em que todos os bens eram de propriedade coletiva, todas as decisões eram tomadas por consenso do grupo e toda a maconha crescia e era vendida abertamente. Através desses anos, os hippies se tornaram "empresários" também. Fundaram empresas e abriram cafeterias e lojas de todos os tipos.

Apesar de ser uma das principais atrações turísticas da cidade de Copenhagen, os dias de Christiania podem estar contados. Desde 2004, o recém-eleito governo (considerado conservador) tem reprimido a cultura hippie. Primeiro, realizando uma operação de apreensão às drogas e, mais recentemente, criando um plano de desenvolvimento no território (que tecnicamente ainda é propriedade federal).

Segundo o jornal Post Copenhague, adultos que vivem em Christiania teriam pago previamente cerca de US $ 45 (o equivalente a R$90) por mês para viver lá. Agora, eles terão de pagar ao governo algo em torno de US $ 800 (cerca de R$1600) por mês. Além disso, o plano dá ao governo o direito de derrubar algumas casas construídas por hippies e substituí-las por condomínios.

Galileu

Jovem sai do coma quando médicos se preparavam para remover órgãos


Os médicos acreditavam que Carina Melchior, de 19 anos, estava praticamente com morte cerebral e já se preparavam para retirar os órgãos da jovem para doação, seguindo autorização da família, em um hospital de Aarhus (Dinamarca).

Só que pouco antes de os médicos iniciarem os procedimentos, a jovem saiu do coma!

Carina havia sido levada para o hospital em estado crítico, após um grave acidente de carro. O tratamento não surtiu efeito e os médicos, que achavam que o estado vegetativo fosse irreversível caso ela sobrevivesse, conversaram com a família sobre o desligamento dos aparelhos e a retirada dos órgãos.

"Os pais foram convencidos de que não havia mais nada a fazer e concordaram com a doação dos órgãos", disse o advogado da família.

Mas Carina abriu os olhos e mexeu as pernas!

A jovem se recupera bem e já pode andar e falar. Agora, Carina acredita que vai conseguir se recuperar totalmente, vai se tornar uma designer gráfica e morar sozinha.

O caso de Carina provocou um amplo debate público sobre a doação de órgãos e a eutanásia. Muitos doadores de órgãos no país retiraram a autorização com medo que os médicos ajam de forma precipitada. A família da jovem está processando o hospital alegando que os médicos se apressaram ao falar sobre a doação, segundo reportagem do "Daily Mail". O hospital alega que não houve erro de avaliação do quadro de Carina e que em momento algum foi anunciada oficialmente a morte cerebral.

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sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Aumento de mais de 300% no número de casos de adolescentes que cometeram algum crime no ES


Nos últimos nove anos, o número de adolescentes que cometeram algum tipo de crime no Espírito Santo aumentou de 900 para quase 3 mil. Os dados também são significativos para aqueles que cumprem pena.

O menor apreendido por tráfico, por exemplo, pode ficar no máximo três anos detido. Já o mesmo crime cometido por um adulto, no caso de tráfico de drogas, a pena varia de 5 a 15 anos de prisão.

Para o titular da Delegacia do Menor em Conflito com a Lei (Deacle), delegado Wellington Lugão, isto acaba influenciando os jovens a cometerem crimes cada vez mais cedo. "Esse é um estímulo para adolescentes que já têm um desvio de conduta. Além disso, a vontade de obter lucro fácil com o tráfico e a sensação de impunidade contribuem para esse quadro".

Um exemplo é o de um adolescente que aos 16 anos foi apreendido pela terceira vez por tráfico de drogas e receptação de um veículo roubado. Ele é apenas um dos casos envolvendo menores de idade. As ocorrências vêm crescendo de maneira assustadora.

Há várias explicações para entender por que cada vez mais adolescentes estão se envolvendo com a criminalidade. A psicóloga Vânia Ferreira destaca a falta de estrutura familiar e projetos sociais. "Vivemos um momento de crise de referenciais. Há uma carência da figura do pai como autoridade em casa. Na medida em que isso acontece, temos uma crise ética, quando as pessoas acham que podem fazer tudo".

Na Delegacia do Menor em Conflito com a Lei, a equipe de reportagem da Rede Vitória encontrou uma avó e um neto cheio de planos. O adolescente de 16 anos foi criado longe dos pais, mas com o apoio da família resolveu se entregar depois de ter cometido um roubo. Ele já havia sido apreendido por assassinato, mas agora quer viver novos rumos. "Quero ser alguém na vida, trabalhar, ter família... O crime é ilusão, não vale a pena".

Folha Vitória

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

VIOLÊNCIA!!!!!

Perito diz que imagem de morta em ultrassonografia é ilusão de ótica


Para o especialista, é o mesmo fenômeno de ver desenhos ao observar nuvens

Atendendo um pedido do R7 DF, o perito que já atuou em casos de grande repercussão nacional, Ricardo Molina, analisou as imagens da suposta aparição de uma mulher morta na ultrassonografia de um bebê do DF. Segundo o especialista em perícias em materiais de áudio, vídeo e documentos em geral, o que seria a figura do rosto da mulher não passa de uma ilusão de ótica.

— É como olhar nuvens e identificar desenhos.

A imagem causou controvérsia após o cabeleireiro Marcelo Rodrigues de Souza ter mostrado que a figura de sua mãe, que havia morrido quatro meses antes, teria aparecido em um exame de ultrassonografia de sua filha Ana Júlia, que na época era um feto de três meses.

O perito afirmou ainda que se fosse um exame moderno nem haveria a dúvida. Segundo ele, as distorções são comuns nos exames de ultrassonografia mais antigos, e podem ser causadas por vários fatores, entre eles a aplicação do gel e diferenças na velocidade em que o equipamento é passado na barriga da gestante.

Veja imagens da mulher morta que teria aparecido na ultrassonografia da neta

Além disso, Ricardo Molina, afirmou que o cérebro humano tende a completar pontos de imagens para formar figuras de rostos. De acordo com o perito, a figura não teria a mesma nitidez se fosse virada de cabeça para baixo, por exemplo.

— Se você tirar a imagem do contexto, não existirá mais a figura da mulher.

Já o presidente da ANPC (Associação Nacional de Psicanálise - Sociedade Psicanalítica), Dionísio Fleitas Maidana, acredita que a imagem da mãe do cabeleireiro realmente pode ter aparecido no exame de ultrassonografia de sua filha, que na época era um feto de três meses.

Ricardo Molina ficou conhecido ao participar da perícia de casos famosos como o assassinato de PC Farias e a Chacina de Eldorado dos Carajás. Ele também contestou a tese de que Alexandre Nardoni teria jogado menina Isabella Nardoni do sexto andar do edifício London, na zona norte de São Paulo.

R7

Banda é suspeita de exploração sexual de dançarina de 15 anos


Adolescente foi recolhida por Conselho Tutelar e levada para abrigo em SP.
Cantores de forró e dono de bar foram indiciados; artistas negam crime.


Uma banda de forró e uma casa noturna são investigadas pela Polícia Civil de São Paulo por suspeita de exploração sexual de uma dançarina menor de 18 anos. Após três denúncias anônimas, a bailarina de 15 anos, trajando shorts curto e top, foi recolhida na noite da última quarta-feira (10) no Recanto Jabaquara Bar, onde se preparava para mais uma apresentação num lugar onde só são permitidos adultos. Ela ganhava de R$ 200 a R$ 300 por participação em shows do grupo musical Forró Konsiderado.

Procurada pela reportagem, a cantora Patricia dos Santos Ribeiro, de 25 anos, negou o crime e alegou que desconhecia a lei. O G1 não conseguiu localizar os donos do bar para comentarem o assunto.

Um casal, vocalista e tecladista, donos da banda, e os proprietários do estabelecimento comercial, onde ocorreria o evento, foram detidos e levados ao 35º Distrito Policial, no Jabaquara. De acordo com o delegado-titular Enjolras Rello Araújo, o caso foi registrado como exploração sexual, segundo determina o artigo 244 A da Lei 8069/90 do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).

Os quatro suspeitos foram indiciados pelo crime, que prevê penas de quatro a dez anos de prisão. Apesar disso, todos eles foram liberados após prestarem esclarecimentos.

A cantora Patricia relatou que foi a mãe da menina quem ofereceu a filha para trabalhar com o grupo há cerca de um ano, quando ela tinha 14 anos. "A mulher nos autorizou, mas nem sempre viajava conosco”, disse Patrícia Ribeiro. “Agora que sei que é crime ter menor trabalhando em casa noturna, não aceitarei mais menores. A garota era a única. As demais dançarinas são adultas”, disse.

Como os responsáveis pela adolescente não estavam presentes na boate durante a abordagem policial, um conselheiro tutelar foi chamado para a delegacia e levou a garota a um abrigo onde ficam outros menores de idade. Segundo o delegado Enjolras Araújo, os pais da dançarina são separados.

A mãe da adolescente, a empregada doméstica Francilene Cândido Batista, é investigada pela polícia como suspeita de trabalho escravo. Questionada, ela negou a acusação de que forçava a filha a trabalhar. Também afirmou que tenta há uma semana retirar a garota do abrigo para onde foi levada na Mooca, Zona Leste.

“Estão dizendo que eu obrigo a menina a trabalhar na noite. É mentira isso. Somos pobres, mas não faço isso não”, disse Francilene, que alega desconhecimento da lei para ter permitido a filha trabalhar de madrugada.

“Como evangélica, eu não concordo, mas também ela não me obedecia. É uma menina que está atrasada nos estudos, não gosta de estudar e preferia dançar. Algumas vezes ela ia escondida de mim, em outras eu deixei porque ela chorava. Nunca consegui controlá-la. Agora, se eu conseguir tirá-la do abrigo não vou mais deixá-la dançar”, afirmou a mãe.

Na página pessoal da adolescente na internet, há postagens de fotos dela atuando como dançarina da banda de forró. Por envolver menor de idade, o caso será acompanhado pela Vara da Infância e Juventude. Procurada, a assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) disse que não pode passar informações sobre o assunto porque ele corre em segredo.

G1

MALALA


Malala dedicou sua infância para defender a educação de garotas como ela no Paquistão. Enquanto ela se recupera em uma cama de hospital, vítima de atiradores do Talibã, vamos ajudar o seu sonho a se tornar realidade.

Já existe, em uma parte do Paquistão, um programa bem sucedido que dá benefícios para famílias que enviarem suas filhas para a escola com frequência. No entanto, na província da garota Malala, o governo está de braços cruzados. Alguns políticos de cargos altos lhe ofereceram ajuda e se agirmos agora podemos fazer com que eles se comprometam a implementar essa ideia em todo o país.

Antes que a atenção da mídia se volte para outro caso, vamos elevar nossas vozes e exigir que o governo do Paquistão anuncie medidas de auxílio financeiro para todas as garotas paquistanesas irem à escola. Em alguns dias, o enviado da ONU para educação se encontrará com o presidente paquistanês Asif Ali Zardari e disse que a entrega em mãos de 1 milhão de assinaturas pode dar força à sua presença. Assine a petição e encaminhe este email – vamos ajudar a tornar o sonho da garota Malala realidade:

http://www.avaaz.org/po/malalahopenew/?bmySqdb&v=18823

Malala chamou a atenção do mundo para o reinado de terror do Talibã na região noroeste do Paquistão enquanto escrevia em um blog para a BBC. Seus textos relatam as consequências devastadoras do extremismo, que incluem a destruição sistemática de centenas de escolas para garotas e a intimidação violenta de milhares de famílias.

A Constituição do Paquistão diz que garotas devem ser educadas da mesma forma que garotos, e o governo tem recursos para tornar isso realidade. Mas os políticos ignoraram isso por anos, influenciados por grupos religiosos extremistas e, agora, somente 29% das garotas do país têm acesso ao ensino secundário. Inúmeros estudos mostram o impacto positivo na renda pessoal e nacional quando garotas são educadas.

Vamos transformar o susto que foi esse ataque do Talibã, voltado contra uma jovem garota, em uma onda de pressão internacional que forçará o Paquistão a discutir a educação de garotas. Clique abaixo para se unir a Malala e apoiar uma gigante campanha de acesso à educação para garotas no Paquistão, com recursos, segurança e, mais importante, a vontade para combater os extremistas que estão destruindo essa nação:

http://www.avaaz.org/po/malalahopenew/?bmySqdb&v=18823

Vamos nos unir e mostrar solidariedade à corajosa e jovem ativista que está mostrando ao mundo como uma simples estudante pode se posicionar contra extremistas armados e perigosos.

Com esperança e determinação,

Emma, Alaphia, Alex, Ricken, Ari, Wissam, Rewan e toda a equipe da Avaaz


MAIS INFORMAÇÕES:

Malala, a menina que sonhava ir para a escola (Estadão)
http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,malala-a-menina-que-sonhava--ir-para-a-escola-,945212,0.htm

Paquistão oferece US$ 1 milhão por talibã ligado à ataque contra menina (Yahoo! Notícias)
http://br.noticias.yahoo.com/paquist%C3%A3o-oferece-us-1-milh%C3%A3o-talib%C3%A3-ligado-%C3%A0-130510658.html

Ativista de 14 anos em estado grave depois de ataque talibã (TVI24)
http://www.tvi24.iol.pt/internacional/taliba-malala-yousufzai-yousufzai-malala-paquistao-ativista/1382208-4073.html

Menina baleada pelo Talibã pode se recuperar, dizem médicos (Terra)
http://noticias.terra.com.br/mundo/noticias/0,,OI6230008-EI8143,00-Menina+baleada+pelo+Taliba+pode+se+recuperar+dizem+medicos.html

Taleban paquistanês afirma que menina ativista baleada merecia morrer (Folha de São Paulo)
http://www1.folha.uol.com.br/mundo/1170056-taleban-paquistanes-afirma-que-menina-ativista-baleada-merecia-morrer.shtml

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Informação recebida por e-mail

Homenagem aos nossos queridos animais


terça-feira, 16 de outubro de 2012

Família pobre tem filhos tirados de casa e entregues para adoção


Pais não puderam se defender. Para juiz, se trata de uma quadrilha que atua para traficar crianças pobres no sertão da Bahia de forma planejada, profissional e habitual.

Uma família pobre tem os cinco filhos tirados de casa e entregues para a adoção. Tudo feito em tempo recorde, de um dia para o outro, e sem que os pais pudessem se defender. Mas na vizinhança e na escolinha da cidade, todos garantem que as crianças eram bem tratadas. A Justiça quer saber agora o que está por trás dessa história.

O cenário é a cidade de Monte Santo, no sertão da Bahia.

Silvânia Maria da Silva e Gerôncio de Brito Souza viviam assim. Ele, vendendo o dia de serviço pesado na enxada para não deixar faltar comida em casa.

“Todos os filhos meus que nasceram foi festa. Festa, caixa de foguete, galinha, carne assada, calabresa, tudo”, lembra ele.

Ela, cuidando da casa. “O pai dava atenção. Quando eu botei na escola, Gerôncio vinha buscar. Vinha às reuniões. Sempre comparecendo às reuniões”, conta ela.

Gerôncio e Silvânia estão separados, mas o apego aos filhos sempre foi reconhecido na vizinhança.

“Não tinha um dia que eles não viessem aqui na casa do pai. Não tinha um dia. Quando era assim, eles iam para a escola. Quando era meio-dia, chegava, corriam. Ele dava banho, botava perfume nos meninos”, detalha a vizinha Catarina da Mota Silva.

Os quatro avós também ajudavam, mas no dia 13 de maio do ano passado a história dessa família começou a mudar. A caçula, de 2 meses de idade, única menina dos cinco filhos, foi a primeira a ser levada, por ordem da Justiça de Monte Santo. Duas semanas depois, o sofrimento aumentou.

“Estava em casa, estava até lavando as roupas deles, de repente chegou esse carro. Eu pensei que era para trazer minha menina de volta”, relata Silvânia, emocionada.

Eram dois policiais e uma escrivã para cumprir nova ordem do juiz: levar os outros quatro meninos.

“O Ricardo correu lá por dentro, correu para a casa da mãe, lá ‘pra riba’”, conta a avó paterna, Maria Brito Souza.

“Meu filho mais velho chegou: 'mãe, me esconda. Me esconda que eu não quero ir, não'”, conta a mãe aos prantos.

“A rua toda ficou chocada naquela noite. Foi uma noite de terror”, reforça a avó.

“Ainda hoje eu não gosto de lembrar. Ainda hoje tenho sentimento por isso”, diz a vizinha.

“Os policiais disseram que, se nós impedíssemos, nós iríamos presos. Eu mais o pai. Que era ordem do juiz”, diz a mãe.

Os filhos de Gerôncio e Silvânia foram dados para quatro casais de São Paulo. Foi tudo feito com muita rapidez no fórum de Monte Santo. As famílias paulistas chegaram em um dia, foram ouvidas pelo juiz e, no dia seguinte, voltaram para São Paulo levando, com elas, as crianças. Os pais biológicos e a promotoria de Justiça não estavam na audiência. Por lei, sem a presença deles, o processo de adoção não pode sequer ser iniciado.

O juiz Vítor Manoel Xavier Bizerra, que assinou a guarda provisória das crianças, trabalha hoje na cidade de Barra. O Fantástico foi até lá. Esteve na casa onde ele mora e duas vezes no fórum. Nada do juiz. A equipe deixou um recado com a escrivã.

Fantástico: Você falou para ele que nós estávamos procurando ele? Que gostaríamos de conversar?

Magda Silvana Guedes (escrivã): Falei. Eu disse a ele que vocês vieram aqui com a proposta de entrevistá-lo.

Para retirar as crianças de Monte Santo, o juiz se baseou em relatórios que se contradizem. O conselho tutelar do município não encontrou irregularidades quando visitou a casa de Silvânia. Mas a assistente social da prefeitura registrou que os meninos em idade escolar faltavam às aulas. O Fantástico foi à escola onde eles estavam matriculados.

Fantástico: Os pais nunca deixaram de trazer?

Vanessa da Silva Souza (diretora da escola): Não. Eu nunca soube.

Fantástico: E vinham buscar direitinho?

Diretora: Eles sempre vinham buscar. Gerôncio, quando não vinha, era ela.

“Crianças quando são mal tratadas, geralmente têm mau comportamento. De agressividade, de viver chorando. E eles não aparentavam nada disso, não chegavam machucados, de jeito nenhum, porque eles eram bem cuidados”, aponta a diretora.

Desesperado, Gerôncio procurava o conselho tutelar para saber do paradeiro dos filhos. Nunca conseguiu uma notícia e acabou desacatando as conselheiras. Foi preso e passou três semanas na cadeia. Os pais dele tiveram que vender a casa para pagar a fiança de R$ 5 mil. Hoje moram de favor.

Fantástico: Eram muito apegados à senhora, os seus netos?

Avô: Mandava comprar pão, ele ia, o bichinho. Não gosto nem de me lembrar, viu?

Avó: Gosto muito deles.

Os quatro avós conviviam com as crianças, mas nenhum deles foi ouvido no processo.

“Tenho foto de todos eles no meu álbum”, afirma, emocionada, a avó materna, Perpétua Maria da Mota.

Carmem Topschall aparece em todos os processos como intermediária das adoções. Ela teria sido a pessoa que aproximou os casais paulistas das crianças de Monte Santo.

O Fantástico descobriu que Carmem mora em um sobrado em Pojuca, a 350 quilômetros de Monte Santo.

Fantástico: Um assunto particular. Preferia conversar aqui mesmo?

Carmem: Ah, não. Particular, vamos subir então.

Carmem tem três filhos adotados. Ela confirma que ajudou as famílias de São Paulo, mas nega que trabalhe conseguindo crianças pobres para casais que queiram adotar.

Carmem: Eu não fui intermediária.

Fantástico: Como que não foi se a senhora aparece no processo?

Carmem: Eu apareço no processo porque eu acompanhei o pessoal e levei e mostrei o caminho, mas eu não fui intermediária.

Já faz um ano e quatro meses.

O pai afirma que as crianças fazem falta, enquanto segura, emocionado, a roupa dos filhos. A mãe conta que nunca mais teve notícia delas.

Campinas, São Paulo.
A equipe do Fantástico vai procurar os casais que, de acordo com os processos, conseguiram a guarda provisória das crianças. Dois dos cinco filhos de Silvânia e Gerôncio moram em uma casa. São os dois mais velhos. Segundo os vizinhos, a casa está sempre vazia. Partem para Indaiatuba, vizinha a Campinas. Lá, ficam os outros endereços das crianças.

O Fantástico toca o interfone e avisa que quer falar sobre uma criança adotada, mas desligam o telefone.

Em outra casa, ninguém atende. Mas a advogada que defende os interesses dos casais que estão com as crianças é encontrada.

“Houve o devido processo legal. Ninguém fez nada que não fosse pelo devido processo legal”, garante Lenora Steffen Panzetti.

O atual juiz de Monte Santo, Luiz Roberto Cappio, discorda, e ele tem uma lista de irregularidades que encontrou nos processos.

“Não houve determinação de estágio de convivência. Os pais biológicos não foram ouvidos”, diz ele.

Para ele, o caso dos filhos de Silvânia e Gerôncio é só um exemplo do que acontece em várias comunidades do sertão da Bahia.

Fantástico: Se trata de uma quadrilha que atua para traficar crianças pobres aqui no sertão da Bahia?

Juiz: Sim. De forma planejada e profissional, habitual.

A volta das crianças para Monte Santo é uma possibilidade que o juiz não descarta.

“Se eu entender que o retorno atende ao melhor interesse dessas crianças, eu farei”, declara o juiz.

“Mas essas crianças já passaram por um trauma da vida que elas levavam, da adaptação que elas tiveram e tirá-las novamente, será que realmente é o melhor para elas?”, questiona Lenora.

“Estou esperado por eles aqui”, diz a mãe, esperançosa.

Fantástico

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Policial diz que uso de taser contra brasileiro morto na Austrália foi desnecessário


O chefe de uma operação policial na qual morreu um estudante brasileiro na Austrália disse que o uso de tasers - armas que disparam cargas elétricas - foi "desnecessário", segundo notícias publicadas pela imprensa australiana nesta segunda-feira.

O estudante Roberto Laudisio Curti, de 21 anos, morreu em março deste ano após ser perseguido pela polícia, em um caso que teve grande repercussão na Austrália devido à polêmica atuação dos policiais. O inquérito está tentando determinar se a polícia usou força excessiva no incidente que resultou na morte de Curti.

Segundo os investigadores citados pelos jornais australianos, Roberto Laudisio Curti havia consumido LSD e estava em uma espécie de transe devido à droga, quando andava, de madrugada, pelas ruas de Sydney, no dia 18 de março.

Em uma loja de conveniência, ele roubou dois pacotes de biscoito. Até onze policiais foram chamados às imediações, informados erroneamente de que se tratava de um assalto à mão armada.

Eles perseguiram Curti por diversas ruas de Sydney até conseguir alcançá-lo. Oficiais que participaram da operação contaram no inquérito que quatro policiais dispararam 14 vezes suas armas de taser contra o brasileiro.

Ele foi controlado por sete policiais que usaram duas algemas, três latas de spray de pimenta e um cacetete. Curti morreu poucos minutos depois, mas a causa da morte não foi determinada pela autópsia.

'Meia tonelada'Segundo o site do jornal New South Wales, o policial Gregory Cooper – o mais graduado entre todos os oficiais – disse no inquérito que o uso de tasers não era "apropriado nem necessário".

De acordo com o site news.com.au, assim que Curti foi algemado, Cooper ordenou que todos os tasers fossem desligados. No entanto, ele conta que os policiais continuaram usando o taser contra o brasileiro. Um único oficial teria feito seis descargas seguidas no estudante.

Outro policial ouvido no inquérito, Damien Ralph, disse ter usado parte de três latas de spray de pimenta para tentar segurar o brasileiro. Segundo seu próprio depoimento, reproduzido nos jornais australianos, ele usou o spray a 10 centímetros de distância do rosto do brasileiro – e não 60 centímetros, como recomendado no treinamento policial.

Ralph também disse que "meia tonelada" de policiais deitaram sob Curti quando ele estava sendo controlado no chão. No entanto, em seguida, ele disse acreditar que nem todos os policiais usaram todo o peso de seus corpos durante o incidente, e que a expressão "meia tonelada" era apenas uma figura de linguagem.

O policial disse que o brasileiro resistiu à ordem de prisão com muita agressividade, e que ele nunca havia tido de enfrentar uma pessoa tão forte em toda sua carreira policial.

O inquérito sobre a morte do brasileiro continuará ouvindo testemunhas até sexta-feira.

BBC Brasil

Saiba onde estão os 'depósitos' de coliformes fecais nos lares

Celebração do 'Dia mundial de lavar as mãos' quer estimular prática para evitar doenças

Uma grande quantidade de doenças infecciosas pode ser transmitida em casa, sobretudo em determinados pontos que se tornaram verdadeiros focos de coliformes. A advertência é reforçada por especialistas nesta segunda-feira, o "dia mundial de lavar as mãos", que ressalta a importância da higiene pessoal.

Objetos como controles remotos, torneiras de banheiro e cozinha, telefones, brinquedos e lixeiras são importantes transmissores de bactérias.

Segundo o Gobal Hygiene Council, grupo formado por especialistas internacionais em higiene, estima-se que entre 50% e 80% das doenças alimentares tenham origem em casa. Isso porque pontos como a pia da cozinha, por exemplo, costumam conter 100 mil vezes mais germes do que um banheiro, por estar contaminada por restos e sujeira. Tábuas de cortar alimentos têm 200% mais coliformes fecais do que assentos de privada.

Objetos frequentemente tocados com as mãos são grandes pontos transmissores - é o caso das torneiras de banheiro, que também costumam ter mais germes nocivos do que a tampa da privada, e das bolsas de mão, que têm milhares de bactérias por centímetro quadrado.

Daí a preocupação com a lavagem frequente das mãos, para evitar a transmissão dessas bactérias.

"O nível surpreendente de contaminação em objetos do dia a dia é um sinal de que as pessoas estão esquecendo de lavar suas mãos após o uso do banheiro, um dos momentos-chave para prevenir infecções", disse à Press Association o pesquisador britânico Val Curtis, da Escola Britânica de Higiene e Medicina Tropical.

'Mãos de privada'

Estudo lançado nesta segunda-feira pela escola, em associação com a Universidade Queen Mary e patrocínio de uma marca de sabonetes, aponta que cerca de um em cada dez britânicos pesquisados carrega em suas mãos a mesma quantidade de germes de uma privada suja.

A pesquisa identificou coliformes fecais em 26% dos entrevistados, em 14% das notas de dinheiro e em 10% dos cartões de crédito analisados.

"As pessoas dizem que lavam suas mãos, mas as pesquisas mostram que não e apontam o quão fácil esses patógenos (agentes causadores de doença) são transmitidos, sobrevivendo em dinheiro e cartões", diz Ron Cutler, que liderou a pesquisa britânica na Universidade Queen Mary.

Em média, as mãos carregam cerca de 3 mil tipos diferentes de bactérias de mais de cem espécies, segundo pesquisadores americanos. Muitos desses tipos não são nocivos, mas a higiene das mãos é essencial para evitar que os germes que causam doenças não sejam transmitidos.

O hábito de lavar as mãos é considerado pela ONU uma das medidas de melhor custo benefício para controlar doenças mundo afora. Pode, ainda, salvar mais de 1 milhão de vidas anualmente - perdidas, por exemplo, com diarreias e infecções respiratórias.

O Hygiene Council também recomenda, nas residências, o uso de lixeiras que se abrem com pedal (para evitar contato manual), a limpeza de brinquedos (principalmente os de crianças doentes) e de superfícies tocadas com frequência.

O site do conselho traz um mapa interativo com os pontos comumente contaminados nas casas, no link Clique http://bit.ly/Tmq2XD.

EquilíbrioAo mesmo tempo, relatório de setembro do Fórum Científico Internacional sobre Higiene Doméstica (IFH, na sigla em inglês) cita a hipótese segundo a qual a crescente prevenção de infecções desde a primeira infância pode resultar, mais tarde, na maior incidência de doenças como alergias. A explicação: necessitamos da interação com micróbios, particularmente nos primeiros anos de vida, para manter nosso sistema imunológico em equilíbrio.

Há indícios de que, idealmente, teríamos que ser expostos a determinados tipos de micróbios, mas não há consenso científico sobre quais deles, ou em que quantidade.

Como, então, encontrar o equilíbrio entre a exposição a esses micro-organismos e a necessidade de manter distância de doenças infecciosas perigosas?

Segundo o relatório, "podemos, por exemplo, estimular as crianças a brincar livremente umas com as outras e com seu ambiente, o que as deixará expostas a uma variedade de micróbios (inevitavelmente, também a patógenos), mas ao mesmo tempo devemos ser rigorosos com a importância de ações como lavar as mãos após ir ao banheiro ou visitar fazendas, antes de comer, etc".

O mesmo vale para animais de estimação: a exposição a eles traz contato com diferentes tipos de micro-organismos, mas o risco de contaminações é reduzido com a boa higiene dos pets.

BBC Brasil

Professora cria remédio contra bullying em escola da periferia de São Paulo


Docente criou o "Sitocol", um medicamento fictício com a ajuda dos alunos

Quando adolescente, a professora Deyse da Silva Sobrino media 1,72 m e pesava 45 kg. A garota alta e magra sofria quando era chamada pelos colegas de “pau de catar balão” e “vareta de bilhar”. Na época, o termo bullying ainda não existia, mas a prática de criar apelidos maldosos e agredir de forma física ou verbal já fazia parte do cotidiano das escolas.

Atualmente, Deyse tem 60 anos e três formações: biologia, pedagogia e direito. Ela dá aulas há 42 anos e tenta passar aos seus alunos ensinamentos que vão além da informática que ministra na Escola Municipal de Ensino Fundamental José Bonifácio, localizada na zona leste, periferia da capital paulista.

— Isso [o bullying] nunca me afetou. Eu estava bem comigo mesma. É isso que tento passar ao aluno, que se sinta bem com ele mesmo.

Andresson Silva, 13 anos, estudante do 8º ano, seguiu o conselho da professora Deyse. O menino tem um grau de deficiência visual e, por usar óculos, recebia apelidos maldosos dos outros meninos.

— Era muito ruim. Todo dia chegavam com uma brincadeira de maldade. Eles me pegavam, jogavam no chão, empurravam, me batiam, xingavam. Pegavam meus óculos e jogavam no chão. Eu não suportava a pressão.

Ele conta que tem poucos amigos e sofreu bullying desde os cinco anos de idade. Por medo, Andresson evitava o assunto com os pais, mas encontrou apoio na professora que já viveu o mesmo problema.

— O aluno vêm me contar seus segredos e não conto a ninguém. Se ele confiou em mim, por que vou contar para os outros? Esse relacionamento de professor e aluno é a base. Se não tiver isso, não há diálogo, não existe amizade.

Mas a grande mudança para Andresson e os outros alunos, que têm entre 5 e 17 anos, veio em 2010, quando Deyse decidiu tomar uma atitude contra o bullying em toda a escola. Ela distribuiu um questionário anônimo para uma parte dos estudantes (309 alunos) contendo perguntas como: você já sofreu bullying? Já praticou? Já viu alguém praticando?

O resultado surpreendeu a professora, que leciona na José Bonifácio há 15 anos: 70% dos alunos já presenciaram a prática, 44,5% já foram vítimas, 38,5% admitiram ter praticado bullying alguma vez na vida e 9,7% praticam constantemente. Os ambientes escolares onde o bullying esteve mais presente foram o pátio e a sala de aula.

Para reverter essa situação, a professora criou um medicamento fictício com a ajuda dos alunos, chamado Sitocol. Sob o slogan “Tomou o Sitocol hoje?”, o remédio tem uma bula, escrita de forma coletiva entre os alunos.

— Ele age no organismo produzindo consciência, modificando a maneira de agir das pessoas, o sentimento. Se usado em excesso, o Sitocol vai fazer rir muito e ter muita felicidade.

Com a campanha, a redução da prática do bullying na escola foi considerável. Em média, 700 alunos têm recebido, por ano, as orientações da professora Deyse, distribuídas por 21 turmas. Ela planeja reaplicar o questionário entre os alunos no próximo ano, mas relata que a melhora na atitude deles pode ser vista pelos corredores da instituição.

— Antes, quando a gente subia a escadaria eu via os alunos grandes pegando os pequenos pelos braços e arrastando pelo corredor, com ar de poderosos. O outro esperneava de vergonha. E eu mandava soltar. Mas isso era frequente.

A professora presenciava também outras situações humilhantes vividas por vítimas de bullying. Certa vez, um aluno jogou o conteúdo da mochila de um colega no pátio da escola. Os alunos que passavam naquele momento ajudavam a chutar os pertences, que se espalharam pelo chão. Deyse ajudou a vítima a recolher todo o material.

— Eu não me conformava com essas coisas. Resolvi fazer esse trabalho tendo em vista essas ocorrências, que me deixavam desesperada.

A aluna Pamela da Silva Bonfim, 11 anos, do 6º ano, que antes ouvia xingamentos e até apanhava, conta que agora vive de outra forma.

— Antes, eu ia para a minha cama, começava a chorar. Agora esses apelidos não influenciam em nada. Eles me chamavam de baixinha e tenho esse apelido até hoje, mas não me importo.

Ao ser apelidada de sem dente, a estudante Ana Paula Prazeres de Ornelas, 11 anos, do 6º ano, mostrou confiança ao enfrentar situação parecida.

— Desde o ano passado, começaram a me chamar de sem dente. Eu falo para as pessoas que me xingam que isso não me incomoda, que não vou ficar sofrendo por causa delas. Eles dizem que fazem isso por diversão, mas não acho que seja divertido fazer as outras pessoas sofrerem.

R7

Crianças que comem muito fast-food têm QI mais baixo


Pesquisa revelou que a alimentação nos primeiros anos de vida tem impacto direto no desenvolvimento da capacidade cognitiva

Deixar seu filho pequeno trocar uma refeição por hambúrguer e batata frita pode significar mais do que sobrepeso. Um novo estudo realizado pelo Goldsmiths College, da Universidade de Londres, revelou o impacto da alimentação no desenvolvimento do cérebro infantil e chegou à seguinte conclusão: crianças que comem muito fast-food desenvolvem QI (quoeficiente de inteligência) menor do que as que se alimentam regularmente com alimentos frescos.

A pesquisa analisou a alimentação diária de 4 mil crianças escocesas com idades entre 3 e 5 anos e considerou também a classe social das famílias. Os resultados evidenciaram o papel da nutrição para o desenvolvimento cognitivo da criança. Segundo Sophie Von Stumm, uma das autoras do estudo, crianças que comem sanduíches, pizzas e doces com frequência apresentam QI dois pontos abaixo daquelas que mantêm uma alimentação saudável.

A nutricionista Maria Fernanda Elias, de São Paulo, reforça: “A carência de nutrientes pode trazer sérios prejuízo cognitivos. Para dar um exemplo, o ômega-3, encontrado nos óleos de peixes marinhos, como atum, pescada e sardinha, participa da formação dos neurônios e transmissão de impulsos nervosos. Por isso, o Ministério da Saúde recomenda o consumo de peixe fresco pelo menos duas vezes por semana”.

Outra conclusão do estudo foi a de que famílias com melhores níveis socioeconômicos preparam com mais frequência refeições frescas, auxiliando o desempenho cognitivo de suas crianças.

“Comer bem é um hábito que deve ser aprendido e incentivado dentro de casa, com o exemplo dado pelos próprios pais”, diz Saada Ellovitch, neuropediatra do Hospital Samaritano (SP). “Não há problema em deixar seu filho comer um lanche fast-food uma vez ou outra, desde que tenha uma rotina alimentar saudável nos outros dias. É uma questão de equilíbrio e, principalmente, de educação alimentar”. E na sua casa, como é a alimentação da família?

Crescer

‘Faixa de Gaza’: Traficantes e usuários de crack só mudam de lugar


A rápida e pacífica entrada da polícia nas favelas de Manguinhos e do Jacarezinho, na zona norte carioca, foi considerada um sucesso pelas autoridades de segurança do Rio. Dado o passado recente de inocentes mortos em tiroteios, a inexistência de vítimas na operação de domingo não deixa de ser um fato a se comemorar. Mas desde já é possível antever um grave efeito colateral da empreitada. O primeiro é o deslocamento dos criminosos para outras favelas. E o segundo, quase como consequência, é a migração de usuários de crack para onde quer que existam ‘pedras’ à disposição.

Traficantes de Manguinhos e Jacarezinho começaram a debandada ainda na quarta-feira anterior à ocupação. A Polícia Civil estima que cerca de 100 fuzis tenham sido levados para outras favelas – a saber, Vila Kennedy, Antares e Juramento – tão logo a operação ‘secreta’ chegou aos ouvidos dos chefões do tráfico.

Um vídeo obtido por VEJA mostra dois dos integrantes da quadrilha de Marcelo Fernando Pinheiro Veiga, 37 anos, conhecido como Piloto, operando à vontade em Manguinhos. Cinco homens contam o dinheiro separado em centenas de pilhas sobre a mesa de um bar, enquanto comparsas ostensivamente armados - um deles usando um cinto abarrotado de munição. Duas mulheres grávidas com seus filhos compram comida no balcão ao lado. Crianças brincam junto a um ponto de venda de cocaína. Em outro trecho, vê-se a droga estocada em grandes bacias e sendo embalada em pequenos sacos plásticos. Foi ele quem arquitetou a fuga de outro bandido que aparece no vídeo, Diogo de Souza Feitosa, o DG.

Piloto não é um traficante qualquer. Segundo a polícia, nos últimos dois anos ele se tornou o mais poderoso traficante ainda à solta no Rio de Janeiro. Como as prisões não estavam no foco das preocupações da polícia na ocupação de domingo, neste momento Piloto está estruturando, em outra favela, estruturando algo certamente semelhante ao que se vê no vídeo.

Na ‘Faixa de Gaza’, além de todas as mazelas de um local abandonado e repleto de traficantes, há uma tragédia amais: instalou-se naquela região a maior cracolândia do Rio. Segundo a secretaria municipal de Assistência Social, 104 usuários de crack foram recolhidos do Jacarezinho no domingo. Os 89 adultos – 15 eram crianças e adolescentes – foram levados para a unidade de Reinserção Social, em Paciência, mas 42 já deixaram o local e voltaram para as ruas.
“Não é enxugar gelo, mas é um processo de convencimento. Essas pessoas têm um vínculo muito forte com a rua, não têm horário para comer, para banho, para dormir. Isso tudo no primeiro momento é muito complicado e eles acabam não ficando na instituição. Muitos não ficam na primeira, não ficam na terceira, mas em uma quarta abordagem podem ficar”, afirma a secretária Fátima Nascimento.

A Prefeitura do Rio foi a primeira a determinar, através de uma resolução, a internação compulsória de crianças e adolescentes viciados em crack. A medida não inclui os adultos. O caminho encontrado pelo município para determinar a internação de compulsória foi a responsabilidade que a municipalidade tem com a infância – o que abre a possibilidade de manter em abrigos aqueles dos quais não se tem notícia de pais ou responsáveis.

Veja

Menina paquistanesa ferida por taleban é levada para a Inglaterra



Malala Yousufzai continua sedada e foi transferida em um avião-ambulância enviado pela família real dos Emirados Árabes

Malala Yousufzai, a menina de 14 anos baleada por um atirador taleban por defender a educação feminina, foi transferida nesta segunda-feira (15) para o Reino Unido. Ela vai ser tratada no Hospital Queen Elizabeth, um hospital da rede pública de saúde com um centro especializado em trauma, informou o serviço de comunicação do Exército do Paquistão (ISPR).

Ativista paquistanesa de 14 anos é vítima de atentado do Taleban O ISPR diz em comunicado que a decisão foi tomada em conjunto com a família da menor e que Malala está fora de perigo e se recupera de maneira estável. A tranferência aconteceu em um avião-ambulância enviado pela família real dos Emirados Árabes Unidos (EUA). Não foi divulgado se familiares da menina a acompanham na viagem. O Paquistão vai pagar os custos do tratamento.

Malala estava internada em um hospital militar Rawalpindi, ao sul de Islamabad, para onde foi transferida depois que lhe foi extraída uma bala hospedada no pescoço, perto da medula espinhal. O estado da jovem é crítico. Ela está sedada desde que foi hospitalizada.

A jovem, atacada na terça-feira (9) perto de sua casa em Swat, norte do Paquistão, ficou conhecida há três anos, após descrever em um blog para a BBC as atrocidades cometidas pelos talebans paquistaneses para impedir a educação das meninas em áreas sob seu controle. O primeiro-minsitro do Paquistão, Yousuf Raza Gilani, deu a Malala o primeiro prêmio nacional de paz, em 2011,

Época

domingo, 14 de outubro de 2012

CE: 6 mil crianças e adolescentes fazem trabalho doméstico


Região Metropolitana de Fortaleza é a que mais possui jovens de dez a 17 anos atuando em serviços domésticos

A Região Metropolitana de Fortaleza (RMF) apresenta uma realidade negativa no que diz respeito à quantidade de crianças e adolescentes inseridas ilegalmente no trabalho infantil doméstico. Segundo levantamento do Ministério Público do Trabalho (MPT), com base nos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), existem 6.050 meninos e meninas, com idade entre dez e 17 anos, trabalhando em domicílios da região. O número classifica a capital e suas imediações como a região metropolitana do País com mais jovens nessa faixa etária atuando no ambiente doméstico.

Enfrentamento – Conforme o procurador do Trabalho, Antônio de Oliveira, autor do levantamento, vários fatores influenciam na alta incidência do trabalho infantil nos domicílios brasileiros. Um dos principais é o baixo custo dessa prática para as famílias que empregam os jovens no serviço doméstico. Outro motivo apontado por ele são os obstáculos em promover ações de vigilância para identificar os jovens que fazem esse tipo de trabalho e retirá-los do ambiente de exploração.

Fonte: Diário do Nordeste (CE)

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