notícias atuais sobre saúde, violência,justiça,cidadania,educação, cultura,direitos humanos,ecologia, variedades,comportamento
sábado, 4 de dezembro de 2010
Mais uma vítima diz ter sido atacada por suspeitos de agressão na Paulista
Homem foi a delegacia e reconheceu entre agressores dois dos rapazes.
Segundo o homem, a violência foi tanta que teve de passar por cirurgia.
Um homem que foi atacado no começo do ano procurou a polícia e reconheceu dois agressores dele entre os cinco rapazes suspeitos de agressão contra pedestres na Avenida Paulista no último dia 14. Segundo o homem, a violência foi tanta que ele teve de passar por uma cirurgia.
"Eu estava saindo desse clube noturno na Rua Augusta e fui surpreendido por dois rapazes. Um deles me imobilizou por trás e o outro comecou a me agredir com soco inglês, desferiu varios golpes durante muito muito tempo, até que fiquei inconsciente. Eles não falaram, não citaram absolutamente nada, mas eu presumo com toda convicção que se trata de crime homofóbico de crime de ódio na verdade."
Por causa dos golpes , parte do rosto foi esfacelada. “Fiquei internado por cinco dias, sofri uma grande cirurgia, coloquei uma prótese de titânio, e presilhas ´para sustentação dos ossos”, disse o homem.
Depois de se recuperar, o homem foi viajar a trabalho e ficou meses fora do Brasil. Voltou na semana passada e vendo as imagens pela televisão identificou os agressores. Por foto, teve mais certeza. O rapaz que bateu nele é o maior de idade, Jonathan Domingues. E outro foi um dos quatro adolescentes que participaram das agressões na Paulista. O G1 tentou contato com Domingues e com seu advogado, mas não conseguiu localizá-los neste sábado.
Os quatro adolescentes suspeitos de envolvimento em agressões a pedestres seguem internados na Fundação Casa (ex-Febem). Jonathan Lauton Domingues, de 19 anos, também suspeito de participar dos mesmo ataques, continuará em liberdade.
O juiz Daniel Luiz Maia Santos, da 1ª Vara Criminal da Barra Funda, na Zona Norte de São Paulo, decidiu na quarta-feira (1º), remeter de volta o inquérito sobre o caso, sem analisar o pedido de prisão preventiva do rapaz maior de idade, para o 5º DP, na Aclimação, região central. O juiz acatou requerimento do promotor Roberto Bacal.
O representante do Ministério Público solicita que sejam anexadas ao inquérito as imagens das gravações feitas por circuitos de segurança de prédios próximos de onde ocorreram as agressões, além dos laudos do Instituto Médico Legal (IML) com as vítimas dos ataques, que aconteceram no último dia 14 de novembro. O objetivo, segundo o promotor, "é esclarecer todas as circunstâncias delitivas", inclusive para que o pedido de prisão preventiva por tentativa de homicídio seja analisado.
Segundo inquérito
Um segundo inquérito da polícia apura a acusação de roubo contra um lavador de carros que teria sido praticada pelo mesmo grupo.
Uma audiência com o juiz da Vara da Infância e Juventude marcada para 9 de dezembro deve decidir se os menores serão absolvidos ou continuarão internados. O tempo máximo que eles poderão ficar, no caso de uma sentença condenatória, são três anos.
Imagens gravadas pelo sistema de monitoramento de câmeras dos prédios da Avenida Paulista mostram um jovem desferir golpes com lâmpadas fluorescentes numa vítima. Esse agressor teria 16 anos. Os outros três menores suspeitos têm idades entre 16 e 17.
G1
Estudo descobre como eliminar proteína que reproduz câncer de próstata
Testes ainda só foram feitos em ratos, mas geram esperança de maior efetividade no tratamento
LOS ANGELES - Um estudo da Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA) revela a função de uma proteína na reprodução do câncer de próstata, e sua inibição em testes de laboratório gera esperança de uma maior efetividade no tratamento da doença.
"Descobrimos que, no mecanismo de autorrenovação das células-tronco, há uma proteína chamada Bmi-1, que também faz com que as células cancerígenas se reproduzam, particularmente no câncer de próstata", disse a médica Rita Lukacs, da UCLA.
"Em testes com células de próstata de ratos, descobrimos que, ao inibir a proteína Bmi-1, no caso de um câncer médio, podemos eliminá-lo completamente, e em mutações mais agressivas reduzimos a velocidade do desenvolvimento da doença", explicou a médica.
Rita é a principal pesquisadora do método alternativo para tratamento do câncer de próstata do Centro Eli and Edythe Broad para pesquisa de células-tronco e medicina regenerativa da UCLA.
Ao longo de três anos, a pesquisadora trabalhou para buscar uma maneira de evitar o crescimento do câncer de próstata nos laboratórios da universidade. Os resultados das pesquisas, efetuadas em células cancerígenas de animais, foram publicados na última quinta-feira, na edição antecipada na internet da revista médica Cell Stem Cell.
"Essa descoberta é uma esperança para os doentes de câncer de próstata. No entanto, os testes só foram feitos em ratos e faltam muitos procedimentos para começarmos testes em humanos", destacou Rita.
Estadão
LOS ANGELES - Um estudo da Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA) revela a função de uma proteína na reprodução do câncer de próstata, e sua inibição em testes de laboratório gera esperança de uma maior efetividade no tratamento da doença.
"Descobrimos que, no mecanismo de autorrenovação das células-tronco, há uma proteína chamada Bmi-1, que também faz com que as células cancerígenas se reproduzam, particularmente no câncer de próstata", disse a médica Rita Lukacs, da UCLA.
"Em testes com células de próstata de ratos, descobrimos que, ao inibir a proteína Bmi-1, no caso de um câncer médio, podemos eliminá-lo completamente, e em mutações mais agressivas reduzimos a velocidade do desenvolvimento da doença", explicou a médica.
Rita é a principal pesquisadora do método alternativo para tratamento do câncer de próstata do Centro Eli and Edythe Broad para pesquisa de células-tronco e medicina regenerativa da UCLA.
Ao longo de três anos, a pesquisadora trabalhou para buscar uma maneira de evitar o crescimento do câncer de próstata nos laboratórios da universidade. Os resultados das pesquisas, efetuadas em células cancerígenas de animais, foram publicados na última quinta-feira, na edição antecipada na internet da revista médica Cell Stem Cell.
"Essa descoberta é uma esperança para os doentes de câncer de próstata. No entanto, os testes só foram feitos em ratos e faltam muitos procedimentos para começarmos testes em humanos", destacou Rita.
Estadão
México anuncia prisão de ‘matador’ de 14 anos
O Exército mexicano anunciou a prisão de um garoto de 14 anos acusado de ser um matador de aluguel a serviço de um cartel de drogas.
Segundo as autoridades mexicanas, Edgard Jimenez, conhecido como El Ponchis, foi detido ao tentar embarcar em um voo da cidade mexicana de Cuernavaca para Tijuana, na fronteira com os Estados Unidos, acompanhado de duas de suas irmãs.
O Exército afirma que ele teria participado de vários assassinatos por decapitamento, em crimes supostamente cometidos sob a influência de drogas fornecidas pelo cartel.
A violência relacionada ao narcotráfico no México já fez milhares de vítimas nos últimos anos.
Autoridades locais dizem que os crimes cometidos por menores de idade, incluindo assassinatos cometidos a mando dos carteis, vem crescendo no país neste ano.
Como no Brasil, no México os menores de idade não são julgados como adultos pela Justiça, mas o Senado examina um projeto para torná-los imputáveis.
Corpos pendurados
O adolescente preso nesta sexta-feira trabalharia para o cartel do Pacífico Sul, no Estado de Morelos, próximo à Cidade do México, segundo o Exército.
Segundo o jornal mexicano Reforma, Jimenez admitiu os crimes, mas disse que era “obrigado” a cometê-los.
“Eu me sentia mal fazendo isso. Eu era forçado a fazer isso. Eles diziam que iam me matar se não fizesse”, teria afirmado.
“Eu somente decapitava eles, mas nunca pendurei os corpos em pontes, nunca”, disse ele, segundo o jornal, em referência à prática comum entre os carteis mexicanos de expor os corpos dos inimigos mortos.
Os carteis penduram os corpos em locais movimentados com o objetivo de intimidar os rivais.
O cartel do Pacífico Sul é liderado por Hector Beltrán Leyva, irmão do narcotraficante Arturo Beltrán Leyva, morto pelo Exército mexicano no ano passado.
A luta de Hector Beltrán Leyva pelo controle do tráfico na região provocou um aumento na violência nos Estados de Morelos e Guerrero.
Mais de 28 mil pessoas teriam morrido em consequência da violência relacionada ao narcotráfico desde 2006, quando o presidente Felipe Calderón começou a empregar o Exército no combate ao tráfico.
Marcadores:
infância e juventude,
mundo,
violência
Mastigação de folhas de coca ocorre há 8 mil anos, dizem arqueólogos
Mastigação é tão antiga quanto a civilização inca
Antigas sociedades peruanas começaram a mascar folhas de coca 8 mil anos atrás, apontam evidências arqueológicas.
Ruínas encontradas sob o piso de residências no vale Nanchoc, noroeste do Peru, continham coca mastigada e, junto dela, pedras ricas em cálcio.
Essas pedras teriam sido queimadas para fazer cal, mastigado com a coca para que esta liberasse mais de seus componentes químicos.
Segundo estudo publicado na revista especializada Antiquity por uma equipe de arqueólogos, as descobertas indicam que a mastigação da coca começou na região simultaneamente à adoção da agricultura e milhares de anos antes do que se pensava até então.
Alcaloides
As folhas de coca contêm diversos componentes químicos conhecidos como alcaloides. Nos dias atuais, o mais conhecido entre esses componentes é a cocaína, extraída e purificada por complexos processos químicos.
Mas a mastigação da folha de coca com fins medicinais é um hábito tão antigo quanto a própria civilização inca.
Outros alcaloides da coca têm efeitos levemente estimulantes, ajudam a reduzir a fome e participam do processo digestivo, além de mitigar os efeitos da falta de oxigênio em regiões de altitudes excepcionais.
Indícios prévios da mastigação da coca datavam de cerca de 3 mil anos atrás. Agora, o estudioso Tom Dillehay, da Universidade de Vanderbilt (Estados Unidos), e seus colegas encontraram amostras de folhas mastigadas que parecem ser de 8 mil anos atrás.
Dillehay disse à BBC News que se surpreendeu por ter identificado o uso da coca “não tanto em um contexto doméstico, como se fosse usada com frequência por muita gente. Mas (identificamos) o uso restrito a algumas casas e a produção (da folha) em um contexto público, e não individualizado”.
Mas trata-se de uma dinâmica distinta com relação a outras sociedades ocidentais, “nas quais, se você tem os meios econômicos, ganha acesso a plantas medicinais”, disse Dillehay.
Debate
Mais do que prover novos dados arqueológicos sobre uma civilização antiga, a descoberta fomenta uma discussão em curso atualmente.
No momento em que há um esforço internacional para restringir a produção de coca nos países andinos por conta de sua associação com a cocaína, Dillehay faz um contraponto.
“Muitos argumentavam que (a mastigação da coca) é uma tradição histórica relativamente recente – ou seja, dos últimos séculos ou mil anos –, mas (as novas descobertas apontam que) é uma tradição com profundas raízes sociais, econômicas e até religiosas nos Andes”, opinou.
O editor do periódico especializado Journal of Ethnopharmacology Peter Houghton disse à BBC News que as novas descobertas são “significativas” por mostrar que o hábito ocorria milhares de anos antes do que se pensava anteriormente. E também por encontrar folhas mastigadas e pedras ricas em cálcio nos mesmos locais (acreditava-se que o uso dessas pedras era ainda mais recente do que o da coca).
Que o consumo fosse restrito na época, como apontam as descobertas, não é algo surpreendente, comentou Houghton. “As evidências de uso disseminado (da coca) no Peru e na Bolívia são relativamente recentes. Antes, (a folha) era limitada a uma classe privilegiada.”
BBC Brasil
Ruínas encontradas sob o piso de residências no vale Nanchoc, noroeste do Peru, continham coca mastigada e, junto dela, pedras ricas em cálcio.
Essas pedras teriam sido queimadas para fazer cal, mastigado com a coca para que esta liberasse mais de seus componentes químicos.
Segundo estudo publicado na revista especializada Antiquity por uma equipe de arqueólogos, as descobertas indicam que a mastigação da coca começou na região simultaneamente à adoção da agricultura e milhares de anos antes do que se pensava até então.
Alcaloides
As folhas de coca contêm diversos componentes químicos conhecidos como alcaloides. Nos dias atuais, o mais conhecido entre esses componentes é a cocaína, extraída e purificada por complexos processos químicos.
Mas a mastigação da folha de coca com fins medicinais é um hábito tão antigo quanto a própria civilização inca.
Outros alcaloides da coca têm efeitos levemente estimulantes, ajudam a reduzir a fome e participam do processo digestivo, além de mitigar os efeitos da falta de oxigênio em regiões de altitudes excepcionais.
Indícios prévios da mastigação da coca datavam de cerca de 3 mil anos atrás. Agora, o estudioso Tom Dillehay, da Universidade de Vanderbilt (Estados Unidos), e seus colegas encontraram amostras de folhas mastigadas que parecem ser de 8 mil anos atrás.
Dillehay disse à BBC News que se surpreendeu por ter identificado o uso da coca “não tanto em um contexto doméstico, como se fosse usada com frequência por muita gente. Mas (identificamos) o uso restrito a algumas casas e a produção (da folha) em um contexto público, e não individualizado”.
Mas trata-se de uma dinâmica distinta com relação a outras sociedades ocidentais, “nas quais, se você tem os meios econômicos, ganha acesso a plantas medicinais”, disse Dillehay.
Debate
Mais do que prover novos dados arqueológicos sobre uma civilização antiga, a descoberta fomenta uma discussão em curso atualmente.
No momento em que há um esforço internacional para restringir a produção de coca nos países andinos por conta de sua associação com a cocaína, Dillehay faz um contraponto.
“Muitos argumentavam que (a mastigação da coca) é uma tradição histórica relativamente recente – ou seja, dos últimos séculos ou mil anos –, mas (as novas descobertas apontam que) é uma tradição com profundas raízes sociais, econômicas e até religiosas nos Andes”, opinou.
O editor do periódico especializado Journal of Ethnopharmacology Peter Houghton disse à BBC News que as novas descobertas são “significativas” por mostrar que o hábito ocorria milhares de anos antes do que se pensava anteriormente. E também por encontrar folhas mastigadas e pedras ricas em cálcio nos mesmos locais (acreditava-se que o uso dessas pedras era ainda mais recente do que o da coca).
Que o consumo fosse restrito na época, como apontam as descobertas, não é algo surpreendente, comentou Houghton. “As evidências de uso disseminado (da coca) no Peru e na Bolívia são relativamente recentes. Antes, (a folha) era limitada a uma classe privilegiada.”
BBC Brasil
Unicef lança campanha contra o racismo em União dos Palmares
Aproximadamente 200 crianças oriundas de comunidades quilombolas, indígenas, ciganas e que residem em área de vulnerabilidade social participaram na manhã desta sexta-feira,3, da solenidade de lançamento da campanha “Por uma infância sem Racismo”, no platô da serra da Barriga, em União dos Palmares.
O evento contou com a presença do representante do Unicef para os Estados de Alagoas, Pernambuco e Bahia, Salvador Soler Lostão, que se disse satisfeito pela acolhida do povo alagoano e defendeu uma vigilância mais intensa por parte dos educadores com relação a questão do Racismo. “Se você entrar no site da Unicef você poderá observar uma série de exemplos, de casos de racismo contra meninos e meninas, contra a infância”, reconheceu Sóler.
Com uma duração de pouco mais de 12 meses, a ação busca sensibilizar a sociedade e os veiculos de comunicação sobre os impactos de racismo na infância em todo o país. Alagoas é o terceiro estado da federação a ter esse programa lançado por membros do Unicef a exemplo de Brasília e Maranhão.
O Fundo das Nações Unidas para a Infância está presente desde 1950 e completa este ano 60 anos de sua presença no Brasil atuando praticamente em todos os estados do território nacional, onde tem contribuido de maneira decisiva com o cumprimento do Estatuto da Criança e do Adolescente no combate ao trabalho infantil bem como na redução da mortalidade infantil.
A solenidade contou com uma série de exibições a partir de um vídeo, danças afrodescendente, coral e leitura de palavras de ordem sobre a importância da campanha em Alagoas.
A grande ausência na solenidade girou em torno do ator Global, Lázaro Ramos, anunciado como presença certa na festa, mas de acordo com informações de sua assessoria, o ator esteve compelido de comparecer ao evento em função de gravações da próxima novela.
Gazetaweb
Marcadores:
povos indígenas,
quilombolas,
racismo
Violência contra menina sequestrada em SP impressiona especialistas
Garota de 8 anos foi sequestrada, presa em armário e vítima de abusos.
Ela só conseguiu escapar porque achou um celular e chamou a polícia.
A violência vivida pela menina de oito anos mantida por duas semanas em cárcere privado e sob agressão sexual de um homem adulto, namorado da prima que a sequestrou, impressionou até mesmo profissionais que estão acostumados a lidar com vítimas de violência. Presa dentro de um guarda-roupa, a menina só conseguiu escapar do cativeiro porque achou um aparelho de telefone celular esquecido pelo sequestrador e acionou a polícia, que a libertou no domingo (28). A prima dela, adolescente, foi recolhida à Fundação Casa. O homem que a agrediu, foragido da Penitenciária de Tremembé, continua à solta.
Mestre em saúde materno-infantil e integrante do núcleo de violência sexual do Hospital Pérola Byington, a psicóloga Daniela Pedroso disse ao G1 que atende dezenas de vítimas por dia, mas nunca viu nada parecido em em mais de uma década de experiência. Daniela comparou o episódio ao enredo do filme "Silêncio dos Inocentes" (1991), no qual as vítimas são encarceradas por um maníaco. "Essa é uma situação atípica e de extrema violência. Esse caso foge muito do padrão", afirmou.
Professor de Psiquiatria da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e coordenador do Programa de Atendimento e Pesquisa em Violência (Prove), Marcelo Feijó de Mello compara a agressão sofrida pela menina à violência que tirou a vida do garoto João Hélio, morto em fevereiro de 2007 no subúrbio do Rio de Janeiro, ao ser arrastado pelo cinto de segurança após o carro da família ser levado por assaltantes em fuga.
"Isso é uma coisa brutal e bárbara, um ato horrível. Infelizmente acontece, mas a gente classifica como um ato bárbaro de uma pessoa não tem respeito pelo outro, pela humanidade. Faz sem pensar nas consequências que isso vai ter em uma criança de oito anos. É igual aquele que arrastou o menino João Hélio pelo carro. É uma coisa incompreensível", afirmou.
Livre do cativeiro, a menina aceitou contar o que viveu, mas rejeitou dar detalhes sobre o que o homem fazia com ela. "Isso está mostrando que tem alguma coisa muito traumática, que está incomodando muito essa criança e que ela não quer revelar porque só de falar pode ter que lembrar e isso gera mal-estar. Outras vezes tem uma amnésia, uma coisa tão traumática que ela apaga da memória, mas fica com a impressão de que algo de muito ruim ocorreu lá. Pode ser também a síndrome de Estocolmo, segundo a qual a vítima acaba fazendo uma relação patológica com o sequestrador. É sinal de que essa criança precisa ser tratada", afirmou o professor Mello.
Para a psicóloga Daniela, a reação da menina pode ser interpretada de duas maneiras: "Ou simplesmente porque ela não quer falar sobre o que lhe aconteceu, pela própria questão da violência sexual, ou porque, em alguns casos, as ameaças sofridas são tão intensas e reais para a criança, que faz com que ela se cale diante do ocorrido e não verbalize nem após o fato vir à tona. Em alguns casos, o agressor ameaça a criança, dizendo que, se ela falar, sua mãe irá morrer. E isso é o suficiente para calar a criança."
A psicóloga e o psiquiatra são unânimes ao afirmar que a menina precisa de tratamento adequado, sob pena de ficar doente agora ou mais tarde, quando adulta.
"O abuso sexual é uma violência muito grave porque é uma atitude de imposição muito forte, um evento muito traumático. O poder que tem de desestruturar uma pessoa, no caso uma criança, que ainda tem menos recursos, é muito grande. Há grande chance de que essa criança possa desenvolver já no primeiro mês um quadro de transtorno de estresse agudo ou em algum tempo transtorno de estresse pós-traumático", disse o professor Mello.
"A gente sabe que o abuso sexual é um fator de risco para o desenvolvimento de doença mental muito grande. Pode ficar doente agora ou criar uma marca que pode fazer que ela tenha problema mais tarde", complementou. Segundo Mello, entre os adultos atendidos pelo Prove o maior fator de impacto são assaltos a mão armada. Entre as crianças, é a violência sexual.
A psicóloga Daniela afirma que "se não forem cuidados, vítimas de violência sexual podem apresentar dificuldades de relacionamento interpessoal, maior risco de envolvimento com drogas lícitas e ilícitas, gravidez na adolescência, comportamentos à margem da sociedade e episódios de depressão ao longo da vida."
O tratamento, entretanto, pode atenuar as marcas da violência, embora seja quase impossível apagá-las. "É possível se minimizar os efeitos da violência sexual sofrida, desde que a criança receba acompanhamento psicológico e sinta-se acolhida e amparada por sua família, comunidade e escola", disse Daniela Pedroso. De acordo com ela a abordagem psicológica é realizada através de atividades lúdicas, que envolvem brincadeiras, jogos e atividades gráficas.
O professor Mello afirma que o tratamento deve começar o quanto antes. "Não é possível apagar da memória, sempre vai ter essa experiência. Mas muitas vezes a gente consegue fazer com que no curso do tratamento a pessoa até consiga sair mais forte de uma coisa traumática desse tipo. Tem de ser tratado o quanto antes. A abordagem é multiprofissional, com médico, psicólogo, assistente social, psicoterapia e às vezes até medicação", afirmou.
Ela só conseguiu escapar porque achou um celular e chamou a polícia.
A violência vivida pela menina de oito anos mantida por duas semanas em cárcere privado e sob agressão sexual de um homem adulto, namorado da prima que a sequestrou, impressionou até mesmo profissionais que estão acostumados a lidar com vítimas de violência. Presa dentro de um guarda-roupa, a menina só conseguiu escapar do cativeiro porque achou um aparelho de telefone celular esquecido pelo sequestrador e acionou a polícia, que a libertou no domingo (28). A prima dela, adolescente, foi recolhida à Fundação Casa. O homem que a agrediu, foragido da Penitenciária de Tremembé, continua à solta.
Mestre em saúde materno-infantil e integrante do núcleo de violência sexual do Hospital Pérola Byington, a psicóloga Daniela Pedroso disse ao G1 que atende dezenas de vítimas por dia, mas nunca viu nada parecido em em mais de uma década de experiência. Daniela comparou o episódio ao enredo do filme "Silêncio dos Inocentes" (1991), no qual as vítimas são encarceradas por um maníaco. "Essa é uma situação atípica e de extrema violência. Esse caso foge muito do padrão", afirmou.
Professor de Psiquiatria da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e coordenador do Programa de Atendimento e Pesquisa em Violência (Prove), Marcelo Feijó de Mello compara a agressão sofrida pela menina à violência que tirou a vida do garoto João Hélio, morto em fevereiro de 2007 no subúrbio do Rio de Janeiro, ao ser arrastado pelo cinto de segurança após o carro da família ser levado por assaltantes em fuga.
"Isso é uma coisa brutal e bárbara, um ato horrível. Infelizmente acontece, mas a gente classifica como um ato bárbaro de uma pessoa não tem respeito pelo outro, pela humanidade. Faz sem pensar nas consequências que isso vai ter em uma criança de oito anos. É igual aquele que arrastou o menino João Hélio pelo carro. É uma coisa incompreensível", afirmou.
Livre do cativeiro, a menina aceitou contar o que viveu, mas rejeitou dar detalhes sobre o que o homem fazia com ela. "Isso está mostrando que tem alguma coisa muito traumática, que está incomodando muito essa criança e que ela não quer revelar porque só de falar pode ter que lembrar e isso gera mal-estar. Outras vezes tem uma amnésia, uma coisa tão traumática que ela apaga da memória, mas fica com a impressão de que algo de muito ruim ocorreu lá. Pode ser também a síndrome de Estocolmo, segundo a qual a vítima acaba fazendo uma relação patológica com o sequestrador. É sinal de que essa criança precisa ser tratada", afirmou o professor Mello.
Para a psicóloga Daniela, a reação da menina pode ser interpretada de duas maneiras: "Ou simplesmente porque ela não quer falar sobre o que lhe aconteceu, pela própria questão da violência sexual, ou porque, em alguns casos, as ameaças sofridas são tão intensas e reais para a criança, que faz com que ela se cale diante do ocorrido e não verbalize nem após o fato vir à tona. Em alguns casos, o agressor ameaça a criança, dizendo que, se ela falar, sua mãe irá morrer. E isso é o suficiente para calar a criança."
A psicóloga e o psiquiatra são unânimes ao afirmar que a menina precisa de tratamento adequado, sob pena de ficar doente agora ou mais tarde, quando adulta.
"O abuso sexual é uma violência muito grave porque é uma atitude de imposição muito forte, um evento muito traumático. O poder que tem de desestruturar uma pessoa, no caso uma criança, que ainda tem menos recursos, é muito grande. Há grande chance de que essa criança possa desenvolver já no primeiro mês um quadro de transtorno de estresse agudo ou em algum tempo transtorno de estresse pós-traumático", disse o professor Mello.
"A gente sabe que o abuso sexual é um fator de risco para o desenvolvimento de doença mental muito grande. Pode ficar doente agora ou criar uma marca que pode fazer que ela tenha problema mais tarde", complementou. Segundo Mello, entre os adultos atendidos pelo Prove o maior fator de impacto são assaltos a mão armada. Entre as crianças, é a violência sexual.
A psicóloga Daniela afirma que "se não forem cuidados, vítimas de violência sexual podem apresentar dificuldades de relacionamento interpessoal, maior risco de envolvimento com drogas lícitas e ilícitas, gravidez na adolescência, comportamentos à margem da sociedade e episódios de depressão ao longo da vida."
O tratamento, entretanto, pode atenuar as marcas da violência, embora seja quase impossível apagá-las. "É possível se minimizar os efeitos da violência sexual sofrida, desde que a criança receba acompanhamento psicológico e sinta-se acolhida e amparada por sua família, comunidade e escola", disse Daniela Pedroso. De acordo com ela a abordagem psicológica é realizada através de atividades lúdicas, que envolvem brincadeiras, jogos e atividades gráficas.
O professor Mello afirma que o tratamento deve começar o quanto antes. "Não é possível apagar da memória, sempre vai ter essa experiência. Mas muitas vezes a gente consegue fazer com que no curso do tratamento a pessoa até consiga sair mais forte de uma coisa traumática desse tipo. Tem de ser tratado o quanto antes. A abordagem é multiprofissional, com médico, psicólogo, assistente social, psicoterapia e às vezes até medicação", afirmou.
Marcadores:
abuso infantil,
abuso sexual,
sequestro,
violência sexual
Traficantes teriam fugido do cerco ao Complexo do Alemão em viatura da Polícia Civil
RIO - O traficante Alexandre Mendes da Silva, o Polegar, e um comparsa, identificado apenas como Ninho, teriam fugido do cerco ao Complexo do Alemão escondidos em uma viatura da Polícia Civil. Denúncias anônimas sobre o incidente foram encaminhadas ao Ministério Público e à Corregedoria da Polícia Civil. A suposta fuga teria acontecido na sexta-feira da semana passada, horas depois de a polícia e os Fuzileiros Navais terem invadido, na tarde de quinta-feira, a Vila Cruzeiro, na Penha, e um grupo de bandidos ter se escondido no Complexo do Alemão.
O denunciante passou às autoridades, inclusive, o número da placa da viatura, que é um gol preto descaracterizado, que teria sido usada para tirar os marginais da favela. No sistema da Secretaria estadual de Segurança, o carro consta como sendo da 126 DP (Cabo Frio), delegacia que não participou das operações policiais.
De acordo com a denúncia, feita na última terça-feira, Polegar e Ninho teriam sido colocados no porta-malas do carro, onde estariam dois homens usando camisas da Polícia Civil. O denunciante conta ainda que a dupla teria sido levada para a Região dos Lagos. A informação anônima ganhou força, quando o MP confirmou que a placa do carro era de uma viatura da delegacia de Cabo Frio, que fica na mesma região para onde os traficentes teriam fugido.
- Demos prioridade a essa denúncia, pois ela trouxe elementos robustos. A informação do destino bate com a origem dessa viatura - comentou o ouvidor-geral do Ministério Público estadual, promotor Gianfilippo Pianezzola, que recebeu a denúncia e a encaminhou à 1 Central de Inquérito do órgão, setor do MP com atribuição para investigar esse caso. Criado na Mangueira, o traficante Polegar tem três condenações e ficou preso de 2002 a 2009. Após cumprir um sexto da pena, ele passou para o regime semi-aberto, mas não voltou mais para a cadeia. Ao brigar com o irmão, o traficante Francisco Paulo Testas Monteiro, o Tuchinha, que seria o chefe do tráfico na Mangueira, Polegar deixou a comunidade e encontrou refúgio no morro pelo Complexo do Alemão. No Morro da Grota, inclusive, ele morava em uma mansão de três andades - com piscina e banheiro de hidromassagem -, encontrada pela polícia, no último domingo.
A assessoria de comunicação da Polícia Civil confirmou que a corredoria da corporação recebeu a informação e que o órgão está pronto para apurar com isenção essa e qualquer outra denúncia de abuso ou desvio de conduta que possam ter sido praticadas por policiais, durante as operações nos complexos da Penha e do Alemão.
Leia mais: Cabral diz que moradores podem filmar atuação de policiais durante a revista
Por meio do telefone 127 ou do site do MP, a ouvidoria do órgão recebeu, até a manhã de ontem, 42 denúncias referentes à acupação policial no Alemão - 38 delas são relativas a fuga de traficantes.
O delegado Henrique Pessoa, titular da 126 DP (Cabo Frio), contou que vai abrir sindicância para apurar a denúncia. Pessoa comentou que, por causa de dois ataques a carros em Cabo Frio, dias antes da invasão ao Alemão, o efetivo da unidade ficou de prontidão e nenhuma viatura tinha autorização para sair da cidade.
- Temos um controle de entrada e saída das viaturas, do uso de combustível, da quilometragem. Acredito que não será difícil descobrir se essa viatura saiu daqui e quem a dirigiu - explicou.
O Globo
O denunciante passou às autoridades, inclusive, o número da placa da viatura, que é um gol preto descaracterizado, que teria sido usada para tirar os marginais da favela. No sistema da Secretaria estadual de Segurança, o carro consta como sendo da 126 DP (Cabo Frio), delegacia que não participou das operações policiais.
De acordo com a denúncia, feita na última terça-feira, Polegar e Ninho teriam sido colocados no porta-malas do carro, onde estariam dois homens usando camisas da Polícia Civil. O denunciante conta ainda que a dupla teria sido levada para a Região dos Lagos. A informação anônima ganhou força, quando o MP confirmou que a placa do carro era de uma viatura da delegacia de Cabo Frio, que fica na mesma região para onde os traficentes teriam fugido.
- Demos prioridade a essa denúncia, pois ela trouxe elementos robustos. A informação do destino bate com a origem dessa viatura - comentou o ouvidor-geral do Ministério Público estadual, promotor Gianfilippo Pianezzola, que recebeu a denúncia e a encaminhou à 1 Central de Inquérito do órgão, setor do MP com atribuição para investigar esse caso. Criado na Mangueira, o traficante Polegar tem três condenações e ficou preso de 2002 a 2009. Após cumprir um sexto da pena, ele passou para o regime semi-aberto, mas não voltou mais para a cadeia. Ao brigar com o irmão, o traficante Francisco Paulo Testas Monteiro, o Tuchinha, que seria o chefe do tráfico na Mangueira, Polegar deixou a comunidade e encontrou refúgio no morro pelo Complexo do Alemão. No Morro da Grota, inclusive, ele morava em uma mansão de três andades - com piscina e banheiro de hidromassagem -, encontrada pela polícia, no último domingo.
A assessoria de comunicação da Polícia Civil confirmou que a corredoria da corporação recebeu a informação e que o órgão está pronto para apurar com isenção essa e qualquer outra denúncia de abuso ou desvio de conduta que possam ter sido praticadas por policiais, durante as operações nos complexos da Penha e do Alemão.
Leia mais: Cabral diz que moradores podem filmar atuação de policiais durante a revista
Por meio do telefone 127 ou do site do MP, a ouvidoria do órgão recebeu, até a manhã de ontem, 42 denúncias referentes à acupação policial no Alemão - 38 delas são relativas a fuga de traficantes.
O delegado Henrique Pessoa, titular da 126 DP (Cabo Frio), contou que vai abrir sindicância para apurar a denúncia. Pessoa comentou que, por causa de dois ataques a carros em Cabo Frio, dias antes da invasão ao Alemão, o efetivo da unidade ficou de prontidão e nenhuma viatura tinha autorização para sair da cidade.
- Temos um controle de entrada e saída das viaturas, do uso de combustível, da quilometragem. Acredito que não será difícil descobrir se essa viatura saiu daqui e quem a dirigiu - explicou.
O Globo
sexta-feira, 3 de dezembro de 2010
Criminalista apresenta defesa prévia do goleiro Bruno
Contagem (Minas Gerais) - Em um documento com mais de 100 páginas, baseado em laudos periciais e nos 20 volumes do processo que acusa o goleiro Bruno Fernandes de Souza do desaparecimento e suposta morte de Eliza Samudio, o criminalista paranaense Cláudio Dalledone Júnior apresentou, na tarde desta quinta-feira, as alegações finais da defesa do atleta.
Por correio eletrônico, a defesa foi protocolada no Fórum de Contagem (MG), pouco antes de expirar o prazo final dado pela juíza Marixa Fabiane Lopes Rodrigues, da Vara Criminal daquele município.
Dalledone não quis comentar o teor das alegações, mas afirmou que na próxima segunda-feira estará no presídio de Contagem para uma visita a Bruno e para colocá-lo a par do andamento da defesa. Já na terça-feira, o criminalista estará em Brasília, para fazer a sustentação oral de um pedido de um habeas-corpus impetrado em favor do atleta.
Quanto à possibilidade de outro advogado vir a participar da defesa do goleiro, Dalledone afirmou no final da tarde desta quinta que desconhecia qualquer iniciativa neste sentido. Porém, "se for da vontade de Bruno e se o profissional estiver imbuído das melhores intenções, não haverá impedimento por parte dele".
Por correio eletrônico, a defesa foi protocolada no Fórum de Contagem (MG), pouco antes de expirar o prazo final dado pela juíza Marixa Fabiane Lopes Rodrigues, da Vara Criminal daquele município.
Dalledone não quis comentar o teor das alegações, mas afirmou que na próxima segunda-feira estará no presídio de Contagem para uma visita a Bruno e para colocá-lo a par do andamento da defesa. Já na terça-feira, o criminalista estará em Brasília, para fazer a sustentação oral de um pedido de um habeas-corpus impetrado em favor do atleta.
Quanto à possibilidade de outro advogado vir a participar da defesa do goleiro, Dalledone afirmou no final da tarde desta quinta que desconhecia qualquer iniciativa neste sentido. Porém, "se for da vontade de Bruno e se o profissional estiver imbuído das melhores intenções, não haverá impedimento por parte dele".
Vizinho confessa assassinato de candidata a miss, diz polícia
Caren Brum Paim concorria ao Miss Itália Nel Mondo.
Rapaz não ficou preso porque não houve flagrante.
Um rapaz de 24 anos confessou em depoimento, nesta sexta-feira (3), o assassinato da candidata do concurso Miss Itália Nel Mondo Caren Brum Paim, de 22 anos, segundo a polícia.
A modelo foi encontrada morta em Caxias do Sul (RS) na quarta-feira (1º). Ela vivia em Caxias do Sul há quatro anos e estudava Ciência da Computação. O corpo foi enterrado em Bagé (RS), na quinta-feira (2).
O rapaz, que seria vizinho da jovem, teria comparecido espontaneamente à delegacia para prestar o depoimento. Mesmo após ter confessado o crime, segundo a polícia, ele não ficou preso porque não houve flagrante.
Ainda segundo a polícia, o crime teria sido cometido na casa do rapaz na terça-feira (30). Após o crime, com a ajuda da mãe, ele teria colocado a jovem morta no carro e seguido para a Zona Rural de Caxias do Sul, onde abandonou o corpo.
Segundo a polícia, ele poderá ser responsabilizado por homicídio e a mãe, por ocultação de cadáver.
O rapaz disse que era ex-namorado de Caren, porém a família da jovem nega o relacionamento e afirma que a modelo morava com outro rapaz desde o início deste ano.
Rapaz não ficou preso porque não houve flagrante.
Um rapaz de 24 anos confessou em depoimento, nesta sexta-feira (3), o assassinato da candidata do concurso Miss Itália Nel Mondo Caren Brum Paim, de 22 anos, segundo a polícia.
A modelo foi encontrada morta em Caxias do Sul (RS) na quarta-feira (1º). Ela vivia em Caxias do Sul há quatro anos e estudava Ciência da Computação. O corpo foi enterrado em Bagé (RS), na quinta-feira (2).
O rapaz, que seria vizinho da jovem, teria comparecido espontaneamente à delegacia para prestar o depoimento. Mesmo após ter confessado o crime, segundo a polícia, ele não ficou preso porque não houve flagrante.
Ainda segundo a polícia, o crime teria sido cometido na casa do rapaz na terça-feira (30). Após o crime, com a ajuda da mãe, ele teria colocado a jovem morta no carro e seguido para a Zona Rural de Caxias do Sul, onde abandonou o corpo.
Segundo a polícia, ele poderá ser responsabilizado por homicídio e a mãe, por ocultação de cadáver.
O rapaz disse que era ex-namorado de Caren, porém a família da jovem nega o relacionamento e afirma que a modelo morava com outro rapaz desde o início deste ano.
Marcadores:
violência,
violência contra a mulher
Acusada de agredir a irmã de 83 anos é presa por tortura
Segundo o depoimento que prestou à polícia, a acusada disse que é inocente, que nunca a havia machucado. As agressões costumavam acontecer pela manhã, quando dava banho na irmã
Brasil Urgente
Marcadores:
idoso,
maus tratos
Amigos deixam mensagens nas redes sociais para estudante universitária morta em Caxias do Sul
Caren Brum Paim era uma das representantes gaúchas no Miss Itália Nel Mondo
Por meio das redes sociais, amigos da estudante universitária e representante gaúcha no Miss Itália Nel Mondo Caren Brum Paim, 22 anos, de Bagé, deixaram mensagens de conforto aos familiares da vítima e deram adeus.
Pelo Facebook, Giovana Felix postou "Descanse em paz, querida.". Iuri Pereira declarou "Vá com Deus, minha rainha, meu tudo, minha vida! Sei que o céu está em festa hoje! Brilhe e encante aí em cima como sempre fez aqui em baixo. Amor da minha vida, sempre!".
Amigos de Caren deixaram mensagens de adeus via Facebook
No Orkut, Luciano Lima escreveu "Caren, amiga, nunca vou te esquecer. Fico feliz em ter te conhecido. Você é e sempre vai ser muito especial! Sei que onde você está agora será rodeada de pessoas que cuidarão de ti (...)". Dany Witt comentou "Miss, vá com Deus. Serás nossa eterna miss".
Caren foi encontrada morta, quarta-feira, nas margens da Rota do Sol, em Fazenda Souza, área rural de Caxias. Ela foi vista com vida pela última vez na segunda-feira, por volta das 20h, na saída de uma academia, no bairro Desvio Rizzo.
Devem prestar depoimentos à polícia nesta sexta-feira os pais (Sônia e Pedro), três irmãos (Dionatan, Rafaela e Suélen) e o namorado com quem ela se relacionava desde os 13 anos.
Natural de Bagé, Caren morava havia quatro anos em Caxias, onde cursava Ciências da Computação e trabalhava em uma loja. O corpo da estudante, que seria uma das três representantes do Rio Grande do Sul na etapa nacional do Miss Itália Nel Mondo, em maio, foi localizado com um fio enrolado no pescoço e hematomas nas costas e no rosto.
Dois homens são apontados pela família como suspeitos de envolvimento na morte da jovem: um vizinho de Caren, de 19 anos, e um professor universitário.
O vizinho prestou depoimento à polícia na quinta-feira, negando participação no crime. Ele também comentou o fato de ter sido visto discutindo com a vítima na noite do dia 19 de novembro, durante a festa de 10 anos da Revista Almanaque (do Pioneiro), no Havana, no Largo da Estação Férrea, em Caxias.
Caren foi sepultada no cemitério de Bagé na tarde de quinta-feira.
PIONEIRO.COM
Zero Hora
Por meio das redes sociais, amigos da estudante universitária e representante gaúcha no Miss Itália Nel Mondo Caren Brum Paim, 22 anos, de Bagé, deixaram mensagens de conforto aos familiares da vítima e deram adeus.
Pelo Facebook, Giovana Felix postou "Descanse em paz, querida.". Iuri Pereira declarou "Vá com Deus, minha rainha, meu tudo, minha vida! Sei que o céu está em festa hoje! Brilhe e encante aí em cima como sempre fez aqui em baixo. Amor da minha vida, sempre!".
Amigos de Caren deixaram mensagens de adeus via Facebook
No Orkut, Luciano Lima escreveu "Caren, amiga, nunca vou te esquecer. Fico feliz em ter te conhecido. Você é e sempre vai ser muito especial! Sei que onde você está agora será rodeada de pessoas que cuidarão de ti (...)". Dany Witt comentou "Miss, vá com Deus. Serás nossa eterna miss".
Caren foi encontrada morta, quarta-feira, nas margens da Rota do Sol, em Fazenda Souza, área rural de Caxias. Ela foi vista com vida pela última vez na segunda-feira, por volta das 20h, na saída de uma academia, no bairro Desvio Rizzo.
Devem prestar depoimentos à polícia nesta sexta-feira os pais (Sônia e Pedro), três irmãos (Dionatan, Rafaela e Suélen) e o namorado com quem ela se relacionava desde os 13 anos.
Natural de Bagé, Caren morava havia quatro anos em Caxias, onde cursava Ciências da Computação e trabalhava em uma loja. O corpo da estudante, que seria uma das três representantes do Rio Grande do Sul na etapa nacional do Miss Itália Nel Mondo, em maio, foi localizado com um fio enrolado no pescoço e hematomas nas costas e no rosto.
Dois homens são apontados pela família como suspeitos de envolvimento na morte da jovem: um vizinho de Caren, de 19 anos, e um professor universitário.
O vizinho prestou depoimento à polícia na quinta-feira, negando participação no crime. Ele também comentou o fato de ter sido visto discutindo com a vítima na noite do dia 19 de novembro, durante a festa de 10 anos da Revista Almanaque (do Pioneiro), no Havana, no Largo da Estação Férrea, em Caxias.
Caren foi sepultada no cemitério de Bagé na tarde de quinta-feira.
PIONEIRO.COM
Zero Hora
Marcadores:
violência,
violência contra a mulher
Polícia prende suspeito de tráfico que teria fugido do Alemão
Segundo PM, ele é suspeito de ser o gerente do tráfico da Fazendinha.
Ele foi preso na esquina da Intendente Magalhães com a Cândido Benício.
Policiais do 9º BPM (Rocha Miranda) prenderam, na noite desta quinta-feira (2), um suspeito de envolvimento com o tráfico de drogas, em Campinho, no subúrbio do Rio. Segundo a Polícia Militar, ele é suspeito de ser o gerente do tráfico da Favela da Fazendinha, no Conjunto de Favelas do Alemão, na Penha, na Zona Norte do Rio.
O suspeito foi preso em flagrante por volta das 23h, na esquina da Estrada Intendente Magalhães com a Rua Cândido Benício. De acordo com a PM, o homem foi localizado após denúncias anônimas. A PM informou que o suspeito foi rendido pelos policiais quando passava de van pelo local.
A polícia acredita que o criminoso pretendia seguir para Jacarepaguá, na Zona Oeste, onde seria abrigado por conhecidos. Os policiais montaram uma operação para chegar ao suspeito, que estava desarmado e não resistiu à prisão. O caso está sendo registrado na 30ª DP (Marechal Hermes).
A polícia investiga se o suspeito estava entre os criminosos que participaram da resistência às ocupações da Vila Cruzeiro e do Alemão, na semana passada. Ainda segundo a PM, na delegacia, o suspeito confessou que fugiu da polícia por uma galeria de esgoto da região no dia da ocupação das forças de segurança.
Três bazucas apreendidas em menos de 48 horas
Policiais militares do 24º BPM (Queimados) apreenderam, nesta quinta-feira (2), uma bazuca, em Engenheiro Pedreira, na Baixada Fluminense. Segundo a Polícia Militar, a arma estava escondida numa casa, na Rua Estrela Dalva, no bairro Guandu. Essa foi a terceira bazuca apreendida no Rio em menos de 48 horas.
Mais cedo, a PM encontrou uma bazuca antitanque que estava escondida numa fossa no Areal, no Conjunto de Favelas do Alemão, na Penha, na Zona Norte. Um dia antes, os policiais já tinham apreendido uma outra bazuca dentro de uma casa na localidade do Coqueiral, também no Alemão.
De acordo com policiais do 24º BPM, a terceira bazuca foi encontrada após uma denúncia de que traficantes do Conjunto de Favelas do Alemão teriam fugido para Engenheiro Pedreira. A arma estava escondida no teto de uma casa abandonada. Os PMs também apreenderam 20 quilos de maconha prensada. Não houve confrontos e ninguém foi preso.
Também nesta quinta-feira, a PM encontrou uma bazuca - modelo AT-4, usado pelo exército americano na guerra do Iraque - por volta das 14h45, no Areal. A arma foi localizada em um beco e foi levada para o 16º BPM (Olaria). Segundo o coronel Lima Castro, relações públicas da PM, até as 17h30 desta quinta a bazuca não tinha sido examinada, mas mesmo assim o oficial acredita que ela seja de uso restrito das Forças Armadas.
No início da tarde de quarta-feira (1º), policiais do 3º BPM (Méier) encontraram um outro armamento pesado das Forças Armadas escondido no alicerce de uma casa na localidade do Coqueiral, no Conjuntos de Favelas do Alemão. Procurado pelo G1, o Comando Militar do Leste informou que a bazuca possivelmente seria da década de 40 (II Guerra mundial)".
Metralhadora apreendida
No começo da tarde desta quinta-feira (2), uma metralhadora antiaérea tinha sido apreendida por homens da Delegacia de Combate às Drogas (DCOD). A metralhadora estava enterrada no quintal do imóvel e só foi localizada depois da checagem de uma denúncia anônima. Na casa também foram apreendidas cocaína, maconha, munição calibre .50, uma balança e facões. Segundo o investigador Sidnei Araújo, a arma é capaz de provocar estragos em um veículo blindado e derrubar um helicóptero.
G1
Dia Internacional das Pessoas com deficiência
o 3 de dezembro é comemorado no mundo inteiro
Nesta sexta-feira, 3 de dezembro, comemora-se o Dia Internacional das Pessoas com Deficiência. A escolha foi feita pela Assembléia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) ao declarar - através da Resolução 47/3, de outubro de 1991 – o 3 de dezembro como o Dia Internacional das Pessoas com Deficiência.
A data é comemorada desde 1992, no mundo todo. O objetivo de lembrar este dia é gerar conscientização, compromisso e ações que incluam os deficientes físicos no mundo.
O 3 de dezembro coincide com o dia da adoção do Programa de Ação Mundial para as Pessoas com Deficiência pela Assembléia Geral da ONU, em 1982.
O vice-presidente do CPB, Mizael Conrado, bicampeão paraolímpico de Fut 5 e eleito melhor jogador do Mundo em 98, considera que a data
“Mais do que um dia que homenageia o segmento, essa data é um marco histórico. A ONU, que representa vários países, mostrou ao mundo a relevância de valorizar as pessoas com deficiência”, opinou Mizael Conrado.
Media Guide Comunicação
Assessoria de Imprensa do Comitê Paraolímpico Brasileiro
Diogo Mourão (diogo@mediaguide.com.br
Nesta sexta-feira, 3 de dezembro, comemora-se o Dia Internacional das Pessoas com Deficiência. A escolha foi feita pela Assembléia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) ao declarar - através da Resolução 47/3, de outubro de 1991 – o 3 de dezembro como o Dia Internacional das Pessoas com Deficiência.
A data é comemorada desde 1992, no mundo todo. O objetivo de lembrar este dia é gerar conscientização, compromisso e ações que incluam os deficientes físicos no mundo.
O 3 de dezembro coincide com o dia da adoção do Programa de Ação Mundial para as Pessoas com Deficiência pela Assembléia Geral da ONU, em 1982.
O vice-presidente do CPB, Mizael Conrado, bicampeão paraolímpico de Fut 5 e eleito melhor jogador do Mundo em 98, considera que a data
“Mais do que um dia que homenageia o segmento, essa data é um marco histórico. A ONU, que representa vários países, mostrou ao mundo a relevância de valorizar as pessoas com deficiência”, opinou Mizael Conrado.
Media Guide Comunicação
Assessoria de Imprensa do Comitê Paraolímpico Brasileiro
Diogo Mourão (diogo@mediaguide.com.br
/ 21 8301-0149)
Manoela Penna (manoela@mediaguide.com.br)
Manoela Penna (manoela@mediaguide.com.br)
/ 21 8301-0123)
Em Brasília
Thalita Kalix (Media Guide) - (thalita.kalix@cpb.org.br
Thalita Kalix (Media Guide) - (thalita.kalix@cpb.org.br
/ 61 3031 3035 / 61 8161 9271)
Janaína Lazzaretti (CPB) – (janaina.lazzaretti@cpb.org.br
Janaína Lazzaretti (CPB) – (janaina.lazzaretti@cpb.org.br
/ 61 3031 3035 / 61 8161 9271)
Execução de iraniana foi assistida por ex-amante e família da vítima
Segundo relatos, iraniana passou seus últimos momentos chorando
A iraniana Shahla Jahed, enforcada nesta quarta-feira sob acusação de homicídio em Teerã, foi executada na presença de seu ex-amante e da família da vítima – que era a esposa oficial dele.
Jahed foi acusada de matar a facadas, em 2002, Laleh Saharkhizan, mulher de Naser Mohammadkhani, seu ex-amante e estrela do futebol que alcançou fama nos anos 80 e 90.
A condenação de Jahed foi baseada em uma suposta confissão, que ela depois disse ser falsa durante um julgamento público.
Segundo relato obtido pelo jornal britânico The Times, Jahed passou seus últimos momentos chorando, com a corda amarrada em seu pescoço, enquanto Mohammadkhani, o ex-amante, observava em silêncio.
De acordo com o Times, o filho do atleta foi quem empurrou a cadeira onde Jahed estava sentada, levando a cabo a execução. Já segundo a imprensa iraniana, esse papel coube ao irmão de Saharkhizan.
Segundo a Anistia Internacional, que fez campanha contra a pena de morte de Jahed, a lei iraniana permite que, em caso de assassinato, a família da vítima participe da execução do condenado pelo crime. A família também pode perdoar o condenado e aceitar uma compensação.
A Anistia Internacional disse à BBC Brasil acreditar que Jahed foi torturada e forçada a confessar o assassinato.
Últimos momentos
O advogado de Jahed, Abdolsamad Khorramshahi, descreveu ao Times os últimos momentos de sua cliente.
“Ela só chorava. Não dizia nada. Pedi-lhe que falasse algo, mas ela só chorava”, declarou.
“Até o último momento, a família da vítima não deu consentimento (para cancelar a execução). Todos na sala lhes pediram que a perdoassem, mas infelizmente eles não aceitaram." O perdão dos parentes da vítima seria o suficiente para evitar o enforcamento.
"Naser Mohammadkhani também estava lá e não disse nada”, agregou o advogado.
Esposa temporária
Em seu julgamento, Jahed foi retratada como uma fã obcecada de Mohammadkhani.
O caso trouxe à tona a vida dupla do esportista, que tinha Jahed como “esposa temporária” enquanto mantinha casamento e filhos com a vítima, Saharkhizan.
Autorizado pela lei iraniana, um casamento temporário pode durar de alguns dias a alguns anos, desde que o marido arque com as despesas da mulher. A união pode, em seguida, ser anulada ou renovada.
Críticos do regime qualificam o casamento temporário como uma forma de “prostituição legalizada”.
O caso de Jahed repercutiu internacionalmente em meio a críticas ao Irã pela possível condenação à morte de Sakineh Ashtiani, também condenada por assassinato e que, segundo grupos de direitos humanos, também foi forçada a confessar.
Jahed foi acusada de matar a facadas, em 2002, Laleh Saharkhizan, mulher de Naser Mohammadkhani, seu ex-amante e estrela do futebol que alcançou fama nos anos 80 e 90.
A condenação de Jahed foi baseada em uma suposta confissão, que ela depois disse ser falsa durante um julgamento público.
Segundo relato obtido pelo jornal britânico The Times, Jahed passou seus últimos momentos chorando, com a corda amarrada em seu pescoço, enquanto Mohammadkhani, o ex-amante, observava em silêncio.
De acordo com o Times, o filho do atleta foi quem empurrou a cadeira onde Jahed estava sentada, levando a cabo a execução. Já segundo a imprensa iraniana, esse papel coube ao irmão de Saharkhizan.
Segundo a Anistia Internacional, que fez campanha contra a pena de morte de Jahed, a lei iraniana permite que, em caso de assassinato, a família da vítima participe da execução do condenado pelo crime. A família também pode perdoar o condenado e aceitar uma compensação.
A Anistia Internacional disse à BBC Brasil acreditar que Jahed foi torturada e forçada a confessar o assassinato.
Últimos momentos
O advogado de Jahed, Abdolsamad Khorramshahi, descreveu ao Times os últimos momentos de sua cliente.
“Ela só chorava. Não dizia nada. Pedi-lhe que falasse algo, mas ela só chorava”, declarou.
“Até o último momento, a família da vítima não deu consentimento (para cancelar a execução). Todos na sala lhes pediram que a perdoassem, mas infelizmente eles não aceitaram." O perdão dos parentes da vítima seria o suficiente para evitar o enforcamento.
"Naser Mohammadkhani também estava lá e não disse nada”, agregou o advogado.
Esposa temporária
Em seu julgamento, Jahed foi retratada como uma fã obcecada de Mohammadkhani.
O caso trouxe à tona a vida dupla do esportista, que tinha Jahed como “esposa temporária” enquanto mantinha casamento e filhos com a vítima, Saharkhizan.
Autorizado pela lei iraniana, um casamento temporário pode durar de alguns dias a alguns anos, desde que o marido arque com as despesas da mulher. A união pode, em seguida, ser anulada ou renovada.
Críticos do regime qualificam o casamento temporário como uma forma de “prostituição legalizada”.
O caso de Jahed repercutiu internacionalmente em meio a críticas ao Irã pela possível condenação à morte de Sakineh Ashtiani, também condenada por assassinato e que, segundo grupos de direitos humanos, também foi forçada a confessar.
quinta-feira, 2 de dezembro de 2010
OAB suspende licença de advogados de traficantes presos
Os três são suspeitos de transmitir mensagens dos criminosos.
Eles defendem Marcinho VP e Elias Maluco; suspensão vale por 90 dias.
A Ordem dos Advogados do Brasil do Rio (OAB-RJ) decidiu suspender temporariamente, durante audiência na tarde desta quinta-feira (2), as licenças dos três advogados suspeitos de repassar informações de traficantes presos envolvidos nos ataques violentos promovidos recentemente no Rio de Janeiro.
Eles não poderão exercer a profissão por 90 dias, até o final do processo interno que pode puni-los com a exclusão definitiva da Ordem. Segundo a assessoria da OAB, "há uma repercussão geral negativa à imagem da advocacia", o que justificaria a suspensão preventiva.
Os advogados acusados, que defendem Márcio Santos Nepomuceno, o Marcinho VP, e Elias Pereira da Silva, o Elias Maluco, tiveram prisão decretada pela Justiça na sexta-feira (26) e até o começo desta noite continuavam foragidos.
Os três advogados são acusados de transmitir ordens dos traficantes encarcerados, por bilhetes ou verbalmente, aos demais integrantes das quadrilhas, no Rio. Eles foram denunciados por associação ao tráfico e por colaborar como informantes da quadrilha. Se condenados pela Justiça, podem pegar até 15 anos de prisão.
Eles defendem Marcinho VP e Elias Maluco; suspensão vale por 90 dias.
A Ordem dos Advogados do Brasil do Rio (OAB-RJ) decidiu suspender temporariamente, durante audiência na tarde desta quinta-feira (2), as licenças dos três advogados suspeitos de repassar informações de traficantes presos envolvidos nos ataques violentos promovidos recentemente no Rio de Janeiro.
Eles não poderão exercer a profissão por 90 dias, até o final do processo interno que pode puni-los com a exclusão definitiva da Ordem. Segundo a assessoria da OAB, "há uma repercussão geral negativa à imagem da advocacia", o que justificaria a suspensão preventiva.
Os advogados acusados, que defendem Márcio Santos Nepomuceno, o Marcinho VP, e Elias Pereira da Silva, o Elias Maluco, tiveram prisão decretada pela Justiça na sexta-feira (26) e até o começo desta noite continuavam foragidos.
Os três advogados são acusados de transmitir ordens dos traficantes encarcerados, por bilhetes ou verbalmente, aos demais integrantes das quadrilhas, no Rio. Eles foram denunciados por associação ao tráfico e por colaborar como informantes da quadrilha. Se condenados pela Justiça, podem pegar até 15 anos de prisão.
Testemunhas dizem ter visto estudante da USP cambalear antes de morrer
Estudante de 42 anos estava no gramado da praça do Relógio quando foi encontrado pela guarda universitária
Universidade afirma que corpo foi encontrado sem vida no campus da Cidade Universitária
Testemunhas disseram à polícia que o estudante da USP (Universidade de São Paulo), de 42 anos, que morreu na manhã desta quinta-feira (2) desceu de um ônibus passando mal, cambaleou e caiu na praça do Relógio Solar, na Cidade Universitária. Essa informação contraria a versão passada pela USP de que quando a Guarda Universitária chegou ao local o estudante já estava morto.
Segundo um dos diretores do Sintusp (Sindicato dos Trabalhadores da USP), Claudionor Brandão, ele estava em um carro de som no momento da ocorrência e outras pessoas solicitaram ajuda.
- Uma moça mediu e viu que o pulso dele estava fraco. Antes que eu tocasse nele chegou uma viatura da Guarda Universitária. Eles acionaram a Central de Segurança e foi informado que o socorro demoraria. Sendo assim, fiz contato com uma colega e ela ligou para o Hospital Universitário. Lá, informaram que eles não prestam atendimento no campus, apenas dentro do hospital.
Questionada sobre o fato, a assessoria de imprensa da USP reafirma que quando a Guarda Universitária chegou ao local o estudante já estava morto, pois o órgão jamais deixaria de atender uma pessoa por questões burocráticas. O delegado Leonardo Manuel de França, que esteve no local, informou que o corpo não apresentava sinais de violência.
Samuel de Souza foi encontrado morto às 10h30 desta quinta-feira (2), na Cidade Universitária, zona oeste de São Paulo. Por meio de nota, a USP informou que Souza era aluno da graduação da FFLCH (Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas) e morava no conjunto residencial da USP.
A universidade lamentou a ocorrência. A Coseas (Coordenaria de Assistência Social) da universidade já entrou em contato com a família do rapaz, informou a USP. A pedido da família, o corpo será levado para a cidade de Juazeiro (BA) e já foi encaminhado ao IML (Instituto Médico Legal).
Outros casos
A Universidade de São Paulo soma outros casos envolvendo mortes de estudantes dentro de seus campi. O mais famoso deles é o de Edison Tsung Chi Hsuen, calouro do curso de medicina, que morreu afogado durante um trote na piscina da Associação Atlética da USP, em 1999.
Os acusados eram veteranos de medicina, que foram denunciados por homicídio qualificado e por afogamento. No entanto, os então médicos formados foram inocentados pelo Superior Tribunal de Justiça sete anos mais tarde, por “falta de justa causa a embasar a denúncia”.
Josimara Silva
R7
Testemunhas disseram à polícia que o estudante da USP (Universidade de São Paulo), de 42 anos, que morreu na manhã desta quinta-feira (2) desceu de um ônibus passando mal, cambaleou e caiu na praça do Relógio Solar, na Cidade Universitária. Essa informação contraria a versão passada pela USP de que quando a Guarda Universitária chegou ao local o estudante já estava morto.
Segundo um dos diretores do Sintusp (Sindicato dos Trabalhadores da USP), Claudionor Brandão, ele estava em um carro de som no momento da ocorrência e outras pessoas solicitaram ajuda.
- Uma moça mediu e viu que o pulso dele estava fraco. Antes que eu tocasse nele chegou uma viatura da Guarda Universitária. Eles acionaram a Central de Segurança e foi informado que o socorro demoraria. Sendo assim, fiz contato com uma colega e ela ligou para o Hospital Universitário. Lá, informaram que eles não prestam atendimento no campus, apenas dentro do hospital.
Questionada sobre o fato, a assessoria de imprensa da USP reafirma que quando a Guarda Universitária chegou ao local o estudante já estava morto, pois o órgão jamais deixaria de atender uma pessoa por questões burocráticas. O delegado Leonardo Manuel de França, que esteve no local, informou que o corpo não apresentava sinais de violência.
Samuel de Souza foi encontrado morto às 10h30 desta quinta-feira (2), na Cidade Universitária, zona oeste de São Paulo. Por meio de nota, a USP informou que Souza era aluno da graduação da FFLCH (Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas) e morava no conjunto residencial da USP.
A universidade lamentou a ocorrência. A Coseas (Coordenaria de Assistência Social) da universidade já entrou em contato com a família do rapaz, informou a USP. A pedido da família, o corpo será levado para a cidade de Juazeiro (BA) e já foi encaminhado ao IML (Instituto Médico Legal).
Outros casos
A Universidade de São Paulo soma outros casos envolvendo mortes de estudantes dentro de seus campi. O mais famoso deles é o de Edison Tsung Chi Hsuen, calouro do curso de medicina, que morreu afogado durante um trote na piscina da Associação Atlética da USP, em 1999.
Os acusados eram veteranos de medicina, que foram denunciados por homicídio qualificado e por afogamento. No entanto, os então médicos formados foram inocentados pelo Superior Tribunal de Justiça sete anos mais tarde, por “falta de justa causa a embasar a denúncia”.
Josimara Silva
R7
Marcadores:
acidentes,
educação,
negligência
População do Rio deve ajudar a manter a própria segurança, diz especialista
As autoridades estão preocupadas com o destino dos traficantes que fugiram das comunidades do Rio de Janeiro. A ex-secretaria nacional de Justiça, Elizabeth Sussekind, afirma que a população tem um papel fundamental em manter a própria segurança, inclusive controlando os abusos praticados tanto por policiais quanto por criminosos.
Uma forma de fazer isso, segundo ela, que também coordena o Núcleo de Estudos sobre Justiça Criminal e Segurança Pública da Unirio (Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro), é ajudar a polícia a localizar os foragidos. “Lamentavelmente os retratos dessas pessoas não estão sendo divulgados, somente os mais conhecidos da população podem ser identificados”, criticou em entrevista à Rádio Nacional.
As polícias do Brasil inteiro estão muito preocupadas com a questão da fuga dos traficantes do Rio de Janeiro. O receio é que eles migrem para outros estados. A Polícia Rodoviária Federal está tentando tomar medidas de contenção nas fronteiras estaduais.
“A situação é preocupante, pois se a polícia não conseguiu conter a fuga em massa de uma área cercada, dificilmente conseguirá evitar que muitos deles se movam para outros estados.”
Uma forma de fazer isso, segundo ela, que também coordena o Núcleo de Estudos sobre Justiça Criminal e Segurança Pública da Unirio (Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro), é ajudar a polícia a localizar os foragidos. “Lamentavelmente os retratos dessas pessoas não estão sendo divulgados, somente os mais conhecidos da população podem ser identificados”, criticou em entrevista à Rádio Nacional.
As polícias do Brasil inteiro estão muito preocupadas com a questão da fuga dos traficantes do Rio de Janeiro. O receio é que eles migrem para outros estados. A Polícia Rodoviária Federal está tentando tomar medidas de contenção nas fronteiras estaduais.
“A situação é preocupante, pois se a polícia não conseguiu conter a fuga em massa de uma área cercada, dificilmente conseguirá evitar que muitos deles se movam para outros estados.”
Brasil precisa consolidar educação pré-primária e diminuir a repetência
Relatório da Unesco levou em conta metas do projeto Educação para Todos e princípios do Projeto Regional de Educação para a América Latina e o Caribe
Um relatório da Unesco identificou que o Brasil ainda precisa avançar na consolidação da educação pré-primária no país e diminuir o alto índice de repetência entre alunos do nível primário e secundário. Chamado “Situação da Educação no Brasil”, o relatório é uma prévia do estudo “Situação da Educação na América Latina e Caribe: Garantindo a Educação de Qualidade para Todos”, que será lançado em março de 2011.
De acordo com o estudo, em 2008 apenas 50% das crianças brasileiras entre 4 e 5 anos estavam matriculadas no nível pré-primário. Nos demais países da região, essa média é de 65,4%. Para a Unesco, o Brasil precisa planejar melhor suas políticas para a área, o que deve resultar em melhoras significativas em todo o sistema educacional. De acordo com o órgão, estudos comprovam que a participação do aluno no nível pré-primário tem um impacto positivo durante toda a sua vida estudantil.
Já a taxa de crianças brasileiras matriculadas no ensino primário está em 95%, um pouco abaixo da média regional (95,3%). O problema maior deste nível continua sendo a repetência. Cerca de 25% dos estudantes são repetentes, o que aumenta a probabilidade de uma vida escolar com baixo desempenho.
No que diz respeito aos estudantes matriculados no ensino secundário, a média brasileira está acima da regional, com 81% dos jovens de 12 a 17 anos matriculados. Na região, a média é de 72,8%.
Alfabetização chega a 98% dos jovens entre 15 e 24 anos
De acordo com o estudo, em 2008 cerca de 98% dos estudantes entre 15 e 24 anos eram alfabetizados. A média é maior do que a registrada na população total do Brasil com mais de 15 anos, em que somente 91,9% dos brasileiros são considerados nesta condição.
Para além da alfabetização, o maior desafio, segundo a Unesco, é melhorar a aprendizagem do português e da matemática no país. Ainda é alta a quantidade de estudantes que não tem um conhecimento mínimo das disciplinas. Na área da leitura, testes comprovaram que 32% dos alunos da terceira série e 15,5% dos alunos da sexta não conseguiram atingir um nível acima do básico. No que se refere à aprendizagem de matemática, 47% dos alunos da terceira série e 15,5% da sexta tem um conhecimento considerado apenas básico da disciplina.
Outros dados do estudo também comprovam que os alunos em situação de pobreza e aqueles oriundos da zona rural são os que mais têm dificuldade de concluir seus estudos no país. Já entre os indígenas e os afro-descentes, a desistência do estudo é maior conforme aumenta o nível educacional.
Um relatório da Unesco identificou que o Brasil ainda precisa avançar na consolidação da educação pré-primária no país e diminuir o alto índice de repetência entre alunos do nível primário e secundário. Chamado “Situação da Educação no Brasil”, o relatório é uma prévia do estudo “Situação da Educação na América Latina e Caribe: Garantindo a Educação de Qualidade para Todos”, que será lançado em março de 2011.
De acordo com o estudo, em 2008 apenas 50% das crianças brasileiras entre 4 e 5 anos estavam matriculadas no nível pré-primário. Nos demais países da região, essa média é de 65,4%. Para a Unesco, o Brasil precisa planejar melhor suas políticas para a área, o que deve resultar em melhoras significativas em todo o sistema educacional. De acordo com o órgão, estudos comprovam que a participação do aluno no nível pré-primário tem um impacto positivo durante toda a sua vida estudantil.
Já a taxa de crianças brasileiras matriculadas no ensino primário está em 95%, um pouco abaixo da média regional (95,3%). O problema maior deste nível continua sendo a repetência. Cerca de 25% dos estudantes são repetentes, o que aumenta a probabilidade de uma vida escolar com baixo desempenho.
No que diz respeito aos estudantes matriculados no ensino secundário, a média brasileira está acima da regional, com 81% dos jovens de 12 a 17 anos matriculados. Na região, a média é de 72,8%.
Alfabetização chega a 98% dos jovens entre 15 e 24 anos
De acordo com o estudo, em 2008 cerca de 98% dos estudantes entre 15 e 24 anos eram alfabetizados. A média é maior do que a registrada na população total do Brasil com mais de 15 anos, em que somente 91,9% dos brasileiros são considerados nesta condição.
Para além da alfabetização, o maior desafio, segundo a Unesco, é melhorar a aprendizagem do português e da matemática no país. Ainda é alta a quantidade de estudantes que não tem um conhecimento mínimo das disciplinas. Na área da leitura, testes comprovaram que 32% dos alunos da terceira série e 15,5% dos alunos da sexta não conseguiram atingir um nível acima do básico. No que se refere à aprendizagem de matemática, 47% dos alunos da terceira série e 15,5% da sexta tem um conhecimento considerado apenas básico da disciplina.
Outros dados do estudo também comprovam que os alunos em situação de pobreza e aqueles oriundos da zona rural são os que mais têm dificuldade de concluir seus estudos no país. Já entre os indígenas e os afro-descentes, a desistência do estudo é maior conforme aumenta o nível educacional.
Marcadores:
"Em defesa da Infância",
Brasil,
educação
Promotor quer levar Bruno a júri popular
Pronunciamento de 8 dos 9 acusados da morte de Eliza foi sustentado em quebra de sigilo telefônico e testemunhos
O Ministério Público sustentou que são “robustas” as provas que levaram ao pronunciamento de oito dos nove réus pelo desaparecimento e suposto assassinato de Eliza Samudio. Os defensores dos acusados têm até amanhã para enviar à Justiça mineira as justificativas para tentar inocentar seus clientes do envolvimento nos crimes. Relatório de alegações finais do MP, entregue na sexta-feira pelo promotor de Justiça Gustavo Fantini de Castro à juíza Marixa Rodrigues, do Tribunal do Júri de Contagem, na Grande Belo Horizonte, requer que oito dos nove indiciados sejam levados a júri popular. Foram retiradas as denúncias sobre o motorista Flávio Caetano de Araújo, em liberdade desde sábado, por avaliar que não havia provas suficientes para incriminá-lo.
Nas alegações finais, cuja base foram os depoimentos dos acusados e a quebra de seus sigilos telefônicos, a promotoria considerou o ex-goleiro Bruno Fernandes, amante de Eliza, como o mentor e coordenador dos crimes de homicídio triplamente qualificado, sequestro e cárcere privado, ocultação de cadáver e corrupção de menor. “Todos obedeciam às ordens de Bruno. A afirmação de que ele não sabia que Eliza seria morta chega a ser pueril. Há provas mais que suficientes para a pronúncia e posterior condenação”, argumenta Fantini, que atribui a Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, a coautoria dos crimes. Dayanne Rodrigues do Carmo Souza, Fernanda Gomes de Castro, Sérgio Rosa Sales, Elenilson Vítor da Silva e Wemerson Marques de Souza também foram pronunciados pela prática dos mesmos delitos.
Já Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, foi pronunciado por homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver, sendo considerado o autor imediato do assassinato de Eliza. Já Flávio, depois de mais de quatro meses, teve a prisão preventiva revogada e pôde sair, sábado, da Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem.
Mas o advogado criminalista e professor de direito de processo penal do Centro Universitário UNA Frederico Horta ressalta que quem decide de fato quais acusados vão ao Tribunal do Júri é a juíza, ainda que “o juiz geralmente acolha o pedido do promotor”. Esse resultado será conhecido no dia 10, quando a juíza Marixa Ribeiro vai dar a sentença de pronúncia, informando quais vão a júri popular, que trata apenas de casos dolosos contra a vida.
O advogado do réu, Antônio da Costa Rolim, está confiante no afastamento de Flávio do caso. “Acredito com certeza que ele não irá a júri. Seria um contrassenso a juíza revogar a prisão preventiva e depois pronunciá-lo. Em minha estratégia de defesa, eu concordo com a tese do Ministério Público de que não há provas contra Flávio”, afirma Rolim. O defensor de Sérgio, Marco Antônio Siqueira, acredita que o pronunciamento do promotor ajudou a defesa do acusado. “Achei que fomos favorecidos, porque a pronúncia se baseia em depoimentos como o do menor, que já está desmoralizado. Nossa tese caminha no sentido de que Sérgio não é acusado, mas mera testemunha do crime”, afirma. Procurado pelo Estado de Minas, o advogado do goleiro Bruno, Cláudio Daledonne Junior, informou por meio da assessoria de imprensa, que está trabalhando nas alegações finais e, por enquanto, não comentaria o assunto.
O Ministério Público sustentou que são “robustas” as provas que levaram ao pronunciamento de oito dos nove réus pelo desaparecimento e suposto assassinato de Eliza Samudio. Os defensores dos acusados têm até amanhã para enviar à Justiça mineira as justificativas para tentar inocentar seus clientes do envolvimento nos crimes. Relatório de alegações finais do MP, entregue na sexta-feira pelo promotor de Justiça Gustavo Fantini de Castro à juíza Marixa Rodrigues, do Tribunal do Júri de Contagem, na Grande Belo Horizonte, requer que oito dos nove indiciados sejam levados a júri popular. Foram retiradas as denúncias sobre o motorista Flávio Caetano de Araújo, em liberdade desde sábado, por avaliar que não havia provas suficientes para incriminá-lo.
Nas alegações finais, cuja base foram os depoimentos dos acusados e a quebra de seus sigilos telefônicos, a promotoria considerou o ex-goleiro Bruno Fernandes, amante de Eliza, como o mentor e coordenador dos crimes de homicídio triplamente qualificado, sequestro e cárcere privado, ocultação de cadáver e corrupção de menor. “Todos obedeciam às ordens de Bruno. A afirmação de que ele não sabia que Eliza seria morta chega a ser pueril. Há provas mais que suficientes para a pronúncia e posterior condenação”, argumenta Fantini, que atribui a Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, a coautoria dos crimes. Dayanne Rodrigues do Carmo Souza, Fernanda Gomes de Castro, Sérgio Rosa Sales, Elenilson Vítor da Silva e Wemerson Marques de Souza também foram pronunciados pela prática dos mesmos delitos.
Já Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, foi pronunciado por homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver, sendo considerado o autor imediato do assassinato de Eliza. Já Flávio, depois de mais de quatro meses, teve a prisão preventiva revogada e pôde sair, sábado, da Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem.
Mas o advogado criminalista e professor de direito de processo penal do Centro Universitário UNA Frederico Horta ressalta que quem decide de fato quais acusados vão ao Tribunal do Júri é a juíza, ainda que “o juiz geralmente acolha o pedido do promotor”. Esse resultado será conhecido no dia 10, quando a juíza Marixa Ribeiro vai dar a sentença de pronúncia, informando quais vão a júri popular, que trata apenas de casos dolosos contra a vida.
O advogado do réu, Antônio da Costa Rolim, está confiante no afastamento de Flávio do caso. “Acredito com certeza que ele não irá a júri. Seria um contrassenso a juíza revogar a prisão preventiva e depois pronunciá-lo. Em minha estratégia de defesa, eu concordo com a tese do Ministério Público de que não há provas contra Flávio”, afirma Rolim. O defensor de Sérgio, Marco Antônio Siqueira, acredita que o pronunciamento do promotor ajudou a defesa do acusado. “Achei que fomos favorecidos, porque a pronúncia se baseia em depoimentos como o do menor, que já está desmoralizado. Nossa tese caminha no sentido de que Sérgio não é acusado, mas mera testemunha do crime”, afirma. Procurado pelo Estado de Minas, o advogado do goleiro Bruno, Cláudio Daledonne Junior, informou por meio da assessoria de imprensa, que está trabalhando nas alegações finais e, por enquanto, não comentaria o assunto.
Moradores aprovam medidas contra o tráfico, diz pesquisa do Ibope
Rio - Uma pesquisa divulgada, nesta quinta-feira, pelo Ibope, 88% da população do Rio de Janeiro declarou aprovar as medidas tomadas contra o tráfico de drogas no Estado nas últimas semanas. Foram feitas 1 mil entrevistas por telefone com residentes de todo o Estado do Rio de Janeiro, entre os dias 27 e 29 de novembro, e a margem de erro é de 3 pontos percentuais.
Ainda de acordo com a pesquisa, apenas 3% dos cariocas afirmaram desaprovar as medidas e 7% disseram que nem aprovam e nem desaprovam.
Perguntados quanto à sensação de segurança com as medidas adotadas, 41% sentem-se seguros e 30% disseram se sentir inseguros. Quando perguntadas sobre que tipo de lugar o Rio se tornaria no final da operação contra o tráfico, 70% dizem que será um lugar mais seguro, enquanto 17% disseram que não fará diferença. Outros 6% disseram que o Rio ficará mais inseguro.
A população do Rio de Janeiro também confia na capacidade da polícia em reprimir a ação dos bandidos, diz a pesquisa: 82% dos entrevistados entendem que ela é capaz e apenas 8% dizem que a polícia não é capaz.
Sobre a imagem do Rio no exterior após a operação, 69% dos entrevistados consideram que a imagem será melhor, 15% acreditam que a imagem ficará pior e 11% acham que não fará diferença.
Em relação à expectativa para o desfecho do conflito, 72% estão otimistas, 16% se dizem nem otimistas e nem pessimistas e 10% se sentem pessimistas.
Ainda de acordo com a pesquisa, apenas 3% dos cariocas afirmaram desaprovar as medidas e 7% disseram que nem aprovam e nem desaprovam.
Perguntados quanto à sensação de segurança com as medidas adotadas, 41% sentem-se seguros e 30% disseram se sentir inseguros. Quando perguntadas sobre que tipo de lugar o Rio se tornaria no final da operação contra o tráfico, 70% dizem que será um lugar mais seguro, enquanto 17% disseram que não fará diferença. Outros 6% disseram que o Rio ficará mais inseguro.
A população do Rio de Janeiro também confia na capacidade da polícia em reprimir a ação dos bandidos, diz a pesquisa: 82% dos entrevistados entendem que ela é capaz e apenas 8% dizem que a polícia não é capaz.
Sobre a imagem do Rio no exterior após a operação, 69% dos entrevistados consideram que a imagem será melhor, 15% acreditam que a imagem ficará pior e 11% acham que não fará diferença.
Em relação à expectativa para o desfecho do conflito, 72% estão otimistas, 16% se dizem nem otimistas e nem pessimistas e 10% se sentem pessimistas.
Ataques começaram no domingo ao meio-dia
A onda de ataques violentos no Rio e Grande Rio começou no domingo 21 de novembro, por volta do meio-dia, na Linha Vermelha, quando seis bandidos armados com cinco fuzis e uma granada fecharam a pista sentido Centro, altura de Vigário Geral. Os criminosos, em dois carros, levaram pertences de passageiros e queimaram dois veículos, após expulsarem os ocupantes. Para o secretário de Segurança Pública, José Mariano Beltrame, as ações criminosas são uma reação contra a política de ocupação de territórios do tráfico, por meio das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) e a transferências de bandidos para presídios federais em outros estados.
Na manhã da segunda-feira, cinco bandidos armados atacaram motoristas no Trevo das Margaridas, próximo à Avenida Brasil, em Irajá, também na Zona Norte. Os criminosos roubaram e incendiaram três veículos. No mesmo dia, criminosos armados com fuzis atiraram em uma cabine da PM na rua Monsenhor Félix, em frente ao Cemitério de Irajá. A PM acredita que o incidente tenha sido provocado pelos mesmos bandidos que haviam incendiado os três carros na mesma manhã. À noite, traficantes incendiaram dois carros na Rodovia Presidente Dutra, na altura da Pavuna. Foi o quinto ataque a motoristas em menos de 48 horas. Na Zona Norte, outra cabine da Polícia Militar foi metralhada.
No dia seguinte, as polícias Militar e Civil se uniram para reforçar o patrulhamento pelas ruas do Rio. O efetivo foi redobrado para controlar os ataques dos bandidos. A operação, que se chamou 'Fecha Quartel', suspendeu todas as folgas dos policiais militares do Rio de Janeiro. Mais de 20 favelas foram invadidas e armas e drogas foram apreendidas. Bandidos foram presos e alguns criminosos mortos em confronto com agentes.
Na quarta-feira 24 de novembro, novos ataques: ônibus, van e carros foram incendiados na Zona Norte do Rio, Baixada Fluminense e Niterói. Sérgio Cabral, governador do Rio, desafiou os bandidos: 'Não há paz falsa. Não negociamos'. Em uma reunião de cúpula da Segurança Pública do Estado, ficou decidido que a Marinha daria apoio logístico às operações de resposta aos ataques de bandidos.
Em mais um dia de veículos incendiados espalhados pela cidade, mais de 450 homens - entre polícias Militar e Civil e fuzileiros da Marinha, com o apoio de blindados de guerra da força naval, tomaram a Vila Cruzeiro, no Complexo da Penha. Emissoras de tv mostraram, ao vivo, centenas de bandidos armados fugindo para comunidades vizinhas. Cenas históricas que mostraram a atual situação do Rio de Janeiro. Na sexta-feira 26 de novembro, o Exército e a Polícia Federal entraram na batalha. No sábado, uma chance para traficantes locais. A Polícia Militar tentou a rendição dos cerca de 600 bandidos que estariam no Complexo do Alemão. Exatamente às 7h59 deste domingo, o comando da PM ordenou a invasão e poucos mais de 1 hora depois, o Estado comunicava que o conjunto de favelas estava tomado.
Homens vendem receita ilegal para remédio tarja preta em SP
Farmácias recusam prescrição comprada por R$ 100 na praça da Sé
A praça da Sé, no centro de São Paulo, abriga um esquema ilegal de venda de receitas azuis, usadas para a venda de remédios controlados, de tarja preta. Esse tipo de prescrição recebe uma numeração específica da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e só pode ser feita por médicos, mas por cerca de R$ 100 é possível comprar o documento.
O problema é que, além de ilegal, o esquema pode acabar em prejuízo para o comprador. Equipes da Rede Record tentaram usar a receita obtida no centro de São Paulo para comprar o medicamento Rivotril, mas o documento foi recusado em três das quatro farmácias visitadas.
Remédios tarja preta precisam de controle rigoroso, já que têm efeitos estimulantes sobre o sistema nervoso ou age como sedativo, podendo causar vício. Somente podem ser comprados com apresentação de uma receita de cor azul ou amarela, as duas controladas pela Vigilância Sanitária. A prescrição fica retida na farmácia.
R7
Marcadores:
irregularidades
Jovem escravizada por casal emociona tribunal francês .
Pais trocaram Sabrina Moreau por um carro usado
Cabisbaixa, franzina e tímida, a francesa Sabrina Moreau compareceu nesta terça-feira pela primeira vez ao tribunal onde estão sendo julgadas 12 pessoas, entre elas os seus pais, por delitos como maus-tratos, estupro e por tê-la mantido como escrava por pelo menos três anos.
Os crimes vieram à tona em 2006, quando um dos torturadores da jovem, na época com 26 anos, a depositou em frente a um hospital de Paris, chocando os médicos que prestaram os primeiros socorros à vítima. Sabrina pesava 34 kg - para cerca de 1,65m de altura -, estava imunda, com a cabeça raspada e tinha ferimentos graves espalhados pelo corpo, além de não ter mais quase nenhum dente na boca.
"Eu perdi até meu nome; eu era apenas uma escrava para todos. Era "escrava faz isso", "escrava faz aquilo", o tempo inteiro", relatou Sabrina, hoje uma mulher de 30 anos que vive escondida no norte do país, onde tenta reconstruir a vida. O julgamento acontece há duas semanas no Palácio de Justiça de Melun, distante 60 km de Paris, e deve se estender até o dia 17 de dezembro.
Ao longo desta terça-feira, Sabrina contou, continuamente aos prantos, como se viu envolvida em um esquema de escravidão do qual apenas conseguiu sair quando um dos moradores do acampamento decidiu colocar fim à exploração imposta a ela. O depoimento dela emocionou várias pessoas que acompanhavam a audiência na plateia, além de, no banco dos réus, comover também a mãe de Sabrina, Denise Moreau - uma dona de casa de 48 anos, cujas fracas capacidades intelectuais foram atestadas por psicólogos forenses.
O calvário da vítima se iniciou ainda na infância, quando vivia em meio à pobreza e à violência familiar, sendo acolhida em um centro de educação para menores em situação delicada dos 10 aos 18 anos. Na maioridade, ela voltou a morar com os pais em um acampamento de ciganos em Claye-Souilly. Acabou entrando na rede de confiança do casal Florence Carrasco, 36 anos, e Franck Franoux, 51, que alguns anos depois propôs ao pai de Sabrina, Daniel Moreau, 53, que partisse sem a filha em troca de um veículo, na época estimado em 750 euros (R$ 1.675).
O acordo foi fechado e, a partir de então, Sabrina foi mantida como prisioneira do casal, obrigada a realizar todas as atividades domésticas e a se prostituir. O dinheiro era embolsado por Florence e Franck. Certa vez, eles chegaram a surrar Sabrina quando descobriram que ela havia se submetido a um aborto. Razão: sem o filho, ela não teria direito a uma ajuda financeira prevista pelo governo francês, dinheiro que engordaria as economias dos Franoux.
"Eu chamava a Florence de irmã mais velha, de tanto que nos dávamos bem no início. Ela era legal comigo, e eu a considerava uma amiga", contou Sabrina ao júri, do qual fazem parte 12 jurados. "Depois é que ela começou a me bater e isso só piorou. Eu apanhava todos os dias. Se eu trabalhava direito, apanhava. Se deixava de fazer alguma coisa, apanhava ainda mais".
Jornale
Cabisbaixa, franzina e tímida, a francesa Sabrina Moreau compareceu nesta terça-feira pela primeira vez ao tribunal onde estão sendo julgadas 12 pessoas, entre elas os seus pais, por delitos como maus-tratos, estupro e por tê-la mantido como escrava por pelo menos três anos.
Os crimes vieram à tona em 2006, quando um dos torturadores da jovem, na época com 26 anos, a depositou em frente a um hospital de Paris, chocando os médicos que prestaram os primeiros socorros à vítima. Sabrina pesava 34 kg - para cerca de 1,65m de altura -, estava imunda, com a cabeça raspada e tinha ferimentos graves espalhados pelo corpo, além de não ter mais quase nenhum dente na boca.
"Eu perdi até meu nome; eu era apenas uma escrava para todos. Era "escrava faz isso", "escrava faz aquilo", o tempo inteiro", relatou Sabrina, hoje uma mulher de 30 anos que vive escondida no norte do país, onde tenta reconstruir a vida. O julgamento acontece há duas semanas no Palácio de Justiça de Melun, distante 60 km de Paris, e deve se estender até o dia 17 de dezembro.
Ao longo desta terça-feira, Sabrina contou, continuamente aos prantos, como se viu envolvida em um esquema de escravidão do qual apenas conseguiu sair quando um dos moradores do acampamento decidiu colocar fim à exploração imposta a ela. O depoimento dela emocionou várias pessoas que acompanhavam a audiência na plateia, além de, no banco dos réus, comover também a mãe de Sabrina, Denise Moreau - uma dona de casa de 48 anos, cujas fracas capacidades intelectuais foram atestadas por psicólogos forenses.
O calvário da vítima se iniciou ainda na infância, quando vivia em meio à pobreza e à violência familiar, sendo acolhida em um centro de educação para menores em situação delicada dos 10 aos 18 anos. Na maioridade, ela voltou a morar com os pais em um acampamento de ciganos em Claye-Souilly. Acabou entrando na rede de confiança do casal Florence Carrasco, 36 anos, e Franck Franoux, 51, que alguns anos depois propôs ao pai de Sabrina, Daniel Moreau, 53, que partisse sem a filha em troca de um veículo, na época estimado em 750 euros (R$ 1.675).
O acordo foi fechado e, a partir de então, Sabrina foi mantida como prisioneira do casal, obrigada a realizar todas as atividades domésticas e a se prostituir. O dinheiro era embolsado por Florence e Franck. Certa vez, eles chegaram a surrar Sabrina quando descobriram que ela havia se submetido a um aborto. Razão: sem o filho, ela não teria direito a uma ajuda financeira prevista pelo governo francês, dinheiro que engordaria as economias dos Franoux.
"Eu chamava a Florence de irmã mais velha, de tanto que nos dávamos bem no início. Ela era legal comigo, e eu a considerava uma amiga", contou Sabrina ao júri, do qual fazem parte 12 jurados. "Depois é que ela começou a me bater e isso só piorou. Eu apanhava todos os dias. Se eu trabalhava direito, apanhava. Se deixava de fazer alguma coisa, apanhava ainda mais".
Jornale
Marcadores:
direitos humanos,
estupro,
maus tratos,
violência
Sha-Lei, a panda-vermelho que ajudará a preservar a espécie
Sha-Lei, uma panda-vermelho de 18 meses que vive no zoológico Valley, em Edmonton, no Canadá, tem uma missão: ajudar a salvar sua espécie, que está em perigo de extinção, por conta da perda de habitat e caça ilegal. A fêmea foi levada hoje para o zoológico Henry Vilas, em Wisconsin, nos Estados Unidos, como parte de um projeto para garantir a sobrevivência desses mamíferos, nativos da Ásia.
De acordo com especialistas, Sha-Lei tem uma particularidade: ela tem uma origem genética diferente de outros pandas-vermelhos que vivem na América do Norte. Seus pais vieram do Japão, o que significa que ela poderá introduzir uma variedade de genes importante para a continuidade da espécie. O objetivo é que ela cruze com um panda-vermelho macho do zoológico de Cincinnati. “Nós temos feito um trabalho interessante na preservação dos pandas-vermelhos, com cinco desses animais no zoo. Achamos importante dividir essa experiência com outros zoológicos, para que a espécie não apenas sobreviva, mas prospere”, afirma a tratadora Sandy Helliker, de Edmonton.
Segundo o jornal Edmonton Sun, estima-se que existam apenas 50 pandas-vermelhos vivendo na América do Norte.
De acordo com especialistas, Sha-Lei tem uma particularidade: ela tem uma origem genética diferente de outros pandas-vermelhos que vivem na América do Norte. Seus pais vieram do Japão, o que significa que ela poderá introduzir uma variedade de genes importante para a continuidade da espécie. O objetivo é que ela cruze com um panda-vermelho macho do zoológico de Cincinnati. “Nós temos feito um trabalho interessante na preservação dos pandas-vermelhos, com cinco desses animais no zoo. Achamos importante dividir essa experiência com outros zoológicos, para que a espécie não apenas sobreviva, mas prospere”, afirma a tratadora Sandy Helliker, de Edmonton.
Segundo o jornal Edmonton Sun, estima-se que existam apenas 50 pandas-vermelhos vivendo na América do Norte.
Marcadores:
animais,
curiosidades
Suspensa análise de Habeas Corpus de Roger
Um pedido de vista do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa suspendeu, nesta terça-feira (30), o julgamento do Habeas Corpus (HC 102098) do médico Roger Abdelmassih. Ele foi condenado no último dia 23 a 278 anos de prisão pelos crimes de estupro e atentado violento ao pudor de mulheres, entre ex-pacientes e uma ex-funcionária. Os crimes teriam ocorrido entre os anos de 1995 e 2008.
Até o momento, somente a relatora do processo, ministra Ellen Gracie, votou. Ela se posicionou pelo arquivamento do pedido de habeas corpus, mas disse que, alternativamente, se a Turma entender que não é o caso de arquivar o processo, ela vota no sentido de indeferir o habeas corpus. Nos dois casos, a liminar concedida ao médico seria cassada.
No dia 23 de dezembro do ano passado, o ministro Gilmar Mendes, então presidente do STF, concedeu liminar para que Abdelmassih respondesse ao processo em liberdade. Ao condenar o médico, a juíza da 16ª Vara Criminal de São Paulo Kenarik Boujikian Felippe não determinou a prisão imediata dele.
Ela afirmou que seria necessário aguardar a decisão da Segunda Turma do STF no habeas corpus, já que a sentença condenatória manteve o primeiro decreto de prisão contra Abdelmassih. Segundo a juíza, não surgiram fatos novos desde que a denúncia foi apresentada e a sentença condenatória não é fato novo, mas consequência dos fatos contidos na denúncia.
Na mesma linha, a ministra Ellen Gracie afirmou hoje que a sentença condenatória realmente não prejudica o habeas corpus porque não surgiram, expressamente, fatos novos.
Mas antes ela afirmou que o habeas corpus reitera argumentos expostos em um outro pedido de habeas corpus apresentado no Supremo, o HC 100429. Esse habeas foi arquivado pela ministra Ellen Gracie em agosto de 2009 com base na Súmula 691, do STF. O dispositivo impede que os ministros do Supremo julgem HC que teve o pedido liminar negado em tribunal superior, e cujo mérito ainda não tenha sido analisado na mesma instância. No caso, o habeas era contra indeferimento de liminar do Superior Tribunal de Justiça (STJ).
A alegada ilegalidade da prisão preventiva, então, já foi submetida à apreciação por este Tribunal, nesse HC 100429, até mesmo para evidenciar a inexistência de constrangimento ilegal que fosse apto a afastar a incidência da Súmula 691, disse nesta tarde a ministra.
Segundo ela, o pedido formulado no habeas em análise pela Turma consubstancia mera reiteração dos argumentos já lançados (no HC 100429). Por isso, Ellen Gracie apontou a manifesta perda de objeto do habeas em julgamento. Ainda que a Turma entenda por superar este óbice, a presente impetração, segundo me parece, não merece lograr êxito, acrescentou.
Prisão preventiva
Ao analisar os argumentos da prisão preventiva, a ministra Ellen Gracie afirmou que a fundamentação é idônea, legitimada em virtude da presença de elementos concretos e sólidos, que exigem a restrição da liberdade de (Abdelmassih). Para a ministra, o magistrado de primeira instância não se valeu de especulações ou de argumentos genéricos ou abstratos para determinar a prisão preventiva.
Além do risco de os crimes voltarem a ser praticados pelo médico, apontou-se a periculosidade dele, não somente em virtude da gravidade dos delitos, mas por causa da forma como os crimes ocorreram.
Ellen Gracie leu trechos da sentença que condenou o médico. Ela informou que a magistrada de primeira instância, ao proferir a sentença condenatória, manteve a decisão que decretou a prisão preventiva com base na garantia da ordem pública e diante da certeza de materialidade e autoria dos crimes praticados pelo acusado, e do não surgimento de fatos novos.
A ministra salientou que os depoimentos das vítimas de crimes sexuais possuem especial relevância, visto que tais delitos ocorrem em contexto sem testemunha. Ela afirmou que a jurisprudência do Supremo consolidou-se no sentido de que, nos crimes sexuais, a palavra da vítima, em harmonia com os demais elementos de certeza dos autos, tem valor de prova e autoriza a conclusão quanto à autoria e as circunstâncias do crime.
A ministra também afastou a afirmação da defesa no sentido de que a prisão preventiva violaria o princípio da não culpabilidade e rechaçou o argumento de que o médico não representaria um risco à ordem pública porque está com seu registro profissional suspenso.
O afastamento (de Abdelmassih) de suas atividades profissionais, mediante suspensão de seu registro profissional, não impede a reiteração das condutas criminosas descritas na denúncia, sejam elas em tese praticadas dentro ou fora da clínica, disse, ao ressaltar que consta do processo que uma funcionária da clínica também teria sido vítima do médico. A suspensão ou até a cassação do registro profissional de medicina não impossibilitam que o (acusado) torne a engendrar outros crimes contra a liberdade sexual, concluiu.
Até o momento, somente a relatora do processo, ministra Ellen Gracie, votou. Ela se posicionou pelo arquivamento do pedido de habeas corpus, mas disse que, alternativamente, se a Turma entender que não é o caso de arquivar o processo, ela vota no sentido de indeferir o habeas corpus. Nos dois casos, a liminar concedida ao médico seria cassada.
No dia 23 de dezembro do ano passado, o ministro Gilmar Mendes, então presidente do STF, concedeu liminar para que Abdelmassih respondesse ao processo em liberdade. Ao condenar o médico, a juíza da 16ª Vara Criminal de São Paulo Kenarik Boujikian Felippe não determinou a prisão imediata dele.
Ela afirmou que seria necessário aguardar a decisão da Segunda Turma do STF no habeas corpus, já que a sentença condenatória manteve o primeiro decreto de prisão contra Abdelmassih. Segundo a juíza, não surgiram fatos novos desde que a denúncia foi apresentada e a sentença condenatória não é fato novo, mas consequência dos fatos contidos na denúncia.
Na mesma linha, a ministra Ellen Gracie afirmou hoje que a sentença condenatória realmente não prejudica o habeas corpus porque não surgiram, expressamente, fatos novos.
Mas antes ela afirmou que o habeas corpus reitera argumentos expostos em um outro pedido de habeas corpus apresentado no Supremo, o HC 100429. Esse habeas foi arquivado pela ministra Ellen Gracie em agosto de 2009 com base na Súmula 691, do STF. O dispositivo impede que os ministros do Supremo julgem HC que teve o pedido liminar negado em tribunal superior, e cujo mérito ainda não tenha sido analisado na mesma instância. No caso, o habeas era contra indeferimento de liminar do Superior Tribunal de Justiça (STJ).
A alegada ilegalidade da prisão preventiva, então, já foi submetida à apreciação por este Tribunal, nesse HC 100429, até mesmo para evidenciar a inexistência de constrangimento ilegal que fosse apto a afastar a incidência da Súmula 691, disse nesta tarde a ministra.
Segundo ela, o pedido formulado no habeas em análise pela Turma consubstancia mera reiteração dos argumentos já lançados (no HC 100429). Por isso, Ellen Gracie apontou a manifesta perda de objeto do habeas em julgamento. Ainda que a Turma entenda por superar este óbice, a presente impetração, segundo me parece, não merece lograr êxito, acrescentou.
Prisão preventiva
Ao analisar os argumentos da prisão preventiva, a ministra Ellen Gracie afirmou que a fundamentação é idônea, legitimada em virtude da presença de elementos concretos e sólidos, que exigem a restrição da liberdade de (Abdelmassih). Para a ministra, o magistrado de primeira instância não se valeu de especulações ou de argumentos genéricos ou abstratos para determinar a prisão preventiva.
Além do risco de os crimes voltarem a ser praticados pelo médico, apontou-se a periculosidade dele, não somente em virtude da gravidade dos delitos, mas por causa da forma como os crimes ocorreram.
Ellen Gracie leu trechos da sentença que condenou o médico. Ela informou que a magistrada de primeira instância, ao proferir a sentença condenatória, manteve a decisão que decretou a prisão preventiva com base na garantia da ordem pública e diante da certeza de materialidade e autoria dos crimes praticados pelo acusado, e do não surgimento de fatos novos.
A ministra salientou que os depoimentos das vítimas de crimes sexuais possuem especial relevância, visto que tais delitos ocorrem em contexto sem testemunha. Ela afirmou que a jurisprudência do Supremo consolidou-se no sentido de que, nos crimes sexuais, a palavra da vítima, em harmonia com os demais elementos de certeza dos autos, tem valor de prova e autoriza a conclusão quanto à autoria e as circunstâncias do crime.
A ministra também afastou a afirmação da defesa no sentido de que a prisão preventiva violaria o princípio da não culpabilidade e rechaçou o argumento de que o médico não representaria um risco à ordem pública porque está com seu registro profissional suspenso.
O afastamento (de Abdelmassih) de suas atividades profissionais, mediante suspensão de seu registro profissional, não impede a reiteração das condutas criminosas descritas na denúncia, sejam elas em tese praticadas dentro ou fora da clínica, disse, ao ressaltar que consta do processo que uma funcionária da clínica também teria sido vítima do médico. A suspensão ou até a cassação do registro profissional de medicina não impossibilitam que o (acusado) torne a engendrar outros crimes contra a liberdade sexual, concluiu.
Marcadores:
caso abdelmassih,
justiça
Menina sequestrada pela prima consegue chamar PM por celular
Criança ficou 14 dias trancada em casa na Zona Leste de SP.
Prima adolescente foi apreendida; outro envolvido fugiu.
A menina de 8 anos libertada de um cativeiro na Zona Leste de São Paulo na madrugada deste domingo (28) após ser mantida refém por 14 dias havia sido sequestrada pela prima adolescente. Ela conseguiu se livrar do cativeiro usando um celular para chamar a Polícia Militar.
A mãe da criança disse que a filha foi levada de casa por uma prima. Depois, a adolescente entregou a menina para o namorado, de 43 anos. A casa dele foi usada como cativeiro. A menina de 8 anos contou que passou os 14 dias do sequestro trancada em um guarda-roupa. Ela foi agredida e abusada sexualmente, segundo a polícia.
Em uma das vezes em que a criança foi deixada sozinha no cativeiro, ela conseguiu sair do guarda-roupa, pegou um celular deixado no local e ligou para a polícia.
Confira abaixo a gravação:
Polícia Militar: "Polícia Militar, emergência."
Menina: "Eu fui sequestrada."
PM: "Dando um trote na polícia essa hora da madrugada, ‘querido’. É brincadeira!"
Menina: "Tia, não é um trote. Eu fui sequestrada."
PM: "Qual é o seu nome? E quem é essa pessoa que te levou ‘praí’?"
Menina: "A Emily."
PM: "Ela é parente sua?"
Menina: "É, prima."
PM: "Mas ela deixa você sair da casa?"
Menina: "Não. Por favor, moça, me ajuda, eu não aguento mais."
A menina também ligou para uma tia. “Ela foi falando pelo celular que estava presa, que eles não davam comida para ela e que ele a estava molestando. Aí foi o desespero”, conta a mãe da criança, Viviane Santana.
A polícia foi até a casa do sequestrador e encontrou o cativeiro. A prima da menina foi apreendida. O namorado conseguiu fugir. A polícia suspeita que ele iria vender a criança. Ele é fugitivo da Penitenciária de Tremembé, no interior de São Paulo, e é procurado pela polícia.
“Ele é perigoso e eu quero que as pessoas me ajudem a prendê-lo, porque minha filha sofreu e eu não quero que os filhos de ninguém sofram igual à minha filha”, disse a mãe.
A policial militar que atendeu o telefonema e que demorou a acreditar na história se surpreendeu com a atitude da menina. “Não tive oportunidade de conhecê-la, mas com certeza é uma criança muito esperta. Ela passou dados importantes e foi realmente uma criança muito corajosa”, afirmou Helena Gonçalves Lousada Dias.
G1
Marcadores:
abuso infantil,
abuso sexual,
sequestro,
violência,
violência sexual
Rio, drogas e violência
As cenas de guerra no Rio de Janeiro evocam as soluções fáceis de sempre: colocar as Forças Armadas no morro até prender o último traficante (a favorita da direita) e descriminalizar as drogas (a campeã da esquerda).
Não discordo inteiramente. Acho que lugar de bandido perigoso é a cadeia mesmo e defendo a legalização de todos os entorpecentes. Receio, contudo, que, nenhuma dessas medidas, isoladamente ou mesmo em conjunto, constitua solução rápida para o problema da violência urbana, no Rio ou em qualquer outra cidade do país.
Em relação aos traficantes, o que temos é basicamente um problema de mercado. Estudo acadêmico citado na Folha de domingo estima que a indústria da droga empregue 16 mil pessoas na cidade do Rio de Janeiro (mais do que a Petrobras) e movimente R$ 633 milhões anuais (mais do que o setor têxtil no Estado).
A menos que, num passe de mágica, eliminássemos toda a demanda, para cada FB preso, surgirão três ou quatro jovens candidatos a substituí-lo. Muito provavelmente disputarão o posto à bala, tornando a situação ainda mais perigosa em alguns pontos estratégicos da cidade. A própria existência de milícias não é senão uma tentativa de certos membros de nossas valorosas polícias de morder um naco desse mercado.
Vale lembrar que, embora as autoridades paulistas o neguem até a morte, alguns estudiosos como a socióloga Camila Nunes Dias sustentam que um dos fatores que trouxeram relativa paz a São Paulo foi a unificação do comando do tráfico sob o PCC. A centralização não apenas acabou com as rixas entre criminosos como ainda impôs um rígido código de conduta aos bandidos. Quem cria confusão de graça é severamente punido.
Uma solução bastante cínica, portanto, seria ajudar alguma das organizações que disputam o tráfico no Rio a açambarcar o mercado, monopolizando o setor. A violência aparente, que é a percebida pela população, provavelmente se reduziria. O problema é que isso quase certamente agravaria um outro efeito pernicioso do tráfico, que é sua infiltração nas estruturas do Estado. Aqui, a ameaça ganha ares institucionais.
Os cartéis de drogas têm, como toda megacorporação, interesses a defender. A diferença entre os traficantes e executivos de grandes empresas é que os primeiros não precisam nem parecer que cumprem as leis. Enquanto uma multinacional contrata firmas de lobby e assessorias de imprensa na esperança de influenciar políticos e jornalistas, os cartéis simplesmente corrompem autoridades. Quem recusar a oferta pode ser eliminado.
O risco que o narcotráfico traz para a democracia foi uma das razões que levaram o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e seus colegas César Gaviria (Colômbia) e Ernesto Zedillo (México) a fundar a Comissão Latino-Americana sobre Drogas e Democracia, que defende o fim da 'guerra contra as drogas' e mudanças paulatinas rumo à legalização. (É incrível como ex-autoridades passam a ver as coisas com clareza depois que deixam seus cargos).
Isso significa que a saída é o 'liberou geral'? Sim e não. Se o que você deseja é um sistema minimamente racional para lidar com a questão das drogas, a resposta é afirmativa. Se seu objetivo é apenas reduzir a violência no curto prazo, então, a legalização não resolve muito.
Como já escrevi antes neste espaço, é até possível que, num horizonte de tempo mais dilatado, uma eventual legalização diminua os lucros e, consequentemente, o poder de fogo das quadrilhas, mas, no curto prazo, seria mais realista esperar um aguçamento dos crimes bárbaros.
A venda de cocaína e assemelhados não é exatamente uma vocação para jovens talentosos. Se a legalização ocorresse amanhã, é muito pouco provável que os traficantes de hoje vestissem uma gravata e se convertessem em respeitáveis homens de negócios.
Privados do lucro fácil das drogas --a única modalidade criminosa na qual as supostas vítimas (os usuários) fazem fila para ser voluntariamente 'prejudicadas'--, é quase certo que os integrantes do exército do tráfico se lançariam com fúria redobrada na consecução de delitos realmente violentos, como assaltos e sequestros, para os quais as vítimas não costumam fazer fila.
A grande verdade é que não existe solução para o problema das drogas. O mundo não é um paraíso idílico; ao contrário, é um lugar cheio de perigos, que incluem várias centenas de substâncias psicoativas pelas quais nossos cérebros pessimamente projetados têm uma fraqueza muitas vezes fatal. Não está no poder de nenhuma lei modificar essa realidade bioquímica. Pelo menos com o atual nível de tecnologia médica, só o que a sociedade pode fazer é tentar modular as repercussões desse indesejável pendor humano.
E o meu receio é o de que a linha proibicionista adotada ao longo do último século mais acrescenta do que subtrai dificuldades. A principal delas é que se trata de um contrassenso econômico. Investimos alguns bilhões de dólares por ano na repressão, cujo principal efeito é elevar o preço da droga, ampliando as margens de lucro e, assim, o poder de aliciamento dos traficantes. Como se não bastasse, na outra ponta ainda gastamos mais alguns bilhões em tratamento médico para os dependentes (aí também incluídos os usuários crônicos de tabaco e álcool).
O pressuposto é o de que, sem a proibição e a repressão, a prevalência do uso de drogas ilícitas seria significativamente maior. É difícil discordar. A oferta mais livre de substâncias viciantes tende a aumentar o número de pessoas que as experimentam e, por conseguinte, a fração dos que desenvolvem dependência química. O tamanho preciso dessa encrenca, entretanto, permanece uma incógnita. Como nenhum país experimentou ainda a legalização, não se tem a menor ideia de quanto a prevalência aumentaria.
Há aqui duas 'escolas' de pensamento. Para os que tendem a reforçar o aspecto bioquímico do fenômeno, não há limite para o vício. Se submetermos uma dada população de ratos a um regime de ingestão forçada de cocaína ou álcool, teremos, ao cabo de poucas semanas de uso contínuo, 100% de dependentes, que experimentarão tolerância, 'craving', síndrome de abstinência na retirada e demais sintomas clássicos.
Só que nem o mais entusiasta proponente da legalização está sugerindo que heroína seja despejada em nossos reservatórios de água. Há uma grande diferença entre permitir e obrigar. E, ao longo de centenas de milhares de anos, ocorreram inúmeros experimentos naturais de exposição de humanos a drogas. Até onde se sabe, por mais abundante que fosse a oferta, foi sempre uma minoria da população a que teve problemas mais sérios de dependência. Há quem sustente que, em condições 'naturais' (isto é, sem um cientista para entuchar cachaça e pó nas pobres cobaias), a predisposição para o vício resulta de uma interação entre as propriedades bioquímicas das substâncias e a personalidade do indivíduo que as utiliza. Nesse caso, a legalização não implicaria necessariamente uma explosão apocalíptica no número de viciados. As pessoas com propensão mais acentuada para a dependência já 'militam', seja no mercado legal, como alcoólatras, seja no ilegal, ou mesmo misturando um pouco de tudo. O incentivo ao consumo proporcionado pela legalização atingiria mais a população não tão afeita à dependência.
Há aqui um 'caveat'. A exemplo do que ocorreu com o álcool quando descobrimos o processo de destilação no século 12, inovações químicas têm tornado as drogas ilícitas bem mais poderosas do que eram no passado. Assim como o alcoolismo se tornou um problema mais grave com o advento do uísque, da vodca, da cachaça e de todas as bebidas destiladas, as novas variedades de maconha e as drogas sintéticas podem estar driblando os mecanismos naturais de defesa que o cérebro tem contra o vício. Embora nós não os conheçamos bem, eles existem. Acho que estamos há algumas décadas focando o elemento errado. A pergunta-chave não é por que as pessoas se viciam, mas sim por que a maioria dos humanos não sucumbe às drogas. Mesmo a mais prevalente delas, o tabaco, nunca escravizou mais de 30% da população adulta de um país.
É claro que, para uma estratégia de legalização parar em pé, ela precisa observar certas precondições da racionalidade que nem sempre são colocadas abertamente. Em primeiro lugar, é preciso que seja uma política ampla, que abranja todas as drogas e não apenas as preferidas pelos filhos da classe média influente. O 'statu quo' não muda se liberarmos a maconha, mas mantivermos a cocaína e a heroína proibidas.
É necessário ainda que as substâncias sejam efetivamente legalizadas e não apenas toleradas. Isso implica a criação de empresas que explorem a atividade, a abertura de pontos de venda e o recolhimento de tributos. Eu, de minha parte, criaria a Narcobrás. Aqui, as ineficiências típicas do setor estatal adquiririam uma virtude pública.
Evidentemente, nenhuma dessas ponderações é sólida o bastante para basearmos uma política nacional para as drogas, mas elas são suficientes para pelo menos questionarmos o automatismo das posições proibicionistas. Eu mesmo tenho dúvida em relação a vários pontos: será que não é melhor seguir fingindo que vivemos num mundo legal e que as leis nos protegem do mal que ronda lá fora? Se concluirmos pela legalização, devemos proceder de uma vez ou tateando, de modo a não criar nenhuma situação muito irreversível? Que sinais de alerta consideraríamos necessários para eventualmente rever a estratégia? Qual carga de impostos devemos estabelecer sobre esses produtos?
O que me faz pender definitivamente para o lado da legalidade não são as considerações epidemiológicas, mas a convicção filosófica de que existem limites para o poder de interferência do Estado sobre o cidadão. Nem eu nem ninguém que acredita um pouquinho na razão tomaria parte num contrato social no qual renunciaria a decidir o que pode ou não ingerir. Esse é um direito que, acredito, está no mesmo pacote do da liberdade de ir e vir e de dizer o que pensa.
Voltando à violência no Rio (e no resto do Brasil), tenho uma boa notícia. Não importa muito o que façamos, as coisas vão melhorar. Apesar de atuarem aí inúmeras variáveis, há o fator demográfico que é bem conhecido e extremamente poderoso. Como a esmagadora maioria dos crimes e demais atos de violência é cometida por homens entre 18 e 25 anos (isso vale para qualquer país e qualquer época), o envelhecimento da população, que já está em curso, é quase uma garantia de que todos os indicadores de crime irão cair nas próximas décadas. É claro que prender bandidos e trazer um pouco de racionalidade à questão das drogas ajudariam bastante.
Helio Schwartsman
Folha OnLine
Não discordo inteiramente. Acho que lugar de bandido perigoso é a cadeia mesmo e defendo a legalização de todos os entorpecentes. Receio, contudo, que, nenhuma dessas medidas, isoladamente ou mesmo em conjunto, constitua solução rápida para o problema da violência urbana, no Rio ou em qualquer outra cidade do país.
Em relação aos traficantes, o que temos é basicamente um problema de mercado. Estudo acadêmico citado na Folha de domingo estima que a indústria da droga empregue 16 mil pessoas na cidade do Rio de Janeiro (mais do que a Petrobras) e movimente R$ 633 milhões anuais (mais do que o setor têxtil no Estado).
A menos que, num passe de mágica, eliminássemos toda a demanda, para cada FB preso, surgirão três ou quatro jovens candidatos a substituí-lo. Muito provavelmente disputarão o posto à bala, tornando a situação ainda mais perigosa em alguns pontos estratégicos da cidade. A própria existência de milícias não é senão uma tentativa de certos membros de nossas valorosas polícias de morder um naco desse mercado.
Vale lembrar que, embora as autoridades paulistas o neguem até a morte, alguns estudiosos como a socióloga Camila Nunes Dias sustentam que um dos fatores que trouxeram relativa paz a São Paulo foi a unificação do comando do tráfico sob o PCC. A centralização não apenas acabou com as rixas entre criminosos como ainda impôs um rígido código de conduta aos bandidos. Quem cria confusão de graça é severamente punido.
Uma solução bastante cínica, portanto, seria ajudar alguma das organizações que disputam o tráfico no Rio a açambarcar o mercado, monopolizando o setor. A violência aparente, que é a percebida pela população, provavelmente se reduziria. O problema é que isso quase certamente agravaria um outro efeito pernicioso do tráfico, que é sua infiltração nas estruturas do Estado. Aqui, a ameaça ganha ares institucionais.
Os cartéis de drogas têm, como toda megacorporação, interesses a defender. A diferença entre os traficantes e executivos de grandes empresas é que os primeiros não precisam nem parecer que cumprem as leis. Enquanto uma multinacional contrata firmas de lobby e assessorias de imprensa na esperança de influenciar políticos e jornalistas, os cartéis simplesmente corrompem autoridades. Quem recusar a oferta pode ser eliminado.
O risco que o narcotráfico traz para a democracia foi uma das razões que levaram o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e seus colegas César Gaviria (Colômbia) e Ernesto Zedillo (México) a fundar a Comissão Latino-Americana sobre Drogas e Democracia, que defende o fim da 'guerra contra as drogas' e mudanças paulatinas rumo à legalização. (É incrível como ex-autoridades passam a ver as coisas com clareza depois que deixam seus cargos).
Isso significa que a saída é o 'liberou geral'? Sim e não. Se o que você deseja é um sistema minimamente racional para lidar com a questão das drogas, a resposta é afirmativa. Se seu objetivo é apenas reduzir a violência no curto prazo, então, a legalização não resolve muito.
Como já escrevi antes neste espaço, é até possível que, num horizonte de tempo mais dilatado, uma eventual legalização diminua os lucros e, consequentemente, o poder de fogo das quadrilhas, mas, no curto prazo, seria mais realista esperar um aguçamento dos crimes bárbaros.
A venda de cocaína e assemelhados não é exatamente uma vocação para jovens talentosos. Se a legalização ocorresse amanhã, é muito pouco provável que os traficantes de hoje vestissem uma gravata e se convertessem em respeitáveis homens de negócios.
Privados do lucro fácil das drogas --a única modalidade criminosa na qual as supostas vítimas (os usuários) fazem fila para ser voluntariamente 'prejudicadas'--, é quase certo que os integrantes do exército do tráfico se lançariam com fúria redobrada na consecução de delitos realmente violentos, como assaltos e sequestros, para os quais as vítimas não costumam fazer fila.
A grande verdade é que não existe solução para o problema das drogas. O mundo não é um paraíso idílico; ao contrário, é um lugar cheio de perigos, que incluem várias centenas de substâncias psicoativas pelas quais nossos cérebros pessimamente projetados têm uma fraqueza muitas vezes fatal. Não está no poder de nenhuma lei modificar essa realidade bioquímica. Pelo menos com o atual nível de tecnologia médica, só o que a sociedade pode fazer é tentar modular as repercussões desse indesejável pendor humano.
E o meu receio é o de que a linha proibicionista adotada ao longo do último século mais acrescenta do que subtrai dificuldades. A principal delas é que se trata de um contrassenso econômico. Investimos alguns bilhões de dólares por ano na repressão, cujo principal efeito é elevar o preço da droga, ampliando as margens de lucro e, assim, o poder de aliciamento dos traficantes. Como se não bastasse, na outra ponta ainda gastamos mais alguns bilhões em tratamento médico para os dependentes (aí também incluídos os usuários crônicos de tabaco e álcool).
O pressuposto é o de que, sem a proibição e a repressão, a prevalência do uso de drogas ilícitas seria significativamente maior. É difícil discordar. A oferta mais livre de substâncias viciantes tende a aumentar o número de pessoas que as experimentam e, por conseguinte, a fração dos que desenvolvem dependência química. O tamanho preciso dessa encrenca, entretanto, permanece uma incógnita. Como nenhum país experimentou ainda a legalização, não se tem a menor ideia de quanto a prevalência aumentaria.
Há aqui duas 'escolas' de pensamento. Para os que tendem a reforçar o aspecto bioquímico do fenômeno, não há limite para o vício. Se submetermos uma dada população de ratos a um regime de ingestão forçada de cocaína ou álcool, teremos, ao cabo de poucas semanas de uso contínuo, 100% de dependentes, que experimentarão tolerância, 'craving', síndrome de abstinência na retirada e demais sintomas clássicos.
Só que nem o mais entusiasta proponente da legalização está sugerindo que heroína seja despejada em nossos reservatórios de água. Há uma grande diferença entre permitir e obrigar. E, ao longo de centenas de milhares de anos, ocorreram inúmeros experimentos naturais de exposição de humanos a drogas. Até onde se sabe, por mais abundante que fosse a oferta, foi sempre uma minoria da população a que teve problemas mais sérios de dependência. Há quem sustente que, em condições 'naturais' (isto é, sem um cientista para entuchar cachaça e pó nas pobres cobaias), a predisposição para o vício resulta de uma interação entre as propriedades bioquímicas das substâncias e a personalidade do indivíduo que as utiliza. Nesse caso, a legalização não implicaria necessariamente uma explosão apocalíptica no número de viciados. As pessoas com propensão mais acentuada para a dependência já 'militam', seja no mercado legal, como alcoólatras, seja no ilegal, ou mesmo misturando um pouco de tudo. O incentivo ao consumo proporcionado pela legalização atingiria mais a população não tão afeita à dependência.
Há aqui um 'caveat'. A exemplo do que ocorreu com o álcool quando descobrimos o processo de destilação no século 12, inovações químicas têm tornado as drogas ilícitas bem mais poderosas do que eram no passado. Assim como o alcoolismo se tornou um problema mais grave com o advento do uísque, da vodca, da cachaça e de todas as bebidas destiladas, as novas variedades de maconha e as drogas sintéticas podem estar driblando os mecanismos naturais de defesa que o cérebro tem contra o vício. Embora nós não os conheçamos bem, eles existem. Acho que estamos há algumas décadas focando o elemento errado. A pergunta-chave não é por que as pessoas se viciam, mas sim por que a maioria dos humanos não sucumbe às drogas. Mesmo a mais prevalente delas, o tabaco, nunca escravizou mais de 30% da população adulta de um país.
É claro que, para uma estratégia de legalização parar em pé, ela precisa observar certas precondições da racionalidade que nem sempre são colocadas abertamente. Em primeiro lugar, é preciso que seja uma política ampla, que abranja todas as drogas e não apenas as preferidas pelos filhos da classe média influente. O 'statu quo' não muda se liberarmos a maconha, mas mantivermos a cocaína e a heroína proibidas.
É necessário ainda que as substâncias sejam efetivamente legalizadas e não apenas toleradas. Isso implica a criação de empresas que explorem a atividade, a abertura de pontos de venda e o recolhimento de tributos. Eu, de minha parte, criaria a Narcobrás. Aqui, as ineficiências típicas do setor estatal adquiririam uma virtude pública.
Evidentemente, nenhuma dessas ponderações é sólida o bastante para basearmos uma política nacional para as drogas, mas elas são suficientes para pelo menos questionarmos o automatismo das posições proibicionistas. Eu mesmo tenho dúvida em relação a vários pontos: será que não é melhor seguir fingindo que vivemos num mundo legal e que as leis nos protegem do mal que ronda lá fora? Se concluirmos pela legalização, devemos proceder de uma vez ou tateando, de modo a não criar nenhuma situação muito irreversível? Que sinais de alerta consideraríamos necessários para eventualmente rever a estratégia? Qual carga de impostos devemos estabelecer sobre esses produtos?
O que me faz pender definitivamente para o lado da legalidade não são as considerações epidemiológicas, mas a convicção filosófica de que existem limites para o poder de interferência do Estado sobre o cidadão. Nem eu nem ninguém que acredita um pouquinho na razão tomaria parte num contrato social no qual renunciaria a decidir o que pode ou não ingerir. Esse é um direito que, acredito, está no mesmo pacote do da liberdade de ir e vir e de dizer o que pensa.
Voltando à violência no Rio (e no resto do Brasil), tenho uma boa notícia. Não importa muito o que façamos, as coisas vão melhorar. Apesar de atuarem aí inúmeras variáveis, há o fator demográfico que é bem conhecido e extremamente poderoso. Como a esmagadora maioria dos crimes e demais atos de violência é cometida por homens entre 18 e 25 anos (isso vale para qualquer país e qualquer época), o envelhecimento da população, que já está em curso, é quase uma garantia de que todos os indicadores de crime irão cair nas próximas décadas. É claro que prender bandidos e trazer um pouco de racionalidade à questão das drogas ajudariam bastante.
Helio Schwartsman
Folha OnLine
quarta-feira, 1 de dezembro de 2010
Policiais encontram 'bazuca' escondida em casa do Alemão
Arma de guerra estava embaixo do alicerce de uma casa.
Agentes do 3º BPM fizeram descoberta no início da tarde desta quarta (1º).
Policiais militares do 3º BPM (Méier) encontraram no início da tarde desta quarta-feira (1º) um armamento pesado das Forças Armadas escondido no alicerce de uma casa na localidade do Coqueiral, no Conjuntos de Favelas do Alemão, na Penha, Zona Norte do Rio.
Armamento da década de 40
Procurado pelo G1, o Comando Militar do Leste, no Rio, informou que a arma "parece ser um lança rojão (bazuca) antigo, possivelmente da década de 40 (II Guerra mundial)".
O armamento impressiona até mesmo os agentes envolvidos na megaoperação antitráfico.
A polícia ainda não sabe informar, no entanto, se a arma estaria em condições de uso. Isso só poderá ser confirmado depois que o armamento passar por perícia.
G1
Creche desaba em Cariacica e crianças ficam sob escombros. Há informações de mortes
Sofia Schimidt, de 5 anos, e Damares Pires dos Santos, 8 anos, morreram no desastre. Cinco crianças permanecem internadas
Uma tragédia! Assim é a declaração de uma funcionária que presenciou o desabamento do telhado de uma creche de Cariacica, localizada na esquina da rua 11 com a rua 15, do bairro Antônio Ferreira Borges. Duas crianças morreram e pelo menos outras sete ficaram feridas. O telhado do refeitório do Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI) Amélia Virgínia Machado, inaugurado em 2007, veio abaixo no início da tarde desta quarta-feira (01) quando estava acontecendo uma apresentação musical. As aulas do turno vespertino ainda não haviam começado quando a estrutura veio abaixo.
Cerca de 30 crianças estavam no refeitório da creche no momento em que o telhado desabou e outras 30 já haviam saído do local. As duas crianças mortas foram identificadas por Sofia Schimidt Manhães, de 5 anos, e Damares Pires dos Santos, de 8 anos, que não estudava no CMEI. Ela havia ido à escola levar a irmã mais nova. A mãe de Sofia passou mal ao chegar ao local e precisou ser encaminhada a uma clínica para receber atendimento médico.
O desespero tomou conta das pessoas que estavam na região. Helicópteros da Polícia Militar foram acionados para socorrer as vítimas mais graves. Muitas mães correram para a escola desesperadas em busca de notícias dos filhos. As ruas do entorno foram isoladas durante os serviços de resgate das vítimas.
Das sete crianças levadas para hospitais da Grande Vitória, duas deram entrada no Hospital Infantil Nossa Senhora da Glória, em Vitória, com suspeita de traumatismo craniano: Kailaine Caldeira Mateus, 8 anos, e Gabriela Caldeira Paula, 9 anos. As duas são primas.
Também foram levadas para o Hospital Infantil de Vitória, Warley da Silva Pereira, 5 anos, e Adiel dos Santos Coelho, 5 anos. Os dois já receberam alta hospitalar após receber atendimento médico. Adiel deixou o Hospital com o pé direito engessado.
No Hospital Infantil de Vila Velha deu entrada Wendy Souza, de 5 anos. A tia da menina, Érica de Souza, informou que a sobrinha passa bem, mas perdeu quatro dentes e permanece em observação até esta quinta. Para o Hospital Meridional, em Cariacica, foram levadas outras duas crianças: Kainan Conceição Nogueira, 5 anos, e Maria Eduarda Sacco Pereira dos santos, 5 anos. Kainan Conceição foi em seguida transferido para o Hospital Infantil de Vitória e o estado de saúde dele é estável.
Uma tragédia! Assim é a declaração de uma funcionária que presenciou o desabamento do telhado de uma creche de Cariacica, localizada na esquina da rua 11 com a rua 15, do bairro Antônio Ferreira Borges. Duas crianças morreram e pelo menos outras sete ficaram feridas. O telhado do refeitório do Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI) Amélia Virgínia Machado, inaugurado em 2007, veio abaixo no início da tarde desta quarta-feira (01) quando estava acontecendo uma apresentação musical. As aulas do turno vespertino ainda não haviam começado quando a estrutura veio abaixo.
Cerca de 30 crianças estavam no refeitório da creche no momento em que o telhado desabou e outras 30 já haviam saído do local. As duas crianças mortas foram identificadas por Sofia Schimidt Manhães, de 5 anos, e Damares Pires dos Santos, de 8 anos, que não estudava no CMEI. Ela havia ido à escola levar a irmã mais nova. A mãe de Sofia passou mal ao chegar ao local e precisou ser encaminhada a uma clínica para receber atendimento médico.
O desespero tomou conta das pessoas que estavam na região. Helicópteros da Polícia Militar foram acionados para socorrer as vítimas mais graves. Muitas mães correram para a escola desesperadas em busca de notícias dos filhos. As ruas do entorno foram isoladas durante os serviços de resgate das vítimas.
Das sete crianças levadas para hospitais da Grande Vitória, duas deram entrada no Hospital Infantil Nossa Senhora da Glória, em Vitória, com suspeita de traumatismo craniano: Kailaine Caldeira Mateus, 8 anos, e Gabriela Caldeira Paula, 9 anos. As duas são primas.
Também foram levadas para o Hospital Infantil de Vitória, Warley da Silva Pereira, 5 anos, e Adiel dos Santos Coelho, 5 anos. Os dois já receberam alta hospitalar após receber atendimento médico. Adiel deixou o Hospital com o pé direito engessado.
No Hospital Infantil de Vila Velha deu entrada Wendy Souza, de 5 anos. A tia da menina, Érica de Souza, informou que a sobrinha passa bem, mas perdeu quatro dentes e permanece em observação até esta quinta. Para o Hospital Meridional, em Cariacica, foram levadas outras duas crianças: Kainan Conceição Nogueira, 5 anos, e Maria Eduarda Sacco Pereira dos santos, 5 anos. Kainan Conceição foi em seguida transferido para o Hospital Infantil de Vitória e o estado de saúde dele é estável.
Investigação
A Polícia Civil vai instaurar um inquérito para investigar o acidente. A Promotora de Justiça de Educação do município, Lucimara Marques Adami, afirmou que a partir das informações da PC também vai instaurar um procedimento para apurar responsabilidades.
Creche foi construída em 2007
De acordo com o comandante Siqueira, da Defesa Civil de Cariacica, o telhado que desabou media oito metros de largura por oito de comprimento. A apuração das causas do acidente, segundo Siqueira, serão baseadas em possíveis irregularidades praticadas na construção do telhado, ocorrida em 2007.
O Secretário municipal de Coordenação Política, Edson Ferreira, afirmou que a Prefeitura vai prestar todas a assistência necessária aos familiares das vítimas. A creche permanecerá isolada até que seja emitido laudo que aponte os motivos do desabamento.
A empresa responsável pela obra foi contratada pela Prefeitura de Cariacica por R$ 145 mil. A creche, com apenas quatro salas de aula foi concluída em 2007 e é uma das 25 escolas construídas no primeiro mandato do prefeito Hélder salomão.
A prefeitura só irá se pronunciar sobre possíveis punições após conclusão dos laudos da Defesa civil Estadual e de uma empresa particular que presta serviços ao município, contratada para verificar fiscalizar e verificar o andamento das obras na municipais.
Em nota, a prefeitura lamentou o ocorrido e disse que a administração Municipal já está providenciando a abertura de sindicância para apurar as causas do desabamento.
No início da tarde, logo após o ocorrido, o prefeito Helder Salomão determinou que fosse instalado um Gabinete de Gestão para cuidar da apuração dos fatos e para organizar toda a logística para o atendimento às vítimas.
"As famílias das duas crianças mortas e das feridas, que se encontram em hospitais da Grande Vitória, estão recebendo do município toda a assistência necessária", frisou a prefeitura.
Ao saber da notícia, o prefeito Helder Salomão, que estava no encontro da Frente Nacional de Prefeitos, que acontece no Estado de Minas Gerais, interrompeu sua participação no evento e retornou ao Espírito santo.
Crea
De acordo com informações da assessoria do Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Estado do Espírito Santo (Crea-ES), uma equipe de fiscais esteve no local. Os profissionais levantaram dados da empresa responsável pela construção da creche e foi constatado que ela atuou de forma regular durante a obra.
Na época, uma Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) chegou a ser liberada pelo Crea. Esse documento comprova, inclusive, que houve um profissional especializado responsável pela contrução.
Gazeta Online
Marcadores:
acidentes,
negligência
Promotoria pede novamente prisão de acusados de matar a advogada Mércia Nakashima
Mizael Bispo de Souza durante audiência no Fórum de Guarulho para ouvir testemunhas do assassinato de Mércia
O Ministério Público apresentou nesta terça-feira novo pedido de prisão preventiva do ex-policial Mizael Bispo de Souza e do vigia Evandro Bezerra da Silva, acusados de matar a advogada Mércia Nakashima, ex-namorada de Mizael.
O promotor Rodrigo Merli Antunes afirmou que anexou ao processo 17 novos fundamentos que justificam o pedido. "São fundamentos concretos de situações de constrangimento, ameaça e perseguição de testemunhas, de forjar e tentar eliminar provas, além da fuga. Mizael demonstrou e verbalizou que nunca vai se dar por vencido e sempre vai fugir enquanto não tiver uma decisão favorável a ele", disse o promotor do caso.
Segundo Antunes, o juiz Leandro Bittencourt Cano, do Fórum de Guarulhos (Grande São Paulo), pode decidir na semana que vem se aceita ou não o pedido de prisão preventiva dos réus.
O pedido foi feito junto com as alegações finais do processo, após audiência de instrução, para ouvir testemunhas de defesa e acusação, realizada entre os dias 18 e 21 de outubro. A defesa de Mizael tem até quinta-feira (2) para se manifestar. Após esta data, o juiz terá até dez dias para decidir se os réus irão ou não para júri popular.
O advogado de Mizael, Samir Haddad Júnior, afirmou que não há fato novo para o pedido de prisão. "As pessoas estão ávidas para ver o Mizael na cadeia, mas não aconteceu nada novo. Ele não foi pego ameaçando alguém ou tentando fugir do país. Estamos preocupados, agora, em não deixá-lo ir para júri popular", disse.
Na semana passada, o Tribunal de Justiça de São Paulo decidiu que o julgamento dos acusados pelo assassinato da advogada Mércia Nakashima será em Guarulhos, onde moram os réus e onde morava Mércia.
A defesa de Mizael havia pedido a transferência para Nazaré Paulista (64 km de São Paulo), porque um laudo apontou que a advogada morreu afogada em uma represa da cidade, onde seu corpo foi encontrado.
Haddad Júnior afirmou que aguarda a publicação do acórdão do Tribunal para recorrer da decisão sobre a transferência do caso no STJ (Superior Tribunal de Justiça).
O promotor Rodrigo Merli Antunes afirmou que anexou ao processo 17 novos fundamentos que justificam o pedido. "São fundamentos concretos de situações de constrangimento, ameaça e perseguição de testemunhas, de forjar e tentar eliminar provas, além da fuga. Mizael demonstrou e verbalizou que nunca vai se dar por vencido e sempre vai fugir enquanto não tiver uma decisão favorável a ele", disse o promotor do caso.
Segundo Antunes, o juiz Leandro Bittencourt Cano, do Fórum de Guarulhos (Grande São Paulo), pode decidir na semana que vem se aceita ou não o pedido de prisão preventiva dos réus.
O pedido foi feito junto com as alegações finais do processo, após audiência de instrução, para ouvir testemunhas de defesa e acusação, realizada entre os dias 18 e 21 de outubro. A defesa de Mizael tem até quinta-feira (2) para se manifestar. Após esta data, o juiz terá até dez dias para decidir se os réus irão ou não para júri popular.
O advogado de Mizael, Samir Haddad Júnior, afirmou que não há fato novo para o pedido de prisão. "As pessoas estão ávidas para ver o Mizael na cadeia, mas não aconteceu nada novo. Ele não foi pego ameaçando alguém ou tentando fugir do país. Estamos preocupados, agora, em não deixá-lo ir para júri popular", disse.
Na semana passada, o Tribunal de Justiça de São Paulo decidiu que o julgamento dos acusados pelo assassinato da advogada Mércia Nakashima será em Guarulhos, onde moram os réus e onde morava Mércia.
A defesa de Mizael havia pedido a transferência para Nazaré Paulista (64 km de São Paulo), porque um laudo apontou que a advogada morreu afogada em uma represa da cidade, onde seu corpo foi encontrado.
Haddad Júnior afirmou que aguarda a publicação do acórdão do Tribunal para recorrer da decisão sobre a transferência do caso no STJ (Superior Tribunal de Justiça).
Marcadores:
justiça,
violência,
violência contra a mulher
Assinar:
Postagens (Atom)
Verbratec© Desktop.