sexta-feira, 15 de março de 2013

Cura funcional da infecção pelo HIV é observada em 14 pacientes na França


Em um estudo, essas pessoas passaram a tomar antirretrovirais mais cedo do que o normal e durante três anos. Nos sete anos seguintes, sem remédios, seus níveis de vírus no sangue eram incapazes de desencadear sintomas

Pesquisadores publicaram, nesta quinta-feira, um estudo no qual revelam que 14 pacientes adultos infectados pelo HIV parecem ter obtido uma cura funcional da doença. Ou seja, mesmo após terem interrompido o tratamento, apresentam quantidades tão pequenas do vírus no sangue que ele se tornou incapaz de produzir sintomas durante sete anos. A pesquisa foi divulgada dias depois de médicos americanos terem anunciado a também cura funcional em um bebê recém-nascido infectado pelo vírus da aids.

Segundo os responsáveis por esse estudo, que foi coordenado no Instituto Pasteur, em Paris, na França, a chave para a cura funcional nesses 14 pacientes foi o início precoce do tratamento com antirretrovirais após a infecção. De acordo com o artigo, essas pessoas começaram a ser monitoradas a partir do momento em que elas passaram a receber os antirretrovirais, que foi dez semanas após eles serem infectadas. Em média, essas drogas são dadas aos pacientes três anos mais tarde.

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Os pacientes, que tinham entre 34 e 66 anos, então, tomaram os antirretrovirais ao longo de dois a três anos, em média, e depois interromperam o tratamento. De acordo com o estudo, eles conseguiram manter a carga viral sob controle durante uma média de sete anos e meio, sem o uso de nenhum medicamento. Um dos pacientes chegou a ficar pouco mais de dez anos sem apresentar sintomas. “Não é erradicação, mas claramente eles puderam viver por um longo período de tempo saudáveis e sem tomar os antirretrovirais”, diz Asier Saez-Cirio, coordenador da pesquisa, que está presente no periódico PLoS Pathogens.

No entanto, os pesquisadores advertem que esses resultados não significam que essa abordagem possa funcionar para todas as pessoas infectadas pelo HIV no mundo, já que a pesquisa analisou 70 pacientes infectados e somente 14 deles apresentaram a cura funcional. Já o restante dos indivíduos, ao deixarem de tomar os antirretrovirais, recuperaram níveis de vírus semelhantes aos observados antes de começarem a ser tratados.

Explicação — Segundo os autores, ainda não está claro o que fez com que a cura funcional ocorresse nesses 14 pacientes, apesar de eles terem sido submetidos a vários testes imunológicos. Mas eles acreditam que, entre essas pessoas, possa ter ocorrido uma limitação nos reservatórios virais, que se formam no organismo de um indivíduo após a infecção pelo HIV. Esses reservatórios são compostos por células dormentes que reativam a infecção quando o remédio deixa de ser tomado.

“Esses dados, junto às informações sobre o caso do bebê recém-nascido nos Estados Unidos, apoiam fortemente a ideia do tratamento precoce e fornecem pistas importantes para o desenvolvimento de estratégias para curar a infecção pelo HIV, ou ao menos induzir a um controle a longo prazo sem a necessidade de antirretrovirais”, disse Asier Saez-Cirio, que coordenou a pesquisa.

Veja

15 de Março Dia da Escola


A escola, depois da família, é o primeiro grupo social a que pertencemos. E grupos sociais são importantes para que aprendamos a interagir com pessoas, a conhecer novos comportamentos e a respeitar uns aos outros. Além do mais, a escola é fonte de conhecimento e educação, tanto formal quanto informal, é um espaço onde o aluno é o protagonista e aprende a desenvolver suas atividades, além de ser um laboratório de inclusão social, promovendo no jovem o sentido de importância da comunidade.

Durante todo o nosso crescimento, precisamos de um referencial e essa é uma das principais funções da escola. Cada fase do aluno, novas necessidades e capacidades devem ser exploradas e para isso, a escola deve dispor de uma gama de profissionais como orientadores educacionais, professores e psicólogos.

Infelizmente, a educação no Brasil ainda não está satisfatória, apesar de índices cada vez mais positivos. Há um aumento da taxa de alfabetização, aumento do número de alunos que completam o nível superior, novas escolas de ensino fundamental foram construídas e há uma queda no índice de evasão escolar.

Autor: Juscelino Tanaka

Fonte:www.brasilescola.com

Jaru 190

Artista expõe o ECA em forma de quadrinhos para crianças e adolescentes


Quadrinhos foi a forma que a artista Viviane Scarabelo encontrou para orientar crianças e adolescentes sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). 23 desenhos feitos com nanquim, lápis de cor, aquarela e acrílica estão expostos até o dia 23 de março na Divisão de Bibliotecas da Secretaria Municipal de Cultura de Bauru, em São Paulo.

A exposição Estatuto da Criança e Adolescente em Quadrinhos mostra de forma simples e de fácil entendimento os conceitos do ECA. Scarabelo, que também é presidente do Conselho Tutelar de Bauru – Região II, afirmou ser gratificante poder agregar arte e conhecimento, e que sua intenção é que que os alunos da rede pública e municipal tenham acesso às obras, que estarão expostas na Gibiteca da cidade.

Além da exposição, outras atividades estão programadas para março, como oficinas, visitas e lançamento de livros. Mais informações para as atividades e agendamentos podem ser feitos pelo telefone (14) 3235 1312 ou pelo email bibliotecacentral@bauru.sp.gov.br.

Confira a programação completa:

12/03

- Homenagem Dia do Bibliotecário

(Café da manhã e exibição do documentário “Bibliotecário”, do Canal Espaço Documentários)

Local: Biblioteca Municipal “Rodrigues de Abreu” – Av. Nações Unidas, 8-9

Horário: 8h - Livre


- Exposição “Estatuto da Criança e Adolescente em Quadrinhos”

(23 desenhos com técnicas de nanquim, lápis de cor, aquarela e acrílica da artista plástica Viviane Scarabelo)

Local: Gibiteca Municipal “Aucione Torres Agostinho” - Av. Nações Unidas, 8-9

Período: 05 a 23 de março

Horário: 8h às 17h

Parceria: Conselho Tutelar


- Visita Escolar na Biblioteca Municipal “Rodrigues de Abreu”

Escola: EMEF Dirce Boemer Guedes de Azevedo

Horário: 9h e 14h

Número de Alunos: 30 (manhã) e 30 (tarde)

Faixa Etária: 6 anos

Parceria: Secretaria de Educação



- Oficina de Crochê e Tricô

Local: Biblioteca Ramal Geisel – Rua Alziro Zarur, 5-8

Horário: 15h – Livre

promenino

Assassinato de menino de 12 anos da Rocinha expõe abandono pela família e pelo Estado


.Divisão de Homicídios investiga a hipótese de Alan e dois colegas terem se envolvido num furto no Jardim Botânico

RIO — Quando lhe perguntam quantos filhos tem, Emiliane Salete de Souza, de 37 anos, responde: “Sete”. Dez segundos depois, o tom de voz fica mais baixo e ela corrige: “Eram sete com o Alan”. Quarto filho a nascer, Alan de Souza, de 12 anos, foi brutalmente assassinado com dois tiros na cabeça, disparados a curta distância. O corpo franzino, de 31 quilos e 1,20 metro de altura, foi encontrado há 12 dias, numa ribanceira da Vista Chinesa. Segundo a mãe, havia perfurações nos dedos do menino, provavelmente feitas com pregos, mas a Divisão de Homicídios (DH), baseada no laudo do Instituto Médico-Legal, nega a tortura.

O Globo

Desempregado, viúvo de jovem morta após possível erro em cesariana pede ajuda para cuidar do bebê


Ele diz que compressas foram deixadas dentro da mulher

Desempregado, o marido da jovem de 18 anos, que morreu em consequência de possível erro médico em cesariana realizada no Hran (Hospital Regional da Asa Norte), pede ajuda financeira para cuidar do bebê de 13 dias.

— O que vier será bem-vindo no momento, eu aceito.

Matheus Pereira de Araújo, também de 18 anos, denuncia que médicos teriam encontrado duas compressas esquecidas no útero da mulher, durante o procedimento do parto, que foi realizado no último dia 1º de março. Uma semana depois, Michelly da Silva Pereira deu entrada no HRC (Hospital Regional de Ceilândia) com dores na barriga. No local, ela foi medicada, mas seu estado de saúde piorou e ela precisou passar por cirurgia.

Segundo Araújo, ele só foi comunicado da cirurgia após ligar para o hospital para saber o estado de saúde da mulher.

— Minha mulher saiu da sala toda suja de sangue. A médica perguntou se eu era da família e disse que ela morreu.

De acordo com médicos da unidade hospitalar de Ceilândia, as compressas podem ter sido colocadas na paciente na tentativa de estancar uma hemorragia logo após o parto.

Em nota, a Secretaria de Saúde do DF informou que abriu sindicância para apurar se houve erro médico no caso. Segundo o documento, se for constatado algum procedimento inadequado, os responsáveis serão “devidamente punidos”.

Nesta quarta-feira (13), a advogada da família de Michelly foi à delegacia para saber como serão conduzidas as investigações sobre o suposto erro médico.

— A princípio foi erro dos dois hospitais, mas eu preciso de provas em mãos para poder ingressar uma ação judicial.

O caso começou a ser investigado pela 15ª DP em Ceilândia, região administrativa do DF, mas como o fato inicial ocorreu no HRAN, a ocorrência será investigada pela 5ª DP da Asa Norte, região central de Brasília.

O enterro da jovem foi realizado nesta quarta-feira em Goiânia (GO).

Quem quiser ajudar o pai do bebê com doações pode ligar para o número (61) 8536 6283.



R7

quinta-feira, 14 de março de 2013

'Cada um responde por seus atos', diz juiz sobre Mizael em julgamento


Juiz Leandro Cano será transferido para vara de violência doméstica.
Magistrado permitiu que júri do caso Mércia fosse transmitido ao vivo.


O juiz Leandro Cano disse nesta quinta-feira (14) que considerou "natural" a postura do policial militar aposentado Mizael Bispo de Souza diante o júri. Entretanto, ele afirmou que adaptou sua condução do julgamento diante do modo do réu agir, sempre negando o crime.

"Ele quis agir dessa forma e eu tenho que respeitá-lo. Agora, a partir do momento que ele age dessa forma, eu também tenho que agir de acordo com minha consciência, pura e simplesmente. Cada um é cada um e responde por seus atos. Eu respondo pelos meus e assino tudo aquilo que eu fiz", disse o juiz.

O juiz afirmou, na sentença, que o réu demonstrou "insensibilidade" e conduta "desprezível e repugnante".

Mizael foi condenado pela morte da advogada Mércia Nakashima, ocorrida em 2010. A pena é de 20 anos de prisão em regime inicial fechado. O júri popular durou quatro dias e, segundo o Tribunal de Justiça, foi o primeiro transmitido ao vivo.

Questionado sobre o tempo da pena, de 20 anos de reclusão, o juiz disse que considera um tempo razoável, mas que o problema está na execução penal. “O problema é o efetivo cumprimento da pena, o que não acontece”, disse.

Para ele, é "frustrante" saber que o réu vai cumprir apenas sete anos em regime fechado. "Nós teríamos que acabar com a progressão de regime", disse. Segundo o juiz, ele não se deixou influenciar pela comoção pública para calcular a dosimetria da pena.

O juiz Leandro Bittencourt Cano disse que acredita que esse julgamento levou uma imagem positiva do Judiciário à população. O magistrado afirmou que a decisão de transmitir pela televisão, rádio e internet o júri garantiu mais transparência ao Judiciário.

Ele também aproveitou para elogiar os jurados pelo comportamento apresentado durante o júri. “Eles tiveram a postura de verdadeiros juízes.” Nos quatro dias de júri, as cinco mulheres e dois homens que fizeram parte do conselho de sentença fizeram dezenas de perguntas às testemunhas e inclusive ao réu.

O magistrado contou que antes de os jurados darem a sentença, eles se debruçaram sobre o processo para sanar as últimas dúvidas a respeito do caso. “O que os jurados fizeram, eu fiquei impressionado”, disse.

Ao fim da leitura, no plenário, o juiz se emocionou. "O choro foi um peso que saiu das minhas costas. Levei mais de um mês para a preparação desse processo", disse.

Sentença
O juiz falou, na sentença, sobre uma das qualificadoras do crime, motivo torpe ou fútil. Segundo o magistrado, não foi "amor", mas "delírio de posse" que levou ao crime. "Sentimento amor não faz sofrer. O instinto de propriedade, que é o contrário do amor, é que faz sofrer."

Presente em plenário, a família de Mércia ficou feliz com a condenação. A irmã Cláudia Nakashima comemorou a pena e gritou "assassino" e "maldito". Enquanto isso, a mãe, Janete Nakashima, chorou. Mizael ouviu a sentença quieto e cabisbaixo.

Família
Márcio Nakashima, irmão de Mércia, disse que a família ficou revoltada com a pena de 20 anos aplicada contra Mizael Bispo de Souza pela morte da ex-namorada. “Estamos muito decepcionados com a Justiça. Precisamos mudar o Código Penal, que é de 1940”, afirmou o irmão.

Segundo ele, a dosagem da pena foi muito branda e desproporcional à gravidade do crime e violência empregada. “A falta que a Mércia vai nos fazer é imensa. Não existe uma pena justa, mas nós esperávamos uma pena exemplar porque a impunidade promove a criminalidade”. A família informou que vai recorrer para ampliar o tempo da pena. "Eu acredito também que o promotor não está satisfeito com a pena", disse.

Júri
Segundo o Tribunal de Justiça, o julgamento de Mizael foi o primeiro do país transmitido ao vivo. Pelo vídeo foi possível acompanhar não só os depoimentos como as brigas quase que diárias entre acusação e defesa, que já chegaram a chamar a outra parte de 'mentirosa'.

O vigia Evandro Bezerra Silva, que também é réu do caso, acusado de ajudar Mizael, só será levado a julgamento no dia 29 de julho.

G1

STJ nega recurso contra júri do casal Nardoni


Anna Carolina e Alexandre Nardoni foram condenados em 2010

O casal Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá tiveram recurso pela realização de um novo júri negado nesta quinta-feira (21) pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça). A decisão foi publicada na noite desta sexta-feira (22) no Diário da Justiça Eletrônico e é assinado pela ministra Laurita Vaz.

Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá foram condenados pela morte da filha de Alexandre, Isabella Nardoni, de cinco anos, no dia 27 de março de 2010, após cinco dias de júri popular. Alexandre recebeu pena de 31 anos, um mês e dez dias de prisão, e Anna Carolina de 26 anos e oito meses.

R7

Quase cinco anos após a morte de Isabella Nardoni, mãe da menina fala sobre planos para o futuro


Ana Carolina Oliveira disse que não passa um dia sem pensar na filha

Após passar um tempo fora do País para estudar e conhecer um novo amor, Ana Carolina Oliveira, mãe de Isabella Nardoni, falou com exclusividade ao Jornal da Record. Ela disse que sonha em ter outros filhos, apesar de nunca esquecer de Isabella.

No dia 29 de março, a morte da menina completa cinco anos. Em abril, Isabella faria 11 anos. A mãe disse que jamais passa um dia sem pensar nela.

— Eu já tive pesadelos, que sempre atormentam. Mas já sonhei que a gente estava se encontrando, eu sonho bastante com ela. Isso me faz bem.

A filha também está faz no dia a dia de Ana Oliveira.

— Para mim, a presença dela é em todos os momentos. Eu carrego comigo. Às vezes tem que tomar uma decisão, eu peço a opinião dela.

O apartamento

A reportagem do Jornal da Record conseguiu acesso ao apartamento onde Isabella passou os últimos momentos de vida, em Santana, zona norte de São Paulo. O imóvel está à venda, por um preço abaixo do de mercado.

Os móveis da família Nardoni foram retirados. Apenas foram mantidos os armários da cozinha. A pintura também foi refeita e uma película escura aplicada aos vidros.

R7

quarta-feira, 13 de março de 2013

Mulher é presa por deixar o filho de menos de 2 anos fumar maconha


Rachelle L. Braaten, de 24 anos, foi presa após filmar com o celular o filho de 1 ano e 10 meses fumar maconha com ajuda de um bong - aparelho também conhecido como water pipe e que é utilizado para qualquer tipo de erva, normalmente cannabis, tabaco e derivados.

No vídeo, Rachelle leva o bong à boca do filho e diz para ele inalar. O menino engasga, tosse e vai embora, deixando a mãe dando risadas.

Policiais de Centralia (Washington, EUA) tiveram acesso ao vídeo e foram até a residência onde Rachelle vive com o filho e o companheiro, Tyler J. Lee, de 24 anos.

De acordo com o "Sun", agentes acharam na casa 40 pés de maconha e uma arma.

O estado americano descriminalizou a posse de até 40 gramas de maconha, mas continua ilegal cultivar e distribuir a erva e a fornecer a menor de idade.

O Globo

Escolas do Rio terão semana de combate ao bullying


Durante a primeira semana de abril, as escolas públicas e privadas do Rio de Janeiro terão uma semana dedicada ao combate ao bullying (ato de agredir fisicamente ou verbalmente uma criança ou adolescente, de modo contínuo e intencional) e ao cyberbullying (agressão feita pela internet). O objetivo dessa iniciativa é lembrar as vítimas do massacre na Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, na zona oeste da capital fluminense.

De acordo com a Pesquisa Nacional da Saúde do Escolar (Pense), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 21% dos casos de bullying ocorrem nas salas de aula, mesmo com a presença do professor.

Saiba mais sobre a semana dedicada ao combate ao bullying

Com informações da Agência Brasil

promenino

Bebê internado morre após tomar injeção e pais acusam erro médico


Menina de 9 meses morreu após medicação dada por enfermeira, diz família.
Hospital não tem UTI e o Samu não compareceu para transportar criança.
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Um bebê de 9 meses morreu em um hospital de Anápolis, na tarde de terça-feira (12). Segundo a mãe da criança, Thays Oliveira Souza, a filha, Emily Vitória, passou mal após receber uma injeção. Revoltada, a família afirma que houve erro médico.

Na porta do hospital, Thays chorava, desesperada, a perda da única filha. Ela conta que Emily Vitória foi internada na segunda-feira (11), com princípio de pneumonia. Um dia depois, quando já estava melhor, uma enfermeira do hospital aplicou uma injeção e, imediatamente, a bebê começou a passar mal.

Segundo Thays, a enfermeira teria dito que aplicaria um antibiótico na bebê. Mas a mãe acredita que ela tenha aplicado o remédio errado.

“Acho que foi medicamento errado, não tem lógica. A minha filhinha estava boa, brincando, rindo. Só foi aplicar o remédio na veia dela, ela roxeou a boca, virou os olhos. Ela caiu”, relatou Thays.

Aos prantos, o pai da criança, Thiago Souza, relatou como Emily Vitória foi levada ao hospital: “Ela estava só com uma dorzinha no peito. Estava gripada, resfriada e minha esposa trouxe ela para cá”.

Falta de UTI
Com o hospital não tem Unidade de Terapia Intensiva (UTI), o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) teve de ser acionado. Pacientes contam que ligaram inúmeras vezes, mas o socorro não apareceu.

“Muitas pessoas ligaram e eles [Samu] não vieram. Foi negligência da enfermeira, mas foi negligência deles também, que tinham a aparelhagem e não deram o socorro”, diz a administradora Raiane Ferreira Rocha.

Quase uma hora depois da morte da menina, uma ambulância chegou ao hospital, mas para atender a mãe da criança, que havia desmaiado. A família pede justiça.

O diretor-geral do Samu, Sérgio Marques, disse que o serviço não fez o transporte da criança porque ela estava em parada cardíaca e a unidade não pode transportar pacientes em reanimação. Informou também que o Samu ofereceu um médico para ajudar na reanimação, mas a menina morreu antes do hospital responder sobre a proposta.

Procurada pela reportagem, a direção do Hospital da Criança de Anápolis informou que só vai se pronunciar sobre o caso depois que sair o laudo do Instituto Médico Legal (IML). O documento deve ficar pronto em 30 dias.

G1

terça-feira, 12 de março de 2013

Mais de 1,2 mil crianças e adolescentes viciadas em crack vivem nas ruas de São Paulo

São Paulo – Mais de mil crianças e adolescentes que vivem nas ruas da capital paulista são viciadas em crack. A estimativa é do Movimento Estadual da População em Situação de Rua de São Paulo. “O pessoal que atende na rua estima que haja 1,2 mil crianças e adolescentes envolvidas com crack só em São Paulo (na capital). É um número muito alto”, disse à Agência Brasil presidente da organização, Robson Cesar Correia de Mendonça.
Segundo o desembargador Antonio Carlos Malheiros, coordenador da Vara de Infância e Juventude do Tribunal de Justiça de São Paulo, só na região da Cracolândia, na área central da cidade, a estimativa é de que até 400 crianças estejam envolvidas com drogas especialmente crack. “Temos entre 22 e 23 cracolândias cercando a cidade. A central, que é a maior cracolândia do mundo, tem 2 mil usuários [entre adultos, crianças e adolescentes]. Calculamos que mais ou menos 20% dessas pessoas são crianças e adolescentes. Ou seja, devemos ter, no centro da cidade, entre 200 e 400 crianças e adolescentes em situação de drogadição. Fora nas outras [cracolândias], que não faço nem ideia”, disse o desembargador, que tem visitado a região praticamente todos os dias.
Para Ana Regina Noto, professora do Departamento de Psicobiologia da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), que em 2004 coordenou um estudo envolvendo 2.807 crianças e adolescentes em situação de rua de 27 capitais do país, o número de dependentes não cresceu muito depois da elaboraçãoo da pesquisa, mas houve mudanças no uso. “Cresceu o consumo de crack, mas a gente percebe também que houve substituição. Não houve aumento de crianças e adolescentes usando drogas, isso permaneceu o mesmo. Mas houve uma migração porque o crack começou a ocupar espaço nas grandes cidades e começou a ser uma droga de opção. Muitos que usavam cocaína começaram a migrar para o crack”, disse à Agência Brasil.
Um levantamento feito pela Frente Parlamentar de Enfrentamento ao Crack e Outras Drogas da Assembleia Legislativa sobre a situação do crack, da maconha e outras drogas nos municípios paulistas e divulgado em dezembro do ano passado, com o nome de Mapa do Crack, apontou que das 50.511 pessoas que foram atendidas nos sistemas públicos de saúde em 299 municípios de São Paulo por envolvimento com o crack 5.676 eram menores de 18 anos. Os dados, segundo a frente parlamentar se referem ao ano de 2011. Cerca de 6% dos usuários de crack que procuraram o sistema público de saúde para tratamento eram menores de até 13 anos de idade. Do total de pessoas que procuraram atendimento para se tratar do vício, 21% tinham entre 14 e 20 anos de idade.
A Agência Brasil procurou a Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social de São Paulo para confrontar os números, mas não obteve retorno. Mas segundo o Censo da População em Situação de Rua na Municipalidade de São Paulo, que foi divulgado pela secretaria e que se encontra disponível em seu site oficial, 14.478 pessoas viviam nas ruas de São Paulo em 2011, sendo que 6.765 delas em situação de rua e 7.713 em centros de acolhimento da capital. O censo apontou que mais da metade dessa população vivia na região central. Desse total, 7.002 eram adultos, 1.455 idosos, 221 adolescentes e 212 crianças. O censo também apontou que 743 viviam entre a Rua Helvétia e a Alameda Dino Bueno, que fazem parte da chamada cracolândia.
O atendimento de crianças e adolescentes dependentes é feito principalmente hoje por meio de organizações não governamentais ou pela prefeitura, que as encaminham para os centros de Atenção Psicossocial (Caps).
Procurada pela Agência Brasil, a prefeitura de São Paulo, por meio de suas secretarias de Assistência Social (que faz a abordagem das crianças e adolescentes em situação de rua) e de Saúde (responsável pelo atendimento e tratamento dessas crianças e adolescentes viciados em crack), não respondeu e nem explicou como é feita a abordagem e o tratamento desses menores e nem deu uma média de quantos deles são abordados nas ruas ou encaminhados para os centros de tratamento a cada mês.
O governo de São Paulo, que desde janeiro desenvolve um programa voltado para a cracolândia, informou que as crianças e adolescentes, assim como os adultos, são atendidos pelo programa, mas não forneceu mais detalhes sobre como ele é desenvolvido, especificamente crianças e adolescentes viciados em crack. A Secretaria Estadual de Saúde declarou que algumas crianças e adolescentes são atendidos no Centro de Referência de Álcool, Tabaco e Outras Drogas (Cratod), mas que a grande maioria é encaminhada para os Caps, de responsabilidade da prefeitura.

Elaine Patricia Cruz
Repórter da Agência Brasil
 

segunda-feira, 11 de março de 2013

Irmão de Mércia Nakashima chora e bate-boca com advogados de defesa de Mizael Bispo


Márcio falou sobre personalidade possessiva e ciumenta do acusado

Durante quase quatro horas, Márcio Nakashima foi ouvido pelo júri popular de Mizael Bispo, que começou nesta segunda-feira (11), no Fórum Criminal de Guarulhos, na Grande São Paulo. O depoimento do irmão de Mércia Nakashima, encontrada morta em 2010, foi marcado pela emoção de Márcio e pelo bate-boca com os advogados de defesa de Mizael, acusado do crime. O julgamento chegou a ser interrompido pelo juiz Leandro Bittencourt Cano.

O bate-boca aconteceu após o irmão da vítima relembrar em sua fala que o advogado de Mizael, Ivon Ribeiro, havia dito que o acusado só conheceu Mércia porque ela seria garota de programa. Após reclamação da defesa e forte discussão entre eles, o juiz parou o júri por alguns minutos.

Além disso, em seu testemunho, Márcio falou sobre o início do relacionamento da irmã com Mizael e destacou a personalidade possessiva e ciumenta que o policial reformado passou a demonstrar após um tempo de namoro.

— A Mércia gostava dele, mas se afastou por causa dessa postura que ele tinha. Ele se transformou, ficou ciumento.

No entanto, ele disse que nunca presenciou nenhuma atitude violenta de Mizael com Mércia.

— Se tivesse assistido [a alguma violência contra a irmã], talvez a Mércia estivesse viva.

A defesa de Mizael realizou várias perguntas sobre a investigação, tentando mostrar contradição nos depoimentos anteriores de Márcio.

"Ele não é um pescador"

Márcio declarou, ainda, que o pescador que relatou ter visto uma pessoa empurrando o carro de Mércia na represa em Nazaré Paulista não era um pescador.

— Ele não deveria estar lá. Ele é um mecânico e estava lá com uma amante. Por isso ele não queria aparecer, não queria que a mulher dele ficasse sabendo.

Nervosismo

Além da discussão com Ivon Ribeiro, um dos advogados de Mizael Bispo, Márcio ficou exaltado em outros momentos
do julgamento. O assistente de acusação perguntou se Márcio sabia que Mizael era divorciado e se isso era visto como algo negativo pela família.

Emocionado, Márcio negou que tivesse problemas de relacionamento com Mizael e disse que sempre soube que ele era divorciado e que não havia nenhum problema com isso. Segundo ele, essas insinuações são "mentiras do Mizael".

— Ele já falou que era racista e isso não é verdade. Isso é o que me deixa chateado, é por isso que eu não queria estar aqui.

Ameaças

O irmão de Mércia descreveu também que sofreu ameaças de Mizael. Segundo ele, após o desaparecimento de sua
irmã, Márcio foi procurar Mizael em sua casa para pedir ajuda e saber se ele tinha informações de Mércia. No entanto, segundo ele, ao passar na frente da casa do ex-policial começou a ser perseguido.

— Fui perseguido pelo Mizael e pelo irmão dele. Eles estavam armados e tive que sair fugido do bairro dele.

Emocionada

Sentada na quarta fileira do plenário, Janete Nakashima, mãe de Mércia, acompanhou o depoimento do filho com a cabeça baixa. Por vezes, chegou a olhar fixo para o chão e levou a mão ao rosto quando se emocionava.

Abatida, Janete chegou a ir ao hospital na ultima sexta-feira (8) por estar com a pressão alta. A mãe de Mércia chorou em diversos momentos do depoimento de Márcio e, com frequência, fez um movimento afirmativo com a cabeça.

R7

Brasil tem 13 milhões de pessoas com doenças raras, diz pesquisa


Há estimados 13 milhões de pessoas com doenças raras no Brasil, número superior à população da cidade de São Paulo, informa pesquisa divulgada nesta segunda-feira pela Interfarma (Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa), em um seminário sobre o tema realizado na capital paulista.

O estudo diz ainda que diante da falta de uma política nacional para lidar com esse tipo de doença - cujo conceito, ainda que não seja unânime, é de doenças que atingem uma parcela pequena da população -, pessoas afetadas muitas vezes têm dificuldades em obter o tratamento adequado ou precisam recorrer à Justiça para ter acesso a medicamentos.

Entre as doenças raras estão males como a esclerose lateral amiotrófica (doença degenerativa dos neurônios motores), o hipotireoidismo congênito, a doença de Pompe (mal genético que causa hipertrofia cardíaca na infância), a fibrose cística do pâncreas ou do pulmão e até mesmo a doença celíaca (intolerância ao glúten).

Estima-se que haja 7 mil doenças raras diagnosticadas, sendo 80% delas de origem genética. Outras se desenvolvem como infecções bacterianas e virais, alergias, ou têm causas degenerativas. A maioria (75%) se manifesta ainda na infância dos pacientes.

"Se individualmente atingem um número restrito de pessoas, em conjunto elas afetam uma parcela considerável da população mundial – entre 6% e 8%, ou 420 milhões a 560 milhões de pessoas", diz o levantamento.

"O desafio é considerável, levando-se em conta que 95% das doenças raras não possuem tratamento e dependem de uma rede de cuidados paliativos que garantam ou melhorem a qualidade de vida dos pacientes."

'Barreiras'
No Brasil, pacientes com doenças raras enfrentam "diversas barreiras" para conseguir tratamento especializado e medicamentos, afirma a Interfarma. Como não existe uma política integrada de tratamento desses males, o atendimento ocorre de forma "fragmentada", na opinião da associação.

Dados do Ministério da Saúde citados pelo estudo apontam que há 26 protocolos clínicos para doenças raras no âmbito do SUS (Sistema Único de Saúde) - esses protocolos são a "porta de entrada" para a assistência para doenças raras na saúde pública.

O Ministério contabiliza 45 medicamentos, tratamentos cirúrgicos e clínicos para doenças raras, 70 mil consultas realizadas e mais de 560 procedimentos laboratoriais para tratamento e diagnóstico, a custos de mais de R$ 4 milhões por ano.

Mas, segundo a Interfarma, além de algumas doenças não estarem inseridas em nenhum protocolo, apenas um dos 18 protocolos (o da doença de Gaucher, mal em que restos de células envelhecidas se acumulam sobre órgãos como fígado, baço e medula óssea), prevê o uso de "drogas órfãs", que são medicamentos específicos para doenças raras ou negligenciadas.

Com isso, muitos pacientes do SUS acabam tendo acesso apenas a medicamentos paliativos, "que amenizam os sintomas das doenças, mas não interferem em sua evolução".

O estudo contabiliza 14 doenças raras que têm medicamentos órfãos já registrados na Anvisa (agência de vigilância sanitária) e comercializados no país, mas não disponíveis no SUS. Muitos pacientes recorrem então à Justiça, numa espécie de "corrida de obstáculos" para obter o tratamento adequado.

Segundo o estudo, "o fato de o Brasil não possuir uma política oficial específica para doenças raras não significa, porém, que os pacientes não recebam cuidados e tratamento. Os medicamentos acabam chegando até eles, na maioria por via judicial. E o SUS, de uma maneira ou de outra,
atende essas pessoas – porém, de forma fragmentada, sem planejamento, com grande desperdício de recursos públicos e prejuízo para os pacientes".

Outro problema é o déficit de geneticistas para desenvolver pesquisas a respeito e o fato de a maior parte dos centros de estudo de doenças raras se concentrarem apenas nas áreas mais ricas do Brasil.

Nos cálculos do estudo, faltam ao país 1800 geneticistas.

"Faltam pesquisas e informações sobre essas doenças; os profissionais da área carecem de treinamento e capacitação – o que compromete ou retarda o diagnóstico – e, muitas vezes, o próprio sistema de saúde não oferece meios para que seja realizado a tempo."

BBC Brasil

Presa, mãe confessa ter espancado criança de 3 anos em GO, diz polícia


Agressão teria ocorrido porque filha vomitou e limpou o chão com a roupa.
Menina teve perfuração no intestino e está internada em estado grave.


Um mulher de 27 anos confessou em depoimento que espancou a filha de apenas três anos de idade, informou ao G1 a Titular da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), Renata Vieira, na manhã desta segunda-feira (11). A agressão, segundo a mãe, aconteceu na casa onde a família mora, no Setor Central, em Goiânia, e teria sido motivada porque a menina vomitou no chão após tomar banho e limpou com a própria roupa. A garota teve uma perfuração no intestino e está internada em estado grave.

A suspeita foi presa no sábado (9) na casa de uma tia, em Inhumas, na Região Metropolitana da capital, após uma denúncia anônima. A delegada Renata Vieira contou que, após ver a filha suja de vômito, a mãe afirmou que perdeu a cabeça e bateu na criança com um cinto, no último dia 3 de março. "Depois, segundo ela, mordeu o bumbum da menina com 'força, raiva e para machucar'", disse a delegada.

Após isso, a mãe, ainda transtornada, saiu para pegar um pedaço de madeira e voltar a bater na filha. A garota teria ido atrás pedindo perdão e mulher acabou a empurrando contra uma cadeira, na cozinha da casa.

Depois de voltar, ela ainda agrediu a menina com a madeira. Por conta do espancamento, a menina está internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) no Hospital Materno Infantil (HMI). Segundo o hospital, o estado de saúde dela é grave "Não sabemos se a perfuração no intestino foi em decorrência do choque com a cadeira ou dos golpes com o pedaço de madeira", explica a delegada.

A mulher responderá por lesão corporal grave resultante de perigo de vida e com agravo por agredir a própria filha. Se condenada, pode pegar até oito anos de prisão. O padrasto da criança, em tese, não parece ter envolvimento com o espancamento, pois a delegada informou que ele não estava em casa no momento em que tudo aconteceu.

Igreja
A mulher mora com o companheiro e mais três enteados. A polícia soube do espancamento depois que duas das enteadas comentaram na igreja que a família frequenta que a irmã mais nova estava muito machucada. Frequentadores da igreja resolveram então chamar a polícia que foi até a casa da mulher.

A pastora da igreja, Patrícia Gonçalves Maciel, disse ao G1 que aquela não seria a primeira vez que a menina havia sido agredida. "Há mais ou menos um mês, a criança também apareceu toda machucada na igreja. Ela disse que faz isso e depois se arrepende", revelou Patrícia.

G1

Cinco mulheres e dois homens formam o júri de Mizael


Antes do sorteio, o juiz destacou a importância de transmitir ao vivo o julgamento

Cinco mulheres e dois homens formam o conselho de sentença de Mizael Bispo. O julgamento do policial reformado começou por volta das 10h40, no Fórum Criminal de Guarulhos, na Grande São Paulo. Ele vai a júri popular pela morte de Mércia Nakashima, assassinada em maio de 2010.

Antes do sorteio dos jurados, o juiz Leandro Jorge Bittencourt destacou a importância da transmissão ao vivo do julgamento.

— Nada mais do que justo que tenhamos o público presencial e o público virtual. A única coisa que não queremos é o sensacionalismo. Trará mais transferência ao público, bem como aqueles que tiverem interesse em acompanhá-lo.

O juiz afirmou ainda que a exibição é uma forma de aumentar a visibilidade do Poder Judiciário em relação à população.

Comportamento folgado faz Mizael apanhar de presos

— O problema do Poder Judiciário é que falta transparência. Nós, juízes, somos muito criticados. Somos chamados até de bandidos de toga. E apanhamos quietos.

O julgamento será transmitido ao vivo pela televisão e rádio e deverá durar até cinco dias. Segundo o Tribunal de Justiça de São Paulo, é a primeira vez na história do País que um júri envolvendo crime contra a vida é exibido em tempo real.

O policial militar reformado e também advogado responde por homicídio triplamente qualificado — motivo torpe, meio cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima.

Acusação

Para o Ministério Público, o acusado matou Mércia porque se sentia “humilhado” pela jovem, que queria ter um relacionamento descompromissado com ele.

Defesa diz que Mércia ligou para Mizael Bispo mais de 200 vezes

Advogada foi morta em represa. Relembre o caso

O advogado teria levado a ex-namorada, no carro dela, para Nazaré Paulista, interior de São Paulo. Lá, ela foi baleada, e o carro, jogado em uma represa. Ainda de acordo com a promotoria, Mizael teria contado com a ajuda do vigilante Evandro Bezerra da Silva. Ele também irá a júri popular, no dia 29 de julho deste ano.

Defesa

Já a defesa pretende tentar desconstruir as provas contra o policial reformado, convocando especialistas na área de telefonia e biologia como testemunhas. Os advogados afirmam que não haverá elementos surpresa, mas que tentarão mostrar no plenário que quando o veículo de Mércia foi jogado na represa, Mizael estava 48 km longe do local dos fatos.

R7

Acusado de matar advogada Mércia começa a ser julgado após 3 anos


.Ex-PM Mizael Bispo é acusado de homicídio triplamente qualificado
. Crime aconteceu em 2010. Advogada morreu afogada, diz polícia


SÃO PAULO - Começa hoje no Fórum de Guarulhos, na Grande São Paulo, o julgamento do policial militar reformado e advogado Mizael Bispo de Souza, acusado de matar, há três anos, a ex-namorada e também advogada Mércia Nakashima. Quem decidirá se Mizael é culpado ou inocente serão sete jurados. O julgamento do ex-policial, que será transmitido ao vivo pela TV, rádio e internet, está previsto para terminar nesta sexta-feira.

Mizael é acusado por homicídio triplamente qualificado. Ele alega ser inocente. O crime ocorreu em 23 de maio de 2010, numa represa em Nazaré Paulista. A advogada Mércia, sua ex-namorada, foi atingida dentro do carro por um tiro no rosto. Em seguida, o veículo foi empurrado para dentro de uma represa, onde, segundo a perícia, ela morreu afogada.

O motivo do crime seria, de acordo com a acusação, o fato de Mércia, então com 28 anos, não querer reatar o romance. O veículo de Mércia e o corpo dela foram encontrados, respectivamente, nos dias 10 e 11 de junho de 2010.

O acusado respondeu ao processo em liberdade, devido a um habeas corpus concedido pelo Tribunal de Justiça de São Paulo, até a sentença de pronúncia, em dezembro de 2010. A prisão preventiva foi novamente decretada por suposta ameaça a testemunhas e interferência na produção de provas, e tanto o Tribunal de Justiça quanto o Superior Tribunal de Justiça mantiveram a ordem.

Mizael permaneceu foragido até janeiro de 2012, quando se entregou. Desde então, encontra-se no Presídio Militar Romão Gomes, no bairro de Tremembé, zona norte de São Paulo.

Outro acusado

Também preso, o vigia Evandro Bezerra Silva é acusado de participar do crime e responde por homicídio duplamente qualificado (meio cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima). De acordo com a acusação, ele saberia do plano de Mizael para matar a ex-namorada e deu carona para a sua fuga do local do crime. Ele nega.

O Globo

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