sábado, 18 de abril de 2009

Pais que amam demais atrapalham filhos

CURRÍCULO INFANTIL Aula de artes na Escola Internacional de Alphaville, em São Paulo. A diversificação de atividades atende a uma demanda dos pais

Na ânsia de preparar os filhos para o futuro, muitos pais extrapolam no carinho e nas atividades educativas. Que tipo de filho eles criam?

Todos os pais querem que seus filhos sejam bem-sucedidos. E a receita é clara: como na infância nosso cérebro é mais propenso ao aprendizado, basta desenvolvê-lo ao máximo, desde o mais cedo possível. Infelizmente, ninguém consegue prever o futuro – e portanto não há como saber quais habilidades serão mais importantes quando nossos pequenos tesouros virarem adultos. O que faz um bom pai, nesse caso? Claro! Aposta no máximo de atividades. Escola bilíngue, curso de uma terceira língua, iniciação musical, aulas de etiqueta, ginástica, natação... No tempo livre, por que não aproveitar para divertir as crianças com um bom DVD educativo?
Mas esse investimento todo não vai valer nada se não soubermos proteger e amparar as crianças de todos os perigos desta vida. Então é preciso aceitar o sacrifício de levá-las e trazê-las de carro de todos os compromissos e manter a constante possibilidade de contato pelo celular – esse moderno e abençoado cordão umbilical tecnológico.
Só há um pequeno porém com essa receita. Na verdade, dois. O primeiro é que segui-la sai um pouco caro, tanto em dinheiro como em preocupações. O segundo é que... essa fórmula pode dar errado. Bem errado.
Depois de umas boas décadas em que grande parte dos psicólogos, educadores, cientistas e empresários estimulava o esforço pelo desenvolvimento planejado das crianças, estamos vendo agora um novo fenômeno: o combate ao excesso de zelo dos pais. Uma recente reportagem da revista americana New Yorker define o fenômeno como overparenting. Trata-se dos hiperpais, pais superprovedores – ou simplesmente pais demais. Eles são o avesso dos pais negligentes. Protegem demais, são indulgentes demais e sentem uma ânsia que os leva a resolver todos os problemas das crianças. Alguns desses espécimes atendem pelo apelido de pais-helicóptero, porque estão sempre, de alguma maneira, “sobrevoando” os filhos, impedindo que encontrem suas próprias saídas e tenham seus momentos de solidão e brincadeira. Esses momentos são imprescindíveis para que as crianças aprendam a pensar por si próprias – e se tornem adultos independentes e conscientes. O novo discurso é que nada substitui a brincadeira como atividade para desenvolver a inteligência e as habilidades sociais, e a melhor maneira de um adolescente aprender algo é pelo método de tentativa e erro.
Até no campo da medicina esse discurso vem ganhando força. Um dos comportamentos mais comuns dos hiperpais é o cuidado extremo com a higiene. E quem poderia condenar isso? Os médicos. Peter Liquornik, membro da Sociedade Brasileira de Pediatria, é um exemplo. “Muitos bebês ficam com seu amadurecimento imunológico comprometido pela mania de limpeza e esterilização dos pais. A natureza faz a criança engatinhar e colocar tudo na boca porque é assim que ela vai criar suas defesas”, diz. Segundo Liquornik, existe hoje uma superproteção das crianças, que muitas vezes ficam impedidas de brincar, de se sujar, em nome de uma higiene exacerbada. Ninguém precisa entregar bolas de sujeira para os filhos lamberem, mas, se eles não tiverem algum contato com as imperfeições do mundo, não criarão anticorpos suficientes.
Isso vale não apenas para vírus e bactérias. “Se não há dificuldades na vida das crianças, elas não vão desenvolver muitas habilidades”, diz a americana Hara Marano, editora da revista Psychology Today e autora do livro A nation of wimps: the high cost of invasive parenting (Uma nação de fracos: o alto custo da paternidade invasiva), lançado em 2008. “É como amarrar os sapatos: na primeira, na segunda ou na terceira vez eles não conseguem. Em vez de amarrar para eles, deixe que andem com os cadarços soltos de vez em quando. Vão começar a tentar sozinhos até aprender.” Marano acredita que os valores ocidentais de competitividade tenham gerado essa “hiperpaternidade” no mundo contemporâneo. “Os pais foram tomados por uma enorme ansiedade, focada na vida dos filhos. Querem resolver o futuro deles agora, querem ser eficientes. Mas eficiência é um valor da profissão, não da criação de um filho.”
O celular ajuda a reforçar essa síndrome, diz Marano. “Com ele, os hiperpais podem ligar sem necessidade real para os filhos, apenas como forma de suavizar suas próprias ansiedades.” E as crianças são levadas a criar o costume de falar com os pais por qualquer mínimo motivo. “Aos 7 anos, muitas crianças já trazem o celular para a escola”, diz Fernanda Carísio, coordenadora educacional do Colégio Cruzeiro, tradicional escola do Rio de Janeiro. “Mesmo a gente pedindo em toda reunião de pais que não deixem as crianças vir com telefone para a escola.” Segundo Carísio, os pais sentem culpa por passar muito tempo longe dos filhos e encaram o celular como um elo. “Só que as crianças não entendem e fazem o uso que acharem melhor.” Uma pesquisa da Fundação Telefônica e da Universidade de Navarra, feita no mês passado entre estudantes paulistas, concluiu que 51% das crianças entre 6 e 9 anos têm celular próprio.
O foco intenso na criança é o cume de um processo que começou por volta do século XV. Até a Idade Média, a infância não era valorizada. A partir do desmame (aos 3 ou 4 anos, naquela época), ela passava a viver no mundo adulto. Não havia escolas formais e a própria família não era nuclear. Conviviam na mesma casa pessoas de várias procedências. Com o início da Idade Moderna, a revolução liberal e, mais tarde, o Iluminismo e a formação da burguesia, o cuidado com a criança e os laços familiares se fortaleceram. Pais e filhos ficaram mais próximos, e a criança passou a ser vista como um indivíduo em formação, que precisa de atenção e tratamento especial.
Até aí, tudo bem. Mas hoje parece que não há apenas uma infância, e sim várias. O mercado de quartos infantis mostra isso. Há uma proposta de ambiente para cada idade. “O quarto cresce com a criança”, diz a arquiteta paranaense Kethlen Durski. “Há berços diferentes, camas que vão aumentando de tamanho, cores propícias para cada momento e até uma iluminação apropriada para cada fase.” Há quem coloque tapete de borracha pela casa para que a criança não se machuque ao engatinhar ou mesmo retire a maioria dos móveis da sala de estar (outra prova de excesso de zelo: a criança deve aprender a cair, diz a nova teoria).
A supervalorização do aprendizado na infância começou nos anos 80, quando pesquisas científicas comprovaram a plasticidade do cérebro do bebê e da criança pequena. “Aí surgiram as ideias de estimulação precoce que hoje levam a um exagero”, diz a psicanalista carioca Silvia Zornig, autora de A criança e o infantil em psicanálise. Junto com essa cobrança exagerada paradoxalmente vem a falta de limites. “Os hiperpais confortam demais, protegem demais, toleram demais, envolvem demais seus filhos o tempo todo”, diz a pediatra e escritora americana Marilyn Heins, dona de um site de dicas para os pais (parentkidsright.com). “As crianças não conseguem respirar diante desse contato exacerbado.” Sobre os hiperpais, Heins é peremptória: “O bom pai é aquele que tem a coragem de entregar seu filho para o mundo. Quem não faz isso está subestimando a criança e atrapalhando seu futuro e sua felicidade. A mensagem que está sendo enviada para a criança é: você não é bom nem inteligente o bastante para ser bem-sucedido, seja lá no que for”.

O bom pai tem a coragem de entregar seu filho para o mundo. Quem não faz isso subestima a criança

Os hiperpais costumam ser implacáveis na questão do desenvolvimento intelectual ou físico. Em São Paulo, proliferam os personal trainers infantis – professores de educação física especializados no atendimento individual de crianças e adolescentes. Luiz Ricardo Rhormens atende hoje dez crianças. Diz que a demanda é crescente. A maioria são crianças acima do peso ou que os pais consideram tímidas para os esportes coletivos. Fazem principalmente natação, caminhada e corrida. “Os pais cobram retorno, querem que a criança se comprometa com metas. Alguns são bastante neuróticos, e eu tento melhorar essa relação.”
Diretora da escola de dança Petit Danse, que tem três unidades em bairros de classe média no Rio de Janeiro, Nelma Darzi diz que a procura aumenta a cada início de ano letivo. “Muitas delas vêm de outras atividades ou vão para outras depois de sair daqui. Não é raro vermos alunos dando sinais de cansaço. Costumo conversar com as mães, mas muitas estão focadas na competitividade”, afirma. Às tradicionais aulas de natação, futebol, balé e inglês somam-se agora atividades mais diversificadas, como cursos de japonês e chinês, história da arte e etiqueta, sem falar no mercado de professores particulares que preparam alunos para os “vestibulinhos”, as provas de admissão nos colégios mais concorridos.
Neste mundo competitivo, as escolas se adaptam. Na Escola Internacional de Alphaville, num condomínio de classe média alta de São Paulo, crianças de 3 e 4 anos têm aulas sobre artistas como Miró, Van Gogh e Pollock. As aulas são apresentadas como uma forma de os alunos “apreciarem a obra e o fazer artístico e refletirem sobre o percurso de criação do artista”. A professora Cássia Bessa, coordenadora do projeto, diz que a diferenciação entre as crianças se dá cada vez mais cedo. “Há uma demanda social por isso, é a evolução natural.” Na Escola de Educação Infantil Ponto Omega, também em São Paulo, há um curso de etiqueta para os pequenos. São quatro módulos sobre como eles devem se comportar: “em casa”, “na escola”, “no clube” e “no restaurante”.
Com uma agenda tão cheia, quando as crianças estão em casa, o tempo é de brincadeira, certo? Mais ou menos. Muitos pais gostam que, em vez do divertimento totalmente livre, haja entretenimento dirigido e programas didáticos. Tarsila Naylor, de 4 anos, e seu irmão Thales, de 2, moradores de Niterói, no Rio de Janeiro, fazem balé, natação, capoeira, iniciação musical e vivência religiosa. Em casa, desde muito pequenos assistem aos DVDs da série Baby Einstein, que são divididos em faixa etária e falam de natureza, ciência e artes. (Há dois anos, uma pesquisa da Universidade de Washington demonstrou que bebês que assistem a esses programas aprendem menos palavras que os que não assistem, mas isso é outra história.) Os irmãos também veem vídeos de histórias infantis em seis línguas diferentes, para ir se acostumando com a sonoridade. “O que ninguém pode roubar de uma pessoa é o conhecimento”, diz o fiscal de tributos Carlos Mauro Naylor, pai das crianças. “Quando crescerem um pouco mais, vão entrar num curso de mandarim.”


Educação sexual é fundamental para futuro reprodutivo das meninas


Adolescência

Educação sexual é fundamental para futuro reprodutivo das meninas
O modo com que as adolescentes conversam sobre sexualidade na escola, na família, e absorvem informação adequada sobre todos os riscos envolvidos, é fundamental para determinar a saúde reprodutiva no futuro. De acordo com a doutora Silvana Chedid, especialista em Reprodução Humana, um bom número de mulheres enfrenta problemas para engravidar por conta de descuidos cometidos na adolescência que podiam ter sido evitados.“Jovens que não têm acesso a informação adequada sobre métodos anticoncepcionais e formas de evitar infecções causadas por doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) enfrentam mais problemas para engravidar. Uma das principais sequelas dessas doenças é o entupimento das trompas”, diz a médica. Segundo Silvana Chedid, em geral, o jovem ainda não se dá conta de que sua conduta sexual enquanto está namorando ou “ficando” com alguém pode comprometer seus relacionamentos na fase adulta e, inclusive, dificultar a formação de uma família. “Por mais que as novas tecnologias facilitem o acesso a todo tipo de informação, os adolescentes se interessam muito pouco ainda sobre prevenção das DSTs. Infelizmente, os descuidos ainda são muito comuns. Com relação às meninas, por exemplo, a doença que mais desencadeia infecção pélvica e alteração tubária é a clamídia (Chlamydia). Como em 75% dos casos a doença só se manifesta através de um discreto corrimento, muitas meninas sequer se importam com o fato”, diz a especialista. Na opinião da médica, apesar de haver muitos fatores que podem comprometer a saúde reprodutiva e resultar em dificuldade para engravidar na fase adulta, se as jovens levassem mais a sério a necessidade de usar preservativos em toda relação sexual, os índices de DSTs cairiam bastante.“Ainda na pré-adolescência, as mães devem levar suas filhas a uma ginecologista de sua confiança para entenderem todo processo de transformação do corpo e, inclusive, esclarecer como as garotas podem contribuir para a preservação da saúde”, diz Silvana.A especialista chama atenção para um projeto lançado pela Associação Americana de Fertilidade e coordenado por uma equipe da Faculdade de Medicina de Nova York. “Trata-se do programa ‘Manicures & Martinis’, que deve circular pelas escolas de 20 grandes cidades norte-americanas e que tem o objetivo de esclarecer os ‘sins’ e os ‘nãos’ da preservação da fertilidade fazendo uso de uma linguagem bastante jovem”.
RedaçãoeAgora.com.br

10 passos para acabar com o bullying

Se você pensa que bullying é coisa só de pessoas normais está enganado. Miley Cyrus confessou em sua autobiografia que sofria deste mal no colégio. Confira algumas dicas para não passar por isso.












NANISMO

Nanismo é a condição de tamanho de um individuo quando a sua altura é muito menor que a média de todos os sujeitos que pertencem a mesma população.
Se admite que se pode chamar de nanismo quando o tamanho de um sujeito é inferior em média dos mesmos sujeitos da mesma idade.
A condição de estar abaixo da altura esperada como o resultado de uma parada prematura do crescimento esquelético. Ele pode ser causado pela secreção insuficiente do hormônio do crescimento: nanismo hipofisário.


Fonte: pt.wikipedia.org


Os anões e a exclusão social
Quem se encontra, hoje, fora dos padrões convencionais de beleza, estatura, peso e medidas faz parte de um grupo estigmatizado da sociedade. Os anões, que alcançam estatura entre 70cm e 1,40m, na idade adulta, estão nesse grupo, pois sua característica preponderante é a baixa estatura. Mas não só. Há um conjunto de fatores que caracterizam as pessoas com nanismo, que se subdividem em 200 tipos e 80 subtipos. O mais comum é o chamado Acondroplasia (leia boxe). Caracterizam-se pela testa proeminente, área achatada acima do nariz (entre os olhos), mandíbula ressaltada e arcada dentária pequena, com sobreposição e desalinhamento dos dentes.
A principal dificuldade para esse grupo de pessoas, cuja incidência ainda não foi oficialmente levantada, é a falta de acessibilidade em ambientes, produtos e serviços de uso público, como balcões de atendimento, prateleiras em supermercados, degraus de escadas e de transportes, caixas eletrônicos, mobiliário público e doméstico em geral (mesas, cadeiras, bancos, camas, estantes, armários, etc.). Tudo é produzido para pessoas com estatura mediana, excluindo as pessoas muito altas ou muito baixas. Outra questão vivenciada pelos anões é a falta de reconhecimento e respeito como pessoa, sendo tratados de forma infantilizada e, muitas vezes, ridicularizados.
O nanismo pode ocorrer em qualquer pessoa, mesmo sem histórico na família. Também em animais, como cães e vacas, o nanismo está presente. As causas podem ser endócrinas (distúrbios relacionados a produção de hormônio de crescimento) e também por mutação genética como é o caso da Acondroplasia.
Embora quem não tenha casos de nanismo na família possa ter filhos anões, o contrário necessariamente não é verdadeiro, ou seja, nem todo anão irá gerar filhos anões. Se os pais são anões do tipo acondroplásico, as probabilidades são de 25% ter filhos com estatura normal e de 75% ter filhos anões.
Apesar do preconceito, os anões podem ter vida social e constituir família como qualquer pessoa, sendo tanto melhor sucedido quanto maior forem a aceitação e o apoio recebidos de familiares.
Segundo o médico ortopedista João Tomazelli, especializado em Nanismo pela universidade americana John Hopkins e considerado referência brasileira na área, é possível detectar o nanismo por ultra-sonografia, a partir do 5º mês de gestação. Não é possível evitá-lo, mas é possível, em alguns casos, desenvolver estatura com tratamento à base de hormônio de crescimento ou cirurgia, porém o efeito é o de "alongamento de ossos", preservando-se outras características.
O médico destaca que a baixa estatura é preponderante, porém, menos importante, pois o menor problema deles é o tamanho. "O tamanho não nos preocupa, mas sua invisibilidade: pouco se sabe sobre eles e isso compromete sua qualidade de vida, devido ao preconceito de que são vítimas", observa. Os anões são 10 vezes mais suscetíveis a problemas com anestesias do que as demais pessoas, em função de um quadro chamado "hipertermia maligna", uma espécie de superaquecimento do organismo, que os fazem suar muito, pois geram calor mais que outras pessoas e esse quadro pode se agravar com alguns anestésicos. Uma anestesia raquia (na região da coluna vertebral) pode ter sérios comprometimentos, podendo inclusive levar a paralisia, segundo o médico. "Esses detalhes são pouco conhecidos pelos profissionais da saúde, aliás, existem médicos que nunca trataram de um anão na vida", observa.
Ele revela, ainda, um dado preocupante: elevado número de suicídios entre os anões. "Não raro temos notícia de um anão que se suicida, não só no Brasil, mas no mundo inteiro. Eles ficam escondidos e se tornam 'invisíveis' , dificultando a inclusão social", afirma.
Para melhorar a qualidade de vida efacilitar a inclusão social, Tomazelli sugere a prática de esportes de baixo impacto, como natação, musculação e hidroginástica, inclusive para o controle da obesidade. Esportes de alto impacto não são indicados porque contribuem para o desgaste das articulações, gerando dores e doenças.


ACONDROPLASIA: O TIPO MAIS COMUM DE NANISMO
A acondroplasia, o tipo mais comum de nanismo, pode ou não ser hereditária e ocorre por modificação genética. Qualquer pessoa pode gerar outra com acondroplasia. Suas principais características são: baixa estatura, braços e pernas pequenos desproporcionais ao tamanho da cabeça e comprimento do tronco. Esse encurtamento é principalmente na parte de cima dos braços e nas coxas. Um adulto com acondroplasia tem uma curva acentuada na parte final da espinha, que apresenta uma aparência saliente. Suas pernas quase sempre se tornam curvas e a pessoa pode apresentar limitada movimentação dos cotovelos, que não se dobram completamente. As mãos são pequenas e os pés, pequenos e largos. Muitas crianças acondroplásicas podem flexionar a articulação de seus dedos, pulsos, cintura e joelhos a um ângulo extremo devido a ligamentos frouxos de algumas articulações. Esses sinais são normalmente aparentes no nascimento e a acondroplasia pode ser diagnosticada nessa época, na maioria dos casos. Em geral, não há alteração intelectual.
Não parece haver ligação entre a altura dos pais e a altura a que a criança com acondroplasia vai alcançar quando adulta. Há psicólogos, pediatras, endocrinologistas, geneticistas, ortopedistas e neurologistas que podem oferecer apoio. Muitas pesquisas estão sendo feitas sobre a acondroplasia e outros problemas de crescimento.



Fonte: www.ame-sp.org.br

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Polícia alemã desarticula rede de pedofilia que inclui 781 brasileiros


A polícia alemã anunciou nesta sexta-feira ter desmantelado uma rede internacional de pedofilia em uma das maiores operações contra esse tipo de crime.
As investigações apontam para cerca de 9.000 suspeitos em mais de 91 países. O Brasil estaria, segundo os investigadores, entre os primeiros da lista em número de supostos membros do círculo.
De acordo com os investigadores, imagens não somente de menores em poses eróticas, mas também de "sérios abusos sexuais envolvendo crianças, incluindo bebês", foram transmitidas de mais de cerca de 1.000 conexões alemãs para 8.000 endereços de computadores em várias partes do mundo.
Na operação, foram apreendidos mais de 500 computadores, mais de 43 mil dispositivos de armazenamento de dados e quase 800 discos rígidos em diversas cidades alemãs.

No alto da lista

"Constatamos 781 registros de usuários com origem no Brasil e enviamos esses dados às autoridades do país", disse à BBC Brasil Horst Haug, porta-voz do órgão responsável pelas investigações, a Agência Estadual de Investigações Criminais de Baden-Württenberg, estado no sul da Alemanha.
Apesar de reticente ao tecer comparações, Haug confirmou que o Brasil está entre as nações com maior quantidade de registros na suposta rede, na frente dos Estados Unidos e de países europeus. "Não quero comparar, porque os números são relativos, mas pode-se dizer que os Brasil está entre os primeiros da lista".
A rede de compartilhamento de dados, na qual eram trocados filmes de conteúdo de pedofilia através de um software de troca de arquivos, estava desde o ano passado na mira dos investigadores alemães.
Nesta sexta-feira, autoridades alemãs fecharam um contrato com cinco dos maiores provedores de internet do país para bloquear o acesso dos usuários a sites com conteúdo de pedofilia. Com isso, o governo da Alemanha espera possibilitar a obstrução de entre 300 mil e 400 mil tentativas de acesso diárias de internautas no país a mais de mil sites internacionais.

MARCIO DAMASCENO
da BBC Brasil em Berlim

quinta-feira, 16 de abril de 2009

A desumanização da Medicina

Em sua origem, a medicina ocidental era uma ciência essencialmente humanística. Suas raízes se assentavam no solo da filosofia da natureza e seu sistema teórico partia de uma visão holística que entendia o homem como ser dotado de corpo e espírito. Nesse sentido, para médicos como Hipócrates (nascido em Cós, aproximadamente no ano 460 a.C.) “as doenças não são consideradas isoladamente e como um problema especial, mas é no homem vítima da enfermidade, com toda a natureza que o rodeia, com todas as leis universais que a regem e com a qualidade individual dele, que [o médico] se fixa com segura visão”.
As causas das doenças, portanto, deveriam ser buscadas não apenas no órgão ou mesmo no organismo enfermo mas também e principalmente no que há de essencialmente humano no homem: a alma; esse componente espiritual que distingue o homem dos outros organismos vivos do planeta.
Mais do que um biólogo, mais do que um naturalista, o médico deveria ser, fundamentalmente, um humanista. Um sábio que, na formulação do seu diagnóstico, leva em conta não apenas os dados biológicos mas também os ambientais, culturais, sociológicos, familiares, psicológicos e espirituais. O médico clássico portanto é, antes de tudo, um filósofo; um conhecedor das leis da natureza e da alma humana.
Os enormes progressos alcançados graças às ciências físicas, químicas e biológicas, aliados aos desenvolvimentos tecnológicos, foram, cada vez mais, redirecionando a formação e a atuação do médico, modificando também sua escala de valores. Na medida em que o prestígio das ciências experimentais foi crescendo, o das ciências humanas esvanecia-se no meio médico.
As descobertas ainda mais surpreendentes que ocorreram nas últimas décadas, principalmente no âmbito da biologia celular e molecular, que ultimamente têm culminado nas pesquisas do genoma, parecem ter definitivamente confirmado a idéia de que a chave de todo o conhecimento médico está nas ciências experimentais.
Certamente, mesmo depois de totalmente desvendado o código genético e desenvolvidas as mais sofisticadas técnicas de diagnóstico e prognóstico clínico, os médicos continuarão enfrentando limitações e dificuldades que exigirão mais do que o conhecimento científico-tecnológico para que possam ser superadas. E isso é uma realidade que já se experimenta, muitas vezes de forma traumática e desalentadora, nos dias de hoje.
Encarar o paciente como um ser humano, ser capaz de enxergar o outro, compadecer-se de sua dor , é uma arte há muito esquecida pelos profissionais da saúde.
Quanto mais Phds, mais valoriza-se o cérebro e a razão e menos atenção é dispensada ao coração e aos sentimentos.
Antonio Carlos da Fonseca, que necessitou de terapia fonoaudiológica , após a retirada de sua laringe, descreve em seu livro "Aprenda a se conhecer", a sua experiência como paciente. Transcrevemos abaixo alguns trechos que ilustram nossa reflexão e sensibilizam para a necessidade de uma atitude mais humana frente aos pacientes, em todas as áreas.

... De que adianta uma profissional tecnicamente competente, como foi o caso de minha avaliação pré-operatória, se ele não procurou aplicar técnicas de relacionamento humano tão necessárias para o momento, que era de muita angústia e tensão.
Competente é o profissional que sabe se situar e avaliar o momento, utilizando o conhecimento das técnicas mais adequadas às circunstâncias, a fim de conseguir respostas e chegar com sucesso ao seu objetivo...

... No meu caso, no período pós-operatório, quando comecei a realizar minha sessões de fonoterapia, passei por umas sessões superficiais de consultório, sem despertar maiores interesses para o aprendizado, em que a fonoaudióloga da época metralhava com exercícios e só se preocupava em exigir a realização deles com perfeição, não enxergava o paciente e não se importava com o meu estado de espírito, fazendo questão apenas de demonstrar o seu conhecimento sobre as técnicas da recuperação da voz, de se mostrar o(a) dono(a) da situação, esquecendo-se de que na sua frente estava uma pessoa muito fragilizada em seus sentimentos, estressada, depressiva com sua nova aparência e perspectiva de vida, que necessitava muito de estímulos emocionais e psicológicos, juntamente com a aplicação da parte técnica, pois, neste momento, a sensação da perda definitiva da voz parecia-me iminente...

Fonte: Aprenda a se conhecer - Antonio Carlos da Fonseca



A Cura do Câncer- FINALMENTE !

É POR ISTO QUE A NOTÍCIA ESTÁ RESERVADA A PEQUENOS CÍRCULOS.

Um médico italiano descobriu algo simples, que considera a cura
do câncer.
Inicialmente banido da comunidade médica italiana, foi aplaudido
de pé na Associação Americana contra o Câncer quando apresentou sua
terapia.
O médico observou que todo paciente de câncer tem aftas.. Isso já
era sabido da comunidade médica, mas sempre foi tratado como uma
infecção oportunista por fungos - Candida albicans.
Esse médico achou muito estranho que todos os tipos de câncer
tivessem essa característica, ou seja, vários são os tipos de tumores
mas têm em comum o aparecimento das famosas aftas no paciente.
Então, pode estar ocorrendo o contrário - pensou ele.
A causa do câncer pode ser o fungo. E, para tratar esse fungo,
usa-se o medicamento mais simples que a humanidade conhece: bicarbonato de sódio
Assim ele começou a tratar seus pacientes com bicarbonato de
sódio, não apenas ingerível, mas metodicamente controlado sobre os
tumores.
Resultados surpreendentes começaram a acontecer.
Tumores de PULMÃO, PRÓSTATA E INTESTINO DESAPARECIAM COMO UM PASSE DE MÁGICA , junto com as aftas.
Desta forma, muitíssimos pacientes de câncer foram curados e hoje
comprovam com seus exames os resultados altamente positivos do
tratamento.
No site estão os métodos utilizados para aplicação do bicarbonato de
sódio sobre os tumores.
Quaisquer tumores podem ser curados com esse tratamento simples e
barato.
Foi notícia nos EUA e nunca chegou por aqui
por aqui.
QUE SE CONSIGA MESMO!


fonte:http://www.curenaturalicancro.com ( em inglês)

Aleitamento Natural X Mamadeira

Quem não lembra com saudade e emoção dos momentos sublimes que passamos ao lado de nossos bebês, durante sua amamentação? Seus lábios perfeitamente encaixados, sua sucção vigorosa, rítmica, suas mãozinhas tocando nosso seio com carinho. e o que falar do seu adormecer tranquilo, de sua expressão serena, reflexo de sua satisfação plena.
O leite materno é como um organismo perfeito em si; seu valor para o desenvolvimento infantil tem sido amplamente enfatizado. entretanto, além da importância nutricional e psicológica conferida ao aleitamento natural, outros fatores confirmam sua excelência.
Quando o seio é oferecido ao bebê, ele o apreende e suga certo número de vezes, fornecendo um volume de leite na boca que desencadeia outro reflexo, o da deglutição, sendo o alimento levado ao estômago até a criança atingir a sensação de plenitude alimentar. Uma vez satisfeito, dorme profundamente.
E o que acontece com este mecanismo harmonioso, se oferecemos ao bebê a mamadeira? No geral, com um bico comum, tão comprido, que chega até a garganta e com um furo aumentado, faz com que o líquido entre diretamente no trato digestivo, sem a pré digestão que se realiza com a saliva.
Enquanto no peito o bebê regula a quantidade de leite, comprimindo e descomprimindo o mamilo, na mamadeira é obrigado a utilizar a ponta da língua para parar a saída do líquido. Isto implicará em um treinamento inadequado da deglutição.
Além disso, a força exercida na sucção do peito é maior do que na mamadeira, promovendo um exercício completo da musculatura facial e induzindo a um desenvolvimento ósseo adequado.
e o que fazer quando a mamadeira se torna necessária? Primeiramente deve-se optar pelo bico ortodôntico, que mais se assemelha ao bico materno, puxando-o ligeiramente para fora, para estimular a sucção. A postura da criança deverá ser mais verticalizada, para evitar dificuldades respiratórias. O corpo do bebê deve estar em contacto com a mãe, alternado os lados de seu colo, tentando reproduzir a situação do aleitamento natural.
As amamentações no peito ou na mamadeira deveriam persistir no máximo até nove meses, pois, nesta idade a criança já tem a presença de alguns dentes e é capaz de usar a colher e o copo. este fato é de extrema importância para o estímulo à mastigação, à percepção gustativa e ao desenvolvimento crânio-facial harmônico.
Quando a criança satisfaz a fome, mas não a necessidade de sucção, pode entrar em ação a chupeta ortodôntica. não se deve oferecê-la a qualquer sinal de desconforto ou para acalmar seu choro; esse caminho só levará ao hábito. Após alguns minutos de sucção, ela deve ser retirada.
o uso indiscriminado da chupeta e da mamadeira é que pode trazer malefícios. sabendo usá-los, estes ”dispositivos” podem ser um grande aliado das mães e crianças.

Não bata, eduque!



“A palmada é um recurso utilizado em todas as classes sociais.” Em 99% dos lares brasileiros, as crianças já levaram pelo menos uma palmada na vida”, diz o psicólogo Cristiano da Silveira Longo, que defendeu tese na USP sobre punição corporal.
No livro “Mania de Bater”, as psicólogas Maria Amélia Azevedo e Viviane Nogueira de Azevedo realizaram uma ampla pesquisa com 984 crianças de diversas classes sociais. Mais de 50% das crianças revelaram ter apanhado em casa. O estudo concluiu que a palmada é a tática punitiva preferida dos pais.
A palmada, considerada por muitos inofensiva, interrompe o comportamento considerado inadequado, mas a médio e longo prazo não educa. Não mostra o que deve ser feito, apenas o que não deve e, portanto, enfoca o erro e não ensina o certo. É um ato, por vezes, incoerente, pois em algumas situações a criança apanha para aprender que não deve bater. O círculo completa-se com a violência psicológica que normalmente acompanha a palmada. São frases depreciativas como: “você faz tudo errado”, que podem levar a criança a se convencer disso e gerar mais comportamentos negativos.
A palmada deixa cicatrizes como baixa auto-estima, agressividade, medo, insegurança e sensação de impotência. A criança experimenta dor, humilhação, tristeza, angústia, ódio, raiva e vergonha. "Toda palmada é um ato violento e a pouca força que os pais acreditam aplicar num tapa nem sempre é a mesma percebida pela criança", diz Longo. Ele ressalta que as seqüelas podem ou não aparecer em conseqüência de aspectos como o equilíbrio do ambiente familiar, a freqüência com que a criança apanha e sua personalidade. É claro que, quando batem em seus filhos, os pais não querem simplesmente humilhá-los. A palmada é dada com a melhor das intenções: educar a criança para que ela conheça seus limites e se torne um adulto responsável. Só que há outras formas de educar.
Segundo pesquisas atuais, os filhos de pais autoritativos são os mais otimistas, têm menos sintomas de depressão e ansiedade, têm melhores habilidades sociais, melhor auto-estima, entre outros (artigos das pesquisas podem ser encontrados no site www.nac.ufpr.br). Os pais autoritativos combinam comportamentos de exigência, em cumprimento de regras e estabelecimento de limites, com comportamentos de responsividade, dando retorno às demandas dos filhos e possibilitando-lhes maior autonomia e auto-afirmação. De um lado há uma posição de controle e poder e de outro uma posição de compreensão. . Não é suficiente ser apenas exigente ou apenas responsivo. Os pais precisam ser firmes e manter certa autoridade e ao mesmo tempo perceber o que os filhos precisam, entendendo que eles também possuem exigências. Ao mesmo tempo em que os pais precisam ser respeitados em seus papéis, eles também devem respeitar os direitos dos filhos. Assim, se os pais fazem exigências, mas são responsivos, não punem a criança fisicamente em nome desse respeito.
A “palmadinha que não dói ”pode provocar o efeito inverso: fazer com que a criança perca o respeito por seus pais. “A criança sente-se castigada, mas não chega a ter medo da punição, o que equivale a um passe livre para transgredir”, diz a psicóloga infantil Ana Esther Cunha. A palmada pode iniciar uma espiral de violência que conduz os pais às surras e aos espancamentos. "Quando a palmadinha já não surte efeito, a dose da agressão aumenta para intimidar a criança", diz Ana Esther. "A conseqüência é o medo que estimula a criança a mentir", acrescenta a psicóloga Raquel Caruso Whitaker, do Centro de Aprendizagem e Desenvolvimento.
Em seu trabalho, Cristiano da Silveira Longo listou os principais argumentos utilizados pelos pais que lançam mão da palmada, entre eles, a necessidade de impor respeito com resultados imediatos, a crença de que a criança não tem maturidade de escutar e entender e a tentativa de evitar que ela se torne um adulto autoritário e desagradável. Há os que se acham no direito de bater porque são os provedores da criança. Mas, de acordo com especialistas, os motivos são outros. Os pais batem porque estão estressados por trabalho, trânsito, problemas financeiros ou pelo acúmulo de problemas com a criança. "Pais batem porque são inseguros e autoritários", diz a terapeuta familiar Verônica Cezar Ferreira. Para ela, educar dá trabalho e o adulto precisa ser firme e coerente, o que não é sinônimo de braveza nem de rigidez.
Os especialistas sugerem que façam combinados com o filho. São como contratos, que devem ser acertados antes dos confrontos. Se seu filho teima em criar problemas na hora de vestir-se para a escola, converse antes com ele, explique a importância da pontualidade e decida em conjunto qual será a conseqüência caso o acordo não seja cumprido. O castigo deve ser sempre compatível com a idade e relacionado à transgressão cometida. Deve ser aplicado imediatamente após o ocorrido e de curta duração, para que ambos os lados consigam levá-lo até o fim.

O QUE EDUCA É AMOR, CARINHO E RESPEITO!

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Estresse também atinge crianças e pode evoluir para a depressão

Pais precisam identificar sinais da doença, que pode surgir a partir de dificuldades familiares ou na escola

Tão comum em adultos, o estresse também pode atingir as crianças. O estresse é uma arma do corpo que surge em qualquer tipo de ambiente ou situação hostil e, portanto, não tem idade para se manifestar. A melhor maneira é preveni-lo desde cedo, para que o problema não fique ainda mais grave.
Se o estresse no adulto tem a fonte nas relações de trabalho, no excesso de tarefas ou nas dificuldades familiares, na criança a origem da doença não é tão diferente, e concentra-se muitas vezes no ambiente escolar e familiar.
A competitividade e a exigência do colégio, uma briga com os colegas, a mudança de casa, escola, cidade, as brigas dos pais, a chegada de um novo irmão são apenas alguns dos possíveis motivos apontados para o estresse infantil.
Para que o estresse não atinja o rendimento da criança em suas atividades, e para que ela não fique irritada ou chorando constantemente, é fundamental que os pais identifiquem o problema e transmitam, em primeiro lugar, seu apoio afetivo. O próximo passo é procurar tratamento especializado, para que o estresse não se desenvolva em depressão.


Refeição em família faz bem à saúde física e mental, indicam estudos

São Paulo - Apesar de o hábito das refeições em família ser considerado importante - com benefícios para saúde física e mental comprovados em pesquisas, esse ritual está saindo de cena no Brasil. É o que mostra levantamento recente realizado pela Unilever em diversos países, intitulada O Poder das Refeições. Na pesquisa nacional, descobriu-se que 49% das paulistanas entrevistadas jantam em família todos os dias. Em contrapartida, 69% dos brasileiros dizem que se alimentam enquanto assistem à TV.
Ora, com a TV ligada, a refeição compartilhada perde seus principais benefícios, como estimular a união e cumplicidade entre pais e filhos e aumentar a qualidade da alimentação. Estudos internacionais revelam muito mais ganhos. A conversa que acontece ao redor da mesa contribui ainda para o desenvolvimento social e cognitivo das crianças, e para a ampliação de seu vocabulário.
Uma pesquisa do governo do Reino Unido concluiu que as crianças que fazem regularmente as refeições com os pais têm quase o dobro de chance de tirar notas boas na escola, comparadas àquelas que não desfrutam desse hábito. E adolescentes que adotam esse ritual apresentam menores probabilidades de se envolverem em brigas ou de serem suspensos da escola. Também ficariam menos vulneráveis ao uso de drogas, sexo sem proteção e depressão.
Além do aspecto psicológico, a refeição em família traz ganhos à saúde. A nutricionista Lara Natacci diz que é durante a refeição em família que mais se presta atenção à qualidade alimentar. “Geralmente, o ritual proporciona uma alimentação mais saudável. Além disso, as pessoas comem menos e mais lentamente do que quando estão diante da TV ou sozinhas”, ressalta a especialista, que também é professora do curso de pós-graduação da Universidade de São Paulo, na área de Promoção de Saúde.
Com menos pressa, saboreia-se mais o alimento, e é dado mais tempo ao cérebro para que emita o sinal de que a fome cessou. A nutricionista explica que a sensação de saciedade leva 20 minutos para chegar ao cérebro. Ou seja, quem engole tudo rápido acaba comendo mais do que o necessário, por não dar chance para que essa comunicação aconteça. “Por isso, a refeição à mesa também pode evitar problemas como obesidade, além de outros distúrbios alimentares”, afirma.

Ciça Vallerio


terça-feira, 14 de abril de 2009

Exercícios físicos contra os tombos na terceira idade

Quedas já são a sexta causa de mortes de idosos no Brasil, daí a importância de fortalecer músculos e melhorar o equilíbrio

Rio - Fazer exercícios físicos para fortalecer os músculos, melhorar o equilíbrio e aumentar a flexibilidade é prática fundamental na terceira idade. Com isso, são reduzidos os riscos de quedas, a sexta causa de mortes de idosos no Brasil, segundo o Ministério da Saúde. O Rio também está atento ao problema: no segundo semestre, começam as obras da primeira Praça do Idoso/Estação de Prevenção de Quedas do Rio, em Copacabana.
O projeto, da Secretaria Municipal de Envelhecimento e Qualidade de Vida, prevê a instalação de aparelhos para exercícios de ombro, antebraço e punho, reforço de marcha e da musculatura de pernas, entre outros. Os cariocas poderão usar o espaço gratuitamente.
A Universidade Aberta da Terceira Idade, da Uerj, já conta com a Oficina de Prevenção Antiqueda, com aulas grátis. “As atividades melhoram o equilíbrio e a força. Além disso, ensino a maneira correta para se levantar, pois muitos não moram com a família e precisam erguer-se sozinhos”, diz a professora Teresa Duarte.
Para o geriatra do Hospital Badim, Luiz Eduardo Sampaio, a musculação também é importante aliado para evitar os tombos. “O evento mais marcante no envelhecimento é a perda da massa muscular, que acarreta problemas como falta de força, cansaço e diminuição do equilíbrio”, diz.
O aposentado Walter Pereira dos Santos, 70, descobriu a independência após aderir às aulas na Uerj. Ele teve um AVC em 1996, e ficou anos sem falar e andar. “Hoje eu ando, pego ônibus, faço comida e ainda subo em árvores para catar frutas”, garante. Seu xará Walter de Freitas, 81, está na oficina há quatro anos.
“Melhorei muito a agilidade para abaixar e levantar. Antes ficava muito parado e sentia muitas dores nas articulações. Quando caía, precisava de ajuda. Hoje não dependo de ninguém para isso. Sou mais feliz”, afirma.

OUTRAS FORMAS DE PREVENÇÃO

PERIGOS DOMÉSTICOS

Cerca de 50% dos tombos ocorrem em casa, segundo a Sociedade Brasileira de Otologia. E 25% deles são resultado de perigos domésticos, como pisos escorregadios, pouca luminosidade e disposição inadequada de móveis. O grande vilão é trajeto quarto-banheiro, principalmente à noite, quando o idoso está mais lento.

CASA MAIS SEGURA

Além dos exercícios físicos, também é preciso adaptar a residência do idoso para evitar os tombos. Algumas providências importantes são: colocar tapetes antiderrapantes e bancos no chuveiro; instalar barras de apoio no vaso sanitário, chuveiro e corredores; manter uma luz acesa durante a noite, para o caso de o idoso se levantar da cama; evitar tapetes e quinas nos móveis; evitar animais pequenos soltos dentro de casa que podem fazer o idoso tropeçar.

EVITANDO RISCOS

É muito importante que o idoso tente evitar situações de risco para quedas. Entre elas, estão andar no chão molhado, subir em escadas ou bancos, usar calçados escorregadios ou saltos altos, se sentar ou se levantar muito rápido.

CAUTELA COM REMÉDIOS

Idosos costumam precisar fazer uso de medicamentos. Mas não devem, de maneira nenhuma, utilizar os produtos sem recomendação do médico. Isso porque muitas substâncias presentes nos medicamentos são imensos fatores de risco para as quedas: elas alteram o equilíbrio e podem fazer cair a pressão arterial.


Diabetes 'pode afetar memória e concentração'


O fracasso em controlar o diabetes tipo 2 pode ter efeitos de longo prazo no cérebro, segundo uma pesquisa da Universidade de Edimburgo, na Escócia.
Os cientistas acreditam que episódios graves de hipoglicemia - que ocorre quando os níveis de açúcar no sangue ficam muito baixos - podem levar a perdas de memória, lógica e concentração.
O estudo, apresentado em uma conferência organizada pela ONG Diabetes UK, analisou testes de habilidade mental feitos em mais de mil voluntários com idades entre 60 e 75 anos.
As 113 pessoas que haviam sofrido hipoglicemia grave anteriormente tiveram notas mais baixas que os demais.
A chefe da pesquisa, Jackie Price, afirmou que há algumas conclusões possíveis a partir do estudo: ou os episódios de hipoglicemia podem levar ao declínio cognitivo ou o declínio cognitivo torna mais difícil que as pessoas controlem o diabetes, o que causaria mais episódios de hipoglicemia.
"Uma terceira explicação pode ser que um outro fator desconhecido esteja causando tanto a hipoglicemia como as perdas de habilidade mental", afirmou a médica.
"Estamos fazendo novas pesquisas para tentar identificar qual das explicações é mais provável."
Para o diretor da organização Diabetes UK, Iain Frame, o estudo reforça indicações anteriores de que a falta de controle do diabetes afeta o funcionamento do cérebro.
"Já sabemos que diabetes tipo 2 aumento o risco do desenvolvimento do Mal de Alzheimer, que é um tipo de demência, e essa pesquisa oferece uma nova peça para este complicado quebra-cabeças", diz Frame.


segunda-feira, 13 de abril de 2009

São Paulo tem pelo menos mil crianças fora da escola


Lista dos conselhos tutelares relaciona 1.027 nomes, de nove regiões, e será enviada à Promotoria para propor abertura de ação na Justiça

Passados dois meses do início do ano letivo, mais de mil crianças estão sem vagas no ensino fundamental em São Paulo, aponta levantamento dos conselhos tutelares da cidade.
Conselheiros, Defensoria Pública Estadual e ONGs apontam déficit nas escolas municipais e estaduais, principalmente por conta da diminuição do número de colégios com o "turno da fome" (período das 11h às 15h, uma hora a menos que o normal das aulas, para abrigar mais alunos na escola). Não houve, afirmam, construção de unidades de forma compatível.
A razão para a fila, porém, não é clara. A prefeitura diz que houve aumento de procura pelas suas escolas neste ano e que trabalha com o Estado para encontrar lugares. A responsabilidade de oferta na cidade é dividida pelas redes do prefeito Gilberto Kassab (DEM) e do governador José Serra (PSDB).
A prefeitura nega, contudo, que faltem vagas. O governo estadual informou que tem lugares em todas regiões que foram apontadas como deficitárias.
Segundo a Folha apurou, o sistema integrado de distribuição de matrículas da prefeitura e do Estado ficou dois meses quase parado, por conta de desentendimentos entre as gestões (voltou em março). Ambas as instâncias buscam diminuir o número de alunos por sala.
O ensino fundamental é a única etapa obrigatória do ensino no país, segundo a Constituição. O descumprimento da obrigação pode levar ao afastamento dos gestores públicos (governador, prefeito e secretários de Educação).

Levantamento
Devido às reclamações sobre falta de vagas neste ano, os conselhos tutelares fizeram uma lista única com os nomes das famílias que foram ao órgão.
A relação foi fechada na quarta-feira, com 1.027 nomes, de nove regiões, e será enviada ao Ministério Público. Eles pedirão abertura de ação para atendimento às requisições.
A maioria das famílias pediu vaga entre dezembro e janeiro. As regiões que mais apresentaram demanda foram Cidade Ademar (300) e Grajaú (191).
Especialistas que acompanham a oferta de vagas dizem que não havia registro de déficit no ensino fundamental desde o início desta década. O problema estava restrito às creches e pré-escolas.
"Reduziram o "turno da fome" sem se preocupar em construir escolas de forma proporcional", disse a coordenadora da comissão de educação dos conselhos tutelares da cidade, Maria da Conceição Barbosa Brito. "Estamos em abril e a situação não foi resolvida. Os alunos podem perder o ano."
Pressionados politicamente a acabar com o turno intermediário, prefeitura e Estado intensificaram a diminuição do modelo. Só na rede municipal, o número de unidades com o "turno da fome" caiu de 329 (em 2005) para 69 (neste ano). O fim do período foi uma promessa de campanha de Kassab.
"Passamos a receber muitas reclamações de falta de vagas no fundamental, etapa em que os governos dizem não haver déficit", disse o defensor público Flávio Frasseto, que abriu procedimento investigatório.
"Quando a vaga aparece, o aluno é colocado longe de casa, o que é ilegal", disse Frasseto. Ele cita lei federal do ano passado que obriga o poder público a matricular a criança na escola mais próxima de sua casa.
Bruna dos Santos Lopes de Souza, 13, de Americanópolis (zona sul), busca vaga desde dezembro. "Não sabemos mais o que fazer", afirmou a ajudante de produção Gleide da Silva, 37, tia da jovem. O pedido de matrícula foi feito na escola municipal Cacilda Becker.
Após três meses de espera, Gleide conta que foi oferecida uma vaga em uma escola estadual a 4 km de sua casa. "Não tem transporte escolar, a mãe dela não pode pagar condução e demora muito para chegar. Não tem condição de aceitar", disse. Por isso, Bruna segue na fila.
"Faltou planejamento para o fim do terceiro turno", disse Salomão Ximenes, da ONG Ação Educativa. "O período intermediário é prejudicial, porque os alunos estudam menos horas. Mas não se pode acabar sem a respectiva oferta de vagas."

Fonte: FÁBIO TAKAHASHI
Folha de São Paulo

domingo, 12 de abril de 2009

O país estuprado

Escrito por Dr.Campos Júnior
Médico, professor titular da UnB e presidente da Sociedade Brasileira de Pediatria dicampos@terra.com.br

Muito se fala. Pouco se faz. A violência triunfa soberana todos os dias. Os requintes aprimoram-se, avançam em criatividade mórbida. O susto e o pânico irmanam-se na incredulidade. Rostos estupefatos juntam-se nas fotos. Olhares de desespero delimitam feições patéticas. O medo condiciona comportamentos. O pavor incontido contagia os gestos. O horror corrompe os ambientes, desequilibra pessoas, alimenta o metabolismo da tragédia. Não há um só dia em que a degradação humana deixe de comparecer ao noticiário da imprensa brasileira. É o crime, nas mais diversas versões e terríveis falências da ética, a mostrar presença constante no âmago de uma sociedade que se recusa a pensar. Da miséria à fome, da pedofilia à corrupção política, da facada ao estupro, passando pela bala perdida, não há limite para a maldade que cerca o cidadão deste país. Boa parte das famílias já experimentou a dor lancinante, a humilhação inesquecível de ver entes queridos mortos, mutilados ou violentados pela sanha da delinquência que se alastra nas cidades. As vítimas visadas são as mais fracas, mulheres e crianças. Prostituição infantil, pedofilia e estupro estão na ordem do dia, na pauta dos jornais, na agenda dos criminosos. Enquanto isso, as discussões de autoridades encarregadas dos destinos do país permanecem centradas nas sístoles e diástoles da economia. É o único assunto que lhes interessa no momento. A formação da cidadania em bases educativas, morais e éticas respeitáveis fica para depois, à distância, em segundo plano. A saúde financeira, abalada pela anemia dos investidores, é a preocupação prioritária, mesmo com todas as desigualdades sociais que não se desfazem há mais de 500 anos. A maioria das crianças brasileiras, nascidas em berço pobre, cresce sem proteção, em locais desfavoráveis, exposta a todos os riscos imagináveis, além daqueles não imagináveis que surpreendem diariamente pela perversidade inaudita. A sobrevivência de seres nas fases mais tenras da vida depende do trabalho dos pais, que ficam obrigados a se ausentar de casa. Sem alternativa, deixam os filhos entregues à própria sorte, sob os cuidados de irmãos igualmente menores ou de babás vizinhas sem qualquer preparo para tamanha responsabilidade. Faltam creches e pré-escolas onde essas crianças possam ser acolhidas, estimuladas, nutridas e educadas apropriadamente, como aquelas nascidas em berço esplêndido. Desprotegidas, vivem à mercê do acaso. Vulneráveis, são alvos de crueldades devastadoras. Abandonadas, mergulham no fundo do poço. Esquecidas, perdem-se nos descaminhos da marginalidade. Humanas, são tratadas como vira-latas. Chegam à juventude sem identidade, sem referências, sem amanhã. Têm como dimensão existencial apenas o hoje. Duro, adverso, hostil, injusto. Por seu lado, o modelo econômico em vigor transforma todas as atividades em negócio. O sexo tornou-se forte objeto de consumo. A indústria do setor agiganta-se. Cria mercado em todas as faixas etárias. Promove erotização precoce, veste as meninas com trajes de mulher em idade fértil, ensina-lhes os gestos sensuais e as maquiagens de modelo. A internet favorece a carreira dos consumidores do mercado que prostitui e violenta crianças. Estupradores andam soltos em busca da vítima mais próxima. De preferência as mais frágeis, incapazes de reagir. Assim se forma o cenário propício aos abusos de toda ordem, com os quais as famílias ainda não atingidas habituam-se. Não reagem. A educação infantil de qualidade para todos, caminho ideal para reduzir comportamentos antissociais, é proposta que não sensibiliza porque levaria a uma sociedade igualitária. Não há PAC para privilegiar a infância carente. Os investimentos só se fazem em obras e projetos que não reduzem o fosso entre ricos e pobres. Nunca se desrespeitou tanto a infância, período nobre da espécie destinado ao desenvolvimento do cérebro, evolução que só se alcança pela ternura lúdica do brincar, pelo calor do afeto verdadeiro, pela linguagem da imaginação criativa, pelo estímulo da compreensão generosa. Negar às crianças pobres o direito de acesso à educação infantil qualificada é violência de impacto mental e social comparável à do estupro. Agride o ser humano na estrutura mais profunda da personalidade em formação. Equivale a violar a nação no íntimo de sua integridade infantil florescente, envergonhando-a com cicatrizes sociais incuráveis. É o Brasil estuprado pela violência da iniquidade que não se resolve com as medidas protelatórias de sempre.

Sean afirma na Justiça que quer ficar no Brasil

RIO - O menino Sean, que é disputado na Justiça por seu pai, o americano David Goldman, e pelo padrasto, o brasileiro João Paulo Lins e Silva , disse sete vezes que prefere ficar no Brasil a voltar para os Estados Unidos, revela reportagem de Paula Autran, publicada este domingo pelo jornal O Globo.
Sean foi ouvido por três peritas e uma assistente da União para uma avaliação psicológica, a pedido da Justiça Federal.
Leia a reportagem completa no jornal O Globo deste domingo ou no Globo Digital (conteúdo exclusivo para assinantes)
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Blog Brasil com Z: Lula compara caso Sean ao de Elian Gonzalez


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