sábado, 25 de dezembro de 2010

R7 relata noite de Natal em abrigo de moradores no centro de SP

Morador de rua reza antes de comer refeição de Natal em abrigo da cidade (Foto Julia Chequer/R7)

Reportagem passa o Natal com pessoas que não conseguem dizer feliz Natal
Fim da primeira entrevista do dia, com Edmundo dos Santos, baiano de Feira de Santana, 40 anos. O repórter e sua colega fotógrafa mandam praticamente o mesmo agradecimento:
- Obrigado. Feliz Natal.
A resposta é simpática, mas sem entusiasmo:
- Valeu. O papo foi bom.

Tempos depois, ponto final na segunda conversa, desta vez com o mineiro Weldenico Vicentin, 37 anos, ex-estudante de Teologia, pai de duas filhas.
A segunda tentativa:
- Valeu pelo papo. Feliz Natal.
A resposta:
- É isso aí. Um abraço.

Chega ao final a terceira entrevista, com Carlos Gastaldello, 44, gaúcho de Caxias do Sul. Vamos lá...
- Valeu, Carlos. Feliz Natal.
A resposta:
- Olha, posso até tentar ter uma noite boa, mas feliz Natal já é demais. A verdade é que somos um monte de solitários reunidos aqui. Não tem essa de espírito familiar. E no meu caso, ainda por cima, você está falando com um ateu.

São Paulo, início da noite de sexta-feira, 24 de dezembro de 2010. Faltam menos de seis horas para a meia-noite.

Árvore de Natal em abrigo de São Paulo

O R7 está no Centro de Acolhida Lygia Jardim, no bairro Bela Vista, um dos mais de 40 abrigos de moradores de rua de São Paulo.
O espírito de Natal, essa nuvem emblemática que faz cristãos acreditarem que todo pecado pode ser purgado e os não cristãos ao menos aproveitarem o momento para incorporar um pouco mais de delicadeza às atitudes, está espalhado pelo bairro, a cidade, o país e, ainda, por um bom pedaço do mundo.
O sentimento explode nos fogos de artifícios lá fora.
Na gritaria de uma meia dúzia de moleques na rua.
Nas ceias e amigos secretos que enchem os capítulos das novelas que invadem o horário nobre nas duas tevês ligadas no lugar.
No cheiro forte de pernil de porco com cebola e pimentão refogados, a estrela do jantar melhorado da noite, levado à mesa do refeitório pelos que dormem no abrigo em pratos que parecem réplicas do Pão de Açúcar e do Pico do Jaraguá.
Neste país que parece agradecer simbolicamente mais um ano de barrigas cheias e bolsos um pouco melhores, o sentimento natalino parece estar em tudo.
Em praticamente tudo – menos nos corações e mentes daqueles 60 homens e 40 mulheres do Lygia Jardim, uma turma que, em sua suprema maioria, até parece tentar mas não consegue dizer Feliz Natal.
Sentado diante da janela do refeitório, derrubando sua montanha de arroz, pernil e salada de repolho, cebola e tomate (a sobremesa foi sorvete de chocolate), Carlos manda uma pergunta em tom aparente de fuzilamento:
- Você já morou na rua alguma vez?
O repórter diz um “não” seco. E espera uma ironia do tipo “e esses caras ainda vêm aqui falar em Natal feliz, união”, mas o amigo gaúcho, mesmo com a voz alta, mostra piedade:
- Então passe uma semana na rua e você vai aprender uma realidade. O fato é um só: quem mora em abrigo não tem amigo. Tem conhecido. Eu não tenho amigo aqui dentro.

Oito ou dez pessoas jantam no refeitório. Um rapaz de nome heterodoxo, Necanter Renan (como há rapazes de nomes heterodoxos neste abrigo...), é o único a discordar.

Carlos trabalhava como organizador de arquivos físicos e digitais. Prestava serviços para empresas de grande porte. Em 2003, conta, ficou 28 dias dentro de um grande hipermercado em São Paulo para salvar da falência um sistema que havia montado.
- Tinha um contrato de R$ 200 mil com este grupo. Nesta crise, em janeiro de 2003, eu dormia no máximo duas horas por dia, lá dentro. Cheguei a ficar aceso de segunda a sexta. Essa jornada me trouxe fotofobia, doença do pânico e uma labirintite que não me deixava andar três metros sem cair.
Ele bateu com o carro do cliente. Perdeu a noiva, o cachorro, os bens e, por fim, o equilíbrio mental e psicológico. Ficou, nas suas palavras, meio “doidão”. A situação foi relatada para todas as lojas do grupo por uma administradora. Carlos não conseguiu mais trabalhar. Daí para o dia em que o dinheiro acabou e a calçada o conheceu, foi um pulo.
- Quando você mora na rua, o álcool, por exemplo, é consequência. É tanto frio, tanto medo de que algo ocorra, barulho de carro, poeira, sujeira, ratazana... É tudo tão hostil que você encara qualquer coisa que afaste suas sensações daquela realidade. Aí vem álcool, como no meu caso, e, para outros, droga, tudo. Muitos se viciam. Nessas condições, fica difícil para alguém competir com os bens formados lá fora. O sustento fica inviabilizado e a gente permanece no abrigo. É o ciclo vicioso.

Weldenico, ao lado, ouve a história com atenção. Ele tem duas filhas, hoje com 15 e 12 anos. Viveu com elas, ao lado da mulher, até 1998, em Nova Almeida, no Espírito Santo.
Teve bons empregos, entre eles o de soldador de uma grande empresa prestadora de serviços para a Vale do Rio Doce. Evangélico, como seus familiares, chegou a estudar no Seminário Batista Fluminense, em Campos, no norte do Estado do Rio.
O vício em cocaína começou a derreter sua estabilidade familiar em meados dos anos 90. Em 1998, quando a situação ficou insustentável, ele chegou à conclusão de que não deveria mais “destruir a vida de ninguém”.
Entulhou as roupas numa mochila e saiu de casa. Um ano depois, veio para São Paulo. E caiu de ponta no crack.
O Lygia é o oitavo abrigo frequentado por ele. Faz tratamento físico, psicológico e usa medicamentos para ficar longe da pedra, que felizmente não o atazana há seis meses. Tem hepatite C, mas não contraiu o vírus HIV.
Weldenico tem o raciocínio organizado e fala com correção. Mas quase tudo ao seu olhar parece ter a marca da indiferença.
- Você hoje sente saudades das suas filhas?
- Nenhuma. Nem a mais remota. Quero o bem delas, claro, mas acho que essa situação de distância, no nosso caso, é a ideal e deve ser mantida. Desde que vim para São Paulo, fui ao Espírito Santo três vezes, mas não as encontrei. Fiquei em Vitória, a capital.
Weldenico vive ultimamente de “bicos na área de publicidade”. É assim que ele define aquele trabalho em que o cidadão pendura uma placa ou cartaz no corpo e, literalmente, empresta a vida ao bem de alguma mensagem.
A reportagem quer saber por que ele, informado e com cursos técnicos de pintor de paredes, assistente de cabeleireiro e artesão, todos feitos em abrigos, não toma um rumo melhor na vida.
- Olhe, tudo o que eu gostaria era de recuperar meu espaço na ordem religiosa batista. Como não consigo, fico patinando numa eterna crise existencial. E como isso aqui nos dá teto, comida, roupa lavada, eu acabo ficando. Tem um monte de gente aqui que eu vejo dizer, há anos, que quer deixar o abrigo. Mas poucos vão embora. Eu não reclamo. Pago o preço que atitudes erradas que tomei. A verdade é uma só: isso aqui também vicia.
A imagem do vício permite uma explicação.
Pelos cálculos oficiais, há entre 16 mil e 18 mil pessoas “em situação de risco nas ruas”, como os técnicos preferem definir, em São Paulo. Pelo menos 60% deste público é formado por homens a partir dos 30 anos. São viciados em álcool, drogas, pessoas em situação de conflito familiar. Ou, muitas vezes, quase tudo isso - ou tudo isso - junto.
Os que utilizam abrigos como o Lygia Jardim chegam todos os dias a partir das 16h. Guardam seus pertences em um espaço comum, recebem um kit banho, encaram um chuveiro, jantam (das 18h às 20h) e vão dormir em salas comuns lotadas de beliches.
No dia seguinte, o café da manhã é servido das 6h40 às 8h. Neste horário, todos precisam deixar o abrigo, que é limpo e organizado para que a maratona seja reiniciada no final da tarde.
Neste intervalo, muitos recolhem papel, latas, fazem bicos. Alguns trabalham com carteira assinada. A administração do centro tem programas e parcerias que treinam os abrigados em algumas profissões e os indicam para trabalhar em empresas e instituições sociais.
A roupa de cama é trocada uma vez por semana. À noite, a tevê só pode ficar ligada até as dez da noite. Isso não chega a ser um problema para os instrutores. É raro alguém chegar a tanto de olho na telinha. A turma acorda cedo, trabalha pesado e, por isso, procura o colchão cedo.
O que costuma incomodar é a chegada de um abrigado constante muito “doidão” de álcool ou droga. Ele é orientado para dar uma volta e retornar quando a onda passar. Se voltar ainda muito ruim, tem a entrada proibida, para que suas atitudes inconvenientes ou eventualmente violentas não atrapalhem os outros.
No pensamento da maioria das pessoas, esses abrigos são espaços para pessoas abandonadas no mundo, sem família, eternas vítimas da atitude dos outros. Elas estariam sempre dispostas a chorar o abandono e a reclamar do mundo em grandes datas, como o Natal, ou nos momentos da vida que calam fundo por algum motivo individual.
Não é bem assim. O mundo ali é árido, duro, triste para quem teve a vida sempre envolvida por um ambiente familiar estruturado.
Há vítimas, é fato, sobretudo entre as mulheres. Mas a maioria se sente um pouco salva para pagar seu pedágio particular e tentar se recuperar de uma trajetória que, pelos “feitos realizados”, talvez até não permitisse uma nova chance.
Como resultado disso tudo, os depoimentos às vezes são confusos. A sinceridade, muitas vezes, convive com certo cuidado para omitir, aqui ou ali, uma parte da vida muito constrangedora mesmo para quem tenha verdadeiramente se arrependido dela. Nos equívocos de trajetória, quando é o caso, poucos homens gostam de lembrar, por exemplo, os momentos ou fases em que bateram em ex-companheiras.
O baiano Edmundo dos Santos, 40 anos, é um exemplo capaz de desmentir a tese de que abrigado é sempre vítima do alheio. Informado, considera-se liberal em termos políticos. Critica a opção diplomática do governo Lula, que virou olhos e ações para o Irã e países africanos. Acha que os Estados Unidos merecem respeito por serem “o eixo de consumo que move e enriquece o resto do mundo”.
Edmundo ganhou um bom dinheiro como prestador de serviços de eletricista para empresas. Antes de comprar um teto para viver na cidade, torrou tudo em carros (tinha sempre dois), farras e noitadas.
Quando percebeu, existiam apenas as dívidas. Muitas dívidas. A solução foi correr para o abrigo mais próximo. Até para assumir o próprio erro, sua conversa é, digamos, contextualizada:
- Eu criei as situações para que minha vida afundasse. Mas, como muita gente, preciso de um treinamento melhor para me reerguer. E isso só será possível se o poder político investir em capacitação de pessoas como eu, em situação de risco nas ruas. Sem um trabalho sério neste campo, nós vamos reproduzir a vida inteira essa realidade que você está vendo. E novas gerações farão a mesma coisa. O Lygia Jardim é um abrigo misto. Mas não misturado. Homens e mulheres ficam em unidades diferentes, paralelas, separadas por um corredor de um metro e meio de largura. Uns não podem entrar no território dos outros. A reportagem esperou a chegada do Natal conversando com as abrigadas no lado feminino.
Uma delas pediu para ter seu nome verdadeiro trocado por Angelina, “em homenagem àquele monumento da Jolie”. Ela parece estar orgulhosa de simplesmente ter sobrevivido.
Nascida em São Gonçalo, no Estado do Rio, órfã aos três anos, criada em São João Nepomuceno, na zona da mata mineira, Angelina correu o Brasil de cabo a rabo em grandes jornadas que misturavam “programação” (ela prefere esta pérola a prostituição) e muita, muita droga. Primeiro maconha, depois cocaína, logo em seguida crack.
Viciada em pedra, comemora o fato de não ter sucumbido às recaídas no último mês:
- Faço um curso de bartender (garçom de bar). Se tudo der certo, vou sair daqui em pouco tempo, trabalhar, alugar meu cantinho e viver em paz, namorando as “mulezinha” que eu gosto.

E o espírito de Natal?
- A única pessoa que me desejou Feliz Natal na vida foi minha avó materna, a que me criou. A única que cantou parabéns para mim também foi ela. Estou num momento pessoal alegre, entende? Se alguém quiser achar isso hoje espírito de Natal, que ache, mas eu não sei...
Ao final da conversa com Angelina, um abrigado chega na varanda da lavanderia, do outro lado do corredor, e grita para a amiga: feliz Natal!
Angelina responde com um aceno. De qualquer forma, a noite, pela exceção, estava mais macia.

Almir Pires, coordenador do abrigo, rendeu-se aos pedidos e deixou a TV correr solta até mais tarde para que alguns pudessem ver a programação do dia especial. Mas a turma fez como sempre: cama depois da novela.

Na saída, a reportagem encontra Necanter Renan, o moço de nome heterodoxo.
Usava calça comprida, camisa e um belo par de sapatos, tudo preto.
- Vou sair com vocês.
Depois de perambular 16 de seus 30 anos por calçadas, bairros e abrigos de São Paulo e da Baixada Santista, ele descolou um emprego de manutenção em um hotel no Parque Dom Pedro, região central de São Paulo. Vai ter um quarto só para ele, comida, roupa lavada e R$ 700 por mês.
Na calçada, Necanter joga a mochila nas costas e se despede da dupla de repórteres.
Não deu tempo para perguntar se era presente natalino.
Metros à frente, no estacionamento particular, o único funcionário de plantão faz o voto:
- Feliz Natal!

Pode ter sido fraqueza diante de tanto comportamento resistente a paulada, mas o fato, como gosta de dizer o amigo Carlos, é um só: ter reencontrado este mundo, é preciso confessar, não deixou de ser confortável.


Estudo com criminosos descreve mutação que pode causar impulsividade



De 96 presidiários na Finlândia, 17 tinham alteração genética; resultado saiu na 'Nature'

SÃO PAULO - A impulsividade tem sido relacionada a vários distúrbios psiquiátricos e a formas diferentes de comportamento violento. Um novo estudo acaba de descobrir uma mutação que pode predispor os portadores a reagir sob o impulso do momento e de maneira irrefletida.
A pesquisa foi feita por um grupo internacional com 96 presidiários na Finlândia, e teve seus resultados publicados na edição da última quinta-feira, 23, da revista "Nature".
A mutação está presente no gene HTR2B, um receptor de serotonina, neurotransmissor que atua no controle de impulsos. A descoberta foi feita após os cientistas sequenciarem e compararem o DNA de condenados por crimes violentos com um grupo de controle.
Denominada HTR2B Q20, a mutação se mostrou três vezes mais presente entre os presidiários que nos demais indivíduos. Os 17 condenados que carregavam a mutação (do total de 96 analisados) cometeram em média cinco crimes violentos, 94% dos quais sob influência de bebidas alcoólicas. Os delitos se constituíram em reações agressivas a eventos menores, sem premeditação ou ganho financeiro.
Apesar de a presença da mutação ter se mostrado mais frequente nos criminosos, os pesquisadores ressaltam que a presença dela não é suficiente para provocar ou prever o comportamento impulsivo.
Segundo Laura Bevilacqua, do Instituto Nacional sobre Abuso de Álcool e Alcoolismo dos Estados Unidos, e colegas, outros fatores devem ser levados em conta ao discutir o tema, como gênero, níveis de estresse e consumo de álcool. Por conta disso, eles reforçam, novos estudos são necessários para entender melhor o papel particular dessa mutação recém-descoberta.




‘Sean desabrochou no subúrbio americano’, diz amigo da família Goldman


Um ano depois de voltar para os Estados Unidos, em cumprimento à decisão da Justiça brasileira, Sean Goldman "se adaptou rapidamente, tem ido bem na escola e tem muitos amigos da idade dele", segundo Bob D'Amico, amigo da família e membro da Fundação Traga o Sean para Casa.

"É irônico que ele tenha vindo de uma vida muito privilegiada no Rio de Janeiro e que tenha desabrochado vivendo na classe média do subúrbio americano", afirma D'Amico.
"Acho que é por causa da liberdade, a liberdade de poder jogar bola com os amigos na rua, ou no riacho que passa atrás da casa dele", acrescenta. "Compare isso com morar em um arranha-céu dentro dos muros de um condomínio fechado, assegurado por guardas fortemente armados, e você vai entender."
O amigo da família Goldman diz não poder dar mais detalhes sobre Sean, 10, e seu pai, David, para preservar a privacidade dos dois e porque o processo ainda está em andamento.
Ele acrescenta, no entanto, que a volta do menino para os Estados Unidos foi "melhor do que qualquer um de nós poderia ter imaginado".

Disputa judicial
Sean foi levado aos Estados Unidos na véspera do Natal de 2009 depois de uma disputa judicial entre a família da mãe do menino – Bruna Bianchi, morta após o parto de sua segunda filha, em 2008 – e David Goldman.
Em dezembro passado, o Supremo Tribunal Federal (STF) concedeu a guarda do menino, que estava vivendo no Brasil, a David Goldman.
O caso chegou a ganhar proporções políticas: em março de 2009, a secretária de Estado americana, Hillary Clinton, pleiteou, em mensagem ao governo brasileiro, a volta de Sean aos Estados Unidos.
Em reação à disputa pela guarda, um senador americano chegou a apresentar uma moção suspendendo a votação do Sistema Geral de Preferências, um programa de isenção tarifária que beneficiava exportações brasileiras.
O programa só foi aprovado depois da decisão do STF favorável a David Goldman.

Convenção
Para Patricia Apy, advogada de David Goldman, o caso de Sean foi difícil de resolver por ter sido o primeiro do tipo. "Por isso, progrediu vagarosamente no sistema", afirma.
"Sean Goldman está entre as primeiras inscrições feitas na Autoridade Central Brasileira, e foi a primeira criança americana a voltar do Brasil", acrescenta a advogada.
"O Brasil havia acabado de estabelecer relacionamento de tratado com os Estados Unidos, aceitando os termos de adesão na Convenção de Haia sobre os Aspectos Civis do Sequestro Internacional de Crianças."
O sequestro de filhos se dá quando um dos pais leva o filho ou a filha para fora do país e, à revelia do outro genitor, decide não devolvê-los.
No caso Sean, a família brasileira tentou ao longo do processo convencer a Justiça de que era desejo do garoto permanecer no Brasil.
No fim, o STF acabou decidindo pela volta do menino aos Estados Unidos com base na Convenção de Haia, assinada na Holanda em 1980, que determina o retorno imediato da criança ao seu país de residência.
O Brasil é signatário do acordo, e um dos argumentos do Supremo para basear sua decisão foi que manter Sean no país poderia implicar em sanções internacionais.
De acordo com Apy, o fato de o caso ter se tornado público contribuiu para a resolução do caso.
"De agora em diante, espera-se que nenhum pai tenha que levar seu caso a público para poder desfrutar da lei de tratados internacionais", afirma a advogada. "Agora, espero, o processo está estabelecido para casos no futuro."

Camila Viegas-Lee


BBC Brasil

Mulher-bomba mata pelo menos 40 pessoas no Paquistão


PAQUISTÃO - Uma mulher-bomba se explodiu num centro de distribuição de alimentos do Programa Alimentar Mundial (PAM) da ONU de Bajaur, no noroeste do Paquistão, deixando pelo menos 40 mortos e 62 feridos. O ataque foi cometido no momento em que uma multidão aguardava para receber ajuda. O número de mortos pode aumentar já que há feridos em estado grave.
Segundo a polícia local, ela arremessou inicialmente duas granadas em direção à multidão. Depois, detonou os explosivos que trazia junto ao corpo.
O ato de violência um dia depois de um grande choque entre insurgentes e as forças de segurança em Bajaur , que deixou 11 soldados e 24 militantes mortos. As forças de segurança isolaram a zona, onde foi estabelecido toque de recolher. Os feridos foram transferidos ao principal hospital de Khar.
Bajaur faz parte das Áreas Tribais Administradas Federalmente (Fata), um território instável que faz fronteira com o Afeganistão, no qual membros de facções talebans e outros grupos extremistas, como a rede Al Qaeda, buscam refúgio.


sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Preso rompe tornozeleira eletrônica em Marília-SP



Em 2009, 23.331 detentos saíram na época de Natal e 1.985 não voltaram

O primeiro dia de uso de tornozeleiras eletrônicas no Estado de São Paulo terminou com um preso rompendo o lacre para escapar do monitoramento e outros 12 casos suspeitos. Ao todo, 4.635 presos estão usando o aparelho. São todos detentos do regime semiaberto. Os cerca de 20 mil que saíram nesta quinta-feira (23) dos presídios de São Paulo devem voltar para a cadeia no dia 3 de janeiro.
O primeiro caso confirmado de rompimento de lacre ocorreu em Marília, no interior - a tornozeleira foi encontrada pela Polícia Militar depois que testemunhas viram o preso arrebentar o lacre. Até a noite de desta quinta, o detento não havia sido localizado. Pela manhã, havia outros 12 casos suspeitos.
A SAP (Secretaria de Administração Penitenciária) informou que os dados sobre as tornozeleiras são confidenciais. Cada caso será analisado para verificar se o preso rompeu o lacre ou houve falha no monitoramento.
A SAP orientou os presídios do interior sobre a possibilidade de falhas no sistema. Queria um relatório detalhado sobre as tornozeleiras a fim de aprimorar o sistema. Em 2009, ainda sem as tornozeleiras, 23.331 detentos saíram na época de Natal e 1.985 não voltaram para a cadeia.
A adoção do sistema neste ano começou em meio a uma batalha jurídica. Quase uma centena de presos tentaram obter habeas corpus para sair sem a tornozeleira - até as 20h desta quinta, nenhum caso havia sido julgado no TJ (Tribunal de Justiça).
O uso das tornozeleiras foi instituído por lei federal neste ano. Ele serviria para controlar presos do regime semiaberto, que têm direito de sair da prisão cinco vezes por ano para visitar a família e, quando não há vagas em oficinas ou serviços na cadeia, podem trabalhar fora dos presídios e voltar à noite. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.



R7

Laboratório terá de indenizar mulher por troca de exame de HIV


Mulher que recebeu exame com resultado positivo para HIV e não foi informada da necessidade de refazer o teste, como determina o Ministério da Saúde, deve ser indenizada. A decisão é da 9ª Câmara Cível do TJRS, mantendo sentença do 1º Grau, embora reduzindo o valor da reparação por danos morais de R$ 40 mil para R$ 15 mil.
A autora, grávida, desesperou-se com a possibilidade de transmitir a doença para o filho e culpou o marido pela suposta contaminação. Na verdade, porém, a amostra de sangue dela fora trocada com a de terceiro soropositivo.
O Laboratório Diagnósticos, réu no processo, apelou ao Tribunal de Justiça alegando que a autora tirara conclusões equivocadas dos exames. Sustentou ainda que constava no laudo advertência sobre a necessidade de repetição do exame e de entrega do mesmo ao médico.
Ao analisar o caso, a relatora, Desembargadora Marilene Bonzanini Bernardi, embasou-se na Portaria nº 488/1998, editada pelo Ministério da Saúde, que aborda a possibilidade de ocorrência de resultados falso-positivos ou falso-negativos nos testes de detecção de anticorpos anti-HIV e a necessidade de padronização dos procedimentos seqüenciados nos serviços de saúde.
De acordo com os artigos 4º e 5º da Portaria, o diagnóstico somente poderá ser confirmado após a análise de, no mínimo, duas amostras de sangue coletadas em momentos diferentes, sendo que o segundo teste é incumbência do laboratório que realizou o primeiro. No laudo do exame entregue pelo laboratório réu, porém, consta apenas que o resultado não era definitivo e que o mesmo deveria ser correlacionado com dados clínicos, assim como o médico deveria determinar testes confirmatórios.
Dessa forma, a relatora considerou que não constava no documento qualquer referência da possibilidade de exame falso-positivo e da necessidade de realização de exame complementar. Perfeita a conclusão, pois, de que a requerente, em nenhum momento, recebeu a instrução de como deveria proceder, apenas recebeu o resultado, sem maiores explicações ou cuidados, destacou a magistrada. Ela afirmou ainda que o dano causado à autora não necessitava de comprovação, pois presumível a violação do sentimento do homem médio decorrente da notícia de que está sofrendo de doença grave e de cura inexistente.
Com relação ao quantum fixado na sentença de 1º Grau, a Desembargadora votou pela redução dos valores em razão das condições econômicas da autora. Dessa forma, ela minorou a reparação por danos morais para R$ 15 mil. Tal montante, ao meu sentir, não se mostra nem tão baixo – assegurando o caráter repressivo-pedagógico próprio da indenização por danos morais – nem tão elevado – a ponto de caracterizar um enriquecimento sem causa, avaliou.
Os Desembargadores Tasso Caubi Soares Delabary e Íris Helena Medeiros Nogueira acompanharam o voto da relatora.

Apelação Cível nº 70035511229

Fonte: Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul


Um Papai Noel diferente

Dividindo o fim de ano


Como os pais separados podem minimizar o estresse na hora de decidir com quem o filho passará o Natal, o Ano Novo e as férias.

Beatriz tem 5 anos e seus pais são separados desde que ela tinha 2. Mas no Natal, ela quase nem percebe isso. Nos primeiros dois anos a mãe e o pai passaram as festas de fim de ano juntos. “Temos uma relação muito amigável, a guarda realmente é compartilhada e sempre procuramos preservar nossa filha”, conta a mãe Lúcia Moretzson. Este ano, como tanto ela quanto o ex-marido têm outros namorados, a menina passou a véspera com um deles e o dia 25 com outro. Nas férias também as viagens e passeios são divididos numa boa.
Não é com todos os ex-casais que a coisa funciona bem e os meses de dezembro e janeiro podem ser ainda mais estressantes que o restante do ano. Além das decisões normais sobre os cuidados com os filhos, a época vem acompanhada da organização das festas e das férias, que precisam ser encaixadas nos compromissos e trabalho dos pais.
André Mattos, pai de Ana Clara, 8 anos, gostaria de passar essas datas sempre perto da filha. Ele tem a guarda da menina desde pouco depois que se separou da mãe dela e sempre decidiu como seria a agenda da criança, mas, agora que ela está mais velha, faz mais concessões. “Não tenho boa relação com a mãe. Por isso, é estressante para mim ficar longe dela, mas ela queria passar o Natal com a mãe, que tem outra filha e a Clara adora a irmã. Então, eu permiti”, conta.
Para que esses momentos sejam mais tranquilos para as crianças, é importante que os pais tentem entrar e um acordo sobre eventos e datas expondo o mínimo possível as discussões para os filhos. “Em geral essas crianças já estão acostumadas a se dividir, mas quem deve fazer as decisões são os adultos. Eles podem, e devem, considerar as vontades e opiniões dos filhos, mas não deixar a repsonsabilidade da escolha com eles”, explica a psicóloga e professora da área de família da PUC-SP Isabel Kahn Marin. De acordo com ela, simplesmente perguntar para criança o que ela prefere pode piorar uma situação que já não é amigável com crises de ciúmes entre os pais.
Já se houver realmente uma guarda compartilhada e um convívio amigável entre o ex-casal, basta conversar antes se for preciso mudar algum acordo.


Em 2 dias de ação, Força de Pacificação prende cinco no Complexo do Alemão


A FPaz (Força de Pacificação) que atua nos complexos do Alemão e da Penha, no Rio, deteve cinco suspeitos nos dois primeiros dias de ação, de acordo com a assessoria do Exército. Houve também apreensões de armas, drogas e máquinas caça-níqueis.
Todas as detenções ocorreram no Complexo do Alemão. A principal prisão foi a de um homem com 70 sacolés de cocaína e R$ 4.640 em notas.
Com denúncias de moradores, os militares localizaram um local de armazenamento de munição, com 80 carregadores de pistola 9 mm, quatro de metralhadora.30, um de fuzil AR-15 além de outras que ainda estão sendo identificadas.
Dois homens foram presos fazendo manutenção de nove máquinas caça-níqueis e um numa central de distribuição clandestina de TV por assinatura. Um usuário foi detido com maconha. Todos os casos foram registrados na Delegacia da Polícia Civil da FPaz.
A força, composta por 1.937 homens do Exército, Polícias Militar e Civil, está nos dois complexos desde quarta-feira (22).


Conheça Chaser, o cachorro mais inteligente do mundo



O que faz de Chaser, essa border collie simpática da foto, a cadela mais inteligente do mundo? Pode-se dizer que ela tem um vocabulário de mais de mil palavras.
Obviamente, Chaser não consegue falar, mas aprendeu a conhecer seus 1022 brinquedos por seus nomes próprios. Isso significa que ela tem o maior “vocabulário” do mundo animal, incluindo, nessa conta, o famoso papagaio Alex.
Chaser foi testada por psicólogos, que queriam descobrir quantas palavras um cão consegue gravar e distinguir. Então, durante três anos, eles ensinaram Chaser a distinguir vários brinquedos e, quando falavam o nome de determinado brinquedo, ela deveria buscá-lo. Segundo os cientistas, com técnicas de repetição o totó conseguiu aprender as palavras e, em testes que analisavam seu conhecimento, a cadela nunca acertou menos de 18 brinquedos em 20 tentativas.
Os testes consistem em fazer com que ela apanhe determinado brinquedo que está em outra sala apenas ouvindo seu nome e separando-os em grupos.
Antigamente, o cachorro com maior vocabulário era Rico, outro border collie, mas criado na Alemanha – mas ele tinha um vocabulário de apenas 200 palavras.

hypescience

RJ: alunos são expulsos de Escola Britânica por fumarem maconha


RIO - Três pais vão processar a Escola Britânica, no Rio, por ter expulsado seus filhos sob a acusação de fumarem maconha durante uma viagem organizada pelo colégio, na semana passada. Os três adolescentes, de 16 anos, foram obrigados a abandonar o passeio, em Pouso Alto, sul de Minas, no primeiro dia. Segundo um dos pais, que não quis se identificar, os professores mandaram que eles voltassem de táxi. As informações são do jornal Estado de São Paulo.
"Meu filho foi tratado como um criminoso. Ele não é e não vou admitir que façam isso com ele. O papel de uma escola é educar." A Britânica é uma das escolas mais caras do Rio. Para entrar, os alunos pagam uma taxa de R$ 20 mil. As mensalidades giram em torno de R$ 3.5 mil. Procurada, a escola não quis se manifestar. Os pais decidiram processar, na área cível e criminal, o estabelecimento, o diretor e os professores envolvidos no episódio.


Para morador, preconceito ainda prejudica vida em favela pós-UPP


A sensação de segurança pode ser maior, mas o técnico de informática C. ainda vê a vida no morro da Babilônia, na Zona Sul do Rio, com duas preocupações: o preconceito de quem vive fora das favelas e as cicatrizes deixadas por anos de tensão.

"Você mete um prego em uma madeira e pode tirar, mas as marcas ficam", afirma o morador da comunidade, que hoje conta com uma UPP (Unidade de Polícia Pacificadora).
"Muitas marcas ficaram. Nós que moramos aqui não conseguimos ouvir fogos de artifício. Você ouve um estouro e treme por dentro."
C. afirma que tem clientes ricos e pede para que seu nome não seja revelado porque diz acreditar que que eles não abririam suas casas e computadores para ele se soubessem que ele mora em uma favela.
"As pessoas ainda nos veem com maus olhos", diz. "Durante muito tempo a própria comunidade exportou uma imagem negativa, e é difícil para as pessoas de fora não terem essa visão ao olhar para ela."

Estigma
Apesar do sucesso, até agora, do trabalho das UPPs, o sociólogo Luiz Antonio Machado, professor das universidades Estadual e Federal do Rio de Janeiro (Uerj e UFRJ), concorda que há um estigma em relação aos moradores das favelas. Segundo ele, isso se deve em parte ao fato de a presença do Estado se dar de modo "perverso" nessas comunidades de uma maneira geral.
Para Machado, "não há uma ausência do poder público" em comunidades que ainda não contam com uma UPP, o que há é uma presença que reforça a desigualdade social, com serviços de má qualidade, instituições que não funcionam e uma estrutura conivente com o tráfico.
"Essa modalidade de presença permite o funcionamento do tráfico e acaba por criminalizar e estigmatizar todos os moradores das favelas, porque eles são vistos como bandidos ou coniventes com os bandidos", afirma o sociólogo.
"As pessoas têm medo de favelado. Isso não é algo refletido", acrescenta. "É algo sentido, vivido, na cidade."
Também moradora da Babilônia, Nívea Mendes diz que "o preconceito sempre existiu", mas afirma que os moradores estão superando esse problema.
"A gente ficava com vergonha dessa violência, de as pessoas acharem que a gente também é marginal, como se toda pessoa que morasse na comunidade fosse bandido", afirma Mendes, que é coordenadora da ONG CDI Comunidade Dignitá na favela.
"Agora a gente fica menos receoso de falar onde mora", completa, referindo-se à nova realidade, com o policiamento permanente.

Retorno
C. havia deixado o morro da Babilônia, com a mulher e os dois filhos, em 2008, por causa da violência. O estopim veio quando, saindo para trabalhar, passou por um traficante armado que deixou a arma disparar. "Por pouco não fui atingido", diz.
"Os traficantes chegaram com armas pesadas, daquelas de furar caminhão blindado. Era um inferno", lembra o técnico de informática.
"Eu saía de casa com meus filhos e tínhamos que passar por cima de armas e granadas", acrescenta. "Eles ficavam no meio da rua fazendo a limpeza das armas enquanto enrolavam maconha."
A família morou um tempo com parentes na Barra e depois no bairro da Glória, mas voltou para a favela em agosto, pouco mais de um ano após a chegada da UPP Babilônia-Chapéu Mangueira.
C. se diz aliviado por não ter mais que planejar a disposição das camas nos cômodos de casa, calculando os ângulos menos propícios à entrada de uma bala perdida.
"Antes, não dava para fazer planos, eu não pensava em fazer melhoria nenhuma", afirma. "Hoje em dia dá para pensar em ajeitar a casa para ficar bonitinha, comprar um carro zero, melhorar o padrão de vida. Agora tem condições de crescer."
O sociólogo Luiz Antonio Machado reconhece os benefícios surgidos após a instalação das UPPs, mas afirma que - "independentemente de ser bom ou ruim" - o programa continua sendo um mecanismo de "dualização" da cidade.
"É o lugar das favelas no sistema de sociabilidade da cidade que está sendo atacado pelas UPPs. Programando de forma diferenciada a atividade policial, estamos dualizando a cidade", afirma.
"Estamos produzindo dois tipos de cidadania. Isso é inapelável."

Júlia Dias Carneiro


BBC Brasil

Recomendação do CNJ para depoimento especial colabora para a punição dos agressores


Prender o autor de violência sexual infantojuvenil é até hoje muito raro no Brasil, devido à dificuldade de obtenção de provas. Esse cenário deve começar a mudar com a recomendação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para que os tribunais de todo o país adotem sistemas apropriados para colher o depoimento especial de crianças e adolescentes vítimas ou testemunhas de violência nos processos judiciais. A proposta aceita por unanimidade foi apresentada em 9 de novembro de 2010, pela Conselheira Morgana Richa na 116ª Sessão do CNJ. “Estatísticas revelam que a responsabilização do agressor tem grau de incidência maior com o depoimento especial, porque a técnica a ambientação são apropriadas, além de ser um procedimento mais cuidadoso na efetividade da prova”, afirma Morgana. Conheça a recomendação
O depoimento especial é uma forma de ouvir a criança de forma digna e num ambiente menos intimidatório. Deve ser realizado em uma sala adaptada com sistema de áudio e vídeo, brinquedos, livros, lápis e canetas coloridos para que a vítima ou a testemunha de violência sexual possa se sentir mais acolhida e segura, em um ambiente mais confortável, para contar a sua história. “Quando o depoimento é realizado nos mesmos moldes de um adulto, leva ao constrangimento, a criança rememora os fatos de uma tragédia violenta. Essa forma de escuta acolhedora traz a humanização no processo, tratando a criança na sua condição”, diz Morgana. Nos locais onde ainda não é realizado o depoimento especial, a vítima normalmente é obrigada a reviver o seu drama até oito vezes durante o processo judicial.
Na sala especial, há a presença de um técnico e uma equipe multidisciplinar para colher as declarações, enquanto juízes, promotores e advogados assistem ao depoimento de outra sala. O psicólogo ou outro profissional capacitado não substituirá a autoridade do juiz, mas funcionará como facilitador da coleta de provas. Existem casos especiais em que os próprios juízes fazem as perguntas, segundo Morgana. O profissional será facilitador da conversa com a criança para que o resultado seja o mais fiel possível.
Ao ouvir a criança, os profissionais também devem estar preparados para dar apoio, orientação e, encaminhar o menor para assistência psicológica, quando necessário. Como foi gravado, o procedimento colabora para que a criança não seja exposta várias vezes para contar a mesma história. “Assim se evita a revitimização e também que a criança passe por trauma ainda maior, com mais sequelas e outros desgastes desnecessários”, conclui a Conselheira.
O primeiro estado brasileiro a adotar o depoimento especial foi o Rio Grande do Sul, em 2003. A recomendação do CNJ tem o objetivo também de unificar a prática do depoimento especial, hoje realizada por alguns tribunais de São Paulo, Distrito Federal, Maranhão, Pernambuco e Espírito Santo. O procedimento pode ainda ser novidade no Brasil, mas já é amplamente adotado em países estrangeiros como: Inglaterra, Argentina, Estados Unidos, Espanha, Canadá, Chile, Costa Rica e França. “No processo-crime é muito importante a produção de prova, por isso, o depoimento acolhedor é visto como um avanço, ao utilizar recursos tecnológicos de ponta, além da capacitação do profissional intermediador que torna a matéria mais ampla e tratada em profundidade interdisciplinar”, ressalta Morgana. Por enquanto, trata-se de uma recomendação do CNJ, os juízes que não quiserem não serão obrigados a utilizar este procedimento. “A expectativa, no entanto, é muito positiva de que em breve o texto se torne lei e a prática seja obrigatória”, comemora a Conselheira.

Fonte: Childhood - 20/12/10


prómenino

Doador misterioso transforma vida de mãe no sertão de Pernambuco



Em abril, o Bom Dia encontrou Renata e os filhos em uma jornada exaustiva pela sobrevivência. Oito meses depois, o jornal reencontrou Renata, grávida de oito meses, os três filhos e algumas conquistas para comemorar.

Viver do lixo. Retirar das sobras o que comer, o que vestir, os brinquedos para as crianças. Em abril de 2010, o Bom Dia Brasil encontrou Renata Silva e os três filhos em uma jornada exaustiva e degradante pela sobrevivência, em Arcoverde, no sertão de Pernambuco. Na carroça, as crianças se equilibravam, enquanto a mãe amamentava a caçula.
Oito meses depois, o jornal reencontrou Renata, grávida de oito meses, os três filhos e algumas conquistas para comemorar.
A casa simples, quase sem móveis, foi reformada. Ganhou mais um quarto e energia elétrica. O fogão e a geladeira são novos, assim como as camas e os colchões.
“Quando vocês fizeram a reportagem, eu vivia catando lixo, comia coisa do lixo, botava meus filhos para trabalhar junto comigo porque não tinha com quem deixar”, lembra Renata.
A história da Renata e dos três filhos emocionou e despertou a atenção de um brasileiro de forma especial. Ele não se conformou em ver as dificuldades diante da televisão e resolveu transformar a realidade da família. Distante, no anonimato, um voluntário mostrou que Papai Noel existe e que pode estar presente todos os dias do ano.
Renata nunca viu o anjo da guarda que age através da assistente social Luciana Karla. Ela faz as compras, paga as despesas e não deixa faltar nada para a família, como deseja o protetor anônimo.
“Só conheço mesmo a voz pelo telefone. O que ele quer em troca é só a família junta, que não se disperse de jeito nenhum”, conta Luciana.
Neste Natal, pela primeira vez, as crianças não vão brincar com as bonecas retiradas do lixo. Elas ganharam presentes novinhos.
“Estou mais feliz porque eu ganhei uma boneca”, comemora a menina Maria.
Renata, que é órfã e vive separada do marido, é pura gratidão. Até voltou a sonhar.
“Espero uma vida melhor para o futuro. Tanto para mim quanto para os meus filhos. Acredito que hoje em dia eu posso dizer que posso até a chegar a me formar. Eu tinha meu sonho de me formar em Direito para ser alguém na vida e dar o mesmo futuro aos meus filhos. Estou começando a acreditar que Deus existe e que tudo está mudando”, se emociona Renata.


Bom Dia Brasil

Ex-policial que matou delegada em SP premeditou crime, diz delegado


SÃO PAULO - Para o delegado Jorge Carrasco, o ex-policial civil Fábio Agostino Macedo, de 33 anos, que matou a tiros a delegada Denise Quioca, de 28 anos, ex-namorada dele, na madrugada desta quinta-feira premeditou o crime. Segundo a polícia, o policial que havia sido expulso da corporação recentemente, vinha ameaçando a ex-namorada desde que eles terminaram o relacionamento de 9 anos em janeiro. Macedo não se conformava com o fim da relação. Para o delegado Carrasco, Macedo foi até o 1º Distrito Policial de Guarulhos, onde ela trabalhava, com a intenção de matá-la.
- Isso ficou claro porque em menos de meia hora após o crime, um advogado do ex-policial apareceu na delegacia para defendê-lo - afirmou o delegado.
O corpo da delegada foi enterrado nesta quinta-feira em Guarulhos.
O ex-policial, que era investigador do Denarc, foi expulso da polícia por abuso de poder, agressão, porte ilegal de arma e tráfico de drogas. Mesmo assim, ele continuava com as pistolas que usava no trabalho e foi com elas que matou a delegada, que levou 17 tiros, a maioria no rosto.
A Corregedoria da Polícia Civil vai apurar o crime e o motivo das armas ainda estarem com o ex-policial, mesmo após a expulsão.
- Ele já vinha atormentando a ex-namorada havia algum tempo porque estava inconformado com a separação. Infelizmente a história acabou em tragédia - disse o delegado corregedor Luiz Rezende.
Segundo informações da polícia, Denise já havia feito dois boletins de ocorrência contra o ex-namorado, um deles depois de ser agredida fisicamente por Macedo.
Nesta quinta-feira, ele chegou ao plantão do 1º Distrito Policial de Guarulhos, na Grande São Paulo, por volta de 4h30m. A delegada estava na sala dela, os dois conversaram, mas começaram a discutir. Em seguida, Macedo pediu para ir ao banheiro e, quando voltou, descarregou as duas armas nela. A delegada morreu na hora .
Em seguida, o ex-policial jogou as duas pistolas no chão e ainda entregou uma terceira arma aos policiais que estavam de plantão no distrito. Com os braços erguidos, ele pediu para não ser morto e se entregou. Ele foi levado à carceragem da delegacia e depois transferido para a Corregedoria da Polícia Civil.


quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Idosos: saibam quais são os seus direitos em relação aos planos de saúde


O Estatuto do Idoso, que vigora desde 2004, é enfático: proíbe os aumentos por faixa etária depois dos 60 anos. As empresas alegam que os reajustes são permitidos nos contratos antigos ou mediante aprovação da Agência Nacional de Saúde (ANS), mas a Justiça tem julgado de forma diferente.
O Estatuto do Idoso é válido também para os contratos que entraram em vigor antes da sua criação. É uma decisão unânime no Tribunal de Justiça.
A lei também favorece quem se aposenta e quer manter o plano de saúde da empresa onde trabalhou. Quem contribui com o plano da empresa por dez anos pode mantê-lo pelo resto da vida. Se o tempo de plano for menor, ele pode continuar por um período proporcional. Por exemplo, contribuiu por três anos, fica com o plano mais três anos.
Segundo a Associação Brasileira de Medicina de Grupo, os planos contratados entre janeiro de 99 e 2004 devem observar as normas da ANS. Para contratos de 2004 em diante, valem normas do Estatuto do Idoso e para os anteriores a 99, é válido o que está no contrato. Inclusive o reajuste na mudança de faixa etária.
Outras questões sobre o assunto:
As condições de cobertura do plano continuam as mesmas?
Sim. São mantidas as mesmas coberturas do plano a que o trabalhador tinha direito quando na ativa.

A empresa empregadora é obrigada a manter o aposentado no plano que ela contrata?
Sim, sob algumas condições e desde que seja essa a vontade do aposentado. Essa decisão do aposentado precisa ser informada no prazo máximo de 30 dias após o seu desligamento da empresa.

Quais são as condições para que o aposentado seja mantido no plano?
As condições são:ser beneficiário de plano coletivo com vínculo
empregatício; ter contribuído pelo menos com parte do pagamento do seu plano por meio de desconto em folha;não ser admitido em novo emprego; e assumir o pagamento integral do plano.

Em caso de morte do titular, os dependentes continuam mantidos no plano?
Sim, pelo mesmo tempo que tiver sido de direito do aposentado. Ou seja: com mais de 10 anos de contribuição do titular para o plano, pelo tempo que os dependentes desejarem; se menos de 10 anos de contribuição, pelo mesmo tempo estabelecido para o titular.

Os dependentes também têm o direito de serem mantidos no plano?
Sim. Esse direito é extensivo obrigatoriamente ao grupo familiar que estava inscrito quando da vigência do contrato de trabalho, se assim desejar o aposentado. Vantagens obtidas pelos empregados da ativa

Quem paga o plano a partir do desligamento do aposentado?
O aposentado tem que assumir o valor integral da mensalidade do plano. No caso do contrato do plano prever pagamento posterior à utilização, o valor da mensalidade deverá ser calculado pela média das 12 últimas contribuições integrais ou do número de contribuições, se menos que 12.

Como é calculado o valor da mensalidade assumida pelo aposentado?
Se o contrato do plano previa pagamento antecipado à utilização, o demitido ou exonerado passa a pagar o valor da sua parte e mais o da parte paga pela empresa. No caso do contrato do plano prever pagamento posterior à utilização, o valor é calculado a partir da média das últimas 12 contribuições integrais ou pela média do número de contribuições, se menos que 12.

Todos esses direitos e benefícios estão escritos em leis e normas, muitas vezes desconhecidos pelos idosos. Por isso, vale sempre pesquisar, manter documentos, carteirinhas e recibos organizados e não ter medo de lutar pelos seus direitos.

A Polícia, o Estado e a ordem pública.


A polícia está dentre todas as instituições públicas como a mais exigida, a mais observada pela população. A questão de ser o policial o real protetor do povo e da ordem pública, o guardião das leis penais, faz com que a comunidade acompanhe todos os seus passos e lhe cobre sempre e efetivamente, além do destemor, ações condignas e leais provindas dos seus atos.
É bom frisar que quando os agentes encarregados de manter a lei e a ordem descambam para a arbitrariedade e para o comportamento desregrado, instalam inconscientemente o risco de instabilidade do Estado, periclitando suas instituições.
Assim, se alguma margem de desvio no universo formal compromete a normalidade da rotina de funcionamento do Estado, os contextos de grave disparidade entre desempenho ideal e real das polícias podem alcançar efeitos devastadores de controle na dinâmica de legitimação da ordem pública.
Todos podem observar que o trabalho do policial é árduo, perigoso, estressante e ineficiente financeiramente, por isso, exige prudência, perseverança, amor a profissão e capacidade de concentração aguçada com equilíbrio e razoabilidade nos seus atos para que não ocorram os irreparáveis deslizes.
As ações e os atos vergonhosos e criminosos praticados por aquele cidadão que se acha e se diz policia, mas que na verdade é falso policial, bandido disfarçado de polícia, travestido de polícia, além de abrir chagas no seio da instituição policial é, sem sombras de dúvidas, o mais sério e grave problema existente no âmbito interno da nossa segurança pública.
Em verdade o travestido de polícia está na força pública para extorquir, roubar, matar, prevaricar e sempre se proteger atrás do seu distintivo, fazendo dos bons o seu escudo e dividindo com os honestos as críticas pelos seus atos insanos.
Antes de ferir o patrimônio público ou particular, a corrupção policial degrada os seus valores íntimos, desvirtua a sua nobre missão, relativiza o costume e a cultura da sua própria moral e o pior, torna negativo o conceito público da nossa instituição que sempre generaliza e põe todos os policiais na mesma vala até mesmo como se fossemos componentes do submundo da sociedade.
Assim, o bom policial, o digno e leal policial, aquele que veste a camisa da polícia, aquele que verdadeiramente se veste completo de polícia e disso tem orgulho, paga perante o conceito depreciativo do nosso povo, pelos atos insanos do falso policial, pelos atos criminosos do travestido de polícia.
É preciso pois, acabar com essa situação para expurgar constantemente e sempre o incomodo falso policial do nosso meio, entretanto, para que a depuração e a autodepuração sejam trilhadas fortemente, é necessário principalmente, que se reformem as leis administrativas e penais em desfavor desses infratores, transformando os seus respectivos procedimentos em atos mais ágeis e menos burocráticos, aplicando-se punições rápidas e justas quando das suas culpabilidades, sem esquecer que os bons policiais também devem mirar as suas próprias fileiras, expondo e ajudando a purgar as feridas causadas pelo travestido de polícia.
Noutro ponto crucial que atinge em cheio o verdadeiro policial, assistimos de uma maneira ampla os nossos salários sendo sucateados e achatados em quase todos os Estados da nação, enquanto a corrupção dos travestidos de polícia continua tendo esta razão como causa principal dos seus insanos atos.
Assistimos igualmente ao longo dos tempos os nossos leais e bravos policiais sempre desvalorizados e humilhados pelo poder público, até mesmo tendo que residir com as suas famílias no mesmo ambiente dos fortes traficantes de drogas ou bandidos outros que comandam as diversas áreas periféricas das cidades.
A PEC 300 que busca dentre outros o piso salarial nacional, um salário digno para a polícia se arrasta a passos de bicho-preguiça, sempre procrastinada, sem solução adequada ou aprovação no Congresso e até com proposta de inviabilização ou mesmo implosão de vez pelos mesmos deputados federais que recentemente, mesmo a contragosto da população, em velocidade de guepardo aumentaram estupidamente os seus próprios salários, é o exemplo vivo de que o poder público parece pretender continuar com uma polícia fraca, desvalorizada, desmotivada, desacreditada, submissa, esvaziada, humilhada, falida e até corrupta.
Repensar esses conceitos é dever do Estado para resgatar a real razão do que vem a ser polícia na pura expressão da palavra para propor o verdadeiro bem estar da coletividade que clama por uma melhor segurança pública, uma segurança pública de excelência que só pode ser alcançada com uma forte e decente polícia.
Caso contrário, mobilizações nacionais serão inevitáveis trazendo o próprio mal estar para a nação brasileira que já está saturada de tanta violência e aumento de criminalidade em todo canto do país.

Autor: Archimedes Marques (Delegado de Policia no Estado de Sergipe. Pós-Graduado em Gestão Estratégica de Segurança Pública pela UFS)

Alívio para os pais nas praias do Rio

Sérgio, 2 anos, no colo do padrinho Francisco, experimenta pulseirinha Foto: Paulo Araújo / Agência O Dia

Começa a ser testado amanhã sistema para evitar que os pequenos se percam. Pulseirinhas terão nome e telefone

Rio - Um sistema para facilitar a localização de crianças perdidas nas praias cariocas começa a ser testado amanhã. Até o dia 23 de março, os postos de salvamento vão distribuir pulseiras impermeáveis para os pequenos com o nome e telefone dos responsáveis. Em um primeiro momento, a ação será realizada nos fins de semana e feriados nas praias do Arpoador, Ipanema e Leblon.
Para ter acesso ao serviço, que é gratuito, basta os pais apresentarem um documento de identidade. Cada posto de salvamento terá bandeira com determinada cor, e a pulseira entregue à criança seguirá o mesmo tom. Caso o menor se perca, deverá procurar a unidade que tenha a coloração do acessório em seu pulso. Ele aguardará dentro do posto enquanto sua família é contactada.
“Vemos muitas crianças se perderem nas praias e também a dificuldade dos pais em localizá-las. Sem falar que muitas pessoas, quando encontram uma criança perdida, não sabem para onde encaminhá-las. Com esse sistema, o processo de localização será mais rápido e eficiente, amenizando o desespero dos pais e dos filhos”, comenta João Marcello Barreto, vice-presidente da Orla Rio, concessionária que administra 27 postos de salvamento e 309 quiosques da cidade.
Na opinião do médico Francisco Dias, 27 anos, a iniciativa deve evitar muitos transtornos. “A ideia é interessante. A procura fica mais fácil, setorizando o ponto de encontro. E com a possibilidade de fazer o registro em vários postos, os banhistas não precisam esperar na fila”, ressalta Francisco. Ele costuma levar seu afilhado, Sérgio Luiz Gonçalves Leal, de 2 anos, para passear no calçadão.
O projeto, que em um primeiro momento funcionará entre os postos 7 e 12, ainda não tem data para ser expandido ao resto da cidade.



Freezer que eletrocutou e matou menina em hipermercado é periciado



Polícia quer saber se aparelho tinha problema no momento da descarga.
Vítima teria encostado e levado choque; funcionário diz que ela tocou em fio.

O freezer que eletrocutou e matou na terça-feira (21) a menina Eloá Ferreira, de 1 ano e dez meses, dentro de um hipermercado em Campinas, no interior de São Paulo, será periciado pelo Instituto de Criminalística (IC) da Polícia Técnico-Científica. Os peritos vão tentar saber se o aparelho apresentava problemas que ocasionaram a descarga elétrica ou funcionava em perfeito estado. O corpo da vítima foi enterrado na quarta (22) em Pedreira.
Somente após a conclusão desse laudo técnico é que a Polícia Civil poderá determinar os responsáveis pela morte da criança, concluindo o inquérito e apontando eventuais culpados. Isso porque a família da vítima alega que Eloá foi eletrocutada no momento em que pôs as mãos na frente do freezer. Funcionários do hipermercado contestam essa versão, no entanto. Eles dizem que a menina tinha levado um choque no momento em que foi para a parte detrás do aparelho e tocou em fios elétricos. O resultado do exame deve demorar 30 dias para ficar pronto.
Eloá tinha ido ao hipermercado com os pais, uma irmã e a avó. “A avó relata que estava junto com ela, quando viu ela colocar as mãos nesse freezer. E a avó percebeu que ela colocou a mão e parou. Quando a avó percebeu o movimento dela de cabeça, viu que tinha alguma coisa de errado e pegou ela no colo. Quando pegou ela no colo, ela já estava com o corpo mole e a respiração ‘entrecortada’”, disse Márcio Alexandre Pentian, tio da menina, durante o velório em Pedreira, cidade do interior do estado, onde mora a família de Eloá.
Médicos que estavam no hipermercado da Rodovia Dom Pedro I ainda tentaram reanimar Eloá. Policiais Militares e o Serviço Ambulatorial Médico de Urgência (Samu) foram até o local para atender a ocorrência e tentar socorrer a menina. A criança foi levada desacordada dentro de uma ambulância ao Pronto Socorro do Hospital das Clínicas da Unicamp, onde chegou morta. Ela teria tido uma parada cardiorrespiratória em decorrência do choque. O laudo oficial com a causa da morte também deverá sair dentro de um mês. O documento está sendo elaborado pelo Instituto Médico Legal (IML).
Apesar disso, o delegado que investiga o caso afirma não ter dúvidas de que Eloá morreu eletrocutada. “Muitas pessoas que ali estavam viram. Então a prova do choque elétrico já existe, a prova testemunha. Agora a gente precisa de uma prova técnica”, disse o delegado Tadeu Brito de Almeida.
De acordo com a Secretaria da Segurança Pública do Estado de SP, o boletim de ocorrência sobre o caso foi registrado no 4º Distrito Policial, em Campinas. Nele, consta que um delegado e peritos foram ao hipermercado logo após a morte da menina e constaram problemas com a segurança do local.
Procurada, a gerência do hipermercado informou que a empresa não vai se manifestar sobre o assunto.



G1

Documentário da BBC lista espécies mais surpreendentes descobertas no século 21


Nos últimos dez anos cientistas descobriram cerca de 250 mil novas espécies e animais e plantas. Algumas foram mostradas em um documentário da BBC, como esta preguiça-anã (Bradypus pygmaeus) descoberta em uma ilha na costa do Panamá em 2001 (foto: L. Axelsson).


Nos últimos dez anos cientistas descobriram cerca de 250 mil novas espécies de animais e plantas.

O documentário da BBC, Decade of Discovery ("Década de Desberta", em tradução livre), relacionou as mais estranhas e surpreendentes espécies descobertas na primeira década do século 21.
Os documentaristas trabalharam em colaboração com a organização ambientalista Conservation International.
Entre as descobertas apresentadas está uma espécie de preguiça-anã (Bradypus pygmaeus), descoberta em uma ilha na costa do Panamá em 2001.
Outra espécie mostrada é a grande água-viva vermelha (Tiburonia granrojo), descoberta em 2003 a mais de 3 mil metros de profundidade no oceano Pacífico, que tem um metro de largura.

Este mussaranho elefante de cabeça cinza (Rhyncocyon udzungwensis) foi descoberto no Parque Nacional Uzungwa, da Tanzânia, em 2006, pelo cientista italiano Francesco Rovero (autor da foto) e é muito maior que os outros mussaranhos, quase do tamanho de um coelho.

Na África foi descoberta uma nova espécie de mamífero, o mussaranho elefante de cabeça cinza (Rhyncocyon udzungwensis). O animal foi descoberto no Parque Nacional Uzungwa, da Tanzânia, em 2006, pelo cientista italiano Francesco Rovero e é muito maior que os outros mussaranhos, quase do tamanho de um coelho.

O tubarão-bambu ou tubarão que anda foi descoberto na Indonésia em 2006. Apesar de poder nadar, caso seja necessário, geralmente ele utiliza suas nadadeiras peitorais para se mover entre os recifes de corais da região (foto: Gerry Allen/Conservation International).

O tubarão-bambu ou tubarão que anda foi descoberto na Indonésia em 2006. Apesar de poder nadar, caso seja necessário, geralmente ele utiliza suas nadadeiras peitorais para se mover entre os recifes de corais.
A lagartixa de Langkawi (Cyrtodactylus macrotuberculatus) foi descoberta em 2008 na costa noroeste da Malásia, pelo cientista Lee Grismer. O réptil usa sua visão de grande alcance para capturar suas presas durante a noite.

Esta planta gigante (Nepenthes palawanensis) foi descoberta em 2010 pelo cientista Stewart Mcpherson. A planta carnívora foi encontrada no topo de uma montanha na ilha de Palawan, nas Filipinas (foto: Stewart Mcpherson).

Além destes, a equipe de documentaristas também elegeu insetos e plantas como as espécies mais interessantes descobertas nos últimos dez anos.



BBC Brasil

Justiça condena a 63 anos de prisão lavrador que abusou das filhas no Maranhão


SÃO PAULO - A Justiça do Maranhão condenou o lavrador José Agostinho Pereira, de 55 anos, a 63 anos de prisão. Ele é acusado de abusar das duas filhas e ter com elas oito filhos-netos. Em julho, exames de DNA confirmaram que o lavrador é o pai dos sete filhos de sua filha Sandra Maria Monteiro, de 29 anos, e do filho da sua filha mais velha, Maria Sandra Monteiro, de 31. O caso de pedofilia foi descoberto em junho, após investigação da Polícia Civil do município de Pinheiro, que partiu de uma denúncia. (Leia também: Cinco delegados são condenados por deixar menina em cela com 23 homens no Pará )
Os abusos contra Sandra duraram cerca de 17 anos. Pereira foi indiciado por cárcere privado, estupro de vulnerável maus-tratos e abandono material e intelectual. Ele continua preso em Pinheiro. A filha Sandra Maria e os sete filhos, que moravam em um povoado bastante isolado e eram proibidos de sair de casa, estão abrigados em uma casa de passagem da prefeitura, com auxílio psicológico.
Na época da prisão do lavrador José Agostinho Bispo Pereira, jornais europeus chegaram a compará-lo ao austríaco Josef Fritzl, que estuprou a filha Elisabeth, além de tê-la feito refém por 24 anos no porão de sua casa. O austríaco também teve sete filhos-netos. No sites internacionais, o lavrador foi tratado como o 'Fritzl do Brasil'.


O Globo

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Jovens são torturados em clínica de recuperação para viciados em drogas em SP



A clínica tinha contrato com a prefeitura de São Paulo. Os jovens pagavam R$ 2.800 por mês pela estadia, mas eram agredidos, ficavam sem comida e água e levavam choques elétricos.



R7

Tráfico conta com estrutura empresarial para gerir seus negócios

Traficantes costumam registrar toda movimentação financeira da quadrilha, assim como fazem as empresas. A organização, no entanto, ainda é rudimentar.
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Organização da venda de drogas no Rio conta com 14 diferentes cargos e funções
Para administrar os milhões de reais que o tráfico de drogas movimenta a cada mês no Rio de Janeiro, os criminosos tentam se estruturar como uma empresa. As quadrilhas possuem uma hierarquia de cargos, com possibilidade de ascensão. Os "funcionários" trabalham sob regime de plantão. E, para obter mais lucro em seus negócios, costumam adicionar substâncias aos entorpecentes.
Os traficantes, no entanto, não vendem só drogas e diversificam cada vez mais suas atividades, explorando serviços como gatonet (TV a cabo clandestina) e distribuição de gás, além de abrir empresas.
A organização, no entanto, ainda é muito rudimentar. Um exemplo disso são as anotações sobre a movimentação financeira, que normalmente são feitas à mão em cadernos ou blocos. Sem falar no fato de enterrarem parte do dinheiro.
Na estrutura hierárquica das quadrilhas há a participação de 14 diferentes agentes, dos quais oito têm ação direta, três têm cargos auxiliares e outros três são peças importantes, mas não encontradas em todas as favelas.
O primeiro na hierarquia do tráfico é o "dono" do morro. São os homens que dão as ordens nas favelas sob seu controle. A maior parte está presa, como Marcinho VP, Fernandinho Beira-Mar, entre outros, que administram os seus negócios de dentro da cadeia.
Logo abaixo, estão os "gerentes-gerais", também chamados de "frentes", que são homens de confiança dos ‘donos’, como FB (Fabiano Atanázio da Silva), na Vila Cruzeiro, e Pezão (Luciano Martiniano da Silva), no Alemão. Eles são os responsáveis pelos negócios na favela, a quem os outros gerentes são subordinados. Nenhum crime, como roubos e assassinatos, é praticado pelos criminosos sem autorização do frente.
Em seguida, estão os "gerentes de boca de fumo", como são conhecidos os pontos de venda de drogas. Além deles, há o gerente responsável pela venda de cada tipo de droga, como o gerente do crack e da cocaína. Todos os ‘funcionários’ da boca prestam contas a ele.
O cargo mais cobiçado pelos mais jovens é o de "vapor", o que vende a droga diretamente para o usuário. Segundo agentes ouvidos pelo R7, o cargo é muito procurado porque, a partir dele, os criminosos passam a receber por comissão, de acordo com a venda. Além disso, quem se destaca tem grande chance de chegar ao cargo de gerente.
Os que cobiçam o cargo de ‘vapor’ são os "soldados", responsáveis pela segurança da favela, e os "olheiros", que têm função de vigilância. Também conhecidos como 'fogueteiros' ou 'radinhos', por usarem morteiros e rádios de comunicação, eles precisam avisar sobre a chegada da polícia ou de traficantes rivais.
Aqueles que têm mais tempo trabalhando para o tráfico, mas que não conseguiram ser ‘promovidos’, geralmente atuam na "endolação", que consiste em embalar as drogas para a venda. Para os traficantes, os mais velhos são escolhidos porque não têm mais condições físicas de correr da polícia.
Outra figura importante é o "armeiro", que tem conhecimento técnico sobre armas e é o responsável pela manutenção de fuzis, metralhadoras e pistolas. Na maioria das vezes, ex-militares são recrutados para esta função.

Cargos auxiliares
Nas funções auxiliares estão as figuras do"fiel" (trabalha eventualmente para o tráfico, basicamente com a função de esconder armas e drogas em casa, por não ter ligação direta com o negócio, podem ser acionados a qualquer momento), "portador" (cargo normalmente ocupado por mulheres, que, na condição de visitantes de presos, transmitem informações entre quem está na cadeia e quem está na favela) e as "tias", mulheres mais velhas, em sua maioria parentes de presos, que escondem o dinheiro da quadrilha.
Os outros cargos relacionados são os de "matuto" (responsável por abastecer com grandes quantidades de armas e drogas as favelas cariocas, geralmente pegam o material na fronteira com o Paraguai e levam até o Rio), "químico" (presente em poucas favelas, somente naquelas em que há refinarias de cocaína, onde ele transforma a pasta base em cocaína em pó pronta para a venda) e "açougueiro" (especialista em corte de carne, esquarteja os corpos de desafetos mortos pelo tráfico, que são jogados em rios, aos porcos ou queimados, presente em poucas comunidades).
A remuneração dos "funcionários" do tráfico é feita de acordo com o faturamento das bocas de fumo. Um gerente, por exemplo, pode faturar de R$ 1.000 a R$ 6.000 mensais. O salário mais baixo de um soldado (segurança) gira em torno de R$ 600. Já entre os vapores, os ganhos variam de R$ 300 a R$ 400.
Investigações feitas pela polícia revelaram no início deste ano que, no morro de São Carlos, no Estácio, um efetivo de 324 'funcionários' gerava uma despesa de R$ 51 mil por semana. Somente na localidade do Querosene, 57 traficantes ganhavam R$ 120 cada, e seis ‘chefes de plantão’ recebiam R$ 300 semanais. Outros chefes de plantão chegavam a receber R$ 1.500.

Marcelo Bastos e Mario Hugo Monken


R7

Faz um ano que Sean foi entregue ao pai; e a avó ainda não se conformou


Faz um ano que a Justiça brasileira entregou o garoto Sean, 10, ao seu pai, o americano David Goldman. Silvana Bianchi (foto), 60, a avó brasileira materna, tem aproveitado a oportunidade para lamentar a perda.
Bruna, 34, a mãe de Sean, trouxe o garoto para o Brasil de férias em 2004 e disse ao marido que voltaria para os Estados Unidos, mas não voltou. Ela rompeu a união com Goldman, casou-se de novo e morreu de parto em agosto de 2008.
O pai teve de recorrer à Justiça e a políticos e mobilizar a opinião pública americana para que Silvana entregasse o seu filho. Em várias oportunidades, ele se queixou de que ela o impedia que visitasse Sean.
Agora, durante uma entrevista, entre lágrimas, Silvana exagerou: “Não sei se meu neto está vivo ou morto”.
Ela lembrou que a última vez que teve contato com Sean foi em 22 de junho, quando ele telefonou para dizer em inglês que estava bem. “Foi uma conversa sem espontaneidade. Ele parecia ter alguém do lado, tomando conta do que falava."
Silvana sempre quis Sean só para ela, colocando o pai de escanteio, como se a posse do neto fosse uma compensação para a morte de sua filha.
Ela chegou a dizer que a cultura brasileira valoriza a mãe na educação do filho, e ela, como avó, estava desempenhando o papel materno, sem levar em conta que Sean é filho de americano e nasceu nos Estados Unidos. A sua argumentação incluía a defesa de que o padrasto João Paulo Lins e Silva, 36, era mais pai do que o pai verdadeiro.
Sean foi vítima de alienação parental. A figura do seu pai era minimizada pela avó e a do padrasto superestimada.
Lins e Silva, advogado especializado em questões de família, foi usado por Silvana na guerra jurídica contra o pai de Sean. Aparentemente, o padrasto resolveu se restringir aos bastidores desde a a volta do garoto para os Estados Unidos.
Silvana, na entrevista de agora, apela até mesmo para a irmã de Sean para desenvolver a sua narrativa de vítima. Disse que Chiara tem sentido falta do irmão, que pergunta por ele, etc.
“Não consigo acreditar que [Sean] seja feliz lá, sem saber de nós, da irmã”, disse.
Nesta véspera de Natal, Sean deverá telefonar para a avó.
O site bringseanhome.org (‘Tragam Sean para casa’), criado na época da disputa pelo menino, enviou e-mail às pessoas cadastradas dizendo que a relação entre pai e filho “está bem melhor do que qualquer um de nós poderia imaginar ser possível".

Com informação da Folha.


Paulopes Weblog

Criança cai de prédio e morre em Curitiba


Menina de 11 anos teria se jogado após levar uma bronca

Uma menina de 11 anos morreu ao cair de um prédio no Centro de Curitiba na noite de terça-feira. A mãe da criança afirmou que ela teria se jogado do 7º andar depois de levar uma bronca. A queda foi de 21 metros e terminou com a morte instantânea de Maria Carolina Gorosito. A polícia investiga as circunstâncias da morte.
Segundo relato da mãe, ela teria dado uma bronca na menina depois de encontrar ela e uma amiga passando trotes pelo telefone. A mãe entrou em estado de choque e precisou de atendimento médico.


Jornale

Índios isolados no caminho de Belo Monte


Uma tribo da Amazônia brasileira pode ter encontrado novas evidências da existência de índios isolados vivendo na área onde está planejada a construção da usina hidrelétrica de Belo Monte, no rio Xingu (PA). A denúncia foi feita pela Associação de Defesa Etno-ambiental Kanindé e STPI Brasil.
Segundo as ONGs, a tribo Asuniri teria visto índios em isolamento, e encontrado pegadas deixadas por eles em uma floresta a aproximadamente 70 quilômetros de distância do local onde será construída a usina. Belo Monte irá inundar uma área de 516 km2, para gerar 11.233 MW de energia.
Os índios isolados seriam gravemente impactados pela obra, já que eles têm pequena resistência a doenças. As obras da usina devem mobilizar milhares de trabalhadores e famílias para a região.
Além disso, os indígenas da região do Xingu também são contra a construção de Belo Monte, que deve secar alguns trechos do rio Xingu e causar grande desmatamento na região. A líder indígena Sheyla Juruna descreve Belo Monte como "um projeto de morte e destruição", e convida as pessoas a assinarem uma petição internacional para barrar as obras.

Fonte: www.amazonia,org.br


O PARAENSE

Na expectativa de 2011, Brasil é o segundo país mais otimista no mundo


Pesquisa do Ibope Inteligência e rede Win ouviu mais de 64 mil pessoas em 53 países

Para 73% dos brasileiros, 2011 será melhor que o ano que passou, superando com folga a média global, de 42%. No grupo dos oito países mais otimistas do mundo, encabeçados pela Nigéria, não figura nenhum país desenvolvido. São eles: Nigéria (83%), Brasil (73%), Vietnã (73%), China (67%), Gana (64%), Argentina (60%) e Bangladesh (60%).
Esse é um dos resultados da pesquisa Barômetro Global de Otimismo, realizada pelo IBOPE Inteligência em parceria com a Worldwide Independent Network of Market Research (WIN), que tem por objetivo medir a expectativa da população mundial para o ano seguinte, através dos indicadores de esperança e descrença.

Otimismo no mundo
A América Latina é a região mais otimista no mundo, liderada pelo Brasil. O segundo continente mais otimista é a África, puxado por Nigéria e Gana, apesar do impacto negativo dos indicadores de Egito e Camarões. A Ásia é o terceiro, favorecido pelos bons números de China e Vietnã.
Já os países árabes prevêem continuidade em 2011 em relação a 2010. Os países que formavam o antigo bloco soviético, por sua vez, não têm boas perspectivas: apenas 27% estão otimistas. A Europa é o continente mais temeroso em relação a 2011, apesar dos bons indicadores apresentados pelos países nórdicos.

Histórico nacional
No Brasil, o otimismo de 73% apontado em relação a 2011 é o mais alto da série histórica, mantendo o mesmo patamar de 2009 (71%). Em 30 anos, o indicador do otimismo brasileiro praticamente dobrou: em 1980 os otimistas eram 38%, em 1990 eram 49%, em 1997 eram 59% e, neste ano, 73%.
O indicador atualizado reflete o ótimo momento da economia brasileira, remetendo a outros picos significativos de otimismo experimentados em 1994 (68%), no auge do Plano Real, e em 1989 (60%), com a vitória da campanha pelas eleições diretas.

Regiões do Brasil
Observadas as diferenças nas respostas pelas regiões do Brasil, nota-se um maior otimismo na região Nordeste (82%), cujo crescimento econômico tem sido muito vigoroso. Já nas demais regiões do País, o otimismo aproximado das pessoas é de 70%.

Prosperidade econômica
Perguntados se 2011 será um ano de maior ou menor prosperidade econômica, 56% dos brasileiros acreditam que o ano que vem será melhor, 31% acreditam que se manterá igual e 9% acreditam que será pior. Na média mundial, os pessimistas somam 28% da população, ou o equivalente a três vezes a proporção encontrada no Brasil.
O Brasil é o segundo no ranking dos países onde há menor pessimismo, empatado com o Vietnã em 9% das pessoas e perdendo apenas para a Nigéria, onde somente 2% acreditam em dificuldade econômica para 2011.
No BRIC, onde a expectativa média de prosperidade é de 49%, o índice é puxado para cima pela China (58%) e Brasil (56%), acompanhados de Índia (42%) e Rússia (30%). No G7 (Canadá, EUA, Reino Unido, Japão, Itália, França e Alemanha) o cenário é bem diferente, com expectativa média de prosperidade compartilhada apenas por 17% das pessoas, enquanto 36% crêem em dificuldade econômica.

Empregabilidade
A pesquisa também questionou a população global quanto à expectativa de crescimento ou não do desemprego, à estabilidade ou não do atual emprego, além da facilidade ou não de se obter um novo emprego.
O Brasil está entre os países com menor expectativa de aumento de desemprego, em terceiro lugar no ranking, com apenas 26% das pessoas acreditando que o índice possa subir. Além do otimismo em relação à empregabilidade, vale salientar que a atual taxa de desemprego está entre as mais baixas do histórico brasileiro.
Os países que mais acreditam no aumento do desemprego são Reino Unido (74%), Paquistão (72%), França (67%) Romênia (65%) e Itália (61%). A América Latina é a região do mundo que menos acredita no crescimento do desemprego (30%).
Aqueles que mais esperam pela queda do desemprego são os norte-americanos (41%), seguidos pelos latinos (35%).
Questionados quanto à estabilidade do atual emprego, os brasileiros sentem-se um pouco mais seguros do que há um ano. Hoje, 61% crêem na estabilidade contra 54% no ano passado. O indicador atual está na média do aferido pelo mundo, onde 62% sentem-se seguros no atual emprego. A Europa Oriental e os países que formavam o antigo bloco soviético lideram o ranking de insegurança em relação ao emprego.
Por fim, 31% da população global acredita que conseguiria um emprego com rapidez, caso perdesse o atual. No Brasil, quinto melhor colocado nesse ranking, 54% dizem que teriam facilidade de encontrar um novo trabalho. À sua frente, figuram Holanda (58%), Islândia (56%), Bélgica (55%) e Finlândia (55%). Na América do Norte, apenas 21% têm a mesma crença.
A pesquisa Barômetro Global de Otimismo ouviu mais de 64 mil pessoas em 53 países, representando 76% da população mundial. A margem de erro da pesquisa global está estimada em torno de 3,5 pontos percentuais, com 95% de intervalo de confiança.
No Brasil, o Ibope Inteligência realizou 2.002 entrevistas domiciliares, ouvindo toda a população de 16 anos ou mais.


Após briga judicial pelo filho, Goldman publica memórias


O homem de Nova Jersey que protagonizou uma prolongada batalha judicial pela custódia de seu filho no Brasil, David Goldman publicará um livro de memórias no ano que vem. "A Father''s Love" (O amor de um pai) será comercializado a partir de maio pelo selo Viking, anunciou hoje a editora.
Em 2004, Goldman estava casado com a brasileira Bruna Bianchi e vivia em Tinton Falls, Nova Jersey, quando a mulher dele viajou para o Brasil com o filho de 4 anos do casal. Goldman supunha que eles iam apenas passar férias.
Chegando no Brasil, porém, Bruna anunciou a Goldman que ela ficaria no País com o menino. Ela se divorciou de Goldman e casou-se novamente, com um advogado, João Paulo Lins e Silva. Goldman passou dois anos em tribunais norte-americanos e brasileiros, até conseguir levar o menino de volta para casa, em 2009.
Bruna morreu em 2008, durante o parto de outro filho, mas o padrasto brasileiro do menino e sua avó continuaram a batalha judicial pela custódia do menor no Brasil. A secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, chegou a dar declarações apoiando a iniciativa do pai para levar o menino de volta aos EUA. As informações são da Associated Press.

Agência Estado


Bebê de nove meses vai para hospital após ser espancado em MG



Pai, de 19 anos, é o principal suspeito

Um bebê de nove meses foi levado a um hospital em estado grave depois de ter sido espancado na noite desta terça-feira (22). O pai da criança, de 19 anos, é o principal suspeito.
De acordo com a mãe, o pai é usuário de drogas, já foi preso e se recupera de um tiro que levou na perna. Ele está não foi localizado pela polícia e teria agredido o bebê por se irritar com o choro da criança.


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