sábado, 24 de março de 2012

Apóstolo milionário mora em mansão avaliada entre R$ 7 milhões e R$ 10 milhões em SP


Após afirmar não ter patrimônio, documentos revelam que Valdemiro tem uma fortuna em seu nome

O dirigente religioso Valdemiro Santiago de Oliveira, líder da Igreja Mundial do Poder de Deus, é proprietário de uma mansão num condomínio da Grande São Paulo, como provam documentos oficiais obtidos com exclusividade pelo R7. Valdemiro Santiago, que se auto-denomina apóstolo, desde o início na semana nega que tenha qualquer patrimônio em seu nome.

No último domingo (18), o programa Domingo Espetacular, da Rede Record, revelou que Santiago usou dinheiro da igreja para comprar uma fazenda de quase R$ 30 milhões em Mato Grosso.

Veja os documentos que comprovam que Valdemiro mora na mansão

Documentos oficiais mostram que, no ato da assinatura, Valdemiro transferiu o imóvel para a empresa dele. Outras duas fazendas na mesma região também foram compradas com dinheiro da igreja e teriam sido arrendadas pelo apóstolo. Ao todo, são cerca de R$ 50 milhões e 26 mil hectares de terras – tamanho de quase 14 mil campos oficiais de futebol.

Fotos comprovam que Valdemiro mentiu sobre compra de fazenda

Mas é numa casa, na cidade de Santana de Parnaíba, que moram Santiago e sua mulher, bispa Franciléia de Castro Gomes de Oliveira. O imóvel fica no condomínio Tamboré 2, um dos mais caros da região – segundo corretores, o preço das casas varia de R$ 7 milhões a R$ 10 milhões.

Além de morar na mansão luxuosa, o casal comprou imóveis no condomínio de alto padrão. Um documento oficial do Registro de Imóveis da Comarca de Barueri atesta que o casal comprou bens em Alphaville: uma outra mansão no Residencial 9, avaliada em cerca de R$ 2 milhões, e um apartamento cujo preço gira em torno de R$ 500 mil.

De acordo com a escritura, obtida pelo R7, a casa de 420 m² foi comprada por Valdemiro no mês passado. O documento mostra que o imóvel teria sido adquirido por R$ 900 mil -- segundo especialistas, uma bagatela para o padrão da casa e do terreno. Corretores da região atestam que a casa não sai por menos de R$ 1,5 milhão.

R7

Corpo de Chico Anysio é velado no Theatro Municipal, no Rio


O corpo do humorista Chico Anysio é velado na manhã deste sábado (24) no Theatro Municipal, no Centro do Rio. Os atores Bruno Mazzeo e Nizo Neto, filhos do humorista, estão entre os primeiros a chegar ao local. Pela manhã, o velório será restrito a amigos e familiares de Chico Anysio. Segundo o dvogado da família, Paulo César Pimpa, às 12h, a cerimônia deve ser aberta ao público.

O corpo de Chico Anysio deixou o Hospital Samaritano, em Botafogo, na Zona Sul, por volta das 5h40 deste sábado (24). O humorista faleceu na tarde de sexta-feira (23), no Samaritano, onde estava internado havia três meses. Ele teve uma parada cardiorrespiratória, causada por falência múltipla dos órgãos, decorrente de choque séptico causado por infecção pulmonar.

O cantor Elymar Santos chegou cedo ao local. "Perdi um pai. Tínhamos uma linda história. O mundo tinha dois gênios. Chaplin e Chico. Perdemos o segundo. Ele gritava para o mundo que eu era o filho dele. Foi o pai que eu não tive", disse emocionado o artista.

Segundo Pimpa, o corpo de Chico Anysio será cremado no domingo (25), no Cemitério do Caju, na Zona Portuária do Rio, mas ainda não há informação sobre o horário. O advogado explicou que a família aguarda a chegada da ex-ministra Zélia Cardoso de Mello e de seus dois filhos, que teve com Chico Anysio. A família mora em Nova York e deve chegar ao Rio nesta manhã.

O advogado Paulo César Pimpa trabalhava para Chico há 15 anos. Ele comentou as últimas internações do ator. “Foi muito triste. É uma angústia. O Chico é um guerreiro”, falou o advogado.

Ao longo de seus 65 anos de carreira, o cearense Chico Anysio criou mais de 200 personagens e foi um dos maiores humoristas do Brasil com destaque no rádio, na TV, no cinema e no teatro.

Além de se dedicar ao humor, Chico também foi artista plástico. Apaixonado pela pintura, retratou paisagens ao redor do mundo a partir de fotografias que tirava dos países que visitava. Realizou exposições de seus quadros em diversas galerias do Brasil e chegou a afirmar que gostaria de ter dedicado mais tempo à atividade. Ele deixa oito filhos e completaria 81 anos no dia 12 de abril.

Twitter
Poucos minutos após a divulgação da morte de Chico Anysio, o nome do humorista ficou em primeiro lugar no Trending Topics mundial - assuntos mais comentados - do Twitter. Muitos famosos lamentaram a morte do comediante na rede social.

G1

sexta-feira, 23 de março de 2012

Preso por racismo tem longo histórico de crimes


Marcelo Valle Silveira Melo, jovem de classe média, era alvo de bullying e passou de provocador inconsequente a pregador da intolerância

A Polícia Federal (PF) pôs fim nesta quinta-feira a sete anos de atividade criminosa de Marcelo Valle Silveira Melo, de 26 anos. Preso por pregar a intolerância e fazer ameaças em um site, ele era uma figura conhecida na internet por espalhar as mais terríveis mensagens.

Melo passou de provocador inconsequente a um perigoso disseminador do ódio. Ele se valia da internet para passar uma imagem de superioridade que, na vida real, lhe faltava. Na rede, o garoto sem amigos se transformava em "Psycl0n", ou "Ash Ketchum".

A trajetória criminosa de Melo teve início em 2005, quando ele publicou uma sequência de ofensas contra negros em um fórum da Universidade de Brasília (UnB) no site de relacionamentos Orkut. Foi processado e condenado, em 2009, a um ano e dois meses de prisão. Recorreu da decisão e não passou um dia sequer na cadeia.

Dois anos antes da condenação, em entrevista ao site Campus Online, da UnB, disse que foi mal compreendido: "Eu queria criticar o sistema de cotas, fazer uma ironia de como ele é injusto. Jamais ser racista, como estão dizendo por aí."

Não era verdade: nos anos seguintes, Melo aprofundou seu arsenal de ofensas e ampliou o leque das vítimas. Os negros eram "macacos subdesenvolvidos". As mulheres, merecedoras de estupro. Para os homossexuais, ele pregava o extermínio. Esquerdistas, cristãos, judeus e crianças também eram alvo de ataques.

Ele distribuía ameaças de morte e, aos poucos, passou a concentrar suas mensagens no site www.silviokoerich.org, motivador da prisão. Até então, ele mudava frequentemente o veículo usado para divulgar suas ideias, o que dificultava o rastreamento.

Formado em Ciência da Computação pela Universidade Católica de Brasília, Melo também era um hacker habilidoso – e gostava de alardear sua capacidade de fraudar cartões de crédito.

Isolado, o jovem seria provavelmente apenas um desajustado inofensivo. Mas, na web, encontrou colegas que compartilhavam sua insanidade - como Emerson Eduardo Rodrigues, o paranaense que também foi preso pela Polícia Federal nesta quinta-feira.

Origem -Filho de uma funcionária do Serviço de Processamento de Dados (Serpro) da Presidência, Melo perdeu o pai ainda criança. Vivia em um apartamento confortável na Asa Norte, bairro central de Brasília. No colégio onde estudou, era alvo de piadas por causa do sobrepeso e por se encaixar no estereótipo de "nerd".

A vida sem sobressaltos financeiros lhe permitiu uma viagem ao Japão, país pelo qual era aficcionado. Quando postou mensagens racistas em um fórum da UnB na internet, ele havia acabado de ser aprovado no curso de Letras - Japonês, que abandonou em seguida.

O jovem chegou a se submeter a tratamento psiquiátrico. Na primeira condenação, Melo teve a pena abrandada porque o juiz o considerou semi-imputável (apenas parcialmente consciente das consequências de seus atos).

Após a sentença, passou a debochar também da Justiça "Fui condenado a três anos de liberdade", postou. Intensificou as ameaças: por mais de uma vez, prometeu promover um massacre na Universidade de Brasília.

Seu principal alvo eram alunos das Ciências Humanas. Ele teria escolhido até a arma para o crime: o fuzil israelense Uzi - o mesmo usado pelo estudante que matou 32 pessoas na universidade Virginia Tech, nos Estados Unidos, em 2007.

Melo é alvo de quase dez queixas na Polícia Civil do Distrito Federal, uma delas por agredir a mãe. Também responde a um segundo processo por racismo, aberto em 2011.

A defesa alegava insanidade mental, o que deve se repetir agora, com as novas acusações. Ao manter o site que levou à sua prisão, o pregador do ódio desdenhou também da Polícia Federal. Deve pagar o preço pelos próximos anos.

Veja

Amante é condenada a 43 anos de prisão por morte da menina Lavínia


Acusada foi condenada pelos crimes de homicídio e ocultação de cadáver.
Menina de seis anos foi encontrada morta em hotel na Baixada Fluminense


O Tribunal do Júri condenou Luciene Reis Santana a 43 anos de prisão pela morte da menina Lavínia, pelos crimes de homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver. A acusada também foi condenada a pagar 300 salários mínimos pelos danos causados à família da vítima. No entanto, de acordo com os advogados de defesa e acusação, a condenada não tem condições financeiras de pagar a multa.

Na época do crime, ocorrido no fim de fevereiro de 2011, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, a vítima tinha 6 anos. Luciene era amante do pai da criança. O corpo de Lavínia foi encontrado apenas no dia 2 de março, com o cadarço do tênis enroscado no pescoço, debaixo do colchão de um quarto de hotel, no Centro do município.

O advogado Lélio Correa, responsável pela defesa de Luciene, alegou que sua cliente tem problemas psicológicos e praticou o crime por "dolo insconsciente", já que “sofre de baixa resistência à frustração afetiva”.

“Ela representa perigo para a sociedade, mas o cárcere não é o remédio. Não estou pedindo para absolvê-la, mas acho que ela deveria receber um atendimento mental”, falou o advogado.

O júri popular, composto por 4 mulheres e 3 homens, entendeu que o crime praticado por Luciene foi de motivo torpe, com emprego de meio cruel e sem possibilidade de defesa da vítima.

Pai chora em depoimento
Mais cedo, o pai de Lavínia, Roni dos Santos de Oliveira chorou ao lembrar da filha durante o depoimento na tarde desta quinta-feira (22).

Ao fim do depoimento, ele se alterou após ser questionado pela defesa sobre a relação dele com Luciene Reis Santana e teve de ser contido pelos seguranças. "Você é um monstro! Você é um monstro!", gritava, enquanto era contido também por familiares.

Segundo ele, Luciene conheceu Lavínia durante uma visita à sua academia. Ele afirmou que a ex-amante era possessiva e ciumenta. Roni confirmou que Luciene teria feito ameaças de se matar caso eles não reatassem.

"Luciene não aceitava o fim do relacionamento. Ela me ligava toda hora e me pedia dinheiro. Quando eu fui com o Rafael (primo de Lavínia) à casa dele, ele retornou dizendo que ela estava com o punho cortado e afirmava que iria se matar. Eu fui à casa da irmã dele porque ela estava ficando meio alterada. À noite tivemos uma nova discussão e ela chegou a me ameaçar com uma faca. Ela ficou muito alterada", contou.

Ainda de acordo com Roni, logo após deixar a casa de Luciene no domingo, ele foi para a sua casa, tomou um banho e viu quando Andreia (mãe de Lavínia) colocava a menina para dormir. No dia seguinte, segundo ele, Lavínia não estava mais em casa.

"Eu fiquei desesperado e logo imaginei que tinha sido ela (Luciene). Quando ela via a foto da Lavínia no meu celular não gostava. Primeiro eu fui à casa dela, mas ela não estava. Depois fui a todos os cantos. À noite eu voltei à casa da Luciene e ela estava com os meus primos. Ela estava normal, disse que não tinha sido ela e que de jeito nenhum faria isso", completou Roni.

Julgamento
O julgamento começou por volta das 13h50. Pouco antes da sessão, parentes e amigos da vitima aguardavam ansiosos do lado de fora da 4ª Vara Criminal de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. Eles vestiam camisetas em memória a Lavínia e levaram cartazes pedindo justiça.

G1

quarta-feira, 21 de março de 2012

Justiça mantém decisão de levar Mizael a júri popular


O Tribunal de Justiça de São Paulo manteve a decisão de levar Mizael Bispo de Souza e Evandro Bezerra Silva a júri popular nesta quarta-feira. Eles são acusados de matar a ex-namorada de Mizael, Mércia Nakashima, em 2010. A decisão cabe recurso.

A defesa havia entrado com um recurso contra a decisão do juiz Leandro Bittencourt Cano, em dezembro de 2011. A magistrada da 12ª Câmara de Direito Criminal e relatora do processo, Angélica de Maria Mello de Almeida, no entanto, negou o pedido e foi seguida pelos desembargadores Carlos Vico Mañas e Breno de Freitas Guimarães Júnior.

A reportagem procurou a defesa de Mizael e Evandro, mas não obteve retorno.

O CASO

Souza era considerado foragido desde dezembro de 2010, quando o juiz decretou sua prisão.

Mizael e o vigia Evandro Bezerra Silva, tido como seu cúmplice no crime, foram denunciados por homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, cruel e sem possibilidade de defesa da vítima). Eles negam participação.

Mércia desapareceu em 23 de maio de 2010. Seu carro foi encontrado em uma represa de Nazaré Paulista no dia 10 de junho daquele ano. O corpo da advogada foi localizado no dia seguinte.

Mizael é acusado de homicídio triplamente qualificado, mas desde o início das investigações nega qualquer envolvimento com o crime. O vigia Evandro, acusado de ajudar Mizael, foi denunciado sob acusação de homicídio duplamente qualificado.

Ele chegou a falar, em depoimento à polícia, que combinou de ir buscar Mizael na represa no dia do desaparecimento de Mércia, mas depois mudou a versão e negou envolvimento com o crime.

HABEAS CORPUS

Mizael teve diversos pedidos de habeas corpus negados pela Justiça no período em que esteve foragido.

Em dezembro do ano passado o STJ negou dois pedidos apresentados pela defesa do ex-PM. Segundo o STJ, em um dos habeas corpus a defesa alegava incompetência dos juízes de Guarulhos (Grande São Paulo) para julgar o caso, já que o crime ocorreu em Nazaré Paulista (64 km de São Paulo). O segundo pedia a revogação da prisão preventiva.

Em maio, o STJ já havia negado um pedido de habeas corpus protocolado pela defesa do acusado, que pedia a revogação da prisão preventiva do ex-policial decretada em dezembro do ano passado pela Vara do Júri de Guarulhos.

Antes, a Justiça de São Paulo tinha negado o pedido de liberdade aos acusados em fevereiro.

Em janeiro, o Tribunal de Justiça também já tinha negado a devolução de bens de Mizael. Ele havia pedido a devolução de celulares, armas, roupas e sapatos que estão sob a guarda do juiz da Vara do Júri de Guarulhos desde o início da investigação sobre o crime.

Folha OnLine

Igreja católica 'castrou' meninos na Holanda nos anos 50

Alegações de abuso em instituições católicas holandesas se multiplicaram após denúncia de ex-alunos

Pelo menos 11 meninos foram castrados enquanto estavam aos cuidados da Igreja Católica, na Holanda, nos anos 50, segundo uma reportagem do jornal NRC Handelsblad.

Um rapaz foi castrado em 1956, após contar à polícia que estava sofrendo abusos, segundo o jornal.

O Ministério da Justiça holandês está investigando o papel do governo na época, e parlamentares pediram um inquérito após a publicação da reportagem.

No ano passado, uma investigação na Holanda descobriu que milhares de crianças haviam sofrido abusos em instituições católicas do país a partir de 1945.

'Grave e chocante'

Henk Hethuis, que era aluno de um internato católico, tinha 18 anos quando contou à polícia que um monge holandês estava abusando dele.

Segundo o jornal NRC Handelsblad, ele foi então castrado por ordem de padres católicos e informado de que isso o "curaria" de sua homossexualidade.

O jornal disse que o mesmo aconteceu com pelo menos dez de seus colegas de escola.

Hethuis morreu em um acidente de carro em 1958.

O ministro da Justiça Ivo Opstelten disse que as alegações são "muito graves e chocantes" e prometeu investigar o papel que o governo holandês teve na época.

A Igreja Católica holandesa disse estar disposta a cooperar com investigações para verificar a veracidade da reportagem.

'Cultura do silêncio'

Uma comissão que investigou abusos em instituições católicas holandesas disse, no ano passado, que a Igreja fracassou em lidar com os casos que ocorriam corriqueiramente em escolas, seminários e orfanatos.

A comissão, liderada pelo ex-ministro Wim Deetman, revelou dezenas de milhares de casos de crianças que sofreram abusos que iam de toques inapropriados a estupro, e condenou o que chamou de acobertamento da Igreja e "cultura do silêncio".

O NRC Handelsblad disse que a comissão recebeu uma denúncia sobre os supostos casos de castração em 2010.

Parlamentares anunciaram que pretendem pedir uma audiência formal com Deetman para perguntar por que ele não incluiu a informação em seu relatório.

BBC Brasil

Programação marca o 'Dia Internacional da Síndrome de Down'


Em entrevista ao Imirante, geneticista reforça importância da inclusão social.


SÃO LUÍS – Hoje, 21 de março, é o "Dia Internacional da Síndrome de Down". A data homenageia o médico britânico que primeiro relatou a síndrome, em 1862, John Langdon Down. O dia foi escolhido porque faz referência, no calendário americano, à trissomia do cromossoma 21 ("3/21"), conhecida popularmente como "síndrome de Down".


Em São Luís, uma programação especial vai marcar a data comemorativa. A Associação dos Familiares e Amigos dos Down do Maranhão (Afadma) realiza, durante todo o dia, no Jardim Botânico da Vale, na avenida dos Portugueses, o lançamento da "Coleção Incluir", com livros paradidáticos que promovem a inclusão social dos portadores da síndrome de Down voltados para o ambiente escolar. A Afadma solicitou, ainda, uma audiência pública da Câmara Municipal para discutir a melhoria das condições dos serviços prestados aos portadores de Down.


A Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae), também, realiza programação especial, com exibição de filmes e distribuição de materiais informativos. A associação, pioneira no auxílio às famílias com portadores de Down, comemora, nesta sexta-feira (23), quarenta anos de fundação no Maranhão.


De acordo com a presidente da Regional Norte-Nordeste da Sociedade Brasileira de Genética Médica (SBGM), a médica geneticista Juliana Rodovalho – ligada à Apae –, a síndrome pode aparecer em qualquer família. "É muito importante procurar um grupo de apoio. Quanto mais próximo o grupo de apoio estiver, melhor para a família", disse em entrevista, pela manhã, ao Imirante. Ela ressalta, ainda, que a família deve procurar o máximo de informações em fontes seguras, como sites de associações que prestam auxílio na área ou de universidades que realizam pesquisas genéticas.


Alguns sinais – como afastamento entre o primeiro e segundo dedo dos pés e excesso de pele na nuca do bebê – apontam, desde cedo, a presença da trissomia do cromossoma, e podem ser detectados, ainda na gestação, por meio de exames médicos. Daí a importância de fazer o pré-natal. "A hipotonia (redução da força muscular) é presente desde o nascimento, então você percebe a dificuldade para o bebê sugar o seio materno e nos marcos do desenvolvimento, como firmar o pescoço sozinho, tentar andar. Então, hoje em dia, com esse tratamento da equipe multidisciplinar, incluindo fisioterapia, terapia ocupacional e fonoaudiologia, a pessoa com Down vai sentar na época certa, falar na época certa", afirma a geneticista.


Outros sinais, no entanto, podem ser perigosos para os próprios portadores da síndrome, como a má formação cardíaca. Entre 40% a 50% dos portadores de Down apresentam a má formação cardíaca, que pode ser detectada por meio de um cardiograma, ressalta a médica. "É importante a gente reconhecer cedo, porque é uma das maiores causas de mortalidade na síndrome", diz. Com o avanço da medicina, é possível reverter a má formação por meio de cirurgias cardíacas e prolongar a vida do portador.


Inclusão social


Datas como o 23 de Março ajudam a conscientizar a população para a inclusão social de pessoas portadoras de deficiência ou portadores de alguma síndrome. No caso da síndrome de Down, a data comemorativa serve para uma reflexão da inserção dos portadores no ambiente escolar, quando crianças ou adolescentes, ou, ainda, no mercado de trabalho, quando adultos.


"Geralmente, a própria família reconhece as características clínicas da síndrome. Então, quanto mais você reconhece, começa mais cedo o tratamento precoce, para ter toda uma readaptação, um enfrentamento da família em conjunto, para que ela procure tanto cuidar do filho dela, quanto, também, a educar a sociedade ao seu redor, você consegue, melhor, essa inclusão. A inclusão seria o direito da pessoa com Down, ou com qualquer outra deficiência, seja física ou intelectual, ou sensorial, de estar exercendo sua cidadania. É ter o direito de ir à escola, ter direito à saúde, ao trabalho. Eles conseguem, muito bem, estar executando várias funções na sociedade, ter o seu papel, o seu trabalho, desde que tenha toda uma estrutura de treinamento. A gente deve saber que a diferença está em cada um de nós", finaliza a geneticista.

Imirante

21 de Março: Dia Internacional da Síndrome de Down


O dia 21 de março é uma data importante: é comemorado o Dia Internacional da Síndrome de Down.
O dia 21 de março foi escolhido pela associação "Down Syndrome International" para ser o Dia Internacional da Síndrome de Down em referência ao erro genético que a provoca. Todo mundo tem 23 pares de cromossomos. Quem tem Down tem três cromossomos no par de número 21 (daí a data 21/03).
A Síndrome de Down é um acontecimento genético natural e universal. Isso quer dizer que a síndrome não é resultado da ação ou do descuido de mães ou pais, como muitos pensam. E nem é uma doença. Ela é causada por um erro na divisão das células durante a formação do bebê (ainda feto). Só para você ter uma idéia, de cada 700 bebês que nascem, UM tem Síndrome de Down. Por isso, qualquer mulher, independente da raça ou classe social pode ter um bebê Down. Até hoje, a ciência ainda não descobriu os motivos que provocam essa alteração genética, portanto não há como evitar.

Fonte: Meio norte.com

Blog Campanário Net

terça-feira, 20 de março de 2012

Homem preso com drogas em Iguaba foi condenado pelo assassinato do menino João Hélio, afirma PM


Ele já tinha cumprido pena em um abrigo para menores infratores há dois anos

Policiais militares de Iguaba Grande, na região dos Lagos do Rio de Janeiro, prenderam no final da manhã desta terça-feira (20) três homens por envolvimento com tráfico de drogas. De acordo com os PMs, um dos suspeitos é um dos condenados pelo assassinato do menino João Hélio, na zona norte do Rio, em 2007. O suspeito, que era adolescente na época do crime, já tinha cumprido pena em um abrigo para infratores, em 2010.

Os três suspeitos foram abordados pelos policiais quando estavam em um carro particular no bairro de Pedreira. Durante a vistoria do veículo, os policiais encontraram uma arma e drogas.

Eles foram levados para a Delegacia de Iguaba (129º DP). Até às 12h50 desta terça-feira o caso ainda estava sendo registrado e a polícia não tinha informado a quantidade nem o tipo de drogas apreendidas.

O menino João Hélio Fernandes Vieites, que tinha seis anos, morreu após ser arrastado por quatro bairros da zona norte do Rio, preso ao cinto de segurança do carro dos pais. A mãe, uma amiga e a irmã de 13 anos conseguiram escapar, mas o garoto ficou preso ao cinto quando os quatro assaltantes arrancaram com o veículo. Os ladrões ignoraram e continuaram a fuga, arrastando a criança pelo asfalto.

R7

Estudante brasileiro morto na Austrália é identificado


Roberto Curti morreu com arma de choques após perseguição policial em Sydney

A polícia australiana identificou como Roberto Laudisio Curti o cidadão brasileiro que morreu no último domingo (18) pelas descargas de pistolas elétricas durante uma perseguição policial, informou a imprensa local nesta terça-feira (20).

Curti, de 21 anos, estava no país para estudar inglês. Ele chegou no fim de 2011.

Curti morreu após ser perseguido por cinco agentes que usaram pistolas taser e sprays de pimenta para controlá-lo, segundo o diário Sydney Morning Herald. De acordo com o jornal, os policiais perseguiam o rapaz, que estava sem camisa e com as mãos vazias, pela Pitt Street por volta das 5h30 (horário local).

Como ele não parou com a ordem dos agentes, recebeu um disparo do taser. Quando caiu, os policiais se jogaram sobre o jovem e teriam disparado mais três vezes. Enquanto se debatia, ele gritou por ajuda, segundo testemunhas, e em seguida ficou quieto. Câmeras de segurança filmaram a ação e vão ajudar na investigação.

O corpo do rapaz deve passar por autópsia e exames toxicológicos para saber se ele havia consumido drogas ou álcool.

O jovem brasileiro, segundo testemunhas, protagonizou um incidente em uma loja, antes de receber as descargas da pistola elétrica. Segundo a polícia, Curti entrou no estabelecimento pedindo ajuda. Depois disso, teria roubado um pacote de biscoitos e fugido.

Na perseguição, conseguiu se desvencilhar dos agentes em várias ocasiões, mas finalmente acabou controlado após a utilização dos tasers.

Um porta-voz do Consulado Brasileiro na Austrália indicou que o jovem vivia com sua irmã e com seu cunhado em Sydney.

As pistolas elétricas, que causam descargas de 400 volts, são utilizadas pelas forças de segurança em países como Austrália, Reino Unido e Estados Unidos para render agressores em situações que não justificam o uso de armas de fogo.

No entanto, organizações como a Anistia Internacional denunciam que os tasers já causaram dezenas de mortes e também podem ser utilizados para torturar detidos.

O Ministério de Relações Exteriores informou que acompanha as investigações do caso e o Consulado do Brasil em Sydney está em contato com as autoridades locais. Segundo o Itamaraty, os familiares entraram em contato com o governo e deverão receber apoio consular. O governo brasileiro deve questionar as circunstâncias do acontecido, de acordo com o Itamaraty.

Em 2005, o mineiro Jean Charles de Menezes, de 27 anos, foi morto por policiais em Londres , no Reino Unido, ao ser confundido com um terrorista em um trem do metrô da capital britânica. A morte dele ocorreu depois de uma série de atentados ao sistema de transporte público.

R7

Lindbergh e Romário comemoram o Dia da Síndrome de Down


O Dia Internacional da Síndrome de Down, comemorado em 21 de março, será celebrado no Congresso Nacional com representantes do Governo e da sociedade civil. Uma cerimônia, de iniciativa do senador Lindbergh Farias (PT-RJ) e do deputado Romário (PSB-RJ), prevista para às 10h no Salão Negro, será dedicada a divulgar e homenagear projetos bem sucedidos de inclusão social. A intenção do petista é usar o evento para incentivar à manutenção da luta em defesa dos direitos das pessoas com síndrome de Down.

Dentre os projetos que serão destacados na solenidade estão: as ações específicas para pessoas com Down, do Plano Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência – Viver Sem Limite; a abertura da consulta pública do Protocolo de Saúde para a Síndrome de Down, cuja finalidade é estabelecer procedimentos padronizados para o atendimento na rede de saúde; e o lançamento do portal “Movimento Down”, que ambiciona ser a referência para todos os que buscam informação, orientação e um espaço de discussão sobre a síndrome.

E entre os homenageados estão Evaldo Mocarzel, diretor do filme “Do luto à luta” – documentário que retrata as dificuldades e potencialidades da Síndrome de Down, a presidente da ONG Meta Social, Helena Werneck, e as Organizações Globo, pelo trabalho desenvolvido em relação ao tema, e estudante universitária Kalil Assis Tavares, por sua aprovação em 1º lugar para o vestibular de Geografia na Universidade Federal de Goiás (UFG).

Por que comemorar?

As estatísticas revelam que a cada 800 partos nasce uma criança com Síndrome de Down. No Brasil, estima-se que este problema genético atinge cerca de 8 mil bebês por ano. Entretanto, ainda é grande a dificuldade de acesso a informações, profissionais e aparatos necessários para o pleno desenvolvimento das crianças nessa condição.

Reconhecendo as falhas do sistema, o Brasil, em 2008, ratificou, com status constitucional, a Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência. Este foi o primeiro passo, para o País se lançar como líder nas negociações que culminaram na aprovação, na Assembléia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em dezembro do ano passado, da Resolução que instituiu 21 de março como Dia Internacional da Síndrome de Down.

A data 21 de março para ser o Dia Internacional da Síndrome de Down foi proposta pela “Down Syndrome International”, porque ela é escrita como 21/3 (ou 3-21, em inglês), de modo a fazer alusão à trissomia do cromossomo 21, responsável pela Síndrome de Down. A síndrome de Down não uma doença. É uma ocorrência genética natural, que acontece, por motivos desconhecidos, na gestação, durante a divisão das células do embrião.

Inclusão social é uma bandeira política

O senador Lindbergh destina parte de seu mandato na defesa dos direitos das pessoas com deficiência. Em seu segundo ano no Senado, o parlamentar já possui cinco proposições voltadas exclusivamente para as pessoas com deficiência. Além disso, ocupa a cadeira de presidente da Subcomissão Permanente de Assuntos Sociais das Pessoas com Deficiência.

O interesse do senador pela causa da inclusão aumentou após o nascimento da sua filha Beatriz, portadora da Síndrome de Down.

Desde então, Lindbergh se dedica a buscar melhorias das políticas públicas destinadas às pessoas com deficiência. No final de 2011, ele participou do lançamento do programa Viver Sem Limite, do Governo Federal, que prevê ações que garantam a inclusão social da pessoa com deficiência na sociedade e no mercado de trabalho.

Catharine Rocha

Conheça as proposições do senador Lindbergh Farias, voltados à pessoa com deficiência:

PLS 377/2011: institui o dia 21 de março como o Dia Nacional da Síndrome de Down.

PLS 505/2011: determina que os editais de concursos públicos contenham deliberações especiais para às pessoas com deficiência.

PLS 506/2011: estabelece que as empresas que participarão da realização da Copa das Confederações, em 2013, da Copa do Mundo, em 2014, e dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos Rio, em 2016, reservem o percentual mínimo de 5% dos seus cargos às pessoas com deficiência.

PLS 700/2011: prioriza o atendimento de pessoas com deficiência na isenção de tarifas bancárias com renda mensal bruta de até cinco salários mínimos.

PRS 40/2011: que trona obrigatória a presença de interpretes, tradutores e guia-intérpretes da Língua Brasileira de Sinais nas atividades oficiais do Senado Federal.

Programação do Dia Internacional da Síndrome de Down

Dia: 21 de março de 2012 (quarta-feira)

Horário: das 10h às 11h

Local: Salão Negro do Congresso Nacional

A Ministra da Secretaria de Direitos Humanos, Maria do Rosário, apresentará as ações especificamente para a Síndrome de Down do “Plano Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência – Viver Sem Limite”.

O Ministro das Relações Exteriores, Antônio Patriota, relatará o processo liderado pelo Brasil de aprovação, na Assembléia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), da Resolução que instituiu 21 de março como Dia Internacional da Síndrome de Down. A Resolução foi aprovada em 19 de dezembro do ano passado.

O Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, lançará a consulta pública do Protocolo de Saúde para a Síndrome de Down.

O Ministro da Educação, Aloizio Mercadante, tratará em especial da sala de recurso multifuncional, que será montada no Congresso Nacional.

O Portal de Informações sobre Síndrome de Down: o Movimento Down (www.movimentodown.org.br), entrará no ar. Um dos principais diferenciais da plataforma é sua acessibilidade intelectual. O internauta terá a chance de controlar os marcos de desenvolvimento de cada idade, assim como encontrar serviços públicos e privados relacionados por região. Breno Viola, 31 anos, que tem Síndrome de Down, é coordenador de conteúdo e um dos principais entusiastas do site.

Homenagens a:

Evaldo Mocarzel, diretor do filme “Do luto à luta”

Organizações Globo, pelo trabalho relacionado a temas de responsabilidade social.

Rodrigo Marinho de Noronha, assessor do Deputado Federal Eduardo Barbosa, em razão de seu trabalho na Câmara dos Deputados.

Helena Werneck, presidente da ONG Meta Social (sua filha, Paula, a representará no evento)

Kalil Assis Tavares, jovem que resolveu prestar vestibular para o curso de Geografia e passou na 1ª lista da Universidade Federal de Goiás (UFG).

PT no Senado

21 de março - Dia Internacional da Síndrome de Down



França: atirador que matou 4 em escola pode ter filmado ataque



Segundo ministro, extremista estava com câmera muito usada entre paraquedistas

TOULOUSE, França — Um dia depois de um homem em uma scooter matar quatro pessoas em uma escola judaica de Toulouse, na França, testemunhas revelaram que o atirador levava uma pequena câmera em volta do pescoço. Policiais investigam se o vídeo foi disseminado na internet. Enquanto isso, a França prepara uma das maiores caçadas humanas de sua História. Cerca de 200 homens vieram de Paris para Toulouse ajudar nas investigações, e todas as escolas e prédios religiosos — islâmicos ou judeus — na região dos Pirineus estão sendo vigiados por policiais.

Segundo a imprensa francesa, a câmera usada pelo atirador de Toulouse seria de um modelo popular no país, custaria cerca de 200 euros e seria comum entre paraquedistas. A polícia francesa trabalha com duas hipóteses principais: um crime ligado ou ao Islamismo ou à extrema-direita.

— As câmeras de segurança mostram que o assassino gravava enquanto atuava. Isto soma mais um elemento ao perfil do assassino. Alguém cruel o bastante para gravar tudo, alguém muito frio, determinado, com gestos precisos e muito cruel — disse o ministro do Interior, Claude Guéant, nesta terça-feira.

Guéant disse que os investigadores acreditam que os responsáveis pelos três últimos atentados na região dos Pirineus — o ataque à escola judaica na segunda-feira e a morte de três policiais de origens árabe e caribenha — seriam ex-militares expulsos das Forças Armadas por comportamentos neonazistas. Uma fonte próxima ao caso, no entanto, teria dito à Reuters nesta manhã que os homens já não seriam mais suspeitos. Dois dos três soldados reformados teriam sido interrogados na noite de ontem e o terceiro já teria sido ouvido pela polícia na semana passada.

Nesta manhã, todas as escolas francesas fizeram um minuto de silêncio em homenagens às vítimas da tragédia. Em um ato de solidariedade, o prefeito de Toulouse, Pierre Cohen, condenou os incidentes recentes que classificou de “atos racistas”. Cohen pediu para a população ser prudente e “se manter vigilante” e não descartou a hipótese de um quarto ataque. Em Paris, o presidente Nicolas Sarkozy participou de uma solenidade no colégio François Couperin.

— Infelizmente, não temos nada — disse Sarkozy sobre o avanço das investigações.

Paris aumenta cerco em Toulouse

Logo após o atentado que deixou três crianças e um homem morto, na segunda-feira, autoridades francesas acionaram o alerta máximo para terrorismo na região de Toulouse. O “sinal vermelho” permite que autoridades implementem medidas de segurança mais duras, incluindo patrulhas de policiais e militares, suspendam o transporte público e fechem escolas.

Uma equipe de 200 investigadores foi de Paris a Toulouse para ajudar no caso, e guardas estão sendo posicionados em frente a todas escolas e prédios islâmicos e judeus da região. A scooter usada pelo atiradora — um modelo preto da marca Yamaha — foi roubada cinco dias antes do atentado na cidade. Segundo fontes policiais, o número da placa do veículo foi encontrado nas imagens do circuito de segurança da escola.

Na segunda-feira, Sarkozy, confirmou que a mesma arma foi usada na escola e em outros dois atentados envolvendo policiais de origem estrangeiras também nos Pirineus. O governante chamou o episódio de “abominável”.

Na manhã de ontem, um homem abriu fogo em frente ao colégio judaico Ozar Hatora, matando o professor de religião Jonathan Sandler, de 29 anos, um rabino israelense que havia se mudado recentemente para a França e que dava aulas no colégio, segundo o jornal israelense “Yediot Ahronot”.

Ele foi assassinado junto com os filhos Gabriel, de 3 anos, e Arie, de 6 anos. A quarta vítima foi a filha do diretor da escola, Miriam Monsonego, de 7 anos. O atirador teria entrado na escola e continuado a disparar. Os quatro serão repatriados nesta noite para Israel, onde serão enterrados na quarta-feira. O chanceler francês, Alain Juppé, deve acompanhar os funerais. Um adolescente de 17 anos também estaria gravemente ferido.

O Globo

domingo, 18 de março de 2012

Filho mais velho de Eike Batista se envolve em acidente com morte na Baixada Fluminense


Homem de 30 anos que estava em bicicleta foi atropelado na Rio-Petrópolis

O filho mais velho do empresário Eike Batista e da ex-modelo Luma de Oliveira, Thor de Oliveira Fuhrken Batista, 20 anos, é suspeito de atropelar e matar o ajudante de caminhão Wanderson Pereira dos Santos, de 30 anos, por volta das 19h20 de sábado (17), na pista sentido Rio da rodovia Washington Luís, nas proximidades do distrito de Xerém, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense.

Policiais rodoviários federais informaram que Thor dirigia um Mercedes Benz Mc Laren prata, placa EIK-0063, que teve a parte da frente destruída. A vítima estava no acostamento em uma bicicleta e morreu na hora. O corpo foi levado para o IML (Instituto Médico Legal) de Caxias e deve ser liberado neste domingo (18) após reconhecimento da família. Uma tia e uma prima chegaram ao local por volta das 8h e não quiseram falar com a imprensa.

O caso foi registrado na Delegacia de Xerém (61ª DP) como homicídio culposo, ou seja, sem a intenção de matar. Um inspetor de plantão neste domingo informou que Thor deve comparecer à unidade na segunda-feira (19) para prestar esclarecimentos ao delegado Mario Roberto Arruda. Caso ele não se apresente, poderá ser intimado.

O R7 tenta contato com Thor e os advogados da família Batista, mas não teve retorno até a publicação desta reportagem.

Perfil: um carioca cobiçado

Nascido em berço bilionário, o carioca Thor Batista não gosta do título de príncipe William brasileiro. O loiro declarou durante entrevista em 2011 não se achar o melhor partido do País.

- Não sou o melhor partido do Brasil, nem sou orgulhoso por acharem isso [sobre ser o William brasileiro] de mim. Me acho, no máximo, um cara boa pinta.

E nem adianta tentar enganar o herdeiro de Eike. O filho do bilionário afirma:

- Eu já vim com detector de gente interesseira embutido. Já me decepcionei algumas vezes, claro, mas aprendo. Sou de pouquíssimos e bons amigos.

Thor Batista começou cedo no mundo dos negócios. Ele coordena seu primeiro projeto, a BBX, empresa no ramo de entretenimento e turismo, sempre com cautela.

- Não sou tão ousado. Faço grandes tacadas, pouco a pouco. Aprendi isso com meu pai.

O loiro revelou que sofreu por ser gordo na infância e contou o quão difícil foi superar a separação dos pais quando tinha apenas 13 anos.

- Foi um trauma, um processo muito doloroso. Fiquei quase um mês sem ir à escola, mas o tempo curou

R7

Mulheres sequestradas no Egito foram libertadas, diz pastor


'Falei com ela por telefone e ela disse: 'Pai, estou bem'', diz Dejair Silvério.
Segundo ele, a filha e a amiga foram liberadas sem ferimentos.


O pastor Dejair Batista Silvério, de 60 anos, afirmou na noite deste domingo (18) que a filha dele Sara Lima Silvério, de 18 anos, e a amiga Zélia Magalhães de Mello, de 45, foram libertadas no Egito. O Itamaraty confirmou a informação.

"Ela está viva. Falei com ela por telefone e ela disse: 'Pai, estou bem", afirmou o pastor, em entrevista ao G1, por telefone, do Egito. Segundo ele, Sara e Zélia, que foram liberadas sem ferimentos, serão levadas para o hotel onde o grupo da excursão foi hospedado. Todos fazem parte da Igreja Evangélica Avivamento da Fé, que tem sede em Osasco, na Grande São Paulo.

As duas foram levadas por beduínos que "metralharam" o ônibus onde eles estavam, a caminho do Monte Sinai. "Foi algo impressionante", desabafou o pastor, após saber da notícia da libertação.

Os turistas brasileiros haviam saído do Cairo e tomado uma estrada rumo ao Monte Sinai. "De repente, dois carros ultrapassaram o ônibus e eles desceram atirando. Foram vários disparos, de metralhadora e de fuzil. Eles atiraram na porta do ônibus. Achei que estavam até atirando na gente já. Foi então que eles entraram no ônibus e levaram as duas para fora", afirmou o pastor.


Silvério disse não saber o porquê da escolha das duas. "Foi muito assustador. A gente pessou que fosse um assalto", afirmou. "No começo, a gente achou que eles iam usar as duas como reféns para roubar as pessoas do ônibus."

O ônibus foi interceptado por um grupo de beduínos que sequestrou, além das duas brasileiras, o segurança do ônibus, que é egípcio e estava armado, segundo fontes do Itamaraty.

Os sequestradores colocaram os reféns em um carro e fugiram para uma região montanhosa, segundo autoridades egípcias.

Os demais brasileiros que estavam no veículo foram escoltados por duas equipes das Forças Armadas egípcias para um hotel perto do Monte Sinai, segundo Silvério.

"Foi uma coisa tão rápida e chocante", afirmou. Ele agradeceu o governo brasileiro pela "rapidez" com que entraram em contato com as autoridades do Egito. "Recebi uma ligação do embaixador. Também fui avisado que o Itamaraty estava tomando as providências."

A intenção do grupo é cruzar a fronteira com Israel nesta semana e voltar ao Brasil no dia 27.


Terceiro caso
Vários casos parecidos, envolvendo estrangeiros, ocorreram na região em 2012.

Em fevereiro, beduínos sequestraram três turistas sul-coreanos, pouco depois de um crime similar contra duas americanas e um guia egípcio, com a exigência de libertação de companheiros detidos.

Os turistas e o guia foram libertados rapidamente e sem ferimentos, assim como 25 trabalhadores chineses que haviam sido sequestrados em janeiro e que ficaram cerca de 20 horas como reféns.

Beduínos foram presos por conta de envolvimento em atentados praticados na região entre 2004 e 2006, que mataram cerca de 130 pessoas.

Além de pedir a libertação dos companheiros, os beduínos também relatam descontentamento em relação à maneira como são tratados pelo governo provisório egpcio, no poder desde a queda do ditador Hosni Mubarak no ano passado.

Os beduínos pegaram em armas para ajudar a rebelião que derrubou Mubarak, mas consideram que não foram recompensados por isso pela junta militar egípcia.

Isso aumentou a tensão e a violência na região, com com ataques a delegacias de polícia e explosões frequentes contra oleodutos que levam gás ao vizinho Israel.

A pouco habitada região abriga a maioria dos luxuosos resorts egípcios, ao mesmo tempo que é o local de moradia de grande parte da pobre população beduína.

G1
Verbratec© Desktop.