sábado, 31 de outubro de 2009

Polêmica sobre infanticídio indígena mistura leis, valores culturais e saúde pública


O infanticídio entre indígenas é um tema que já gerou documentários, projetos de leis e muita polêmica em torno de saúde pública, cultura, religião e legislação. Ainda utilizado por volta de 20 etnias entre as mais de 200 do Brasil, esse princípio tribal leva à morte não apenas gêmeos, mas também filhos de mães solteiras, crianças com problema mental ou físico, ou doença não identificada pela tribo.
A quantidade de índios mortos por infanticídio no país é uma incógnita. Nos dados da Funasa (Fundação Nacional de Saúde) sobre mortalidade infantil indígena, esse número aparece somado a óbitos causados por "lesões, envenenamento e outras consequências de causas externas". Esse grupo responde por 0,4% do total das mortes de menores de um ano de idade, segundo os últimos dados disponíveis da Funasa, de 2006.
Tramitando no Congresso, a Lei Muwaji (em homenagem à índia que enfrentou a tribo para salvar sua filha com paralisia cerebral) estabelece que "qualquer pessoa" que saiba de casos de uma criança em situação de risco e não informe às autoridades responderá por crime de omissão de socorro. A pena vai de um a seis meses de detenção ou multa.
Esse projeto se inspirou no caso da indígena Muwaji Suruwahá que lutou pela sobrevivência de sua filha Iganani, que tem paralisia cerebral - por isso, estava condenada à morte por envenenamento em sua própria comunidade. O caso alcançou repercussão nacional em outubro de 2005.
A proposta é polêmica entre índios e não índios. Há quem argumente que o infanticídio é parte da cultura indígena. Outros afirmam que o direito à vida, previsto no artigo 5º da Constituição, está acima de qualquer questão.
O antropólogo Mércio Pereira Gomes, que foi presidente da Funai (Fundação Nacional do Índio) nos quatro primeiros anos do governo Lula, admitiu que sofreu "um dilema muito grande" no órgão diante da questão do infanticídio. Como cidadão, é contrário à prática, mas como antropólogo e presidente do órgão, discorda de uma política intervencionista - segundo ele, há de cinco a dez mortes por infanticídio no Brasil por ano.
Em 2004, o governo brasileiro promulgou, por meio de decreto presidencial, a Convenção 169 da OIT (Organização Internacional do Trabalho), que determina que os povos indígenas e tribais "deverão ter o direito de conservar seus costumes e instituições próprias, desde que não sejam incompatíveis com os direitos fundamentais definidos pelo sistema jurídico nacional nem com os direitos humanos internacionalmente reconhecidos".
Antes disso, em 1990, o Brasil já havia promulgado a Convenção sobre os Direitos da Criança da ONU, que reconhece "que toda criança tem o direito inerente à vida" e que os signatários devem adotar "todas as medidas eficazes e adequadas" para abolir práticas prejudiciais à saúde da criança.
O infanticídio voltou a criar polêmica com o lançamento do filme "Hakani", dirigido David Cunningham, filho do fundador de uma organização missionária norte-americana. A ONG Survival International, sediada em Londres, divulgou no começo do ano uma nota em que acusa os autores do controverso filme de incitar o ódio racial contra os índios brasileiros. A produção mostra cena protagonizada por supostos sobreviventes e parentes encenando pais enterrando viva uma criança deficiente.
Outra ONG que atua na área é a Atini, sediada em Brasília, atua na defesa do direito das crianças indígenas. Formada por líderes indígenas, antropólogos, lingüistas, advogados, religiosos, políticos e educadores, a organização trabalha para erradicar o infanticídio nas comunidades indígenas, promovendo a conscientização.

Fonte: UOL Notícias

Sociedade: Pequeno manual da civilidade


Pequeno manual da civilidade
As pequenas vantagens de virtudes grandemente subestimadas, analisadas por quem entende tudo do assunto, desde sempre


Juliana Linhares

Engana-se quem pensa que civilidade é uma matéria relacionada a senhores pomposos e mesas cobertas de talheres esquisitos. Mas é verdade que o tema foi tratado por cavalheiros com quilometragem de pelo menos alguns séculos. Tudo o que disseram, porém, sobre a necessidade de convenções sociais para promover a boa convivência e administrar conflitos permanece de urgente contemporaneidade. Quando Schopenhauer, o gigante da filosofia alemã do século XIX, dizia que as pessoas deveriam seguir o comportamento do porco-espinho - se fica muito perto de seus pares, morre espetado; se fica muito longe, morre de frio -, não estava pensando no uso do telefone celular em público, mas bem que poderia. Thomas Hobbes, um dos gênios do pensamento político produzidos pela Inglaterra, constatou no século XVII que em estado natural, sem as construções sociais, "a vida do homem é solitária, pobre, sórdida, embrutecida e curta". Em outras palavras, um congestionamento em São Paulo em dia de chuva. Por isso, emergem leis necessárias, entre as quais que "os homens cumpram os pactos que celebrarem" (e não parem em fila dupla, por exemplo) e "não declarem ódio ou desprezo pelo outro por atos, palavras, atitude ou gesto" (e não façam perfis falsos na internet). Especialistas em ética, comportamento e controle dos monstros interiores fazem análises e sugestões nesse pequeno manual das virtudes da civilidade. Todo mundo pode aprender - e até lucrar com elas. "O stress é causado em grande parte por relacionamentos humanos mal resolvidos. Se melhorarmos a capacidade de nos relacionar, teremos menos brigas, menos stress e, consequentemente, menos processos e pessoas doentes", diz o italiano Piero Massimo Forni. Professor da Universidade Johns Hopkins e um dos maiores especialistas mundiais no estudo da civilidade, ele até calculou o custo da falta dela nos Estados Unidos: 30 bilhões de dólares por ano. Já pensaram se ele conhecesse o Congresso brasileiro?

1. Questão de honra

Houve um tempo em que tudo girava em torno dela: ter honra era ser um legítimo membro da tribo; não ter, preferível morrer. O conceito de honra, na sua interpretação mais tradicional, nasceu na Grécia antiga, foi remodelado em Roma e reemergiu na Idade Média. "Na época feudal, a honra era uma qualidade atribuída aos nobres, essencialmente guerreiros, cuja função social era proteger o rei, as crianças e as mulheres", diz Roberto Romano, professor de ética e filosofia da Unicamp. Hoje, a HONRADEZ pode ser mais relacionada à fidelidade aos próprios princípios ou ao próprio eu. Ou, no popular, ter vergonha na cara. É por isso que o tribunal da própria consciência continua a pesar mesmo quando se alega que "todo mundo faz", a começar dos "caras lá de cima", então "que mal tem" em levar a avozinha para passar na frente na fila de comprar ingresso, desrespeitar a precedência na hora de pegar uma vaga no estacionamento do shopping ou deixar uma toalha guardando lugar o dia inteirinho na espreguiçadeira da piscina disputada? O mal, evidentemente, está em desprezar a própria dignidade.

O fato

Nelson Almeida/AFP

É difícil imaginar exemplo mais completo de desonra que o do piloto NELSON PIQUET JÚNIOR. Ameaçado de demissão da escuderia Renault, ele confessou bem a posteriori ter concordado em fraudar o Grande Prêmio de Fórmula 1 de Singapura no ano passado. A certa altura da corrida, para facilitar a situação de seu companheiro de equipe, Fernando Alonso, Nelsinho recebeu a ordem de bater seu carro contra um muro. Obedeceu. Os privilégios de nascimento - bonito, rico, sobrenome famoso - agravam o tamanho da indignidade cometida contra si mesmo e do mau exemplo dado à sociedade.

A análise

"Ser honrado, hoje em dia, significa ser portador de exemplaridade para uma comunidade. E, para ser exemplo, o sujeito precisa ser probo em todos os aspectos da vida dele. Não basta, por exemplo, ser só bom médico ou bom piloto. É preciso ser bom pai, bom marido, um sujeito respeitoso e incorruptível", diz o cientista político Bolívar Lamounier.

2. Os intransigíveis

O conceito de INTEGRIDADE tem raízes na Grécia antiga, onde o sujeito íntegro era chamado aplos, uma peça só - projetando com esse nome a imagem de inteireza, de alguém que não tem duas palavras, duas lealdades. "Não é íntegro aquele que transige em valores inegáveis de uma sociedade", diz Bolívar Lamounier. Integridade é não abusar do poder, não desmerecer os outros, não tripudiar. E também outras interdições mais prosaicas: não se esgueirar melifluamente na fila de embarque, não "deixar o carro aqui só um minutinho", não dizer que vai atender "só esta chamada" no meio da refeição compartilhada e não começar nenhuma piada dizendo "esta é politicamente incorreta" caso você não trabalhe no Casseta & Planeta.

O fato

Roberto Monaldo/La Presse/Zuma

Ele já deixou a primeira-ministra alemã Angela Merkel esperando enquanto falava ao celular, já passou cantada numa médica entre ruínas de um terremoto e já fez piadinha racista com Barack Obama (é "bonito e bronzeado", disse). Mas será que o primeiro-ministro italiano SILVIO BERLUSCONI também tem o direito de fazer o que quiser quando está na sua casa - como promover orgias e contratar prostitutas?

A análise

"O conceito de integridade não pode ser aplicado a Berlusconi porque ele não tem essa inteireza. Teria de apresentar um comportamento probo, imaculado, uma vez que deve espelhar o que há de melhor na sociedade. Mas o que prevalece nele é outra faceta, a de quem se movimenta com escracho, sem respeitar a liturgia que o poder exige", diz Bolívar Lamounier.

3. Obrigado, por favor

Um dos maiores especialistas do mundo no estudo da civilidade, Piero Massimo Forni acredita que as BOAS MANEIRAS não apenas não são coisa de um passado mítico de galanteria, mas ficaram mais importantes ainda na vida contemporânea. "Até umas três gerações atrás, boa parte da sustentação emocional e material das pessoas vinha dos familiares. Hoje convivemos muito mais com amigos e desconhecidos, e, nesse caso, ser afável é uma vantagem", explica. "A cortesia melhora a autoestima da pessoa a quem ela foi dirigida e, dessa maneira, torna as relações sociais menos tensas", concorda Renato Janine Ribeiro, professor de ética e filosofia política da USP. A regra geral, e não escrita, de decência estabelece que todos devem ser tratados com os requisitos básicos de cortesia - "bom dia", "por favor", "obrigado" e "até logo" -, os quais devem ser redobrados em relação a quem ocupa posições menos destacadas. Ignorar a existência de quem presta serviços como trazer o seu carro ou limpar a sua sala é prova de insensibilidade. Ou boçalidade.

O fato

A atriz MEGAN FOX, 23 anos, é infernalmente bonita - e mal-educada. O pessoal técnico que trabalhou com ela em Transformers deu exemplos: ela chega ao estúdio sem cumprimentar ninguém, reclama de tudo, tem ataques de estrelismo e não dirige a palavra aos que considera hierarquicamente inferiores. Mesmo no caso dos superiores, como o diretor Michael Bay, já disse "É um Hitler" - ofensa hedionda, embora o pessoal ache que ela não sabe exatamente quem foi Hitler.

A análise

"A agressão verbal penetra no fundo da alma de quem é atingido por ela. É tão, mas tão grave que tem até punição prevista em lei. Um dos exercícios que proponho para identificarmos se tal ato é uma incivilidade é ver se é possível todo mundo praticá-lo ao mesmo tempo sem que o mundo vire uma barbárie, com todos matando a todos", diz Roberto Romano.



4. Desafio diário

Na hora da raiva, das bravas, qual é o primeiro xingamento que lhe vem à cabeça? Em geral, nesses momentos o ser humano não é criativo e invoca diferenças de comportamento sexual, de origem familiar ou de grupo étnico. Pois o treinamento da aceitação das diferenças deve começar exatamente por aí. De todas as virtudes do campo da civilidade, a TOLERÂNCIA é a que mais exige autoaprendizagem. Quem acha que nunca, jamais conseguirá cumprimentar um torcedor do time adversário pode começar com coisas mais simples, como não ter espasmos visíveis diante do abuso do gerúndio ou prometer a si mesmo ao sair de casa que pelo menos naquele dia não vai comparar nenhuma mulher à fêmea de uma famosa ave natalina. "Tolerância tem a ver com comportamentos diferentes daqueles que valorizamos e pelos quais temos repugnância. Exercê-la é importante não só para a convivência social como para a sanidade mental", diz Bolívar Lamounier.

O fato

Fabio Motta/AE

Não é qualquer um que consegue fazer o país inteiro se solidarizar com um integrante do governo. Mas também não é qualquer um que usa o palavreado do governador de Mato Grosso do Sul, ANDRÉ PUCCINELLI, em relação ao ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc: "Ele é v... e fuma maconha. Se viesse aqui, eu ia correr atrás dele e estuprar em praça pública". Para piorar, veio depois o típico pedido falso de desculpas: "Se alguém se sentiu ofendido...". Desafio aos tolerantes urbanos: não achar que todo produtor rural é um brutamontes destruidor da natureza.

A análise

"O governador foi desmascarado em seus preconceitos mais bestiais. Em um momento em que se luta tanto contra discriminações, sejam elas de gênero, sejam sociais, o governador mostrou que não tem equilíbrio mental nem competência profissional para estar no cargo que ocupa", fulmina o cientista político Gaudêncio Torquato.


5. Bateu, não levou

Levar uma fechada, ouvir uma buzinada milésimos de segundo depois que o sinal abre, esperar que o manobrista pegue o carro largado na sua frente com a maior displicência. O stress e o anonimato propiciados pelo trânsito nas grandes cidades se combinam para testar o tempo todo os limites do AUTOCONTROLE. Para não se transformar num ser desatinado em busca de vingança, só existe uma reação possível: olhar tudo aquilo de um ponto de vista distanciado - ou, se preferir, superior. "Podemos aliviar a raiva tomando distância do que está acontecendo. Alguém me xinga, por exemplo, e eu reajo como se a ofensa fosse um pacote que recebo e devolvo fechado, porque não me considero o destinatário. O ato de grosseria está relacionado com o estado mental do agressor, não com o do agredido", ensina Piero Forni. Quem acha que tem temperamento forte, sangue quente ou pavio curto, e usa essas expressões para justificar comportamentos agressivos, deve considerar a hipótese oposta. "A pessoa que não controla a agressividade no fundo tem ego fraco", explica a psicóloga Lidia Aratangy.

O fato

Jonathan Mannion/Corbis Outline/Latin Stock

Eles estavam numa festa, discutiram. Entraram no carro, gritaram. Pararam, ela pegou a chave e jogou pela janela. Que briga de namorados já não passou por esses estágios? A diferença no caso infeliz do rapper americano CHRIS BROWN, 20 anos, é que ele não teve autocontrole para impedir que a raiva se transformasse em agressão - e arrebentou brutalmente o rosto da cantora Rihanna, 21. E ainda disse no dia seguinte que todo mundo iria saber quem "era ela de verdade". A partir daí, os profissionais de imagem assumiram e ele pediu desculpas duas vezes, sem muita convicção. Foi condenado a cinco anos em regime de liberdade vigiada e 180 dias de trabalho comunitário.

A análise

"A única maneira de uma pessoa de pavio curto adquirir autocontrole é ela tomar a decisão, de maneira íntima e compromissada, de não agir com violência diante de uma situação de stress", diz o cientista político Rubens Figueiredo. Quem já atingiu o limiar da agressão física deve parar - de dirigir, por exemplo, ou de beber - até se reprogramar, com ajuda profissional se necessário.

6. Respeito é bom

O termo CIVILIDADE vem da palavra civitas, que quer dizer cidade. Tem civilidade, portanto, aquele que sabe viver em sociedade, um sistema refinado ao longo dos tempos. No século XVI, por exemplo, o filósofo holandês Erasmo escreveu uma espécie de manual de comportamento. "Ele explicava que não devemos cuspir à mesa nem na mesa, nem beber a sopa direto da sopeira, nem colocar as botas em cima da mesa. Soaria estranho fazer isso hoje, mas houve um tempo em que os nobres precisaram ser educados para melhorar seus modos", diz Renato Janine Ribeiro. Na construção da sociedade ocidental, o mesmo conceito que abrange algo aparentemente acessório, como os bons modos à mesa, inclui o complexo mecanismo do respeito entre as pessoas, base das relações civilizadas. "Hoje, o que entendemos como a ideia central da civilidade é justamente o respeito pelos outros. Os bons modos mostram a nosso próximo que temos estima por ele", diz Ribeiro. Roberto Romano propõe uma pergunta simples para aplicar o conceito de civilidade em diferentes situações da vida cotidiana: o que posso fazer pelo outro para que a vida de todos seja suportável?

O fato

Ed Ferreira/AE

Desprezar o conceito de serviço público, legislar em causa própria, fazer nepotismo cruzado, usar recursos não contabilizados e mentir muito. Todo mundo já percebeu de quem estamos falando. Mas fazer tudo isso e ainda esfregar na nossa cara? Em maio passado, o deputado SÉRGIO MORAES (PTB-RS) se irritou com jornalistas que cobravam dele posição mais rigorosa sobre o caso do colega do castelo de 25 milhões de reais nunca declarados e tripudiou: "Eu estou me lixando para a opinião pública. Até porque a opinião pública não acredita no que vocês escrevem. Vocês batem, batem, e nós nos reelegemos mesmo assim". A ofensa em escala nacional não abalou o senhor Moraes. "A mídia distorceu a minha fala. O que eu quis dizer é que eu não ia mentir, como a mídia queria", insiste. E reincide: "Não fui deselegante com ninguém, não me arrependo e tenho muito orgulho do que eu disse".

A análise

"O deputado desrespeitou quem votou nele, desrespeitou seu cargo, desrespeitou quem escutou aquela declaração. O perigo mais evidente nesse tipo de situação é o comportamento mimético. As pessoas pensam: se o deputado rouba, por que eu não posso roubar? Se ele fala essas coisas, por que eu tenho de me esforçar para ser educado?", diz Gaudêncio Torquato.

7. Fora, trapaceiros

Todo mundo quer se dar bem, mas, se fizer qualquer coisa para conseguir isso, o mundo todo vai acabar mal. Não é preciso nem voltar ao estado natural, ou hobbesiano, da guerra de todos contra todos para entender a necessidade de um conjunto de regras comumente aceitas e, dentre elas, a importância da HONESTIDADE. Seja pagar pelo gabarito da prova do Enem, seja levar comissão em obras públicas, quem faz trapaça está roubando um pouco de cada um, não só em termos materiais, mas principalmente pela infração ao pacto social através do qual contemos nossos instintos mais selvagens em troca das garantias da civilização. "Na sociedade ocidental cristã, a figura do trapaceiro é uma das mais odiadas. A trapaça fere várias convenções sociais, entre elas a obediência às regras e a honradez", diz Roberto Romano.

O fato

Timothy A. Clary/AFP

Mesmo no universo dos grandes ladrões, a tungada de BERNARD MADOFF, 71 anos, estabeleceu novos parâmetros de desonestidade. Madoff conseguiu tirar dinheiro de gente que entendia tudo do assunto, mas também limpou viúvas, instituições de caridade, parentes e amigos. A pirâmide financeira que presidiu sugou 65 bilhões de dólares de quase 5 000 enganados. Faltando poucos dias para ser preso, quando todo o esquema já havia ruído, ele ainda conseguiu arrancar 250 milhões de dólares do homem a quem dizia ter como pai, o venerando empresário Carl Shapiro, de 95 anos, dando um novo sentido à expressão roubar velhinhos.

A análise

"O efeito de uma desonestidade cometida por uma figura conhecida, bem-sucedida e querida pode virar um problema enorme. Nem todas as pessoas vão ver a desonestidade que não deu certo como um ato necessariamente ruim, passível de restrição moral. A interpretação de muitos é que o erro pode não ter sido o ato, mas o fato de aquele sujeito conhecido, bem-sucedido e admirado não ter conseguido se safar", diz o sociólogo Demétrio Magnoli.

8. Dobre a língua

A cultura da permissividade tem enormes vantagens - a começar, naturalmente, pelo abrandamento dos costumes repressivos. A contrapartida também é evidente: a ideia disseminada de que cada um pode, e até deve, fazer e falar o que quiser, mesmo que isso invada o espaço alheio, incluindo os ouvidos. Não dizer o que dá na bola é diferente de contar mentiras. No primeiro caso, quem usa da CONTENÇÃO VERBAL está obedecendo ao mecanismo de freios sociais pelo qual as opiniões próprias são atenuadas de forma a não ofender os sentimentos alheios. No segundo, a verdade é falsificada para tirar algum proveito, nem que seja promover a própria e engrandecida imagem. Quem acha que tem de "pôr para fora" tudo o que pensa e até invoca o pensamento mágico ("Assim não vou ter infarto") na verdade não está no comando de si mesmo. "Viver em sociedade implica abrir mão de certas selvagerias para obter a proteção social que vem da vida em conjunto", diz Roberto Romano. "Nesse contexto, a má-educação, a ganância desmedida, a negligência ao outro, são todos fatores de desagregação social."

O fato

Adriano Vizoni/Folha Imagem

Quando MARTA SUPLICY era ministra do Turismo e disparou o infame "relaxa e goza" para os infelizes vitimados pelas longas esperas nos aeroportos, obedeceu a imperativos próprios: ter papas na língua era o equivalente a viver uma vida de insuportável repressão, como pregava uma tendência psicanalítica dos anos 70. Resultado: passou imagem de arrogância pela classe a que pertence, prepotência pelo posto que ocupava e, incrivelmente para uma pessoa com seu histórico, machismo virulento pela comparação.

A análise

"Na política, alguém que fala o que quer e, principalmente, com um nível de agressividade alto está querendo dizer que é dono da verdade absoluta", analisa Demétrio Magnoli. "Na esfera privada, quem fala o que quer e não se preocupa com o que o outro pensa e sente, além de ser profundamente incivilizado, não permite que uma divergência seja resolvida. O diálogo é cortado antes que produza frutos."

9. Sinto muito, mesmo

Pressa, pressão, prazos - tudo na vida contemporânea conspira para que o tratamento civilizado seja atropelado mais cedo ou mais tarde. Para isso existe um remédio universal: PEDIR DESCULPAS. O arrependimento sincero, aquele cuja intenção seja menos aliviar a consciência do ofensor e mais dar uma satisfação moral a quem foi ofendido, é um lenitivo de eficácia comprovada através dos tempos. Só os seres altamente evoluídos se desculpam com classe e naturalidade, mas os demais - ou seja, todos nós - também podem desfrutar o sentimento de paz interior que essa atitude desencadeia. É só treinar direitinho. Quanto ao momento e ao método corretos para pedir desculpas, gente com os mecanismos psíquicos em estado de bom funcionamento tem um "vergonhômetro" infalível. "É aquele sangue que sobe ao rosto quando fazemos algo errado, e que sinaliza o respeito pelo outro", diz Roberto Romano. "Sem isso, o pedido de desculpas não vale."O fato

O fato

Kevin Lamarque/Reuters

A moral sexual é, evidentemente, assunto de foro íntimo, mas trair a mulher e tentar faturar em cima disso vira um caso flagrante de ofensa social. Ainda por cima fingindo falso arrependimento, como fez o apresentador americano DAVID LETTERMAN, 62 anos, ao contar piadinhas para confessar que teve casos com funcionárias e que estava divulgando o fato porque alguém que sabia da prática ameaçou chantageá-lo. Só uma semana depois ele se lembrou de pedir desculpas, esfarrapadíssimas, à mulher. A audiência foi às alturas.

A análise

"Ao fazer humor com o ocorrido, ele quis banalizar seu erro e, assim, ser perdoado", diz Rubens Figueiredo. "O pedido de desculpas deve mostrar que você está ciente de que o que fez foi errado, e que magoou a outra pessoa. Buscar justificativas tortuosas para o ato demonstra negligência em relação aos sentimentos do outro", completa Piero Forni.

10. A casa comum

O comportamento decoroso surgiu na Igreja Católica, a partir da vestimenta dos padres e das freiras, sempre igual em qualquer ambiente e feita para cobrir tudo de forma a não atentar contra o pudor próprio ou alheio. "Com o tempo, o DECORO das vestimentas passou para a linguagem e as atitudes. A fala decorosa é aquela que diz o que tem de dizer sem adular ou ferir. O comportamento decoroso é aquele que não ofende os outros, que não agride, que não é exibicionista ou apelativo", explica Roberto Romano. Pequenos atentados cotidianos ao decoro incluem urrar ao celular em ambientes confinados, ignorar solenemente aquilo que seu cãozinho faz na calçada e ouvir música nas alturas porque "a casa é minha". Ter decoro é entender que a casa é um pouco de todos.

O fato

Divulgação/TV Globo

Lady Kate, personagem da atriz KATIUSCIA CANORO no programa Zorra Total, é exibida, decotada e exagerada, adora gastar o dinheiro de um certo senador que convenientemente nunca aparece e, diante de qualquer obstáculo que surge, repete o bordão: "Tô pagando". Na personagem, é engraçado; na vida real, é execrável.

A análise

"Uma vez conscientes de que a vida é uma experiência baseada nas relações, temos de ter em mente que os desejos das outras pessoas são tão válidos quantos os nossos. Isso significa que, ao perseguir nossos objetivos, precisamos ter certeza de que estamos sendo justos com os outros. O decoro nos ajuda a ajustar essa medida", diz Piero Forni.


Fonte: Veja.com

Saúde indígena esbarra em dificuldades logísticas e burocráticas, diz Funasa


Avião com equipe que fazia vacinação nas aldeias caiu na quinta
Diretor diz que vacinação reduziu mortalidade infantil entre índios


Segundo o diretor do departamento de saúde indígena da Fundação Nacional da Saúde (Funasa), Wanderley Guenka, o atendimento à saúde nas aldeias é dificultado principalmente por dois fatores: logístico e burocrático. O distrito do Javari, localidade onde na quinta-feira (29) caiu o avião da Força Aérea Brasileira (FAB) que retornava do programa de vacinação nas aldeias da região, por exemplo, é uma das que tem o acesso mais difícil, porque a área demarcada é de 8,5 milhões de hectares e vivem pouco mais de 3,7 mil indígenas de seis etnias diferentes em 50 aldeias bastante dispersas.
“As pessoas criticam a Funasa, mas tem que levar em conta as dificuldades de acesso e de atendimento médico dessas regiões. Nessa região, temos 14 equipes de saúde, que percorrem o rio atendendo as aldeias ao longo do caminho, mas nem todas são nas margens do rio e isso leva até dias”, explica Guenka.
A dificuldade logística se tornou ainda maior nos últimos anos por conta da falta de equipamentos de transporte e comunicação da Funasa. “Não adianta ter pessoal e não ter como levar esses profissionais de saúde até as aldeias”, comenta Guenka.
Somente no ano passado a Funasa conseguiu reequipar suas equipes com o maior montante de recursos disponibilizados para a compra de equipamentos de logística desde sua criação. Em 2008, foram aplicados mais de R$ 27,4 milhões para compra de veículos, rádios comunicadores, barcos e outros equipamentos fundamentais para o atendimento à saúde. Em 2004, o governo federal disponibilizou pouco mais de R$ 500 mil para compra desses equipamentos.
Anualmente, a Funasa tem um orçamento de pouco mais de R$ 500 milhões para tratar da saúde dos indígenas. Guenka diz que não faltam recursos para a Funasa no atendimento à saúde dos índios. A maior parte desses recursos é usada para contratação de pessoal, feita invariavelmente por convênios com os municípios. Contudo, dificuldades burocráticas tornam a aplicação desse dinheiro difícil também.
“Às vezes temos que comprar combustível para os barcos e não podemos comprar próximo da área indígena, porque temos que apresentar notas fiscais e nesses municípios distantes não há postos de combustíveis. Aí tem que comprar numa cidade maior e transportar sobre as caminhonetes”, exemplifica.

Vacinação

Segundo ele, desde o início da Operação Gota, realizada em parceria entre a Funasa e as Forças Armadas e que tem por objetivo vacinar toda a população indígena, a mortalidade infantil nas aldeias reduziu drasticamente. O projeto funciona desde 1993.
De 2000 até o ano passado, a mortalidade infantil indígena caiu de 74,61 para 44,35 óbitos por mil nascidos vivos. As crianças das aldeias recebem anualmente nove tipos de vacinas.

Jeferson Ribeiro
Do G1, em Brasília

Câmara vai discutir Alienação Parental


O caso do menino de 8 anos que foi subtraído da mãe Alethea Albuquerque, 34 anos, será discutido na sala de comissões da Câmara de Vereadores do Recife na próxima quarta-feira. A reunião foi requerida pela vereadora Aline Mariano (PSDB) - presidente da Comissão de Direitos Humanos -, e deve contar com a participação de representantes da Gerência de Proteção à Criança e ao Adolescente (GPCA), do Ministério Público e da Ordem dos Advogados do Brasil. O encontro é mais uma forma de discutir a Síndrome de Alienação Parental, que vem se tornando frequente em situações de divórcio ou disputa pela guarda de filhos no estado.
A alienação pode acontecer quando um pai ou mãe tenta desconstruir a imagem do outro perante a criança e vai cortando, aos poucos, os laços de contato e amor. Nesse caso específico, a promotora Mônica Elrine de Souza Leão Lima, da 4ª Vara de Família do Recife, desconfia que a família paterna está impondo um ambiente de tensão ao menino. Em 2006, ele foi morar com a mãe no município de São Gabriel da Cachoeira, no Amazonas, mas está sendo impedido de vê-la desde o dia 4 de julho, quando veio passar férias no Recife com o pai e os avós. O garoto chegou a dizer, em depoimento à promotora, que não queria voltar porque a mãe criava uma onça na residência onde vive, numa Vila Militar. "É para rir a história que uma onça podia pegar meu filho lá em casa", retrucou Alethea
Em contrapartida ao apoio que a mãe está conseguindo para ter o filho de volta junto à Comissão de Direitos Humanos, o avô, que é advogado, vai pedir a suspeição do juiz da 4ª Vara da Família, que atua juntamente com Mônica Erline. Ele alega que o juiz concedeu a guarda à família paterna e, seis dias depois, revogou a decisão. Tudo com base num segundo parecer dado pela promotora, no qual ela levanta a hipótese de o menino ter sido induzido a mentir sobre a vida que tinha no Amazonas. Segundo o avô, a promotora não tem capacidade de fazer juízo de valor e cogitar, sem a presença de um psicólogo, que o menino poderia sofrer de alienação parental.
Questionado se era possível criar uma onça em uma vila militar, como o menino disse em depoimento, o avô afirmou positivamente. "Sim. Não fomos nós que o induzimos a falar isso", disse, ontem, ao Diario, dois dias depois de garantir que o garoto subiu numa goiabeira e arriscou-se a ser mordido por uma cobra sucuri.
O avô assegurou que não vai levar o menino ao Centro de Apoio Psicossocial do TJPE, como pediu a promotora, porque há um mandado de busca e apreensão em aberto em favor da mãe. "Se eu o levasse lá, ele sairia preso", exagerou. Para o avô, o que precisa ser levado em conta é a vontade da criança, que não quer mais morar no Amazonas. "Eu aceito que a Justiça faça um acompanhamento psicológico desde que a vontade dele seja respeitada. Ele ama a mãe, sente saudades dela, mas não quer voltar", arrematou.

Leia também: Menino subtraído pode estar sofrendo Alienação Parental

Fonte: Diário de Pernambuco

Adolescente é esquecida dormindo em posto de saúde enquanto tomava soro no interior de SP


SÃO PAULO - Uma adolescente de 16 anos que tomava soro numa unidade de saúde municipal da cidade de Nova Guataporanga, a 570 quilômetros da capital, foi esquecida pelos funcionários. Ela dormiu durante a aplicação do medicamento e a unidade de saúde foi trancada pelos funcionários, que foram embora após o fim do expediente, às 17h. A jovem só foi encontrada depois de vários telefonemas da mãe para o celular da adolescente.
A garota, identificada como Aline Custódio, procurou atendimento médico em companhia da avó, pois estava com dores de cabeça e de garganta e tinha febre. Após conversar com um médico, ela foi encaminhada para a enfermaria para tomar soro.
-A garota, identificada como Aline Custódio, procurou atendimento médico em companhia da avó, pois estava com dores de cabeça e de garganta e tinha febre. Após conversar com um médico, ela foi encaminhada para a enfermaria para tomar soro.
- A enfermeira aplicou o soro e eu acabei dormindo - contou a jovem.

Precupada com a demora da filha, a mãe da jovem, Alessandra Custódio, começou a ligar para o celular. Só depois de quatro ligações, a garota atendeu às ligações.
- Eu perguntei onde ela estava e ela me contou que ainda estava no centro de saúde - diz a mãe.
A mãe conseguiu localizar uma funcionária da unidade, por volta de 18h10m, que foi até o local e abriu a porta para que a jovem pudesse sair. Ela contou que a filha ficou sozinha porque a avó teve que ir embora para tomar um remédio para diabetes. A mãe registrou um boletim de ocorrência na delegacia da cidade.
Segundo a direção da unidade de saúde, a funcionária que cuidava da adolescente foi suspensa. A polícia informou que um inquérito será instaurado e a funcionária pode ser processada por abandono de incapaz. A pena, em caso de condenação, pode chegar a 3 anos de detenção .


Após confirmar o doping, Daiane dos Santos tem defesa fraca


O caso da ginasta Daiane dos Santos é um exemplo do desconhecimento por parte dos atletas e dirigentes brasileiros das regras que regem o esporte quando o assunto é doping.
Após o anúncio da Federação Internacional de Ginástica, ontem, de que a ginasta brasileira testara positivo para o diurético furosemida, Daiane, seu advogado Cristian do Carmo Rios, uma junta médica e os dirigentes do Esporte Clube Pinheiros fizeram uma reunião para discutir a estratégia de defesa.
A atleta alega que, após duas cirurgias no joelho, comunicou, por meio de carta oficial de seu clube, acompanhada de diagnóstico do médico Wagner Castropil, o seu afastamento dos treinos e competições.
Assim, no entendimento da defesa, a atleta não estaria apta para fazer o exame.
"Com base nestas informações, a Confederação Brasileira de Ginástica excluiu Daiane da seleção brasileira permanente, em 23 de outubro de 2008, data que a atleta se tornou inelegível para a realização de exames antidopings", comunicou ontem o Pinheiros. "Cumpria à confederação, também, notificar a Federação Internacional de Ginástica sobre o histórico e a situação da atleta", seguiu a nota.
Mas o fato de a atleta estar fora da seleção não a torna inelegível. Isso ocorre apenas em caso de aposentadoria.
"Não procede [ela estar inelegível]. Ela poderia apresentar, por meio de laudo médico, uma isenção de uso terapêutico à confederação e à federação", disse o advogado Thomaz Mattos de Paiva, da Agência Antidoping da Confederação Brasileira de Atletismo.
"A Daiane conhece bem as regras e não pode alegar que desconhecia a substância", diz Eliane Martins, que supervisionou a ginasta de 2002 a 2008.
A atual presidente da CBG, Maria Luciene Resende, afirmou que a atleta não informou a entidade de que estava fazendo uso de medicação dopante. "É triste. E espero que não seja verdade nem denigra a imagem dela. Sabíamos das cirurgias, mas não dessa medicação."
O advogado de Daiane diz que a atleta, no dia do exame, informou que estava fazendo uso de medicação. "A federação não flagrou Daiane. Só confirmou o que ela disse a eles."
Segundo Diego Hypólito, ele, Daiane e Jade Barbosa foram testados no mesmo dia, em julho.
"Coletaram só urina. Eu estava na academia, a Jade, no Flamengo, e a Daiane, em São Paulo. O estranho foi terem feito exame na Daiane, que não competia. Ela não fez para se dopar, tenho certeza disso."
Ingenuidade ou não, a atleta admite ter usado a substância em tratamento estético que faz, com médicos particulares, para reduzir gorduras localizadas.
Ela tem até o dia 13 para apresentar a sua defesa. Segundo o regulamento, ela pode ser punida com até dois anos de suspensão. "A carta do Pinheiros poderá ser apresentada em sua defesa e servir como um atenuante", afirmou Thomaz.
Neste primeiro momento, a ginasta goza de privilégio. No último mês, o Pinheiros rompeu contrato com a triatleta Mariana Ohata, que foi à Olimpíada de Pequim, após ter sido flagrada com a mesma substância.


Policial mata menino de 11 anos em Ibatiba


Um soldado da Polícia Militar lotado no 2º Pelotão da 7ª Companhia Independente em Ibatiba, Sudoeste do Estado, é acusado de matar uma criança, na madrugada de ontem, no município. O garoto de 11 anos, que estaria envolvido numa ocorrência de furto, morreu com um tiro no pescoço, a caminho do hospital.
De acordo com as informações passadas pelo tenente Wedem Carlos Ramos, comandande da companhia onde o soldado atua, uma radiopatrulha da Polícia Militar foi acionada à meia-noite para averiguar um andamento de furto a um depósito de uma distribuidora de doces do município.
Quando a radiopatrulha chegou pela rua que passa por cima do depósito, avistou um homem, de preto e encapuzado, na laje. Nesse momento, de acordo com a versão dos policiais, o homem teria sacado um objeto metálico parecido com uma arma, o que levou o soldado a atirar primeiro.
O único disparo feito teria acertado o menino, que não tinha sido visto pelos PMs, mas que também estava no local. Após afetuar o tiro, os policiais desceram pela rua para perseguir o acusado, que fugiu para um terreno baldio. Quando chegaram próximo ao depósito, se depararam com o menino ferido, para a surpresa dos policiais.
Imediatamente, eles acionaram uma ambulância, que chegou a prestar os primeiros socorros ao garoto, mas ele não resistiu ao ferimento.
O encapuzado conseguiu fugir. Segundo consta, dois adolescentes e o garoto foram coagidos pelo bandido encapuzado e por um outro homem armado a entrar no depósito por um buraco que somente uma criança passaria. A intenção era de quebrar o cadeado para, depois, os dois homens armados entrarem.

Irmão estava ao lado de vítima no local do crime
Um dos adolescentes que estava com o garoto que morreu assassinado na madrugada de ontem em Ibatiba, Sudoeste do Estado, é irmão da vítima. O adolescente de 13 anos teria segurado o irmão no colo antes de a ambulância chegar para prestar socorro.
O irmão do garoto que morreu e o outro adolescente envolvido no fato estavam muito abalados e sob proteção do Conselho Tutelar, conforme orientação do Ministério Público.
O promotor de Justiça da Comarca de Ibatiba, Antônio Carlos Gomes da Silva Júnior, informou que orientou ao Conselho Tutelar do município que tomasse o depoimento dos adolescentes que estavam com o garoto, no momento da morte dele.
De acordo com a versão dos policiais militares, o único adolescente que teria entrado no depósito teria sido o irmão do garoto que morreu.
O tenente Wedem Ramos acrescentou que o adolescente de 13 anos teria se envolvido nesta semana numa ocorrência de agressão dentro de uma loja.


Militar acusado está em choque, diz comandante
O soldado da Polícia Militar, que atirou no garoto de 11 anos em Ibatiba, tem cinco anos de corporação e ótima conduta, segundo o tenente Wedem Ramos, comandante da companhia, onde o acusado trabalha.
O militar estaria em estado de choque. "Foi uma fatalidade. Ele está muito abalado, é um pai de família exemplar. Acabou de fazer, recentemente, um curso para trabalhar com crianças em escolas", completou o tenente.
A área onde aconteceu o disparo que matou uma criança foi interditada para realização da perícia. Havia muito sangue no local. O delegado de polícia do município já está no caso e começou a ouvir testemunhas ontem de manhã.
O soldado da PM, acusado de matar o garoto de 11 anos, e os outros dois policiais que estavam com ele no momento do tiro também foram ouvidos. As três armas usadas pelos soldados foram apreendidas e entregues na delegacia.

Nas ruas
X. , Conselheira tutelar

"Ele não era usuário de drogas. Só pedia bala nas ruas"
Uma conselheira tutelar de Ibatiba, que acompanha o caso, contou que o menino morto pelo PM era uma criança que vivia com a família, não estudava, não era usuário de drogas e estava sempre pelas ruas de Ibatiba, pedindo dinheiro e pão a quem passava. O enterro do menino vai acontecer hoje, no Cemitério de Promorar II, no mesmo município.

O Romário era usuário de drogas?
Não. Nunca. Era menino de ficar pelas ruas, pedindo balas e dinheiro, pão, roupa.

Moravam em casa, ou na rua?
Em casa, porém, passava a tarde na rua, na companhia dos irmãos e de amigos.

O menino estava com um irmão de 13 anos, no momento do crime?
Sim. Ele contou que foi atraído para o local onde tudo aconteceu.


Pedofilia: Condenado a 30 anos de cadeia pederasta reincidente que pediu a castração


Paris – O Tribunal Criminal de Douai (Norte de França) condenou ontem a 30 anos de prisão, 20 dos quais de cumprimento de pena efetiva, o pedófilo reincidente Francis Evrard, que recentemente pediu que o castrassem.
A Justiça francesa condenou-o por sequestro e violação de uma criança de 5 anos em Roubaix (Noroeste), em agosto de 2007, poucos dias depois de abandonar o cárcere, onde permaneceu 27 anos por um delito semelhante.
Evrard, de 63 anos, permaneceu impassível enquanto era lida a sentença que o condena por todos os crimes de que havia sido acusado neste caso.

Consumo de cocaína no mundo financeiro britânico aumenta por causa da crise


Londres, 30 out (EFE).- O consumo de cocaína por parte dos empregados da "City" (centro financeiro) londrina aumentou consideravelmente no último ano devido à ansiedade e ao temor das demissões por causa da crise econômica, publica hoje o "Evening Standard".
O jornal recolhe os dados da organização "Life Works", dirigida pelo ex-financeiro Don Serratt e que trabalha com viciados do bairro financeiro britânico, segundo a qual no trimestre até setembro passado foram atendidos 25% mais viciados que no mesmo período do ano anterior.
Segundo Serratt, centenas de empregados da "City" recorrem à droga para aliviar a ansiedade e o temor que lhes provoca a possibilidade de perder seu trabalho.
O antigo banqueiro, que foi viciado em álcool e drogas, explica que no mundo das finanças não se costuma admitir a dependência até que começam a prejudicar seu trabalho, razão pela qual o aumento do consumo se nota agora e não no começo da crise.
Serratt, que trabalhou para o Bear Sterns e o Creditanstalt, critica as empresas por não impedir a escalada do consumo, e adverte que os que recorrem à droga para atenuar sua ansiedade podem se ver presos a ela.
"Muitos empregados de bancos de investimento são pessoas dependentes da adrenalina porque trabalham cem horas por semana, e muitas delas são viciados em coca e em 'speed'", assegura.
"Um viciado com ansiedade, quanto mais ansioso fica mais coca consome, e quanta mais coca consome mais ansioso fica. É uma espiral ascendente", resume Serratt, de 46 anos, que pede às companhias que façam um esforço para detectar o problema antes que seja tarde.

EFE jm/ma


Obama anuncia fim de lei que proíbe entrada de pessoas infectadas com o HIV nos EUA


WASHINGTON - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, anunciou, nesta sexta-feira, que acabará com a proibição de entrada de estrangeiros infectados com o vírus HIV no país - um veto que está em vigor a 22 anos. A ordem para cancelar a proibição será emitida na segunda-feira e a medida entrará em vigor no início de 2010.
A nova legislação leva o nome de Ryan White, um adolescente que contraiu a doença em uma transfusão de sangue e lutou contra a discriminação aos infectados. Segundo Obama, a medida ajudará a "eliminar o estigma da doença".
Além dos EUA, cerca de outros 12 países também praticam essas restrições contra turistas e imigrantes contagiados com o vírus HIV.
A proibição passou a vigorar no país em 1987. Segundo o correspondente da BBC em Washington Imtiaz Tyab, na época, havia ainda bastante medo e ignorância sobre a doença. Quatro anos mais tarde, em 1991, o departamento de Saúde tentou reverter a medida, mas enfrentou oposição no Congresso.
Em 1993, o departamento mudou sua postura e concordou com o Congresso para tornar a infecção pelo HIV a única condição médica na lei de imigração que tornaria imigrantes inadmissíveis no país. De acordo com Obama, turistas infectados poderão entrar no país a partir do início de 2010.




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sexta-feira, 30 de outubro de 2009

'Nossa vida mudou', diz irmão de aluna hostilizada por usar vestido curto no ABC


O irmão da estudante de 20 anos que foi hostilizada por colegas da Uniban, em São Bernardo do Campo, no ABC, disse nesta sexta-feira (30) que a vida da família mudou após a repercussão do caso. Segundo ele, a irmã já estava sem ir à faculdade e ao trabalho desde o dia 23. No dia 22, a jovem precisou ser escoltada por policiais militares para deixar a sala da faculdade, após aparecer no local com um vestido curto.
“Hoje a nossa vida mudou, minha filha não foi para a escola, não consegui almoçar na hora, minha mãe não conseguiu sair de casa”, disse o metalúrgico José Adriano de Arruda, de 32 anos. Para ele, a atitude dos alunos – que filmaram a jovem sendo atacada e postaram as imagens no site de vídeos YouTube – foi fruto de preconceito. “Tem um pouco de preconceito por parte dos alunos. Ela sempre usou essas roupas, e outras meninas também vão desse jeito.”
Arruda também reclamou do posicionamento da faculdade. “A faculdade também não tomou providência. Ela [a irmã] gosta de se arrumar, de usar salto, como acho que toda mulher gosta”, contou.
A jovem está no primeiro ano da faculdade de turismo e, segundo a família, namora um rapaz um pouco mais velho há alguns meses. Há um ano e nove meses, ela também trabalha em um mercadinho que fica quase em frente à sua casa, em Diadema, também no ABC.
Na tarde desta sexta-feira, a mãe da estudante participou de uma reunião com um integrante da reitoria da universidade. O encontro durou cerca de 1 hora e 30 minutos e aconteceu em um prédio do mesmo campus da universidade.
A aluna não participou da reunião. A mãe da garota se recusou a dar declarações. A assessoria de imprensa da Uniban também não deu detalhes sobre o que foi discutido na reunião.

"Costumo usar vestidos curtos"

A estudante do curso de turismo disse que não teve a intenção de provocar ninguém ao ir à faculdade com um minivestido. "Costumo usar vestidos curtos e calças apertadas, assim como outras meninas. Naquele dia, tinha pegado ônibus, andado na rua e ninguém disse nada", contou à Agência Estado.
À Agência Estado a garota lembrou ainda que saiu coberta por um avental branco. "Eles estavam possuídos, fiquei com muito medo", afirmou, uma semana depois do ocorrido.
Em nota divulgada na quinta-feira (29), a Uniban afirmou que instaurou uma sindicância. "Alunos, professores, seguranças e também a aluna estão sendo ouvidos individualmente", informou a universidade ao G1.
A Uniban "pretende aplicar medidas disciplinares aos causadores do tumulto, conforme o regimento interno".
Pelas cenas e depoimentos de presentes, o tumulto começou quando a aluna subia por uma rampa até o terceiro andar e os alunos começaram a gritar. Ela ficou trancada em uma sala e, com a ajuda de um professor e colegas, chamou a polícia, que a escoltou até a saída da universidade.

Fonte: G1

80% de crianças que sofrem abuso sexual se tornam adultos violentos


MPF discute responsabilidade do poder público no combate à violência a que menores são submetidos

Cerca de 80% das crianças que sofrem abuso sexual tornam-se adultos violentos. A constatação foi divulgada ontem, durante audiência pública promovida pelo Ministério Público Federal em Goiás (MPF-GO). No entanto, os traumas começam a se manifestar ainda na infância. O problema é que 90% dos casos não são notificados, o que dificulta a interferência do poder público no ciclo de violência a que as crianças ficam submetidas.
Estima-se que anualmente acontecem 100 mil casos de abuso sexual contra crianças e adolescentes no Brasil. Destes, somente 10 mil chegam ao conhecimento de órgãos que fiscalizam e punem agressores, como Conselhos Tutelares, delegacias e Ministério Público. Isto porque as notificações dobraram entre 2005 e 2006, quando foi criado um telefone destinado a denúncias. De 1997 a 2005, o total de casos denunciados em todo período foi de 5 mil.
“A subnotificação é clara, mas já aumentou nos últimos anos. Temos que trabalhar para formar agentes capazes de identificar casos de abuso sexual contra crianças, para que possa haver interferência ou mesmo antecipação do ato”, disse procurador regional dos Direitos do Cidadão em Goiás, Ailton Benedito de Souza.
Os traumas físicos, psicológicos e comportamentais que passam as crianças violentadas dificilmente possibilitam reestruturação. “As crianças tendem a reproduzir as atitudes que são sujeitas. Temos que oferecer programas de apoio psicosocial para mudar esse prognóstico”, afirmou o coordenador do Centro de Apoio Operacional (CAO) da Infância e Juventude do Ministério Público Estadual, Everaldo Sebastião de Sousa.
O procurador regional da República, Guilherme Zanina Schelb, defende a criação de uma rede real de investigação e tratamento para que o ciclo de violência seja interrompido. “Se isto não acontecer, essas crianças serão vistas pela sociedade somente quando adotarem postura violenta. Aí, será tarde demais”, disse.

Alfredo Mergulhão
Fonte: Diário de Goiás

Parentes e amigos falam da dura experiência de tentar ajudar um viciado em crack


RIO - Numa cidade que abriu os olhos para a disseminação do crack em suas ruas e casas há cerca de uma semana - quando um músico viciado enforcou a namorada, no Flamengo -, Flávia Materco enxerga mais longe. Com a experiência de 14 anos ajudando o irmão na luta contra as drogas (os três últimos queimados com o crack), ela adverte: "é preciso entender que não são os menores de rua que estão usando crack, é o crack que está levando as pessoas para a rua". Seu irmão, hoje com de 26 anos, tinha 12 anos quando começou a fumar maconha, em meio a uma crise familiar com a separação dos pais. De lá para cá, foi conhecendo outras substâncias. Até que começou a usar aquela que o levou para a sarjeta.
- A primeira vez que vi meu irmão na rua foi por acaso, a poucos metros da minha casa. Estava passando por uma marquise e avistei os sapatos que meu marido tinha dado de presente a ele. Chovia, e meu irmão estava enrolado num saco de ração. Entrei em desespero. Sentei-me e comecei a chorar - relembra ela, onze anos mais velha que o rapaz, e que nunca foi de se conformar. - Eu, graças a Deus, nunca desisti do meu irmão. Cansei de subir morro atrás dele. Pegava uma foto dele e ia. Nunca tive medo. Uma vez, no Cantagalo, o encontrei completamente drogado e prestes a ser morto pelos traficantes. Um deles me perguntou quem eu era e, quando respondi, ele me avisou: "tira seu irmão daqui senão ele vai morrer".
Flávia contou um pouco do drama de seu irmão e de toda a família ao responder a uma pergunta feita pelo site do Globo ao longo da semana: "Você conhece alguém que seja usuário de crack e teve sua vida toda transformada? Conte para a gente". Por telefone, ela contou que chegou a largar a faculdade de Administração no sexto período para fazer Serviço Social para tentar ajudar não apenas o irmão, mas outros na mesma situação.
- As pessoas viram as costas para eles. Acham que não é um problema delas. Mas quem tem vício como meu irmão precisa de ajuda. Não é só uma questão do poder público. A gente tem que fazer a nossa parte - defende ela, que faz questão de dar seu nome. - Não tenho vergonha do meu irmão. É muito importante ter a família envolvida no tratamento.
O processo é difícil. O irmão de Flávia - que é casada e vive com o marido e os filhos e, Vila Isabel - vendeu tudo o que havia na casa da mãe. E chegou a assaltar a casa da irmã. De tempos em tempos, desaparecia.
- Da última vez, ele estava sumido há uns dois meses, e eu o achei por acaso. Passei de ônibus pelo Maracanã e, a distância, achei que aquele homem imundo e descalço, com barba e cabelo enormes, usando roupas rasgadas era meu irmão. Desci do ônibus e demorei a me aproximar porque não tinha certeza se era ele e tinha medo de que fugisse de mim. Mas ele aceitou vir comigo e ser internado. Foi uma vitória. Já tive que chamar bombeiros e o Samu de outras vezes, para ver se alguém me ajudava. Mas a internação tem que ser voluntária, o que, no caso do crack, não deveria ser.
Hoje, o irmão de Flávia está internado há quatro meses numa clínica evangélica, em Niterói. O tratamento dura um ano, e ele vem reagindo bem. Consciente de que na clínica o rapaz está protegido dentro da clínica, e que a cura só poderá ser atestada quando ele sair de lá, Flávia tem esperança de que tudo vai dar certo. Esta esperança vem de dentro de casa:
- Tenho outro irmão que era dependente químico. Os dois começaram a usar drogas juntos, mas ele nunca usou crack e se internou sozinho. Está limpo há três anos, voltou a estudar e a trabalhar. Eles são pessoas boas.
Do outro lado da cidade, uma outra história - também relatada ao site - não tem mais chance de final feliz. Era a de um jovem da Zona Oeste, também viciado em crack, morto há um ano. Não de overdose: aos 26 anos, ele foi encontrado morto numa das ruas de acesso a uma favela, com dois tiros na cabeça. O crime nunca foi esclarecido, mas o pai - que precisou de autorização dos traficantes para pegar o corpo do filho, 14 horas depois de encontrá-lo - apurou que um morador das redondezas, que seria policial, teria advertido o rapaz e alguns amigos que fumavam crack com ele, que não os queria mais ali. Quem conta é sua então namorada, hoje com 25 anos, moradora da Zona Norte do Rio.
- Ele tinha tido uma briga com os pais e estava muito nervoso - relembra ela, que manteve um relacionamento de oito anos com o rapaz, seu primeiro namorado, e prefere não se identificar para não expor a família dele. - De uma certa forma, foi um alívio. Mas é óbvio que a dor é enorme.
Filho de um comerciante, ele foi criado por uma família de boas condições financeiras e estudava Farmácia. A experiência com as drogas começou com a maconha, aos 15 anos. Passou pelo zirrê, uma mistura de crack com maconha, até chegar ao vício do crack, há dois anos.
- Eu mesma já fumei maconha, mas nunca passei disto. Já ele, foi usando drogas cada vez mais pesadas. O problema das drogas era o motivo das idas e vindas do nosso namoro. Ás vezes, ele descia para comprar cigarros e desaparecia. Depois soube por uns moradores de rua que ele estaria assaltando para conseguir dinheiro. Meus amigos me falavam para sair daquela situação, mas você sempre acha que pode consertar as pessoas. Não via razão para abandonar uma pessoa que eu amava.

Leia mais:
http://anjoseguerreiros.blogspot.com/2009/10/psiquiatra-constata-aumento-de-70-no.html

Tratamento de viciados em crack é mais demorado do que o de outras drogas


Fonte: Globo

Nova Lei de Adoção entra em vigor na próxima semana


Regras atuais diminuem burocracia e agilizam processo

Entra em vigor, em novembro, a nova Lei de Adoção. Além de ter menor burocracia, as novas regras estabelecem prazos menores que vão agilizar o julgamento.
Entre as novas condições para adoção estão a redução da idade mínima para adotar de 21 para 18 anos; a prestação de assistência médica e psicológica arcada pelo Estado para as gestantes com interesse de entregar o seus bebês para adoção; a audição das crianças maiores de 12 anos nos processos de adoção e a priorização de parentes próximos na guarda dos menores.
A lei também estabelece o prazo máximo de dois anos para a análise do processo pelo juiz, tempo máximo que a criança ou adolescente poderá ficar no abrigo.
Na opinião da psicóloga da Vara da Infância e Juventude de Ribeirão Preto, Valéria Mattar, a nova lei irá favorecer o aumento das adoções. “À medida que as crianças vão crescendo, infelizmente, as chances de elas terem outra família vão ficando menores. Com a diminuição do tempo de acolhimento, a gente acredita que mais crianças possam ter a sua família”, afirmou.
A nova lei também exige mais preparação das pessoas que querem adotar uma criança, que terão que fazer cursos com advogados, psicólogos e técnicos do Juizado da Infância e Juventude

Fonte: EPTV

Para zerar evasão, promotor acionará Justiça contra pais


O promotor da Infância e Juventude de Campo Grande, Sérgio Fernando Harfouche, anunciou, durante reunião com os representantes das secretarias de Educação, que vai responsabilizar judicialmente os pais pela falta dos estudantes às aulas no próximo ano. Eles foram advertidos neste ano, mas poderão ser condenados a penas de 15 dias a dois meses de reclusão.
Neste ano, o MPE (Ministério Público Estadual) notificou os pais dos estudantes com problemas e promoveu reuniões nos estabelecimentos de ensino. Cerca de 10% dos responsáveis não responderam às notificações.
O promotor anunciou que irá aciona-los na Justiça por abandono intelectual, para obriga-los a matricular e manter os filhos na escola. Ele recorrerá a responsabilidade compartilhada, que, neste caso, é entre o poder público, os pais e até os adolescentes. Alunos com idades entre 12 e 18 anos também poderão ser responsabilizados por não freqüentar a escola.

Evasão – Harfouche pretende zerar os índices de evasão na rede pública da Capital. Pesquisa realizada com 3 mil alunos constatou que 40% dos matriculados no período noturno abandonam os estudos. A evasão atinge 20% dos matriculados à tarde e, 10% no matutino.
A rede pública na Capital conta com aproximadamente 160 mil estudantes, sendo 85 mil nas escolas municipais e 75 mil nas estaduais. O trabalho de alertar os pais sobre a ausência dos filhos já é feita pela 4ª Delegacia de Polícia no Conjunto Moreninha, na saída para São Paulo.
Além disto, lei estadual determina a notificação de todos os pais quando o estudante faltar a 20% das aulas.

Edivaldo Bitencourt
Fonte: Campo Grande News

TRAFICANTE DÁ CONSELHO: NÃO USEM DROGA



Mesmo indo de contra a seus negócios, a opinião do traficante é firme: "Usar droga é bobeira, burrice, babaquice".


Globo Vídeos

Respeite os limites físicos


Estudar a dor e a fadiga auxilia cada um a dosar o esforço num nível compatível com seu condicionamento

Nos últimos minutos de uma partida de futebol, no trecho final de uma longa corrida ou depois de seguidas subidas ao bloqueio num jogo de vôlei, pernas e braços parecem fracos, como se não mais obedecessem aos comandos do cérebro. Cansados, os músculos pedem para parar: eles estão entrando em fadiga. No dia seguinte, se o esforço foi demasiado, a dor entra em ação. Pesadas, coxas e antebraços "reclamam" a cada movimento, nos deixando prostrados. Felizmente, esse quadro costuma durar pouco: basta voltar a exercitar o grupo muscular afetado depois de um período de pelo menos 24 horas de descanso.
Todo mundo que faz ou já fez atividade física sabe que a dor e a fadiga são duas sensações normais (leia o infográfico acima). Elas funcionam como um alarme do organismo, informando que nosso corpo está operando em sua capacidade máxima e precisa de uma folga. Ignorar esse alerta biológico pode ser bastante perigoso e acabar levando a uma lesão séria, que pode demorar meses para ser curada. Nas aulas de Educação Física, a turma deve trabalhar essa importante lição. "Entender e analisar os limites do corpo é um conteúdo importante, que deve ser abordado nas séries finais do Ensino Fundamental", ressalta Fábio D'Angelo, coordenador pedagógico do Instituto Esporte e Educação, em São Paulo, e selecionador do Prêmio Victor Civita - Educador Nota 10.
Nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs), o tema faz parte do bloco Conhecimento sobre o Corpo. O estudo dessa área tem como objetivo permitir a cada aluno gerenciar suas atividades corporais de maneira autônoma, escolhendo as mais saudáveis, e perceber o organismo como uma estrutura integrada - que ganha força com os estímulos corretos, que pode se lesionar quando a atividade não é adequada e que precisa se nutrir para funcionar a contento.

Observar o próprio corpo para ajudar a entender o tema
A abordagem desses conteúdos começa com a percepção do próprio corpo. Por exemplo, quando uma nova prática corporal está sendo realizada, a fadiga e a dor geralmente dão as caras. Cabe a você aproveitar as sensações dos alunos para se aprofundar nos estudos a respeito dos efeitos da atividade física sobre os tecidos musculares. Para analisar e compreender as alterações que ocorrem durante e depois dos exercícios, a turma precisa ter contato com uma série de conhecimentos básicos de anatomia, fisiologia, biomecânica e bioquímica.
Na hora dessa troca de ideias, uma primeira providência é mostrar que dor e fadiga não são a mesma coisa. A fadiga não chega a ser um problema sério, mas é preciso respeitá-la e interromper o exercício. "A fadiga pode ser aguda, no caso de um exercício com intensidade maior do que o indivíduo está acostumado, ou crônica, quando a sensação de cansaço é frequente, causada por treinamento em excesso, anemia ou problemas respiratórios", explica Marcelo Bichels Leitão, cardiologista e médico do esporte da Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte, em São Paulo. Vale mostrar para a turma que avançar esse sinal pode ser bem dolorido: uma consequência imediata da fadiga em excesso são as temidas cãimbras (movimentos de contração musculares involuntários) fortíssimas, que doem bem mais do que as corriqueiras.
Já com a dor, é preciso ter mais atenção. Como alerta, ela mostra que existe um processo fisiológico não natural do organismo. Ela também é dividida em dois tipos, a do dia seguinte e a dor intermitente. A primeira, mais comum, ocorre depois de trabalhar um grupo de músculos não acostumados ao exercício ou exigidos em excesso. "Ela é resultado de uma pequena inflamação na musculatura e de microrrupturas nas células musculares. Mas, se continuamos nos exercitando regularmente, a dor passa, pois a musculatura se fortalece e se acostuma ao esforço", conta Leitão.
Apesar disso, é preciso desmistificar a ideia comum entre os jovens de que, se uma pessoa não sentir dor, não está ganhando força na malhação. "Por pensarem assim, muitas vezes eles exageram na intensidade e na frequência da atividade física. É exatamente aí que surgem os casos mais sérios, como as lesões musculares", argumenta o especialista.
Faz parte desse quadro a dor intermitente, aquela que demora a passar. Quando isso ocorre, a musculatura foi lesionada e é necessário procurar um médico. Sua orientação é importante para evitar esse tipo de problema: além da explicação fisiológica propriamente dita, vale incentivar o debate sobre rotinas de exercícios e hábitos nutricionais para tornar as práticas corporais mais seguras e saudáveis.

Três maneiras de prevenir lesões musculares
Alongamento
Quando:
Antes de qualquer prática esportiva.
Tempo de prática:
No mínimo 15 minutos.
Por quê ?
O alongamento aquece a musculatura e prepara o organismo para a prática esportiva. Quando bem feito, ele aumenta a resistência do corpo. É preciso alongar todos os grupos musculares e não apenas os que serão mais exigidos no exercício.
O que aumenta: fluxo sanguíneo
O que diminui: dor

Atividades aeróbicas
Quando:
No mínimo três vezes por semana.
Tempo de prática:
No mínimo 40 minutos.
Por quê?
Praticadas regularmente, atividades aeróbicas (que consomem mais oxigênio), como jogar futebol, correr e andar de bicicleta, são a melhor forma de ganhar resistência, pois elas trabalham a capacidade cardiorrespiratória.
O que aumenta: força muscular
O que diminui: dor e fadiga

Ingestão de água e frutas
Quando:
Antes de qualquer prática esportiva.
Horário de consumo :
Uma hora antes de fazer exercícios.
Por quê ?
Um corpo bem nutrido consegue se recuperar do esforço físico muito mais rápido. A falta de nutrientes como o potássio (presente na banana e em castanhas, por exemplo) é uma das causas mais comuns da fadiga e da cãimbra.
O que aumenta: energia
O que diminui: fadiga

A discussão sobre prevenção a lesões vai encaminhar a aula para uma reflexão mais ampla: o que é uma boa prática corporal? Quais tipos de esporte são mais saudáveis? Quantas vezes por semana praticá-los? Como devemos atuar antes, durante e depois do exercício? Com base nesses questionamentos, novas pautas de estudo podem surgir, abrindo a oportunidade de abordá-las como decorrência natural do conteúdo. Alguns exemplos são o doping (aplicação de substâncias ilegais para melhorar a performance física, problema que cresce muito entre os adolescentes), a sobrecarga de exercícios em nome de um corpo "perfeito" e a influência da mídia nesses padrões de beleza atlética. Num trabalho bem feito dentro desses temas, a garotada reflete sobre os efeitos da atividade física de acordo com a intensidade e passa a respeitar melhor os próprios limites.


Nova Escola

FAB encontra avião na Amazônia; Funasa diz que são nove sobreviventes



Quatro militares estavam a bordo, além de sete funcionários da Funasa.
FAB não confirma informação da Funasa sobre número de sobreviventes


A Força Aérea Brasileira (FAB) informou nesta sexta-feira (30) que encontrou a aeronave que estava perdida na Amazônia. Segundo a Fundação Nacional de Saúde (Funasa), que tinha uma equipe no avião, são nove os sobreviventes. 11 pessoas estavam na aeronave. A FAB não confirma o número de sobreviventes.
Estavam no avião 4 militares: 1° Tenente Carlos Wagner Ottone Veiga; 2° Tenente José Ananias da Silva Pereira; Suboficial Marcelo dos Santos Dias; e 1° Sargento Edmar Simões Lourenço. A aeronave levava também sete funcionários da Funasa: os técnicos Diana Rodrigues Soares, João de Abreu Filho, Marcelo Nápoles de Melo, Maria das Dores Silva Carvalho, Maria das Graças Rodrigues Nobre e Marina de Almeida Lima, além da enfermeira Jositéria Vanessa de Almeida.
A FAB informou na noite desta quinta que recebeu um sinal de emergência do avião 58 minutos após a decolagem. A aeronave seguia de Cruzeiro do Sul (AC) para Tabatinga (AM).
Segundo as informações da FAB, a aeronave foi encontrada por integrantes da tribo Matis, e está em meio à Floresta Amazônica, entre as Aldeias Aurélio (da Tribo dos Matis) e Rio Novo (da Tribo dos Murugos), próximo ao Rio Ituí, afluente do Rio Javari.

Operação de vacinação
A enfermeira coordenadora da saúde indígena do Distrito de Alto Rio Juruá, Isna Silveira, informou ao G1 que a equipe voltava para Tabatinga (AM) e pegaria um barco até Atalaia do Norte (AM), onde vivia.
A equipe da Funasa havia usado o município de Cruzeiro do Sul como base para a operação de vacinação realizada no Vale do Javari, também em Atalaia do Norte (AM). Segundo a enfermeira, a equipe chegava mais rápido ao local das aldeias partindo de Cruzeiro do Sul.
“Eles saíram das aldeias e chegaram ontem aqui em Cruzeiro do Sul. Nós nos despedimos e eles voltaram para o Amazonas hoje de manhã. É terrível, porque criamos um vínculo. Estamos muito abalados”, afirmou Isna.
A enfermeira conta que a equipe é composta por dois homens e cinco mulheres, entre elas, uma gestante. Dois integrantes do grupo eram enfermeiros e os outros, técnicos em enfermagem.
A operação de vacinação teve início no dia 16 de outubro . O grupo seguia com helicópteros da Força Aérea Brasileira (FAB) e era deixado em aldeias da região do Vale do Javari para aplicar as vacinas de rotina e também doses especiais. A cada três dias, a aeronave da FAB voltava às aldeias para resgatar o grupo e levar para outras comunidades.

Desaparecimento
O avião Cessna C-98 Caravan da Força Aérea Brasileira (FAB) desapareceu na região da Amazônia, na manhã desta quinta-feira (29).
De acordo com o professor de aeronáutica Cláudio Roberto Scherer, da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS), o C-98 Caravan é usado para transporte, tanto na aviação civil quanto na militar.
"É uma aeronave de turbo-hélice pequena, usada para levar poucas pessoas em trajetos curtos", explica.
O comandante Renato Nascimento, ex-piloto da FAB e hoje na aviação civil, afirma que a aeronave "não tem muitos recursos". "É um aviãozinho pequeno, monomotor. O problema com o monomotor é que se o motor falha, você não tem outro", explica.

G1

Novo inquérito sobre Abdelmassih tem 18 testemunhas por enquanto


Dezoito mulheres já se prontificaram a testemunhar contra o médico Roger Abdelmassih, 66, em novo inquérito aberto pela 1ª Delegacia da Mulher de São Paulo. Entre as supostas vítimas, há brasileiras que moram nos Estados Unidos e em um país europeu.
Celi Paulino Carlota, titular da delegacia, informou que desta vez as denúncias, além do assédio sexual, incluem irregularidades na manipulação genética.
A delegada disse que o fato de as irregularidades estarem ligadas diretamente à fertilização de mulheres -- e, em consequência, aos filhos delas -- deve estar inibindo a apresentação de novas denúncias.
Ela falou que, quanto a isso, o constrangimento da mulher é ainda maior em relação aos casos de abuso sexual, porque envolve toda a família.
Ainda assim, como o inquérito está no começo, a delegada acredita que venha a ser procurada por mais ex-pacientes, além de outras pessoas que tenham informações sobre as atividades da clínica, incluindo a área de pesquisa.
A Promotoria de Justiça do Consumidor de São Paulo e o Cremesp (Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo) também estão apurando denúncias que envolvem procedimentos da clínica.
O conselho está analisando, entre outras, a denúncias sobre manipulação de óvulos e de espermatozóides.
Procuradoria informou a este blog que não pode se manifestar sobre o caso, mas, de acordo com supostas vítimas, ela estaria investigando denúncias de vendas casadas. Ou seja, além de pagar pelo tratamento, pacientes tinham de comprar remédio da clínica.
Com base no primeiro inquérito, o Ministério Público de São Paulo denunciou o médico por estupro de 56 mulheres. Preso preventivamente em 17 de agosto, Abdelmassih encontra-se na Penitenciária Tremembé, interior de São Paulo. Ele se diz inocente.
Com a divulgação das denúncias pela imprensa, desde o começo deste ano, houve uma drástica queda na procura pela clínica, que era até então a mais requisitada do país, apesar de cobrar preços acima da média do mercado.
Ex-pacientes estão recebendo comunicado da clínica com a informação de que mudou a sua direção.
O nome do médico e os dizeres “Centro de Pesquisas” foram retirados da fachada do prédio da clínica, que fica na avenida Brasil, no Jardim América – um bairro nobre de São Paulo.
O site da clínica não mudou. Continua lá, por exemplo, o texto que se refere ao “padrão de qualidade dos serviços” e que “o incansável Dr. Roger está à frente desse trabalho vitorioso”.

Alguns comentários:
Anônimo disse...
Mesmo se a nova direção da clinica mudasse o nome para "Entrada para o Céu", nem assim os clientes voltariam! ACABOU!!!!! NÂO TEM VOLTA!!!! É muita sujeira e monstruosidade neste lugar. As pessoas que não tem acesso ao caso, que corre sob sigilo, não têem noção das coisas que nós vitimas sabemos. Não sei se a midia irá divulgar tudo mas se isso acontecer com certeza irão ter ânsia de vômito e asco deste ser que se DIZIA médico e Deus da fertilização!
30/10/09 01:37

Anônimo disse...
Cinismo Bizarro
Olhem para as caras sorridentes dos integrantes da equipe médica da famigerada clínica do Dr. Roger que no seu site anuncia, no topo da sua página, a mensagem publicitária “Fazendo alegrias, gerando famílias” acrescida dos coloridos caracteres numéricos do número 7.500.
Estes desastrados provocaram tristeza e destruíram famílias.
Quem, entre os fotografados, seríam os “bacanas” que participavam da manipulação na cultura de células de animais, desenvolvida por empresa veterinária, que era aplicada na área de pesquisas de fertilização de humanos?
Após as fortes evidências de provável conluio com os atos do poderoso chefão estes “luminares” não se envergonham da pose afetada?
Será que aqueles jalecos brancos, mostrados nas fotografias, foram lavados corretamente?
Quanto à higiene das mãos, não tenho dúvidas: “ELES LAVAVAM AS MÃOS”...
Nenhuma vítima disposta a evitar novos ataques do “PORCÃO BRANCO” a outras pacientes não deve se intimidar com o apoio cínico de advogados sem nenhum caráter aos criminosos.
Para permitir que a sociedade possa, efetivamente, avaliar os graves desvios de condutas dos maus profissionais da medicina, deveriam ser criados mecanismos de controle externo às associações corporativas.
Cremesp Letárgico
Resolução publicada pelo CFM em 17 de setembro estabelece o novo Código de Ética Médica
"... a proibição do uso do placebo, maior participação dos pacientes no tratamento, melhor detalhamento sobre prontuário, a função de auditor e perito e a inclusão de questões como reprodução assistida e genoma humano foram as principais mudanças incluídas no novo Código de Ética Médica (CEM), aprovado pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), em 29 de agosto. O texto amplia o conceito do exercício do ato médico, seja no atendimento, no ensino, na pesquisa, na gestão ou em qualquer outro ato advindo da Medicina.
O Código foi estabelecido pela Resolução nº 1.931/09, de 17/09/09, e entrará em vigor 180 dias após sua publicação no Diário Oficial da União, em 24 de setembro de 2009, seção I, págs. 90 a 92”.
Fonte: http://www.cremesp.com.br/?siteAcao=Jornal&id=1204
Jones
30/10/09 03:04

Anônimo disse...
Sou uma dessas vítimas, e adorei ver que o caso está andando, estou PRONTA!!!
DENUNCIEM!!!
Tenho certeza que depois do meu caso abriu-se um leque e outras mulheres tiveram a coragem de denunciar, muita água ainda há para rolar, e os outros médicos estão até o pescoço envolvidos nesses casos novos.
Ganhei o dia hoje!!!
Basta de brincar de DEUS!!!
Basta de brincar com as filhas de DEUS!!!
Demorou, mas desmoronou!!!
Sob nova direção? Passou do demônio-mor para os demônios-filhos e médicos associados!
JUSTIÇA!!!
Vamos comer pizza sim, como eles me falaram pelo telefone debochando, mas vai ser quentinha, saída do forno, e de forno eles entendem bem, rsrsrs!
30/10/09 11:33


Paulopes Weblog

MG: Cai o número de denúncias de exploração sexual a crianças e adolescentes no estado


A campanha social “Proteja Nossas Crianças” acontece pela segunda vez em todo o estado. Essa é uma iniciativa do Governo de Minas Gerais, Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente (CEDCA) e Serviço Voluntário de Assistência Social (Servas), que denuncia a exploração sexual de crianças e adolescentes. A ligação é gratuita e quem faz a denúncia não precisa se identificar. A pena para os exploradores pode chegar a 12 anos de prisão.
Sabe-se que as crianças e adolescentes são pessoas em condição especial de desenvolvimento e devem receber proteção integral da família, da sociedade e do poder público. Considerando essas necessidades, o Governo de Minas Gerais tem dado grande apoio na tentativa de diminuir a exploração de pessoas nessas condições.
O coordenador da campanha social “Proteja Nossas Crianças”, Márcio Macedo, esclarece que a denúncia é fundamental para o descobrimento de casos de exploração sexual infantil e adolescente. “Precisamos denunciar sim, pois assim estaremos contribuindo para um mundo mais humano.”
Márcio Macedo ainda explica que, assim que a pessoa denuncia, através do telefone 0800 31 11 19, é fornecido um número de protocolo a ela e o caso é repassado para o Conselho Tutelar e, posteriormente, para o Ministério Público.
“De janeiro a setembro de 2008 foram realizadas 228 denúncias de prática de violência sexual de crianças e adolescentes contra 144 este ano. Isso é bom, pois mostra que houve uma diminuição no número de casos”, comenta o coordenador.
Segundo Márcio Macedo, a exploração infantil e de adolescentes está entre as principais formas de criminalidade nessa faixa etária, mas ainda não ultrapassou as violências física e psicológica e os atos de abandono.
O desenvolvimento dessa campanha também conta com a ajuda do Serviço de Enfrentamento à Exploração Sexual contra Crianças e Adolescentes.


Psiquiatra constata aumento de 70% no número de pacientes viciados em crack em um ano e meio


RIO - O caso do músico Bruno Kligierman de Melo, de 26 anos, viciado que no sábado matou a estudante Bárbara Calazans, de 18, no Flamengo, chamou a atenção de pais de jovens de classe média para um problema que tem atingido todos os segmentos da sociedade: o aumento no consumo do crack. Segundo o psiquiatra Jorge Jaber, especialista no tratamento de dependentes químicos, em cerca de 18 meses houve um crescimento de 70% no número de pacientes que procuram atendimento para se tratar da dependência do crack nas duas clínicas em que ele administra na Zona Oeste.
Embora não seja um dado restrito à classe média - já que Jaber presta atendimento a dependentes de alto poder aquisitivo em sua clínica particular e a pacientes de baixa renda na Câmara Comunitária da Barra da Tijuca -, o psiquiatra ressalta que o crack tem atingido pessoas com ensino superior completo e até mesmo com idade mais avançada. Segundo ele, há três anos começou a haver a entrada da droga de forma significativa na classe mais baixa no Rio. Enquanto isso, a sociedade estava mais preocupada com o uso do ácido e do êxtase na classe mais abastada.
Na estimativa da chefe do Setor de Dependência Química da Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro e ex-presidente da Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas (Abead), Analice Gigliotti, em geral, 30% das pessoas que se internam em clínicas de classe média são usuárias de crack.
Para Analice, o flagelo dos jovens de rua só é maior pelo fato de eles não terem apoio da família e da sociedade para fazerem tratamento. Eles precisam querer se tratar, ao contrário dos usuários de classe média, que, em geral, são levados pelas famílias para as clínicas. A diferença entre os dois públicos é que o consumidor de baixa renda, em geral, não faz uso de drogas mais caras antes de consumir o crack. Já o de classe média alta chega ao crack pelo uso do álcool, da maconha, da cocaína. Jaber explica, no entanto, que o modo de consumo é o mesmo:
- O viciado usa material artesanal para fumar o crack. Eles fazem cachimbo, usam uma caneta. A comparação que eu faço é a pipa: pipa de rico ou de pobre é tudo igual.
Embora o crack ainda esteja mais associado ao usuário completamente degradado, Analice chama atenção para o consumo "social" da droga. Ela relata que já viu pacientes que, no início, conseguiram manter um relativo controle, com uma vida social mais ou menos preservada, sem tanta degradação moral. Mas, isso dura pouco tempo.
De acordo com o especialista em dependência química e diretor da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), João Carlos Dias, já é comum os jovens fazerem uso do crack antes de sair para festas, onde depois eles fumam cigarro e bebem. Até que o crack, pelo seu potencial de causar dependência, assume a preponderância no consumo.

Famílias preferem não encarar o problema
Os três especialistas são unânimes na questão da importância de a família não fugir do problema e encarar a doença do parente. A partir do momento em que começa a haver o uso do crack, a tendência ao descontrole é muito rápida. Por isso, é fundamental que a família perceba a mudança de comportamento do parente e procure ajuda.
- Geralmente a família facilita o consumo da droga negando o perigo. Dá dinheiro, acha que é só um baseadinho. Até que chega o ponto de a pessoa ficar totalmente dependente da família e da droga - ressalta Jaber.
João Carlos Dias lembra ainda que deve haver um entendimento por parte da família de que ela está lidando com um problema de saúde e não como um problema moral. A partir dai, fica mais fácil compartilhar a questão com os demais membros da família e amigos.
Jaber explica que muitas famílias procuram se esquivar do problema e acham que, no caso dos jovens, é uma fase passageira. A partir de alterações em aspectos como o sono, alimentação, higiene e cuidados pessoais já é o momento de a família procurar informação. Em nível mais avançado, não é incomum o viciado praticar furtos em casa para sustentar o vício.
- Os furtos de objetos que são de uso comum da casa já mostram um descontrole significativo da pessoa porque inclui a compulsão. Isso já é uma alteração no funcionamento do cérebro. Os neurônios estão funcionando mais em função da obtenção da substância do que do bom convívio social - esclarece Jaber.

Fernanda Baldioti


O Globo

Elemento presente no curry pode matar células de câncer, diz estudo


Uma pesquisa realizada na Irlanda sugere que um componente encontrado no açafrão da Índia, presente no tempero curry, pode matar células cancerosas.

O componente químico curcumina já era visto como um extrato com aplicações medicinais e já estava sendo testado para tratamento de artrite e até demência.
Testes de laboratório realizados pelo Centro de Pesquisa do Câncer de Cork, na Irlanda, mostraram que a curcumina pode matar células de câncer de esôfago.
A cientista Sharon McKenna e sua equipe descobriram que a curcumina começou a matar as células cancerosas dentro de 24 horas.
"Cientistas já sabiam há tempos que compostos naturais têm potencial para tratar células defeituosas que se transformaram em células cancerosas e suspeitamos que a curcumina poderia ter valor terapêutico", disse a cientista.
As células também começaram a se digerir, depois que a curcumina desencadeou os sinais de morte celular.

Novos tratamentos
Especialistas em câncer afirmam que a descoberta - publicada na revista especializada British Journal of Cancer - pode ajudar médicos a elaborar novos tratamentos para a doença.
Lesley Walker, diretor da organização britânica Cancer Research UK acha que os resultados da pesquisa irlandesa podem ajudar o desenvolvimento de novos tratamentos de câncer do esôfago.
"Abre a possibilidade para que compostos químicos naturais encontrados no açafrão da Índia possam ser desenvolvidos para se transformar em novos medicamentos."
"A incidência de câncer do esôfago aumentou em mais de 50% desde os anos 70 e isto estaria ligado ao aumento da taxa de obesidade, consumo de álcool e doença do refluxo, então, descobrir formas de evitar o desenvolvimento desse tipo de câncer é importante", acrescentou.



Criminoso preso há 7 anos em Goiás comandava quadrilha internacional de tráfico de drogas


SÃO PAULO - A Polícia Federal prendeu 59 pessoas em duas operações contra o tráfico internacional de drogas desencadeadas em nove estados do país e no Distrito Federal nesta quarta-feira. Uma das quadrilhas, com ramificações no Suriname, Venezuela, Colômbia e Holanda, foi articulada e era comandada pelo celular por um presidiário que há sete anos cumpre pena no Complexo Prisional de Goiás, em Goiânia. Segundo a PF, a quadrilha movimentava até 4 toneladas de drogas por ano.
Leonardo Dias Mendonça trocou de celular pelo menos 50 vezes nos últimos três anos para não ser interceptado. Ele está condenado a 39 anos de prisão. Do lado de fora das grades atuava seu braço direito, preso nesta quarta, Emílio Teixeira Campos. A PF informou que Mendonça deve ser transferido para um presídio federal de segurança máxima, para impedir que continue a fazer ligações telefônicas.
Segundo o delegado Deuselino Valadares dos Santos, da PF de Goiás, Mendonça era parceiro de um brasileiro considerado um dos maiores traficantes de drogas do mundo, identificado como Norval Rodrigues, 53 anos, que está sendo procurado pela Interpol no Suriname. Ele também teria ligação com a quadrilha de Fernandinho Beira Mar, que está detido no presídio de segurança máxima de Catanduvas, no Paraná, e com a Farc, na Colômbia.
Apenas em Goiás, 12 pessoas foram presas pela PF, entre elas advogados, fazendeiros e empresários, na operação que recebeu o nome de Pérola. Outros 13 foram localizados em Tocantins, São Paulo, Minas Gerais, Pará e Ceará, além do Distrito Federal. Foram apreendidos ainda carros de luxo, computadores e entorpecentes. Dois dos presos tinham mandados de prisão também pela outra operação da PF, a Triângulo, desencadeada a partir de investigações no Triângulo Mineiro. Nos outros quatro países do esquema, a Interpol auxilia o trabalho da PF com as polícias locais.
A droga era comprada na Colômbia, vinha de avião e era distribuída dentro e fora do Brasil. No país, os principais mercados eram o litoral paulista e Fortaleza, no Ceará. As rotas de saída da droga eram pelo Pará e na fronteira com o Suriname, com destino à Europa e Estados Unidos.
- Prendemos os cabeças das quadrilhas. Existem mais integrantes, mas com participação menor no esquema - diz o delegado Santos.
O delegado disse que a quadrilha usou vários expedientes para mandar a droga para o exterior. Num deles, descoberto pela PF, uma substância preta foi misturada à cocaína para que ela ficasse com a forma de borracha. O casal que tentava embarcar com a droga para a Espanha foi detido no aeroporto de Brasília.
Na operação desencadeada por investigações no Triângulo Mineiro foram presos 37 acusados nos estados de Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Bahia. Entre os presos está um advogado, detido na cidade de Anápolis, em Goiás. Pelo menos 210 agentes participaram da operação, 140 apenas em Minas Gerais.
Segundo a PF, os criminosos adquiriam cocaína na fronteira do Brasil com Paraguai, Bolívia e Colômbia, para abastecer os traficantes de pelo menos cinco estados brasileiros. O delegado regional de combate ao crime organizado da Polícia Federal em Minas, Marcelo Freitas, diz que os chefes da quadrilha foram presos e que ela foi desbaratada. No total, foram cumpridos 40 mandados de busca e apreensão em sete cidades mineiras, três de Goiás, duas do Mato Grosso, duas do Mato Grosso do Sul e na capital baiana.
A PF apreendeu veículos usados pelos traficantes, dinheiro e cheques. Os agentes recuperaram R$ 100 mil reais em espécie em Minas Gerais e no Mato Grosso, além de R$ 400 mil em cheques.
- Desde dezembro temos procurado drogas de maneira a fazer uma vinculação com os líderes da organização criminosa, que normalmente não colocam a mão na droga. Agora os líderes estão identificados e já foram presos - disse Freitas.
Todos os presos vão responder pelos crimes de tráfico de drogas e associação para o tráfico, cujas penas variam de 5 a 15 anos e 3 a 10 anos, respectivamente.
Nesta terça-feira, foi feita pela Polícia Civil de Uberlândia uma apreensão de 11 tabletes de pasta base de cocaína na lateral de uma picape com placas de Brasília. Seis pessoas foram presas.
Triângulo Mineiro usado como rota de 4 quadrilhas e depósito de drogas
Em março passado, na Operação Alfa, a Polícia Federal prendeu quatro pessoas na região do Triângulo Mineiro por tráfico internacional de drogas. No total, 42 veículos foram apreendidos - 20 deles no estado de São Paulo - e quatro armas. Sessenta e cinco pessoas foram apontadas como suspeitas, entre elas empresários da construção civil, turismo, comércio de automóveis e advogados.
As cidades de Uberlândia e Ituiutaba são consideradas rotas importantes das quadrilhas de tráfico internacional. Nada menos do que quatro organizações criminosas foram identificadas no decorrer das investigações, todas operando com cocaína de origem boliviana. Uma delas atuava por meio de uma construtora do Mato Grosso que fazia obras em San Matias, na Bolívia. Os caminhões da empresa eram usados para trazer carregamentos de cocaína da Bolívia para o Brasil. Outra quadrilha usava aviões para transportar a droga e jogá-las em fazendas de Goiás, Mato Grosso e Minas Gerais.
Em maio de 2008, três traficantes foram presos com 58 quilos de cocaína e condenados a penas entre 7 e 8 anos de prisão. Os três homens quase foram libertados em março deste ano por meio de um alvará de soltura falso. A fuga só não aconteceu porque uma servidora da 2ª Vara Criminal de Uberlândia desconfiou e verificou as informações no Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Em junho deste ano, a polícia de Uberlândia apreendeu 700 kg de maconha. Uma casa na cidade era usada como depósito para a droga que vinha da Bolívia escondida em caminhões de carvão, que disfarçavam o cheiro. Foi a maior apreensão na cidade nos últimos três anos. O homem preso com a droga já havia sido condenado por tráfico, mas havia sido transferido para o regime semiaberto.

Marcelle Ribeiro


O Globo
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