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quinta-feira, 28 de outubro de 2010
Coordenador de escola no ES obriga alunos a tirar a roupa para revistá-los
Alunos da quinta série, de uma escola pública do Espírito Santo, foram ofendidos e obrigados a tirar a roupa, porque o vale-transporte de uma professora sumiu.
O menino de onze anos estuda numa escola estadual na região metropolitana de Vitória. Ele diz que ontem foi obrigado pelo coordenador do colégio a tirar a roupa.
“Era três em três indo para o banheiro. Aí ele mandou a gente tirar o calção, levantar a camisa e tirar a cueca”, conta um dos estudantes.
Outros estudantes também dizem que foram obrigados a tirar a roupa. Eles contam que ontem sumiu um cartão usado para pagar passagem de ônibus de uma professora. O coordenador primeiro procurou nas mochilas dos alunos, mas como não encontrou, determinou que eles fossem ao banheiro para serem revistados.
“Ele falou pra gente ir no banheiro... pra tirar a roupa... três em três, pra tirar a roupa”, contam os meninos.
“Foram todos os meninos da nossa sala”, afirmam.
Os alunos da quinta série contam que também foram ofendidos.
“Ele falou assim: ‘tem que tratar vocês assim, que nem homem de presídio’”, diz outro estudante.
Segundo estudantes, o cartão que estava sumido ainda não foi encontrado. Nesta manhã, alguns foram à escola acompanhados pelas mães, que exigem uma explicação.
“Eu me sinto muito mal, por eu estar confiando que meu filho está na escola estudando e meu filho passando por uma situação dessas, é muito constrangedor”, diz Ivanilda de Jesus, mãe de aluno.
“Foi muita humilhação”, declara Ana Lúcia da Silva, mãe de aluno.
A secretaria estadual de educação do Espírito Santo decidiu nesta quinta-feira (28) afastar a professora, o coordenador e a diretora da escola. "E o nosso papel agora, antes de qualquer coisa, é pedir desculpa a essas famílias. Nos desculpem, por nós termos nessa escola três profissionais que não foram competentes para lidar com essas crianças", Mércia Lemos, subsecretário de planejamento e avaliação da Secretaria Estadual de Educação – ES.
Jornal Hoje
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Advogado quer colocar goleiro Bruno frente a frente com filho de Eliza Samudio em audiência na Justiça

Representante da mãe da jovem assassinada acredita que, diante da criança, jogador ficaria comovido e concordaria com novo teste de DNA
O advogado José Arteiro Cavalcante Lima, que representa Sônia de Fátima Moura, mãe de Eliza Samudio, montou uma estratégia para tentar convencer o goleiro Bruno, acusado de matar a jovem, de ceder material para um novo teste de DNA. Arteiro quer que o menino Brunonho, de oito meses, filho de Eliza e, possivelmente, do goleiro, esteja presente nas próximas audiências no Fórum de Contagem, em Minas Gerais. As sessões estão previstas para os dias 8, 9 e 10 de novembro.
Como explicou o advogado em entrevista ao site de VEJA, o objetivo é tentar fazer o jogador, diante das testemunhas, comover-se com a presença da criança e, a partir daí, ceder material para um teste de DNA em Minas. O novo teste, para Arteiro, poderia dar mais rapidez ao reconhecimento de paternidade. “No laboratório do Rio de Janeiro estamos dependendo da assinatura do médico responsável. Mas podemos resolver isso mais rápido, aqui em Minas", explicou o advogado.
Na semana passada, Arteiro afirmou que um exame realizado em um laboratório da capital fluminense teria confirmado ser o goleiro Bruno o pai biológico da criança. Porém, as Justiças de Minas e do Rio não confirmaram a declaração que o laudo estivesse concluído. O processo corre em segredo de Justiça.
Na audiência realizada na última terça-feira, no Fórum de Esmeraldas, o atleta negou ter cedido material para análise e afirmou que está disposto a fornecer material para o teste de paternidade. "Eu tenho duas meninas e sou louco para ser pai de um menino. Se ele for mesmo meu filho, pretendo assumir e ainda pedir a guarda. Onde comem dois, comem três", declarou o atleta.
O advogado Ércio Quaresma, que defende o goleiro Bruno e os demais acusados de seqüestrar e matar Eliza Samudio, pretende barrar a estratégia de Arteiro. Quaresma afirmou que, se o bebê for levado ao Fórum, pretende acionar o Conselho Tutelar, pois o colega estará expondo a criança. “Não é dessa maneira que alguém convence outra pessoa a realizar um exame”, disse Quaresma. O defensor de Bruno condenou ainda o fato de Arteiro ter revelado o teor de um exame que faz parte de um documento sigiloso.
José Arteiro também comentou as declarações do jogador e de Luiz Henrique Romão, o Macarrão, de que Eliza estaria viva, morando em São Paulo, e estaria escondida para prejudicar o goleiro e seus amigos. Para o advogado, os acusados de envolvimento no crime estão sendo orientados a mentir, para tentar comover as pessoas, já que até o momento o corpo da jovem não foi encontrado. “Estamos falando de assassinos covardes e que em momento algum se mostraram arrependido do crime que cometeram”, disse.
Conforme Arteiro, as crises do goleiro, em que desmaia durante as audiências, também são estratégias traçadas pela defesa, para comover o público. “As pessoas não podem esquecer que esse homem, que se mostra abatido, é o principal responsável por torturar e assassinar a mulher que lutava na Justiça para provar que ele era o pai de seu filho. Por que Eliza iria se esconder e deixar o filho para trás?”, questiona.
Mais sobre o caso Bruno:
OAB mineira reprova declaração de juíza
Para secretário-geral da instituição, magistrada emitiu opinião "inócua" sobre processo que não preside e sem ter lido os autos na íntegra
A Ordem dos Advogados do Brasil em Minas Gerais condenou a decleração dada pela juíza Maria José Starling, da comarca de Esmeraldas, que, na terça-feira, defendeu a libertação do goleiro Bruno e dos acusados de seqüestrar e matar Eliza Samudio. A opinião da magistrada, dada no fim da audiência, pode, segundo a OAB, ser configurada como infração à Lei Complementar 35 e ao Código de Ética da Magistratura Nacional.
A Lei Complementar 35, de 14 de março de 1974, chamada Lei Orgânica da Magistratura Nacional (Loma), trata da proibição de um magistrado se “manifestar, por qualquer meio de comunicação, opinião sobre processo pendente de julgamento, seu ou de outrem, ou juízo depreciativo sobre despachos, votos ou sentenças de órgãos judiciais, ressalvada a crítica nos autos e em obras técnicas ou no exercício do magistério”.
A juíza presidiu a sétima audiência de instrução e julgamento sobre desaparecimento e assassinato da jovem admitiu que sua afirmação não foi baseada na leitura completa dos autos. Mesmo assim, afirmou que não se arrepende da manifestação e nega ter cometido qualquer deslize ao emitir um comentário sobre um caso ainda em andamento.
Sérgio Murilo Braga, secretário-geral da Ordem dos Advogados do Brasil, seção de Minas Gerais (OAB-MG), entende que a magistrada, ao emitir opiniões, acaba pratica abuso de conduta. “Ela não preside o processo, mas está praticando um ato processual”, entende Braga. Ele classificou de “inócuas” as declarações da juíza, já ela reconhece não ter lido os autos. O processo sobre a morte de Eliza Samúdio é presidido pela juíza Marixa Fabiane Rodrigues, da comarca de Contagem
Andréa Silva, de Belo Horizonte (MG)
O advogado José Arteiro Cavalcante Lima, que representa Sônia de Fátima Moura, mãe de Eliza Samudio, montou uma estratégia para tentar convencer o goleiro Bruno, acusado de matar a jovem, de ceder material para um novo teste de DNA. Arteiro quer que o menino Brunonho, de oito meses, filho de Eliza e, possivelmente, do goleiro, esteja presente nas próximas audiências no Fórum de Contagem, em Minas Gerais. As sessões estão previstas para os dias 8, 9 e 10 de novembro.
Como explicou o advogado em entrevista ao site de VEJA, o objetivo é tentar fazer o jogador, diante das testemunhas, comover-se com a presença da criança e, a partir daí, ceder material para um teste de DNA em Minas. O novo teste, para Arteiro, poderia dar mais rapidez ao reconhecimento de paternidade. “No laboratório do Rio de Janeiro estamos dependendo da assinatura do médico responsável. Mas podemos resolver isso mais rápido, aqui em Minas", explicou o advogado.
Na semana passada, Arteiro afirmou que um exame realizado em um laboratório da capital fluminense teria confirmado ser o goleiro Bruno o pai biológico da criança. Porém, as Justiças de Minas e do Rio não confirmaram a declaração que o laudo estivesse concluído. O processo corre em segredo de Justiça.
Na audiência realizada na última terça-feira, no Fórum de Esmeraldas, o atleta negou ter cedido material para análise e afirmou que está disposto a fornecer material para o teste de paternidade. "Eu tenho duas meninas e sou louco para ser pai de um menino. Se ele for mesmo meu filho, pretendo assumir e ainda pedir a guarda. Onde comem dois, comem três", declarou o atleta.
O advogado Ércio Quaresma, que defende o goleiro Bruno e os demais acusados de seqüestrar e matar Eliza Samudio, pretende barrar a estratégia de Arteiro. Quaresma afirmou que, se o bebê for levado ao Fórum, pretende acionar o Conselho Tutelar, pois o colega estará expondo a criança. “Não é dessa maneira que alguém convence outra pessoa a realizar um exame”, disse Quaresma. O defensor de Bruno condenou ainda o fato de Arteiro ter revelado o teor de um exame que faz parte de um documento sigiloso.
José Arteiro também comentou as declarações do jogador e de Luiz Henrique Romão, o Macarrão, de que Eliza estaria viva, morando em São Paulo, e estaria escondida para prejudicar o goleiro e seus amigos. Para o advogado, os acusados de envolvimento no crime estão sendo orientados a mentir, para tentar comover as pessoas, já que até o momento o corpo da jovem não foi encontrado. “Estamos falando de assassinos covardes e que em momento algum se mostraram arrependido do crime que cometeram”, disse.
Conforme Arteiro, as crises do goleiro, em que desmaia durante as audiências, também são estratégias traçadas pela defesa, para comover o público. “As pessoas não podem esquecer que esse homem, que se mostra abatido, é o principal responsável por torturar e assassinar a mulher que lutava na Justiça para provar que ele era o pai de seu filho. Por que Eliza iria se esconder e deixar o filho para trás?”, questiona.
Mais sobre o caso Bruno:
OAB mineira reprova declaração de juíza
Para secretário-geral da instituição, magistrada emitiu opinião "inócua" sobre processo que não preside e sem ter lido os autos na íntegra
A Ordem dos Advogados do Brasil em Minas Gerais condenou a decleração dada pela juíza Maria José Starling, da comarca de Esmeraldas, que, na terça-feira, defendeu a libertação do goleiro Bruno e dos acusados de seqüestrar e matar Eliza Samudio. A opinião da magistrada, dada no fim da audiência, pode, segundo a OAB, ser configurada como infração à Lei Complementar 35 e ao Código de Ética da Magistratura Nacional.
A Lei Complementar 35, de 14 de março de 1974, chamada Lei Orgânica da Magistratura Nacional (Loma), trata da proibição de um magistrado se “manifestar, por qualquer meio de comunicação, opinião sobre processo pendente de julgamento, seu ou de outrem, ou juízo depreciativo sobre despachos, votos ou sentenças de órgãos judiciais, ressalvada a crítica nos autos e em obras técnicas ou no exercício do magistério”.
A juíza presidiu a sétima audiência de instrução e julgamento sobre desaparecimento e assassinato da jovem admitiu que sua afirmação não foi baseada na leitura completa dos autos. Mesmo assim, afirmou que não se arrepende da manifestação e nega ter cometido qualquer deslize ao emitir um comentário sobre um caso ainda em andamento.
Sérgio Murilo Braga, secretário-geral da Ordem dos Advogados do Brasil, seção de Minas Gerais (OAB-MG), entende que a magistrada, ao emitir opiniões, acaba pratica abuso de conduta. “Ela não preside o processo, mas está praticando um ato processual”, entende Braga. Ele classificou de “inócuas” as declarações da juíza, já ela reconhece não ter lido os autos. O processo sobre a morte de Eliza Samúdio é presidido pela juíza Marixa Fabiane Rodrigues, da comarca de Contagem
Andréa Silva, de Belo Horizonte (MG)
Anvisa publica no Diário Oficial regras para controlar venda de antibióticos

Brasília - A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou hoje (28) no Diário Oficial da União as novas regras para controlar a venda de antibióticos. Essas substâncias, a partir de agora, só poderão ser vendidas em farmácias e drogarias do país mediante a apresentação da receita de controle especial em duas vias pelo consumidor.
A primeira via ficará retida na farmácia e a segunda deverá ser devolvida ao paciente carimbada para comprovar o atendimento. Quem prescrever as receitas deve atentar para a necessidade de entregar de forma legível e sem rasuras duas vias do receituário aos pacientes.
As embalagens e bulas também terão que mudar e incluir a frase “Venda sob prescrição médica – só pode ser vendido com retenção da receita”. As empresas terão 180 dias para se adequar às novas normas de rotulagem.
A resolução definiu também novo prazo de validade para as receitas, que passa a ser de dez dias, em função dos mecanismos de ação dos antimicrobianos. Todas as prescrições deverão ser escrituradas, ou seja, ter suas movimentações registradas no Sistema Nacional de Gerenciamento de Produtos Controlados. O prazo para que as farmácias iniciem esse registro e concluam a adesão ao sistema é de 180 dias.
As medidas valem para mais de 90 substâncias antimicrobianas, que abrangem todos os antibióticos com registro no país, com exceção dos que têm uso exclusivo no ambiente hospitalar. O objetivo da Anvisa é ampliar o controle sobre essas substâncias, principalmente após o aumento do número de contaminaçães pela superbactéria Klebsiella pneumoniae carbapenemase (KPC).
Christina Machado
Agência Brasil
A primeira via ficará retida na farmácia e a segunda deverá ser devolvida ao paciente carimbada para comprovar o atendimento. Quem prescrever as receitas deve atentar para a necessidade de entregar de forma legível e sem rasuras duas vias do receituário aos pacientes.
As embalagens e bulas também terão que mudar e incluir a frase “Venda sob prescrição médica – só pode ser vendido com retenção da receita”. As empresas terão 180 dias para se adequar às novas normas de rotulagem.
A resolução definiu também novo prazo de validade para as receitas, que passa a ser de dez dias, em função dos mecanismos de ação dos antimicrobianos. Todas as prescrições deverão ser escrituradas, ou seja, ter suas movimentações registradas no Sistema Nacional de Gerenciamento de Produtos Controlados. O prazo para que as farmácias iniciem esse registro e concluam a adesão ao sistema é de 180 dias.
As medidas valem para mais de 90 substâncias antimicrobianas, que abrangem todos os antibióticos com registro no país, com exceção dos que têm uso exclusivo no ambiente hospitalar. O objetivo da Anvisa é ampliar o controle sobre essas substâncias, principalmente após o aumento do número de contaminaçães pela superbactéria Klebsiella pneumoniae carbapenemase (KPC).
Christina Machado
Agência Brasil
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85% da população de São Paulo vive em área com alta taxa de mortalidade infantil

Má infraestrutura e falta de saneamento básico estão entre os motivos do problema
Cerca de 85% dos moradores da cidade de São Paulo, o que representa 9,3 milhões de pessoas, vivem em áreas onde a taxa de mortalidade infantil tem dois dígitos, segundo média anual realizada entre 2005 e 2009. O resultado é considerado alto por especialista ouvida pelo R7.
Apenas 22 dos 96 distritos da capital paulista têm menos de dez crianças menores de um ano mortas a cada mil nascidas vivas, dados que compõem a taxa de mortalidade infantil. Tanto os dados da mortalidade infantil quanto os da população são do Seade (Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados).
Márcia Furquim de Almeida, professora do departamento de epidemiologia da Faculdade de Saúde Pública da USP (Universidade de São Paulo), destacou que o índice de mortalidade infantil é muito variável quando é feito em regiões com menos de 80 mil habitantes - caso da maioria dos distritos de São Paulo. Uma maneira de se obter um diagnóstico mais preciso é fazendo a média do índice entre 2005 a 2009.
Para a professora, a taxa de mortalidade acima de dez crianças menores de um ano mortas a cada mil nascidas vivas revela problemas que vão além do simples acesso à saúde. O resultado destaca fatores como má infraestrutura, baixa renda, poucos anos de frequência escolar e falta de saneamento básico, segundo a especialista.
Desigualdade
Levantamento da ONG Rede Nossa São Paulo a partir de dados do Seade revela que os índices de mortalidade infantil de São Paulo têm resultados que são equivalentes a países africanos pobres em algumas regiões e a países nórdicos ricos em outras.
Marsilac e Perdizes foram as regiões com a taxa mais baixa de mortalidade infantil (crianças com menos de um ano mortas a cada cem nascidas vivas), com zero óbitos em 2009. De acordo com o World Factbook (compilação de dados feita pela Agência Central de Inteligência dos Estados Unidos), o número é melhor que o da Suécia (2,75), Japão (2,79) e França (3,33).
Analisando a média anual entre 2005 e 2009, Marsilac aparece com taxa de 12,7, acima dos países desenvolvidos. Perdizes, no entanto, se mantém no grupo privilegiado, com taxa de 5,7.
Já Guaianases teve taxa de mortalidade infantil de 21,67 em 2009, mais alta que a do Suriname (18,81), Armênia (20,21) e faixa de Gaza (18,35). Os distritos de Cidade Tiradentes (17,65) e Ponte Rasa (20,05), ambos na zona leste de São Paulo, e Brás (19,20), no centro, também contam com índices comparáveis a regiões pobres do planeta (veja todos os distritos no infográfico abaixo).
Mesmo quando visto sob a perspectiva da média entre 2005 e 2009, Guaianases permanece com índice alto, de 16,4.
A cidade de São Paulo tem uma taxa de mortalidade de 11,93. Em números absolutos, foram 2.074 mortes. Em relação ao ano anterior, houve uma melhora. Em 2008, o índice era de 12 e o total de mortes, 2.084. Mas a diferença entre o melhor e o pior distrito era menor em 2008 (16,5 vezes), enquanto que em 2009 a diferença subiu para 17,6 vezes.
O índice é um dos parâmetros mais importantes usados pela OMS (Organização Mundial da Saúde) para definir a qualidade do atendimento de saúde de um país.
Segundo o professor da UnB (Universidade de Brasília) e infectologista José Ricardo Pio, o dado é sensível a uma série de fatores, como a infraestrutura da região, escolaridade e renda. De acordo com Pio, é normal que nas grandes metrópoles brasileiras existam diferenças grandes entre as regiões ricas e pobres.
A professora Márcia concorda e acrescenta que os índices de países mais desenvolvidos, além de serem mais baixos, são mais homogêneos. A professora diz que em uma perspectiva mais ampla de tempo, a taxa de mortalidade infantil de São Paulo vem caindo. Nos anos 70, o número chegava a ter três dígitos.
Outro lado
A SMS (Secretaria Municipal da Saúde) não respondeu a questões da reportagem do R7 sobre a desigualdade da mortalidade infantil na capital paulista. Por meio de nota, a SMS disse que, nos últimos cinco anos, foram feitos importantes investimentos na área.
Entre as ações mencionadas pela pasta estão 55 novas UBSs (Unidades Básicas de Saúde), ampliação de 60% do número de equipes do programa Estratégia Saúde da Família (que faz equipes de médicos visitarem residências em áreas pobres) e o programa Proteção à Mãe Paulistana, que presta assistência pré-natal e realizou 494 mil partos desde março de 2006, quando foi implementado.
Cerca de 85% dos moradores da cidade de São Paulo, o que representa 9,3 milhões de pessoas, vivem em áreas onde a taxa de mortalidade infantil tem dois dígitos, segundo média anual realizada entre 2005 e 2009. O resultado é considerado alto por especialista ouvida pelo R7.
Apenas 22 dos 96 distritos da capital paulista têm menos de dez crianças menores de um ano mortas a cada mil nascidas vivas, dados que compõem a taxa de mortalidade infantil. Tanto os dados da mortalidade infantil quanto os da população são do Seade (Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados).
Márcia Furquim de Almeida, professora do departamento de epidemiologia da Faculdade de Saúde Pública da USP (Universidade de São Paulo), destacou que o índice de mortalidade infantil é muito variável quando é feito em regiões com menos de 80 mil habitantes - caso da maioria dos distritos de São Paulo. Uma maneira de se obter um diagnóstico mais preciso é fazendo a média do índice entre 2005 a 2009.
Para a professora, a taxa de mortalidade acima de dez crianças menores de um ano mortas a cada mil nascidas vivas revela problemas que vão além do simples acesso à saúde. O resultado destaca fatores como má infraestrutura, baixa renda, poucos anos de frequência escolar e falta de saneamento básico, segundo a especialista.
Desigualdade
Levantamento da ONG Rede Nossa São Paulo a partir de dados do Seade revela que os índices de mortalidade infantil de São Paulo têm resultados que são equivalentes a países africanos pobres em algumas regiões e a países nórdicos ricos em outras.
Marsilac e Perdizes foram as regiões com a taxa mais baixa de mortalidade infantil (crianças com menos de um ano mortas a cada cem nascidas vivas), com zero óbitos em 2009. De acordo com o World Factbook (compilação de dados feita pela Agência Central de Inteligência dos Estados Unidos), o número é melhor que o da Suécia (2,75), Japão (2,79) e França (3,33).
Analisando a média anual entre 2005 e 2009, Marsilac aparece com taxa de 12,7, acima dos países desenvolvidos. Perdizes, no entanto, se mantém no grupo privilegiado, com taxa de 5,7.
Já Guaianases teve taxa de mortalidade infantil de 21,67 em 2009, mais alta que a do Suriname (18,81), Armênia (20,21) e faixa de Gaza (18,35). Os distritos de Cidade Tiradentes (17,65) e Ponte Rasa (20,05), ambos na zona leste de São Paulo, e Brás (19,20), no centro, também contam com índices comparáveis a regiões pobres do planeta (veja todos os distritos no infográfico abaixo).
Mesmo quando visto sob a perspectiva da média entre 2005 e 2009, Guaianases permanece com índice alto, de 16,4.
A cidade de São Paulo tem uma taxa de mortalidade de 11,93. Em números absolutos, foram 2.074 mortes. Em relação ao ano anterior, houve uma melhora. Em 2008, o índice era de 12 e o total de mortes, 2.084. Mas a diferença entre o melhor e o pior distrito era menor em 2008 (16,5 vezes), enquanto que em 2009 a diferença subiu para 17,6 vezes.
O índice é um dos parâmetros mais importantes usados pela OMS (Organização Mundial da Saúde) para definir a qualidade do atendimento de saúde de um país.
Segundo o professor da UnB (Universidade de Brasília) e infectologista José Ricardo Pio, o dado é sensível a uma série de fatores, como a infraestrutura da região, escolaridade e renda. De acordo com Pio, é normal que nas grandes metrópoles brasileiras existam diferenças grandes entre as regiões ricas e pobres.
A professora Márcia concorda e acrescenta que os índices de países mais desenvolvidos, além de serem mais baixos, são mais homogêneos. A professora diz que em uma perspectiva mais ampla de tempo, a taxa de mortalidade infantil de São Paulo vem caindo. Nos anos 70, o número chegava a ter três dígitos.
Outro lado
A SMS (Secretaria Municipal da Saúde) não respondeu a questões da reportagem do R7 sobre a desigualdade da mortalidade infantil na capital paulista. Por meio de nota, a SMS disse que, nos últimos cinco anos, foram feitos importantes investimentos na área.
Entre as ações mencionadas pela pasta estão 55 novas UBSs (Unidades Básicas de Saúde), ampliação de 60% do número de equipes do programa Estratégia Saúde da Família (que faz equipes de médicos visitarem residências em áreas pobres) e o programa Proteção à Mãe Paulistana, que presta assistência pré-natal e realizou 494 mil partos desde março de 2006, quando foi implementado.
João Varella
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'Fui chamada de prostituta', diz garota agredida em escola em SP

na orelha (Foto: Letícia Macedo/G1)
Aluna disse que colegas riem dela; suspeitas de agressão negam provocação.
Escola fará reunião para tentar solucionar conflito nesta quinta-feira (28).
Uma das garotas que foi agredida na Escola Estadual Adhemar Bolina, em Biritiba Mirim, na região de Mogi das Cruzes, disse que parte dos colegas agora faz graça com a violência sofrida.
Na quarta-feira (27), após voltar à escola, a menina de 14 anos disse ter sido alvo de chacota. “Foi um dia ruim. [Alguns colegas de sala] têm dó, mas outros ficam rindo porque eu apanhei”, disse.
As brigas têm se tornado frequentes; mais de uma já foi, inclusive, filmada por celulares.
A aluna da 8ª série que se disse alvo de chacotas foi agredida na sexta-feira (22), a última confusão registrada. Ela se disse vítima de bullying desde o início do ano letivo e fez um boletim de ocorrência depois de apanhar das colegas de classe. As suspeitas, no entanto, negaram ao G1 ter provocado a confusão. Uma delas disse ter entrado apenas para separar a briga.
A garota agredida afirmou que uma colega de classe de 15 anos é quem mais lhe importuna. “Ela fala assim: ‘você se acha, mas compra roupa no brechó’."
A confusão teve início na última sexta em sala de aula. Segundo ela, uma amiga da colega de classe de 15 anos a ofendeu, chamando-a de "prostituta". Já no pátio, ela disse ter sido atacada por quatro garotas. O laudo do Instituto Médico-Legal (IML) apontou escoriações na região frontal, no antebraço e um ferimento na orelha da garota.
Outro lado
As duas apontadas como as principais agressoras, no entanto, negaram ter provocado a garota. A menina de 15 anos disse que só entrou para separar a briga. “Já me envolvi em confusão, mas dessa vez, não. Fui só separar a briga. Não foi muito, mas apanhei [na sexta-feira]”, afirmou.
A mãe da adolescente de 15 anos negou que a filha provoque confusões no colégio. “Ela até chorou de desgosto quando soube que estavam falando que ela tinha provocado a confusão”, afirmou a dona de casa. Para ela, a filha tem recebido um tratamento discriminatório na escola. “Ela já foi agredida. Fui reclamar na escola e ninguém fez nada”, disse.
A garota, porém, disse que não consegue se controlar quando é provocada. “Sabem que eu não aguento provocação. Sou esquentada”, disse ela que teve vários boletins de ocorrência registrados em 2010. Em maio, foram duas brigas com uma outra menina, o que a levou ao fórum. “Levamos um sermão. Para mim, resolveu. Para ela parece que não”, disse a garota de 15 anos.
A outra garota apontada como autora das agressões, suspeita de ofender a menina de 14 anos, disse que não foi ela quem começou a briga. "Foi ela quem falou que minha mãe era prostituta. E não o contrário", afirmou.
Escola fará reunião para tentar solucionar conflito nesta quinta-feira (28).
Uma das garotas que foi agredida na Escola Estadual Adhemar Bolina, em Biritiba Mirim, na região de Mogi das Cruzes, disse que parte dos colegas agora faz graça com a violência sofrida.
Na quarta-feira (27), após voltar à escola, a menina de 14 anos disse ter sido alvo de chacota. “Foi um dia ruim. [Alguns colegas de sala] têm dó, mas outros ficam rindo porque eu apanhei”, disse.
As brigas têm se tornado frequentes; mais de uma já foi, inclusive, filmada por celulares.
A aluna da 8ª série que se disse alvo de chacotas foi agredida na sexta-feira (22), a última confusão registrada. Ela se disse vítima de bullying desde o início do ano letivo e fez um boletim de ocorrência depois de apanhar das colegas de classe. As suspeitas, no entanto, negaram ao G1 ter provocado a confusão. Uma delas disse ter entrado apenas para separar a briga.
A garota agredida afirmou que uma colega de classe de 15 anos é quem mais lhe importuna. “Ela fala assim: ‘você se acha, mas compra roupa no brechó’."
A confusão teve início na última sexta em sala de aula. Segundo ela, uma amiga da colega de classe de 15 anos a ofendeu, chamando-a de "prostituta". Já no pátio, ela disse ter sido atacada por quatro garotas. O laudo do Instituto Médico-Legal (IML) apontou escoriações na região frontal, no antebraço e um ferimento na orelha da garota.
Outro lado
As duas apontadas como as principais agressoras, no entanto, negaram ter provocado a garota. A menina de 15 anos disse que só entrou para separar a briga. “Já me envolvi em confusão, mas dessa vez, não. Fui só separar a briga. Não foi muito, mas apanhei [na sexta-feira]”, afirmou.
A mãe da adolescente de 15 anos negou que a filha provoque confusões no colégio. “Ela até chorou de desgosto quando soube que estavam falando que ela tinha provocado a confusão”, afirmou a dona de casa. Para ela, a filha tem recebido um tratamento discriminatório na escola. “Ela já foi agredida. Fui reclamar na escola e ninguém fez nada”, disse.
A garota, porém, disse que não consegue se controlar quando é provocada. “Sabem que eu não aguento provocação. Sou esquentada”, disse ela que teve vários boletins de ocorrência registrados em 2010. Em maio, foram duas brigas com uma outra menina, o que a levou ao fórum. “Levamos um sermão. Para mim, resolveu. Para ela parece que não”, disse a garota de 15 anos.
A outra garota apontada como autora das agressões, suspeita de ofender a menina de 14 anos, disse que não foi ela quem começou a briga. "Foi ela quem falou que minha mãe era prostituta. E não o contrário", afirmou.
Professores mediadores
De acordo com a Secretaria da Educação, quatro garotas foram suspensas devido à confusão e os pais delas, convocados para uma reunião de conselho nesta quinta-feira (28), da qual participarão também a direção, funcionários do colégio e um representante da Diretoria de Ensino. A Diretoria de Ensino de Mogi das Cruzes solicitou que dois professores mediadores comecem a trabalhar na escola para evitar novos conflitos.
De acordo com a Secretaria da Educação, quatro garotas foram suspensas devido à confusão e os pais delas, convocados para uma reunião de conselho nesta quinta-feira (28), da qual participarão também a direção, funcionários do colégio e um representante da Diretoria de Ensino. A Diretoria de Ensino de Mogi das Cruzes solicitou que dois professores mediadores comecem a trabalhar na escola para evitar novos conflitos.

Brigas entre alunos
O presidente do Conselho Tutelar de Biritiba Mirim, Alexandre Batista de Araújo, afirmou que foram notificadas cinco denúncias de brigas em colégios estaduais e municipais do município, mas disse que ainda é cedo para dizer que Biritiba Mirim enfrenta um problema.
“Apenas em 60 ou 90 dias teremos um levantamento sobre esses incidentes e poderemos concluir se é ou não alarmante”, declarou. Sobre a agressão ocorrida na última sexta, Araújo disse que o caso corre em sigilo e que, por isso, não pode dar detalhes.
quarta-feira, 27 de outubro de 2010
Professora foi para motel com adolescentes em horário escolar

Ela confessou caso ao marido e procurou a mãe da menina para autorizar o namoro
A professora presa na madrugada desta quarta-feira (27) suspeita de estupro de vulnerável, em Realengo, admitiu ter passado horas em um motel, dois dias seguidos, com a adolescente de 13 anos com quem mantinha um relacionamento e com uma amiga dela, da mesma idade, também aluna da educadora.
O delegado Ângelo Lages, da Delegacia de Realengo, disse que também pode responsabilizar criminalmente funcionários e o dono do estabelecimento.
- Menores de idade não podem entrar em motéis. Queremos saber quem autorizou essa entrada e por qual motivo fez isso. Os responsáveis também poderão ser indiciados.
A educadora disse também que, em agosto, revelou ao marido que mantinha um caso homossexual com a adolescente. Ele pediu para ela esquecer a jovem e disse que a perdoaria. Não satisfeita, a professora contou ter procurado a mãe da adolescente, de quem pretendia ter o consentimento para o namoro.
O amor da professora pela menina era tão intenso que ela estava disposta a tirar a menina de casa, caso a mãe não concordasse com a relação. Ela estaria disposta a esperar a adolescente chegar aos 18 anos para morar com a menina.
O relacionamento entre a professora e a menina de 13 anos teve início em março deste ano, quando a adolescente procurou a educadora para desabafar sobre problemas que tinha em casa, principalmente sobre suposto alcoolismo e homossexualidade da mãe.
Em maio, a adolescente ligou para a professora e elas marcaram um encontro. Depois de horas de conversa, a professora diz que a aluna a beijou na boca e que ela retribuiu. A partir de então, a professora admitiu ter despertado uma paixão pela menina, por quem largaria o marido e com quem estaria disposta a morar junto.
No depoimento, a professora revela que a mãe da adolescente ficou sabendo do encontro entre as duas e foi até a escola onde ela trabalhava e comunicou o fato à direção da escola, que pediu que a funcionária se afastasse da menina.
Em seguida, veio o período de férias e as duas mantiveram contato apenas por telefone. Segundo a educadora, a menina sempre dizia que sentia saudades, mas lembrava que a mãe a vigiava.
Procurada, a secretaria municipal de Educação informou que “a 8ª Coordenadoria Regional de Educação, assim que tomou ciência do caso, em 9 de setembro deste ano, instaurou uma sindicância para apurar os fatos e determinou o afastamento da professora da escola. A Secretaria de Educação esclarece, ainda, que considera inaceitável este tipo de conduta e acompanha atentamente as investigações da polícia. Até a conclusão da sindicância, que pode determinar, inclusive, a exoneração da professora, ela será mantida afastada de suas funções”.
R7
A professora presa na madrugada desta quarta-feira (27) suspeita de estupro de vulnerável, em Realengo, admitiu ter passado horas em um motel, dois dias seguidos, com a adolescente de 13 anos com quem mantinha um relacionamento e com uma amiga dela, da mesma idade, também aluna da educadora.
O delegado Ângelo Lages, da Delegacia de Realengo, disse que também pode responsabilizar criminalmente funcionários e o dono do estabelecimento.
- Menores de idade não podem entrar em motéis. Queremos saber quem autorizou essa entrada e por qual motivo fez isso. Os responsáveis também poderão ser indiciados.
A educadora disse também que, em agosto, revelou ao marido que mantinha um caso homossexual com a adolescente. Ele pediu para ela esquecer a jovem e disse que a perdoaria. Não satisfeita, a professora contou ter procurado a mãe da adolescente, de quem pretendia ter o consentimento para o namoro.
O amor da professora pela menina era tão intenso que ela estava disposta a tirar a menina de casa, caso a mãe não concordasse com a relação. Ela estaria disposta a esperar a adolescente chegar aos 18 anos para morar com a menina.
O relacionamento entre a professora e a menina de 13 anos teve início em março deste ano, quando a adolescente procurou a educadora para desabafar sobre problemas que tinha em casa, principalmente sobre suposto alcoolismo e homossexualidade da mãe.
Em maio, a adolescente ligou para a professora e elas marcaram um encontro. Depois de horas de conversa, a professora diz que a aluna a beijou na boca e que ela retribuiu. A partir de então, a professora admitiu ter despertado uma paixão pela menina, por quem largaria o marido e com quem estaria disposta a morar junto.
No depoimento, a professora revela que a mãe da adolescente ficou sabendo do encontro entre as duas e foi até a escola onde ela trabalhava e comunicou o fato à direção da escola, que pediu que a funcionária se afastasse da menina.
Em seguida, veio o período de férias e as duas mantiveram contato apenas por telefone. Segundo a educadora, a menina sempre dizia que sentia saudades, mas lembrava que a mãe a vigiava.
Procurada, a secretaria municipal de Educação informou que “a 8ª Coordenadoria Regional de Educação, assim que tomou ciência do caso, em 9 de setembro deste ano, instaurou uma sindicância para apurar os fatos e determinou o afastamento da professora da escola. A Secretaria de Educação esclarece, ainda, que considera inaceitável este tipo de conduta e acompanha atentamente as investigações da polícia. Até a conclusão da sindicância, que pode determinar, inclusive, a exoneração da professora, ela será mantida afastada de suas funções”.
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Zoológicos são ruins e deveriam ser fechados, diz microbiologista

O cubano naturalizado brasileiro Pedro Ynterian, 71, presidente internacional do "Great Ape Project", que luta pelo bem-estar dos grandes primatas, defende que os zoológicos devem fechar. Ele diz que os animais passam por tortura psicológica com visitação pública.
Empresário, microbiologista e dono de um santuário ecológico em Sorocaba (SP) --com 200 animais, entre 50 chimpanzés, nove leões, dois tigres e dois ursos--, diz que uma criança aprenderia mais assistindo documentários.
Ele luta pela libertação do chimpanzé Jimmy, do zoológico de Niterói (RJ), cujo habeas corpus será julgado em novembro. Ynterian defende que gorilas, chimpanzés e orangotangos tenham garantias como a de não serem mortos ou enjaulados.
Folha - Os zoológicos brasileiros deveriam ser fechados?
Pedro Ynterian - Sim. Nenhum zoológico brasileiro é de primeira linha. Se você visitar cada um deles e reparar onde os animais comem e dormem, irá encontrar coisas terríveis. Muitos só são alimentados de noite e passam o dia em espaços exíguos.
A quantidade de mortes é absurda. Só metade está na regularidade, o resto funciona sem autorização do Ibama.
Para onde iriam os animais?
Os zoológicos poderiam virar centros de resgate e cuidado, mas sem visitação. Existe essa necessidade. Eu recebo mensalmente pedidos do Ibama para abrigar animais apreendidos.
A visitação é um problema?
Exibir publicamente uma galinha não é o mesmo que um primata ou um elefante, animais com inteligência superior. Um chimpanzé tem 99,4% do nosso DNA, se relaciona com as pessoas, odeia algumas e ama outras.
É tortura colocá-lo num recinto fechado. Em pouco tempo fica louco.
É comum recebermos chimpanzés que se mutilam, arrancam pedaços da perna e dos braços com os dentes.
Os zoológicos são considerados espaços de lazer e educação para as crianças.
Os animais que estão ali não são representantes legítimos da sua espécie. São estressados. A criança pode ver o leão no zoológico, mas o comportamento dele é falso. Acho mais válido assistir a um documentário.
O habeas corpus para o macaco Jimmy é uma tentativa de mudar esse quadro?
A iniciativa é de um grupo de advogados e promotores. Há três anos conseguimos decisão favorável para libertar uma chimpanzé em Salvador. Quando fomos buscá-la, tinha morrido.
Com o Jimmy queremos desafiar a Justiça a se pronunciar sobre a criação de uma figura jurídica intermediária para os grandes primatas. Por lei, os animais são considerados objetos e os humanos sujeitos de direito.
Queremos que os grandes primatas tenham direitos básicos como o de não serem enjaulados, mortos e que ninguém possa ter propriedade sobre eles.
Isso já existe em algum lugar do mundo?
Não. Mas o Brasil tem condições de dar o exemplo. Não pode esperar isso dos países desenvolvidos.
Empresário, microbiologista e dono de um santuário ecológico em Sorocaba (SP) --com 200 animais, entre 50 chimpanzés, nove leões, dois tigres e dois ursos--, diz que uma criança aprenderia mais assistindo documentários.
Ele luta pela libertação do chimpanzé Jimmy, do zoológico de Niterói (RJ), cujo habeas corpus será julgado em novembro. Ynterian defende que gorilas, chimpanzés e orangotangos tenham garantias como a de não serem mortos ou enjaulados.
Folha - Os zoológicos brasileiros deveriam ser fechados?
Pedro Ynterian - Sim. Nenhum zoológico brasileiro é de primeira linha. Se você visitar cada um deles e reparar onde os animais comem e dormem, irá encontrar coisas terríveis. Muitos só são alimentados de noite e passam o dia em espaços exíguos.
A quantidade de mortes é absurda. Só metade está na regularidade, o resto funciona sem autorização do Ibama.
Para onde iriam os animais?
Os zoológicos poderiam virar centros de resgate e cuidado, mas sem visitação. Existe essa necessidade. Eu recebo mensalmente pedidos do Ibama para abrigar animais apreendidos.
A visitação é um problema?
Exibir publicamente uma galinha não é o mesmo que um primata ou um elefante, animais com inteligência superior. Um chimpanzé tem 99,4% do nosso DNA, se relaciona com as pessoas, odeia algumas e ama outras.
É tortura colocá-lo num recinto fechado. Em pouco tempo fica louco.
É comum recebermos chimpanzés que se mutilam, arrancam pedaços da perna e dos braços com os dentes.
Os zoológicos são considerados espaços de lazer e educação para as crianças.
Os animais que estão ali não são representantes legítimos da sua espécie. São estressados. A criança pode ver o leão no zoológico, mas o comportamento dele é falso. Acho mais válido assistir a um documentário.
O habeas corpus para o macaco Jimmy é uma tentativa de mudar esse quadro?
A iniciativa é de um grupo de advogados e promotores. Há três anos conseguimos decisão favorável para libertar uma chimpanzé em Salvador. Quando fomos buscá-la, tinha morrido.
Com o Jimmy queremos desafiar a Justiça a se pronunciar sobre a criação de uma figura jurídica intermediária para os grandes primatas. Por lei, os animais são considerados objetos e os humanos sujeitos de direito.
Queremos que os grandes primatas tenham direitos básicos como o de não serem enjaulados, mortos e que ninguém possa ter propriedade sobre eles.
Isso já existe em algum lugar do mundo?
Não. Mas o Brasil tem condições de dar o exemplo. Não pode esperar isso dos países desenvolvidos.
Tsunami e vulcão na Indonésia deixam mais de 300 mortos

PADANG - As duas tragédias naturais que levaram destruição à Indonésia em menos de 24 horas já são responsáveis por ao menos 302 mortes: 272 delas provocadas por uma tsunami , e as outras 30 por um vulcão . Enquanto autoridades tentam manter moradores longe do Monte Merapi, que entrou em erupção na ilha indonésia de Java, os primeiros carregamentos de ajuda começam a chegar, nesta quarta-feira, ao local atingido na segunda-feira pela tsunami com mais de seis metros de altura, a oeste da ilha de Sumatra. O presidente Susilo Bambang Yudhoyono interrompeu uma viagem ao Vietnã para voltar ao país.
A ajuda para as vítimas da onda gigante está sendo levada por aviões e helicópteros, já que embarcações ainda enfrentam dificuldades no mar para chegar às turísticas Ilhas Mentawai, as mais atingidas pela tsunami. Pescadores tentam ajudar a localizar as cerca de 400 pessoas que ainda estão desaparecidas. Em terra, faltam pessoas para recolher os corpos das vítimas, que se acumulam em praias e estradas.
A falha geológica que provocou um terremoto de 7,7 graus na escala Richter e causou a onda gigante nesta segunda é a mesma responsável pelo tremor de mais de 9 graus seguido pela tsunami de 2004, que deixou mais de 200 mil mortos em diversos países. Segundo especialistas, o abalo sísmico desta vez pode ter relação com a erupção do Merapi.
Líder espiritual entre os mortos
O vulcão, o mais volátil do país, teria causado a morte do líder espiritual considerado o protetor da montanha. Exames serão feitos para confirmar a identidade de Mbah Maridjan, que para muitos javaneses teria poderes mágicos. Além dos 28 mortos, a erupção deixou ao menos 14 feridos.
Grande parte das vítimas sofreu queimaduras devido à lava expelida pelo vulcão.
A ajuda para as vítimas da onda gigante está sendo levada por aviões e helicópteros, já que embarcações ainda enfrentam dificuldades no mar para chegar às turísticas Ilhas Mentawai, as mais atingidas pela tsunami. Pescadores tentam ajudar a localizar as cerca de 400 pessoas que ainda estão desaparecidas. Em terra, faltam pessoas para recolher os corpos das vítimas, que se acumulam em praias e estradas.
A falha geológica que provocou um terremoto de 7,7 graus na escala Richter e causou a onda gigante nesta segunda é a mesma responsável pelo tremor de mais de 9 graus seguido pela tsunami de 2004, que deixou mais de 200 mil mortos em diversos países. Segundo especialistas, o abalo sísmico desta vez pode ter relação com a erupção do Merapi.
Líder espiritual entre os mortos
O vulcão, o mais volátil do país, teria causado a morte do líder espiritual considerado o protetor da montanha. Exames serão feitos para confirmar a identidade de Mbah Maridjan, que para muitos javaneses teria poderes mágicos. Além dos 28 mortos, a erupção deixou ao menos 14 feridos.

Grande parte das vítimas sofreu queimaduras devido à lava expelida pelo vulcão.
Animais e casas também foram afetados. Muitos ficaram cobertos por cinzas. Mais de 10 mil moradores de regiões próximas do vulcão foram retirados de casa, mas alguns começavam a voltar nesta quarta, contrariando orientações de autoridades.
Segundo Surono, o principal especialista em vulcões na Indonésia, o Merapi está "calmo", mas ainda representa perigo.
- Não há sinais de outra erupção iminente, mas eu não posso garantir nada e nós não sabemos se é apenas um descanso temporário - disse ele. - Eu orientei autoridades locais a continuar as retiradas. O alerta ainda está no nível mais alto.
Segundo Surono, o principal especialista em vulcões na Indonésia, o Merapi está "calmo", mas ainda representa perigo.
- Não há sinais de outra erupção iminente, mas eu não posso garantir nada e nós não sabemos se é apenas um descanso temporário - disse ele. - Eu orientei autoridades locais a continuar as retiradas. O alerta ainda está no nível mais alto.
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Entenda as semelhanças entre os casos de Joanna Marcenal e Isabela Nardoni


Há exatos sete meses, Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá foram condenados pela Justiça paulista a penas superiores a 26 anos de prisão por terem assassinado a menina Isabella Nardoni, 5 anos. Em 13 de agosto, outro caso, desta vez no Rio de Janeiro, surpreende pela aparente semelhança: a morte de Joanna Marcenal, também aos 5 anos, vítima de erro médico e de maus-tratos supostamente cometidos pelo pai, André Marins, e pela madrasta, Vanessa Maia. Os dois episódios não se refletem apenas na tragicidade, na pouca idade das meninas ou no eventual envolvimento dos responsáveis. O histórico de conflitos entre a mãe e o pai das crianças também apresenta pontos comuns, segundo especialistas ouvidos pelo Correio.
No caso do Rio de Janeiro, as evidências de que o pai e a madrasta de Joanna são culpados pela morte da menina estão claras, ao menos para o Ministério Público do estado, que ofereceu denúncia, na segunda-feira, por crimes de tortura e de homicídio qualificado. A Justiça já aceitou o pedido e o pai da menina está preso. Ontem ele foi transferido da Delegacia da Criança e Adolescente Vítima (Dcav) para o presídio de Bangu 8. André Marins e Vanessa Maia responderão à ação penal e possivelmente serão julgados por júri popular, assim como ocorreu com Alexandre Nardoni e Anna Carolina em março deste ano. A pena por tortura pode chegar a oito anos e a de homicídio qualificado varia de 12 a 30 anos.
“Nos dois casos, houve violência familiar extrema, sendo que as crianças foram negligenciadas e possivelmente humilhadas. Só a forma que foi diferente. Infelizmente, uma foi jogada pela janela e a outra sofreu agressão física”, avalia o sociólogo Vicente Faleiros, professor da Universidade de Brasília (UnB). Ele explica que nos dois episódios as crianças eram alvo de disputa dos adultos. “Elas sofreram um tipo de agressão sem qualquer culpa. Elas não têm nada a ver com a briga dos adultos, mas, muitas vezes, passam a ser objeto para chamar a atenção deles. A raiva dos maiores leva a essa crueldade”, analisa.
Para o psicanalista e psicólogo Luiz Alberto Py, analista da Sociedade Brasileira de Psicanálise, no caso da Isabella, há uma relação conflituosa entre Alexandre Nardoni e a primeira mulher, Ana Carolina de Oliveira. “Havia uma competição da segunda esposa (Anna Carolina Jatobá) com a menina, sem qualquer mediação do conflito”, afirma. Segundo Py, pais que maltratam e matam os filhos têm doença mental rara. “Essas pessoas são extremamente loucas. Felizmente, é raro uma criança ser assassinada. Na maioria dos casamentos que se desfazem, as relações entre pais e filhos são mais civilizadas. Jogar a criança de uma janela do prédio é uma barbárie que chama a atenção de todos. São crimes impulsionados por sentimentos doentios cometidos contra crianças indefesas. É diferente, por exemplo, dos crimes motivados por interesse”, acredita.
Para a promotora Ana Lúcia Melo, que está à frente das investigações da morte de Joanna, a violência contra a menina também foi resultado da disputa entre o pai e a mãe da criança. “Ela sofreu muito. A violência foi ao limite, fruto de egoísmo, frustrações e brigas. Por todo o conjunto probatório, pai e madrasta são culpados”, disse ontem à tarde, em entrevista ao Correio. Ela acredita que provavelmente a pena imposta aos dois será menor do que o máximo previsto, pois há vários quesitos a serem analisados. “Mas eles irão a júri popular porque as provas são robustas.”
Apesar das penas duras aos réus, o promotor responsável pelo caso Isabella, Francisco Cembranelli, lembra que o sistema legal brasileiro permite que os condenados não cumpram o período determinado. “É só lembrarmos do caso Daniella Perez, em que o réu (Guilherme de Pádua) foi condenado a 19 anos, mas passou pouco mais de sete preso. Não será diferente desta vez. Quando cumprirem alguns requisitos, eles (Nardonis) começarão a pedir benefícios.”
Nos dois casos, pais e madrastas apontados como acusados negam qualquer envolvimento nos crimes. Porém, tanto Ana Carolina Oliveira, mãe de Isabella, quanto Cristiane Marcenal, mãe de Joanna, depositam fé naquilo que avaliam como uma “punição justa”. “A sociedade vai dormir com a sensação de que existe Justiça”, comentou Cristiane, depois da prisão do pai da criança.
LADO A LADO
Joanna Marcenal
O que ocorreu?
Em 17 de julho deste ano, a menina Joanna Marcenal, 5 anos, foi internada em um hospital de Botafogo, Zona Sul do Rio, onde ficou em coma e morreu quase um mês depois. Antes, ela havia passado por dois hospitais na Zona Oeste. Em um deles, foi atendida e liberada por um falso médico, que teve a prisão preventiva decretada. Segundo os peritos, a menina morreu em consequência de uma meningite viral desenvolvida a partir de herpes.
Acusação contra o pai e a madrasta
De acordo com o Ministério Público, Joanna era vítima de maus-tratos por parte do pai e da madrasta. A menina teve várias convulsões, apresentava hematomas nas pernas e sinais de queimaduras nas nádegas e no tórax. Para o MP, o tratamento desumano e degradante deixou lesões físicas e psíquicas na menor, que comprometeram seu sistema imunológico. Os laudos apontam que Joanna desenvolveu quadro viral provocado pelo vírus da herpes, que resultou em meningite. Segundo a denúncia, os acusados assumiram o risco da morte da criança de forma omissiva, já que a menina somente foi levada em situação crítica. De acordo com parecer técnico, a vítima, quando levada ao hospital, contava com apenas 30% de probabilidade de recuperação.
Desfecho
O MP-RJ ofereceu denúncia, ontem, contra André Rodrigues Marins e Vanessa Maia Furtado, pai e madrasta de Joanna, por crimes de tortura (dolo direto) e de homicídio qualificado pelo meio cruel (dolo eventual na forma omissiva imprópria). Caso seja aceita pela Justiça, os envolvidos responderão à ação penal e serão julgados por júri popular. Se condenados, podem cumprir penas de até 40 anos pelos dois crimes.
Isabella Nardoni
O que ocorreu?
Em 29 de março de 2008, Isabella Oliveira Nardoni, 5 anos, morreu após cair do 6° andar de um edifício na Zona Norte de São Paulo, onde o pai, Alexandre Nardoni, e a madrasta, Anna Carolina Jatobá, moravam. A polícia descartou a hipótese de acidente e afirmou que Isabella foi jogada da janela do apartamento por alguém, já que a tela de proteção do quarto estava cortada. Dias depois, em depoimento, Nardoni negou qualquer participação no crime e disse que o local havia sido invadido por um ladrão.
Acusação contra o pai e a madrasta
O promotor Francisco Cembranelli, do Ministério Público de São Paulo, ofereceu denúncia à Justiça com base nos indícios encontrados pela equipe de investigação policial. Laudos periciais apontaram gotas de sangue no apartamento, sinais de sufocamento no corpo de Isabela, tentativa de mudança da cena do crime, entre outros fatos. Para Cembranelli, já havia motivos suficientes para comprovar que Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá foram os responsáveis pelo crime.
Desfecho
Quase um ano e meio depois da denúncia do Ministério Público aceita, o 2º Tribunal do Júri do Fórum de Santana condenou Alexandre Nardoni e Ana Carolina Jatobá a 31 anos e 26 anos de prisão, respectivamente. O julgamento durou cinco dias e teve grande clamor popular. Quando a decisão foi anunciada, as pessoas em frente ao fórum comemoraram e soltaram foguetes.
Leandro Kleber - Especial para o Correio
Correio Braziliense
No caso do Rio de Janeiro, as evidências de que o pai e a madrasta de Joanna são culpados pela morte da menina estão claras, ao menos para o Ministério Público do estado, que ofereceu denúncia, na segunda-feira, por crimes de tortura e de homicídio qualificado. A Justiça já aceitou o pedido e o pai da menina está preso. Ontem ele foi transferido da Delegacia da Criança e Adolescente Vítima (Dcav) para o presídio de Bangu 8. André Marins e Vanessa Maia responderão à ação penal e possivelmente serão julgados por júri popular, assim como ocorreu com Alexandre Nardoni e Anna Carolina em março deste ano. A pena por tortura pode chegar a oito anos e a de homicídio qualificado varia de 12 a 30 anos.
“Nos dois casos, houve violência familiar extrema, sendo que as crianças foram negligenciadas e possivelmente humilhadas. Só a forma que foi diferente. Infelizmente, uma foi jogada pela janela e a outra sofreu agressão física”, avalia o sociólogo Vicente Faleiros, professor da Universidade de Brasília (UnB). Ele explica que nos dois episódios as crianças eram alvo de disputa dos adultos. “Elas sofreram um tipo de agressão sem qualquer culpa. Elas não têm nada a ver com a briga dos adultos, mas, muitas vezes, passam a ser objeto para chamar a atenção deles. A raiva dos maiores leva a essa crueldade”, analisa.
Para o psicanalista e psicólogo Luiz Alberto Py, analista da Sociedade Brasileira de Psicanálise, no caso da Isabella, há uma relação conflituosa entre Alexandre Nardoni e a primeira mulher, Ana Carolina de Oliveira. “Havia uma competição da segunda esposa (Anna Carolina Jatobá) com a menina, sem qualquer mediação do conflito”, afirma. Segundo Py, pais que maltratam e matam os filhos têm doença mental rara. “Essas pessoas são extremamente loucas. Felizmente, é raro uma criança ser assassinada. Na maioria dos casamentos que se desfazem, as relações entre pais e filhos são mais civilizadas. Jogar a criança de uma janela do prédio é uma barbárie que chama a atenção de todos. São crimes impulsionados por sentimentos doentios cometidos contra crianças indefesas. É diferente, por exemplo, dos crimes motivados por interesse”, acredita.
Para a promotora Ana Lúcia Melo, que está à frente das investigações da morte de Joanna, a violência contra a menina também foi resultado da disputa entre o pai e a mãe da criança. “Ela sofreu muito. A violência foi ao limite, fruto de egoísmo, frustrações e brigas. Por todo o conjunto probatório, pai e madrasta são culpados”, disse ontem à tarde, em entrevista ao Correio. Ela acredita que provavelmente a pena imposta aos dois será menor do que o máximo previsto, pois há vários quesitos a serem analisados. “Mas eles irão a júri popular porque as provas são robustas.”
Apesar das penas duras aos réus, o promotor responsável pelo caso Isabella, Francisco Cembranelli, lembra que o sistema legal brasileiro permite que os condenados não cumpram o período determinado. “É só lembrarmos do caso Daniella Perez, em que o réu (Guilherme de Pádua) foi condenado a 19 anos, mas passou pouco mais de sete preso. Não será diferente desta vez. Quando cumprirem alguns requisitos, eles (Nardonis) começarão a pedir benefícios.”
Nos dois casos, pais e madrastas apontados como acusados negam qualquer envolvimento nos crimes. Porém, tanto Ana Carolina Oliveira, mãe de Isabella, quanto Cristiane Marcenal, mãe de Joanna, depositam fé naquilo que avaliam como uma “punição justa”. “A sociedade vai dormir com a sensação de que existe Justiça”, comentou Cristiane, depois da prisão do pai da criança.
LADO A LADO
Joanna Marcenal
O que ocorreu?
Em 17 de julho deste ano, a menina Joanna Marcenal, 5 anos, foi internada em um hospital de Botafogo, Zona Sul do Rio, onde ficou em coma e morreu quase um mês depois. Antes, ela havia passado por dois hospitais na Zona Oeste. Em um deles, foi atendida e liberada por um falso médico, que teve a prisão preventiva decretada. Segundo os peritos, a menina morreu em consequência de uma meningite viral desenvolvida a partir de herpes.
Acusação contra o pai e a madrasta
De acordo com o Ministério Público, Joanna era vítima de maus-tratos por parte do pai e da madrasta. A menina teve várias convulsões, apresentava hematomas nas pernas e sinais de queimaduras nas nádegas e no tórax. Para o MP, o tratamento desumano e degradante deixou lesões físicas e psíquicas na menor, que comprometeram seu sistema imunológico. Os laudos apontam que Joanna desenvolveu quadro viral provocado pelo vírus da herpes, que resultou em meningite. Segundo a denúncia, os acusados assumiram o risco da morte da criança de forma omissiva, já que a menina somente foi levada em situação crítica. De acordo com parecer técnico, a vítima, quando levada ao hospital, contava com apenas 30% de probabilidade de recuperação.
Desfecho
O MP-RJ ofereceu denúncia, ontem, contra André Rodrigues Marins e Vanessa Maia Furtado, pai e madrasta de Joanna, por crimes de tortura (dolo direto) e de homicídio qualificado pelo meio cruel (dolo eventual na forma omissiva imprópria). Caso seja aceita pela Justiça, os envolvidos responderão à ação penal e serão julgados por júri popular. Se condenados, podem cumprir penas de até 40 anos pelos dois crimes.
Isabella Nardoni
O que ocorreu?
Em 29 de março de 2008, Isabella Oliveira Nardoni, 5 anos, morreu após cair do 6° andar de um edifício na Zona Norte de São Paulo, onde o pai, Alexandre Nardoni, e a madrasta, Anna Carolina Jatobá, moravam. A polícia descartou a hipótese de acidente e afirmou que Isabella foi jogada da janela do apartamento por alguém, já que a tela de proteção do quarto estava cortada. Dias depois, em depoimento, Nardoni negou qualquer participação no crime e disse que o local havia sido invadido por um ladrão.
Acusação contra o pai e a madrasta
O promotor Francisco Cembranelli, do Ministério Público de São Paulo, ofereceu denúncia à Justiça com base nos indícios encontrados pela equipe de investigação policial. Laudos periciais apontaram gotas de sangue no apartamento, sinais de sufocamento no corpo de Isabela, tentativa de mudança da cena do crime, entre outros fatos. Para Cembranelli, já havia motivos suficientes para comprovar que Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá foram os responsáveis pelo crime.
Desfecho
Quase um ano e meio depois da denúncia do Ministério Público aceita, o 2º Tribunal do Júri do Fórum de Santana condenou Alexandre Nardoni e Ana Carolina Jatobá a 31 anos e 26 anos de prisão, respectivamente. O julgamento durou cinco dias e teve grande clamor popular. Quando a decisão foi anunciada, as pessoas em frente ao fórum comemoraram e soltaram foguetes.
Leandro Kleber - Especial para o Correio
Correio Braziliense
Homem mata menina de 10 anos em Mundo Novo

Celso José Rodrigues Vesolovski, de 47 anos, esfaqueou sua vizinha de 10 anos de idade na tarde de ontem. Apaixonado, ele se declarou à menina e a pediu em namoro, mas foi rejeitado pela criança. Inconformado ele a matou. O corpo da menina foi encontrado por volta das 19h enterrado na beira de um rio em Mundo Novo.
A criança havia desaparecido no dia 24 à tarde e uma testemunha a viu na garupa da bicicleta do seu vizinho. A mãe então registrou, às 17h do mesmo dia, um boletim de ocorrência por desaparecimento.
Os policiais civis de Mundo Novo chegaram ao homem por meio da denúncia da testemunha e o interrogaram. Ele confessou ser apaixonado pela menina desde que ela tinha 5 anos de idade.
Então a convidou para tomar banho no rio e a pediu em namoro. Diante da recusa, ele a esfaqueou e a enterrou na margem do córrego, junto com a faca do crime. Celso foi preso em flagrante por homicídio doloso e ocultação de cadáver.
A criança havia desaparecido no dia 24 à tarde e uma testemunha a viu na garupa da bicicleta do seu vizinho. A mãe então registrou, às 17h do mesmo dia, um boletim de ocorrência por desaparecimento.
Os policiais civis de Mundo Novo chegaram ao homem por meio da denúncia da testemunha e o interrogaram. Ele confessou ser apaixonado pela menina desde que ela tinha 5 anos de idade.
Então a convidou para tomar banho no rio e a pediu em namoro. Diante da recusa, ele a esfaqueou e a enterrou na margem do córrego, junto com a faca do crime. Celso foi preso em flagrante por homicídio doloso e ocultação de cadáver.
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Caso da menina Joanna coloca a alienação parental em discussão

Afinal, o que os pais podem fazer para evitar disputas como a que envolveu a história desta menina, morta por causa de maus tratos do pai? Confira entrevista com Rodrigo da Cunha Pereira, presidente nacional do IBDFAM (Instituto Brasileiro de Direito de Família)
O caso da menina Joanna tem mobilizado a mídia e a opinião pública. Nesta segunda (25 de outubro), a promotora Ana Lúcia Melo decretou a prisão do pai e da madrasta, acusados de maus tratos contra a garota (cujo diagnóstico de morte, no dia 13 de agosto, foi uma meningite seguida de um mês em coma). A triste história dela, como de tantas outras crianças, levanta uma discussão válida sobre alienação parental - um termo ainda desconhecido de muita gente e que acontece quando um dos pais difama o outro para o filho. É claro que essa disputa entre o pai e a mãe nem sempre termina em tragédias, mas também pode fazer mal à criança.
Em entrevista à CRESCER, Rodrigo da Cunha Pereira, advogado e presidente nacional do IBDFAM (Instituto Brasileiro de Direito de Família) fala sobre o tema. Confira.
CRESCER: O que a mãe (ou o pai) pode fazer quando desconfia que o ex-marido (ou ex-mulher) não está tratando bem a criança?
Rodrigo da Cunha Pereira: É possível limitar ou impedir a convivência com o outro genitor, seja o pai ou a mãe. Em situações drásticas, dá até para chegar ao caso de fixar visitas monitoradas. De qualquer maneira, para conseguir esse impedimento, é preciso entrar na Justiça e ter provas dos maus tratos (o que pode levar um tempo, principalmente quando as provas não forem tão contundentes...). Se forem casos mais graves, como um pai dirigindo bêbado com o filho ou em situações de abuso sexual, enquanto o processo está em andamento há equipes de especialistas preparados para acompanhar as famílias e impedir o contato com o genitor temporariamente.
CRESCER: Nos casos em que os pais separados têm a guarda compartilhada da criança, é mais difícil fazer essa reclamação à Justiça?
RCP: Não, o processo é o mesmo. Em se tratando de filhos, nada é definitivo.
CRESCER: Quando a mãe inventa que o pai não trata bem o filho, o que ele pode fazer? Com a aprovação da lei da alienação parental, alguma coisa mudou?
RCP: É difícil provar a alienação parental por que é algo muito sutil. Tem muita gente que nem sabia que a alienação parental existia, ou não conhecia o termo. É uma vingança de um genitor sobre o outro e os pais não têm noção do mal que fazem às crianças com essa disputa. Com a lei, acredito que o termo se populariza, o que facilita não só o entendimento dos pais mas também a aceitação da Justiça – que é, sim, cega, surda, muda e caótica...
CRESCER: Sempre existiu a ideia de que os pais eram mais alvos de alienação parental do que as mães. Isso é verdade?
RCP: A mãe ainda é a que mais fica com a guarda do filho. Assim, ela ganha um poder de manipulação maior.
CRESCER: Casos como o da menina Joanna podem prejudicar o avanço da legislação?
RCP: Histórias como a dela, assim como o dos Nardoni, têm que servir como um alerta. São tragédias visíveis e consideradas casos extremos, claro, mas mostram que essa disputa acontece mais do que imaginamos. Os pais ainda não têm ideia de como essas disputas fazem mal à sanidade mental do filho. Hoje em dia, felizmente, há menos preconceito em relação a filhos de pais separados; antes, acreditava-se que todos seriam problemáticos. Mas é preciso entender que as brigas (dos pais) são muito mais prejudiciais.
O caso da menina Joanna tem mobilizado a mídia e a opinião pública. Nesta segunda (25 de outubro), a promotora Ana Lúcia Melo decretou a prisão do pai e da madrasta, acusados de maus tratos contra a garota (cujo diagnóstico de morte, no dia 13 de agosto, foi uma meningite seguida de um mês em coma). A triste história dela, como de tantas outras crianças, levanta uma discussão válida sobre alienação parental - um termo ainda desconhecido de muita gente e que acontece quando um dos pais difama o outro para o filho. É claro que essa disputa entre o pai e a mãe nem sempre termina em tragédias, mas também pode fazer mal à criança.
Em entrevista à CRESCER, Rodrigo da Cunha Pereira, advogado e presidente nacional do IBDFAM (Instituto Brasileiro de Direito de Família) fala sobre o tema. Confira.
CRESCER: O que a mãe (ou o pai) pode fazer quando desconfia que o ex-marido (ou ex-mulher) não está tratando bem a criança?
Rodrigo da Cunha Pereira: É possível limitar ou impedir a convivência com o outro genitor, seja o pai ou a mãe. Em situações drásticas, dá até para chegar ao caso de fixar visitas monitoradas. De qualquer maneira, para conseguir esse impedimento, é preciso entrar na Justiça e ter provas dos maus tratos (o que pode levar um tempo, principalmente quando as provas não forem tão contundentes...). Se forem casos mais graves, como um pai dirigindo bêbado com o filho ou em situações de abuso sexual, enquanto o processo está em andamento há equipes de especialistas preparados para acompanhar as famílias e impedir o contato com o genitor temporariamente.
CRESCER: Nos casos em que os pais separados têm a guarda compartilhada da criança, é mais difícil fazer essa reclamação à Justiça?
RCP: Não, o processo é o mesmo. Em se tratando de filhos, nada é definitivo.
CRESCER: Quando a mãe inventa que o pai não trata bem o filho, o que ele pode fazer? Com a aprovação da lei da alienação parental, alguma coisa mudou?
RCP: É difícil provar a alienação parental por que é algo muito sutil. Tem muita gente que nem sabia que a alienação parental existia, ou não conhecia o termo. É uma vingança de um genitor sobre o outro e os pais não têm noção do mal que fazem às crianças com essa disputa. Com a lei, acredito que o termo se populariza, o que facilita não só o entendimento dos pais mas também a aceitação da Justiça – que é, sim, cega, surda, muda e caótica...
CRESCER: Sempre existiu a ideia de que os pais eram mais alvos de alienação parental do que as mães. Isso é verdade?
RCP: A mãe ainda é a que mais fica com a guarda do filho. Assim, ela ganha um poder de manipulação maior.
CRESCER: Casos como o da menina Joanna podem prejudicar o avanço da legislação?
RCP: Histórias como a dela, assim como o dos Nardoni, têm que servir como um alerta. São tragédias visíveis e consideradas casos extremos, claro, mas mostram que essa disputa acontece mais do que imaginamos. Os pais ainda não têm ideia de como essas disputas fazem mal à sanidade mental do filho. Hoje em dia, felizmente, há menos preconceito em relação a filhos de pais separados; antes, acreditava-se que todos seriam problemáticos. Mas é preciso entender que as brigas (dos pais) são muito mais prejudiciais.
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Bruno e Macarrão dizem que Eliza está viva e a acusam de acabar com a vida deles
Eles falaram com a imprensa após audiência nesta terça-feira em Minas
O ex-goleiro Bruno Fernandes e o amigo Luiz Henrique Ferreira Romão, acusados de estarem envolvidos no desaparecimento da modelo Eliza Samudio, disseram aos jornalistas no Fórum de Esmeraldas, região metropolitana de Belo Horizonte, em Minas Gerais, que a jovem está viva e que não mereciam estar presos. Romão, conhecido como Macarrão, afirmou ainda que a Eliza conseguiu "acabar com a vida de todos".
- A Eliza sempre falava que ia acabar com a vida do Bruno. Mas ela acabou com a vida de todos, inclusive com a minha. Ela está viva e escondida em algum lugar.
Bruno reforçou a afirmação de Macarrão e disse acreditar que a ex-amante está em São Paulo. O ex-goleiro ainda afirmou que "não matou ninguém e que não merecia passar por isso".
- Ainda não cedi o material genético para o DNA, mas se precisar eu faço isso e assumo o filho sem problemas. Não mereço estar preso, pois tenho família e profissão.
A audiência desta segunda-feira (26) terminou por volta das 17h e começou com pouco mais de uma hora de atraso. Foram ouvidas quatro testemunhas de defesa: Alonso José Santos, Sérgio de Paula e Juraci Elias de Paula, porteiros do condomínio de Bruno em Contagem (MG), e o vigilante Valdeci Santiago de Oliveira. Outras três foram dispensadas.
As testemunhas que prestaram depoimento afirmaram que não viram o ex-policial civil Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, no sítio do goleiro, e que não conhecem a ex-amante do atleta Fernanda Gomes Castro. Eles são acusados de homicídio triplamente qualificado.
R7
Imagens mostram cenas de violência dentro e fora de escolas em SP

SÃO PAULO - Imagens mostram cenas de violência entre estudantes, dentro e fora das escolas, em Biritiba Mirim, a 74 km da capital paulista, na região de Mogi das Cruzes. Em menos de 10 dias, o Conselho Tutelar do município já registrou cinco brigas envolvendo estudantes - número alto para uma cidade com três escolas e apenas 30 mil habitantes.Uma aluna foi agredida por quatro meninas quando saiu da escola. A garota conta que as meninas batem porque ela não usa roupas de grife ou porque ela é quieta durante as aulas, ao contrário das agressoras.
A diretora regional de Ensino, Teresa Lúcia dos Anjos, pensa em criar a figura do professor mediador, para tentar desenvolver o bom relacionamento entre os alunos.
O pai da menina agredida diz que a filha tem medo de ir à escola e apanhar de novo e tem se tornado cada vez mais quieta.
As brigas entre os estudantes não são o único problema das escolas paulistas. Na região de Bauru, o problema é a onda de vandalismo, com roubos e destruição do patrimônio escolar.
Em Sorocaba, o Ministério Público vai apurar a existência de gangues dentro das escolas públicas. Na escola Roque Conceição Martins, na zona norte de Sorocaba, um grupo de meninas aterroriza as colegas.
A família de uma estudante denunciou à polícia a ação de uma gangue de alunas que estaria agindo numa escola no bairro Mineirão, em Sorocaba, a 97 km de São Paulo. Além da adolescente, os primos e a mãe dela já foram agredidos.
Todos eles confirmam a existência da suposta gangue. No entanto, não é a primeira vez que há denúncias de gangues atuando em escolas públicas. Em março deste ano, os pais decidiram tirar a filha da escola Joaquim Izidoro Marins, também na zona norte, depois dela ser agredida por um grupo de meninas. Para o Ministério Público, são fatos graves, que vão ser investigados
O Globo
O pai da menina agredida diz que a filha tem medo de ir à escola e apanhar de novo e tem se tornado cada vez mais quieta.
As brigas entre os estudantes não são o único problema das escolas paulistas. Na região de Bauru, o problema é a onda de vandalismo, com roubos e destruição do patrimônio escolar.
Em Sorocaba, o Ministério Público vai apurar a existência de gangues dentro das escolas públicas. Na escola Roque Conceição Martins, na zona norte de Sorocaba, um grupo de meninas aterroriza as colegas.
A família de uma estudante denunciou à polícia a ação de uma gangue de alunas que estaria agindo numa escola no bairro Mineirão, em Sorocaba, a 97 km de São Paulo. Além da adolescente, os primos e a mãe dela já foram agredidos.
Todos eles confirmam a existência da suposta gangue. No entanto, não é a primeira vez que há denúncias de gangues atuando em escolas públicas. Em março deste ano, os pais decidiram tirar a filha da escola Joaquim Izidoro Marins, também na zona norte, depois dela ser agredida por um grupo de meninas. Para o Ministério Público, são fatos graves, que vão ser investigados
O Globo
terça-feira, 26 de outubro de 2010
Pastor continua a explorar filha de 6 anos com a omissão das autoridades
O MP (Ministério Público) de São Paulo informou recentemente que ia notificar as emissoras Record e SBT por explorar imagens de crianças portadoras de deficiências. No ano passado, o Ministério Público do Trabalho acusou a SBT de explorar o trabalho infantil, de Maísa, então com 6 anos. Hoje, a menina apresenta um programa para crianças, e não mais aparece no do Sílvio Santos, destinado a adultos.
Até agora, Alani, 6, não mereceu a mesma atenção as autoridades, e ela continua sendo explorada como milagreira pelo seu pai, o pastor Adauto Santos, da Igreja Pentecostal dos Milagres, da periferia do Rio de Janeiro. O pastor leva a filha aos cultos desde quando ela tinha um ano. Aos três, a menina começou a ser usado para fazer milagres. [ver vídeo abaixo].
A igreja fez um site para “missionarinha Alani” onde diz que quando “ela louva ou toca [as pessoas] como suas mãos, o sobrenatural tem acontecido: paralíticos andam e cancerosos e aidéticos são curados”. Do lado de fora da igreja, há fotos da menina com as mãos estendidas e cartazes nos quais supostos deficientes estão se livrando de muletas e de cadeiras de roda.
O pastor Santos admitiu ao jornalista Roberto Cabrini, do programa Conexão Repórter, do SBT, que a filha tem atraído ultimamente mais fiéis para a igreja e que as ofertas têm aumentado, “mas não muito”.
Também entrevistada pelo Cabrini, a menina disse tudo o que o seu pai gostaria que ela dissesse. Falou que acredita ter o poder de cura, que gosta do que faz, que não deixa de frequentar a escola, que faz a lição de casa direitinho etc.
Ela falou que na escola – cursa o primeiro ano do ensino fundamental – se relaciona normalmente com as amiguinhas, com naturalidade, de igual para igual.
Mas antes de o programa Conexão Repórter ir ao ar na semana passada, Época publicou que Alani é tratada na escola como a “menina superpoderosa”, numa alusão ao desenho animado de três meninas irmãs com poderes extraordinários.
Sandra, a mãe de Alani, disse ao programa do SBT que é uma alegria ter uma filha que recebeu de Jesus o dom de fazer milagre, deixando entendido que não se opõe à participação da menina nos cultos.
Contudo, pela reportagem da Época, em uma determinada época ela chegou a pedir a Santos que mantivesse a menina longe da igreja, o que ocorreu por três anos. Mas o pastor acabou trazendo-a de volta, reforçando o suposto dom de milagre da filha.
Santos costuma contar a história de que Alani começou a fazer milagre já no útero da mãe, que teria se livrado de miomas graças ao poder das mãozinhas da menina. De acordo com a revista, o pastor disse que, quando sua mulher estava grávida de Alani, as pessoas, ao tocar na barriga dela, “sentiam coisas estranhas” e "começavam a chorar".
A psicóloga Rose Araujo não tem dúvida de que a menina foi condicionada pelo pai a agir como milagreira. Ela disse que a Alani pode ter traumas quando der conta de que não possui dom algum ou ao tentar provar pelo resto da vida que de fato é uma pessoa com poderes divinos.
No site da igreja, há em vídeos depoimentos de pessoas que afirmam que obtiveram cura por intermédio da Alani. Se esses vídeos forem levados a sério, Alani já proporcionou mais milagres do que Jesus no decorrer de todo o Novo Testamento. Os "curados", como ocorre em outras igrejas evangélicas, são pessoas pobres que não conseguem cuidar de suas doenças pelo sistema de saúde governamental, o SUS, e muito menos comprar remédios.
Em seu programa, Cabrini mostrou um rapaz que, ao ser tocado pelas mãos da menina, acreditou estar curado de um câncer que, segundo os médicos, tinha se espalhado pelo corpo dele. “Quem me curou foi Jesus por intermédio de Alani”, afirmou o rapaz, que foi abraçado por parentes emocionados. Dias depois, ele morreu.
Para casos como esse, Santos recorre ao argumento que todos os pastores usam: só se curam as pessoas que têm fé o bastante. Ou seja, o rapaz não obteve a cura por culpa dele mesmo.
A própria Alani parece não ter tanta fé, se é que se pode exigir tal coisa de uma criança, porque, quando brinca com suas bonecas, ela as cura não com o toque de suas mãozinhas milagrosas, mas com injeções e remédios. A menina disse que quando crescer quer ser médica e talvez porque deseja curar de verdade as pessoas.
O ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) protege crianças como a Maísa, mas não como Alani, porque as autoridades temem ser acusadas de discriminação religiosa.
Por isso Alani corre o risco de não ter salvação.
Com informação do Conexão Repórter, Época e do site da Igreja Pentecostal dos Milagres.
Explorada desde os três anos. Pra que serve o ECA?
Paulopes Weblog
Até agora, Alani, 6, não mereceu a mesma atenção as autoridades, e ela continua sendo explorada como milagreira pelo seu pai, o pastor Adauto Santos, da Igreja Pentecostal dos Milagres, da periferia do Rio de Janeiro. O pastor leva a filha aos cultos desde quando ela tinha um ano. Aos três, a menina começou a ser usado para fazer milagres. [ver vídeo abaixo].
A igreja fez um site para “missionarinha Alani” onde diz que quando “ela louva ou toca [as pessoas] como suas mãos, o sobrenatural tem acontecido: paralíticos andam e cancerosos e aidéticos são curados”. Do lado de fora da igreja, há fotos da menina com as mãos estendidas e cartazes nos quais supostos deficientes estão se livrando de muletas e de cadeiras de roda.
O pastor Santos admitiu ao jornalista Roberto Cabrini, do programa Conexão Repórter, do SBT, que a filha tem atraído ultimamente mais fiéis para a igreja e que as ofertas têm aumentado, “mas não muito”.
Também entrevistada pelo Cabrini, a menina disse tudo o que o seu pai gostaria que ela dissesse. Falou que acredita ter o poder de cura, que gosta do que faz, que não deixa de frequentar a escola, que faz a lição de casa direitinho etc.
Ela falou que na escola – cursa o primeiro ano do ensino fundamental – se relaciona normalmente com as amiguinhas, com naturalidade, de igual para igual.
Mas antes de o programa Conexão Repórter ir ao ar na semana passada, Época publicou que Alani é tratada na escola como a “menina superpoderosa”, numa alusão ao desenho animado de três meninas irmãs com poderes extraordinários.
Sandra, a mãe de Alani, disse ao programa do SBT que é uma alegria ter uma filha que recebeu de Jesus o dom de fazer milagre, deixando entendido que não se opõe à participação da menina nos cultos.
Contudo, pela reportagem da Época, em uma determinada época ela chegou a pedir a Santos que mantivesse a menina longe da igreja, o que ocorreu por três anos. Mas o pastor acabou trazendo-a de volta, reforçando o suposto dom de milagre da filha.
Santos costuma contar a história de que Alani começou a fazer milagre já no útero da mãe, que teria se livrado de miomas graças ao poder das mãozinhas da menina. De acordo com a revista, o pastor disse que, quando sua mulher estava grávida de Alani, as pessoas, ao tocar na barriga dela, “sentiam coisas estranhas” e "começavam a chorar".
A psicóloga Rose Araujo não tem dúvida de que a menina foi condicionada pelo pai a agir como milagreira. Ela disse que a Alani pode ter traumas quando der conta de que não possui dom algum ou ao tentar provar pelo resto da vida que de fato é uma pessoa com poderes divinos.
No site da igreja, há em vídeos depoimentos de pessoas que afirmam que obtiveram cura por intermédio da Alani. Se esses vídeos forem levados a sério, Alani já proporcionou mais milagres do que Jesus no decorrer de todo o Novo Testamento. Os "curados", como ocorre em outras igrejas evangélicas, são pessoas pobres que não conseguem cuidar de suas doenças pelo sistema de saúde governamental, o SUS, e muito menos comprar remédios.
Em seu programa, Cabrini mostrou um rapaz que, ao ser tocado pelas mãos da menina, acreditou estar curado de um câncer que, segundo os médicos, tinha se espalhado pelo corpo dele. “Quem me curou foi Jesus por intermédio de Alani”, afirmou o rapaz, que foi abraçado por parentes emocionados. Dias depois, ele morreu.
Para casos como esse, Santos recorre ao argumento que todos os pastores usam: só se curam as pessoas que têm fé o bastante. Ou seja, o rapaz não obteve a cura por culpa dele mesmo.
A própria Alani parece não ter tanta fé, se é que se pode exigir tal coisa de uma criança, porque, quando brinca com suas bonecas, ela as cura não com o toque de suas mãozinhas milagrosas, mas com injeções e remédios. A menina disse que quando crescer quer ser médica e talvez porque deseja curar de verdade as pessoas.
O ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) protege crianças como a Maísa, mas não como Alani, porque as autoridades temem ser acusadas de discriminação religiosa.
Por isso Alani corre o risco de não ter salvação.
Com informação do Conexão Repórter, Época e do site da Igreja Pentecostal dos Milagres.
Explorada desde os três anos. Pra que serve o ECA?
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Advogado diz que Bruno afirmou em audiência que Eliza está em SP

O advogado criminalista José Arteiro de Lima, que defende a mãe de Eliza Samudio, Sônia de Fátima Moura, afirmou nesta terça-feira que sua cliente continua reforçando as acusações contra o goleiro Bruno Fernandes no processo que corre no Rio de Janeiro. Arteiro, que acompanha a audiência nesta tarde em Minas Gerais, disse também que Bruno teria afirmado em depoimento que sua ex-amante, Eliza, está viva e em São Paulo.
“Isso foi o que o Bruno acabou de falar aqui na audiência, que ela está aí”, disse com ironia. “Mas essa semana vai sair cadeia para ele, para ele e para o Macarrão”, completou o advogado.
De acordo com a BandNews FM, Bruno disse ainda durante o julgamento que é inocente e se sente injustiçado. O ex-goleiro afirmou que pretende continuar a carreira no futebol para cuidar das duas filhas, do seu casamento com Dayane Rodrigues – também acusada pela suposta morte de Eliza – e do possível terceiro filho, fruto do relacionamento com a vítima.
Essa foi a primeira vez que o atleta falou em juízo sobre o desaparecimento de sua ex-amante. A juíza Maria José Starling, da comarca de e Esmeraldas, na região metropolitana de Belo Horizonte, que preside a audiência de hoje, declarou que não há motivos suficientes para manter os acusados presos, mas a decisão é da juíza Marixa Fabiane Lopes Rodrigues, do Tribunal do Júri da comarca de Contagem, onde o processo está sendo julgado.
Rio de Janeiro
Na capital carioca, Bruno e o seu amigo, Luiz Henrique Romão, o Macarrão, respondem por sequestro, cárcere privado e agressão contra Eliza. Os crimes teriam sido cometidos em outubro de 2009.
Arteiro afirmou ainda ao eBand que informações que dizem que Sônia estaria deixando o caso no Rio de Janeiro estão “sendo plantadas pelo [Ércio] Quaresma”, advogado de defesa de Bruno. Ainda segundo o defensor de Sônia, foi ameaçada pelo defensor de Bruno. “Ele está ameaçando todo mundo”, completou.
A reportagem tentou entrar em contato com Quaresma, mas a ligação foi direcionada para a caixa postal.
O caso
Nove acusados estão presos por envolvimento no desaparecimento de Eliza, no início de junho deste ano. Eles respondem na Justiça por homicídio triplamente qualificado, sequestro e cárcere privado, ocultação de cadáver e corrupção de menor. Um adolescente de 17 anos está apreendido.
Entre os acusados, o ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, foi denunciado por homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver. Todos negam o crime, e, se condenados, podem receber penas de mais de 30 anos.
Eliza tentava provar na Justiça que Bruno era pai de seu filho recém-nascido. Ela teria sido vista pela última vez em uma propriedade do atleta, em Esmeraldas, região metropolitana de Belo Horizonte.
Marielly Campos
eBand
“Isso foi o que o Bruno acabou de falar aqui na audiência, que ela está aí”, disse com ironia. “Mas essa semana vai sair cadeia para ele, para ele e para o Macarrão”, completou o advogado.
De acordo com a BandNews FM, Bruno disse ainda durante o julgamento que é inocente e se sente injustiçado. O ex-goleiro afirmou que pretende continuar a carreira no futebol para cuidar das duas filhas, do seu casamento com Dayane Rodrigues – também acusada pela suposta morte de Eliza – e do possível terceiro filho, fruto do relacionamento com a vítima.
Essa foi a primeira vez que o atleta falou em juízo sobre o desaparecimento de sua ex-amante. A juíza Maria José Starling, da comarca de e Esmeraldas, na região metropolitana de Belo Horizonte, que preside a audiência de hoje, declarou que não há motivos suficientes para manter os acusados presos, mas a decisão é da juíza Marixa Fabiane Lopes Rodrigues, do Tribunal do Júri da comarca de Contagem, onde o processo está sendo julgado.
Rio de Janeiro
Na capital carioca, Bruno e o seu amigo, Luiz Henrique Romão, o Macarrão, respondem por sequestro, cárcere privado e agressão contra Eliza. Os crimes teriam sido cometidos em outubro de 2009.
Arteiro afirmou ainda ao eBand que informações que dizem que Sônia estaria deixando o caso no Rio de Janeiro estão “sendo plantadas pelo [Ércio] Quaresma”, advogado de defesa de Bruno. Ainda segundo o defensor de Sônia, foi ameaçada pelo defensor de Bruno. “Ele está ameaçando todo mundo”, completou.
A reportagem tentou entrar em contato com Quaresma, mas a ligação foi direcionada para a caixa postal.
O caso
Nove acusados estão presos por envolvimento no desaparecimento de Eliza, no início de junho deste ano. Eles respondem na Justiça por homicídio triplamente qualificado, sequestro e cárcere privado, ocultação de cadáver e corrupção de menor. Um adolescente de 17 anos está apreendido.
Entre os acusados, o ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, foi denunciado por homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver. Todos negam o crime, e, se condenados, podem receber penas de mais de 30 anos.
Eliza tentava provar na Justiça que Bruno era pai de seu filho recém-nascido. Ela teria sido vista pela última vez em uma propriedade do atleta, em Esmeraldas, região metropolitana de Belo Horizonte.
Marielly Campos
eBand
Obras fornecem informações seguras sobre a puberdade para jovens

Garotos e garotas podem tirar dúvidas em livros especiais sobre o assunto
A partir dos 9 anos, o corpo de meninos e meninas começa a mudar. É a preparação para o amadurecimento. As dúvidas surgem em proporções maiores do que as transformações. A identificação com personagens da infância, como os da Turma da Mônica, funciona muito bem nesta busca por respostas.
Autor de obras com títulos semelhantes, Antonio Carlos Vilela se uniu a Mauricio de Sousa para criar Coisas que os garotos devem saber e Coisas que as garotas devem saber. Por meio de um texto divertido e atual, com o apoio de imagens em mangás, ele explica tudinho — até as coisas que parecem banais, como dar um beijo, por exemplo.
Cada obra é voltada para um gênero, mas elas se encontram, já que ambos passam por situações semelhantes. Objetividade, naturalidade da abordagem e a apresentação são componentes importantes.
Além de temas sérios como drogas, violência, prevenção de doenças sexualmente transmissíveis e gravidez indesejada, abordam tudo aquilo que meninos e meninas se perguntam na adolescência. Os autores fornecem conselhos valiosos para que os jovens conheçam o corpo e entendam as mudanças da puberdade.
Coisas que os garotos devem saber e Coisas que as garotas devem saber, de Mauricio de Sousa e Antonio Carlos Vilela. Melhoramentos.
A partir dos 9 anos, o corpo de meninos e meninas começa a mudar. É a preparação para o amadurecimento. As dúvidas surgem em proporções maiores do que as transformações. A identificação com personagens da infância, como os da Turma da Mônica, funciona muito bem nesta busca por respostas.
Autor de obras com títulos semelhantes, Antonio Carlos Vilela se uniu a Mauricio de Sousa para criar Coisas que os garotos devem saber e Coisas que as garotas devem saber. Por meio de um texto divertido e atual, com o apoio de imagens em mangás, ele explica tudinho — até as coisas que parecem banais, como dar um beijo, por exemplo.
Cada obra é voltada para um gênero, mas elas se encontram, já que ambos passam por situações semelhantes. Objetividade, naturalidade da abordagem e a apresentação são componentes importantes.
Além de temas sérios como drogas, violência, prevenção de doenças sexualmente transmissíveis e gravidez indesejada, abordam tudo aquilo que meninos e meninas se perguntam na adolescência. Os autores fornecem conselhos valiosos para que os jovens conheçam o corpo e entendam as mudanças da puberdade.
Coisas que os garotos devem saber e Coisas que as garotas devem saber, de Mauricio de Sousa e Antonio Carlos Vilela. Melhoramentos.
Romí de Liz
Novas espécies da Amazônia

A organização ambientalista internacional WWF (World Wide Fund for Nature) lançou um relatório que faz uma extensa compilação das mais de 1.200 novas espécies de animais e vegetais descobertas na Amazônia na última década.
Segundo o estudo, intitulado "Amazon Alive!" uma nova espécie foi descoberta a cada três dias na região entre 1999 e 2009.
Os números comprovam que a Amazônia é dos lugares de maior biodiversidade da Terra: foram catalogados 637 novas plantas, 257 peixes, 216 anfíbios, 55 répteis, 39 mamíferos e 16 pássaros.
"O volume de descobertas de novas espécies é incrível - e isso sem incluir o grupo dos insetos, onde as descobertas também são muitas", afirma a coordenadora da WWF no Brasil Sarah Hutchison.
"Esse relatório mostra a incrível diversidade da vida na Amazônia e por isso precisamos de ações urgentes para que essas espécies sobrevivam."






Suspeito de praticar 40 estupros no RJ se entrega à polícia, diz delegacia

Ele teria cometido 23 estupros na Ilha do Governador e 17 em Itaboraí.
Segundo a polícia, as vítimas eram solteiras e moravam sozinhas.
Um homem de 34 anos, suspeito de praticar 40 estupros no estado do Rio, se entregou à polícia na manhã desta terça-feira (26). Segundo informações da 37ª DP (Ilha do Governador), 23 estupros teriam sido cometidos na Ilha do Governador, e outros 17 em Itaboraí, na Região Metropolitana do Rio.
De acordo com a polícia, com o objetivo de facilitar o crime, o suspeito procurava vítimas solteiras e que morassem sozinhas. Ele também invadia as casas das vítimas durante a madrugada e, com uma faca, fazia ameaças.
Segundo a polícia, a investigação começou quando o suspeito deu um celular roubado de uma das vítimas para uma mulher. Todas as ligações foram rastreadas e a mulher foi chamada a depor.
Ainda de acordo com a polícia, no dia do depoimento, o suspeito foi com a mulher até a delegacia, onde foi ouvido e liberado. Desconfiados, os policiais continuaram a investigar o caso. Os investigadores checaram a ficha criminal do suspeito e descobriram que ele morava em Itaboraí, onde, na época do depoimento, já tinham sido registrados 13 casos de estupros. Todas as vítimas ouvidas descreveram o estuprador. O perfil, segundo a polícia, se encaixava na descrição do suspeito, que se entregou nesta terça.
Segundo a polícia, as vítimas eram solteiras e moravam sozinhas.
Um homem de 34 anos, suspeito de praticar 40 estupros no estado do Rio, se entregou à polícia na manhã desta terça-feira (26). Segundo informações da 37ª DP (Ilha do Governador), 23 estupros teriam sido cometidos na Ilha do Governador, e outros 17 em Itaboraí, na Região Metropolitana do Rio.
De acordo com a polícia, com o objetivo de facilitar o crime, o suspeito procurava vítimas solteiras e que morassem sozinhas. Ele também invadia as casas das vítimas durante a madrugada e, com uma faca, fazia ameaças.
Segundo a polícia, a investigação começou quando o suspeito deu um celular roubado de uma das vítimas para uma mulher. Todas as ligações foram rastreadas e a mulher foi chamada a depor.
Ainda de acordo com a polícia, no dia do depoimento, o suspeito foi com a mulher até a delegacia, onde foi ouvido e liberado. Desconfiados, os policiais continuaram a investigar o caso. Os investigadores checaram a ficha criminal do suspeito e descobriram que ele morava em Itaboraí, onde, na época do depoimento, já tinham sido registrados 13 casos de estupros. Todas as vítimas ouvidas descreveram o estuprador. O perfil, segundo a polícia, se encaixava na descrição do suspeito, que se entregou nesta terça.
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Enfermeira é flagrada ao desligar respirador artificial por engano
Uma enfermeira foi filmada por uma câmera de vigilância desligando por engano o respirador artificial de um paciente na Inglaterra.
Violeta Aylward trabalhava para uma agência cujos serviços foram contratados pelo sistema público de saúde britânico, o NHS. Ela atendia o tetraplégico Jamie Merrett, de 37 anos, na residência do paciente, em Wiltshire.
Em 2009, Merrett instalou uma câmera perto de sua cama, pois já temia pela qualidade do atendimento. Dias depois, a câmera registrou o momento em que a enfermeira desliga o aparelho.
O vídeo da câmera de vigilância mostra a outra enfermeira perguntando a Violeta o que ela tinha feito. Em seguida, elas entram em pânico e tentam usar um outro aparelho, de forma incorreta, para voltar a fornecer oxigênio para o paciente.
Merrett até tentou alertar Violeta, fazendo estalos com a língua, mas a enfermeira não percebeu o sinal do paciente, que ficou sem oxigênio durante 21 minutos - até que os paramédicos chegassem e conseguissem religar a máquina.
Sequelas
Jamie Merret precisa de cuidados em casa desde 2002, quando sofreu o acidente que o deixou tetraplégico. Mas ele era independente, conseguia controlar sua cadeira de rodas e usar um computador com um sistema ativado por sua voz. Depois do incidente, sofreu danos cerebrais graves.
A irmã do paciente, Karren Reynolds, diz que ele agora está completamente mudado e "não tem mais uma vida". Seu nível de entendimento, que antes era normal, agora é o de uma criança.
O advogado da família afirma que ninguém admitiu a responsabilidade pelo episódio, quase dois anos depois do incidente. O NHS local apenas declarou que tomou medidas para que o caso não se repita.
A enfermeira está suspensa, e o incidente ainda está sendo investigado pelo Conselho de Enfermagem britânico.
BBC Brasil
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RJ: Mobilização contra a exploração sexual infantil

Município de Guapimirim entra na luta contra o crime. Passeata realizada na semana passada buscou conscientizar a população
do clipping da Andi
Juntando-se às manifestações de repúdio que ocorrem em todo o País contra a exploração e o abuso sexual infantil, a sociedade de Guapimirim, município inserido em uma das mais belas regiões turísticas do Rio de Janeiro, vem se mobilizando para combater o crime praticado contra crianças e adolescentes. Uma das ações foi a realização de uma passeata, na semana passada, pelas ruas centrais do município. O objetivo é conclamar a todos para educar, fiscalizar e denunciar casos verificados. Uma das mais fortes entidades do Rio de Janeiro, a Federação das Indústrias (Firjan), também entrou na luta mobilizando empresas em todo o território fluminense para combater a exploração sexual de meninos e meninas. A recente Declaração de Compromisso Corporativo de Enfrentamento da Violência Sexual de Crianças e Adolescentes foi assinada por 23 instituições. O ministro da Secretaria de Direitos Humanos, Paulo Vannucchi, destacou a importância da atuação do setor produtivo no combate e este tipo de crime e convocou outras empresas e setores da economia para o compromisso.
Fonte: O Dia (RJ) – 23/10/2010
prómenino
do clipping da Andi
Juntando-se às manifestações de repúdio que ocorrem em todo o País contra a exploração e o abuso sexual infantil, a sociedade de Guapimirim, município inserido em uma das mais belas regiões turísticas do Rio de Janeiro, vem se mobilizando para combater o crime praticado contra crianças e adolescentes. Uma das ações foi a realização de uma passeata, na semana passada, pelas ruas centrais do município. O objetivo é conclamar a todos para educar, fiscalizar e denunciar casos verificados. Uma das mais fortes entidades do Rio de Janeiro, a Federação das Indústrias (Firjan), também entrou na luta mobilizando empresas em todo o território fluminense para combater a exploração sexual de meninos e meninas. A recente Declaração de Compromisso Corporativo de Enfrentamento da Violência Sexual de Crianças e Adolescentes foi assinada por 23 instituições. O ministro da Secretaria de Direitos Humanos, Paulo Vannucchi, destacou a importância da atuação do setor produtivo no combate e este tipo de crime e convocou outras empresas e setores da economia para o compromisso.
Fonte: O Dia (RJ) – 23/10/2010
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Mãe é acusada de matar bebês e esconder corpos em armário

Uma americana de 44 anos foi acusada de homicídio, depois que os restos mortais de cinco bebês recém-nascidos foram encontrados em um armário de seu apartamento.
Segundo a acusação, Michele Kalina teria matado seus bebês de forma violenta e teria escondido de seu amante que esteve grávida pelo menos cinco vezes desde 1996.
O caso veio à tona quando o marido e a filha de Kalina encontraram restos mortais de cinco bebês em um armário do apartamento onde eles viviam em Reading, na Pensilvânia. Alguns dos cadáveres estavam em recipientes térmicos e um estava coberto com cimento.
Segundo a autópsia, pelo menos quatro dos bebês nasceram vivos e foram mortos por asfixia, envenenamento ou negligência.
'Cisto no ovário'
Segundo as autoridades, Kalina teria justificado a barriga inchada ao longo dos anos dizendo ao marido e ao amante que sofria de cistos no ovário.
"Ninguém sabia que ela estava grávida", disse o procurador do condado de Berkshire, John T. Adams, ao jornal local Reading Eagle.
"Eu trabalho com justiça criminal há 25 anos e essa é a coisa mais bizarra que eu já ouvi."
Teste de DNA comprovaram que três dos bebês eram filhos de Kalina e de seu amante, que não foi identificado. O quarto bebê seria filho de Kalina e possivelmente de seu amante. Não foi possível identificar os pais ou a causa da morte do quinto bebê.
Carreira estável
Michele Kalina é ajudante de enfermeira e tem uma carreira estável, trabalhando há 14 anos para o mesmo empregador, sem nunca ter tirado licença maternidade ou licença médica prolongada, segundo depoimentos no caso. Mas Kalina teria dito à polícia que é alcoólatra e passa por períodos de perda de consciência.
Até ser presa, ela vivia com o marido deficiente físico e a filha de 19 anos em um apartamento e teria proibido ambos de mexer no armário. O casal também teve um filho, que tinha paralisia cerebral e morreu aos 13 anos de idade, em 2000.
A acusação provou ainda que Kalina teve uma bebê de seu amante em 2003 que foi deixada em uma agência de adoção. Até ser confrontada com os papeis da adoção, Kalina negava ter ficado grávida novamente depois de ter os dois filhos com o marido.
Além da acusação de homicídio, a ajudante de enfermeira também vai ser julgada por outros crimes, entre eles de esconder a morte de crianças e de abuso de cadáver.
Segundo a acusação, Michele Kalina teria matado seus bebês de forma violenta e teria escondido de seu amante que esteve grávida pelo menos cinco vezes desde 1996.
O caso veio à tona quando o marido e a filha de Kalina encontraram restos mortais de cinco bebês em um armário do apartamento onde eles viviam em Reading, na Pensilvânia. Alguns dos cadáveres estavam em recipientes térmicos e um estava coberto com cimento.
Segundo a autópsia, pelo menos quatro dos bebês nasceram vivos e foram mortos por asfixia, envenenamento ou negligência.
'Cisto no ovário'
Segundo as autoridades, Kalina teria justificado a barriga inchada ao longo dos anos dizendo ao marido e ao amante que sofria de cistos no ovário.
"Ninguém sabia que ela estava grávida", disse o procurador do condado de Berkshire, John T. Adams, ao jornal local Reading Eagle.
"Eu trabalho com justiça criminal há 25 anos e essa é a coisa mais bizarra que eu já ouvi."
Teste de DNA comprovaram que três dos bebês eram filhos de Kalina e de seu amante, que não foi identificado. O quarto bebê seria filho de Kalina e possivelmente de seu amante. Não foi possível identificar os pais ou a causa da morte do quinto bebê.
Carreira estável
Michele Kalina é ajudante de enfermeira e tem uma carreira estável, trabalhando há 14 anos para o mesmo empregador, sem nunca ter tirado licença maternidade ou licença médica prolongada, segundo depoimentos no caso. Mas Kalina teria dito à polícia que é alcoólatra e passa por períodos de perda de consciência.
Até ser presa, ela vivia com o marido deficiente físico e a filha de 19 anos em um apartamento e teria proibido ambos de mexer no armário. O casal também teve um filho, que tinha paralisia cerebral e morreu aos 13 anos de idade, em 2000.
A acusação provou ainda que Kalina teve uma bebê de seu amante em 2003 que foi deixada em uma agência de adoção. Até ser confrontada com os papeis da adoção, Kalina negava ter ficado grávida novamente depois de ter os dois filhos com o marido.
Além da acusação de homicídio, a ajudante de enfermeira também vai ser julgada por outros crimes, entre eles de esconder a morte de crianças e de abuso de cadáver.
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Bandido executou inocentes por ciúme de ex-namorada

Vinícius Anselmo de Araújo da Luz, o Vinicinho Jogador, de 28 anos, foi o primeiro a ser identificado. Ele teria ido ao local em uma picape para matar o taxista Ubirajara, o Bira, de 32 anos, atual companheiro de sua ex-namorada. Luiz Fernando Nascimento Ferreira, o Bacalhau, de 30 anos — que já tinha antecedentes por tráfico, associação para o tráfico e falsidade ideológica —, e Renato Ramos da Fonseca, o Renatinho, de 29, também foram reconhecidos. Todos moram na Favela do Chapadão, na Pavuna.
De acordo com uma testemunha, os bandidos saltaram do carro atirando a esmo, enquanto outro grupo fazia a cobertura dos bandidos. Rozilene Nascimento, de 37 anos, morreu no local. Tiago da Silva Santos, de 25, morreu no PAM de São João, Waldenir de Oliveira de Jesus, de 16, morreu no posto de saúde de Vila Éden, Gilson Alves de Lino, de 42, morreu no Hospital de Saracuruna, e Marcos Otávio Barbosa, de 16, morreu no Hospital da Posse.
Mário Flávio da Cunha foi baleado na cabeça e permanece internado no Hospital de Saracuruna. Outras quatro pessoas também foram atingidas, mas sem gravidade.
Segundo a polícia, a ex-namorada de Vinicinho teria terminado o relacionamento quando ele foi preso, por uma tentativa de assalto a ônibus, há três anos. Ao sair da cadeia, em março de 2009, ele havia prometido matar Ubirajara, que passou a se esconder com a companheira em São João de Meriti. Ubirajara já havia sofrido uma tentativa de homicídio, no ano passado. Na ocasião, Vinicinho e Renatinho atiraram contra ele, mas o taxista escapou.
Na segunda-feira, a 64ª DP recebeu denúncias de que, após a chacina, os três teriam metralhado um bar, e, mais tarde, fugido para a Favela da Chatuba, na Penha.
Choro e revolta no enterro de vítimas
Duas das vítimas foram enterradas na segunda-feira e as outras devem ser enterradas nesta terça à tarde. O velório de Thiago dos Santos reuniu cerca de 200 pessoas, entre amigos, parentes e vizinhos, que chegaram ao Cemitério de Olinda, em Nilópolis, em dois ônibus alugados.
Thiago morava com a mãe, numa casa próxima ao local da chacina. De acordo com um dos irmãos da vítima, o segurança José Cleriston Silva dos Santos, de 32 anos, ele e o irmão trabalharam como auxiliares de gráfica, até ficarem desempregados. Nesta terça, ele começaria num novo emprego, como segurança de um restaurante, em Copacabana.
— A gente não tem liberdade, com esses vermes, esse lixo. É com a família deles que eles têm que fazer ruindades — afirmou, emocionada, Fátima Guimarães da Silva, de 54 an
Choros de amigos da escola e do curso de violão tornou ainda mais triste o ambiente do enterro do estudante Waldenir de Oliveira de Jesus, no Cemitério do Éden, no mesmo bairro onde aconteceu a chacina.
Professor de violão de Waldenir, Dinho Ramos lembrou do aluno inteligente e dedicado que perdeu.

‘Em minutos perdi o filho e a cunhada’
Pai de Marcos Otávio Barbosa, de 16 anos, um dos adolescentes mortos na chacina, Márcio Alexandre Barbosa da Silva descreveu como foi o ataque. Sua mulher, Cátia Sidônia Souza e Silva, era a aniversariante e completava 36 anos. De acordo com ele, a festa ainda estava no início, por volta das 19h, quando uma Hilux preta parou em frente, quatro homens saltaram e fizeram os disparos.
— Eles estavam armados com fuzis. Em cinco minutos, perdi o filho e a cunhada — contou Márcio, referindo-se a Rozilene.
A suspeita de crime passional foi confirmada pelo comandante do 21º BPM (Vilar dos Teles), tenente-coronel George Freitas, que confirmou ter recebido a informação de que Vinicinho teria encomendado a morte de um homem que estaria saindo com sua ex-mulher. George prometeu fazer operações nos próximos dias, com a ajuda de outros batalhões da Baixada, para prender os bandidos.
De ex-fuzileiro a assassino
A trajetória de fuzileiro naval a mandante da chacina que aterrorizou São João de Meriti foi marcada por uma motivação: a obsessão pela ex-namorada. Em 2006, o então soldado da Marinha traçou um caminho sem volta ao se envolver numa tentativa de assalto a ônibus em Nova Iguaçu. Alguns meses depois de ter sido preso, a namorada dele decidiu acabar o relacionamento de cerca de quatro anos.
Em 2007, ela começou a namorar Ubirajara, o Bira, também criado na Vila Tiradentes, assim como o seu ex. Na época, Vinicinho Jogador — como ficou conhecido no mundo do crime — estava atrás das grades e prometeu que daria um fim ao companheiro da mulher que dizia amar.
Quando saiu da cadeia, em março de 2009, a notícia de que a ex tinha um filho recém nascido alimentou o ódio de Vinicinho, que decidiu cumprir a promessa. No dia 27 de dezembro, Bira escapou da morte pela primeira vez, de acordo com depoimento dado ontem por Bira na 64ª DP (Vilar dos Teles).
No dia do casamento do irmão, ele saiu da casa da mãe, na Vila Tiradentes, para comprar cerveja, quando teria sido surpreendido pelo rival. Segundo ele, Vinicinho desceu de um carro com Renato Ramos da Fonseca, o Renatinho, também reconhecido na chacina. Os dois começaram a atirar. Bira conseguiu fugir, mas não registrou ocorrência, com medo de sofrer um novo ataque.
‘Eu amo a sua filha’
Na semana passada, a companheira de Bira teve um encontro ocasional com o ex enquanto caminhava com a mãe pelas ruas da Vila Tiradentes. Segundo depoimento, Vinicinho passou as mãos nos cabelos da ex, grávida de sete meses, e disse para a sua mãe: “Eu ainda amo a sua filha”. Assustada, a mulher se agarrou ao filho de 1 ano e 8 meses, que estava no seu colo.
No domingo, Bira apareceu no caminho de Vinicinho. Desta vez, não foi ocasional. Com um fuzil na mão, Vinicinho desceu de uma picape com outros três homens armados para cumprir a promessa feita quando estava na cadeia. Bira, que assistia ao jogo entre Flamengo e Vasco, pelo Campeonato Brasileiro, escapou da morte pela segunda vez.
Além de Renatinho, a vítima identificou Luiz Fernando Nascimento Ferreira, o Bacalhau, suspeito de chefiar o tráfico no Chapadão, na Pavuna e cabeça do “Bonde do Bacalhau”.
Extra Online
Caso de Polícia
Pai de Marcos Otávio Barbosa, de 16 anos, um dos adolescentes mortos na chacina, Márcio Alexandre Barbosa da Silva descreveu como foi o ataque. Sua mulher, Cátia Sidônia Souza e Silva, era a aniversariante e completava 36 anos. De acordo com ele, a festa ainda estava no início, por volta das 19h, quando uma Hilux preta parou em frente, quatro homens saltaram e fizeram os disparos.
— Eles estavam armados com fuzis. Em cinco minutos, perdi o filho e a cunhada — contou Márcio, referindo-se a Rozilene.
A suspeita de crime passional foi confirmada pelo comandante do 21º BPM (Vilar dos Teles), tenente-coronel George Freitas, que confirmou ter recebido a informação de que Vinicinho teria encomendado a morte de um homem que estaria saindo com sua ex-mulher. George prometeu fazer operações nos próximos dias, com a ajuda de outros batalhões da Baixada, para prender os bandidos.
De ex-fuzileiro a assassino
A trajetória de fuzileiro naval a mandante da chacina que aterrorizou São João de Meriti foi marcada por uma motivação: a obsessão pela ex-namorada. Em 2006, o então soldado da Marinha traçou um caminho sem volta ao se envolver numa tentativa de assalto a ônibus em Nova Iguaçu. Alguns meses depois de ter sido preso, a namorada dele decidiu acabar o relacionamento de cerca de quatro anos.
Em 2007, ela começou a namorar Ubirajara, o Bira, também criado na Vila Tiradentes, assim como o seu ex. Na época, Vinicinho Jogador — como ficou conhecido no mundo do crime — estava atrás das grades e prometeu que daria um fim ao companheiro da mulher que dizia amar.
Quando saiu da cadeia, em março de 2009, a notícia de que a ex tinha um filho recém nascido alimentou o ódio de Vinicinho, que decidiu cumprir a promessa. No dia 27 de dezembro, Bira escapou da morte pela primeira vez, de acordo com depoimento dado ontem por Bira na 64ª DP (Vilar dos Teles).
No dia do casamento do irmão, ele saiu da casa da mãe, na Vila Tiradentes, para comprar cerveja, quando teria sido surpreendido pelo rival. Segundo ele, Vinicinho desceu de um carro com Renato Ramos da Fonseca, o Renatinho, também reconhecido na chacina. Os dois começaram a atirar. Bira conseguiu fugir, mas não registrou ocorrência, com medo de sofrer um novo ataque.
‘Eu amo a sua filha’
Na semana passada, a companheira de Bira teve um encontro ocasional com o ex enquanto caminhava com a mãe pelas ruas da Vila Tiradentes. Segundo depoimento, Vinicinho passou as mãos nos cabelos da ex, grávida de sete meses, e disse para a sua mãe: “Eu ainda amo a sua filha”. Assustada, a mulher se agarrou ao filho de 1 ano e 8 meses, que estava no seu colo.
No domingo, Bira apareceu no caminho de Vinicinho. Desta vez, não foi ocasional. Com um fuzil na mão, Vinicinho desceu de uma picape com outros três homens armados para cumprir a promessa feita quando estava na cadeia. Bira, que assistia ao jogo entre Flamengo e Vasco, pelo Campeonato Brasileiro, escapou da morte pela segunda vez.
Além de Renatinho, a vítima identificou Luiz Fernando Nascimento Ferreira, o Bacalhau, suspeito de chefiar o tráfico no Chapadão, na Pavuna e cabeça do “Bonde do Bacalhau”.
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Indonésia inicia evacuação de 40 mil por alerta de erupção de vulcão

Após quatro anos de inatividade, Merapi volta a expelir lava; vulcão está na ilha de Java
JACARTA - As autoridades da Indonésia iniciaram nesta segunda-feira, 25, a evacuação de 40 mil pessoas após elevar o nível de alerta de erupção do vulcão Merapi, na ilha de Java.
O vulcão, que entrou em erupção pela última vez em 2006, expulsou pequenas quantidades de lava que chegaram ao rio Gendol após aumentar sua atividade durante o fim de semana, informou a imprensa local. O chefe de Centro de Vulcanologia alertou que as observações indicam que a erupção do Merapi pode ser semelhante à que ocorreu em 1930, quando 13 aldeias foram destruídas e 1.400 pessoas morreram.Em 2006, o vulcão entrou em erupção após um terremoto na região de Yogyakarta, centro de Java, e provocou uma nuvem de cinza incandescente e gás que causou duas mortes.
A Indonésia está sobre o chamado 'Anel de Fogo do Pacífico', uma zona de grande atividade sísmica e vulcânica, e tem cerca de 400 vulcões, dos quais 129 estão ativos.
Estadão
JACARTA - As autoridades da Indonésia iniciaram nesta segunda-feira, 25, a evacuação de 40 mil pessoas após elevar o nível de alerta de erupção do vulcão Merapi, na ilha de Java.
O vulcão, que entrou em erupção pela última vez em 2006, expulsou pequenas quantidades de lava que chegaram ao rio Gendol após aumentar sua atividade durante o fim de semana, informou a imprensa local. O chefe de Centro de Vulcanologia alertou que as observações indicam que a erupção do Merapi pode ser semelhante à que ocorreu em 1930, quando 13 aldeias foram destruídas e 1.400 pessoas morreram.Em 2006, o vulcão entrou em erupção após um terremoto na região de Yogyakarta, centro de Java, e provocou uma nuvem de cinza incandescente e gás que causou duas mortes.
A Indonésia está sobre o chamado 'Anel de Fogo do Pacífico', uma zona de grande atividade sísmica e vulcânica, e tem cerca de 400 vulcões, dos quais 129 estão ativos.
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Tsunami mata pelo menos 1 e deixa 160 desaparecidos na Indonésia

Onda gigante seguiu-se a tremor de magnitude 7,7 na costa de Sumatra.
Duas localidades costeiras tiveram casas destruídas, dizem autoridades.
Pelo menos 160 pessoas estão desaparecidas em uma localidade indonésia atingida por uma onda gigante, após um terremoto ter abalado a costa da Ilha de Sumatra na véspera, disseram autoridades nesta terça-feira (26).
O tremor de magnitude 7,7 ocorreu a cerca de 33 km de profundidade e a 78 km a oeste de Pagai Sul, nas Ilhas Mentawai, na noite de segunda, e destruiu casas na cidade costeira de Betu Monga, segundo autoridades locais.
Duas réplicas de magnitude de até 6,1 e 6,2 foram registradas durante a madrugada, segundo o Serviço Geológico dos Estados Unidos, que vigia a atividade sísmica no mundo todo.
Das 200 pessoa
s que moram na região, só 40 foram encontradas. A maioria dos desaparecidos são mulheres e crianças.
Em Malakopa, uma pessoa morreu, e duas estão desaparecidas. Cerca de 80% das casas estão destruídas.
A polícia está à procura dos desaparecidos e socorrendo os desabrigados. Um barco de turistas com pelo menos 8 australianos perdeu contato via rádio desde o terremoto, segundo o Departamento de Assuntos Estrangeiros da Austrália.
O americano Centro de Alerta de Tsunamis do Pacífico informou que um tsunami "significante" foi criado pelo terremoto.
As autoridades locais chegaram a emitir um alerta de tsunami depois do tremor, mas ele foi levantado logo depois. Um pescador relatou que foi criada uma onda de três metros de altura.
Em dezembro de 2004, um tsunami causado por um tremor de magnitude superior a 9, na costa de Sumatra, matou mais de 226 pessoas em vários países.
Em dezembro de 2004, um terremoto de magnitude 9,1 atingiu a ilha de Sumatra, provocando o devastador tsunami e levando à destruição de localidades em vários países banhados pelo Oceano Índico, com um resultado de mais de 226 mil mortos.
Há um ano, a cidade de Padang sofreu um terremoto de magnitude 7,6, que matou pelo menos 700 pessoas e danificou 180 mil casas.
A Indonésia fica no chamado Anel de Fogo do Pacífico, uma região de grande atividade sísmica e vulcânica que é atingida por cerca de 7 mil tremores por ano. A maioria deles tem pouca potência e passa despercebida pela população.
G1
Duas localidades costeiras tiveram casas destruídas, dizem autoridades.
Pelo menos 160 pessoas estão desaparecidas em uma localidade indonésia atingida por uma onda gigante, após um terremoto ter abalado a costa da Ilha de Sumatra na véspera, disseram autoridades nesta terça-feira (26).
O tremor de magnitude 7,7 ocorreu a cerca de 33 km de profundidade e a 78 km a oeste de Pagai Sul, nas Ilhas Mentawai, na noite de segunda, e destruiu casas na cidade costeira de Betu Monga, segundo autoridades locais.
Duas réplicas de magnitude de até 6,1 e 6,2 foram registradas durante a madrugada, segundo o Serviço Geológico dos Estados Unidos, que vigia a atividade sísmica no mundo todo.
Das 200 pessoa

Em Malakopa, uma pessoa morreu, e duas estão desaparecidas. Cerca de 80% das casas estão destruídas.
A polícia está à procura dos desaparecidos e socorrendo os desabrigados. Um barco de turistas com pelo menos 8 australianos perdeu contato via rádio desde o terremoto, segundo o Departamento de Assuntos Estrangeiros da Austrália.
O americano Centro de Alerta de Tsunamis do Pacífico informou que um tsunami "significante" foi criado pelo terremoto.
As autoridades locais chegaram a emitir um alerta de tsunami depois do tremor, mas ele foi levantado logo depois. Um pescador relatou que foi criada uma onda de três metros de altura.
Em dezembro de 2004, um tsunami causado por um tremor de magnitude superior a 9, na costa de Sumatra, matou mais de 226 pessoas em vários países.
Em dezembro de 2004, um terremoto de magnitude 9,1 atingiu a ilha de Sumatra, provocando o devastador tsunami e levando à destruição de localidades em vários países banhados pelo Oceano Índico, com um resultado de mais de 226 mil mortos.
Há um ano, a cidade de Padang sofreu um terremoto de magnitude 7,6, que matou pelo menos 700 pessoas e danificou 180 mil casas.
A Indonésia fica no chamado Anel de Fogo do Pacífico, uma região de grande atividade sísmica e vulcânica que é atingida por cerca de 7 mil tremores por ano. A maioria deles tem pouca potência e passa despercebida pela população.
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segunda-feira, 25 de outubro de 2010
Gêmeos são baleados em briga de trânsito em Guarapuava

Um deles morreu na hora e outro foi levado a hospital
Dois irmãos gêmeos de 36 anos foram baleados em uma briga de trânsito, no domingo (24), em Guarapuava. Um deles morreu na hora. O outro foi levado ao hospital.
Segundo a Polícia Militar, os dois estavam no mesmo carro e se envolveram em uma colisão. O motorista de outro veículo atirou em um dos irmãos, que foi ferido no pescoço e morreu na hora. A outra vítima foi baleada na virilha e conseguiu pedir ajuda para um morador da região, que o socorreu.
O atirador fugiu do local. A polícia procura por ele nesta segunda-feira (25).
Jornale
Dois irmãos gêmeos de 36 anos foram baleados em uma briga de trânsito, no domingo (24), em Guarapuava. Um deles morreu na hora. O outro foi levado ao hospital.
Segundo a Polícia Militar, os dois estavam no mesmo carro e se envolveram em uma colisão. O motorista de outro veículo atirou em um dos irmãos, que foi ferido no pescoço e morreu na hora. A outra vítima foi baleada na virilha e conseguiu pedir ajuda para um morador da região, que o socorreu.
O atirador fugiu do local. A polícia procura por ele nesta segunda-feira (25).
Jornale
Pai de menina Joanna é preso

Rio - O técnico judiciário e pai da menina Joanna Marins, André Rodrigues Marins, foi preso na noite desta segunda-feira, no Tribunal de Justiça do Rio e está sendo levado para a Delegacia de Criança e Adolescente Vítima (Decav). Ainda nesta segunda-feira, a promotora da 25ª Promotoria de Investigação Penal, Ana Lúcia Melo, pediu a prisão de André e de Vanessa Maia, madrasta da criança. Os dois respondem pelos crimes de tortura, com dolo direto e homicídio qualificado por meio cruel. A menina morreu em agosto deste ano, quando estava sob a guarda do pai. O casal ainda pode ir a juri popular.
Durante coletiva, a promotora disse que Vanessa Maia, madrasta da menina Joanna Marins, é tão responsável quanto o pai, André Rodrigues Marins, pela morte da menina. Segundo Ana Lúcia Melo, Vanessa acompanhava tudo o que era feito com relação à criança que faleceu em agosto. Ainda nesta segunda-feira, a promotora pediu a prisão preventiva do casal. A Justiça tem o prazo de cinco dias para dar uma posição sobre o caso.
Ana Lúcia Melo explicou que a madrasta foi incluída no caso pois também possuía a guarda da menina, afinal Joanna Marins ficava na casa dela. Segundo Ana Lúcia Melo, Joanna passou três dias tendo convulsões. O pai demorou três dias para levar a criança ao médico.
" Vanessa por todo tempo tinha o domínio final do fato, ela morava na mesma casa que o André, tem com ele duas meninas de idades próximas, participava, verificava e acompanhava tudo o que acontecia. A primeira ida da criança Joanna ao hospital Rio Mar foi registrada por ela com nome falso, deu o nome de outra filha e não o da Joanna. Foi usada o nome de Maria Eduarda que é filha biológica da Vanessa. Isso nao ficou muito claro. Nos parece que a ideia era omitir o estado da joanna e a situação em que estava" disse a promotora.
"Não deram explicaçãoes por que deram o nome errado, mas não se erra nome de filho. Isso mostra que foi ela que levou Joanna num primeiro momento ao hospital", acrescentou.
O pedido de prisão preventiva foi feito para preservar as testemunhas. Ainda segundo a promotora um cabelereiro chegou a ser ameaçado por Andre e mudou o depoimento. Há 26 registros de ocorrencias conta o André, o que indica um comportamento agressivo por parte do pai da menina. Desses registros três pela lei Maria da Penha.
"Outros elementos deixam claro que Joanna ficava amarrada dentro do quarto do casal. Uma das vezes foi encontrada pela diarista num closet, num canto dentro do quarto do casal e no chão. Vanessa tinha guarda de fato dessa criança. A guarda de direito legal era do pai, mas a de fato também era dela, tinha poder de garda sobre essa criança. Quando o andré saía para trabalhar era ela que ficava coma menina. Ao ver do MP, a madrasta teve uma atuação tão grave quanto a do pai", completou a promotora.
Violência
Com relação à Vanessa, André Marins já havia registrado queixa contra Vanessa após ter sido agredido pela mulher com uma cadeira. A agressão se deu porque Vanessa não teria gostado de uma festa feita pelos pais do técnico judiciário para a neta.
A partir desta segunda-feira, a Justiça tem cinco dias para aceitar denúncia. A menina morreu em consequência de uma meningite, após cerca de um mês em coma. O laudo do Instituto Médico Legal comprovou que ela sofreu maus-tratos. Joanna foi internada com ferimentos pelo corpo.
Há cerca de 10 dias, o pai da criança foi indiciado por tortura no inquérito da Delegacia da Criança e Adolescente Vítima (Dcav), que apura a morte da menina. A especializada começou a investigar o caso como maus-tratos, mas o delegado-titular da Dcav, Luiz Henrique Marques Pereira, entendeu que houve tortura, como O DIA noticiou mês passado.
Tortura é crime hediondo. A pena é de até oito anos de prisão e, nesse caso, aumenta por ter sido cometida contra menor. “Há fortes indícios de que essa criança era tratada de forma desumana e da participação do pai no crime de tortura. Laudos de corpo de delito e cadavérico e os depoimentos apontam características desse tipo de crime. Maus-tratos é quando se quer corrigir, o que não era o caso. Ali, se pretendia aplicar a violência por si só”, explicou o delegado, que não revelou se pediu ou não a prisão de André.
O inquérito foi concluído e entregue ao Ministério Público, que pode denunciar André ainda por homicídio, embora o delegado não tenha indiciado o técnico judiciário por esse crime. “Não consegui chegar à conclusão de que houve homicídio e nem erro médico (Joanna foi atendida primeiro por um falso médico). Mas a Justiça pode decidir por isso. Essa hipótese não está descartada”, disse o delegado.
Cerca de 50 pessoas foram ouvidas na investigação, mas o delegado considera como fundamental o depoimento de uma babá que viu Joanna amarrada e deitada no chão suja de fezes e urina. “Ele serviu para dar um norte à investigação”, contou ele. André negou tudo e disse que está à disposição da Justiça.
Sob a guarda do acusado
Em julho, Joanna foi levada pelo pai ao Hospital Rio Mar, no Recreio, com convulsões e lesões pelo corpo. Lá, foi atendida por um falso médico e liberada. Depois, foi internada no Hospital Amiu, em Botafogo, onde ficou em coma por 30 dias e morreu. A criança estava sob a guarda do pai por determinação da Justiça.
“Sabia que o que aconteceu com Joanna era grave até em função da minha profissão. Ela ficou em coma esse tempo todo, deitadinha, para dizer para mim: ‘olha o que fizeram comigo, me ajuda”, disse aos prantos a mãe de Joanna, a médica Cristiane Marcenal. “Agora, quero que o pai dela seja preso”, acrescentou ela.
'Não sou monstro'
Acusado de ter torturado a filha, Joanna Marins, 5 anos, André Rodrigues Marins, 40 anos, declarou que não é um monstro e que de forma alguma fez mal à criança. Como defesa, André citou o caso Isabella Nardoni e disse que não é Alexandre Nardoni, acusado de ter matado a filha, em abril de 2008.
Em entrevista ao site da revista Época, André revelou que Cristiane, mãe da menina, não permitia que ele tivesse contato com Joanna e que muitas vezes foi à delegacia para fazer um registro do desaparecimento e conseguir um mandado de segurança. Ao site, André disse que Cristiane está fazendo "um circo na imprensa" e "praticando a alienação parental", ou seja, afastar a filha do pai em caso de separação.
Durante coletiva, a promotora disse que Vanessa Maia, madrasta da menina Joanna Marins, é tão responsável quanto o pai, André Rodrigues Marins, pela morte da menina. Segundo Ana Lúcia Melo, Vanessa acompanhava tudo o que era feito com relação à criança que faleceu em agosto. Ainda nesta segunda-feira, a promotora pediu a prisão preventiva do casal. A Justiça tem o prazo de cinco dias para dar uma posição sobre o caso.
Ana Lúcia Melo explicou que a madrasta foi incluída no caso pois também possuía a guarda da menina, afinal Joanna Marins ficava na casa dela. Segundo Ana Lúcia Melo, Joanna passou três dias tendo convulsões. O pai demorou três dias para levar a criança ao médico.
" Vanessa por todo tempo tinha o domínio final do fato, ela morava na mesma casa que o André, tem com ele duas meninas de idades próximas, participava, verificava e acompanhava tudo o que acontecia. A primeira ida da criança Joanna ao hospital Rio Mar foi registrada por ela com nome falso, deu o nome de outra filha e não o da Joanna. Foi usada o nome de Maria Eduarda que é filha biológica da Vanessa. Isso nao ficou muito claro. Nos parece que a ideia era omitir o estado da joanna e a situação em que estava" disse a promotora.
"Não deram explicaçãoes por que deram o nome errado, mas não se erra nome de filho. Isso mostra que foi ela que levou Joanna num primeiro momento ao hospital", acrescentou.
O pedido de prisão preventiva foi feito para preservar as testemunhas. Ainda segundo a promotora um cabelereiro chegou a ser ameaçado por Andre e mudou o depoimento. Há 26 registros de ocorrencias conta o André, o que indica um comportamento agressivo por parte do pai da menina. Desses registros três pela lei Maria da Penha.
"Outros elementos deixam claro que Joanna ficava amarrada dentro do quarto do casal. Uma das vezes foi encontrada pela diarista num closet, num canto dentro do quarto do casal e no chão. Vanessa tinha guarda de fato dessa criança. A guarda de direito legal era do pai, mas a de fato também era dela, tinha poder de garda sobre essa criança. Quando o andré saía para trabalhar era ela que ficava coma menina. Ao ver do MP, a madrasta teve uma atuação tão grave quanto a do pai", completou a promotora.
Violência
Com relação à Vanessa, André Marins já havia registrado queixa contra Vanessa após ter sido agredido pela mulher com uma cadeira. A agressão se deu porque Vanessa não teria gostado de uma festa feita pelos pais do técnico judiciário para a neta.
A partir desta segunda-feira, a Justiça tem cinco dias para aceitar denúncia. A menina morreu em consequência de uma meningite, após cerca de um mês em coma. O laudo do Instituto Médico Legal comprovou que ela sofreu maus-tratos. Joanna foi internada com ferimentos pelo corpo.
Há cerca de 10 dias, o pai da criança foi indiciado por tortura no inquérito da Delegacia da Criança e Adolescente Vítima (Dcav), que apura a morte da menina. A especializada começou a investigar o caso como maus-tratos, mas o delegado-titular da Dcav, Luiz Henrique Marques Pereira, entendeu que houve tortura, como O DIA noticiou mês passado.
Tortura é crime hediondo. A pena é de até oito anos de prisão e, nesse caso, aumenta por ter sido cometida contra menor. “Há fortes indícios de que essa criança era tratada de forma desumana e da participação do pai no crime de tortura. Laudos de corpo de delito e cadavérico e os depoimentos apontam características desse tipo de crime. Maus-tratos é quando se quer corrigir, o que não era o caso. Ali, se pretendia aplicar a violência por si só”, explicou o delegado, que não revelou se pediu ou não a prisão de André.
O inquérito foi concluído e entregue ao Ministério Público, que pode denunciar André ainda por homicídio, embora o delegado não tenha indiciado o técnico judiciário por esse crime. “Não consegui chegar à conclusão de que houve homicídio e nem erro médico (Joanna foi atendida primeiro por um falso médico). Mas a Justiça pode decidir por isso. Essa hipótese não está descartada”, disse o delegado.
Cerca de 50 pessoas foram ouvidas na investigação, mas o delegado considera como fundamental o depoimento de uma babá que viu Joanna amarrada e deitada no chão suja de fezes e urina. “Ele serviu para dar um norte à investigação”, contou ele. André negou tudo e disse que está à disposição da Justiça.
Sob a guarda do acusado
Em julho, Joanna foi levada pelo pai ao Hospital Rio Mar, no Recreio, com convulsões e lesões pelo corpo. Lá, foi atendida por um falso médico e liberada. Depois, foi internada no Hospital Amiu, em Botafogo, onde ficou em coma por 30 dias e morreu. A criança estava sob a guarda do pai por determinação da Justiça.
“Sabia que o que aconteceu com Joanna era grave até em função da minha profissão. Ela ficou em coma esse tempo todo, deitadinha, para dizer para mim: ‘olha o que fizeram comigo, me ajuda”, disse aos prantos a mãe de Joanna, a médica Cristiane Marcenal. “Agora, quero que o pai dela seja preso”, acrescentou ela.
'Não sou monstro'
Acusado de ter torturado a filha, Joanna Marins, 5 anos, André Rodrigues Marins, 40 anos, declarou que não é um monstro e que de forma alguma fez mal à criança. Como defesa, André citou o caso Isabella Nardoni e disse que não é Alexandre Nardoni, acusado de ter matado a filha, em abril de 2008.
Em entrevista ao site da revista Época, André revelou que Cristiane, mãe da menina, não permitia que ele tivesse contato com Joanna e que muitas vezes foi à delegacia para fazer um registro do desaparecimento e conseguir um mandado de segurança. Ao site, André disse que Cristiane está fazendo "um circo na imprensa" e "praticando a alienação parental", ou seja, afastar a filha do pai em caso de separação.
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Espanha prende policiais por ligação com prostituição de brasileiras

A polícia espanhola prendeu nesta segunda-feira um coronel, um delegado e um membro da polícia nacional (equivalente à Polícia Federal do Brasil) acusados de envolvimento com uma rede de prostituição de brasileiras.
As detenções desta manhã deram início à segunda fase da chamada Operação Carioca, iniciada no final de 2009, na qual já foram detidas mais de 50 pessoas.
Além do coronel José Herrera, chefe da Guarda Civil da província de Lugo (noroeste do país), já foram presos na operação o assessor do governo local, Jesus Otero, e funcionários públicos do departamento de imigração da província local.
A assessoria de imprensa da polícia nacional disse à BBC Brasil que ao menos “11 ou 12 militares de diversas patentes foram indiciados na organização”, que enviava mulheres brasileiras para cinco prostíbulos em Lugo.
Patrocínio esportivo
Segundo a polícia, a Operação Carioca foi desatada depois que surgiram suspeitas de lavagem de dinheiro proveniente do tráfico de prostitutas brasileiras.
As primeiras investigações levaram à prisão do alto comando da Guarda Civil de Lugo, acusado de participar da quadrilha que seria chefiada pelo empresário José Manuel García e pelo policial civil Amando de Lorenzo.
Em agosto passado, uma série de incêndios nos prostíbulos investigados chamou a atenção dos detetives. “Estamos convencidos de que as explosões (de botijões de gás) foram provocadas. Muito provavelmente com a intenção de destruir provas”, disse um assessor de imprensa da polícia.
Além de realizar a lavagem de dinheiro por meio de empresas espanholas, a polícia acusa os indiciados de patrocinar pequenos eventos esportivos e festas populares.
Lutas de boxe, torneios de futebol na cidade de Ourense (próxima a Lugo) e as festas de São Froilán, padroeiro de Lugo, foram supostamente financiados pelos donos dos prostíbulos.
Cárcere privado
A quadrilha aliciava mulheres de diversos Estados brasileiros para trabalhar nos prostíbulos das cidades de Outeiro do Rei e Ribadeo, na província de Lugo.
De acordo com declarações das prostitutas, elas estavam sob cárcere privado, sofriam ameaças de agressões físicas e recebiam falsas promessas de regularização de seus documentos na Espanha.
Os detidos estão acusados de delitos contra os direitos dos trabalhadores, contra os direitos dos cidadãos estrangeiros, indução à prostituição, tráfico de drogas, formação de quadrilha, porte ilegal de armas, agressão sexual, revelação de segredos de Estado e falsificação de documentos, entre outros.
Policiais e militares estariam também desrespeitando os estatutos internos de conduta e poderiam ser julgados por um tribunal especial.
A Operação Carioca ainda não foi concluída. Segundo a polícia, pelo menos um suspeito, cujo cargo e patente não foram divulgados, continua sendo procurado.
As detenções desta manhã deram início à segunda fase da chamada Operação Carioca, iniciada no final de 2009, na qual já foram detidas mais de 50 pessoas.
Além do coronel José Herrera, chefe da Guarda Civil da província de Lugo (noroeste do país), já foram presos na operação o assessor do governo local, Jesus Otero, e funcionários públicos do departamento de imigração da província local.
A assessoria de imprensa da polícia nacional disse à BBC Brasil que ao menos “11 ou 12 militares de diversas patentes foram indiciados na organização”, que enviava mulheres brasileiras para cinco prostíbulos em Lugo.
Patrocínio esportivo
Segundo a polícia, a Operação Carioca foi desatada depois que surgiram suspeitas de lavagem de dinheiro proveniente do tráfico de prostitutas brasileiras.
As primeiras investigações levaram à prisão do alto comando da Guarda Civil de Lugo, acusado de participar da quadrilha que seria chefiada pelo empresário José Manuel García e pelo policial civil Amando de Lorenzo.
Em agosto passado, uma série de incêndios nos prostíbulos investigados chamou a atenção dos detetives. “Estamos convencidos de que as explosões (de botijões de gás) foram provocadas. Muito provavelmente com a intenção de destruir provas”, disse um assessor de imprensa da polícia.
Além de realizar a lavagem de dinheiro por meio de empresas espanholas, a polícia acusa os indiciados de patrocinar pequenos eventos esportivos e festas populares.
Lutas de boxe, torneios de futebol na cidade de Ourense (próxima a Lugo) e as festas de São Froilán, padroeiro de Lugo, foram supostamente financiados pelos donos dos prostíbulos.
Cárcere privado
A quadrilha aliciava mulheres de diversos Estados brasileiros para trabalhar nos prostíbulos das cidades de Outeiro do Rei e Ribadeo, na província de Lugo.
De acordo com declarações das prostitutas, elas estavam sob cárcere privado, sofriam ameaças de agressões físicas e recebiam falsas promessas de regularização de seus documentos na Espanha.
Os detidos estão acusados de delitos contra os direitos dos trabalhadores, contra os direitos dos cidadãos estrangeiros, indução à prostituição, tráfico de drogas, formação de quadrilha, porte ilegal de armas, agressão sexual, revelação de segredos de Estado e falsificação de documentos, entre outros.
Policiais e militares estariam também desrespeitando os estatutos internos de conduta e poderiam ser julgados por um tribunal especial.
A Operação Carioca ainda não foi concluída. Segundo a polícia, pelo menos um suspeito, cujo cargo e patente não foram divulgados, continua sendo procurado.
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