terça-feira, 22 de setembro de 2009

Devagar, devagarinho: quarta é Dia Nacional de Combate ao Estresse



Trânsito parado, ônibus lotado, barulho de buzina e as horas passando cada vez mais rapidamente. Junte a esta situação uma manhã de calor ou de chuva forte na cidade. Imaginou? Esta é a realidade do cotidiano de muitas pessoas. De um lado, a vida contemporânea quer que você faça "tudo ao mesmo tempo agora". Do outro é o corpo quem cobra um momento menos intenso. Quando você não equilibra esta fração, surge aí o dito 'Mal do Século', o estresse.
Pensando no menos, no devagar, no leve e em uma vida menos intensa é que celebra-se em 23 de setembro o Dia de Combate ao Estresse. De acordo com a Associação Internacional da Gerência do Estresse (ISMA - sigla em inglês), o problema afeta 70% da população do país, sendo que 30% está em nível crítico.
Trânsito parado, ônibus lotado, barulho de buzina e as horas passando cada vez mais rapidamente. Junte a esta situação uma manhã de calor ou de chuva forte na cidade. Imaginou? Esta é a realidade do cotidiano de muitas pessoas. De um lado, a vida contemporânea quer que você faça "tudo ao mesmo tempo agora". Do outro é o corpo quem cobra um momento menos intenso. Quando você não equilibra esta fração, surge aí o dito 'Mal do Século', o estresse.
São várias as situações que podem deixar alguém estressado. Vídeo mostra algumas dessas histórias.
A ISMA defende que este é um dia para conscientizar a comunidade sobre a importância da prevenção, do diagnóstico, do tratamento e do desenvolvimento de técnicas eficazes para gerenciar o estresse através de informações e orientações ao público. Segundo a especialista em estresse e professora da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), Denise Silveira Castro, esta doença é uma resposta do organismo às demandas do cotidiano.
"Existem situações que levam a avaliações feitas sobre o que acontece no dia-a-dia. Não existe um padrão de exposição ao estresse, mas ele pode ser maior ou menor. Não há uma atividade mais ou menos estressante. O trabalho de quem está na Bolsa de Valores pode ser tão desgastante quanto o da pessoa que está na construção civil ou de quem tem uma dívida para pagar no dia seguinte", comenta Denise.

Trânsito
Para o advogado Alessandro da Silveira Ferreira, o trânsito é o principal motivo de estresse. "Os horários da manhã são os piores, a capital ainda não está preparada para o fluxo de veículos e isso causa muito transtorno. Os cinco anos que passei subindo o vão central da terceira ponte foram períodos de muito estresse", ressalta.
Já o turista Sérgio Costa tem uma relação diferente com o estresse. Ele mora em Jerusalém, Israel, há 41 anos e afirma que o que o estressa é a situação da segurança de seu país. "Na cidade, por exemplo, dá para andar tranquilamente às duas da manhã. Não temos problemas com assaltos ou algo do tipo. Sofremos, sim, com as tensões entre árabes e judeus", diz.
Sérgio conta que há dois anos sofreu um estresse elevado a última potência. Ele soube que uma bomba havia explodido no centro de Jerusalém e que dois dos seus filhos estavam lá. "Fiquei muito estressado, mas, felizmente, nada aconteceu com eles, no entanto um amigo da família morreu", lembra o turista que está passando férias em Vitória.
Para os capixabas, a segurança também é um motivo de estresse. A secretária Geisa de Assis diz que a violência, o trânsito e a deficiência na saúde pública a irritam profundamente. "De modo geral, as pessoas são mau educadas e isso também me transtorna". Outro tipo de estresse é o gerado pela convivência familiar.
No caso da doméstica Cristina Sarmento o dia-a-dia familiar é o que a tira do sério. Ela tem cinco filhas adolescentes, além do marido. "Quando as meninas fazem muita bagunça e brigam entre elas, fico irritada. Todo o dia acordo com o barulho delas", ressalta. Enquanto Cristina sofre com as peraltices das filhas, a estudante Leilane Silva pena com o ônibus lotado.
Ela reclama do transporte coletivo super cheio e do trânsito 'parado' da segunda ponte. "Uma vez, por causa de um acidente pequeno, fiquei mais de uma hora imóvel na ponte. Isso é irritante", conta Leilane. A especialista Denise Silveira diz que viver se tornou muito mais frenético e que o ser humano que vive em grandes centros está submetido a uma exigência maior da sociedade - o fazer mais e o ter mais.
"Vivemos a demanda de um segmento a muitos padrões. Você precisa ter um carro, um celular de última geração e, com isso, a gente começa a trabalhar para atender essas expectativas. Você faz mais e exige mais. Nesta linha nós acabamos esquecendo de sermos nós mesmos", alerta a especialista.
Denise ainda afirma que o desafio causa uma reação de estresse ligada ao prazer, entretanto, quando há uma permanência nesta sensação, o organismo reage gerando uma cobrança, e é aí que o indivíduo pode desenvolver um estresse aliado a outras doenças.
"Esse adoecimento, o chamado distresse, é a patologia ruim que faz com que a pessoa fique com a imunidade baixa. Diante de uma situação de perigo, o organismo reage de uma forma para preparar a pessoa para lutar ou fugir. Você fica com os músculos rígidos, mão fria, palidez. Mas quando consegue-se resolver, o estresse se torna benéfico", explica.
Quando o estresse ruim prevalece, ele se associa a ansiedade, a insegurança e a dificuldade de concentração. Este aspecto da resposta pode ser físico e emocional. "As doenças se desenvolvem e pode-se dizer que o estresse - com os hormônios liberados por ele - diminuem a resistência do organismo", afirma Denise.
Para combater esta mazela do homem, Denise diz que é preciso se conhecer melhor e encarar os desafios de forma positiva. "A atividade física é fundamental - os exercícios produzem endorfinas, os hormônios do prazer -, e fazem com que a gente fique mais harmônico, tranquilo. A dieta também é primordial para uma vida mais leve (mais legumes, verduras, frutas fazem com que o organismo reaja melhor às cobranças do cotidiano)", diz. Leia no site Vida Saudável a reportagem com 10 dicas para se manter calmo no Dia de Combate ao Estresse e em todos os outros dias.

Os principais sintomas do estresse são:
Sinais de cansaço
Dor na coluna
Dor de cabeça
Sentimento de medo e agressividade constantes
Diminuição da produtividade e eficiência
Perda de memória
Aceleração do batimento cardíaco
Irritação

Hipertensão
O estresse está associado diretamente às doenças do coração e à hipertensão arterial. Preocupada com o índice representativo de pessoas estressadas que são cometidas por pressão alta, a Sociedade Brasileira de Hipertensão (SBH) alerta sobre alguns cuidados que devemos.
O controle do estresse emocional é necessário para a prevenção primária da hipertensão arterial. O treino desse controle resulta em: redução da reatividade cardiovascular, redução de variabilidade e redução da pressão arterial, sendo recomendado não só para hipertensos, mas também para aqueles com tendências de desenvolver a doença.



Gazeta Online

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