sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Assim como os humanos, animais também contam com a ajuda da fisioterapia


Objetivo é para tratar problemas ortopédicos, neurológicos e musculares dos pets

Não só tratamentos de beleza e produtos específicos fazem parte da realidade de animais de estimação de alguns anos pra cá. Os bichinhos passaram a desfrutar de recursos antes considerados de luxo, mas que podem melhorar muito a qualidade de vida deles, como a fisioterapia. A técnica, assim como nos humanos, trata problemas ortopédicos, neurológicos e musculares. Diminuir dores e reabilitar o animal a fazer movimentos simples e quase indispensáveis na rotina dele são alguns dos principais objetivos do tratamento. Entre as técnicas e as ferramentas aplicadas na terapia, estão o alongamento com bola (a mesma usada em pilates) e a hidroterapia.
A fisioterapia começou a ser usada em animais de grande porte e participantes de competições esportivas, como os cavalos, na década de 1970. Ao longo do tempo, estudos científicos convenceram veterinários de que a terapia rendia bons resultados também em animais pequenos, como cachorros e gatos, o que resultou no surgimento de diversas clínicas especializadas no assunto. Segundo o veterinário e especialista em fisioterapia animal Anderson Lima Souto, embora os bichanos também sofram de problemas relacionados aos movimentos, eles superam com mais facilidade que os cães. Por isso, a quantidade de cachorros atendidos é bem maior do que a de gatos.
Assim como os humanos, os animais envelhecem e estão sujeitos a doenças que comprometem os movimentos. Entre os diversos casos para os quais a fisioterapia é indicada aos pets, estão as alterações articulares (artrite, artrose), as neuropatias periféricas e centrais (doenças do sistema nervoso), a doença do disco invertebral (hérnia de disco) e o pós-operatório imediato ou tardio. De acordo com Souto, o tratamento é dividido em três focos: o pré-cirúrgico, o ortopédico e o preservativo. Geralmente, os animais começam o tratamento após indicação de um veterinário. Em alguns quadros, os resultados chegam a ser superiores aos constatados nos humanos.
Embora qualquer animal esteja sujeito a ter problemas relacionados aos movimentos, as raças condodistróficas (dachshound/teckel, pequinês, beagle, poodle miniatura e toy, cocker spaniel americano, shih tzu, lhasa apso e welsh corgi) são maioria nas clínicas especializadas. Segundo Souto, esses cachorros são mais propícios a ter problemas de coluna, o que pode deixá-los até paraplégicos se não são tratados. Quando detectado o mal antes de ele ser agravado, os especialistas podem optar por uma cirurgia e evitar o pior.

Quando há indicação
:: Pós-operatório
:: Alterações articulares (artrose e artrite)
:: Doença do disco intervertebral (hérnia de disco)
:: Neuropatias periféricas e centrais (doenças do sistema nervoso)
:: Discoespondilose (bico de papagaio)
:: Lesões músculo/tendíneas (contusões, inflamações e distensões)
:: Eliminação e controle de dor aguda ou crônica
:: Displasia coxo-femural

CORREIO BRAZILIENSE

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