segunda-feira, 4 de outubro de 2010

'Não foi bala perdida que atingiu carro de juiz', diz chefe da Polícia Civil


Rio - Os projéteis que acertaram e feriram o juiz trabalhista Marcelo Alexandrino da Costa Santos, de 39 anos, sua enteada, Natália, de 8, e seu filho, Diego, de 11 anos enquanto passavam por uma blitz da Polícia Civil na Zona Oeste, neste sábado não foram balas perdidas. De acordo com o chefe da Polícia Civil, Allan Turnowski, há indícios no veículo do magistrado, um Kia Cerato vermelho, de que o policial que atirou com um fuzil mirou automóvel.
"Eu vi que tinham quatro tiros agrupados no carro. Com a experiência que temos, imediatamente vimos que não é bala perdida. Alguém mirou", afirmou.
Turnowski não descartou, no entanto, a existência de uma troca de tiros com bandidos que estariam em um Honda Civic à frente do magistrado. De acordo com ele, os detalhes da ocorrência serão esclarecidos ao longo da investigação. Turnowski garantiu que a punição aos policiais que atiraram será agravada, caso seja evidenciada a produção de uma versão falsa.
"Em nenhum momento a polícia afirmou a existência de um Honda Civic. O policial, sob estresse, pode cometer um erro humano. Isso não é aceitável, mas podemos admitir o erro policial. O que não podemos admitir é inventar uma outra história para corrigir o erro", afirmou.
A sogra de Marcelo, Arlete Aragão, afirma que os tiros partiram dos policiais que participavam da blitz.
Mesmo baleado, o juiz conseguiu dirigir até o Hospital Cardoso Fontes, em Jacarepaguá, e bateu no muro do hospital. De acordo com a assessoria do Ministério da Saúde, responsável pela administração da unidade, as vítimas passaram por uma cirurgia.
A menina de 8 anos foi atingida por uma bala no tórax, teve hemorragia e está internada em estado grave. O filho do juiz também foi baleado no tórax. A bala atingiu o pulmão, o diafragma e o fígado. Ele também está internado em estado grave. As duas crianças foram encaminhadas para o CTI pediátrico do hospital.


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