terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Criança de dois anos morre espancada pelos irmãos, diz polícia


Meninos de 11 e 13 anos disseram que brincavam de luta com o 'caçula'.
Criança é a mesma que foi abandonada e entregue a um vendedor de picolé.


Uma brincadeira de luta entre irmãos fugiu do controle e terminou de forma trágica na noite da segunda-feira (4), no Conjunto Virgem dos Pobres III, na periferia de Maceió. Segundo a polícia, um menino de dois anos morreu vítima de espancamento dos próprios irmãos. A criança foi encaminhada pelo pai, Daniel Lealdo Melo, para o Hospital Geral do Estado (HGE), mas já chegou sem vida.

O menino é o mesmo que em dezembro de 2012 foi abandonado pela mãe e entregue a um vendedor de picolé. Na época, o pai resgatou a criança e disse que a mãe era viciada e drogas.

Vizinhos relataram à polícia que a criança e os irmãos estavam trancados em casa havia dois dias e que o pai saiu para trabalhar. Os militares foram acionados pelos vizinhos após ouvirem pedidos de socorro dos meninos de 13 e 11 anos.

Os irmãos confessaram a agressão em depoimento ao delegado responsável pelas investigações, Odemberg Paranhos. “As duas crianças disseram gostar muito de luta, e que os três sempre “treinavam” em casa, mas que o caçula apanhava muito”, contou o delegado.

O estado em que se encontrava a criança em óbito causou revolta dos vizinhos e até dos médicos. “Os pediatras que estavam de plantão disseram nunca ter visto algo parecido, a criança estava muito suja e cheia de hematomas” contou a delegada Maria Aparecida, que recebeu a denúncia.

A mãe da criança é viciada em drogas e o pai por diversas vezes tentou interná-la por intermédio da Defensoria Pública. Em outras ocasiões Daniel Melo chegou a alegar que não teria condições de cuidar do filho e nem de contratar uma babá para cuidar dele.

Daniel Lealdo esteve na Central de Polícia após a morte da criança, mas não quis falar com a imprensa. Segundo Paranhos, ele foi liberado após o depoimento. Já os menores serão levados para a Casa de Custódia, e o Ministério Público (MP) irá dizer o local definitivo onde ficarão. A depender da infração eles poderão ficar detidos por até três anos.

G1

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