segunda-feira, 7 de abril de 2014

Já basta!!!!!

Preciso da ajuda de todos vocês em nome daqueles que não podem se defender sozinhos. Preciso que vocês reverberem e amplifiquem esta denúncia nas redes sociais porque esta vai ser a luta dos cavaleiros que não esqueceram seu compromisso de amor e lealdade a seus animais contra o poder do dinheiro e da influência, que trata esses animais como cifras e objetos.

Na manhã deste sábado, 05 de Abril de 2014, dois cavalos morreram eletrocutados nas dependências da Sociedade Hípica Brasileira (SHB) e outros dois estão feridos em estado grave devido a um acidente com uma instalação elétrica precária. Os animais participariam do evento de abertura do calendário hípico da Feerj e foram alojados em baias improvisadas com fiação elétrica exposta. Cavalos, como os responsáveis pela SHB e pela Feerj certamente sabem, são animais irracionais e curiosos que não entendem o que é eletricidade e que representa perigo. Um deles mordeu o fio que pendia solto em sua baia, causando o curto circuito que vitimou os animais. Essa crueldade, esse descaso com a vida e segurança de seres vivos, não aconteceu nas ruas, não aconteceu em uma favela. Aconteceu na zona sul carioca, em um clube de elite e por isso tende a ficar impune.
Nós que vivemos com cavalos, sabemos que acidentes acontecem e é nossa responsabilidade para com esses animais que estejamos alertas para evitar esse tipo de fatalidade. Acontece que um acidente que se repete a cada ano não é mais um acidente. É descaso, é crime ambiental porque deixar fiação elétrica pendendo dentro de uma baia é nada além de negligência e desleixo. Quando você conhece um risco e o assume, existe o dolo não a fatalidade. A SHB expôs voluntariamente esses animais à dor e morte.

Expõe frequentemente e impunemente. Em 2013, durante o concurso de aniversário da SHB, cavalos também foram eletrocutados no mesmo cenário, sob as mesmas condições. O que aconteceu hoje foi uma tragédia anunciada, da qual a administração da SHB e a federação que deveria zelar prioritariamente pelo bem estar dos animais envolvidos em suas provas tentam se esquivar, como é de costume. Só no ano de 2013, um animal morreu de exaustão em uma prova chancelada da Feerj na SHB, outro teve uma parada cardíaca também por exaustão e outros foram eletrocutados com graus diversos de gravidade e agora, graças ao profundo descaso que estas instituições têm pelos seus cavaleiros e cavalos, dois tiveram uma morte dolorosa. Animais amados por seus donos, animais que deram a seus cavaleiros o melhor de si, seu esforço e confiança.

A Feerj, como sempre, alega que não pode fazer nada, embora conste do seu estatuto postura muito diferente. A SHB tentará novamente abafar este novo, reincidente, episódio de maus tratos e negligência. Cavaleiros e amazonas do Rio de Janeiro temem retaliações dentro dos órgãos a que estão filiados. Por eles, amigos e companheiros das pistas, pessoas decentes e honestas que amam seus animais, e pelos cavalos, que foram tirados de nós dessa forma brutal, eu peço a ajuda de vocês e vou ser sincera em meu apelo: não é a primeira vez que tentamos responsabilizar tanto a Feerj quanto a Sociedade Hípica Brasileira pelo que acontece em suas dependências e competições, e repetidas vezes, esbarramos no profundo silêncio com que nossas denúncias são recebidas devido ao poder da influência de seus membros. Quantos cavalos mais morrerão na SHB vítimas de exploração, maus tratos e descaso até que sua administração seja responsabilizada? Para que a morte brutal desses animais não esbarre novamente nesta barreira de silêncio e normalidade erguida em torno dessas instituições, é preciso que a denúncia alcance o maior número possível de pessoas, que lote as caixas de entrada de jornalistas e ouvidorias. Este é o meu pedido de ajuda, e estes são os animais que perderam a vida por causa do descaso da Sociedade Hípica Brasileira e da Federação que deveria protegê-los. “Não podemos fazer nada”, disse a Federação Equestre do Estado do Rio de Janeiro. Mas eu posso. E farei.

Isso é por eles e é só o começo, Sociedade Hípica Brasileira e FEERJ - Federação Equestre do Estado do Rio de Janeiro. Por eles
. — com Suzete Zete.

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