Cerca de 30% das pessoas com mais de 65 anos sofrem ao menos uma queda por ano. E 70% dos acidentes acontecem dentro de suas próprias casas.
No dia 18 de junho, a Secretária de Estado dos Estados Unidos, Hillary Clinton, caiu a caminho da Casa Branca. Como resultado da queda, a ex-primeira-dama fraturou o cotovelo e teve que passar por uma cirurgia. Hillary tem 61 anos. É a idade a partir da qual quedas, por mínimas que sejam, ficam cada vez mais perigosas - e é preciso tomar cuidado para que não fiquem mais frequentes. Uma pesquisa realizada pela Fundação Mapfre em parceria com o governo espanhol concluiu que as quedas são a maioria dos acidentes com idosos. Estima-se que, no mundo, cerca de 30% dos idosos com mais de 65 anos caiam pelo menos uma vez por ano. Isso representaria, no Brasil, 6 milhões acidentes, tomando como base os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística representa. Além dos problemas de saúde - como lesões, fraturas e até casos de embolia pulmonar -, as quedas podem gerar insegurança nos idosos.
"O número de quedas tem aumentado de forma expressiva", afirma a mestranda em gerontologia Sandra Gomes, da Fundação Mapfre no Brasil. Segundo Sandra, existe um processo de transformação e mudança do organismo que torna os idosos mais suscetíveis às quedas. "Uma das causas dessas quedas é justamente a falta de firmeza, causada pelo aumento da fragilidade óssea e muscular". Esses acidentes podem acontecer mesmo em locais bem conhecidos pelos idosos. Casos como os de Hillary, que caiu na garagem do Departamento de Estado, não são maioria: 70% dos acidentes acontecem dentro de casa. "E todos os acidentes dentro de casa podem ser evitados", diz Sandra. E não basta cuidar da saúde e fazer exercícios físicos para evitar a fragilidade física. É fundamental, segundo a especialista, que o ambiente seja o mais seguro possível. "Se possuir um tapete, por exemplo, tem que ter embaixo um material antiderrapante", afirma.
Época
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