segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Juiz interroga pai da menina Joanna no Rio


Magistrado deve ouvir ainda nesta segunda a madrasta da criança.
Os dois são acusados de tortura e homicídio qualificado, na forma omissiva.

O juiz Alberto Fraga, do 3º Tribunal do Júri do Rio de Janeiro, interrogou nesta segunda-feira (7), o funcionário público André Rodrigues Marins, pai da menina Joanna Cardoso Marcenal Marins, morta no dia 13 de agosto de 2010 vítima de meningite, contraída pelo vírus da herpes, após 26 dias em coma.
A audiência de instrução e julgamento é continuação da realizada no dia 17 de janeiro, quando foram ouvidas cinco testemunhas, sendo duas de acusação e três de defesa.
Segundo o Tribunal de Justiça (TJ) do Rio, Fraga deve ouvir ainda nesta segunda Vanessa Maia Furtado, madrasta da menina. Os dois são acusados de tortura e homicídio qualificado, na forma omissiva, contra a criança.
Ainda de acordo com o TJ, em seu depoimento ao juiz nesta segunda-feira, o réu deixou claro, inúmeras vezes, que era leigo e que no período de 15 a 19 de julho de 2010, vários especialistas viram a menor. Quanto à lesão na nádega da criança, ele disse que a menina já viera assim da casa da mãe, informou o TJ.
Sobre o depoimento da babá da criança, André Marins confirmou que seguiu recomendação da psicóloga para usar fita crepe na ponta dos dedinhos de Joanna. Ele contou também, de acordo com o TJ, que lutou durante cinco anos para conseguir ter contato com a filha. Segundo o réu, em 26 dias de internação nenhum médico diagnosticou a doença da menina e, só após 40 dias do óbito, o Instituto Médico Legal o fez. O interrogatório de André durou duas horas.
O magistrado também ouviu, nesta segunda, os depoimentos de duas testemunhas de defesa do réu.

Juiz nega pela 4ª vez pedido de liberdade do pai
No dia 17 de janeiro, o juiz Guilherme Schilling Pollo Duarte, do 3º Tribunal do Júri do Rio de Janeiro, indeferiu o pedido de liberdade provisória de Marins. Foi a quarta vez que o magistrado indeferiu o pedido de liberdade feito pela defesa de Marins. No dia 11 de janeiro, o juiz já havia negado o pedido de liberdade.



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