quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Valorizando mais as mulheres


TITOUAN LAAZOU é um artista, escritor e navegador francês que, dentre outros objetivos, percorre o mundo pesquisando sobre a situação sociológica das mulheres, tendo inclusive realizado um importante documentário intitulado Mulheres do Planeta, editado pela Unesco. Retrata mulheres com variadas histórias de vida, a maioria, todavia, altamente decepcionada com o elemento masculino.

Afirma que: “Os homens são os mesmos de sempre, mas as mulheres estão mudando.”

Na verdade, a mentalidade masculina tem evoluído no sentido da igualdade entre os gêneros. Essa evolução parece dever-se mais ao esforço hercúleo das próprias mulheres do que à generosidade dos homens.
Ocupando profissões antes destinadas apenas aos homens, mostram ter condições de desempenhar qualquer tipo de trabalho, inclusive braçal.
O que tem faltado a muitas mulheres – principalmente as jovens – é o auto-respeito com relação ao próprio corpo. MOHANDAS GANDHI aconselhava às mulheres nunca se deixarem transformar em cobaias sexuais. Esse é um ponto fraco que deve ser trabalhado.
A Mídia em geral tem procurado pintar para as mulheres o Paraíso da Licenciosidade como sendo a suprema felicidade. Através de muitas formas diferentes, desvia sua atenção dos seus méritos morais e intelectuais. Quer induzi-las à sensualidade para, como nos tempos passados, servirem sexualmente os “bravos guerreiros de Atenas”, criarem os filhos desses “heróis de araque” e prestar-lhes serviços domésticos.
Quem tem a incumbência de orientá-las deve colocar à mostra a malícia dos falsos ideólogos da Liberdade, os quais nada têm de boas intenções.
Liberdade real não é ceder às induções prostituidoras, mas sim defender os direitos construtivos de intelectualizar-se e moralizar-se.
Se há mulheres que adaptam-se aos padrões masculinos de vida e trabalho, há outras que caracterizam-se por profundas diferenças. Todavia, tanto num caso quanto no outro, sua atuação é absolutamente imprescindível para a vida das coletividades. Sem a presença feminina, a sociedade seria como uma grande máquina cujas engrenagens fossem levadas a funcionar sem lubrificação.
Não é correto que seu trabalho seja menos valorizado que o masculino. Esse ponto deve ser modificado decisivamente, respeitando-se a importância do senso estético feminino e sua habilidade para as atividades que requerem maior sensibilidade e delicadeza.
Uma opção que deve ser explorada em maior escala pelas mulheres é a área esportiva, com o fortalecimento do corpo, deixando de lado o mito da fragilidade, cultivado por indução do elemento masculino, a quem interessa essa aparente inferioridade muscular.
Quem puder assistir ao documentário de TITOUAN LAMAZOU terá muitos elementos para refletir.
Tanto mulheres quanto homens devem investir na Igualdade.

Luiz Guilherme Marques


Revista Jus Vigilantibus

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