Exposição à fumaça do cigarro pode causar desde asma até morte súbita, alerta sociedade
RIo - Problema de adulto, fumar também afeta a saúde das crianças. No Brasil, 40% dos fumantes passivos têm até 5 anos. A exposição à fumaça pode causar desde asma até morte súbita. O alerta é da campanha da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) para o Dia Mundial Sem Tabaco, celebrado amanhã.
O fumo passivo é o contato com a fumaça que sai do cigarro, que contém mais nicotina do que a tragada pelo fumante. Entre as crianças, os danos são maiores, porque elas possuem organismo mais sensível aos componentes do tabaco.
Segundo Márcio de Sousa, coordenador do Comitê Antitabaco da SBC, o bebê que inala nicotina pode sofrer de Síndrome da Morte Súbita Infantil. A substância também é transmitida pelo leite materno e pode elevar a pressão arterial e diminuir o oxigênio do sangue.
Crianças que convivem com fumantes também têm mais chances de desenvolver problemas respiratórios, alergia, conjuntivite, e perda na audição. “Não adianta fumar em local isolado, pois as partículas do cigarro grudam na roupa do fumante e podem passar para as crianças e prejudicá-las”, disse.
De acordo com Ricardo Meireles, pneumologista do Instituto Nacional do Câncer, a longo prazo, as crianças que fumam passivamente podem ter câncer de pulmão, infarto, Acidente Vascular Cerebral e enfisema pulmonar. “A fumaça tem 4mil substâncias tóxicas, e leva oito horas para ser dissipada”, cita.
Ontem, a Secretaria Estadual de Saúde promoveu ação no PAM de Cavalcante e fez vários testes com monoxímetro. O equipamento verifica o grau de intoxicação pelo monóxido de carbono, uma das consequências do fumo, e de Fargestrom, que avalia o grau de dependência ao tabaco. Além disso, fumantes foram incentivados a trocar maços de cigarro por brindes.
Tratamento contra o vício
Fumantes que desejam largar o vício podem procurar o Programa de Controle ao Tabagismo, da Secretaria Municipal de Saúde. O serviço é gratuito e oferece desde atendimento psicológico até medicamentos para ajudar no tratamento antifumo.
O paciente passa por entrevista individual e é avaliado de acordo com o grau de dependência ao cigarro. Depois, é convidado a visitar, semanalmente, uma das 170 unidades de saúde da capital que possuem o programa. No local, ocorrem reuniões para ajudar a pessoa a se manter sem o cigarro e deixá-la preparada para combater situações que incitem recaídas.
Informações sobre endereço de unidades de saúde com o programa antitabagismo pelo telefone 1746.
Fonte: O Dia