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sábado, 13 de outubro de 2012
Polícia investiga uso de sangue de rato em seita do fim do mundo
Substância seria usada para curar doenças dos integrantes
A polícia investiga se Luis Pereira dos Santos, de 43 anos, que dizia ser profeta e reuniu 130 pessoas em uma casa para esperar o fim do mundo em Teresina, no Piauí, dava uma substância com sangue de ratos envenenados para seus “seguidores” beberem.
A informação é do chefe de Investigação da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente do Piauí, Joattan Gonçalves. Segundo ele, a informação foi passada por duas pessoas em depoimento à polícia. Essa substância seria usada para curar doenças dos integrantes da seita de Santos.
“Ainda não averiguamos essa informação, vamos investigar. Ouvimos que ele criava ratos, que depois eram envenenados e tinham o sangue extraído e dali se produzia uma espécie de medicamento para pessoas com algum tipo de enfermidade. Agora serão analisadas as pessoas que tomaram a substância”, diz Gonçalves. O investigador informou ainda que a polícia vai apurar a denúncia de que duas pessoas em épocas diferentes teriam morrido devido à ingestão dessa substância. “Não encontramos essa substância na casa, apenas veneno para rato, que foi enviado para a perícia”, diz.
As duas pessoas que citaram o uso da substância não eram ligadas diretamente à seita – uma delas é marido de uma seguidora e a outra ficou sabendo do fato por meio de alguém que frequentava o grupo. De acordo com os depoimentos, a substância seria administrada às 16h de sexta-feira (12), hora prevista para o fim do mundo, “para as pessoas poderem se arrebatar”.
O grupo se reuniu no local com Luis Pereira dos Santos, de 43 anos, que dizia ser profeta e havia previsto o fim do mundo. O suposto profeta acabou preso e levado para a Central de Flagrantes de Teresina. Neste sábado (13), ainda há curiosos em frente da casa, chamada por Santos de "arca da salvação". A casa está localizada no Parque Universitário, Zona Leste de Teresina. Há uma viatura no local neste sábado para garantir a segurança.
Santos, que se dizia profeta, foi preso por estelionato. De acordo com a polícia, ele usava o dinheiro de seus seguidores para manter a casa onde eram realizadas as reuniões. Santos ainda não tem advogado.
De acordo com Gonçalves, Santos disse à polícia que Deus o tinha castigado porque o mundo não tinha acabado, como havia sido anunciado a ele há anos. Em seu depoimento, Santos deixou claro que ainda acredita no fim do mundo, mas não citou outra data. Adeptos da seita ouvidos pela polícia relataram terem tido visões. “Um deles citou que teve um arrebatamento momentâneo quando fazia uma oração do Pai Nosso e que lhe foi dito que ele tinha que acreditar em Santos e abdicar de todos os seus vícios e desejos”, afirma Gonçalves. “Santos e seus seguidores foram convictos em seus depoimentos.”
Segundo Gonçalves, algumas pessoas ligadas à seita estariam desaparecidas. “Recebemos relatos de que algumas pessoas ainda não voltaram para casa desde a prisão de Santos", afirma. Apesar de ainda não ter um número consolidado de pessoas desaparecidas, Gonçalves diz que há homens e mulheres que teriam abandonado cônjuges e filhos. No grupo de pessoas desaparecidas não há crianças.
Jornale
PM que que atirou em shopping é indiciado por lesão corporal
Rio - O policial militar do 16º BPM (Olaria) que atirou na perna de Gandhi Bibart Lopez, de 25 anos, estudante de Educação Física, no Carioca Shopping, em Vicente de Carvalho, na Zona Norte, será indiciado por lesão corporal. A informação é da Polícia Civil. Gandhi foi operado e não corre risco de morrer.
Na ocasião, duas mulheres começaram uma briga na fila de brinquedos. Duas crianças , de 5 e 2 anos, estavam no pula-pula, quando a irmã de uma delas, de oito anos, que estava em outro brinquedo quis entrar no brinquedo. Como a fila estava grande, a mulher do PM achou que a menina estava furando a fila, o que iniciou uma discussão entre as responsáveis pelos menores.
As mulheres começaram a se agredir e os homens tentaram apartar a briga. Na confusão, o policial militar, que estava de folga, sacou a arma e atirou na perna de Gandhi, marido da outra envolvida na confusão. O mesmo tiro acertou a mão de Luana Nascimento dos Reis, 26, sobrinha de Gandhi.
Os dois atingidos foram levados para o Hospital Getúlio Vargas, na Penha, e não correm risco de vida. Silvia Rosana Nascimento Reis, 45, mãe de Luana, contou que o grupo dela tinha três adultos e três crianças e que tentou evitar a confusão.
Lojas fecharam as portas, e clientes fugiram às pressas do local, derrubando cadeiras e mesas, e se atropelando para escapar da confusão.
O delegado da 22ª DP (Penha), Claudio Moreira, entretanto, depois de ver as imagens do circuito de segurança do shopping, informou preliminarmente que a mulher do PM foi agredida primeiro e que o próprio PM levou um soco no rosto. Ele teria reagido quando caiu e viu Gandhi partindo na sua direção, o que poderia caracterizar a legítima defesa.
O PM e a mulher dele, cujos nomes não foram divulgados, foram levados à delegacia para prestar depoimento. Até o fechamento desta edição, o delegado ainda ouvia o depoimento dos vários envolvidos.
Ligação para o 190 poderá atenuar culpa
Segundo a Polícia Civil, o PM que atirou não fugiu do local, ligou para o 190 e ainda chamou os bombeiros para socorrer os baleados. Tudo isso, segundo o delegado da 27ª DP, Claudio Moreira, pode servir de atenuante para a atitude dele de disparar a arma dentro do shopping.
Uma comerciante, que pediu para não ser identificada, disse, porém, que o número de feridos poderia ser muito maior, em virtude do desespero das pessoas no shopping lotado.
O DIA ONLINE
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Alunos de todas as escolas afegãs rezam por Malala Yousufzai
Estudante baleada por talibãs por defender o apoio ao ensino feminino teve a bala extraída da medula na última quarta-feira
HYDERABAD - Alunos de todas as escolas afegãs estão em vigília neste sábado, rezando pela recuperação da estudante paquistanesa de 14 anos, Malala Yousufzai, baleada na cabeça na última terça-feira por talibãs, por defender o apoio para a educação das mulheres.
— Cerca de 9,5 milhões de estudantes das 15.500 escolas e centros educativos do país oram por sua recuperação antes do início das aulas — disse o porta-voz do Ministério da Educação, Amanulá Aman.
A jovem defensora dos direitos das meninas no Paquistão está em estado grave depois que a bala que estava alojada perto de sua medula foi retirada, na madrugada de quarta-feira. Um porta-voz militar, o major Asim Saleem Bajwa, informou que ela continua inconsciente e respirando com ajuda de aparelhos, mas a quantidade de sedativos foi diminuída e, como resultado, ela apresentou movimentos nas mãos e nos pés.
O ministro da Educação afegão, Ghulam Faruq Wardak, também participou das homenagens a Malala em uma escola em Cabul.
Segundo Aman, o ministro assegurou que os estudantes afegãos fazem o mesmo caminho para a escola por onde Malala passava e se solidarizou com a dor de muitas estudantes que veem como os insurgentes atacam os centros de ensino.
Durante o governo talibã (1996-2001), o ensino feminino era proibido, decisão respaldada por uma interpretação fundamentalista do Islã. Neste período as mulheres deviam se ocupar unicamente das tarefas domésticas e cobrir seus rostos.
A presença de tropas internacionais no Afeganistão não impediu ataques dos talibãs a professoras, diretoras de colégio ou centros de ensino, sendo o último exemplo o de Malala, que foi baleada no transporte escolar a caminho de casa, na zona de Swat, região norte do Paquistão. A jovem adquiriu notoriedade há três anos, quando foi revelada sua identidade por trás de um blog, que durante meses relatou as atrocidades cometidas por talibãs paquistaneses proibindo a educação de meninas sob seu controle.
De acordo com o jornal “Express Tribune”, os médicos descartaram nas últimas horas que Malala sofra danos cerebrais e um porta-voz afirmou que as 48 horas seguintes à operação seriam fundamentais para a evolução de seu quadro.
O Globo
sexta-feira, 12 de outubro de 2012
Feliz Dia das Crianças!
"Grande Homem é aquele que não perdeu o Coração de Criança."
Todo mundo carrega dentro de si uma criança.
E todo mundo aprende a reprimi-la para ser adulto.
Crescemos e "temos" que ser sérios.
Quantas vezes você já não ouviu alguém dizer: "deixe de criancice!"?
E desde quando precisamos deixar de ser crianças?
Ria de você mesmo, seja "ridículo",
brinque na chuva, de fazer castelos na areia, de fazer castelos no ar...
sonhe, faça bagunça no meio da rua, cante na hora que der vontade,
converse com você mesmo como se tivesse conversando com um amiguinho,
assista desenho animado e veja a sua vida
como se ela fosse um desenho animado,
brinque com uma criança... como uma criança...
Fique feliz simplesmente por ficar,
sorria e ria sem motivo,
ria de você, dos seus dramas, do ridículo das situações...
E acredite na pureza do ser humano...
na pureza de criança que talvez esteja escondida,
mas que existe em cada um de nós.
Para alguns você vai parecer louco, bobo ou infantil...
mostre a língua para esses "alguns" e diga,
como uma criança: "sou bobo mas sou feliz!"
Esses "alguns" com certeza têm uma criança maluquinha,
doida pra fazer bagunça também.
A vida já é muito complicada para vivermos sérios e carrancudos.
E isso tudo não é deixar de viver com seriedade...
é viver com a leveza de uma criança
e obrigações de adulto.
Taxa de natalidade cai e população brasileira deve parar de crescer
Diante de uma taxa de natalidade de apenas 1,7% (comparável a países como França e Reino Unido), o Brasil caminha rapidamente para uma estagnação de sua população. O Ipea projeta 200 milhões de pessoas em 2020. Vinte anos mais tarde, em 2040, esse número crescerá em apenas 4 milhões, prevê o instituto ligado à Presidência da República.
Idosos respondem por quase 20% da renda do país, aponta Ipea
Segundo dados da última Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), viviam no país 195,2 milhões de pessoas em 2011. "O germe do declínio populacional já está instalado no país, que são as baixas taxas de fecundidade e o reduzido crescimento da população", disse Ana Amélia Camarano, demógrafa do Ipea.
Para a pesquisadora, o aumento populacional atual de apenas 0,7% ao ano e a menor natalidade --que deve chegar a 1 filho por mulher em 2030-- fazem o país migrar de uma "explosão de população" no passado para uma "implosão de população" no futuro próximo, acompanhada do envelhecimento da estrutura etária do país.
Um dos problemas da estrutura etária envelhecida é que a força de trabalho também recua, reduzindo a capacidade produtiva do país. "Há apenas 20 anos ainda falávamos em explosão populacional. O problema agora é outro. A questão é como prover saúde e condições de autonomia a uma população cada vez mais envelhecida", afirmou a demógrafa.
De acordo com Camarano, as mulheres brasileiras tinham cerca de 6 filhos, em média, nos anos 50 e 60. Naquele período, a população crescia a um ritmo anual superior a 3%. "Foi o nosso período do 'baby boom'", afirma.
A taxa de fecundidade foi rapidamente declinando (com adventos como a pílula e outros métodos contraceptivos e o aumento do nível de educação) nos últimos anos. Atualmente, diz, ela está num nível "consideravelmente abaixo" da chamada taxa de reposição da população --de 2,14 filhos por mulher.
A lógica embutida nessa taxa é a seguinte: cada mulher tem de gerar duas crianças para "repor" o pai e ela própria; o 0,14 adicional é para compensar sobretudo aqueles que morrem antes de terem filhos.
Com tal dinâmica, prevê, só as faixas etárias acima de 45 anos vão crescer a partir de 2030. De 2040 em diante, a única parcela que crescerá em números absolutos será a de 60 anos ou mais.
O Brasil caminha rapidamente, afirma, para ter um perfil populacional "bastante envelhecido" e de fecundidade muito baixa (em torno ou pouco acima de 1 filho por mulher), comparável aos países do sul da Europa (Portugal, Espanha, Itália e Grécia, sobretudo) e do Japão.
França e Reino Unido, diz, ainda mantêm uma estrutura um mais jovem e taxa de fecundidade maior graças ao peso da imigração.
FECUNDIDADE POR RENDA
Para Ana Amélia Camarano, do Ipea, a desigualdade na taxa de fecundidade entre mulheres de faixas diferentes de renda abre caminho para uma a queda rápida até os níveis dos países europeus do mediterrâneo e do Japão. Isso num cenário que em o rendimento dos mais pobres no Brasil avança mais rápido do que dos mais ricos.
Enquanto entre as mulheres da faixa de renda com os 20% menores rendimentos familiares a taxa de natalidade era de 3,6 filhos, na faixa dos grupos familiares dos 20% mais ricos estava em 0,9 filho --abaixo da taxa japonesa.
Folha OnLine
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O QUE ESTAMOS FAZENDO COM NOSSAS CRIANÇAS?
VANDA SIQUEIRA
Prof. Dr. Marcelo Domingues Roman - Prof. de Psicologia da UNIFESP /Campos Baixada Santista -
Colaborador do Conselho Regional de Psicologia de São Paulo -Texto publicado no Jornal do Litoral
(Baixada Santista)
Torna-se cada vez mais comum crianças e adolescentes serem encaminhados a
serviços de saúde porque apresentam problemas na escola. Esse fenômeno não é novo e
tem sido chamado de medicalização da educação: trata-se de reduzir questões
escolares, e consequentemente sociais, a problemas médicos. Isso vem se intensificando a partir do uso de psicoestimulantes para controle de hiperatividade e incremento da capacidade de atenção.
Também tem se tornado comum crianças e adolescentes serem encaminhados a serviços de justiça por razões semelhantes, sobretudo quando assumem formas agudas ou tendem a se cronificar, evidenciando, assim, outro fenômeno também conhecido entre nós, a chamada judicialização, ou seja, a redução das mesmas questões a problemas de justiça.
Se no primeiro caso assistimos à administração de nocivas drogas psiquiátricas a sistemas nervosos ainda em formação, no segundo nos assombramos com o selamento de destinos à margem da sociedade e, pior, operado por profissionais encarregados de proteger e tratar a infância.
A apresentação sucinta de um caso pode deixar mais claro o que estou afirmando.
Wilson era um aluno de 5º ano quando o conheci. Ele costumava ter “surtos” – assim
eram chamados, pelos agentes escolares, seus ímpetos de indisciplina e aparente
descontrole. Em um desses ímpetos, a escola chamou a polícia, que a muito custo o
controlou e decidiu por enviá-lo ao hospital em uma ambulância. O acontecimento é
assustador, ainda mais se tratando de um menino de 10 anos. Mas, dirão os da escola,
seu comportamento atingiu um nível inaceitável: agredia colegas e educadoras, gritava, xingava, saía correndo pelos corredores do prédio.
Tanto é que havia sido diagnosticado por um especialista como portador de Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH), tendo sido lhe receitado Ritalina®. E, como estamos em um município em que esse medicamento é distribuído gratuitamente à população, não haveria razões para sua destemperança, a não ser por negligência do aluno ou de sua família.
É preciso que analisemos com calma. O caso é complexo e não aceita respostas
simples, o que, de cara, já nos faz desconfiar de uma saída baseada apenas no controle medicamentoso. A quem se dedica a estudar seriamente o fenômeno humano, torna-se claro que estabelecer causas lineares entre causa e efeito é, no mínimo, ingenuidade.
Há que se pensar, sempre, em multideterminação, o que afasta a resposta tão frequente
quanto simplista de que o comportamento de Wilson é efeito de mau funcionamento
cerebral. A medicina não dispõe ainda de exames que afiram desequilíbrios
neuroquímicos, ainda que estes desequilíbrios sejam propagandeados como causas
inequívocas de supostos transtornos. Além disso, autocontrole voluntário do
comportamento e da atenção são habilidades ensinadas e aprendidas, e não simples
efeitos do funcionamento cerebral. Portanto, é mais acertado pensarmos que o
funcionamento cerebral é efeito de processos de aprendizado social, não o contrário.
Assim, as raízes da forma como Wilson se comporta devem ser buscadas nas suas
relações com o contexto que o envolve, ao longo de toda sua existência. Isso significa levar em consideração sua vida dentro e fora da escola; sua história familiar e seu percurso na instituição.
Escola e família, porém, também devem ser contextualizadas social e historicamente. É preciso saber a que classe social pertence a família, a que condições de vida está sujeita, qual a qualidade das políticas públicas de bem estar social a que tem acesso, quais as transformações tecnológicas, econômicas e sociais mais amplas que acabam influenciando o comportamento não só de Wilson e sua família mas de todos nós. Do mesmo modo a escola: qual a sua qualidade? Os professores são bem pagos, têm boa formação, boas condições de trabalho e participam democraticamente das decisões institucionais? Os conteúdos e métodos de ensino são adequados?
Toda essa problemática é dissimulada quando apenas ministramos, ou tentamos ministrar, comprimidos de Ritalina® para Wilson. Mas há quem ganhe com isso, evidentemente. Em primeiro lugar a indústria farmacêutica com seus lucros astronômicos, capazes de financiar pesquisadores que divulgam o transtorno e o tratamento como verdades científicas avançadas e inquestionáveis.
O sistema de saúde mental infantil do município também ganha, pois oferece com menor gasto uma resposta à demanda, uma vez que não se dispõe a lidar com a complexidade envolvida na questão. A escola e a professora de Wilson, caso ele tome o remédio, também ganham: se asseguram que o problema está apenas no aluno ou em sua família e não precisam, assim, questionar seu próprio trabalho. Então, quer dizer que o remédio funciona? De fato, os psicoestimulantes têm a capacidade inicial de
aumentar a performance das funções cognitivas, entre as quais a capacidade de focar a atenção.
É por esse motivo que a cocaína, ou mesmo a Ritalina®, são utilizados por profissionais ou estudantes em momentos estratégicos ou de pressão.
Uma criança medicada na sala de aula é, inicialmente, uma criança focada e quieta.
Sim, porque, paradoxalmente, o estimulante faz com que as crianças se aquietem, a
ponto de se tornarem como zumbis. Na verdade, zombie-like é um sinal de toxicidade da medicação, cuja lista de reações adversas é alarmante: nervosismo, insônia, cefaleia, discinesia, tontura, dor abdominal, humor depressivo transitório, retardamento do crescimento etc. – a lista é grande; basta consultar a bula do medicamento.
Seu consumo prolongado é sugerido, por certas pesquisas, como determinante de peso para a drogadição na adolescência e a ocorrência de pensamentos suicidas. Há longo prazo, parece que o medicamento induz a efeitos inversos do que se propunha a realizar: agitação motora e dificuldade de aprendizagem. Esse é o preço que estamos dispostos a pagar para calar nossas crianças?
Fiquei inicialmente animado quando soube que o caso de Wilson seria discutido por
profissionais de saúde, assistência social e educação, numa espécie de reunião interserviços.
Nessa reunião, foi comentada sua complexa situação familiar: mãe viciada em
cocaína, capaz de se prostituir para conseguir a droga; pai enfraquecido; relação
erotizada entre mãe e filho, ambos refratários a prescrições medicamentosas. Isso sem contar outros agravantes comuns a vidas castigadas pela pobreza. A discussão foi bem rica, pois contou com diversas perspectivas profissionais provenientes de diferentes serviços públicos. Porém, algo unificou a diversidade: a sensação de impotência diante da complexidade do caso. Optaram então por acionar o Ministério Público, a fim de que este pressionasse Wilson e sua mãe a aderirem à medicação.
Assim, um caso que manifestava, a seu modo, a difícil condição social a que são sujeitas inúmeras famílias em
nossa sociedade, um caso que tinha como uma de suas vias de expressão condutas
antissociais na escola, expressão esta transformada em patologia a ser medicada, agora encaminhava-se a se tornar um caso de justiça.
Não é aceitável que continuemos a culpar e reprimir aqueles que mais sofrem as
condições aviltantes de nosso funcionamento social. Não é possível que continuemos
formando profissionais que se utilizam de meios pretensamente eficazes, neutros,
“científicos”, para perpetuar formas de submissão dos deserdados e de
desresponsabilização das instituições sociais. São necessários investimentos maciços em melhores condições de vida, em relações sociais humanizadas e em condições dignas de trabalho nas instituições de educação, saúde e assistência social, não na indústria farmacêutica nem em aparatos de controle jurídico e policial de problemas sociais.
Fábio Alexandre Gomes
Assistente Social - Cress 33.761/9ª região
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quinta-feira, 11 de outubro de 2012
Dia das Crianças
De minha parte tenho tanto a agradecer e tão pouco a LHE pedir, mas por favor, pense com carinho nas crianças que amanhã, Dia das Crianças, o que mais gostariam de receber de presente _ a saúde deles de volta e amor que sempre faz falta _ não os decepcione, eu Lhe peço...Lucinha
É o que desejamos a vocês, crianças do mundo inteiro.
Maria Célia e Carmen
Texto escrito por minha amiga Lucinha Rabello
Trabalho durante a adolescência. Rola?!
Adolescentes se reúnem para discutir vantagens e desvantagens
por Mariana Rosário
(jovem integrante do grupo de comunicadores adolescentes e jovens
que produzem conteúdo para esse espaço)
Começar a trabalhar é um marco na vida. Mas, como e onde se trabalha são fatores que podem transformar essa experiência de forma positiva ou negativa para o desenvolvimento de um adolescente.
Muitas vezes, essa não é uma decisão do próprio adolescente, mas um resultado da pressão feita pela família e até mesmo pela sociedade. Para Talita dos Santos, 17 anos, às vezes, os adolescentes que não trabalham são vistos como “vagais sem responsabilidade”. A adolescente pensa diferente. Optou por não trabalhar e sim estudar para conquistar uma vaga na universidade. “O fato de eu não estar trabalhando não quer dizer que eu não faço nada”, afirma.
A busca pelo primeiro emprego também pode estar ligada ao desejo de conquistar bens materiais ou uma independência financeira. É o caso de Leandro Alves, 17 anos. Trabalhar no comércio dos pais é uma das atividades do seu dia. Para Leandro, é muito bom poder comprar algo que queira com o fruto do seu trabalho.
Essa também é a opinião de Caíque de Souza, 18 anos. “Comecei a trabalhar antes dos 18 anos porque vi que precisava ser independente e conseguir minhas coisas com meu próprio esforço”, conta.
Trabalhar pode sim trazer experiências positivas. “É bom quando ajuda o adolescente a crescer como pessoa, mas nunca prejudicando as prioridades, como por exemplo, os estudos e o lazer”, opina Aline Czezaki, 17 anos.
Trabalho infantil e adolescente é proibido, portanto, é crime. De acordo com a Lei da Aprendizagem (nº 10.097, de 19 de dezembro de 2000), adolescentes com idade entre 14 e 18 anos incompletos podem trabalhar na condição de aprendizes. Porém, devem estar cursando ou ter concluído o Ensino Fundamental e estar vinculados ou se cadastrar em uma organização com Programa de Aprendizagem. O foco deve ser a aprendizagem do adolescente e não o resultado que o mesmo traz à empresa. Segundo a mesma lei, no mínimo 5% e no máximo 15% dos funcionários em cada estabelecimento devem desempenhar essa função.
Ser aprendiz é também uma forma de proteger o adolescente, já que é proibido o trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de 18 anos e qualquer trabalho a menores de 16 anos, salvo na condição de aprendiz a partir dos 14 anos. É o que garante a Constituição Federal e também o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
Trabalhar na adolescência rola. Mas, na função de aprendiz e com todos os direitos garantidos, para que o adolescente não seja prejudicado de nenhuma forma. Exercer qualquer trabalho fora dessas condições, não rola... mesmo!
É da nossa conta! Trabalho Infantil e Adolescente. Uma campanha colaborativa da Fundação Telefônica em Co-realização com OIT e Unicef
Dividida em quatro estratégias – Reconheça, Questione, Descubra e Compartilhe – a campanha É da nossa conta! pretende sensibilizar e potencializar ações junto a diversos públicos, incluindo crianças, adolescentes, jovens e especialistas em trabalho infantil para que se tornem agentes multiplicadores, produzindo e compartilhando informações sobre o tema nas redes sociais. Saiba mais em http://bit.ly/OlDlKY
O que fazer? Identificou alguma situação de trabalho infantil? Comunique ao Conselho Tutelar de sua cidade, ao Ministério Público ou a um Juiz de Infância. Há a opção também de denunciar pelo telefone ou site do Disque 100 - Disque Denúncia Nacional: www.disque100.gov.br
Como compartilhar? Fique de olho nas notícias e dados no site e redes sociais da Rede Promenino, converse sobre o tema com as pessoas ao seu redor e compartilhe opiniões e informações a respeito nas redes com a hashtag #semtrabalhoinfantil.
http://www.facebook.com/redepromenino
www.promenino.org.br
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Por erro do garçom, criança de dois anos bebe uísque em vez de suco de limão
O bebê ingeriu a bebida alcoólica usando um canudinho
Um menino de dois anos bebeu meio copo de uísque em seu aniversário, depois que um garçom se enganou e lhe serviu a bebida alcoólica, no lugar de suco de limão. O incidente aconteceu no restaurante Frankie & Benny's de Swansea, no Reino Unido, no último sábado (6).
Sonny Rees bebeu, usando um canudinho, uísque misturado com água. A família só percebeu a troca quando ele começou a fazer caretas e se contorcer na cadeira.
O bebê foi levado para um posto médico, onde foi colocado sob observação. As informações são do tabloide britânico Daily Mail.
R7
Santa Casa tinha 36 enfermeiros ilegais, diz Coren-RJ
Fiscalização realizada em agosto pelo Conselho Regional de Enfermagem (Coren) e pelo Ministério Público do Rio havia constatado que 36 pessoas exerciam ilegalmente a profissão na Santa Casa de Misericórdia de Barra Mansa, onde uma aposentada morreu nesta segunda-feira (08) supostamente após erro de uma técnica de enfermagem.
Os funcionários tinham registros provisórios, e não definitivos, como exige o Conselho Federal de Enfermagem (Cofen). Nesta quinta-feira, o Coren recebeu da Santa Casa o nome da técnica de enfermagem suspeita de ter injetado sopa na veia da aposentada Ilda Vitor Maciel, de 88 anos, na noite deste domingo (07). Ilda estava internada desde o dia 27, após ter sofrido um derrame cerebral. O hospital afirma que a morte não tem relação com a troca de sondas, ocorrida 12 horas antes - a alimentação, que deveria ter sido injetada pelo nariz para seguir até o estômago por um tubo, foi colocada direto na veia da paciente. O erro foi denunciado por parentes.
O laudo da necropsia, que deverá apontar a causa, só ficará pronto em um mês. A aposentada sofreu convulsões e embolia pulmonar. A Santa Casa foi notificada pelo Coren-RJ a apresentar até segunda-feira (15) toda a documentação referente ao atendimento. "Agora, vamos iniciar o procedimento para comprovar se de fato houve erro e se ele contribuiu para a morte", disse a coordenadora de Fiscalização do Coren, Ana Tereza Souza. De acordo com o conselho, havia apenas um enfermeiro supervisor para todo o hospital, que tem 200 leitos, e três técnicos de enfermagem de plantão no domingo.
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Juiz de MT condena McDonald’s após cliente achar insetos em sanduíche
McDonald’s informou que não comenta processo em andamento.
Juiz condenou empresa a pagar R$ 2,5 mil em indenização.
Justiça de Mato Grosso condenou uma loja franqueada do McDonald’s em Cuiabá a pagar R$ 2,5 mil a um homem que encontrou inseto e aranhas dentro de um sanduíche. O advogado Erivelto Borges Júnior disse ao G1 que comprou o lanche para a esposa e foi ela quem viu os insetos mortos no lanche. A empresa ainda pode recorrer da sentença.
Ao G1, a diretoria do McDonald’s, em São Paulo, informou que não vai comentar o assunto e enviou uma nota alegando apenas que “a empresa não comenta processos em andamento”.
“Eu dei uma mordida e entreguei para a minha esposa. Ela começou a revirar o pão para retirar um legume quando começou a ver partes de insetos e pernas que pareciam ser de aranha ou barata”, contou Erivelton. A decisão é do dia 10 de outubro e foi concedida pelo juiz do Quinto Juizado Especial Cível de Cuiabá, Adauto dos Santos Reis.
Erivelto relatou que comprou o sanduíche no dia 2 de fevereiro deste ano às 15h40, na loja da Avenida Fernando Corrêa da Costa, no Coxipó. Após comprar o lanche, foi para sua residência e o entregou para a esposa. Ao se deparar com a situação, o advogado disse que entrou em contato com a empresa para relatar o caso, mas não houve nenhum tipo de acordo.
Em seguida, registrou boletim de ocorrência na Delegacia Especializada da Defesa do Consumidor, que requereu uma inspeção da Vigilância Sanitária no local. O laudo emitido pela equipe técnica constou que “o produto encontra-se em características organolépticas alteradas (odor e aspecto não característicos) e presença de possíveis pernas de aracnídeos e fragmentos de inseto e inseto inteiro”, diz trecho.
Para o juiz, as provas contidas nos autos e as análises realizadas são suficientes para comprovar a existência de insetos. “Ora, após detida análise dos autos, vejo que não há como não acolher integralmente o pedido do reclamante, uma vez que resta devidamente comprovado a presença dos insetos incrustados no sanduíche, o qual, pelo que se vê das fotografias acostadas aos autos chegou, a ser ingerido pelo autor”, consta da decisão.
G1
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terça-feira, 9 de outubro de 2012
Ministério da Saúde lança Campanha de Doação de Leite Humano 2012
“Doar leite materno é multiplicar vida com esperança” é o slogan da campanha deste ano
“Doar leite materno é multiplicar vida com esperança.” Este é o slogan da Campanha de Doação de Leite Humano 2012, lançada nesta quinta (4) pelo Ministério da Saúde. O objetivo é mobilizar as mulheres de todo o país sobre a importância do leite materno para aqueles bebês (em especial, prematuros e recém-nascidos de baixo peso internados em UTI neonatal) que não têm a oportunidade de serem amamentados por suas mães.
No Brasil, anualmente, o número de mulheres que dedicam seu tempo para retirar o leite para doação ultrapassa 115 mil. Por ano, são recolhidos cerca de 150 mil litros de leite materno, que passam pelo processo de pasteurização e controle de qualidade antes de chegarem a mais de 135 mil recém-nascidos. De acordo com o Ministério da Saúde, este volume representa de 55% a 60% da demanda de leite humano no país. “Estamos nos esforçando para sensibilizar cada vez mais pessoas e buscando mães a se envolverem e participarem dessa corrente. A meta do Ministério da Saúde é chegar a 200 mil litros de leite doados. Temos esperança e tecnologia para isso. O Brasil conta com a maior e mais complexa rede de leite humano do mundo”, disse o ministro da Saúde, Alexandre Padilha. A madrinha da campanha deste ano é a atriz e apresentadora Maria Paula, mãe de Felipe de 4 anos, que doou leite materno enquanto amamentou o filho (assista ao vídeo abaixo).
Segundo o Ministério da Saúde, no Brasil, há 212 bancos de leite e 110 postos de coleta no país. Por isso, se você está amamentando, tem leite em excesso, é saudável e está disposta a colaborar, procure o banco de leite mais próximo de sua residência no site da Rede Brasileira de Banco de Leite Humano.
Como doar
Preparo do frasco
Você pode utilizar um frasco de vidro com tampa plástica para armazenar o leite. Lave bem o recipiente e coloque em uma panela com água para ferver por 15 minutos. Depois, deixe-o secar de boca para baixo em um pano limpo, sem enxugar. Quando ele estiver seco, está pronto para uso.
Coleta
Antes de começar, escolha um lugar limpo e confortável para sentar. Prenda os cabelos, lave as mãos e antebraços com água e sabão, seque em toalha limpa e coloque máscara no rosto. Quando estiver pronta, massageie as mamas com as polpas dos dedos fazendo movimentos circulares no sentido da aréola para o corpo. Para realizar a ordenha, coloque os dedos polegar e indicador no local onde começa a aréola e empurre para trás em direção ao corpo. Comprima suavemente um dedo contra o outro, repetindo esse movimento várias vezes até o leite começar a sair. Os primeiros jatos devem ser desprezados. E uma dica: evite conversar durante o processo.
Como armazenar
Anote na tampa do frasco a data e a hora em que realizou a primeira coleta do leite e guarde-o fechado imediatamente no freezer ou no congelador. Se o frasco não ficou cheio, você pode completá-lo em outro momento. Para isso, use um copo de vidro previamente fervido, por 15 minutos, e escorra sobre um pano limpo até secar. Então, coloque o leite recém-ordenhado sobre o que já estava congelado. Guarde imediatamente o frasco no freezer. Com os potes completos, você pode ligar para um banco de leite humano. E atenção: o leite congelado deve ser transportado para o banco antes de completar 10 dias da data da primeira coleta.
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Itália desmantela rede que explorava transexuais recrutados em favelas
A polícia italiana anunciou ter desmantelado nesta semana uma rede de prostituição que levava à Itália transexuais brasileiros recrutados, principalmente, em favelas do Rio de Janeiro.
Segundo informações de autoridades italianas, divulgadas pela agência de notícias ANSA, 28 supostos integrantes da rede teriam sido detidos em três regiões italianas - Lazio, Campania e Umbria.
O grupo, formado por italianos e brasileiros, foi acusado de "associação criminosa" com a finalidade de fazer "tráfico de seres humanos" e "explorar prostituição".
A rede enviava a transexuais de favelas cariocas passagens aéreas para viagens do Rio de Janeiro a cidades europeias como Madrid, Zurique, Paris, Budapeste ou Bucareste.
A ideia era encaminhar os brasileiros dessas cidades para a Itália, segundo a polícia.
Doze casas que seriam usadas para prostituição também foram revistadas e interditadas.
Consulado
O consulado brasileiro em Roma diz não ter sido oficialmente informado sobre a prisão dos brasileiros.
Segundo o cônsul-geral adjunto, Paulo Roberto Palm, a polícia italiana não costuma fazer consultas a respeito de operações em curso "até por uma questão de sigilo das investigações" e, em geral, entra em contato apenas na hora de enviar cidadãos brasileiros de volta ao país.
Palm diz, porém, que alguns transexuais brasileiros teriam se queixado para o consulado a respeito dessas redes, embora tenham tido medo de entrar em detalhes "por se sentirem ameaçados".
Em 2009, o travesti brasileiro Brenda, pivô de um escândalo que causou a renúncia do governador da região de Lazio, Piero Marrazzo, foi encontrado morto no apartamento em que morava, em Roma.
BBC Brasil
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domingo, 7 de outubro de 2012
Menino que caiu do 5º andar de colégio tradicional do Rio morreu neste domingo
Ele estava internado no Souza Aguiar com traumatismo craniano
Morreu na manhã deste domingo (7) o menino de 12 anos que caiu no quinto andar do Colégio de São Bento, no centro do Rio, no dia 28 do mês passado. A informação foi confirmada pela assessoria de imprensa da Secretaria Municipal da Saúde. O garoto estava internado no Hospital Souza Aguiar. João Pedro Plastina sofreu traumatismo craniano e danos no baço.
Na sexta-feira (5) a polícia decidiu ouvir novamente o depoimento do inspetor que viu o menino cair do prédio. A decisão foi tomada depois que o delegado- titular da Delegacia da Praça (1ª DP), José Afonso Mota, ouviu orientadora educacional da instituição e o último professor a dar aula para o menino antes da queda.
Segundo o professor, o menino era mais lento que o restante da turma e tinha dificuldades de copiar a matéria do quadro. Na sexta-feira (28), dia em que ele caiu, a criança teria permanecido um pouco mais de tempo na sala para terminar um exercício. Ao menos outros três alunos também ficaram no local enquanto o professor saiu.
— A aula já tinha acabado e ele deixou a criança na sala com outros três ou quatro alunos, mas, inicialmente, nós pensávamos que ele tinha saído com os estudantes. Agora vamos ter a necessidade de ouvir os alunos que estavam com ele na sala para saber o rumo que cada um tomou e onde ele se escondeu, porque certamente ele se escondeu.
Sobre o desempenho escolar da criança, o professor classificou de médio e disse que suas notas oscilavam entre seis e oito.
O delegado Mota admitiu que a vigilância sobre os meninos maiores é menor e que , depois das aulas, as crianças com mais idade costumam descer sozinhas pelas escadas.
— A vigilância para eles é um pouco menor porque eles já têm um pouco mais de idade. Os alunos de seis a sete anos de idade, eles controlam mais. Acompanham até lá embaixo. Mas, como eles já são pré-adolescentes, se dirigem sozinhos para o corredor.
Nos depoimentos de dois monitores do Colégio de São Bento na semana passada, o delegado recebeu a informação de que os inspetores só saíram do sexto andar por que o professor estava na sala com os alunos. Um outro funcionário, que foi o único a ver a criança cair, disse que ele estava sozinho no corredor do quinto andar.
Ainda de acordo com o delegado José Afonso Mota, devido às suas dificuldades de aprendizagem, a criança era assistida pela orientadora educacional do colégio, que também prestou depoimento nesta sexta-feira. De acordo com o delegado Aldrin Rocha, adjunto da 1ª DP, a profissional reforçou que o menino tem um perfil introvertido.
—Ela confirmou a versão apresentada por todos os inspetores de que ele era mais calado, introvertido e silencioso. A mesma observação foi feita pelos professores. Por causa destas características era natural que ele passasse a ser mais observado e assistido pelo colégio. Chegou a haver reuniões entre a orientadora e a família dele.
A orientadora educacional disse ainda que o menino enfrentou dificuldades de adaptação logo que entrou no colégio porque ele gostava muito da escola anterior. No entanto, ela disse que, com o tempo, ele encontrou um ambiente melhor no Colégio de São Bento.
R7
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