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sábado, 19 de setembro de 2009
'Tenho pena dele, mas vou tirar porque não quero que ele seja o pai', diz menina de 11 anos que engravidou em estupro e fará aborto em SP
SÃO PAULO - Aos 11 anos, as gêmeas de 11 anos que foram abusadas sexualmente por um vizinho de 61 anos durante quase dois anos no Guarujá , litoral paulista, já sabem o que querem ser quando crescer: professoras de educação física. As duas falaram ao jornal 'A Tribuna' e à Tribuna On-line, de Santos.
A brincadeira e o prato prediletos também são os mesmos: basquete e macarrão. Como qualquer criança nessa idade, elas adoram falar do que gostam, da escola e brinquedos que sonham ter.
Mas, toda vez que a conversa era interrompida para falar sobre os estupros sofridos durante dois anos, passam a responder apenas movendo a cabeça. Acusado, o vizinho, Valdomiro Umbelino de Souza, de 61 anos, carpinteiro, foi preso na terça-feira em Guarujá, após os pais descobrirem que as duas filhas eram estupradas e que uma delas está grávida de 4 meses.
A gêmea gestante diz que quase pulou de alegria ao ver o homem preso pela TV. A barriga de quatro meses de gestação já aparece. O corpo não é de uma mulher e sim de uma criança de 11 anos, que sofre ao pensar no aborto, já autorizado pela Justiça, mas deseja se submeter ao procedimento.
- Tenho pena dele (do bebê), fico triste. Mas, vou tirar porque não quero que ele (Valdomiro) seja o pai - afirma.
Nesta quinta, a menina passou por uma ultrassonografia e contou como foi o exame.
- Passaram um gel bem gelado na minha barriga.
E continuou:
- Depois, vi uma bolinha, era o bebê, e o coração batia: 'tum, tum, tum''. E riu, como se tudo não passasse de brincadeira.
Tímida e ingênua, ela disse que, antes de ocorrer o primeiro estupro, gostava do tio.
- Achava ele legal, brincava com a gente, tratava bem.
Até o dia em que perguntou se ela sabia o que era sexo.
- Falei que não e ele me puxou para dentro da casa. Fechou tudo, porta, janela e deitou em cima de mim. Doeu e ele disse que se eu contasse ia matar meus pais. Depois, fui correndo para casa - disse, em meio às lágrimas.
A menina não sabe precisar quantas vezes era violentada. Perguntada sobre a periodicidade dos abusos, disse:
- Acho que uma vez por semana - contou, mas não quis falar muito.
Medo era, segundo ela, o que sentia quando era forçada a manter relações sexuais com o vizinho. Assim conheceu o sexo. Agora, tem certeza de que não quer fazer "isso" outra vez.
- É ruim, não vou querer fazer nunca mais. Quando eu for grande, casar, vou adotar um bebê para não ter que fazer.
A outra irmã disse que antes de ser estuprada (foi aos 9 anos), não sabia o que era sexo.
- Achava que era beijar, namorar. Nem na escola as minhas amigas falavam porque também não sabiam.
Ela descobriu da pior maneira que não era exatamente como imaginava:
- Ele me chamou e me puxou. Não falou nada. Me deitou de lado e ficou atrás de mim. Depois, trancou as minhas pernas com as dele. Doeu muito, chorei, mas ele mandava eu ficar calada, senão matava meus pais.
Ela diz que foi abusada duas vezes pelo vizinho. Na segunda, o estupro ocorreu na noite em que ela, a irmã gêmea e outros dois irmãos de 14 e 5 anos passaram a noite na casa de Valdomiro, pois os pais tinham viajado.
Fonte: Globo
Polícia investiga adulteração de imagem de acidente envolvendo o ex-deputado Carli Filho em Curitiba
Polícia investiga adulteração de imagem de acidente envolvendo o ex-deputado Carli Filho em Curitiba
CURITIBA - Imagens do acidente envolvendo o ex-deputado Fernando Ribas Carli Filho, que dirigiu embriagado e causou a morte de dois jovens em maio passado em Curitiba, podem ter sido adulteradas. Segundo reportagem publicada no Portal RPC, a Delegacia de Delitos de Trânsito (Dedetran) de Curitiba abriu um inquérito policial para investigar se as imagens, gravadas pela câmera de um posto de combustíveis, que filmou o acidente, foi alterada. No acidente morreram Gilmar Rafael Souza Yared, de 26 anos, e Carlos Murilo de Almeida, 20
O ex-deputado responde na Justiça por duplo homicídio qualificado. Ele vai responder também por dirigir embriagado, em alta velocidade, entre 161 km/h e 173 km/h, segundo laudos do Instituto de Criminalística (aproximadamente 188% superior a máxima permitida no local que é de 60 km/h) e violar a suspensão da Carteira Nacional de Habilitação (CNH). Carli Filho está morando em Guarapuava, no Paraná, na casa dos pais, e ainda não foi citado oficialmente pela Justiça. Após isso ser feito, ele terá 10 dias de prazo para apresentar uma defesa preliminar.
Caso Carli Filho seja condenado por todos os crimes, que lhe foram imputados na denúncia, poderá receber pena mínima de 15 anos e máxima de 30 anos. Ainda poderá ter o direito de dirigir suspenso por prazo entre dois meses e cinco anos. Por se tratar de homicídio qualificado, crime considerado hediondo, caso ele seja condenado deverá cumprir pena inicialmente em regime fechado.
Na manhã desta sexta-feira, Gilmar Yared, pai de Gilmar Rafael Yared, prestou depoimento na Dedetran a pedido do delegado Armando Braga de Moraes, que comandou as investigações sobre o acidente e agora apura a situação das imagens do posto de combustíveis. Yared acredita que cerca de dois segundos de imagens foram cortados dos vídeos feitos pelas câmeras do posto.
- Estive no dia 9 de maio no posto e conversei com um frentista. Ele me disse que duas pessoas, que se passaram como advogados, haviam estado no posto e pediram as imagens. Eles foram na tarde do dia 7, enquanto estávamos velando o corpo de Gilmar eles foram no posto. Esse frentista parece que nem trabalha mais lá no posto - explicou Yared.
O delegado Armando Braga de Moraes disse que vai ouvir outras pessoas no inquérito, como funcionários do posto e a pessoa que conversou com Gilmar Yared no dia 7.
- Queremos verificar se houve realmente algum tipo de manipulação ou se houve um problema técnico - explicou.
Moraes disse que os vídeos não exibem uma sequência de quadros, mas uma repetição de imagens. O prazo legal para encerrar o inquérito é de 30 dias e pode ser prorrogado.
Na tarde desta sexta-feira a família Yared foi recebida pelo desembargador corregedor Rogério Coelho, no Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR). A audiência foi solicitada para pedir mais agilidade na citação do ex-deputado Ribas Carli Filho. A carta precatória com a citação foi enviada na segunda-feira para Guarapuava.
Depois que receber o documento, o oficial de Justiça tem 15 dias para cumprir a citação.
- Eles vão cumprir isso no tempo razoável. O desembargador nos garantiu que não vai haver nenhum tipo de influência para a citação em Guarapuava - explicou Mattar Assad.
Fernando Ribas Carli, pai do ex-deputado, é o prefeito da cidade.
Fonte: Globo
Caso Dugard: polícia usará radar para buscar corpos
LOS ANGELES, EUA — A polícia da Califórnia usará um radar para vasculhar o jardim de Phillip Garrido, acusado de ter sequestrado Jaycee Dugard durante 18 anos, à procura de corpos de outras possíveis vítimas.
Os investigadores informaram nesta sexta-feira que utilizarão um radar e um magnetômetro para vasculhar o subsolo do jardim da casa, situada em Antioch, 70 km a leste de San Francisco.
Dois cães especializados na busca de corpos, levados separadamente à casa na quinta-feira, indicaram um mesmo local, sob uma laje.
Ao menos 60 investigadores, incluindo agentes do FBI, vasculham a casa de Garrido e as propriedades próximas desde a terça-feira, em busca de indícios sobre dois sequestros não resolvidos ocorridos na região de San Francisco no final da década de 80.
Na quarta-feira, os investigadores encontraram ossos na propriedade de Garrido, onde um fragmento de osso, "provavelmente humano", já tinha sido achado em 30 de agosto.
A polícia destacou que não é incomum encontrar ossos de índios que viviam na região.
Fanático religioso e estuprador condenado, Garrido, 58, é acusado de raptar Dugard quando ela tinha 11 anos de idade, em 1991, de mantê-la em cárcere privado, onde a jovem concebeu duas filhas de seu algoz.
Garrido construiu "um quintal dentro do quintal", escondido por uma cerca de madeira de 2,5 metros e densa vegetação, onde Dugard morava com as duas filhas, que hoje têm 11 e 15 anos.
Fonte: AFP
Menino é agredido por colegas em escola no interior de SP e vai parar no hospital
Ele é gago e pode ter sido vítima de “bullying”.
Secretaria de Estado da Educação e Polícia Civil apuram o caso.Um menino de nove anos foi agredido na saída da escola, em São Joaquim da Barra, a 382 km de São Paulo, por colegas de classe e teve de ser hospitalizado. Ele teve uma lesão na coluna cervical e terá de usar um colete ortopédico por alguns dias.
O garoto, que é gago, recebeu socos e pontapés na cabeça e nas costas de pelo menos cinco meninos, todos com menos de 12 anos, na quarta-feira (16). Foi para casa, mas não quis revelar à mãe as agressões. Na quinta-feira (17), no entanto, com muitas dores, foi levado a um hospital da cidade.
Transferido para o hospital São Francisco, em Ribeirão Preto, foi submetido a exames clínicos, a uma ressonância magnética e a uma tomografia computadorizada, que revelaram uma lesão na coluna, sem extensões graves.
A Polícia Civil apura o caso. Segundo a delegada Soraia Pinhone Ravagnani, os garotos apontados como os autores da agressão deverão comparecer com os pais na semana que vem para prestar depoimento.
Se for comprovada a participação dos meninos, eles poderão cumprir medidas socioeducativas previstas no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
A escola estadual Adolfo Alfeu Ferrero também vai chamar os responsáveis pelas crianças para uma reunião.
A delegada afirmou que há relatos de que o garoto, por ter problemas na fala, vinha sofrendo humilhações, o que caracteriza a prática conhecida como bullying (a violência física ou psicológica entre colegas de forma repetitiva).
“A violência está entranhada nas escolas. Mas um caso como esse, envolvendo crianças tão pequenas e levando em conta a intensidade das lesões, surpreende”, disse Ravagnani.
O menino está em repouso no hospital. Segundo o último boletim médico, ele está “lúcido, recebendo analgésicos” e tem alta prevista para este sábado (19).
Ao Globo Notícia a mãe dele, Kenia Silveira Dutra, disse que o filho caiu no chão e que foi chutado pelo colegas. “Ele disse: ‘Ah mãe, me deu murro na cabeça, me deu chute, eu caí no chão.”
A Secretaria de Estado da Educação disse que foi aberta uma apuração preliminar para averiguar a denúncia de agressão entre os alunos da escola.
Segundo o órgão, caso seja constatado que o fato aconteceu dentro da escola, o Conselho Escolar vai definir as medidas punitivas em relação aos estudantes, como, por exemplo, a transferência de unid
Abuso sexual leva médico para a cadeia na Flórida
Um médico brasileiro que trabalhava numa clinica de ginecologia e fertilização responde a diversas acusações de crimes sexuais contra três meninas.
H. M. compareceu perante o juiz nesta sexta-feira e negou as acusações, porém o juiz não o liberou sob fiança. O médico terá que aguardar o julgamento atrás das grades, no condado de Broward.
As vítimas, que tinham idades de 9, 10 e 11 na época dos abusos, se apresentaram à polícia dois anos após o ocorrido. Os abusos teriam acontecido em um apartamento onde, de acordo com os depoimentos das vítimas, H. M. teria tocado em suas partes íntimas e exibido filmes pornográficos.
O advogado do médico diz que as acusações são falsas. “Não há absolutamente nenhuma prova física, apenas declarações”, afirma.
Tradução: Brasil Contra a Pedofilia
Fonte: Sun-Sentinel
“Toque de recolher” de crianças e adolescentes é considerado ilegal
O toque de recolher de crianças e adolescentes decretado em municípios da Paraíba, Bahia, Minas Gerais e São Paulo tem sido criticado por promotores de Justiça, operadores do Direito e Conselhos de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente em todo o País. Em Campina Grande, a Promotoria da Infância e Juventude defende que a medida é inconstitucional. No dia 9 de setembro, o plenário do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) considerou ilegal a portaria do juiz da Vara da Infância e Juventude da Comarca de Patos de Minas e aprovou a suspensão do toque de recolher na cidade mineira. O CNJ estuda a edição de uma resolução que determina a ilegalidade de portarias assinadas por juízes.
O promotor da Infância e Juventude de Campina Grande Herbert Targino ( foto) alerta que a eventual apreensão de crianças e adolescentes decorrente do “toque de recolher” constitui crime. De acordo com a lei, a privação de liberdade de criança ou adolescente somente será legal em caso de flagrante de ato infracional ou quando existir ordem legal, expressa, fundamentada e individualizada de autoridade judiciária competente.
“O direito à liberdade de locomoção assegurado pela Constituição Federal a crianças, adolescentes e a todos os demais cidadãos é um direito natural que não admite cerceamento por qualquer norma infraconstitucional, o que compreende desde as leis federais, estaduais e municipais até uma singela portaria judicial. Compete aos pais ou responsável, e não à autoridade judiciária, educar e estabelecer limites às crianças e adolescentes, o que compreende o controle do horário de permanência fora de casa e o controle sobre as companhias e locais que aqueles freqüentam”, argumentou.
Na avaliação do promotor, além de violar os direitos previstos no Estatuto da Criança e do Adolescente, o toque de recolher é ineficaz e tem efeito “meramente” repressor e “pirotécnico". “Ele não garante maior harmonia na família, não se mostra eficaz para coibir o consumo de álcool e outras substâncias entorpecentes e, muito menos, contribui para a diminuição da violência entre jovens, apenas fazendo com que tais práticas se transfiram de horário e local, sem qualquer resultado prático”, criticou.
Políticas públicas
Para Herbert Targino, o combate à violência envolvendo crianças e adolescentes - seja na condição de autores ou vítimas - pressupõe a tomada de medidas muito mais abrangentes e eficazes do que o “toque de recolher”. São ações como fiscalizações rigorosas dos locais onde são comercializadas bebidas alcoólicas e a orientação, o apoio e a promoção social das famílias (o que demanda o aporte de recursos orçamentários dos mais diversos setores da administração), por exemplo.
“Crianças e adolescentes que perambulam pelas ruas durante a noite, consumindo bebidas alcoólicas e drogas, na sua grande maioria estão fora do sistema de ensino, devem ser consideradas vítimas da omissão da família, da sociedade e do Poder Público. Cabe ao Poder Público elaborar e implementar políticas públicas destinadas à prevenção e ao tratamento especializado para usuários de substâncias entorpecentes, combater a evasão escolar e reinserir crianças e adolescentes no sistema de ensino”, acrescentou.
Fonte: Paraíba.com.br
Menores de idade sofrem maus tratos na Mauritânia
Menores de idade sofrem maus tratos durante trabalho doméstico na Mauritânia
A violência exercida na Mauritânia contra menores de idade que trabalham como empregadas domésticas se transformou em um fenômeno comum, que se alimenta tanto da conivência dos donos da casa quanto da inoperância das investigações judiciais.
Essas meninas procedem em sua maioria de famílias humildes ou de grupos de subsaarianos candidatos à imigração ilegal. Em algumas ocasiões, elas se veem obrigadas a dividir o tempo de trabalho como empregada doméstica com a prostituição.
Os abusos são cometidos frequentemente pela família que as contratam e vão desde agressões corporais até estupros coletivos, passando por acusações de roubo ou por uma suposta insatisfação com o trabalho para não ter que pagar o salário.
"Há cerca de um ano, houve um aumento sem precedentes de casos", disse à Agência Efe a presidente da Associação de Mulheres Chefes de Família (AMCF), Aminetu Mint el Moqtar, que apenas no mês de março recebeu 49 denúncias.
Existem casos de estupros por parte de motoristas de táxis que levam as jovens tarde da noite para suas casas, normalmente situadas em bairros da periferia distantes de seu trabalho, e de intimidações cometidas por pessoas próximas aos patrões.
"Era de noite. Um jovem me deteve no meio da rua quando eu ia a uma loja. Ele me estuprou com a ajuda de dois amigos seus, que me dominaram pelos braços e pelos pés", relata Oumou, de apenas 15 anos de idade.
A moça não se atreveu a gritar nem a resistir por medo de que a matassem, e preferiu não denunciá-los a sua patroa para evitar uma presumível demissão e a perda dos 15 mil uguiyas (cerca de 40 euros) que recebe mensalmente.
O salário em algumas ocasiões é ainda mais baixo, da mesma forma que a idade das vítimas que chegam à associação comandada por Moqtar.
Aminata, uma adolescente senegalesa de 12 anos que ganhava 32 euros por mês, foi levada a uma delegacia em seu segundo dia de trabalho sob a acusação de ter roubado dois telefones celulares.
"A Polícia me declarou inocente e me devolveu à mulher. Ela me levou de volta para sua casa, amarrou meus pés e me obrigou a devolver os celulares que eu não tinha roubado", disse a menina à Efe.
Aminata conseguiu cortar a corda com uma faca, escapou da casa e caminhou mais de três horas para encontrar com seus pais. Então, sua patroa apareceu em sua casa com uma pistola e a ameaçou matá-la se não pagasse pelos celulares ou se não voltasse ao trabalho para compensar a perda dos aparelhos.
Quando a AMCF descobre uma vítima ou uma delas chega à associação, seus responsáveis averiguam a veracidade do relato e, caso a história seja verdadeira, a incentivam a registrar uma queixa policial.
No caso de Aminta, foi a mãe da menina que levou sua história às autoridades, um primeiro passo valente, mas que foi em vão, porque a patroa da jovem tinha desaparecido.
Mesmo quando o responsável pelos abusos é localizado, Moqtar lamenta que seja comum que os autores dos crimes "continuem vivendo sua vida tranquilamente" até que a investigação policial comece.
"Inclusive quando se sabe que uma menina foi alvo de violência sexual, os juízes vão encontrar uma razão para puni-la, como o fato de ter saído tarde, de usar roupas curtas ou de ter uma atitude provocativa", afirma a presidente da AMCF.
Segundo ela, esse tipo de obstáculo na Justiça se deve à ausência de uma legislação adequada sobre a violência contra as mulheres e o trabalho de empregada doméstica, além da pouca aplicação da lei que proíbe o trabalho infantil.
Por isso tudo, Moqtar diz que é necessário não evitar uma realidade que se beneficia de maus-tratos contra muitas menores de idade, ao mesmo tempo em que deve haver uma lei que garanta os direitos dessas jovens.
Fonte: Último Segundo
A violência exercida na Mauritânia contra menores de idade que trabalham como empregadas domésticas se transformou em um fenômeno comum, que se alimenta tanto da conivência dos donos da casa quanto da inoperância das investigações judiciais.
Essas meninas procedem em sua maioria de famílias humildes ou de grupos de subsaarianos candidatos à imigração ilegal. Em algumas ocasiões, elas se veem obrigadas a dividir o tempo de trabalho como empregada doméstica com a prostituição.
Os abusos são cometidos frequentemente pela família que as contratam e vão desde agressões corporais até estupros coletivos, passando por acusações de roubo ou por uma suposta insatisfação com o trabalho para não ter que pagar o salário.
"Há cerca de um ano, houve um aumento sem precedentes de casos", disse à Agência Efe a presidente da Associação de Mulheres Chefes de Família (AMCF), Aminetu Mint el Moqtar, que apenas no mês de março recebeu 49 denúncias.
Existem casos de estupros por parte de motoristas de táxis que levam as jovens tarde da noite para suas casas, normalmente situadas em bairros da periferia distantes de seu trabalho, e de intimidações cometidas por pessoas próximas aos patrões.
"Era de noite. Um jovem me deteve no meio da rua quando eu ia a uma loja. Ele me estuprou com a ajuda de dois amigos seus, que me dominaram pelos braços e pelos pés", relata Oumou, de apenas 15 anos de idade.
A moça não se atreveu a gritar nem a resistir por medo de que a matassem, e preferiu não denunciá-los a sua patroa para evitar uma presumível demissão e a perda dos 15 mil uguiyas (cerca de 40 euros) que recebe mensalmente.
O salário em algumas ocasiões é ainda mais baixo, da mesma forma que a idade das vítimas que chegam à associação comandada por Moqtar.
Aminata, uma adolescente senegalesa de 12 anos que ganhava 32 euros por mês, foi levada a uma delegacia em seu segundo dia de trabalho sob a acusação de ter roubado dois telefones celulares.
"A Polícia me declarou inocente e me devolveu à mulher. Ela me levou de volta para sua casa, amarrou meus pés e me obrigou a devolver os celulares que eu não tinha roubado", disse a menina à Efe.
Aminata conseguiu cortar a corda com uma faca, escapou da casa e caminhou mais de três horas para encontrar com seus pais. Então, sua patroa apareceu em sua casa com uma pistola e a ameaçou matá-la se não pagasse pelos celulares ou se não voltasse ao trabalho para compensar a perda dos aparelhos.
Quando a AMCF descobre uma vítima ou uma delas chega à associação, seus responsáveis averiguam a veracidade do relato e, caso a história seja verdadeira, a incentivam a registrar uma queixa policial.
No caso de Aminta, foi a mãe da menina que levou sua história às autoridades, um primeiro passo valente, mas que foi em vão, porque a patroa da jovem tinha desaparecido.
Mesmo quando o responsável pelos abusos é localizado, Moqtar lamenta que seja comum que os autores dos crimes "continuem vivendo sua vida tranquilamente" até que a investigação policial comece.
"Inclusive quando se sabe que uma menina foi alvo de violência sexual, os juízes vão encontrar uma razão para puni-la, como o fato de ter saído tarde, de usar roupas curtas ou de ter uma atitude provocativa", afirma a presidente da AMCF.
Segundo ela, esse tipo de obstáculo na Justiça se deve à ausência de uma legislação adequada sobre a violência contra as mulheres e o trabalho de empregada doméstica, além da pouca aplicação da lei que proíbe o trabalho infantil.
Por isso tudo, Moqtar diz que é necessário não evitar uma realidade que se beneficia de maus-tratos contra muitas menores de idade, ao mesmo tempo em que deve haver uma lei que garanta os direitos dessas jovens.
Fonte: Último Segundo
Nas brigas, mulheres batem mais do que os homens
As mulheres brasileiras são mais violentas do que os homens durante as brigas de casal. A porcentagem de mulheres que agridem os parceiros é de 14,6%, enquanto o relato de homens que batem no sexo oposto é de 10,7%. Os dados fazem parte de um estudo realizado pela Unidade de Estudos de Álcool e Outras Drogas (Uniad) da Unifesp, com apoio da Senad (Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas).
O 1º Levantamento Nacional sobre Padrões de Consumo de Álcool no Brasil compara o consumo de álcool com a agressividade dos parceiros. Em 9,2% dos casos, as mulheres confessaram que estavam embriagadas, mas os homens relataram que as parceiras beberam em 30,8%. Eles admitiram terem bebido em 38,1% dos casos, enquanto elas disseram que os homens estavam embriagados em 44,6% das agressões. Os dados mostram que o consumo de bebida alcoólica torna o homem mais violento.
A pesquisa foi realizada com 631 homens e 814 mulheres de 1.445 domicílios em 143 municípios brasileiros, entre novembro de 2005 e abril de 2006. Os casais relataram atos de violência considerados leves, como empurrões, sacudidas e tapas, e atos mais graves, como bater no companheiro, sexo forçado e o uso de facas e armas de fogo.
Foram relatados com maior freqüência empurrões, agarrões e sacudidas --7,4% por homens e 9,3% pelas mulheres. A agressão com tapas foi uma das mais comuns, relatada por 4,2% dos homens e por 3,9% das mulheres. Já entre os atos mais violentos, as mulheres reclamam terem sido vítimas com golpes de objetos (2,2%) e sexo forçado (1,2%). Os homens dizem que os golpes com objetos (2,9%) e ameaças com faca (1,5%) são os ataques mais violentos que sofrem.
Para a psicóloga Ilana Pinsky, pesquisadora da Uniad e orientadora da pesquisa, o estudo é apenas o primeiro passo para a prevenção da violência doméstica no país. "Esta pesquisa é só o começo do mapeamento da situação no Brasil. Na próxima pesquisa temos que entrevistar casais para conhecer mais detalhes da vida íntima conjugal e tentar descobrir como prevenir a agressão física", afirma.
O psiquiatra Marcos Zaleski, autor da pesquisa, explica que vários estudos internacionais feitos ao longo da última década mostram que o índice de agressões entre parceiros íntimos varia entre 17% e 39%. Nesses estudos, foi constatado que a agressão masculina contra mulheres é até 8 vezes mais alta quando os homens bebem.
Fonte:TATIANA SANTIAGO
Colaboração para a Folha Online
Nutrição adequada beneficia tratamento do câncer
Quando ouvimos falar em câncer, a primeira coisa que nos vem à cabeça é que se trata de uma doença grave, que pode levar a morte. Isso faz com que as pessoas tenham medo de falar a respeito do assunto e até mesmo fiquem receiosas de fazer os exames preventivos adequadamente. É importante considerar que no mundo são diagnosticados cerca de dez milhões de novos casos a cada ano e a Organização Mundial de Saúde estima que em 2020, esse número subirá para 15 milhões.
O que percebemos é que poucas pessoas têm conhecimento sobre a importância da nutrição adequada para o tratamento de pacientes com câncer. Dúvidas surgem, inclusive, sobre a importância do tipo de profissional que deve ser procurado. Isso porque existem nomenclaturas parecidas, gerando dúvidas e mesmo confusões entre os significados das palavras nutricionista e nutrólogo.
O médico nutrólogo é quem tem condições de avaliar um exame físico e laboratorial e, se necessário, prescrever medicações. Durante o tratamento pode-se ter diarreia, prisão de ventre, vômito, alteração de glicose. Nesse caso a avaliação do nutrólogo é mais indicada.
Já o nutricionista é aquele profissional que se foca na avaliação dos alimentos como a montagem de um cardápio mais adequado, a prescrição de um suplemento alimentar, etc. É importante destacar que o que determina o profissional a ser consultado é a necessidade do paciente. O ideal é que se faça uma avaliação com uma equipe multidisciplinar, com o acompanhamento do médico nutrólogo e do nutricionista.
Nesse sentido, antes de qualquer coisa, a avaliação deve ser individualizada. De um modo geral, além da higiene, deve-se ter cuidados com hidratação adequada, com os horários de alimentação (não ficar mais de três horas sem se alimentar) e com o tipo de alimento que está sendo ingerido (é preciso ter dieta equilibrada, com a ingestão de frutas, legumes, ovos, cereais etc.).
A incidência de desnutrição entre os pacientes com câncer é elevada, principalmente quando acomete a região da cabeça, pescoço e todo o trato gastrintestinal. Nesses casos, essa incidência pode chegar a 80% em função das dificuldades de alimentação, problemas de motilidade, obstrutivos ou de absorção.
Independentemente do local, sabe-se que o paciente produz algumas substâncias que provocam a degradação da massa muscular, da gordura corporal e do glicogênio hepático, levando assim à desnutrição. Mas, pacientes que sofrem intervenção, com algum tipo de acompanhamento nutricional, conseguem enfrentar melhor as alterações provocadas pelo tumor.
O que se pode afirmar é que quando o paciente tem orientação nutricional ele tem menos infecções, fica menos tempo internado, tem melhor qualidade de vida, mais disposição, menos sintomas como náuseas, vômitos, diarreia e constipações intestinais, entre outros.
Não há uma recomendação geral da dieta que se deve adotar ao longo do tratamento, até pelas especificidades de cada pessoa e tipo da doença. A recomendação é procurar um especialista para acompanhar o paciente.
*Fernanda Schettino Cerqueira é médica nutróloga da Oncomed
Fonte: EAgora Notícias
Estabelecimento que hospedar menor sem autorização poderá ser fechado
Exploração sexual: estabelecimento que hospedar menor sem autorização poderá ser fechado
O Senado aprovou, na noite desta quarta-feira (16), substitutivo da Câmara ao projeto de iniciativa da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) sobre a Exploração Sexual, o PLS 255/04, que altera o Estatuto da Criança e do Adolescente para estipular punição ao hotel, pensão, motel ou congênere que hospedar criança ou adolescente desacompanhado dos pais ou responsáveis, ou sem autorização. A matéria vai a sanção presidencial.
O texto aprovado estipula, como penalidade inicial, o pagamento de multa. Em caso de reincidência, além do pagamento da multa a Justiça poderá determinar o fechamento do estabelecimento por um prazo de até 15 dias. Se o hotel, pensão ou motel infringir de novo a lei, e isso for comprovado, ele será definitivamente fechado e terá sua licença de funcionamento cassada.
- Trata-se de medida necessária, urgente e oportuna. Necessária porque a impunidade viceja quando a vítima é a criança, realidade que torna punição e defesa ações assemelhadas. A medida irá ajudar a proteger cerca de meio milhão de crianças e adolescentes vítimas de exploração sexual, prática disseminada em todas as regiões do país - justifica a relatora Fátima Cleide (PT-RO), em seu parecer aprovado pela Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa.
Roberto Homem / Agência Senado
O Senado aprovou, na noite desta quarta-feira (16), substitutivo da Câmara ao projeto de iniciativa da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) sobre a Exploração Sexual, o PLS 255/04, que altera o Estatuto da Criança e do Adolescente para estipular punição ao hotel, pensão, motel ou congênere que hospedar criança ou adolescente desacompanhado dos pais ou responsáveis, ou sem autorização. A matéria vai a sanção presidencial.
O texto aprovado estipula, como penalidade inicial, o pagamento de multa. Em caso de reincidência, além do pagamento da multa a Justiça poderá determinar o fechamento do estabelecimento por um prazo de até 15 dias. Se o hotel, pensão ou motel infringir de novo a lei, e isso for comprovado, ele será definitivamente fechado e terá sua licença de funcionamento cassada.
- Trata-se de medida necessária, urgente e oportuna. Necessária porque a impunidade viceja quando a vítima é a criança, realidade que torna punição e defesa ações assemelhadas. A medida irá ajudar a proteger cerca de meio milhão de crianças e adolescentes vítimas de exploração sexual, prática disseminada em todas as regiões do país - justifica a relatora Fátima Cleide (PT-RO), em seu parecer aprovado pela Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa.
Roberto Homem / Agência Senado
Drogas: Danos ao coração podem levar jovem à morte
Utilizadas geralmente entre a população mais jovem, as drogas têm repercussão em todo o organismo, afetando principalmente o coração. Este é ainda mais prejudicado no caso de drogas estimulantes, como a cocaína, o crack ou o ecstasy, que afetam o funcionamento do organismo para liberação de adrenalina. As consequências são mais graves quando o consumo é associado à obesidade e ao sedentarismo.
Segundo o Levantamento Domiciliar sobre Uso de Drogas Psicotrópicas no Brasil, realizado em 2005 pelo Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas (Cebird), 22,8% da população já utilizou alguma droga. A maconha aparece em primeiro lugar entre as drogas ilícitas, com 8,8%. A prevalência sobre o uso de cocaína foi de 2,9%, enquanto os outros estimulantes já foram consumidos por 3,2% e há 0,2% da população como dependente.
“As substâncias estimulantes provocam taquicardia e possivelmente arritmias cardíacas malignas, potencialmente fatais. Também colaboram para o desenvolvimento de picos hipertensivos, com provável edema agudo do pulmão. Já a maconha é menos intensa nas repercussões cardiovasculares, mas tem efeito depressor”, explica o cardiologista Christiano Barros, presidente da Regional Bauru da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (SOCESP).
Os danos podem se apresentar a curto ou longo prazos e independem da frequência com que a droga é utilizada. Segundo Barros, o uso esporádico tem menos impacto cardiovascular, mas há a possibilidade de efeitos agudos.
“Uma pequena dose de um estimulante diferenciada, como uma droga mais pura, pode ser fatal, já que o estímulo, nesse caso, terá maior intensidade”.
Com o hábito comum de misturar drogas e álcool, e uma rotina sedentária, sem o hábito de praticar atividades físicas, o jovem é condicionado a riscos ainda maiores. “Esta combinação pode formar um coquetel fatal, principalmente nos jovens obesos e sedentários, pois o risco cardiovascular já alto é potencializado pelas substâncias ingeridas, aumentando as chances de morte, infarto agudo do miocárdio e até AVC”, alerta o médico.
As consequências do uso prolongado de drogas durante a juventude acompanham o usuário por toda a sua vida. Mesmo que não se torne um dependente, ele será um idoso com risco cardiovascular mais elevado do que o natural da velhice. “Diversas doenças podem se desenvolver no miocárdio, com grandes índices de morbidade e mortalidade. Entre elas, estão hipertensão arterial sistêmica, aneurisma de aorta, infarto agudo e miocardites, todas secundárias ao uso de drogas”, informa o especialista.
Fabiana Mascarenhas
Fonte: A Tarde Online
Trabalho infantil cresce no Ceará e recua no país
As crianças entre dez e 14 anos estão trabalhando mais no Ceará. Esse é um dos indicadores da Pnad 2008, que mostra 14,3% da população nessa faixa etária trabalha no Estado. O índice é superior ao registrado em 2007 (13,9%) e à média nacional de 8,4%. Além disso, contraria a tendência brasileira de redução do trabalho infantil, visto que, um ano antes, 10,2% das crianças brasileiras trabalhavam.
O crescimento do trabalho infantil no Ceará acontece entre as meninas. Enquanto em 2007, 8,5% delas trabalhavam, no ano passado, esse número subiu para 10,2%. O resultado é quase o dobro da média nacional para mulheres entre dez e 14 anos: 5,9%. Já os garotos dessa mesma faixa etária estão trabalhando menos: em 2007, eram 19,4% da população; no ano passado, 18,2%.
O IBGE não especifica qual tipo de tarefa é executada pelos menores de idade. A falta dessa informação torna difícil saber se é positiva ou negativa a diminuição do número de pessoas entre 15 e 17 anos trabalhando. Em 2008, o número de adolescentes no mercado de trabalho caiu 2,5% em relação a 2007 (diminuiu de 38,1% para 35,6%). O resultado acompanhou a média nacional, que passou de 39% para 36,6% nessa faixa etária.
Na Região Metropolitana de Fortaleza, o IBGE estima haver 20 mil crianças de dez a 14 anos em situação economicamente ativa, o equivalente a 5,8% das pessoas nessa faixa etária. Destas, 12 mil são homens e 8 mil, mulheres. De 15 a 17 anos, o número sobe para 54 mil adolescentes (26,4% da população).
Brasil
O trabalho infantil diminuiu 7,6% no Brasil em 2008, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), divulgada nesta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A queda acompanha a tendência que vem sendo observada nos últimos anos.
Do total da população com idade de cinco a 17 anos, 10,2%, ou 4,5 milhões de pessoas trabalhavam no ano passado.
O Nordeste foi a região com registro de maior nível de trabalho infantil. Segundo o IBGE, era 1,7 milhão de pessoas com idade de cinco a 17 anos, ou 12,3% do total desta faixa, tinha alguma ocupação.
No Sul, 11,9% dos total da população menor de idade trabalhava; no Norte, essa proporção era de 10,3%, e no Centro-Oeste, de 10,2%. Em números absolutos, houve retração também nessas regiões.
No Sudeste, foi registrado o menor nível de trabalhadores com cinco a 17 anos de idade.
Com 14 a 17 anos, estavam empregados 25% do total da população nesta faixa, o correspondente a 3,4 milhões de pessoas. Significa que houve retrocesso de 3,6% frente a 2007. O IBGE aponta que dos trabalhadores com cinco a 17 anos de idade, 51,6% eram empregados ou trabalhadores domésticos.
O crescimento do trabalho infantil no Ceará acontece entre as meninas. Enquanto em 2007, 8,5% delas trabalhavam, no ano passado, esse número subiu para 10,2%. O resultado é quase o dobro da média nacional para mulheres entre dez e 14 anos: 5,9%. Já os garotos dessa mesma faixa etária estão trabalhando menos: em 2007, eram 19,4% da população; no ano passado, 18,2%.
O IBGE não especifica qual tipo de tarefa é executada pelos menores de idade. A falta dessa informação torna difícil saber se é positiva ou negativa a diminuição do número de pessoas entre 15 e 17 anos trabalhando. Em 2008, o número de adolescentes no mercado de trabalho caiu 2,5% em relação a 2007 (diminuiu de 38,1% para 35,6%). O resultado acompanhou a média nacional, que passou de 39% para 36,6% nessa faixa etária.
Na Região Metropolitana de Fortaleza, o IBGE estima haver 20 mil crianças de dez a 14 anos em situação economicamente ativa, o equivalente a 5,8% das pessoas nessa faixa etária. Destas, 12 mil são homens e 8 mil, mulheres. De 15 a 17 anos, o número sobe para 54 mil adolescentes (26,4% da população).
Brasil
O trabalho infantil diminuiu 7,6% no Brasil em 2008, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), divulgada nesta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A queda acompanha a tendência que vem sendo observada nos últimos anos.
Do total da população com idade de cinco a 17 anos, 10,2%, ou 4,5 milhões de pessoas trabalhavam no ano passado.
O Nordeste foi a região com registro de maior nível de trabalho infantil. Segundo o IBGE, era 1,7 milhão de pessoas com idade de cinco a 17 anos, ou 12,3% do total desta faixa, tinha alguma ocupação.
No Sul, 11,9% dos total da população menor de idade trabalhava; no Norte, essa proporção era de 10,3%, e no Centro-Oeste, de 10,2%. Em números absolutos, houve retração também nessas regiões.
No Sudeste, foi registrado o menor nível de trabalhadores com cinco a 17 anos de idade.
Com 14 a 17 anos, estavam empregados 25% do total da população nesta faixa, o correspondente a 3,4 milhões de pessoas. Significa que houve retrocesso de 3,6% frente a 2007. O IBGE aponta que dos trabalhadores com cinco a 17 anos de idade, 51,6% eram empregados ou trabalhadores domésticos.
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trabalho infantil
ONG pede mais fundos para infância e menos para armamento na América Latina
Os países latino-americanos devem destinar mais fundos para a infância e menos à compra de armamento, a fim de evitar o aumento nos números de pobreza, desnutrição crônica infantil e taxas de criminalidade entre jovens por causa da crise, disse hoje em Lima a ONG Save the Children.
“O que está acontecendo na América Latina é um dos paradoxos mais incríveis: enquanto muitos países entram em uma corrida armamentista e gastam milhões de dólares em armamento, muitas crianças sofrem de desnutrição crônica, o trabalho infantil cresce, assim como os abusos contra menores”, declarou à Agência Efe o coordenador regional de investimento em infância da ONG, o chileno Jorge Oroza.
Durante sua participação no segundo encontro latino-americano de investimento em infância, que começou na segunda-feira e terminou hoje em Lima, Oroza chamou a atenção para as 34 milhões de crianças que não vão à escola na região.
O chileno apontou que, de acordo com “números conservadores, existiam antes da crise cerca de 180 milhões de pobres na América Latina, dos quais 120 milhões eram crianças. Nos últimos meses, calcula-se que mais 10 milhões de crianças passaram a viver na pobreza”.
Oroza também ressaltou que, como consequência da crise financeira mundial, o trabalho infantil aumentou e que muitos jovens, ao não encontrar um emprego, “eventualmente se unirão a bandidos, em uma situação que gerará um grave problema social”, como já ocorre em países como El Salvador e Honduras.
Nesse sentido, o ativista da Save The Children disse que a solução não é diminuir a idade penal, mas encontrar soluções para este problema, como investir na criação de postos de trabalho para jovens e em sua capacitação.
“O que está acontecendo na América Latina é um dos paradoxos mais incríveis: enquanto muitos países entram em uma corrida armamentista e gastam milhões de dólares em armamento, muitas crianças sofrem de desnutrição crônica, o trabalho infantil cresce, assim como os abusos contra menores”, declarou à Agência Efe o coordenador regional de investimento em infância da ONG, o chileno Jorge Oroza.
Durante sua participação no segundo encontro latino-americano de investimento em infância, que começou na segunda-feira e terminou hoje em Lima, Oroza chamou a atenção para as 34 milhões de crianças que não vão à escola na região.
O chileno apontou que, de acordo com “números conservadores, existiam antes da crise cerca de 180 milhões de pobres na América Latina, dos quais 120 milhões eram crianças. Nos últimos meses, calcula-se que mais 10 milhões de crianças passaram a viver na pobreza”.
Oroza também ressaltou que, como consequência da crise financeira mundial, o trabalho infantil aumentou e que muitos jovens, ao não encontrar um emprego, “eventualmente se unirão a bandidos, em uma situação que gerará um grave problema social”, como já ocorre em países como El Salvador e Honduras.
Nesse sentido, o ativista da Save The Children disse que a solução não é diminuir a idade penal, mas encontrar soluções para este problema, como investir na criação de postos de trabalho para jovens e em sua capacitação.
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"Em defesa da Infância"
Médico desvenda 10 dúvidas sobre menopausa
Após 40 anos na área de medicina voltada à saúde da mulher, o ginecologista e obstetra Jorge Naufal concluiu que estava na hora de dividir sua experiência com mais mulheres, além das pacientes que atende no consultório. Médico do Hospital e Maternidade Neomater, de São Bernardo do Campo, no ABC paulista, ele lança o livro Menopausa, Andropausa, Climatério (Edita Artemis Editorial, R$ 40) para elucidar dúvidas e orientar as mulheres nessa fase da vida que se desdobra em múltiplas repercussões - tanto físicas quanto emocionais.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a menopausa é definida como a interrupção da menstruação em consequência do término da produção de hormônios femininos e fim da ovulação. O termo deriva da língua grega mém (mês) e pausis (parada), ou seja, é a última menstruação, a partir da qual ocorre a interrupção dos fluxos menstruais mensais.
"Nós definimos que a mulher está na menopausa somente após um ano sem menstruação, mas a sintomatologia do climatério já se faz sentir muito antes", disse. Ondas de calor, sudorese, ansiedade, depressão e diminuição da libido são algumas das reclamações femininas mais comuns e que o médico trata na publicação. A duração dos sintomas é variável: entre cinco e 25 anos, ou seja, dos 40 aos 65 anos de idade. "Mas existe uma porcentagem (10%) de mulheres que tem a menopausa repentina, sem passar pela fase de oscilação dos ciclos menstruais."
Longe de marcar a data da velhice, fim da sexualidade e problemas de saúde, a menopausa pode ter seus sintomas tratados e controlados por um ginecologista para dar qualidade de vida à mulher. Não é preciso sofrer nessa fase. A pedido do Terra, Jorge Naufal desvendou dez questões sobre a menopausa. Confira abaixo.
1 - Qual a diferença entre menopausa e climatério?
A menopausa é um sinal da parada da menstruação enquanto climatério significa uma síndrome e, como tal, envolve uma série de sintomas e eventos, sendo definida como a fase da vida feminina em que ocorre a transição do período reprodutivo para o estado não reprodutivo.
2 - Menopausa prejudica a saúde da mulher?
A menopausa é um evento dentro do climatério. Tanto um como o outro são considerados eventos fisiológicos no transcorrer da vida da mulher. Contudo, devido às suas características, adquirem o aspecto patológico e como tal precisam ser corrigidos, portanto a menopausa e o climatério têm, sim, características que prejudicam a saúde da mulher, mas podem ser tratadas.
Numa fase precoce, ocorrem alterações menstruais e sintomas vasomotores, sendo que os mais conhecidos são fogachos (ondas de calor), sudorese (suores noturnos), palpitações e enxaquecas, além de sintomas neuropsíquicos, tais como: insônia, falta de memória, insegurança, humor variável, ansiedade, depressão, diminuição da libido e da atenção, indecisão, fraqueza, oscilação do humor com irritação e choro fácil. Ainda no período de perimenopausa começa a ocorrer uma atrofia urogenital e suas principais consequências são incontinência urinária (perda de urina), dor à repleção vesical (bexiga com muita urina), urgência miccional (necessidade urgente de urina) e disúria (dor, ardor, queimação ao urinar).
Ocorre também com mais facilidade o prolapso (queda) de toda estrutura urogenital por perda de colágeno pela flacidez e, com isso, é comum no climatério a mulher apresentar uretra, bexiga e útero parcial ou totalmente fora do fendo vulvar. Todos esses fenômenos ocorrem pela queda da produção do estrógeno produzido pelo ovário, e o aparelho genital é o que mais sente os fenômenos regressivos: a mucosa vaginal fica sem lubrificação (seca), ocorre dor no coito, aparecem prurido vulvar (coceira), corrimento e infecções geniturinárias freqüentes, há perda de gordura dos grandes e pequenos lábios, diminuição da produção da secreção das glândulas sudoríparas e sebáceas, os pelos caem e os que ficam são escassos e quebradiços. Além disso, a entrada da vagina sofre retração e fica mais estreita, acentuando-se mais quanto menos atividade sexual a mulher tiver. Como consequência, pode ocorrer dor na penetração do pênis, com ferimento e sangramento.
3 - O que é terapia de reposição hormonal?
Terapia de Reprodução Hormonal (TRH) é o tratamento indicado para as mulheres em menopausa e climatério e consiste em medicá-las com os hormônios femininos, já que os produzidos pelo seu organismo já são insuficientes para manter a estrutura feminina sem a sintomatologia descrita acima. Assim, as mulheres que têm útero podem ser medicadas com a combinação de estrógeno e progesterona - pois o estrógeno isolado estimula o crescimento do endométrio (camada glandular interna do útero), podendo ocasionar o aparecimento de câncer do corpo uterino. Já nas mulheres histerectomizadas (que retiraram o útero) se faz reposição hormonal somente com estrógeno.
4 - Para quem é indicada? E quais são as contraindicações da TRH?
Ela está indicada para todas as mulheres com sintomatologia que compromete a qualidade de vida. É contraindicada nos casos de doença hepática ou renal grave, infarto do miocárdio, acidente vascular cerebral, câncer de mama, câncer urogenital, diabetes descompensadas, hipertensão arterial não controlada, sangramento vaginal não identificado, doença hepática aguda, mioma uterino, endometriose e calculose biliar.
5 - Existem outros tratamentos para a menopausa?
Sim, como os fitoterápicos, a maioria à base de isoflavona da soja, exercícios físicos e dietas alimentares. Também existem os serms - moduladores seletivos de receptor de estrógeno - cujas moléculas de estrogênio modificado atuam como o hormônio em certos tecidos, mas não produzem nenhum efeito em outros, como a mama ou a camada que reveste o útero.
6 - Na menopausa, a mulher fica mais suscetível à osteoporose?
A mulher na menopausa tem como evento tardio a osteoporose pela perda de cálcio e alteração da microarquitetura óssea. Nesse caso, recomenda-se fazer reposição hormonal, tomar cálcio, vitamina D e sol, além de praticar exercícios físicos e usar os alendronatos (substância que previne perda óssea), caso não possa fazer a reposição hormonal.
7 - Muitas mulheres se queixam de falta de libido na menopausa? Como lidar com isso?
Realmente é uma queixa comum, e diversos fatores interferem para isso, como a falta de hormônio e o mito da velhice assexuada. Nesses casos, a reposição hormonal pode favorecer a mulher, principalmente se associada ao andrógeno (hormônio masculino), para retomar a vida sexual com satisfação.
8 - A menopausa pode interferir na vida emocional da mulher?
A menopausa causa fenômenos psicológicos e vasomotores que interferem na vida emocional. Se forem muito acentuados, além da terapia hormonal, pode-se fazer uso de antidepressivo e psicoterapia.
9 - Exercícios físicos podem ajudar a passar por essa fase com mais facilidade?
Exercícios físicos sempre ajudam a passar a fase da menopausa e deve ser praticado constantemente.
10 - Dê algumas dicas para levar uma vida saudável na menopausa
Para ter uma menopausa e climatério saudáveis, a mulher deve fazer exercícios físicos, cuidar da alimentação, ter relacionamento afetivo, psíquico e amoroso bem estimulado, evitar estresse e ter sempre alguma ocupação agradável, como dançar, fazer cursos, viajar ou cultivar um hobby.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a menopausa é definida como a interrupção da menstruação em consequência do término da produção de hormônios femininos e fim da ovulação. O termo deriva da língua grega mém (mês) e pausis (parada), ou seja, é a última menstruação, a partir da qual ocorre a interrupção dos fluxos menstruais mensais.
"Nós definimos que a mulher está na menopausa somente após um ano sem menstruação, mas a sintomatologia do climatério já se faz sentir muito antes", disse. Ondas de calor, sudorese, ansiedade, depressão e diminuição da libido são algumas das reclamações femininas mais comuns e que o médico trata na publicação. A duração dos sintomas é variável: entre cinco e 25 anos, ou seja, dos 40 aos 65 anos de idade. "Mas existe uma porcentagem (10%) de mulheres que tem a menopausa repentina, sem passar pela fase de oscilação dos ciclos menstruais."
Longe de marcar a data da velhice, fim da sexualidade e problemas de saúde, a menopausa pode ter seus sintomas tratados e controlados por um ginecologista para dar qualidade de vida à mulher. Não é preciso sofrer nessa fase. A pedido do Terra, Jorge Naufal desvendou dez questões sobre a menopausa. Confira abaixo.
1 - Qual a diferença entre menopausa e climatério?
A menopausa é um sinal da parada da menstruação enquanto climatério significa uma síndrome e, como tal, envolve uma série de sintomas e eventos, sendo definida como a fase da vida feminina em que ocorre a transição do período reprodutivo para o estado não reprodutivo.
2 - Menopausa prejudica a saúde da mulher?
A menopausa é um evento dentro do climatério. Tanto um como o outro são considerados eventos fisiológicos no transcorrer da vida da mulher. Contudo, devido às suas características, adquirem o aspecto patológico e como tal precisam ser corrigidos, portanto a menopausa e o climatério têm, sim, características que prejudicam a saúde da mulher, mas podem ser tratadas.
Numa fase precoce, ocorrem alterações menstruais e sintomas vasomotores, sendo que os mais conhecidos são fogachos (ondas de calor), sudorese (suores noturnos), palpitações e enxaquecas, além de sintomas neuropsíquicos, tais como: insônia, falta de memória, insegurança, humor variável, ansiedade, depressão, diminuição da libido e da atenção, indecisão, fraqueza, oscilação do humor com irritação e choro fácil. Ainda no período de perimenopausa começa a ocorrer uma atrofia urogenital e suas principais consequências são incontinência urinária (perda de urina), dor à repleção vesical (bexiga com muita urina), urgência miccional (necessidade urgente de urina) e disúria (dor, ardor, queimação ao urinar).
Ocorre também com mais facilidade o prolapso (queda) de toda estrutura urogenital por perda de colágeno pela flacidez e, com isso, é comum no climatério a mulher apresentar uretra, bexiga e útero parcial ou totalmente fora do fendo vulvar. Todos esses fenômenos ocorrem pela queda da produção do estrógeno produzido pelo ovário, e o aparelho genital é o que mais sente os fenômenos regressivos: a mucosa vaginal fica sem lubrificação (seca), ocorre dor no coito, aparecem prurido vulvar (coceira), corrimento e infecções geniturinárias freqüentes, há perda de gordura dos grandes e pequenos lábios, diminuição da produção da secreção das glândulas sudoríparas e sebáceas, os pelos caem e os que ficam são escassos e quebradiços. Além disso, a entrada da vagina sofre retração e fica mais estreita, acentuando-se mais quanto menos atividade sexual a mulher tiver. Como consequência, pode ocorrer dor na penetração do pênis, com ferimento e sangramento.
3 - O que é terapia de reposição hormonal?
Terapia de Reprodução Hormonal (TRH) é o tratamento indicado para as mulheres em menopausa e climatério e consiste em medicá-las com os hormônios femininos, já que os produzidos pelo seu organismo já são insuficientes para manter a estrutura feminina sem a sintomatologia descrita acima. Assim, as mulheres que têm útero podem ser medicadas com a combinação de estrógeno e progesterona - pois o estrógeno isolado estimula o crescimento do endométrio (camada glandular interna do útero), podendo ocasionar o aparecimento de câncer do corpo uterino. Já nas mulheres histerectomizadas (que retiraram o útero) se faz reposição hormonal somente com estrógeno.
4 - Para quem é indicada? E quais são as contraindicações da TRH?
Ela está indicada para todas as mulheres com sintomatologia que compromete a qualidade de vida. É contraindicada nos casos de doença hepática ou renal grave, infarto do miocárdio, acidente vascular cerebral, câncer de mama, câncer urogenital, diabetes descompensadas, hipertensão arterial não controlada, sangramento vaginal não identificado, doença hepática aguda, mioma uterino, endometriose e calculose biliar.
5 - Existem outros tratamentos para a menopausa?
Sim, como os fitoterápicos, a maioria à base de isoflavona da soja, exercícios físicos e dietas alimentares. Também existem os serms - moduladores seletivos de receptor de estrógeno - cujas moléculas de estrogênio modificado atuam como o hormônio em certos tecidos, mas não produzem nenhum efeito em outros, como a mama ou a camada que reveste o útero.
6 - Na menopausa, a mulher fica mais suscetível à osteoporose?
A mulher na menopausa tem como evento tardio a osteoporose pela perda de cálcio e alteração da microarquitetura óssea. Nesse caso, recomenda-se fazer reposição hormonal, tomar cálcio, vitamina D e sol, além de praticar exercícios físicos e usar os alendronatos (substância que previne perda óssea), caso não possa fazer a reposição hormonal.
7 - Muitas mulheres se queixam de falta de libido na menopausa? Como lidar com isso?
Realmente é uma queixa comum, e diversos fatores interferem para isso, como a falta de hormônio e o mito da velhice assexuada. Nesses casos, a reposição hormonal pode favorecer a mulher, principalmente se associada ao andrógeno (hormônio masculino), para retomar a vida sexual com satisfação.
8 - A menopausa pode interferir na vida emocional da mulher?
A menopausa causa fenômenos psicológicos e vasomotores que interferem na vida emocional. Se forem muito acentuados, além da terapia hormonal, pode-se fazer uso de antidepressivo e psicoterapia.
9 - Exercícios físicos podem ajudar a passar por essa fase com mais facilidade?
Exercícios físicos sempre ajudam a passar a fase da menopausa e deve ser praticado constantemente.
10 - Dê algumas dicas para levar uma vida saudável na menopausa
Para ter uma menopausa e climatério saudáveis, a mulher deve fazer exercícios físicos, cuidar da alimentação, ter relacionamento afetivo, psíquico e amoroso bem estimulado, evitar estresse e ter sempre alguma ocupação agradável, como dançar, fazer cursos, viajar ou cultivar um hobby.
Blog Comida e Boa Saúde
Justiça adia votação de habeas corpus de Abdelmassih
SÃO PAULO - O Tribunal de Justiça de São Paulo adiou pela segunda vez o julgamento do pedido de habeas corpus do médico Roger Abdelmassih. Na semana passada, a decisão havia sido postergada para ontem. De acordo com o TJ-SP, essa medida é usada quando o desembargador precisa de mais tempo para analisar o caso. Anteontem, a juíza Kenarik Felippe, da 16ª Vara Criminal do Fórum da Barra Funda negou o pedido de reconsideração da prisão de Abdelmassih. Ele é acusado de ter violentado 56 mulheres, a maioria ex-pacientes de sua clínica de fertilização.
O pedido havia sido feito pelo advogado do médico, José Luiz Oliveira Lima. A Justiça não aceitou a alegação de que Abdelmassih não representaria risco já que ele teve o registro profissional suspenso pelo Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp).
Abdelmassih está preso desde 17 de agosto. No dia 25 do mesmo mês, ele foi transferido para a Penitenciária de Tremembé, no interior do Estado. Antes, ele estava detido no 40º Distrito Policial (DP), na Vila Santa Maria, na zona norte da cidade. No dia 2 de setembro, a Câmara Municipal de São Paulo cassou o título de Cidadão Paulistano concedido ao médico em 2002.
O pedido havia sido feito pelo advogado do médico, José Luiz Oliveira Lima. A Justiça não aceitou a alegação de que Abdelmassih não representaria risco já que ele teve o registro profissional suspenso pelo Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp).
Abdelmassih está preso desde 17 de agosto. No dia 25 do mesmo mês, ele foi transferido para a Penitenciária de Tremembé, no interior do Estado. Antes, ele estava detido no 40º Distrito Policial (DP), na Vila Santa Maria, na zona norte da cidade. No dia 2 de setembro, a Câmara Municipal de São Paulo cassou o título de Cidadão Paulistano concedido ao médico em 2002.
Estadão
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Meta de redução do analfabetismo pode não ser alcançada, diz Haddad
RIO - O ministro da Educação, Fernando Haddad, disse nesta sexta-feira que se a redução da taxa de analfabetismo na população maior de 15 anos mantiver o mesmo ritmo registrado em 2008 pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio 2008 (Pnad), o Brasil não conseguirá cumprir o acordo assinado em 2000 durante a Conferência Mundial de Educação, em Dacar (Senegal).
O documento determina que o país deve reduzir pela metade a taxa de analfabetismo até 2015, chegando a 6,7%. De 2007 para 2008, o analfabetismo caiu de 10,1% para 10%. Entretanto, na avaliação do ministro, se for observado o ritmo de redução dos anos anteriores, o Brasil conseguirá chegar à taxa de 6,7%. De 2005 para 2006, a redução foi de 0,7% e de 2006 para 2007, de 0,4%.
- Pela série histórica nós vamos cumprir. Nós chegamos a reduzir 0,7% em um ano, como ocorreu em 2005 - afirma Haddad.
Para Haddad, prefeituras e municípios precisam se esforçar para solucionar o problema sob o risco do não cumprimento das metas. Ele destacou que nas regiões em que há mais adesão ao Brasil Alfabetizado, programa do Ministério da Educação (MEC) para alfabetização de jovens e adultos, a redução foi menor. (Veja também: DF tem a maior taxa de escolaridade entre a população de 18 a 24 anos).
- O exemplo do Nordeste evidencia que é possível fazer essa redução - exemplifica. (Escolas públicas concentram maioria dos alunos do ensino fundamental e médio)
A região concentra cerca de 80% das turmas do programa e de 2007 para 2008 registrou a maior queda na taxa de analfabetismo: 0,5%.
Haddad chamou atenção para o aumento de 140 mil analfabetos entre as pessoas com mais de 25 anos, especialmente no Sul e no Sudeste, o que para ele não é "algo compreensível". Segundo ele, é como se pessoas que se declararam alfabetizadas em um ano se declarassem analfabetas no ano seguinte. Ele disse que o MEC já pediu para o IBGE um detalhamento desses dados.
Para Haddad, prefeituras e municípios precisam se esforçar para solucionar o problema sob o risco do não cumprimento das metas. Ele destacou que nas regiões em que há mais adesão ao Brasil Alfabetizado, programa do Ministério da Educação (MEC) para alfabetização de jovens e adultos, a redução foi menor. (Veja também: DF tem a maior taxa de escolaridade entre a população de 18 a 24 anos).
- O exemplo do Nordeste evidencia que é possível fazer essa redução - exemplifica. (Escolas públicas concentram maioria dos alunos do ensino fundamental e médio)
A região concentra cerca de 80% das turmas do programa e de 2007 para 2008 registrou a maior queda na taxa de analfabetismo: 0,5%.
Haddad chamou atenção para o aumento de 140 mil analfabetos entre as pessoas com mais de 25 anos, especialmente no Sul e no Sudeste, o que para ele não é "algo compreensível". Segundo ele, é como se pessoas que se declararam alfabetizadas em um ano se declarassem analfabetas no ano seguinte. Ele disse que o MEC já pediu para o IBGE um detalhamento desses dados.
Informações da Agência Brasil
Veja:
O Globo
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sexta-feira, 18 de setembro de 2009
Suspeito de vender drogas a crianças e adolescentes é preso em Passo Fundo
Agentes da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) de Passo Fundo, com apoio de policiais da Delegacia Especializada em Furto, Roubos, Entorpecentes e Capturas (DEFREC) prenderam nesta quinta-feira um homem por tráfico de drogas.
O suspeito foi preso no bairro Záchia, com 67 gramas de crack, 344 gramas de maconha e dinheiro. O ponto de tráfico ficava próximo a um colégio e um posto de saúde. A polícia suspeita que crianças e adolescentes fossem consumidores das drogas vendidas naquele ponto.
As informações são da Polícia Civil.
Diário de Santa Maria
Veja também:
Senad abre pré-inscrições para o Curso “Prevenção ao Uso Indevido de Drogas – Capacitação para Conselheiros Municipais”
http://anjoseguerreiros.blogspot.com/2009/09/senad-abre-pre-inscricoes-para-o-curso.htmlO suspeito foi preso no bairro Záchia, com 67 gramas de crack, 344 gramas de maconha e dinheiro. O ponto de tráfico ficava próximo a um colégio e um posto de saúde. A polícia suspeita que crianças e adolescentes fossem consumidores das drogas vendidas naquele ponto.
As informações são da Polícia Civil.
Diário de Santa Maria
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Senad abre pré-inscrições para o Curso “Prevenção ao Uso Indevido de Drogas – Capacitação para Conselheiros Municipais”
Denuncie o tráfico de entorpecentes!
“Não deixe um traficante adotar o seu filho”!
Forneça o máximo de informações possíveis: local, ponto de referência, nomes, apelidos, placas de autos, motos, horários, etc.; tudo que julgar útil.
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Jovem que sobreviveu à raiva humana recebe alta no Recife
Segundo médicos, foi o primeiro caso de cura da doença no país.
Ele foi levado para casa por ambulância.
Um adolescente de 16 anos recebeu alta médica de um hospital do Recife, nesta sexta-feira (18). Segundo os médicos, ele é o primeiro brasileiro que se curou da raiva humana. Uma ambulância do município de Floresta, onde vive a família, chegou à unidade de saúde logo cedo para fazer o transporte do paciente.
O garoto contraiu a doença depois de ser mordido por um morcego, enquanto dormia. Ele estava internado na unidade de saúde desde outubro do ano passado e saiu da UTI em fevereiro deste ano, após mais de cem dias de tratamento. O pai deixou o trabalho para fazer companhia para o filho.
De acordo com a assessoria de imprensa do hospital, ele teve algumas sequelas, não está andando, fala com dificuldade, mas vai continuar tendo acompanhamento médico.
O paciente deve voltar à unidade de saúde em três semanas para nova avaliação e deve ser submetido a uma cirurgia ortopédica no quadril.
O tratamento usado foi baseado Protocolo de Milwaukee, criado nos Estados Unidos em 2004. O hospital informa que foram usados antivirais, sedativos e anestésicos.
G1
Ele foi levado para casa por ambulância.
Um adolescente de 16 anos recebeu alta médica de um hospital do Recife, nesta sexta-feira (18). Segundo os médicos, ele é o primeiro brasileiro que se curou da raiva humana. Uma ambulância do município de Floresta, onde vive a família, chegou à unidade de saúde logo cedo para fazer o transporte do paciente.
O garoto contraiu a doença depois de ser mordido por um morcego, enquanto dormia. Ele estava internado na unidade de saúde desde outubro do ano passado e saiu da UTI em fevereiro deste ano, após mais de cem dias de tratamento. O pai deixou o trabalho para fazer companhia para o filho.
De acordo com a assessoria de imprensa do hospital, ele teve algumas sequelas, não está andando, fala com dificuldade, mas vai continuar tendo acompanhamento médico.
O paciente deve voltar à unidade de saúde em três semanas para nova avaliação e deve ser submetido a uma cirurgia ortopédica no quadril.
O tratamento usado foi baseado Protocolo de Milwaukee, criado nos Estados Unidos em 2004. O hospital informa que foram usados antivirais, sedativos e anestésicos.
G1
Vídeo mostra criança cantando e dançando com arma
Polícia vai encaminhar gravação ao Juizado de Menores.
Imagens estavam em celular de motorista de kombi.
A polícia vai encaminhar ao Juizado de Menores uma gravação em que uma criança aparece dançando com uma arma na mão. As imagens estavam no celular do motorista de uma kombi parada durante uma blitz do Departamento de Transportes Rodoviários (Detro), na noite de quarta-feira (16), em Niterói, na Região Metropolitana do Rio.
O menino aparece segurando uma escopeta, cantando e dançando funk. A arma foi encontrada dentro do veículo. O garoto é irmão do motorista e a escopeta seria do pai deles. O motorista foi levado para a delegacia e liberado depois de pagar fiança.
G1
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CPI estima 50 mil crianças e adolescentes desaparecidos por ano no Brasil
Conflitos familiares e o tráfico de seres humanos são evidências mais comuns.
A CPI das Crianças e Adolescentes Desaparecidos aprovou na assembleia legislativa uma série de audiências públicas para debater a questão.
A primeira audiência acontece no dia 05 de outubro na Assembleia Legislativa de São Paulo.
Os parlamentares têm 90 dias para a conclusão dos trabalhos.
A CPI das Crianças e Adolescentes Desaparecidos aprovou na assembleia legislativa uma série de audiências públicas para debater a questão.
A primeira audiência acontece no dia 05 de outubro na Assembleia Legislativa de São Paulo.
Os parlamentares têm 90 dias para a conclusão dos trabalhos.
Brasil Contra a Pedofilia
Judocas brasileiras pagam para ir à Copa do Mundo
A atleta Taciana Rezende da categoria 48kg já precisou pagar sua passagem para disputar o Grand Slam de Moscou
Depois do fracasso no Mundial de Roterdã, o judô brasileiro parece passar por uma crise não só nos tatames mas também no caixa. As sete atletas que disputarão a Copa do Mundo da Inglaterra tiveram que pagar por suas passagens áreas para competir. São elas: Taciana Rezende (48kg), Catiere Maia (48kg), Daniela Polzin (48kg), Raquel Silva (52kg), Rafaela Silva (57kg), Maria Portela (70kg) e Rafaela Nitz (78kg).
Apesar de contar com a Lei Piva e com patrocínios da Infraero e da Mizuno, a CBJ (Confederação Brasileira de Judô) informou que não tem condições financeiras para arcar com as despesas dos atletas. "Foi um ano atípico, com mudanças no calendário. Foram incluídas competições em outras categorias [juvenis]", alegou Paulo Wanderley, presidente da entidade ao jornal Folha de S. Paulo.
Outro problema é que o ranking mundial exige maior participação dos atletas em eventos internacionais. Pelo sistema, em 2009 serão quatro Grand Slams, cinco Grand Prix e 27 Copas do Mundo. “Uma coisa é clara: quando se quer atingir um nível de excelência, não há limite mínimo de recursos”, disse o dirigente.
No total 15 atletas brasileiros participarão da competição – oito homens e sete mulheres. “Não tinha a previsão de ir o feminino. Mas houve o interesse da parte delas, e nós autorizamos a participação. Elas não estão pagando tudo, existe uma facilidade em termos de hospedagem e alimentação”, completou.
Os judocas viajam nesta sexta-feira para a Inglaterra e depois ficarão na Europa por uma semana em treinamento. “É possível que em outros campeonatos como este os homens paguem também”, afirmou Wanderley.
No dia 12 de agosto, Rosicleia Campos, técnica da delegação feminina, mandou um e-mail para as atletas com o primeiro pedido da entidade. Depois o coordenador-técnico da CBJ, Ney Wilson, enviou uma carta-convite às atletas.
Rateio e cotação
Para tentar minimizar a necessidade das judocas pagarem suas passagens, a confederação comparou a situação com as delegações europeias. “A França, com recurso em euros, também adota essa prática. Em alguns campeonatos vai um grupo por conta da confederação, e em outros eles liberam. Não é invenção nossa”, justifica.
Segundo cotação da CBJ, o preço da passagem para a Inglaterra é de US$ 1.100 (aproxidamente R$ 1.980,00) . Esta não é a primeira vez que a CBJ adota esse tipo de medida. No Grand Slam de Moscou, em maio, Taciana Rezende de Lima teve que pagar sua passagem.
eBand
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O exemplo da França
Educadores brasileiros ficaram estarrecidos ao ouvir ontem da representante do Ministério da Educação da França, Frederique Lefevre, que lá 100% das crianças entre 3 e 5 anos estão na escola.
No Brasil, a chamada educação infantil (que vai de 0 a 5 anos) não atinge nem 20% da população. Não há vagas para todos. O índice vai melhorando conforme sobe a idade das crianças (entre as de 5 anos há mais delas na escola do que entre as que tem 2 anos, por exemplo), mas em nenhum nível passa de 70%. E a maioria que tem acesso está nas classes mais ricas, em escolas particulares.
São atualmente 2,5 milhões de franceses numa educação infantil pública e gratuita. A valorização da educação para crianças pequenas começou ainda no fim do século 19, quando o governo se deu conta de que as mulheres também comporiam o mercado de trabalho. Hoje, como em todo o mundo, os franceses já reconhecem também o valor da estimulação, sociabilização e brincadeiras propostas por educadores desse nível de ensino.
Frederique falou a uma plateia de brasileiros e franceses em Brasília, no colóquio Cultura e Primeira Infância, realizado pela Embaixada da França no Brasil. Um brasileiro questionou qual foi a estratégia da França para conseguir tamanha adesão para a educação infantil. “Estratégia? Não há estratégia. Eu comecei minha carreira nos anos 70, em escolas rurais, e nessa época, todas as crianças dessa idade já estavam na escola”, disse, até meio sem jeito de deixar seu interlocutor sem uma resposta precisa. Simplesmente é assim, ela quis dizer. É uma questão de cultura. Governo sabe que é importante, pais sabem que é importante e ninguém fica fora da escola.
Renata Cafardo
Educação Infantil
No Brasil, a chamada educação infantil (que vai de 0 a 5 anos) não atinge nem 20% da população. Não há vagas para todos. O índice vai melhorando conforme sobe a idade das crianças (entre as de 5 anos há mais delas na escola do que entre as que tem 2 anos, por exemplo), mas em nenhum nível passa de 70%. E a maioria que tem acesso está nas classes mais ricas, em escolas particulares.
São atualmente 2,5 milhões de franceses numa educação infantil pública e gratuita. A valorização da educação para crianças pequenas começou ainda no fim do século 19, quando o governo se deu conta de que as mulheres também comporiam o mercado de trabalho. Hoje, como em todo o mundo, os franceses já reconhecem também o valor da estimulação, sociabilização e brincadeiras propostas por educadores desse nível de ensino.
Frederique falou a uma plateia de brasileiros e franceses em Brasília, no colóquio Cultura e Primeira Infância, realizado pela Embaixada da França no Brasil. Um brasileiro questionou qual foi a estratégia da França para conseguir tamanha adesão para a educação infantil. “Estratégia? Não há estratégia. Eu comecei minha carreira nos anos 70, em escolas rurais, e nessa época, todas as crianças dessa idade já estavam na escola”, disse, até meio sem jeito de deixar seu interlocutor sem uma resposta precisa. Simplesmente é assim, ela quis dizer. É uma questão de cultura. Governo sabe que é importante, pais sabem que é importante e ninguém fica fora da escola.
Renata Cafardo
Educação Infantil
Estadão
Lula indica Toffoli para o STF e pode afetar o caso Goldman
Aos 41 anos, se aprovado pelo Senado Toffoli pode ficar no Supremo até 2037.
Foi numa reunião privada na quarta-feira que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva manifestou a José Antonio Toffoli o interesse de apontá-lo para ocupar um dos 11 espaços na maior Corte do Brasil, o Supremo Tribunal Federal (STF).
Toffoli, que hoje ocupa o cargo de advogado-geral da União, tem sido um dos maiores críticos da família brasileira de Sean, no caso do garoto americano retido no Brasil, que já se arrasta na Justiça brasileira por mais de 5 anos.
“Essa criança (Sean) tem um pai. Ele existe e moveu uma ação contra a mãe quando ela não retornou de férias com o filho. O pai agiu em defesa do seu interesse,” disse Toffoli em junho.
Para ser aceito como ministro do STF, Toffoli passará por uma sabatina na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado. Depois será submetido à votação no plenário da Casa. Ele poderá ocupar a vaga deixada por Carlos Alberto Menezes Direito, que morreu no dia 1º de setembro, vítima de um câncer no pâncreas.
A indicação de Toffoli repercutiu bem nos dois tribunais em que o caso Goldman ainda pode passar. O presidente do Superior Tribunal de Justiça, César Asfor Rocha, disse que “é uma boa escolha" e que Toffoli “vai honrar as melhores tradições do STF."
E o atual presidente do Supremo, Gilmar Mendes, disse ontem que Toffoli é uma pessoa “qualificada” para compor a corte e “com bom diálogo no tribunal.”
Já o ministro Marco Aurélio, aquele que concedeu o habeas corpus pedido pelo Partido Progressista que impediu o retorno de Sean a Nova Jersey, preferiu apresentar uma característica de Toffoli, que pode ser usada contra a sua indicação, a juventude.
“Eu acredito que é sempre bom indicar pessoas jovens, que vão formar um novo perfil da suprema corte,” disse o ministro.
Hoje com 41 anos, Toffoli chegou na Advocacia Geral da União em 2007, onde ficou conhecido como homem de pulso firme, com fama de reformador. Mas foi na política que ele começou ao alçar os vôos mais altos da sua carreira, tendo defendido Lula nas campanhas presidenciais de 1998, 2002 e 2006 no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), além de ter sido subchefe para Assuntos Jurídicos da Casa Civil de 2003 a 2005, sob o comando do ex-ministro José Dirceu.
Segundo a lei brasileira, o presidente da República tem poderes para indicar um novo ministro do STF entre brasileiros natos que tenham entre 35 e 65 anos.
Esta é a oitava indicação do presidente Lula para o Supremo, tendo apontado os ministros Cármem Lúcia Rocha, Eros Grau, Joaquim Barbosa, Ricardo Lewandowski, Carlos Ayres Britto, Cezar Peluso e Carlos Alberto Menezes Direito.
Lula poderá ainda fazer mais uma indicação, já que o ministro Eros Grau completa 70 anos em agosto de 2010, o que força a sua aposentadoria compulsória do tribunal.
Foi numa reunião privada na quarta-feira que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva manifestou a José Antonio Toffoli o interesse de apontá-lo para ocupar um dos 11 espaços na maior Corte do Brasil, o Supremo Tribunal Federal (STF).
Toffoli, que hoje ocupa o cargo de advogado-geral da União, tem sido um dos maiores críticos da família brasileira de Sean, no caso do garoto americano retido no Brasil, que já se arrasta na Justiça brasileira por mais de 5 anos.
“Essa criança (Sean) tem um pai. Ele existe e moveu uma ação contra a mãe quando ela não retornou de férias com o filho. O pai agiu em defesa do seu interesse,” disse Toffoli em junho.
Para ser aceito como ministro do STF, Toffoli passará por uma sabatina na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado. Depois será submetido à votação no plenário da Casa. Ele poderá ocupar a vaga deixada por Carlos Alberto Menezes Direito, que morreu no dia 1º de setembro, vítima de um câncer no pâncreas.
A indicação de Toffoli repercutiu bem nos dois tribunais em que o caso Goldman ainda pode passar. O presidente do Superior Tribunal de Justiça, César Asfor Rocha, disse que “é uma boa escolha" e que Toffoli “vai honrar as melhores tradições do STF."
E o atual presidente do Supremo, Gilmar Mendes, disse ontem que Toffoli é uma pessoa “qualificada” para compor a corte e “com bom diálogo no tribunal.”
Já o ministro Marco Aurélio, aquele que concedeu o habeas corpus pedido pelo Partido Progressista que impediu o retorno de Sean a Nova Jersey, preferiu apresentar uma característica de Toffoli, que pode ser usada contra a sua indicação, a juventude.
“Eu acredito que é sempre bom indicar pessoas jovens, que vão formar um novo perfil da suprema corte,” disse o ministro.
Hoje com 41 anos, Toffoli chegou na Advocacia Geral da União em 2007, onde ficou conhecido como homem de pulso firme, com fama de reformador. Mas foi na política que ele começou ao alçar os vôos mais altos da sua carreira, tendo defendido Lula nas campanhas presidenciais de 1998, 2002 e 2006 no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), além de ter sido subchefe para Assuntos Jurídicos da Casa Civil de 2003 a 2005, sob o comando do ex-ministro José Dirceu.
Segundo a lei brasileira, o presidente da República tem poderes para indicar um novo ministro do STF entre brasileiros natos que tenham entre 35 e 65 anos.
Esta é a oitava indicação do presidente Lula para o Supremo, tendo apontado os ministros Cármem Lúcia Rocha, Eros Grau, Joaquim Barbosa, Ricardo Lewandowski, Carlos Ayres Britto, Cezar Peluso e Carlos Alberto Menezes Direito.
Lula poderá ainda fazer mais uma indicação, já que o ministro Eros Grau completa 70 anos em agosto de 2010, o que força a sua aposentadoria compulsória do tribunal.
A indicação de Toffoli foi comemorada no site BringSeanHome.org.
Alguns apoiadores de David Goldman acreditam que, com a escolha, Lula pode ter sinalizado que é a favor do retorno de Sean aos EUA. No entanto, como o caso Goldman ainda tramita em 2ª instância, o substituto de Toffoli na AGU também terá papel destacado em continuar a pressão do seu antecessor.
Uma fonte ligada aos altos do processo do caso Goldman no Brasil informou ao blogueiro que não há mais chances de o Tribunal Regional Federal lançar decisão ainda em setembro. Para a fonte, é mais provável que a sentença saia no meado de outubro.
Uma fonte ligada aos altos do processo do caso Goldman no Brasil informou ao blogueiro que não há mais chances de o Tribunal Regional Federal lançar decisão ainda em setembro. Para a fonte, é mais provável que a sentença saia no meado de outubro.
Brasil com Z
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Presa quadrilha que roubava remédios de hospitais de SP e revendia a 20 estados
SÃO PAULO - A polícia de São Paulo desbaratou uma quadrilha e identificou 13 distribuidoras que vendiam a 20 estados do país e ao Distrito Federal remédios roubados, furtados ou desviados de hospitais da rede pública paulista. Nove pessoas, a maioria donos destas empresas, foram presas na manhã desta sexta-feira nas capital paulista e nas cidades de São Caetano do Sul, Santo André e Santos. No total, 10 acusados são procurados.
A quadrilha roubava principalmente medicamentos usados no tratamento do câncer. Apenas numa apreensão em São Caetano do Sul, no ABC paulista, foram recolhidos 30 frascos do medicamento Mabthera. Cada frasco custa R$ 5.800.
O prejuízo foi de pelo menos R$ 40 milhões nas ações já identificadas.
Em conjunto com a Vigilância Sanitária, a polícia investiga apenas em São Paulo 21 hospitais e clínicas que teriam comprado esses remédios roubados a preços mais baixos em relação ao produto de origem lícita. Também estão sendo investigadas instituições nos demais estados. Entre elas estão hospitais do Rio de Janeiro. Os remédios teriam sido enviados a 50 cidades do país.
A Operação Medula, deflagrada nesta sexta, começou com a investigação de um desvio de medicamentos do Hospital do Servidor Público de São Paulo, ocorrido em 2007. Na época, foi simulado um roubo.
A quadrilha de distribuidores incluia intermediários, que aliciavam funcionários e prestadores de serviços de hospitais paulistas. Seis servidores públicos concursados e um prestador de serviços já foram presos. Os sete estão envolvidos em roubos e desvios na farmácia do Hospital Mário Covas e no Hospital do Servidor Público do estado. Também estão sendo investigados crimes no Instituto do Câncer e na farmácia da Justiça estadual, localizada na Vila Mariana, na zona sul de São Paulo.
Quatro deles foram presos em agosto passado e eram funcionários do Hospital do Servidor Público de São Paulo. De acordo com a polícia, o prejuízo pode passar de R$ 8 milhões apenas naquela instituição. Os medicamentos desviados eram de alto custo, usados no tratamento de câncer e hepatites, por exemplo, que não são vendidos em farmácias. Os quatro ingressaram no hospital por concurso e trabalhavam como vigilantes na farmácia, almoxarifado e na portaria do hospital, que fica na Vila Clementino, na zona sul. Um facilitava o trabalho do outro. O bando tinha informações privilegiadas, já que sabia quando chegavam os carregamentos de remédios.
- A polícia suspeitou de várias ações parecidas e começou a investigar a quadrilha - disse Antonio Carlos Silveira, delegado titular do setor de investigações da 2 Seccional de polícia , no Brooklin.
O nome das distribuidoras de medicamentos não foi divulgado. Em agosto passado, foi preso o dono da distribuidora Oncofarma, que vendia produtos roubados de postos de saúde e hospitais. De acordo com a polícia, neste ano, a Oncofarma vendeu R$ 2,3 milhões só do Mabthera, medicamento contra o câncer, mesmo sem autorização para a venda ou notas fiscais dos produtos. Outro medicamento vendido pela empresa, o Glivec, indicado para pacientes com leucemia, custa mais de R$ 10 mil.
O dono da Oncofarma foi preso quando fazia uma entrega. Porém, ele já obteve liberdade na Justiça e responde ao processo por receptação de produto roubado em liberdade. A pena é de até 8 anos de prisão. A distribuidora Oncofarma não foi fechada. Ela continua funcionando porque os medicamentos roubados não foram encontrados no prédio .
A quadrilha roubava principalmente medicamentos usados no tratamento do câncer. Apenas numa apreensão em São Caetano do Sul, no ABC paulista, foram recolhidos 30 frascos do medicamento Mabthera. Cada frasco custa R$ 5.800.
O prejuízo foi de pelo menos R$ 40 milhões nas ações já identificadas.
Em conjunto com a Vigilância Sanitária, a polícia investiga apenas em São Paulo 21 hospitais e clínicas que teriam comprado esses remédios roubados a preços mais baixos em relação ao produto de origem lícita. Também estão sendo investigadas instituições nos demais estados. Entre elas estão hospitais do Rio de Janeiro. Os remédios teriam sido enviados a 50 cidades do país.
A Operação Medula, deflagrada nesta sexta, começou com a investigação de um desvio de medicamentos do Hospital do Servidor Público de São Paulo, ocorrido em 2007. Na época, foi simulado um roubo.
A quadrilha de distribuidores incluia intermediários, que aliciavam funcionários e prestadores de serviços de hospitais paulistas. Seis servidores públicos concursados e um prestador de serviços já foram presos. Os sete estão envolvidos em roubos e desvios na farmácia do Hospital Mário Covas e no Hospital do Servidor Público do estado. Também estão sendo investigados crimes no Instituto do Câncer e na farmácia da Justiça estadual, localizada na Vila Mariana, na zona sul de São Paulo.
Quatro deles foram presos em agosto passado e eram funcionários do Hospital do Servidor Público de São Paulo. De acordo com a polícia, o prejuízo pode passar de R$ 8 milhões apenas naquela instituição. Os medicamentos desviados eram de alto custo, usados no tratamento de câncer e hepatites, por exemplo, que não são vendidos em farmácias. Os quatro ingressaram no hospital por concurso e trabalhavam como vigilantes na farmácia, almoxarifado e na portaria do hospital, que fica na Vila Clementino, na zona sul. Um facilitava o trabalho do outro. O bando tinha informações privilegiadas, já que sabia quando chegavam os carregamentos de remédios.
- A polícia suspeitou de várias ações parecidas e começou a investigar a quadrilha - disse Antonio Carlos Silveira, delegado titular do setor de investigações da 2 Seccional de polícia , no Brooklin.
O nome das distribuidoras de medicamentos não foi divulgado. Em agosto passado, foi preso o dono da distribuidora Oncofarma, que vendia produtos roubados de postos de saúde e hospitais. De acordo com a polícia, neste ano, a Oncofarma vendeu R$ 2,3 milhões só do Mabthera, medicamento contra o câncer, mesmo sem autorização para a venda ou notas fiscais dos produtos. Outro medicamento vendido pela empresa, o Glivec, indicado para pacientes com leucemia, custa mais de R$ 10 mil.
O dono da Oncofarma foi preso quando fazia uma entrega. Porém, ele já obteve liberdade na Justiça e responde ao processo por receptação de produto roubado em liberdade. A pena é de até 8 anos de prisão. A distribuidora Oncofarma não foi fechada. Ela continua funcionando porque os medicamentos roubados não foram encontrados no prédio .
O Globo
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Defesa do médico acusado de abuso sexual reúne 180 testemunhas
Os advogados do médico Roger Abdelmassih listaram 180 testemunhas para defendê-lo da denúncia (acusação formal) do MPE (Ministério Público Estadual) de São Paulo à Justiça de ter estuprado pacientes. Entre elas existem casais. A informação é Mônica Bergamo, da Folha.
Pela acusação, há pelo menos 80 pessoas, na maioria de ex-pacientes, de acordo com o SPTV, da Globo. Pela apuração do telejornal, as pessoas arroladas pela defesa seriam 175.
A Justiça começa a tomar os depoimentos no dia 13 de outubro no Fórum da Barra Funda, em São Paulo.
Em janeiro, quando as denunciantes ainda estavam em torno de 30, o especialista em reprodução humana assistida afirmou que tinha muito mais do que duas testemunhas para rebater as acusações.
“[Vou apresentar] um caminhão de pessoas que me conhecem, de preferência de aparência muito bonita que foram minhas clientes (sic), para contar se por acaso eu tive qualquer comportamento indevido”, disse.
Quando compareceu à polícia, após descumprir três intimações, uma delas com o respaldo de uma liminar, o médico se manteve calado por orientação de seus advogados.
De lá para cá, o número das mulheres que o acusam de abuso sexual aumentou para mais de 60 e Abdelmassih teve o registrado profissional suspenso temporariamente pelo Cremesp (Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo) por “práticas reprováveis” que causaram em pacientes “danos graves e irreparáveis”.
Além disso, o O MPE iniciou novas investigações, agora para apurar as suspeitas de que a clínica de Abdelmassih fez manipulação genética indevida.
Fonte: Paulo Lopes
Especialistas defendem interrupção de tratamento em pacientes terminais
Especialistas em diversas áreas defenderam nesta quinta-feira (17), em audiência pública na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), a ortotanásia - suspensão de tratamentos pelo uso de equipamentos e tecnologias que prolonguem a vida de doente em fase terminal. Eles participaram de audiência pública para discutir proposta (PLS 116/00) que modifica o Código Penal estabelecendo como não ilícita a prática da ortotanásia.
De acordo com o projeto, de autoria do senador Gerson Camata (PMDB-ES), o artigo 121 do Código Penal passa a ser acrescido do seguinte dispositivo: não constitui crime deixar de manter a vida de alguém por meio artificial, se previamente atestada por dois médicos a morte como iminente e inevitável, e desde que haja consentimento do paciente ou, em sua impossibilidade, de cônjuge, companheiro, ascendente, descendente ou irmão.
No entanto, a prática será considerada lícita apenas quando se tratar da suspensão do chamado excesso terapêutico, ou seja, intervenções médicas excessivas, dolorosas e desproporcionais feitas em pacientes terminais, mas continua sendo ilícita a omissão de meios terapêuticos ordinários ou de cuidados normais devidos a um doente, com o fim de causar-lhe a morte.
A matéria, que tramita na CCJ em caráter terminativo, tem como relator o senador Augusto Botelho (PT-RR), autor do requerimento para a realização do debate.
Ressalvas
O presidente da União dos Juristas Católicos e representante da Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Paulo Silveira Martins, iniciou sua exposição afirmando que a Igreja Católica não considera atitude ilícita a ortotanásia. Deixou claro, no entanto, que não se pode confundir ortotanásia com eutanásia, que consiste em provocar a morte por ação ou omissão, conforme explicou.
Ele elogiou a iniciativa de Camata, pela elaboração da proposta, mas sugeriu a iniciativa de um projeto de lei específico sobre o assunto.
- Não há propriamente um crime com relação à ortotanásia, mas, dada a complexidade da matéria, seria melhor a elaboração de uma lei específica para disciplinar o assunto - afirmou o representante da CNBB, que entregou aos membros da comissão um esboço de proposta, com base no entendimento da instituição.
O professor de Bioética da Universidade de Brasília, Volnei Garrafa, considerou oportunas as discussões sobre o projeto, enfatizando que há pessoas em estágio terminal sofrendo em hospitais com "o prolongamento desnecessário de uma vida quando já não há mais nenhuma esperança".
- Só precisamos amadurecer a idéia e tomar cuidados para que pessoas inescrupulosas não o usem para o absurdo - alertou Volnei, com relação ao uso da ortotanásia.
Resolução
Já o advogado Aristóteles Dutra de Araújo Atheniense fez um levantamento histórico e jurídico sobre o tema. Explicou que a ortotanásia não é tema novo, mas ganhou destaque a partir da edição da Resolução 1.805/06, do Conselho Federal de Medicina, que prevê que "na fase terminal de enfermidades graves e incuráveis é permitido ao médico limitar ou suspender procedimentos e tratamentos que prolonguem a vida do doente, garantindo-lhes os cuidados necessários para aliviar os sintomas que levam ao sofrimento, na perspectiva de uma assistência integral, respeitada a vontade do paciente ou de seu representante legal".
Em sua exposição, o presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), Edson de Oliveira Andrade, lembrou que a resolução trouxe uma segurança social aos médicos, mas por pouco tempo, pois está suspensa devido a uma liminar concedida pelo Ministério Público.
- O projeto de Camata proporciona aos médicos um mínimo de segurança, pois estamos trabalhando com insegurança social sem a resolução, embora não tenhamos insegurança profissional. A resolução é um ato de compaixão e de humildade da profissão médica - explicou o presidente do CFM.
No final da discussão, Aristóteles Atheniense ofereceu ajuda jurídica ao presidente do Conselho Federal de Medicina, no sentido de derrubar a liminar que suspendeu a resolução.
Convergência
Para o senador Valter Pereira (PMDB-MS), que presidiu o debate, a audiência cumpriu sua finalidade ao discutir tema tão importante para sociedade e conseguir unanimidade em favor do projeto que permite a ortotanásia.
- Conseguimos encontrar uma convergência entre a fé, a ciência e a ética. Acredito que as exposições feitas aqui elucidaram em muito nossas dúvidas sobre o assunto - afirmou Valter Pereira.
Para Camata, as exposições sobre ortotanásia valeram "como um curso de pós-graduação sobre o tema".
- Podemos avançar agora e talvez colocarmos algumas emendas para levarmos o projeto para a pauta da CCJ já na próxima semana - afirmou Camata.
Já o relator da matéria, senador Augusto Botelho (PT-RR), médico de profissão, afirmou que o projeto deverá trazer mais segurança aos médicos e também aos pacientes, que poderão escolher onde querem morrer, se no hospital ou em casa.
- Temos o direito de escolher aonde queremos morrer. No meu consultório, eu anotava isso no prontuário do paciente - observou o Botelho.
Valéria Castanho/ Agência Senado
Ipem reprova bicicleta para crianças
Fiscalização em lojas de várias cidades do Estado, inclusive em Bauru, encontrou o brinquedo sem o selo do INMetro
O Instituto de Pesos e Medidas do Estado de São Paulo (Ipem-SP), autarquia vinculada à Secretaria da Justiça, reprovou 70 bicicletas infantis das 955 fiscalizadas durante a “Operação Pedalzinho”, realizada ontem em 33 estabelecimentos comerciais de São Paulo, Guarulhos, Santo André, Bauru, Bofete, Limeira, Ibitinga e Taubaté. Deste total 13, sendo dois em Bauru, foram autuados por comercializarem a bicicleta infantil sem o selo do Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (INMetro) ou sem a frase de advertência obrigatória “Atenção! Não utilizar na via pública sem a supervisão de um adulto”.
Em Bauru foram fiscalizados dois estabelecimentos comerciais na área central e em ambos foram encontradas bicicletas infantis com irregularidades. Segundo o superintendente do Ipem, Fabiano Marques de Paula, outras operações serão realizadas para tentar reduzir ou até eliminar de vez os erros no setor.
“A bicicleta infantil é um dos presentes mais pedidos no Dia das Crianças e oferecido pelo mercado em abundância. Por isso devemos reforçar a vigilância para que o consumidor encontre produtos de qualidade que garantam a segurança ao pequeno usuário”, disse.
As empresas autuadas têm 10 dias para apresentação de defesa ao departamento jurídico do Ipem. O comerciante tem 15 dias para apresentar a nota fiscal com os dados do fabricante ou importador da mercadoria apreendida, do contrário, será considerado o único responsável pela irregularidade. A partir daí, há prazo de dez dias para apresentação de defesa ao departamento jurídico do Ipem. Esgotada a fase administrativa, as multas, que variam de R$ 100 a R$ 50 mil, são aplicadas a todos os envolvidos.
Em caso de dúvidas, reclamações ou denúncias, o consumidor pode recorrer ao serviço da Ouvidoria do Ipem pelo telefone 0800 0130522 de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h, ou enviar e-mail para: ouvidor-ipem@ipem. sp.gov.br. No site www. ipem.sp.gov.br, além de informações sobre toda a legislação metrológica e da qualidade vigentes no País, estatísticas de fiscalização, orientações ao cidadão e empresários, o interessado pode levantar detalhes das ações diárias do instituto.
Fonte: Jornal da Cidade
Operadoras se comprometem a fornecer dados sobre pedófilos para inquéritos policiais
A operadora de telefonia Vivo assinou nesta quinta-feira (17/9) na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Senado que investiga crimes de pedofilia, um termo de mútua cooperação no qual se compromete a quebrar o sigilo de usuários que utilizem a internet para assediar crianças e adolescentes, transmitir e acessar imagens de pornografia infantil e de abuso sexual. O documento é assinado em conjunto com o Ministério Público e com a Polícia Federal.
Na avaliação do diretor de Planejamento Executivo da Oi, João de Deus Pinheiro de Macedo, o pequeno número de operadoras que assinaram o documento até agora, incluindo os provedores de internet, se deve às dificuldades com a tecnologia. “Cada operadora está em um estágio tecnológico diferente da outra. As redes e os sistemas computacionais não são exatamente iguais”, explica.
Segundo o delegado da Divisão de Direitos Humanos da Polícia Federal Stênio Santos Sousa, as operadoras e os provedores não colaboram porque não são obrigados. “Falta uma lei obrigando um período mínimo de preservação do registro do usuário que se conecta à internet.” De acordo com o delegado, as empresas também temiam ser processadas pelo fornecimento das informações.
Para o diretora da Oi, esse temor está sendo superado com outro entendimento da lei. “A sustentação jurídica era de que a Constituição assegura o sigilo das comunicações. No entanto, a própria Constituição e a Lei Geral das Comunicações autorizam, mediante ordem judicial, a quebra do sigilo da comunicação telefônica ou telemática [transmissão de dados]”.
Segundo a delegada da Divisão de Direitos Humanos da PF Juliana Carleial Mendes Cavaleiro, além da inexistência de legislação não há fiscalização. “O Comitê Gestor da Internet do Brasil não tem poder de decisivo sobre as provedoras de internet e não existe fiscalização da Anatel [Agência Nacional de Telecomunicações]”.
Na avaliação dos dois delegados, a falta de lei e controle desobrigou as operadoras e os provedores a manterem os dados guardados. “A confiabilidade do dado guardado pela empresa nem para eles era confiável. Eles diziam que não tinham certeza e não tem como investigar. As empresas de telefonia não se julgavam obrigadas a guardar a informação e temiam fornecer um dado que era incorreto”, diz Juliana.
Fonte: Correio Braziliense
SENAD abre inscrições para curso de prevenção ao uso indevido das drogas
Estão abertas as pré-inscrições para o Curso “Prevenção ao Uso Indevido de Drogas – Capacitação para Conselheiros Municipais”, que visa preparar 15 mil conselheiros de todo o Brasil para atuar na prevenção da violência e da criminalidade relacionadas ao uso indevido de drogas.
O Curso é promovido pela Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas – SENAD, do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), da Presidência da República, em parceria com o Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (PRONASCI), do Ministério da Justiça e a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).
O Curso é totalmente gratuito, oferecido na modalidade de ensino à distância, com carga horária de 120 horas, tem a duração de três meses e certificado de extensão universitária emitido pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).
Poderão participar conselheiros que atuam nos Conselhos: de Segurança; Sobre Drogas; Tutelar; dos Direitos da Criança e do Adolescente; da Educação; da Saúde; da Assistência Social; do Conselho Escolar; do Conselho da Juventude, do Idoso, do Trabalho, Populações Afrodescendentes, dentre outros.
O conteúdo do Curso foi elaborado por especialistas da área e reúne informações atualizadas e convergentes com a Política Nacional sobre Drogas (PNAD), a Política Nacional sobre o Álcool (PNA) e o Sistema Único de Segurança Pública.
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SP: Estudante acusa dois colegas de abuso sexual dentro de escola
A Polícia Civil de São Paulo investiga uma denúncia feita por uma estudante de 13 anos que disse ter sido agredida por três colegas e forçada a fazer sexo oral em dois deles dentro de uma escola estadual no bairro de Jaçanã, zona norte da cidade. De acordo com a garota, a violência ocorreu na tarde da última segunda-feira (14).
Segundo a SSP-SP (Secretaria de Segurança Pública), os três alunos também têm idades entre 12 e 13 anos. A Polícia Militar foi acionada, mas ao chegar na escola dois já haviam fugido, e apenas um foi detido por funcionários da instituição.
À polícia o adolescente disse que ele e os colegas empurraram a vítima para dentro de uma sala de aula, e que os outros dois alunos a forçaram a fazer sexo oral. Ele afirmou, no entanto, que não participou diretamente da ação.
Até esta quarta, os outros dois garotos continuavam foragidos. A menina foi encaminhada ao Hospital Pérola Byington, onde foi socorrida e submetida a exames.
Ainda segundo a Secretaria de Segurança, os responsáveis pelos dois estudantes também haviam sido localizados. O adolescente foi encaminhado à Fundação Casa (ex-Febem). O caso está sendo investigado pelo 73º DP (Jaçanã).
Outro lado
Em nota, a Secretaria de Estado da Educação informou que foi agendada para esta quinta (17) uma reunião entre diretores, supervisores e os responsáveis pela aluna para analisar a possibilidade de transferência da adolescente para outra escola da rede.
O órgão afirmou ainda que "será definido o encaminhamento da estudante aos órgãos de saúde para acompanhamento psicológico" e que "os meninos envolvidos no caso serão submetidos ao Conselho Escolar, que deverá decidir quais medidas punitivas serão aplicadas".
Fonte: Globo
Criatura estranha encontrada em lago intriga moradores de cidade no Panamá
'ET' foi morto por adolescentes entre 14 e 16 anos em Cerro Azul.
Pesquisadores investigam criatura, não catalogada como animal.
Uma estranha criatura intriga a população de uma cidade do Panamá. Morto por quatro adolescentes em um lago de Cerro Azul, o ser não identificado é apontado como extraterrestre, mas pode ser apenas um animal ainda não catalogado pelos biólogos ou com problemas de formação.
Segundo jornais panamenhos, quatro adolescentes entre 14 e 16 anos estavam em torno do lago, no sábado (12), quando viram uma criatura bizarra saindo de uma gruta. Assustados com sua aparência e com medo de serem atacados, os jovens atiraram pedras até matá-la e a jogaram na água.
Pesquisador diz que características da criatura são 'muito peculiares'. (Foto: Reprodução/Telemetro.com) A notícia logo se espalhou pela cidade. Retirada do lago, a criatura foi apontada como um ET por moradores da região e pela imprensa local. Outros a descreveram como o personagem "Gollum", da trilogia "O senhor dos anéis".
Ouvido pela rede de jornalismo Telemetro, o especialista em vida silvestre do órgão nacional de meio ambiente Melquiades Ramos disse que o caso está sendo investigado e que as características da criatura são "muito peculiares".
Nesta terça-feira (15), foi encontrado no local um animal sem cabeça, que seria um bicho-preguiça. Ainda não se sabe se há alguma relação com o caso do ser encontrado no fim de semana.
MG: Disque Direitos Humanos registra média de 43 denúncias por dia
Disque Direitos Humanos criado por Aécio Neves registra média diária de 43 denúncias contra crianças e adolescentes
O Disque Direitos Humanos (0800 031 1119) recebeu, até agosto deste ano, uma média de 43 denúncias por dia de crimes contra crianças e adolescentes. No total, foram 2451 denúncias, desempenho 30% superior ao alcançado em 2008, quando o serviço foi acionado 1.889 vezes. Violência física intrafamiliar (796), negligência e abandono (772) e abuso sexual extrafamiliar (149) foram os crimes mais denunciados neste ano.
De acordo com o subsecretário de Direitos Humanos da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social (Sedese), João Batista de Oliveira, o aumento das denúncias comprova a credibilidade do atendimento ofertado pelo Disque Direitos Humanos. “A população confia no serviço e liga. É um ato de cidadania denunciar as mazelas da nossa sociedade, principalmente quando o assunto é criança e adolescente”.
João Batista de Oliveira lembra que o crescimento das denúncias está diretamente ligado à Campanha Proteja Nossas Crianças, lançada em maio de 2008 e coordenada pela Sedese, pelo Serviço Voluntário de Assistência Social (Servas) e pelo Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente (CEDCA).
Além de denúncias de crimes contra crianças e adolescentes, o subsecretário ressalta que o serviço recebe todo tipo de violação dos direitos humanos. “O Disque Direitos Humanos é primeiramente uma ferramenta de informação para toda a população mineira”. Segundo ele, ainda este ano, novas campanhas temáticas serão realizadas para estimular o aumento das denúncias de crimes contra idosos, mulheres e homossexuais.
Disque Direitos Humanos
A população pode recorrer ao Disque Direitos Humanos (0800 031 1119) para denunciar crimes como abuso de poder, administração urbana e pública, assistência ao preso, assistência jurídica, assistência social, drogas e alcoolismo, meio ambiente, relações de consumo, entre outras violações. O serviço também oferece orientações relacionadas a esses assuntos. As denúncias são encaminhadas para os conselhos específicos, delegacias e redes de assistência e apoio. A ligação é gratuita e sigilosa.
Fonte: Minas em Pauta
Pesquisa aponta: programas sociais diminuem violência em bairros do Recife
De acordo com a SDS, desde 2005 o número de homicídios em Santo Amaro tem diminuído; pesquisa da FGV também apontou que os moradores se sentem mais seguros com os projetos implantados nos bairros
Da Redação do pe360graus.com
Uma pesquisa aponta que o número de assassinatos e outros crimes cometidos em bairros considerados violentos no Recife está em queda. De acordo com o estudo, quem tem contribuído para a cultura de paz são os programas sociais desenvolvidos nessas comunidades.
O bairro de Santo Amaro é um exemplo dessa mudança. Durante muito tempo o local era cenário de vários crimes, principalmente tráfico de drogas e assassinatos, o que acabou rendendo a fama de bairro violento e o mais perigoso do Recife. Mas esse quadro mudou. Pelo levantamento da Secretaria de Defesa Social (SDS), em 2005, 72 pessoas foram mortas na comunidade e em 2006 o número se manteve. Em 2007, foram 59 vítimas. No ano passado, começou a baixar e foi para 31. Este ano, de acordo com os dados colhidos até setembro, aconteceram apenas 14 homicídios no bairro.
Uma pesquisa realizada pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) mostrou que 77% dos moradores entrevistados se sentem seguros com o projeto implantado no bairro, Território da Paz, que reúne ações sociais e de combate à violência. "A comunidade está mais calma, antigamente estava pior", disse uma moradora.
"Você agrega combate à criminalidade que é indispensável através da atuação da polícia, mas você tem que trazer alguma esperança, algum valor para aquela comunidade no que diz respeito a trabalho, lazer, saneamento e uma série de outras ações que fazem em conjunto a diferença em relação ao resultado", disse o secretário de Defesa Social, Servilho Paiva (foto 3).
Dentre as ações, tem o programa Vida Nova, desenvolvido nos centros de juventude. Em Santo Amaro, o programa atende 400 jovens, que, por um ano e meio, participaram de vários cursos. Para alguns, a vida mudou bastante. "Eu era uma pessoa que tinha a vida pessoal e social comprometida porque usava drogas. Hoje em dia eu nem penso em fazer isso, pelo contrário, trabalho em prol de conscientizar outros jovens", disse o monitor do programa Vida Nova, Flávio Ferreira.
Esse mesmo sentimento foi compartilhado pelo rapper MC Júnior. “As pessoas olhavam para mim e viravam a cara, me desrespeitavam, diziam que eu era um pobre favelado que não podia realizar o que eu queria. De repente eu vi que tinha uma fila muito grande no projeto Vida Nova de pessoas para se inscrever e eu disse ‘Deus, será que esse lugar vai ser a minha mudança?’, e minha mudança foi aqui dentro", relatou.
Mas nem todos os jovens conseguiram um novo caminho para seguir. Dos 400 participantes, apenas 10% conseguiram emprego com carteira assinada, aproximadamente 20% estão no mercado informal e outros 60% ainda continuam desempregados.
O gerente do programa, Joelson Rodrigues disse que o Vida Nova vai continuar tentando inserir esses jovens no mercado de trabalho. "Vão ser feitas aproximações, contatos com as famílias, vendo quais são as possibilidades para que isso seja feio de forma gradual, mas essas oportunidades não vão se esgotar agora, vamos entrar em contato com empresários e continuar os inserindo em outras ações", disse.
A preocupação em manter e ampliar os programas se justifica porque não só em Santo Amaro, como em todo o Recife, a violência tem diminuído. Desde outubro do ano passado o número de homicídios caiu 16,42%, de acordo com o Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP). Mais crimes foram resolvidos e mais inquéritos foram enviados à Justiça. “Antigamente tinham 15 inquéritos emitidos para quatro juízes e cinco promotores e hoje a demanda é de 100 inquéritos emitidos por mês”, disse o gestor do DHPP, Joselito Amaral.
Só que o problema da impunidade não foi resolvido. "As representações ultrapassam as mil solicitações e dessas mil temos hoje 850 pedidos de prisão pesando no Judiciário", afirmou Joselito Amaral.
O presidente do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), Jones Figueiredo, disse que a previsão é de que esse quadro se modifique. "Estaremos agora no início de outubro, na capital, em Jaboatão dos Guararapes, na comarca de Caruaru e em Igarassu realizando julgamentos simultâneos no Tribunal do Júri”, garantiu.
Fonte: Globo.com
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