quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Morre Nelson Mandela, aos 95 anos

Símbolo da luta contra o apartheid sofria de uma infecção pulmonar
Notícia foi lida pelo presidente da África do Sul, Jacob Zuma, em comunicado televisionado


RIO - O maior símbolo da luta contra o apartheid na África do Sul e Prêmio Nobel da Paz por seus esforços contra o racismo morreu nesta quinta-feira. Nelson Mandela tinha 95 anos, sofria de uma grave infecção respiratória e estava sendo mantido em sua casa em Johannesburgo sob cuidados médicos. Ele esteve hospitalizado de 8 de junho a 1º de setembro com um quadro de infecção pulmonar e outras complicações. Dois dias antes da morte, a filha mais velha, Makaziwe Mandela, afirmou qye o ex-presidente da África do Sul permanecia “muito forte e valente”, mesmo estando em seu leito de morte.

- Nosso amado Nelson Rolihlahla Mandela, o presidente fundador da nossa nação democrática, partiu. Ele morreu tranquilamente, na companhia de sua família, em torno de 20h50 do dia 5 de dezembro de 2013. Ele agora está descansando. Ele agora está em paz - disse o presidente da África do Sul, Jacob Zuma, em um pronunciamento televisionado nesta quinta-feira. - Nossa nação perdeu seu maior filho. Nosso povo perdeu um pai. Embora soubéssemos que esse dia chegaria, nada pode diminuir nossa sensação de uma perda profunda e duradoura.

Foi a quarta internação do líder desde dezembro. Antes de ir para casa, ele foi tratado no hospital civil Mediclinic Heart, diferentemente de outras vezes quando esteve em centros médicos militares. Após dias de um quadro clínico grave, porém estável, o sul-africanos começaram a aceitar a ideia de perdê-lo.

- Nossos pensamentos e orações estão com a família Mandela. Temos uma dívida de gratidão com eles. Eles se sacrificaram muito e sofreram muito para que nosso povo pudesse ser livre. Nossos pensamentos estão com seus amigos, companheiros e colegas que lutaram ao lado de Madiba, ao longo de uma vida inteira de luta. Nossos pensamentos estão com o povo sul-africano, que chora hoje a perda de uma pessoa que, mais que qualquer outra, encarnou o sentido de uma nacionalidade comum - afirmou Zuma.

Mandela passou 27 anos em três prisões diferentes durante o regime racista branco e contraiu tuberculose no cárcere. A maior parte desse período, passou em Robben Island, na costa da Cidade do Cabo, onde ele e outros prisioneiros trabalhavam em uma pedreira. Foi libertado em 1990 e se tornou o primeiro presidente negro da África do Sul em 1994.

O ativista deixou o cargo de chefe de Estado em 1999, após um mandato, e se afastou da vida política há uma década. Sua última aparição em público foi na final da Copa do Mundo de futebol em Johanesburgo, em 2010.


O GLOBO


Desaparecimento de Joaquim completa um mês e população marca ato para cobrar punição

Padrasto é apontado como principal suspeito pelo crime; ele e mãe do menino estão presos

No dia em que o desaparecimento do menino Joaquim completa um mês, uma manifestação está prevista para acontecer em frente à casa onde a criança morava, em Ribeirão Preto, no interior de São Paulo. O ato, que também está sendo divulgado via rede social, foi marcado para às 18h desta quinta-feira (5).

O caso provocou comoção e revolta. Desde que se tornou público, a população tem realizado protestos, incluindo, na porta da delegacia em que a investigação é realizada. O imóvel da família se tornou ponto de homenagens à vítima. Em diferentes momentos, cartazes foram colocados no portão da residência.

No Facebook, páginas foram criadas para acompanhar os desdobramentos da apuração da polícia e para cobrar justiça. Uma delas conta com quase 45 mil adesões.

Os internautas também criaram uma petição virtual. O abaixo-assinado pede “um Código Penal mais rigoroso” e “condenações mais severas para assassinos e criminosos em geral”. O objetivo, segundo o autor da ideia, é inibir a criminalidade.

A indignação que o assassinato do menino causou fica ainda mais explícita em uma das reivindicações da petição: o autor sugere “prisão perpétua para crimes hediondos”. Até às 19h30 desta quarta-feira (4), a iniciativa contava com o apoio de 941 pessoas.

“Queremos penas maiores, que sejam cumpridas 100% do tempo em que o réu for condenado. Sem diminuição por bom comportamento, sem regalias. Prisão perpétua para crimes hediondos. Mudança nas leis brasileiras urgente! Queremos justiça para todos os crimes e em especial para o que esta deixando o Brasil no momento abalado: Joaquim Ponte Marques”.

O abaixo-assinado está sendo replicado em comunidades e perfis da rede social. Em uma postagem, feita para divulgar a petição, os internautas são chamados a participar: “Já opinamos, agora vamos agir! Assinem!”

Investigação

O principal suspeito pela morte do garoto é o padrasto dele, o técnico em informática Guilherme Longo. Longo e a mãe de Joaquim, a psicóloga Natália Mingoni, tiveram a prisão temporária decretada no último domingo (10), mesmo dia em que o corpo do menino, que tinha três anos, foi localizado por pescadores boiando no rio Pardo, em Barretos, interior de São Paulo.

Uma das hipóteses cogitadas é de que a vítima tenha morrido em razão de uma dose excessiva de insulina — Joaquim era diabético. A polícia aguarda laudos do IML (Instituto Médico Legal) e da Polícia Científica. O que já está confirmado é que a criança foi atirada no rio sem vida, porque não havia água nos pulmões dela.

Na versão dos dois suspeitos, o garoto sumiu do quarto durante a madrugada da última terça-feira (5), em Ribeirão Preto, cidade vizinha de Barretos. No mesmo cômodo, dormia um bebê de quatro meses, filho do casal.

O padrasto foi levado para a Delegacia Seccional de Barretos. Já a psicóloga está na Cadeia Feminina de Franca.

R7


terça-feira, 3 de dezembro de 2013

A ONU e as pessoas com deficiência

Cerca de 10% da população mundial, aproximadamente 650 milhões de pessoas, vivem com uma deficiência.

São a maior minoria do mundo, e cerca de 80% dessas pessoas vivem em países em desenvolvimento. Entre as pessoas mais pobres do mundo, 20% têm algum tipo de deficiência. Mulheres e meninas com deficiência são particularmente vulneráveis a abusos. Pessoas com deficiência são mais propensas a serem vítimas de violência ou estupro, e têm menor probabilidade de obter ajuda da polícia, a proteção jurídica ou cuidados preventivos. Cerca de 30% dos meninos ou meninas de rua têm algum tipo de deficiência, e nos países em desenvolvimento, 90% das crianças com deficiência não frequentam a escola.

No mundo desenvolvido, um levantamento realizado nos Estados Unidos em 2004 descobriu que apenas 35% das pessoas economicamente ativas portadoras de deficiência estão em atividade de fato – em comparação com 78% das pessoas sem deficiência. Em um estudo realizado em 2003 pela Universidade de Rutgers (EUA), um terço dos empregadores entrevistados disseram que acreditam que pessoas com deficiência não podem efetivamente realizar as tarefas do trabalho exigido. O segundo motivo mais comum para a não contratação de pessoas com deficiência foi o medo do custo de instalações especiais.

As necessidades e os direitos das pessoas com deficiência têm sido uma prioridade na agenda das Nações Unidas durante pelo menos três décadas. Mais recentemente, após anos de esforços, a Convenção das Nações Unidas sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e seu Protocolo Facultativo foi adotada em 2006 e entrou em vigor em 3 de maio de 2008.

A “UN Enable” – que reúne o Secretariado da Convenção e dá voz ao compromisso das Nações Unidas de defender os direitos e a dignidade das pessoas com deficiência – descreve o documento como um marco para uma mudança de paradigma, deixando de lado o fato de as pessoas com deficiência serem vistas como objetos de caridade, para visualizá-las como portadoras de direitos. E como tal, são capazes de reivindicar os direitos e a tomada de decisões para as suas vidas com base em seu consentimento livre e esclarecido, bem como de serem membros ativos da sociedade.


“Pessoas com deficiência têm o direito …


ao respeito pela sua dignidade humana …

aos mesmos direitos fundamentais que os concidadãos …
a direitos civis e políticos iguais aos de outros seres humanos …
a medidas destinadas a permitir-lhes a ser o mais autossuficientes possível …

a tratamento médico, psicológico e funcional [e]
a desenvolver suas capacidades e habilidades ao máximo [e]
apressar o processo de sua integração ou reintegração social …

à segurança econômica e social e a um nível de vida decente …

de acordo com suas capacidades, a obter e manter o emprego ou se engajar em uma ocupação útil, produtiva e remunerada e se filiar a sindicatos [e] a ter suas necessidades especiais levadas em consideração em todas as etapas do planejamento econômico e social …

a viver com suas famílias ou com pais adotivos e a participar de todas as atividades criativas, recreativas e sociais [e não] serem submetidas, em relação à sua residência, a tratamento diferencial, além daquele exigido pela sua condição …

[a] serem protegidas contra toda exploração, todos os regulamentos e todo tratamento abusivo, degradante ou de natureza discriminatória …
[e] a beneficiarem-se de assistência legal qualificada quando tal assistência for indispensável para a própria proteção ou de seus bens … “

da Declaração sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, proclamada pela Assembleia Geral da ONU em 9 de dezembro de 1975

A Convenção, de acordo com a ONU, é um instrumento de direitos humanos, com explícita dimensão de desenvolvimento social. Ela reafirma que todas as pessoas com todos os tipos de deficiência devem gozar de todos os direitos humanos e liberdades fundamentais – e esclarece exatamente como as categorias de direitos devem ser aplicadas. Além disso, identifica especificamente áreas onde adaptações precisam ser feitas para permitir às pessoas com deficiência que exerçam efetivamente seus direitos, bem como áreas onde seus direitos foram violados e onde a proteção de seus direitos deve ser reforçada.

Em comunicado elogiando a entrada em vigor da Convenção, o Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, apelou a um esforço conjunto para traduzir sua visão em realidade e resolver “as desigualdades gritantes experimentadas por pessoas com deficiência”. A ONU continua seus esforços para esse fim.

O Dia Internacional das Pessoas com Deficiência é celebrado todos os anos em 3 de dezembro.

ONUBR

domingo, 1 de dezembro de 2013

1º de dezembro é o Dia Mundial de Combate à Aids

1º de dezembro, marca o Dia Mundial de Combate à Aids. A Unidade Sanitária - Programa DST/Aids programou ações educativas em estabelecimentos de ensino e empresas para orientar e sensibilizar a população em geral.

Nesta sexta (29), pela manhã e à tarde, foi feita panfletagem e distribuição de preservativos na sede da prefeitura. A atividade também será feita na saída e entrada de turno da empresa Tupy, e será realizada conversa com turmas do Colégio Elias Moreira. Com alunos do ensino fundamental da Sociesc está agendado um encontro no dia 3 de dezembro.

Os postos de saúde do município foram decorados a fim de divulgar a campanha para a comunidade. A melhor decoração será premiada com um café para toda equipe envolvida.


Dados desde 2007

De acordo com a Vigilância Epidemiológica e Unidade Sanitária, da Vigilância em Saúde, da Secretaria de Saúde, desde 2007 até agora, num estudo que recebe o nome de série histórica, foram notificados 1229 casos de Aids em residentes no município. A pessoa com Aids é aquela que vive com o vírus do HIV e apresenta sinais e sintomas, enquanto a pessoa portadora do vírus HIV não necessariamente apresenta os problemas da doença.

Apenas em 2013, 127 pessoas portadoras do vírus passaram a apresentar os sintomas. Somente neste ano, ocorreram 23 óbitos de pessoas que viviam com o HIV. E foram registradas 289 pessoas vivendo com o HIV e que iniciaram tratamento no Programa de DST/HIV/Aids, em Joinville.

Prevalece o sexo masculino, tanto nos casos diagnosticados com o vírus, quanto nos de Aids. Nos dados de 2007 a agosto de 2013, foi constatado que 65%, em média, dos casos de Aids são Homens, e 35% são mulheres.

“Constatamos ainda que as faixas etárias, entre 30 a 49 anos, são as que mais se transformam em AIDS, correspondendo a uma média de 62% do total de casos da doença. Porém, observamos que, de 2010 até agora, a faixa etária acima de 60 anos vem crescendo gradativamente”, comenta a coordenadora da Vigilância Epidemiológica, Aline Costa da Silva. Também houve um crescimento na faixa etária de 20 a 29 anos, que até então não era significativa.


Exposição ao vírus

Com relação ao tipo de exposição ao vírus, a análise indicou que 70% dos casos de Aids se denominavam heterossexuais, 22% homossexuais/bissexuais e 8% ignoraram a resposta. Para a Vigilância Epidemiológica, estes dados demonstram que, definitivamente, não existem mais grupos de risco, e sim comportamento de risco, quando as pessoas não usam preservativos nas relações sexuais, compartilham seringas e agulhas com outros usuários de drogas ou não fazem o pré-natal adequadamente.


Profissões mais atingidas

Na análise da série histórica, de 2007 a agosto de 2013, foi constatado que as categorias profissionais mais diagnosticadas com Aids foram: pedreiro e operador de máquinas fixas em geral (6%); motorista de caminhão, rotas regionais e internacionais ( 3%); ferramenteiro (2%). As demais profissões (89%) correspondem a autônomos em geral, como armador, carpinteiro, eletricista, servente, metalizador, soldador, tecelão, marceneiro, costureiro, estivador, padeiro, entre outros, com 1% cada.


Diferença entre HIV e Aids

Caso de HIV: pessoa que descobriu que é portador do vírus HIV, mas não necessariamente precisa estar apresentando sinais e sintomas de infecção, ou doente. Não é de notificação compulsória ao Ministério da Saúde.

Caso de Aids: pessoa que vive com o vírus do HIV e que está com sinais e sintomas de infecção pelo vírus HIV, ou por outro de outra doença oportunista, apresentando um quadro infeccioso. É de notificação compulsória obrigatória ao Ministério da Saúde.


Onde fica a Vigilância Epidemiológica – Unidade Sanitária
Rua Abdon Batista, 172 / Centro

http://www.joinville.sc.gov.br/noticia/6210-1%C2%BA+de+dezembro+%C3%A9+o+Dia+Mundial+de+Combate+%C3%A0+Aids.html
Verbratec© Desktop.