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sábado, 19 de janeiro de 2013
A cada cinco dias, uma pessoa é vítima do tráfico de seres humanos no Brasil
Europa é o principal destino das pessoas neste novo mercado escravagista
George morreu na Alemanha. Cláudia viveu por lá, mas em cárcere privado. Outras três mulheres, também gaúchas, foram presas em Hamburgo. Talita padeceu como escrava na Itália. E uma sexta jovem se viu forçada a virar dançarina de boate na Espanha. Parece ficção, roteiro perfeito para ser incluído na novela Salve Jorge. Mas é a pura realidade. São histórias de quem virou mercadoria nas mãos de traficantes internacionais de seres humanos.
A Europa é o principal centro deste novo mercado escravagista do século 21. Alemanha, Itália e Espanha estão entre os países onde brasileiros são subjugados, como ocorreu com os personagens desta reportagem.
Todos eles jovens ambiciosos, cruzaram o Atlântico sonhando alto com uma oportunidade de dar uma guinada na vida. Mas todos foram enganados. Cláudia Guedes, aos 28 anos, acreditou em um agente de modelos que a ajudaria a encontrar um príncipe encantado na Alemanha, mas acabou vendida a um comerciante por R$ 20 mil.
Também na Alemanha, George Teixeira, 23 anos, caiu na conversa de que seria instrutor de academia e sucumbiu como stripper, até ser encontrado enforcado. A versão oficial é de suicídio, mas a família nunca acreditou nisso.
— Mataram meu filho — esbraveja em prantos a cozinheira desempregada Terezinha Natália de Souza, 59 anos, que jamais viu o corpo de George, enterrado em Hamburgo, há 14 anos.
Estudos indicam que o Brasil é o maior "exportador" de pessoas da América Latina. E, este ano, deverá assumir o segundo lugar como país onde mais são julgados processos criminais referentes ao tráfico de seres humanos.
A cada cinco dias, uma vítima é alvo deste tipo de crime em solo brasileiro — seja para o tráfico interno ou externo, conforme levantamento de outubro realizado pela Secretaria Nacional de Justiça, em conjunto com o Escritório das Nações Unidas para Drogas e Crimes (UNODC). A maioria é explorada sexualmente, predominantemente jovens mulatas e negras, um fetiche dos europeus.
A CPI do Tráfico de Pessoas do Senado, finalizada em dezembro, listou 867 inquéritos instaurados pela Polícia Federal (PF) sobre este tipo de crime nas últimas duas décadas, incluindo 29 no Rio Grande do Sul.
Um deles resultou na prisão, às vésperas do Natal, de Ernani Fernandes da Silva, 49 anos, ex-dançarino em boates da Alemanha que se escondia em Viamão, onde atuava como xamã — uma espécie de curandeiro. Ernani estava foragido da Justiça Federal desde 2006, quando foi condenado a seis anos e dois meses de prisão por aliciar três jovens para prostituição na Alemanha, onde acabaram presas no aeroporto de Hamburgo e deportadas, em 1999. A pena imposta a Ernani inclui a acusação de induzir outra mulher que foi trabalhar em uma boate na Espanha. E foi na casa de Ernani, em Hamburgo, que George desembarcou para a viagem sem volta à Alemanha.
O tráfico de pessoas é crime, mesmo que a vítima seja conivente com a situação. E é considerado de difícil repressão, principalmente quando o destino é o Exterior, porque nem sempre quem é coagido se dispõe ou tem chance de delatar o algoz.
— A pessoa está em um país estranho, irregularmente, não fala o idioma local e tem medo de procurar as autoridades. O seu único elo de segurança acaba sendo o explorador, a quem fica completamente à mercê, sofrendo humilhações e espancamentos — analisa a delegada Diana Calazans Mann, da Delegacia de Defesa Institucional, da PF gaúcha.
Diana critica a complacência com os que estão à frente de casas de prostituição, os cafetões, atividade classificada como crime:
— Existem sentenças de absolvição de donos de prostíbulos sob o princípio da adequação social. É um contrassenso. Há uma política de repressão ao tráfico de seres humanos e, ao mesmo tempo, uma leniência com a exploração sexual. A sociedade precisa refletir sobre isso.
A ministra Maria do Rosário, da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, lembra que o governo desenvolve o Plano Nacional de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas, visando qualificar o combater ao crime.
— Precisamos estar mais articulados com outros países, dar mais apoio às vítimas, para que elas não se transformem em novas aliciadoras. É comum retornarem ao Brasil para buscar outras mulheres com intenção de pagar dívidas com quem as explora — alerta.
A viagem sem volta de George
Egresso do Exército, ambulante, George Teixeira, 21 anos, tinha pressa em mudar de vida. Queria ajudar a mãe, a cozinheira Terezinha Natália de Souza, e os dois irmãos a sair da situação difícil de pobres migrantes catarinenses refugiados em uma casa da Vila São José, em Porto Alegre.
Não titubeou quando uma vizinha ofereceu R$ 200 por dia como instrutor de academia na Alemanha, além de cama e comida de graça. George vendeu um Fusca, comprou passagens de ida e volta, tirou fotos para o passaporte, e convenceu a mãe de que tinha tomado a decisão certa.
— Ele era muito ambicioso e dizia para mim: mãe, deixa eu ir, volto em três meses e nossa vida vai mudar — lembra Terezinha, vivendo hoje em Urubici, na serra catarinense.
Em junho de 1996, George embarcou para a Europa. No voo estava a vizinha Maribel Fernandes Pinto, cujo irmão, Ernani Fernandes da Silva, ajudaria George com o emprego.
Terezinha não tinha telefone, e George se comunicava por cartas. Começou a se queixar da falta de trabalho e dinheiro, disse que virou stripper em uma boate e que tinham furtado sua passagem de volta ao Brasil.
Quase um ano depois, George apareceu de surpresa em casa. Para a mãe, tinha o semblante estranho. Ficou apenas um pedaço de uma tarde de abril de 1997 na casa dela e contou que retornaria logo para a Alemanha porque viajara com dinheiro emprestado pelo dono da boate e precisava trabalhar para quitar a dívida. Foi a última vez que Terezinha viu o filho.
Em julho de 1998, George escreveu contando que tinha se casado com uma alemã, e que pretendia casar-se com a jovem em Porto Alegre, prevendo chegar em setembro. Em 24 de agosto daquele ano, um fax chegou às mãos de Terezinha, informando a morte do rapaz. O corpo tinha sido encontrado no banheiro de casa, com um cinto de roupão enrolado no pescoço. Para a polícia alemã, suicídio.
— Como pode uma pessoa se casar em julho e se matar em agosto? Ele foi assassinado, mas não consegui provar nada — afirma, aos prantos.
Cláudia foi vendida por R$ 20 mil
Julho de 1995. No salão de beleza em que trabalhava, no bairro Azenha, na Capital, a cabeleireira Cláudia Guedes ouviu de uma amiga modelo a oferta de "virar mulher de europeu rico, ganhar dinheiro para dar uma casa para a mãe".
Cláudia só teria de ir a Europa para ser apresentada a um bem-sucedido comerciante siciliano, que vivia em Neuss, na região de Düsseldorf. O interesse do italiano era se casar com uma negra brasileira e viver na Bahia. Se Cláudia aceitasse, teria vida de princesa. Do contrário, poderia trabalhar lá ou voltar para casa.
Morena, solteira, 28 anos, com uma criança para criar, Cláudia cedeu aos apelos e embarcou para a Alemanha. Foi recebida pela irmã do agenciador de modelos. A mulher levou Cláudia para lojas de roupas, salão de beleza e depois para a "nova casa". O futuro marido saiu com Cláudia para um passeio de carro. Com o dobro da idade dela, o homem decidiu: ficariam juntos, Cláudia teria carro, moradia, comida, mas não poderiam se casar — ele já era casado. Estava proibida de sair sozinha da casa da amiga e teria de esquecer o filho deixado com a mãe:
— Àquela altura, já tinha me arrependido, me desesperei e gritei: "meu Deus". Ele, enfurecido, dirigindo a 150 km/h, tirou as mãos do volante e disse que não acreditava em Deus, que tinha de ser do jeito dele, porque tinha pago por mim. Perguntava se eu tinha recebido dinheiro.
Desnorteada, Cláudia foi levada ao "cativeiro". Quinze dias depois, o agente de modelos apareceu na casa. O italiano cobrou explicações, e exigia de volta o que tinha pago — R$ 20 mil. Além de Cláudia, Salvatore também fora ludibriado.
— Aí, teve muita confusão e entendi que tinha sido vendida. Bateu o pavor.
Foram 25 dias de angústia até que Cláudia recebesse o passaporte para embarcar de volta. De mãos e bolsos vazios.
Filha de uma família de classe média da Paraíba, Talita Sayeg — nome adotado ao assumir a condição de transexual — foi expulsa de casa aos 15 anos. Ganhava a vida nas ruas de João Pessoa, até ser atraída por Isnard Alves Cabral, a Diná, travesti paraibano que vive em Roma, suspeito de comandar uma rede de tráfico para exploração sexual na Europa a partir do Nordeste.
Decidida a se dar bem na Itália — um dos destinos preferidos de transexuais brasileiros —, aos 18 anos, em 2002, Talita arriscou se aventurar. Na Paraíba, uma irmã de Diná organizou a viagem. Bancou as despesas e a colocou em um avião com outros dois travestis rumo à Toscana, cada um com R$ 2 mil na bolsa para serem aceitos como turistas.
Na chegada à cidade litorânea de Viareggio, teve de entregar o passaporte a Diná e o dinheiro com o qual passou na alfândega. Talita sabia que teria de pagar pela viagem, já conhecia histórias de pessoas que se rebelavam e eram vendidas a redes de traficantes europeus. Mas não esperava que a conta fosse tão alta: US$ 12 mil, o equivalente a R$ 24 mil. Ainda tinha de pagar R$ 100 por dia como diária da casa, gastos com alimentação e transporte e um regalo para agradar Diná, em geral, uma joia ao custo de R$ 3 mil.
Talita conta que trabalhava das 20h às 6h, chegando a 15 programas por noite. Lembra que foi escravizada por dois anos, até conquistar sua carta de alforria, em Roma.
— Tinha gente que se revoltava, se atirando nas drogas, desesperada por ganhar o dinheiro, mas vê-lo ir embora. Passavam nas casas recolhendo a grana todas as manhã.
Diná, o feitor de Talita, foi denunciado em 2010 pelo Ministério Público Federal da Paraíba com outros quatro paraibanos e um italiano sob suspeita de traficar dezenas de travestis para a Europa.
Talita ainda chora o dinheiro perdido, mas se considera uma sobrevivente. Desde maio mora em Porto Alegre, buscando uma nova vida.
ZERO HORA
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Brasileiro mostra realidade de crianças-escravas em documentário
Dirigido pelo cineasta brasileiro Denis Franco Goedert, o documentário Garibous faz um registro impactante com imagens e entrevistas sobre a realidade de pobreza e escravidão das crianças e jovens de um dos países mais pobres do mundo, Burkina Faso. O lançamento está previsto para março de 2013.
Estima-se que mais de dois milhões de meninos e meninas vivem nessa condição, doados por seus pais a tutores chamados Marabus com a promessa de cuidado emocional e físico, com direito a comida, saúde e hospedagem. Porém, o que acontece é bem diferente, os Garibus passam o dia mendigando, com acesso restrito à alimentação e condições sub-humanas de moradia, além de serem responsáveis por sua própria sobrevivência.
Mal vestidos, sujos e de chinelos, os pequenos escravos circulam pelas ruas das cidades tentando coletar o valor exigido por seus tutores, cerca de R$1,50, e temendo os castigos físicos violentos caso falhem. Cenário parecido com o trabalho infantil e mendicância nos centros urbanos de outros países, como o Brasil.
Por serem quase invisíveis, várias ONGs e grupos humanitários trabalham para denunciar essa realidade para que as leis que resguardam os direitos das crianças e adolescentes sejam cumpridas.
promenino
Moradora do DF ganha bolo mofado em festa surpresa e hipermercado se recusa a fazer a troca
Vanderlane só percebeu que o bolo estava estragado depois que dois convidados já tinham comido um pedaço
Valderlane Antonio Ribeiro, moradora da Candangolândia, região administrativa do Distrito Federal, ganhou uma festa surpresa de aniversário na noite dessa quinta-feira (17). O evento foi organizado pelo marido dela, que reuniu familiares e amigos para receber a esposa quando ela voltasse do trabalho. Vanderlane, no entanto, teve duas surpresas: quando chegou em casa e na hora de oferecer o bolo aos convidados.
O bolo, comprado pelo marido no dia festa no hipermercado Extra por R$ 74, estava mofado e com mau cheiro.
A festa tinha aproximadamente 20 pessoas. A filha de Valderlane, de apenas dois anos, e um tio chegaram a comer o alimento. Os sintomas de intoxicação alimentar foram sentidos na manhã dessa sexta-feira (18). A criança sentiu enjoos e o homem uma forte dor na barriga.
— Quando eu percebi que o bolo estava estragado muitos convidados já haviam comido. Fiquei morrendo de vergonha. Fomos até o mercado que funciona 24h e os dois fiscais que estavam falaram que não tinha como entrar porque estava fechado para balanço.
A aniversariante conta que explicou a situação para os fiscais e que os convidados ficaram esperando ela voltar com um bolo novo. Mas os homens barraram a entrada dela com os carrinhos do próprio local. De acordo com Valderlane, havia clientes dentro do estabelecimento.
— Falei que queria apenas trocar a mercadoria. Disse que caso contrário iria procurar o Procon. Eles simplesmente olharam para a mim e disseram pra eu fazer o que quiser.
Valderlene desconfia ainda que a embalagem do produto foi adulterada. Segundo ela, a nota que indica a data de validade está como se estivesse sido feito na última quinta-feira. No entanto, sinais de rasuras são visíveis.
— O verso da atual embalagem está intacto, mas tem como visualizar que tinha outra etiqueta por baixo. Parece que tinha uma original e eles retiraram e pregaram outra por cima.
Outro lado
Em nota, o Extra informou que pauta suas ações no respeito ao consumidor e mantém controle de qualidade dos produtos comercializados em suas lojas. A rede comunicou ainda que o fato relatado é pontual e não condiz com o padrão de qualidade exigido pela empresa. A rede já entrou em contato com a cliente para realizar a troca do produto e iniciou a apuração do fato, para que não volte a ocorrer
R7
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quarta-feira, 16 de janeiro de 2013
terça-feira, 15 de janeiro de 2013
A CONFUSÃO MENTAL DOS IDOSOS ( UTILIDADE PÚBLICA )
Confusão mental do idoso ( Leia, é pequeno,importante e sério )
Principal causa da confusão mental no idoso
Arnaldo Lichtenstein, médico
Sempre que dou aula de clínica médica a estudantes do quarto ano de Medicina, lanço a pergunta:
- Quais as causas que mais fazem o vovô ou a vovó terem confusão mental?
Alguns arriscam: *"Tumor na cabeça".
Eu digo: "Não".
Outros apostam: "Mal de Alzheimer"
Respondo, novamente: "Não".
A cada negativa a turma se espanta... E fica ainda mais boquiaberta quando enumero os três responsáveis mais comuns:
- diabetes descontrolado;
- infecção urinária;
- a família passou um dia inteiro no shopping, enquanto os idosos ficaram em casa.
Parece brincadeira, mas não é. Constantemente vovô e vovó, sem sentir sede, deixam de tomar líquidos.
Quando falta gente em casa para lembrá-los, desidratam-se com rapidez.
A desidratação tende a ser grave e afeta todo o organismo. Pode causar confusão mental abrupta, queda de pressão arterial, aumento dos batimentos cardíacos ("batedeira"), angina (dor no peito), coma e até morte.
Insisto: não é brincadeira.
Na melhor idade, que começa aos 60 anos, temos pouco mais de 50% de água no corpo. Isso faz parte do processo natural de envelhecimento.
Portanto, os idosos têm menor reserva hídrica.
Mas há outro complicador: mesmo desidratados, eles não sentem vontade de tomar água, pois os seus mecanismos de equilíbrio interno não funcionam muito bem.
Conclusão:
Idosos desidratam-se facilmente não apenas porque possuem reserva hídrica menor, mas também porque percebem menos a falta de água em seu corpo. Mesmo que o idoso seja saudável, fica prejudicado o desempenho das reações químicas e funções de todo o seu organismo.
Por isso, aqui vão dois alertas:
1 - O primeiro é para vovós e vovôs: tornem voluntário o hábito de beber líquidos. Por líquido entenda-se água, sucos, chás, água-de-coco, leite, sopa, gelatina e frutas ricas em água, como melão, melancia, abacaxi, laranja
e tangerina, também funcionam. O importante é, a cada duas horas, botar algum líquido para dentro. Lembrem-se disso!
2 - Meu segundo alerta é para os familiares: ofereçam constantemente líquidos aos idosos. Ao mesmo tempo, fiquem atentos. Ao perceberem queestão rejeitando líquidos e, de um dia para o outro, ficam confusos, irritadiços,fora do ar, atenção. É quase certo que sejam sintomas decorrentes de desidratação.
"Líquido neles e rápido para um serviço médico".
(*) Arnaldo Lichtenstein (46), médico, é clínico-geral do Hospital das Clínicas e professor colaborador do Departamento de Clínica Médica da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP).
Gostou?
Então divulgue.
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segunda-feira, 14 de janeiro de 2013
Bombeiros retomam buscas por desaparecido após colisão na Ponte
.Homem estava fora do veículo quando foi atingido por caminhão
.Acidente ocorreu no sentido Niterói, na tarde de domingo
RIO — Os bombeiros retomam na manhã desta segunda-feira as buscas pelo homem que teria sido projetado da Ponte Rio-Niterói para o mar em decorrência de um acidente que ocorreu por volta das 15h30m deste domingo. A colisão foi na pista sentido Niterói da via. O trabalho de resgate foi suspenso por volta das 19h30m deste domingo, de acordo com a corporação. Segundo a assessoria de imprensa da Ponte S/A, concessionária que administra a via, um veículo de passeio, com dois adultos e uma criança a bordo, parou no trecho da Grande Reta, provavelmente por pane mecânica, e acabou atingido na traseira por um caminhão, cujo motorista também se feriu. Equipes de resgate fizeram o atendimento das vítimas no local. Devido ao acidente , o trânsito ficou muito lento na via.
Como um dos adultos que estava no carro de passeio está desaparecido, a concessionária acredita que a violência do choque tenha arremessado a vítima para fora da Ponte. A Ponte S/A acionou o Grupamento Marítimo do Corpo de Bombeiros (GMar), uma equipe do Grupamento de Busca e Salvamento da Barra (GBS) e um helicóptero do Grupamento Aéreo Marítimo da Polícia Militar (GAM), para realizar a busca pelo passageiro desaparecido no mar. De acordo com a concessionária, as vítimas que estavam na Ponte tiveram ferimentos leves.
Todas as pistas foram liberadas às 17h44m. A faixa à direita na pista sentido Niterói da Ponte esteve fechada na altura da grande reta, assim como a pista no sentido Rio próximo à mureta, para o atendimento às vítimas. Depois que os peritos permitiram a retirada dos veículos envolvidos na batida, operadores da Ponte S/A precisaram rebocar o caminhão e o carro.
O Globo
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Cão cego socorre cadelinha que dava à luz na rua
Existem histórias que muitas pessoas costumam hesitar em acreditar, tanto pelo inusitado quanto pelo "quase impossível". Praticamente todas elas envolvem atos de heroísmo. Quando estas histórias envolvem animais, fica ainda mais difícil para pessoas de pouca sensibilidade acreditar que qualquer animal, que não o homem, possa ser capaz de atos levados pela emoção e pela solidariedade.
No bairro Cidade Nova, um cachorro cego, já velhinho, chamado Toco, promoveu cenas de deixar qualquer um emocionado. Moradores na rua Bento Gonçalves, onde se desenrolou a história, dizem que tudo começou quando uma cadelinha de rua entrou em trabalho de parto. Dois filhotes nasceram embaixo de uma árvore, rente ao meio-fio.
Toco, que estava na entrada do pátio da casa de sua tutora, pressentiu o fato, e mais ainda, sentiu o cheiro. Atravessou a rua e lentamente conduziu a cadelinha até o outro lado da rua, empurrando-a com o focinho e levando-a para dentro da casinha dele, onde a cadela deu à luz a mais dois filhotes. Depois disso, atravessou a rua mais duas vezes. E nas duas voltou com um filhote na boca, depositando-os onde a mãe estava.
A tutora de Toco, Rosa Maria, foi uma das que presenciou as cenas, junto com a amiga Irena Jansen. "Eu fiquei impressionada. Quase não pude acreditar no que estava se passando. Assistir a um cachorro socorrer outro de sua espécie foi algo muito emocionante", diz Rosa, orgulhosa do trabalho de seu amigo.
Irena conta que o mais interessante é que Toco não come enquanto a cadelinha não se alimentar primeiro. "Eu coloco comida no prato dele e ele nem chega perto. Deixa-a vir comer primeiro. Depois, come o que sobra", conta Rosa Maria. Outro detalhe que elas observaram é que Toco fica de guarda, sempre por perto da sua antiga casinha, hoje ocupada pela mãe e os quatro filhotes.
Mesmo gostando muito de animais, Rosa Maria não tem como ficar com a família toda. "Falaram-me para que eu coloque em adoção a cadelinha e os filhotes. Vou fazer isso, mas eles precisam estar desmamados e se alimentando sozinhos, para que possam ir, então, para outro lar", frisa. Se alguém se interessar na adoção, é só deixar recado no site do Jornal Agora, nos comentários da matéria, que Rosa Maria irá responder.
Por Anete Poll
anete@jornalagora.com.br
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