O perfil do usuário de crack está se modificando com a mesma velocidade que a droga age no organismo. O efeito devastador da epidemia já chegou ao alcance dos olhos de moradores dos condomínios luxuosos da Barra da Tijuca. A expansão do consumo da pedra, como é chamada pelos dependentes químicos, fez com que o tráfico avançasse das favelas para o asfalto e preocupa agora as autoridades.
Histórias que revelam esse lado do consumo da droga são contadas todas as quintas-feiras à noite na Câmara Comunitária da Barra, onde ocorrem encontros com usuários e familiares, motivados pelo drama vivido nos condomínios. Mais de 1,5 mil dependentes químicos foram atendidos só neste ano. Entre eles, 70% são usuários de crack.
A droga chega à Barra sem despertar suspeitas. Sujeitos bem vestidos sobre motos caras costumam passar despercebidos pelas operações policiais. Quando chegam aos condomínios, os motoboys se apresentam como amigos de moradores para levar o crack ao apartamento do usuário da droga.
O estudante X., de 20 anos, usava crack com frequência no apartamento de amigos em condomínios no
Leblon, Ipanema e Barra. O grupo costumava ligar para o motoboy e pedir a droga.
— A gente pedia como se fosse uma entrega de pizza. Já chegamos a pegar até R$ 500 em droga com o motoboy. A gente consumia no apartamento com naturalidade. Nenhum morador desconfiava, porque não fazíamos barulho — diz.
X., que chegou a pesar apenas 50 quilos por causa da droga, ficou internado por 95 dias numa clínica particular e teve alta no dia 17 de julho. De acordo com a mãe dele, uma advogada de 46 anos, o tratamento custou mais de R$ 40 mil.
Histórias que revelam esse lado do consumo da droga são contadas todas as quintas-feiras à noite na Câmara Comunitária da Barra, onde ocorrem encontros com usuários e familiares, motivados pelo drama vivido nos condomínios. Mais de 1,5 mil dependentes químicos foram atendidos só neste ano. Entre eles, 70% são usuários de crack.
A droga chega à Barra sem despertar suspeitas. Sujeitos bem vestidos sobre motos caras costumam passar despercebidos pelas operações policiais. Quando chegam aos condomínios, os motoboys se apresentam como amigos de moradores para levar o crack ao apartamento do usuário da droga.
O estudante X., de 20 anos, usava crack com frequência no apartamento de amigos em condomínios no
Leblon, Ipanema e Barra. O grupo costumava ligar para o motoboy e pedir a droga.
— A gente pedia como se fosse uma entrega de pizza. Já chegamos a pegar até R$ 500 em droga com o motoboy. A gente consumia no apartamento com naturalidade. Nenhum morador desconfiava, porque não fazíamos barulho — diz.
X., que chegou a pesar apenas 50 quilos por causa da droga, ficou internado por 95 dias numa clínica particular e teve alta no dia 17 de julho. De acordo com a mãe dele, uma advogada de 46 anos, o tratamento custou mais de R$ 40 mil.
Extra Online