sábado, 30 de julho de 2011

Rio tem quase 30 mil crianças sem registro de nascimento, a maioria na região metropolitana

Pais de três filhos, Carlos e Sheila só tiraram a documentação básica aos 20 anos e não recebem Bolsa Família.

Das dez cidades com mais casos, seis ficam na baixada, segundo o IBGE
Quase 30 mil crianças no Rio de Janeiro vivem sem certidão de nascimento e sem acesso a direitos fundamentais, como acesso à saúde e educação. Entre as dez cidades do Estado com o maior número de crianças nessa situação, seis ficam na Baixada Fluminense, região que vem ganhando importância econômica, mas que ainda tem os piores índices de desenvolvimento humano.

Os dados são do Censo 2010 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), que investigou o tema do sub-registro pela primeira vez e apontou a existência de mais de meio milhão de crianças “invisíveis” para o poder público em todo o país. Os números se referem às crianças que têm até dez anos.

Com população indígena e ribeirinha, os Estados de Roraima, Amazonas e Mato Grosso do Sul são os que possuem o maior número de crianças sem documentos. No Rio, o problema se concentra na região metropolitana. O Estado ocupa a 19ª posição entre todas as demais unidades da federação e está em 2º lugar no Sudeste, perdendo apenas para São Paulo que tem população de 81 mil crianças sem identificação civil.

Sem registro de nascimento, as crianças não podem ser vacinadas tampouco matriculadas em escolas. A certidão de nascimento é o primeiro documento com valor legal na vida de um cidadão e pode ser feita em qualquer cartório gratuitamente. Ela é necessária para tirar carteira de identidade, CPF, título de eleitor, carteira de trabalho e para se inscrever em programas sociais, como o Bolsa Família.

IDH x falta de registro
Embora seja a cidade com o segundo maior PIB (soma das riquezas produzidas no município) do Estado, Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, é a primeira do ranking de municípios do Rio com mais crianças sem registros - quase 2% das crianças nessa faixa etária não têm certidão de nascimento. Em seguida, aparecem Cabo Frio (região dos Lagos) e a capital fluminense, com 15.467 casos de sub-registro entre menores de dez anos.

Mesquita, São João de Meriti, Nova Iguaçu, Belford Roxo, Magé, Itaboraí e São Gonçalo também lideram o ranking das cidades onde o sub-registro é mais grave. Com exceção de Cabo Frio, todas as cidades ficam na região metropolitana do Estado.

A expectativa é que essa situação comece a mudar a partir de um projeto desenvolvido pela juíza da Vara de Família de São João de Meriti, Raquel Chrispino, e que foi ampliado para todo o país. Quando assumiu o posto há quatro anos, Raquel conta que percebeu uma grande demanda de pessoas que procuravam o Poder Judiciário em busca de documentos.

- Sabemos que os municípios com menor IDH [Índice de Desenvolvimento Humano] também são os de maior sub-registro: Belford Roxo, São Gonçalo, Nova Iguaçu, Caxias.

A juíza criou um projeto voltado para ampliar o acesso ao registro civil e à documentação básica. Além de ajudar os juízes nos casos de registros tardios de adultos em que é preciso investigar a origem do cidadão, o projeto também quer estimular mães a registrarem seus filhos logo após o nascimento e incentivar o reconhecimento voluntário da paternidade.

- Aqui no Estado do Rio existe uma grande dificuldade nos casos das pessoas que migraram de Estados do Norte e do Nordeste e que perderam os seus documentos. Na hora de tirar a 2ª via, é difícil, porque os cartórios não têm arquivos digitalizados. Às vezes, se passam 30, 40 ou até 50 anos, a pessoa que perde muitas vezes nem sabe a cidade onde foi registrada.

1.500 registros em 2 anos
Para Ricardo Chimenti, juiz auxiliar da Corregedoria do CNJ (Conselho Nacional de Justiça), dois fatores ajudam a explicar o fenômeno do sub-registro: a falta de informação (muita gente não sabe que a certidão de nascimento é gratuita) e os movimentos migratórios (quando a criança nasce em uma localidade, mas a família vive em outra região).

Um dos focos da campanha nacional é disponibilizar a opção de registrar as crianças na própria maternidade.

- Com documentos, é possível tirar título de eleitor e se matricular numa escola. É outro status social. Sem o registro de nascimento, o indivíduo não existe como cidadão.

Como não existe um banco de dados nacional sobre o problema, os números são parciais e incluem aqueles que perderam os documentos. Segundo estimativas citadas pela juíza Raquel Chrispino, cerca de 2.000 pessoas que vivem nas ruas no Rio não têm documentação. Entre a população carcerária, há 3.187 presos com identificação criminal, mas sem identificação civil.

Em 2007, o Rio tinha 10 mil bebês de até três meses sem registro de nascimento, segundo índices estaduais citados pela juíza. Hoje, esse número caiu para 6.654, segundo dados do censo. Em dois anos, 1.500 bebês e crianças foram registrados com a intervenção direta da Comissão Judiciária para a Erradicação do Sub-Registro de Nascimento.

R7

Vamos curtir nosso hino de uma maneira diferente e maravilhosa


Wagner Tiso, Arthur Moreira Lima, João Carlos de Assis Brasil, Nelson Ayres, Amilton Godoy e Antonio Adolfo tocando juntos ao piano, interpretam de forma soberba o Hino Nacional Brasileiro na cerimonia de encerramento dos Jogos Mundiais Militares.

Imbatível no tiro curto, Cielo voa nos 50m livre e vira bicampeão mundial


Brasileiro brilha na piscina de Xangai; jovem Bruno Fratus fica fora do pódio

Não importa se é o no Cubo d’Água, no Foro Itálico ou no Centro Esportivo Oriental. Entre os seres vivos sem escamas ou barbatanas, Cesar Cielo continua sendo o mais veloz do planeta dentro d’água. Na final dos 50m, neste sábado, o brasileiro só precisou de 21s52 para engolir sete adversários de uma vez no Mundial de Xangai. No penúltimo dia de um mês tenso, que o obrigou a trancar as braçadas dentro de um terno enquanto se defendia da acusação de doping, foi buscar o ouro na prova favorita, o seu segundo na competição chinesa. Com ou sem supermaiô, ainda está para surgir alguém capaz de se mover mais rápido dentro de uma piscina.

Dono do melhor tempo da semifinal, o brasileiro Bruno Fratus, de apenas 22 anos, não conseguiu alcançar o pódio e bateu em quinto lugar. A prata ficou com o italiano Luca Dotto, que sequer ameaçou Cielo com 21s90. O terceiro degrau do pódio é do francês Alain Bernard, que tinha passado raspando com o oitavo tempo da semi, mas se recuperou na final e cravou 21s92.

Assim que bateu em primeiro, Cielo olhou para o placar. Não festejou tanto como no ouro dos 50m borboleta, que quebrava o gelo do julgamento por doping. Naquela primeira vitória, o brasileiro sentou na raia, gritou, chorou compulsivamente. O ouro era surpresa, numa prova que não é sua especialidade. Desta vez, apenas sorriu e foi cumprimentar Fratus, que vinha na raia ao lado. Tirou a touca e os óculos, saiu da piscina, apontou para o céu e acenou para a torcida. Com a tranquilidade de quem está se acostumando com a glória.

- A prova de 50m borboleta é mais tensa, não tenho experiência nela, nunca tinha nadado em campeonato internacional. Os 50m livre eu nado dormindo, se precisar. É a confiança que tenho de olhar para o fundo, saber a metragem em que eu estou, se vou aguentar passar sem respirar ou não. Então é uma prova bem mais tranquila, um cenário bem mais relaxado. Mesmo assim, a adrenalina da final pega bem forte – explicou o bicampeão mundial.

No pódio, ele segurou firme a briga contra o choro. Levantou os dois braços, sorrindo, e recebeu a medalha de Coaracy Nunes, presidente da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos. Cumprimentou Bernard e Dotto antes de dar um grande suspiro para ouvir o hino. Ainda na introdução, olhou para os dois lados e deu um tchauzinho para alguém na arquibancada. Cantou a parte final do hino com um sorriso no rosto e os olhos cheios d’água. Ao deixar o pódio, ainda imitou os olhos puxados dos chineses, mostrando que estava em casa.

Supremacia no tiro curto

É a terceira vez seguida que Cielo vence os 50m livre nas grandes competições. Conquistou o ouro em Pequim-2008, Roma-2009, e agora Xangai-2011. Para completar, é o dono do recorde mundial da prova, com 20s91, na piscina do Clube Pinheiros, em São Paulo, em dezembro de 2009, pouco antes da proibição dos supermaiôs.

O bicampeão admitiu que a ausência de Fred Bousquet, eliminado na semifinal, facilitou sua tarefa neste sábado. Ele estava preocupado com o tempo de Bruno Fratus, o melhor da semi. O jovem de 22 anos, que nadou novamente com a bermuda emprestada por Cielo, após ver a sua rasgada na sexta-feira, não conseguiu repetir a performance na decisão, mas saiu satisfeito com a experiência e não vê a hora de cair na piscina de novo nas Olimpíadas de, em 2012.

- O tempo que fiz ontem dava para ter ficado em segundo. Mas valeu a experiência, é meu primeiro Mundial. No ano que vem, nas Olimpíadas, as coisas vão ser mais simples de lidar. Quero nadar de novo esta prova. Talvez tenha pesado um pouco o fato de estar na raia 4. Eu precisava que a bermuda rasgasse de novo – brincou Fratus.

É a quarta medalha de ouro do Brasil em Xangai. Ana Marcela Cunha abriu os trabalhos vencendo a maratona aquática de 25m; o próprio Cielo bateu em primeiro nos 50m borboleta; e Felipe França faturou o ouro nos 50m peito. A vitória de Cesar neste sábado é a primeira "olímpica" do país, já que as outras três provas não fazem parte do programa dos Jogos.

G1

SP dá 1º passo para internação forçada de meninos de rua usuários de droga

Cracolândia. Proposta prevê recolhimento, triagem e contato com pais, antes de ação judicial

O parecer desata o nó jurídico em torno da internação e coloca nas mãos do prefeito Gilberto Kassab (sem partido) a decisão política de adotar a medida na capital. "Não estou mais no processo, já superei a minha fase. Fizemos um pequeno estudo. Passamos os conceitos jurídicos, as posições favoráveis e contrárias. O Januário (Montone, secretário da Saúde) e a Alda (Marco Antônio, secretária da Assistência Social) têm de trabalhar o tema", disse Claudio Lembo, secretário de Negócios Jurídicos, pasta por onde passou o projeto, antes de ser encaminhado a Kassab.

Dois pontos são a base da argumentação

Procuradoria alega que menores de idade e viciados são legalmente incapazes de escolher o que querem; decisão está nas mãos de Kassab

Um parecer da Procuradoria Geral do Município é o primeiro passo para a adoção da internação compulsória de meninos de rua usuários de droga em São Paulo. O modelo recomendado é semelhante ao adotado pelo Rio e tem três fases: recolhimento, triagem e decisão judicial de internação.

O parecer desata o nó jurídico em torno da internação e coloca nas mãos do prefeito Gilberto Kassab (sem partido) a decisão política de adotar a medida na capital. "Não estou mais no processo, já superei a minha fase. Fizemos um pequeno estudo. Passamos os conceitos jurídicos, as posições favoráveis e contrárias. O Januário (Montone, secretário da Saúde) e a Alda (Marco Antônio, secretária da Assistência Social) têm de trabalhar o tema", disse Claudio Lembo, secretário de Negócios Jurídicos, pasta por onde passou o projeto, antes de ser encaminhado a Kassab.

Dois pontos são a base da argumentação jurídica a favor da internação compulsória. O primeiro é o da incapacidade civil dos menores, que não teriam plenamente o direito de escolher se querem ou não ser internados. Para a Procuradoria, eles ainda se submetem às escolhas de seus pais. O segundo argumento é de que, de acordo com a lei, os "toxicômanos também são considerados incapazes". O modelo proposto permite que o usuário seja levado à avaliação de um psiquiatra mesmo contra a vontade.

Etapas. O primeiro passo na fórmula de internação será desempenhado por assistentes sociais, que vão constatar que o menor vive na rua. Se houver resistência ao recolhimento, ficaria a cargo do agente a decisão sobre o que fazer. Inicialmente, não há a intenção do uso da força.

A segunda etapa seria a triagem do adolescente. Profissionais da Assistência Social tentarão reconduzi-lo ao ambiente familiar, verificando ainda se os pais são capazes de resgatar o filho. Enquanto localiza parentes, uma outra secretaria entra no processo: a da Saúde. Um médico vai avaliar se o adolescente é ou não dependente químico.

Não sendo possível entrar em contato com a família - ou quando o ambiente familiar é degradado - e constatada a dependência química, o caso será encaminhado ao Ministério Público, que vai pedir à Justiça a internação compulsória do adolescente. Em todos os casos, a internação dependerá de decisão judicial.

O prefeito, por meio de sua assessoria, confirmou que "recebeu estudos sobre a internação compulsória", mas ainda não tomou uma decisão sobre sua adoção ou se o modelo proposto pela Procuradoria será usado.

Durante reuniões com integrantes do Ministério Público, representantes da Prefeitura pediram mais informações sobre o modelo adotado no Rio de Janeiro. O parecer da Procuradoria indica um caminho semelhante ao colocado em prática pelas autoridades cariocas.

Caso seja implementada em São Paulo, a internação compulsória sistemática de dependentes químicos menores de idade exigirá do Município uma megaestrutura no setor de saúde, algo ainda inexistente. A capital conta hoje com 317 leitos em clínicas - 80 de administração própria e o restante em comunidades terapêuticas conveniadas.

Tornar a medida sistemática também deve custar caro. O Estado apurou que cada leito para dependentes custa R$ 2,5 mil por mês à Prefeitura. Levantamento do Departamento de Investigações sobre Narcóticos da Polícia Civil aponta que só na cracolândia, na região central de São Paulo, há uma população flutuante de 2 mil usuários de droga, embora grande parte seja formada por maiores de idade.

COLABOROU BRUNO PAES MANSO

Estadão

"Gabriella está abaladíssima", diz advogado

Trânsito fatal: familiares de Vitor Gurman, morto aos 24 anos nesta quinta-feira (Epitácio Pessoa/AE

Defensor da nutricionista que atropelou o administrador Vitor Gurman, morto nesta quinta-feira, garante que sua cliente não bebeu

O advogado José Luiz Oliveira Lima, cuja lista de clientes inclui o médico Roger Abdelmassih, acusado por 39 mulheres de 56 estupros, e o ex-ministro José Dirceu, apontado como chefe da quadrilha do mensalão, disse nesta sexta-feira que a nutricionista Gabriella Guerrero Pereira, de 28 anos, não estava embriagada no dia em que atropelou o administrador Vitor Gurman, 24. Na noite do último sábado, 23, Gabriella perdeu a direção do Land Rover de seu namorado, o engenheiro Roberto de Souza Lima, de 34 anos, e capotou na Rua Natingui, na Vila Madalena. Vitor Gurman, que caminhava pela rua depois de sair de uma festa, foi atingido pelo veículo. Ele morreu na noite desta quinta-feira.

"A família está muito abalada", disse Oliveira Lima. "Gabriella está abalada. Eu mesmo estou abaladíssmo". Testemunhas informaram à polícia que, no dia do acidente, Gabriela aparentava ligeira embriaguez. Oliveira Lima nega. "O laudo comprova que ela não estava embriagada", argumenta. Caso seja comprovada a ingestão de bebida alcoólica, a nutricionista pode ser indiciada por homicídio doloso – quando há a intenção de matar. O enterro de Vitor Gurman, que teve morte cerebral decretada por conta da perda excessiva de massa encefálica, ocorrerá nesta sexta-feira, no Cemitério Israelita do Butantã.

Tragédia inversa ─ Em 9 de julho, outra jovem de 28 anos envolveu-se em um acidente de trânsito fatal. Desta vez, como vítima. A advogada Carolina Menezes Cintra Santos atravessava lentamente o semáforo vermelho da Rua Bandeira Paulista, no bairro do Itaim Bibi, em São Paulo, quando sua caminhonete Tucson foi atingida pelo Porsche do engenheiro Marcelo Malvio de Lima, de 36 anos, que vinha em alta velocidade pela Rua Tabapuã.

Malvio de Lima responde a um inquérito por homícido doloso. Embora a perícia tenha afirmado que o Porsche estava a 150 quilômetros por hora, o engenheiro negou que estava em alta velocidade.

Veja

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Aeroportos de SP viram pontos de mendicância e trabalho infantil


Garotos arriscam inglês e contam gorjetas em dólares

Os passageiros dos aeroportos de São Paulo passaram nos últimos meses a ter de lidar com o suplicante olhar de crianças antes do check-in. É um “dinheirinho” para comprar um lanche, mas que os próprios pedintes admitem também servir para comprar videogames, televisores e computadores.

Três meninos, com idades entre 11 e 14 anos, disseram à reportagem que em um dia “ruim” conseguem arrecadar R$ 80. Em dia bom - segundas e terças-feiras são os dias da semana favoritos - chegam a obter até R$ 200. Eles primeiro oferecem o serviço de engraxe de sapatos. Se recusado, pedem um trocado "para ajudar". Um dos garotos disse sonhar em ser bombeiro. Outro, administrador de empresas. O terceiro disse não saber.

Apesar de proibidos pela segurança do aeroporto, eles também abordam de maneira discreta os passageiros dentro do terminal.

A reportagem do R7 visitou os aeroportos de Congonhas, na zona sul de São Paulo, e Cumbica, em Guarulhos, na Grande São Paulo. Trabalhadores antigos dos dois terminais afirmaram que a quantidade de mendigos vem aumentando há cerca de cinco anos.

Além dos menores de idade engraxates, a reportagem do R7 foi abordada por um homem de cerca de 30 anos que contou uma história típica das rodoviárias.

– Estou precisando juntar dinheiro para comprar uma passagem para Campinas.

Outra história conhecida no aeroporto de Congonhas é a de um homem que mostra um tumor no braço. Ele diz não ter condições de trabalhar e, por isso, é forçado a pedir dinheiro. O R7 não localizou esse homem. Em Cumbica, uma mulher passa pelas mesas das lanchonetes vendendo adesivos brilhantes. Uma atendente de uma conhecida rede de lanchonetes assegurou que "sempre tem gente comprando" os adereços.

Primeira vez
A modelo mineira Nathascha Schiavi, 31 anos, frequenta aeroportos constantemente há três anos. Nunca havia sido abordada por pedintes em aeroportos até pouco tempo. A primeira vez aconteceu na lanchonete perto da área de desembarque de Congonhas. Nathascha fazia hora para pegar seu avião. Ela se alimentava distraidamente, com os dois celulares sobre a mesa e as mochilas em um carinho.

Logo depois de um menino que carregava uma típica caixa de engraxate pedir dinheiro, os celulares estavam devidamente guardados e as malas empilhadas mais próximas.

– Nunca tinha acontecido comigo. Em Belo Horizonte não tem dessas coisas. Dá uma sensação de insegurança, né?

Perto de Nathascha, porém de costas para o pedinte que circulava no saguão, um segurança fazia guarda. Segundo nota da Infraero (Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária), autarquia responsável por administrar os dois aeroportos, os seguranças devem "convidá-los para se retirar dos terminais".

O segurança que conversou com o R7 confirmou que tem essa ordem e, apesar de estar há cerca de dois meses no trabalho, já teve problemas. Certa vez, uma mulher recusou o convite e gritou se dizendo discriminada, segundo contou o segurança. Porém, com o apoio de colegas e 15 minutos de conversa, a mulher decidiu sair do local.

Durante a conversa com o R7, um grupo de quatro crianças com caixotes de engraxate trocou olhares com o segurança. Eles desviaram seus passos, que pareciam ir em direção à porta de entrada do aeroporto, para uma praça usada como "fumódromo" em Congonhas.

Lá, os meninos ofereceram livremente seu serviço de engraxate, que custa entre R$ 5 e R$ 8, dependendo da cara do cliente. Ninguém topou a proposta dos garotos, mas o gerente de vendas Marco Mello, 46 anos, cedeu aos apelos dos garotos e deu R$ 1 para cada um.

– É chato, [dar esmolas] não é o que a gente gostaria. O ideal é que a criança estivesse na escola.

Mello não atendeu aos apelos da Infraero, que de vez em quando anuncia em seu sistema de som para não dar donativos aos pedintes. O gerente diz considerar "uma bobagem" a recomendação.

Todos os garotos que a reportagem encontrou disseram que vão à escola durante a manhã e trabalham à tarde. Porém, durante o período de férias, fazem dupla jornada.

Em dólar
Em Guarulhos, os meninos não usam caixotes. Mais discretos, usam mochilas pretas para carregar a toalha e a graxa. Algumas vezes, o pé do cliente fica apoiado no joelho.

Por se tratar de um aeroporto internacional, eles já sabem de imediato a conversão do serviço para dólar. Mas o critério é similar a do aeroporto de voos domésticos paulistano. Dependendo da cara do cliente, sai entre U$ 2 e U$ 4. Sabem falar, em inglês capenga, os números e shoe shine (engraxate).

Eles moram em favelas nas proximidades dos terminais aeroviários e nunca entraram em um avião.

Programas
A mendicância deixou de ser infração penal em 2009. Em nota, a PM confirma saber da existência desses pedintes, mas afirma que o tema não é o foco de sua alçada, que é o patrulhamento preventivo. Porém, a corporação destaca que instrui seus homens a encaminhar pessoas em situação de risco para o Conselho Tutelar, Secretaria de Assistência Social e hospitais.

O texto ainda diz que a corporação faz parcerias com os governos municipais e desenvolve ações para auxiliar o acolhimento de moradores de ruas em albergues. A PM pede que as situações de "degradação da vida humana" sejam comunicadas pelo telefone de emergência 190.

A Infraero, que também se manifestou por nota, também conta ter programas sociais. Desde 2001, há em Guarulhos o projeto de inclusão social Afinando o Futuro com Arte, voltada para jovens entre seis e 17 anos de favelas no entorno do aeroporto. Atualmente, 110 jovens são atendidos. Eles participam de uma orquestra e contam com oficinas de capacitação profissional e reforço escolar.

Em Congonhas, desde 2002, há o Hangar do Aprendiz, também voltado para pessoas carentes no entorno do aeroporto, com aulas de informática e curso preparatório de formação profissional.

- O compromisso da Infraero é buscar diminuir as distâncias entre a excelência tecnológica dos aeroportos brasileiros e as comunidades carentes que vivem no entorno aeroportuário.

R7

Meu filho, você não merece nada


A crença de que a felicidade é um direito tem tornado despreparada a geração mais preparada

Ao conviver com os bem mais jovens, com aqueles que se tornaram adultos há pouco e com aqueles que estão tateando para virar gente grande, percebo que estamos diante da geração mais preparada – e, ao mesmo tempo, da mais despreparada. Preparada do ponto de vista das habilidades, despreparada porque não sabe lidar com frustrações. Preparada porque é capaz de usar as ferramentas da tecnologia, despreparada porque despreza o esforço. Preparada porque conhece o mundo em viagens protegidas, despreparada porque desconhece a fragilidade da matéria da vida. E por tudo isso sofre, sofre muito, porque foi ensinada a acreditar que nasceu com o patrimônio da felicidade. E não foi ensinada a criar a partir da dor.

Há uma geração de classe média que estudou em bons colégios, é fluente em outras línguas, viajou para o exterior e teve acesso à cultura e à tecnologia. Uma geração que teve muito mais do que seus pais. Ao mesmo tempo, cresceu com a ilusão de que a vida é fácil. Ou que já nascem prontos – bastaria apenas que o mundo reconhecesse a sua genialidade.

Tenho me deparado com jovens que esperam ter no mercado de trabalho uma continuação de suas casas – onde o chefe seria um pai ou uma mãe complacente, que tudo concede. Foram ensinados a pensar que merecem, seja lá o que for que queiram. E quando isso não acontece – porque obviamente não acontece – sentem-se traídos, revoltam-se com a “injustiça” e boa parte se emburra e desiste.

Como esses estreantes na vida adulta foram crianças e adolescentes que ganharam tudo, sem ter de lutar por quase nada de relevante, desconhecem que a vida é construção – e para conquistar um espaço no mundo é preciso ralar muito. Com ética e honestidade – e não a cotoveladas ou aos gritos. Como seus pais não conseguiram dizer, é o mundo que anuncia a eles uma nova não lá muito animadora: viver é para os insistentes.

Por que boa parte dessa nova geração é assim? Penso que este é um questionamento importante para quem está educando uma criança ou um adolescente hoje. Nossa época tem sido marcada pela ilusão de que a felicidade é uma espécie de direito. E tenho testemunhado a angústia de muitos pais para garantir que os filhos sejam “felizes”. Pais que fazem malabarismos para dar tudo aos filhos e protegê-los de todos os perrengues – sem esperar nenhuma responsabilização nem reciprocidade.

É como se os filhos nascessem e imediatamente os pais já se tornassem devedores. Para estes, frustrar os filhos é sinônimo de fracasso pessoal. Mas é possível uma vida sem frustrações? Não é importante que os filhos compreendam como parte do processo educativo duas premissas básicas do viver, a frustração e o esforço? Ou a falta e a busca, duas faces de um mesmo movimento? Existe alguém que viva sem se confrontar dia após dia com os limites tanto de sua condição humana como de suas capacidades individuais?

Nossa classe média parece desprezar o esforço. Prefere a genialidade. O valor está no dom, naquilo que já nasce pronto. Dizer que “fulano é esforçado” é quase uma ofensa. Ter de dar duro para conquistar algo parece já vir assinalado com o carimbo de perdedor. Bacana é o cara que não estudou, passou a noite na balada e foi aprovado no vestibular de Medicina. Este atesta a excelência dos genes de seus pais. Esforçar-se é, no máximo, coisa para os filhos da classe C, que ainda precisam assegurar seu lugar no país.

Da mesma forma que supostamente seria possível construir um lugar sem esforço, existe a crença não menos fantasiosa de que é possível viver sem sofrer. De que as dores inerentes a toda vida são uma anomalia e, como percebo em muitos jovens, uma espécie de traição ao futuro que deveria estar garantido. Pais e filhos têm pagado caro pela crença de que a felicidade é um direito. E a frustração um fracasso. Talvez aí esteja uma pista para compreender a geração do “eu mereço”.

Basta andar por esse mundo para testemunhar o rosto de espanto e de mágoa de jovens ao descobrir que a vida não é como os pais tinham lhes prometido. Expressão que logo muda para o emburramento. E o pior é que sofrem terrivelmente. Porque possuem muitas habilidades e ferramentas, mas não têm o menor preparo para lidar com a dor e as decepções. Nem imaginam que viver é também ter de aceitar limitações – e que ninguém, por mais brilhante que seja, consegue tudo o que quer.

A questão, como poderia formular o filósofo Garrincha, é: “Estes pais e estes filhos combinaram com a vida que seria fácil”? É no passar dos dias que a conta não fecha e o projeto construído sobre fumaça desaparece deixando nenhum chão. Ninguém descobre que viver é complicado quando cresce ou deveria crescer – este momento é apenas quando a condição humana, frágil e falha, começa a se explicitar no confronto com os muros da realidade. Desde sempre sofremos. E mais vamos sofrer se não temos espaço nem mesmo para falar da tristeza e da confusão.

Me parece que é isso que tem acontecido em muitas famílias por aí: se a felicidade é um imperativo, o item principal do pacote completo que os pais supostamente teriam de garantir aos filhos para serem considerados bem sucedidos, como falar de dor, de medo e da sensação de se sentir desencaixado? Não há espaço para nada que seja da vida, que pertença aos espasmos de crescer duvidando de seu lugar no mundo, porque isso seria um reconhecimento da falência do projeto familiar construído sobre a ilusão da felicidade e da completude.

Quando o que não pode ser dito vira sintoma – já que ninguém está disposto a escutar, porque escutar significaria rever escolhas e reconhecer equívocos – o mais fácil é calar. E não por acaso se cala com medicamentos e cada vez mais cedo o desconforto de crianças que não se comportam segundo o manual. Assim, a família pode tocar o cotidiano sem que ninguém precise olhar de verdade para ninguém dentro de casa.
Se os filhos têm o direito de ser felizes simplesmente porque existem – e aos pais caberia garantir esse direito – que tipo de relação pais e filhos podem ter? Como seria possível estabelecer um vínculo genuíno se o sofrimento, o medo e as dúvidas estão previamente fora dele? Se a relação está construída sobre uma ilusão, só é possível fingir.

Aos filhos cabe fingir felicidade – e, como não conseguem, passam a exigir cada vez mais de tudo, especialmente coisas materiais, já que estas são as mais fáceis de alcançar – e aos pais cabe fingir ter a possibilidade de garantir a felicidade, o que sabem intimamente que é uma mentira porque a sentem na própria pele dia após dia. É pelos objetos de consumo que a novela familiar tem se desenrolado, onde os pais fazem de conta que dão o que ninguém pode dar, e os filhos simulam receber o que só eles podem buscar. E por isso logo é preciso criar uma nova demanda para manter o jogo funcionando.

O resultado disso é pais e filhos angustiados, que vão conviver uma vida inteira, mas se desconhecem. E, portanto, estão perdendo uma grande chance. Todos sofrem muito nesse teatro de desencontros anunciados. E mais sofrem porque precisam fingir que existe uma vida em que se pode tudo. E acreditar que se pode tudo é o atalho mais rápido para alcançar não a frustração que move, mas aquela que paralisa.

Quando converso com esses jovens no parapeito da vida adulta, com suas imensas possibilidades e riscos tão grandiosos quanto, percebo que precisam muito de realidade. Com tudo o que a realidade é. Sim, assumir a narrativa da própria vida é para quem tem coragem. Não é complicado porque você vai ter competidores com habilidades iguais ou superiores a sua, mas porque se tornar aquilo que se é, buscar a própria voz, é escolher um percurso pontilhado de desvios e sem nenhuma certeza de chegada. É viver com dúvidas e ter de responder pelas próprias escolhas. Mas é nesse movimento que a gente vira gente grande.

Seria muito bacana que os pais de hoje entendessem que tão importante quanto uma boa escola ou um curso de línguas ou um Ipad é dizer de vez em quando: “Te vira, meu filho. Você sempre poderá contar comigo, mas essa briga é tua”. Assim como sentar para jantar e falar da vida como ela é: “Olha, meu dia foi difícil” ou “Estou com dúvidas, estou com medo, estou confuso” ou “Não sei o que fazer, mas estou tentando descobrir”. Porque fingir que está tudo bem e que tudo pode significa dizer ao seu filho que você não confia nele nem o respeita, já que o trata como um imbecil, incapaz de compreender a matéria da existência. É tão ruim quanto ligar a TV em volume alto o suficiente para que nada que ameace o frágil equilíbrio doméstico possa ser dito.

Agora, se os pais mentiram que a felicidade é um direito e seu filho merece tudo simplesmente por existir, paciência. De nada vai adiantar choramingar ou emburrar ao descobrir que vai ter de conquistar seu espaço no mundo sem nenhuma garantia. O melhor a fazer é ter a coragem de escolher. Seja a escolha de lutar pelo seu desejo – ou para descobri-lo –, seja a de abrir mão dele. E não culpar ninguém porque eventualmente não deu certo, porque com certeza vai dar errado muitas vezes. Ou transferir para o outro a responsabilidade pela sua desistência.

Crescer é compreender que o fato de a vida ser falta não a torna menor. Sim, a vida é insuficiente. Mas é o que temos. E é melhor não perder tempo se sentindo injustiçado porque um dia ela acaba.

ELIANE BRUM
Jornalista, escritora e documentarista. Ganhou mais de 40 prêmios nacionais e internacionais de reportagem. É autora de Coluna Prestes – O Avesso da Lenda (Artes e Ofícios), A Vida Que Ninguém Vê (Arquipélago Editorial, Prêmio Jabuti 2007) e O Olho da Rua (Globo).

Época

Secretaria apreende 44 adultos e três menores no Morro do Cajueiro



Rio - Agentes da Secretaria Municipal de Assistência Social (SMAS) realizaram na manhã desta sexta-feira a 21ª operação para recolhimento de usuários de crack. O Morro do Cajueiro, em Madureira, e adjacências mais uma vez foi o principal alvo. No total, 33 adultos e quatro menores foram recolhidos. Eles estão passando por uma triagem no 9º BPM (Rocha Miranda).

Cerca de 20 policiais do 9º BPM, com apoio de um veículo blindado, ocuparam pontos estratégicos do morro para a atuação dos agentes. Não houve confronto. No local conhecido como Largo do Sossego, principal ponto de concentração de usuários de crack, policiais civis encontraram pequena quantidade de drogas escondida entre tijolos. Ninguém foi encontrado.

Já na Rua Leopoldina de Oliveira, 114, uma das vias mais movimentadas num dos acessos ao Cajueiro, um casal de 23 anos foi recolhido em uma casa abandonada. As condições de higiene do local impressionaram policiais e agentes. Foram encontrados restos de comida, fezes, colchões abandonados e muita sujeira e escombros. O local seria usado por vários usuários durante a madrugada.

Além dos PMs, 12 policiais da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) e 30 agentes da SMAS participaram da operação.

O DIA ONLINE

Faltam doadores de coração em São Paulo


O Hospital das Clínicas, em São Paulo, sofre com a falta de doadores de coração para transplantes. Por causa desta deficiência, apenas 30% dos pacientes na fila de espera conseguem receber o órgão.

Nos últimos 20 anos, somente cem crianças receberam um transplante de coração no Hospital das Clínicas. Para receber um coração, o paciente precisa ter, além da compatibilidade de sangue, também um limite de peso, de até três vezes o do doador.

Números de violência contra idosos são alarmantes no Rio de Janeiro


Delegacia Especial ao Idoso registra uma média de 120 casos por mês

A Delegacia Especial de Atendimento à Pessoa da 3ª Idade, em Copacabana, registra uma média de 120 casos de violência contra idosos por mês. A lista de ocorrências policiais em que as pessoas com mais de 60 anos são vítimas é extensa.

Segundo dados da Secretaria Municipal do Idoso, os maus tratos começam a partir da negligência, com 24% dos casos. Na sequência são os casos de abandono, com 19% e agressão física, com 16%. Os números mostram ainda que 71% das vítimas são mulheres e 70% dos agressores são os próprios filhos.

De acordo com a delegada Catarina Doble, uma vez noticiado o crime, a polícia irá apurar o delito.

- Se o crime for de menor potencial ofensivo, o caso segue para o juizado especial criminal, caso contrário, será instaurado o inquérito policial.

R7

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Pedofilia no Brasil


A pedofilia é um desvio de personalidade de um individuo colocando em evidência suas preferências sexuais, mas fazendo parte de um grupo chamado de parafilia. O pedófilo pode ser adolescente e pessoas com idade superior de 16 anos, e suas preferências são crianças menores de 13 anos.
O perfil do pedófilo sempre está relacionado há pessoas ligadas as próprias crianças (parentes ou não). E cada vez mais aumento o índice de pedófilos principalmente no Brasil onde existe uma rigorosa investigação sobre o fato. De acordo com pesquisas a pedofilia aumentou através de sites de relacionamentos que são acessíveis na internet sem qualquer meio de proibição, onde essas pessoas aproveitam para trocar com outras pessoas vídeos de sexo com as crianças vitimas do abuso dessas pessoas e também pessoas estrangeiras que estão em contatos com aliciadores de menores aqui no Brasil e que saem de seus países para vir até aqui para abusar das nossas crianças.
Rastreamentos feitos pela polícia mostram que jovens de classe média com idade entre 17 e 24 anos são considerados os principais produtores de imagens de crianças violentadas. Suas vítimas, na grande maioria dos casos, são menores de sua própria família. Os compradores dessa produção tem um perfil diferente. Normalmente são solteiros, tem pouco mais de 40 anos e costumam ser profissionais liberais. A pedofilia na internet é alimentada de formas variadas. De um lado estão as pessoas que produzem, vendem ou disponibilizam gratuitamente as imagens de sexo envolvendo criança, e do outro estão aqueles internautas que consomem esse material.
Um aspecto assustador hoje são as associações ativistas “pró-pedofilia” que argumentam que a pedofilia não é uma doença, mas uma orientação sexual e que a sociedade deve reconhecer e legitimar isso. Esses ativistas defendem intransigentemente os intercursos sexuais entre adultos e crianças.
De acordo com a Associação Italiana para a Defesa da Infância, o Brasil ocupa o quarto lugar no ranking mundial de sites dedicados à pornografia infantil (a entidade trabalha com informações do FBI, a polícia federal americana). Matéria publicada na revista “Isto É”, em março de 2006, mostra que no ano 2000 o mercado mafioso da pedofilia movimentou 5 bilhões de dólares em todo o mundo. Em 2005 a estimativa é que esse mercado tenha movimentado 10 bilhões de dólares, ou seja, dobrou em apenas 5 anos. Nesses 10 bilhões estão embutidos a venda de fotografias e vídeos que mostram crianças sendo abusadas e fazendo sexo com adultos e até com animais.
Código Penal Brasileiro sofreu algumas alterações junto com ECA(Estatuto da Criança e do Adolescente) com as leis nº 11.829/08 e 12.015/09 trazendo maior clareza no âmbito de punibilidade há todos que praticam e divulgam materiais do abuso contra esses menores.
"A internet revolucionou a vida das pessoas e transformou a forma de propagação do conhecimento como era tratado anteriormente, de maneira convencional, não se podendo conceber, hoje, trabalhar nas mais diversas áreas sem a utilização da "internet".
Junto com os avanços trazidos pela internet, surgem formas de propagar desvios de conduta e prática de crimes, como a PEDOFILIA, com a mesma facilidade registrada no caso dos avanços lícitos.
Infelizmente, o que se registra, é o avanço e "aprimoramento" de meios e facilidades trazidos pela internet, para atender a lascívia de adultos criminosos, portadores de desvios de conduta e patologias, que utilizam-se inescrupulosamente de crianças e adolescentes, em situações que nem sempre são plenamente protegidas pela legislação.
A agilidade e privacidade proporcionada pela internet são fatores que dificultam o enfrentamento da questão, não sendo possível deixar de considerar, o imenso paradoxo que se registra ao confrontar a velocidade com que se propagam os conhecimentos através da rede da internet e a tradicional lentidão da justiça causada em grande parte pela lerdeza das leis processuais que engessam a condução vigorosa e eficaz do processo legal.
O Ministério Público, adequando-se a esta nova realidade, discute e mobiliza-se em âmbito Nacional, buscando formas de enfrentamento eficaz deste novo desafio.
As recentes conquistas do Ministério Público Federal em embates travados contra o GOOGLE e o ORKUT, confirmam que nenhuma empresa instalada no território nacional está acima da Lei, e estabelece um precedente de grande valor no combate aos crimes sexuais contra crianças na internet.
Neste contexto, a mobilização da sociedade, assume vital importância na busca de alternativas legais mais abrangentes, ágeis e rigorosas.
O País que estamos construindo, depende da forma como tratamos nossas crianças, e estas, dependem da vontade dos adultos que na maioria esmagadora das vezes, é o seu algoz e viola seus direitos fundamentais, seja no silêncio do lar ou nas estruturas públicas insuficientes, ou ineficazes.
A responsabilidade pela construção de uma sociedade sadia e que respeita sua infância, depende dos valores e do poder de luta de seu povo". (Ariadne de Fátima Cantú da Silva Promotora de Justiça )
A esperança de um futuro melhor vem e prevalece no sorriso e na inocência de uma criança, e ninguém tem o direito de apagar isso dela. Para combater esse ato de crueldade contra nossa crianças, basta que todos declarem uma luta diária contra essas pessoas que alguns chamam de doentes. Salientando que os maiores combatentes da pedofilia são os senadores Romeu Tuma e o Magno Malta, cujo estão fazendo um trabalho maravilhoso investigando e denunciando todos os pedófilos no Brasil. Familiares devem perder o medo, pessoas começarem a denunciar, só assim podemos mudar esses números que realmente é assustador no país que mais fala do futuro das crianças. Será que zelar pela dignidade do futuro, é algo tão difícil para nosso lideres?

Artigo escrito por:
Sabrina Gabriela Nicolau Barzagli
Estudante do Curso de Direito da UNIFEOB
SJBV-SP

Menina britânica Madeleine McCann pode ter sido encontrada na Índia

Imagem retirada do site do tablóide britânico The Sun mostra foto de arquivo da menina Madeleine McCann. Segundo o jornal, a garota encontrada na Índia se encaixa nas descrições de Madeleine, inclusive por um detalhe no olho esquerdo

Polícia recolheu amostras de DNA de criança após turistas abordarem casal suspeito
Policiais recolheram amostras de DNA de uma garota que se encaixa na descrição da menina britânica Madeleine McCann, desaparecida em 2007 de um hotel em Portugal, após um trio de turistas ter suspeitado de um casal que levava a menina em uma cidade no norte da Índia.

Segundo os jornais britânicos The Sun e The Mirror, a garota foi vista em um mercado na cidade de Leh por turistas britânicos e americanos que, de tão convencidos de que se tratava de Madeleine, tentaram tomá-la de uma mulher francesa e um belga que insistiam serem os pais da menina.

A polícia foi chamada e, além de recolher amostras de DNA da garota, também confiscou os passaportes do casal até que sejam divulgados os resultados dos exames.

A análise de DNA será realizada por uma equipe de detetives particulares contratados pelos pais de Madeleine, os britânicos Kate e Gerry McCann, informou o porta-voz da família, Clarence Mitchell.

Segundo o porta-voz da polícia de Leh, “tudo depende das evidências do DNA”. Ele acrescentou que a polícia britânica já tem conhecimento do caso.

Entenda o sumiço de Madelaine
Madeleine McCann desapareceu em 2007, poucos dias antes de seu aniversário de 4 anos, quando dormia no quarto de um hotel de Praia da Luz, onde a família passava férias em Portugal.

Naquela noite, os pais colocaram a menina para dormir junto de seus irmãos, antes de sair para um jantar com amigos a apenas 120 m do quarto.

Kate e Gerry McCann estão convencidos de que a filha foi sequestrada, mas ela nunca foi encontrada.

Depois de 14 meses de uma investigação controversa, Justiça portuguesa declarou o caso encerrado, enquanto a polícia britânica decidiu reabrir o caso em março deste ano.

R7

Quem é o responsável pela fome crônica na Somália?


A ONU declarou recentemente que a Somália está em estado de crise de fome e que dezenas de milhares de pessoas morreram de causas relacionadas à desnutrição no país.

Mas quem tem responsabilidade pela situação somali?

No país e no vizinho Quênia, de onde parte a ajuda humanitária, a maioria dos envolvidos no auxílio ao Chifre da África estão ocupados demais para perder tempo apontando culpados. Mas, ao mesmo tempo, muitos fazem críticas veladas.

O repórter da BBC Andrew Harding fez uma lista de dez aparentes responsáveis pela situação somali, a partir de conversas com especialistas, diplomatas, autoridades somalis, agentes humanitários internacionais e algumas das próprias vítimas da fome.

A lista não inclui um agente óbvio, diz Harding: a seca, a pior dos últimos 60 anos na região.

1) Estados Unidos

O interesse americano pelos EUA é vinculado à “guerra ao terror”, à pirataria e a petróleo, segundo críticos.

Washington não quer nem pensar na possibilidade de dinheiro de ajuda humanitária ir parar nas mãos da milícia islâmica Al-Shabab, que controla grandes partes da Somália e tem elos com a Al-Qaeda.

Isso resulta em uma atitude por vezes ambivalente na ajuda à Somália, que paralisa diversos programas humanitários cruciais.

2) O Programa Mundial de Alimentos (WFP), da ONU

É a única organização com capacidade real de acabar com a fome, mas, por conta de sua forte dependência do financiamento americano – e por motivos políticos –, o WFP tem tido dificuldade em obter garantias para acessar territórios do Al-Shabab.

Para ser justo, o problema é mais complexo do que isso: o WFP teve muitos de seus funcionários mortos na Somália, o que lhe dá um motivo a mais para ser cauteloso.

E, dado seu tamanho, o programa tem dificuldade em trabalhar discretamente, como fazem outras agências da ONU. Ao mesmo tempo, a liderança do WFP, segundo se queixam alguns, tende a um estilo de “diplomacia do megafone” que nem sempre lhe rende amigos.

3) O governo transitório federal da Somália

Conhecido pela sigla TFG, o governo interino, apoiado pelo Ocidente, é tão fraco, marginalizado e ausente da maioria dos territórios, que o papel mais importante que pode desempenhar é o de não atrapalhar as pessoas famintas.

Mas o TFG também simboliza, para alguns, a falência global de tentar construir um Estado na Somália e pode até ter ajudado a prolongar o conflito no país.

“Fale com as comunidades locais”, diz um observador da Somália, em um conselho ao Ocidente. “Não adianta comprar um governo só para ter um premiê com quem conversar.”

4) O Al-Shabab

Bem, lembremos que o Al-Shabab é uma organização “guarda-chuva”, e não coesa. Eles mataram agentes humanitários e bloquearam o acesso da ajuda internacional. O que mais pode ser dito?

Algumas agências humanitárias aprenderam a ignorar os porta-vozes da milícia e a se concentrar em conquistar a confiança de líderes comunitários locais.

Para alguns na Somália, a crise de fome em curso atualmente pode servir de gatilho para uma revolta popular contra o Al-Shabab. Há sinais de que isso esteja ocorrendo, mas em escala limitada.

5) A expressão "crise de fome"

Ou seja, o hábito coletivo global de apenas encontrar o sentido de urgência e o dinheiro para agir quando já é tarde demais.

Se a comunidade internacional gastasse mais dinheiro e esforços em programas de longo prazo que criassem estruturas comunitárias, a crise de fome não teria ocorrido.

6) A imprensa

A ONU produz uma montanha de documentos sobre crises, mas os políticos só decidem agir quando o assunto chega ao noticiário. A pergunta é: por que a crise de fome na Somália demorou tanto para chegar ao noticiário?

7) O Quênia

O país vizinho fez pouquíssimos investimentos em infraestrutura e educação nas comunidades mais pobres, que não puderam se preparar quando chegou a seca.

8) O resto do mundo

A maior parte da África olha com indiferença para a crise, bem como o Oriente Médio e muitos outros países. Será isso uma resposta às falhas e à falência dos esforços humanitários na Somália nos últimos 20 anos? Ou má-vontade?

9) As mudanças climáticas

Todos compartilhamos a responsabilidade pelo fato de que – caso a ciência esteja correta – as secas se tornarão mais e mais comuns com as mudanças climáticas. Ao mesmo tempo, é possível mitigar os efeitos dessas secas.

10) O crescimento populacional

É um fator crucial. Em áreas ao norte do Quênia (que faz fronteira a leste com a Somália), a população dobrou na última década, segundo relatos.

“O dobro de pessoas, mas a mesma quantidade de cabeças de gado. Isso é insustentável”, disse à BBC um especialista em agricultura da ONU. A solução é fazer com que a explosão demográfica ocorra em áreas sustentáveis, e não, por exemplo, em Dadaab, maior campo de refugiados do mundo, que abriga no Quênia pessoas que escapam da pobreza somali.

Segundo a organização Médicos Sem Fronteiras, o campo - criado há 20 anos para receber quase 90 mil pessoas que fugiam da violência da guerra civil na Somália - abriga hoje mais de 350 mil pessoas, número que não para de crescer.

BBC Brasil

Caso Bruno: juíza é afastada por tribunal de Minas


BELO HORIZONTE - A Corte Superior do Tribunal de Justiça de Minas Gerais afastou liminarmente, na quarta-feira, a juíza Maria José Starling, suspeita de intermediar uma negociação de venda de habeas corpus para a liberação do ex-goleiro do Flamengo Bruno Fernandes. O plano teria sido desfeito quando pessoas ligadas a Bruno perceberam que não havia garantia de sucesso. O atleta está preso desde o ano passado na Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem (MG), acusado de envolvimento no desaparecimento e na morte da ex-namorada Eliza Samudio.

Por 23 votos a dois, a magistrada foi afastada por causa de um processo contra ela que já havia sido arquivado pela Corregedoria do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, mas que foi reapresentado recentemente pelo deputado estadual Durval Angelo (PT). O parlamentar atribui o afastamento não ao processo em si, mas a outros fatos relacionados à postura da juíza. Maria José foi oficialmente afastada por ter dado entrevistas criticando decisões do desembargador Fernando Starling. No entanto, escutas telefônicas feitas com autorização da Justiça flagraram a relação de intimidade da magistrada com Ingrid Calheiros, noiva de Bruno.

No último mês, Ingrid veio a público denunciar que um advogado contratado pela juíza teria cobrado R$ 1,5 milhão para garantir a liberação do ex-atleta. Um contrato de prestação de serviço teria sido assinado para concluir o negócio, mas teria sido cancelado quando o advogado resolveu cobrar o dinheiro antes da libertação do ex-goleiro.

O Ministério Público determinou a investigação do episódio e confirmou a relação de proximidade entre Ingrid e a juíza. Por meio de seu advogado, Maria José sempre negou ligação com Ingrid. No entanto, na gravação de um telefonema da juíza para a noiva de Bruno, a magistrada sugere que Ingrid contrate o advogado de sua confiança, dá outros conselhos e pede uma camisa do ex-goleiro.

Embora fosse juíza da comarca de Esmeraldas e não de Contagem, onde corre o processo contra Bruno, a juíza era suspeita de agir para obter habeas corpus para ele. Além de ser afastada, responderá a processo criminal, aberto a pedido da Corte Superior do TJ. O GLOBO telefonou para Maria José, mas ela não atendeu as ligações.

Extra Online

Depoimento de criança comprova crime de estupro


A 7ª Câmara Criminal do TJRS condenou um homem pelo estupro de uma menina de 10 anos, ocorrido nos arredores da Usina do Gasômetro, em Porto Alegre. Como esse tipo de crime geralmente ocorre às escondidas, o depoimento da criança serviu como prova para a condenação do réu.

Em 1º Grau, foi fixada pena de 9 anos de reclusão. A decisão foi confirmada pelo TJRS.

Caso
A vítima narrou que no dia dos fatos foi abordada pelo réu ao sair do banheiro existente no Terminal Parobé, no Centro da Capital. Nesse momento, ele lhe ofereceu algo para comer e loló. Logo após, conduziu a menina até as proximidades da Usina do Gasômetro onde, com o emprego de uma faca, forçou-a a manter relação sexual com ele.

A mãe da vítima confirmou o que sua filha relatou, acrescentando que no dia do fato, ela havia fugido para o Centro com uma amiga que se prostituía, tudo sem seu conhecimento. Ressaltou que em virtude da violência e gravidade das lesões, a menina teve que se submeter a procedimento cirúrgico, necessitando permanecer internada por uma semana no hospital. O exame de corpo de delito foi realizado na vítima, comprovando os fatos.

Sentença
Denunciado por estupro, o réu foi condenado a 9 anos de reclusão, em regime inicialmente fechado.

A sentença foi proferida pelo Juiz de Direito Carlos Francisco Gross, da 9ª Vara Criminal do Foro Central de POA. Nos casos de crimes contra a honra, considerando-se a natureza, geralmente praticado na clandestinidade e sem testemunhas presenciais, é entendimento pacífico que o depoimento da vítima é de grande valor probatório, tendo força para ensejar um juízo condenatório quando os fatos são narrados com riqueza de detalhes e coerência, o que foi observado nos relatos da vítima, afirmou o magistrado.

Houve recurso da sentença por parte da defesa do réu.

Apelação
Em segunda instância, o recurso foi julgado pela 7ª Câmara Criminal do TJRS. O Desembargador relator do recurso, Sylvio Baptista Neto, negou provimento ao apelo do réu.

Na decisão, o magistrado afirma que nos crimes contra os costumes, cometidos às escondidas, a palavra da vítima assume especial relevo, pois, em regra, é a única. O fato de a vítima ser uma criança não impede o reconhecimento do valor de seu depoimento. Se suas palavras se mostram consistentes, despidas de senões, servem elas como prova bastante para a condenação do agente. Foi o que aconteceu neste caso, explica o Desembargador.

Foi mantida a condenação de 9 anos de reclusão, em regime inicialmente fechado.

Participaram do julgamento, além do Desembargador relator, os Desembargadores José Conrado Kurtz de Souza e Naele Ochoa Piazzeta.

Apelação Crime nº 70042072371

Fonte: Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul

Revista Jus Vigilantibus

Conselho quer que bebê deixado em lixeira seja adotado no hospital


Segundo o Conselho Tutelar, já há interessados na adoção.
Mulher que disse ter encontrado bebê no lixo confessou ser a mãe.


O Conselho Tutelar de Botucatu, no interior de São Paulo, espera que o recém-nascido deixado em uma lixeira com o cordão umbilical seja adotado ainda no hospital. A mulher que afirmou ter encontrado a criança nesta quarta-feira (27) confessou à polícia ser a mãe do bebê, que seguia internado na manhã desta quinta (28) sem previsão de alta.

A cuidadora de idosos Jocelene Veloso Schott, de 33 anos, foi ouvida na Delegacia da Mulher e contou à polícia que fingiu não ser a mãe da criança porque não teria condições financeiras de cuidar dela. A mulher disse que vai encaminhar o recém-nascido para a adoção. Já há pessoas interessadas em ficar com o bebê – inclusive enfermeiras do hospital onde ele está internado.

A criança é um menino e recebeu dos enfermeiros o nome de João Pedro. Ele foi levado pelos policiais militares para um pronto-socorro. Jocelene acionou a polícia dizendo ter encontrado o bebê no lixo e, inclusive, conversou com a equipe de reportagem da TV Tem, afiliada da TV Globo, contando detalhes sobre o ocorrido. A criança foi levada para o pronto-socorro ainda com o cordão umbilical.

Antes de confessar ser a mãe, ela contou que encontrou o menino por volta da 1h em uma lixeira. Ela disse que ouviu um barulho, foi até a calçada e viu que algo se mexia. Ela afirmou ainda que levou o bebê para dentro de casa e chamou a polícia.

O recém-nascido é o quarto filho de Jocelene. Segundo a polícia, ela contou que fez o parto sozinha, dentro de casa. A mulher vai responder a processo criminal por falsa comunicação de crime. A pena pode chegar a seis meses de prisão.

G1

OMS declara 28 de julho como Dia Mundial contra Hepatite


A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou 28 de julho como o Dia Mundial contra a Hepatite, em homenagem à data de nascimento do prêmio Nobel de Medicina de 1976, Baruch Blumberg, quem descobriu o vírus que causava a hepatite B e desenvolveu a primeira vacina contra esta doença. A finalidade desta data será conscientizar à população que a hepatite virótica é um problema de saúde pública de alcance mundial, já que é uma das doenças infecciosas mais frequentes.
Seus variantes B e C afetam a mais de 520 milhões de pessoas no mundo todo. O técnico da OMS sobre hepatite, Steven Wiersma, assinalou hoje em Genebra que a maioria destas pessoas ignoram que padecem a infecção, por isso que se expõem à possibilidade de contrair uma doença hepática, assim como de transmitir a infecção a outros.
Segundo dados da OMS, cerca de um milhão de falecimentos se atribuem cada ano à hepatite, e os vírus da hepatite B (VHB) e C (VHC) são a causa principal do 78% dos casos de câncer de fígado no mundo. Quase um de cada três habitantes do planeta – cerca de 2 bilhões de pessoas – está infectado pelo vírus da hepatite B e um de cada doze, mais de 520 milhões de pessoas, padecem uma infecção crônica por VHB e VHC.
Wiersma lembrou a importância da prevenção, já que existem vacinas seguras e eficazes contra as infecções VHA e VHB, assim como a possibilidade de receber um diagnóstico rápido em caso de haver contraído hepatite para começar um tratamento o mais rápido possível. Calcula-se que já recebem tratamento entre 20% e 30% das pessoas infectadas pelo VHB, que se transmite pela exposição a sangue, sêmen e outros fluidos corporais infectados e que pode derivar em câncer de fígado se não se trata a tempo.
No entanto, não existe nenhuma vacina que previna contra a infecção pelo variante C (VHC), que se transmite quase sempre por exposição a sangue contaminada / poluída, o que pode suceder em casos de transfusões de sangue ou pelo uso de seringazinhas infectadas. A transmissão sexual do VHC também é possível, mas é menos comum.
Devido à importância da prevenção, a OMS está preparando uma plano de trabalho integral sobre a hepatite para todos os Estados-membros, que inclui o estabelecimento de planos de vacinas e facilidades para dispor de sangue de qualidade para transfusões e de seringazinhas limpas. A OMS precisou que se conseguiram avanços neste sentido, já que em 2009 o 91% dos estados incluíam a vacina contra a hepatite B nos programas de imunização infantil.
Além disso, mais do 70% dos lactantes receberam três dose dessa vacina, o que lhes confere proteção de por vida contra o vírus.

Fonte: Terra.com

OSAF

Idosa se irrita com cachorro e enterra o animal vivo em SC


Animal foi socorrido por policial após ficar embaixo da terra por dez horas

Um cachorro foi enterrado vivo em um quintal no bairro de Valparaíso, em Blumenau, Santa Catarina. A idosa dona do cão disse que ficou nervosa com o animal e resolveu matá-lo.

O cão foi socorrido por um soldado da Polícia Militar após ficar dez horas embaixo da terra. O animal estava em estado de choque e não conseguia respirar.

A cadela foi levada a uma clínica veterinária e deverá ficar em recuperação em uma ONG (Organização Não Governamental) de proteção aos animais.

A idosa foi denunciada pela filha e uma vizinha. Ela foi levada à delegacia e deve responder pelo crime de maus-tratos contra animais em liberdade.

R7

Crack ajuda a elevar estatísticas de homicídio no país


BELO HORIZONTE - O consumo do crack já provoca uma epidemia de homicídios no país, que vitima principalmente jovens de 15 a 24 anos e é um dos principais fatores do aumento da violência, especialmente no Nordeste. Luiz Flávio Sapori, professor da PUC Minas e um dos principais estudiosos do tema no Brasil, em dois anos de análise conseguiu constatar claramente este fenômeno nos dados de violência em Belo Horizonte, capital mineira.

- A fatia mais considerável da violência nas principais cidades brasileiras está relacionada à introdução do crack. Em especial no Nordeste, onde estão as capitais que tiveram o maior aumento de homicídios - afirma o pesquisador, que classifica o crack como a droga mais danosa da sociedade atual e critica a falta de medidas concretas de atenção ao problema por parte do governo federal.

Em Pernambuco, o crack já se alastrou por todas as cidades do estado . Ao lançar no ano passado o Plano de Ações Sociais Integradas de Enfrentamento ao Crack, o governador Eduardo Campos afirmou que 80% dos homicídios no estado tinham vinculação com o tráfico de drogas e que a grande maioria estava ligada ao crack.

Em Minas, Sapori conseguiu estabelecer esta relação entre o crack e o aumento da violência a partir de uma amostragem aleatória de inquéritos da Polícia Civil. Nos anos anteriores à inserção da droga na capital mineira, no meio da década de 90, o comércio de drogas era responsável por 8% dos crime contra a vida. A partir de 1997, este percentual cresceu consideravelmente, alcançando 19% dos crimes até 2004, e 33% em 2006.

- O Brasil simplesmente não tem uma política de atendimento ao usuário do crack. O SUS não está preparado tecnicamente para atender à especificidade do dependente de uma droga diferente de todas as outras existentes por aqui - diz o especialista.

Especialista defende internação forçada
Entre as medidas urgentes que ele defende estão a produção de conhecimento sobre o assunto e a quebra de tabus, entre eles a resistência à internação forçada - o que começou a ocorrer no Rio -, fundamental em vários casos, na opinião dele:

- As pessoas têm de saber que é uma droga muito sedutora e prazerosa, mas capaz de criar uma dependência química sem relação com outras drogas. O usuário não pode cair na visão ingênua de que vai conseguir fazer uso controlado do crack, pois a chance disso acontecer é quase nula.

Neste mês o tema se transformou em pauta principal do Instituto Minas pela Paz, organização da sociedade civil mantida por empresas ligadas à Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg). A ONG buscou o apoio do Conselho Estadual de Políticas Sobre Drogas (Conead-MG) e do Tribunal de Justiça para uma campanha para conscientizar sobre o drama. A mobilização levou um grupo de agências de publicidade a produzir todo o material voluntariamente.

Para especialistas, a timidez do apoio do Estado à política de atendimento aos usuários tem de acabar, e o desafio é encontrar um modelo de apoio. Por lei, o SUS não pode financiar a atividade que não do próprio governo, o que obriga o Ministério da Saúde a buscar maneira eficiente de financiamento. Uma das alternativas oferecidas pelo governo é oferecer ajuda na alimentação de dependentes.

- Não queremos que o governo federal dê comida, queremos que banque vagas - afirma o mineiro Aloísio Andrade, à frente do Colegiado de Presidentes de Conselhos Estaduais de Políticas sobre Drogas.

O colegiado propôs criar uma contribuição social de 1% do rótulo de bebidas e tabaco, carimbada para o financiamento de vagas para atendimento ao dependente químico. Mas não conseguiu o apoio do governo federal. O problema se agrava ainda com o crescente consumo de outras drogas devastadoras, como o oxi, ainda mais barata e letal que o crack.

O Globo

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Pesquisa traça perfil de acusado e vítimas de agressão sexual contra crianças e adolescentes


Homem, de 30 a 49 anos, que reside junto com a vítima. Segundo um levantamento feito pelo 2º Juizado da Infância e da Juventude de Porto Alegre (RS), esse é o perfil do acusado de agredir sexualmente crianças e adolescentes. As vítimas, revela o estudo, são majoritariamente do sexo feminino e têm até 13 anos.

O levantamento foi feito a partir a partir de 428 ações criminais recebidas pelo Juizado de 2008 a 2011. Dos acusados, 97% são homens e mais da metade têm de 30 a 49 anos. A cada 100 ocorrências, 42 denunciam agressores que dividem a moradia com a criança ou adolescente. Destes, 21% são padrastos, 17% pais, 17% vizinhos e 8% tios. A denúncia, na maioria das ações analisadas, partiu da mãe da criança, ou de uma iniciativa de pessoas sem relação com a criança e o pai.

Para o juiz José Antonio Daltoé Cezar, do Juizado de Porto Alegre, as agressões ocorrem em quantidade muito maior do que essas 428 ações recebidas. “Estima-se que apenas uma em cada dez violações seja revelada. Isso porque o pai, apesar de agressor, é quem sustenta a casa. Além disso, muitas pessoas não denunciam para não criar um mal estar na família ou no círculo de convivência em que a criança está inserida”.

Apesar da mudança da Lei 12.415/11, que possibilita o estabelecimento pelo juiz de uma pensão alimentícia provisória a partir do afastamento de pais ou responsáveis acusados de maus-tratos, opressão ou abuso sexual, a família de nenhuma destas vítimas recebeu tal benefício nessas condições. “No caso do pai ou responsável agressor, é importantíssimo que a criança receba a pensão. Caso apareça algum réu com condições de pagá-la [a partir do afastamento], o obrigaremos a fazê-lo”, acrescenta Daltoé.

*Com informações da assessoria de imprensa do TJ-RS

prómenino

Advogado pagou estadia de ministro do STF


O advogado criminalista Roberto Podval confirmou que pagou ao ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) José Antonio Dias Toffoli, duas diárias em um hotel cinco estrelas na Itália. As informações são do jornal “O Estado de S. Paulo”.

Anteriormente, o jornal “Folha de S. Paulo” informou que Toffoli faltou a um julgamento no STF para participar do casamento do advogado na ilha de Capri, no sul da Itália. Ele ficou hospedado no Capri Palace Hotel, cujas diárias variam de R$ 1.400 a R$ 13,3 mil.

"Não paguei apenas para ele (Toffoli), mas para outros 200 amigos que convidei. A única coisa que paguei foi o hotel. Todo mundo, não apenas o ministro, teve direito a dois dias de hotel", disse Podval, que declarou que não vê " impedimento legal".

"Não é absurdo convidar alguém que é meu amigo muito antes de virar ministro. Nós nos conhecemos há mais de 20 anos. Obviamente, meus amigos são do meio ao qual pertenço, o mundo jurídico”, disse o advogado ao jornal.

Podval é conhecido por atuar em casos criminais de grande repercussão nacional. Ele foi advogado de defesa de Alexandre Nardoni, condenado em 2010 pela morte da filha Isabella, de apenas cinco anos, em 2008.

(BAND)

Diário do Pará

Sono fragmentado prejudica a memória


Perturbações no sono profundo interferem na consolidação das lembranças

Uma noite de sono com perturbações pode afetar diretamente a capacidade de construir memórias. A conclusão é de uma pesquisa da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, feita em camundongos. Segundo o estudo, quando o sono profundo é fragmentado, devido a perturbações, sua capacidade de consolidar adequadamente uma memória é reduzida.

Durante o levantamento de dados, os pesquisadores usaram uma técnica chamada optogenética (combinação de óptica com genética), onde células específicas são geneticamente modificadas para que possam ser controladas pela luz. Eles se focaram, então, em um tipo de célula do cérebro que desempenha um papel fundamental na mudança entre os estados de dormir e estar acordado.

Os animais foram divididos, então, em dois grupos. Em seguida, foram enviados pulsos de luz diretamente nos cérebros de apenas um dos grupos de camundongos enquanto eles dormiam. Assim, foi possível perturbar o sono, sem afetar o tempo total ou mesmo a qualidade ou a composição do sono. Quando acordaram, todos os animais foram colocados em uma caixa com dois objetos, um dos quais eles já tinham visto antes.

Normalmente, o comportamento do camundongo é de passar mais tempo examinando um objeto novo. O grupo de animais que não teve o sono perturbado perdeu mais tempo com o objeto que não conhecia. Já os demais, que receberam os pulsos de luz, estavam igualmente interessados nos dois objetos. Segundo os pesquisadores, isso sugere que as memórias deles foram afetadas.

“Concluímos que apesar do total de sono ou da sua intensidade, uma unidade mínima de sono sem perturbações é fundamental para a consolidação da memória”, diz Luis de Lecca, coordenador da pesquisa. De acordo com o especialista, o sono perturbado é um problema também visto em pessoas viciadas em álcool e com apneia obstrutiva do sono.

Veja

Ossada humana é encontrada em pacote dos Correios no Ceará


SÃO PAULO - Um pacote despachado pelos Correios, no Rio de Janeiro, para o município de Viçosa do Ceará, no Ceará, continha uma encomenda inusitada: uma ossada humana. Além dos ossos, havia uma ordem de exumação emitida pela Prefeitura do Rio de Janeiro. A Polícia Civil fez contato com o remetente que informou que a ossada era de uma pessoa que morava no Rio de Janeiro, mas cuja família morava no Ceará.
Segundo o remetente contou à polícia, foi a própria família que solicitou que os restos mortais do parente fossem enviados ao Ceará. Sem saber que os Correios não realizam transporte de restos mortais, o amigo da família postou a carga. Como não passou por raio-x no Rio de Janeiro, a encomenda seguiu viagem. Só não chegou ao destino por uma ironia do destino.

O caminhão dos Correios que transportava os restos mortais, além de outras encomendas, foi assaltado no Ceará. Os bandidos levaram vários pacotes, mas deixaram alguns para trás. O veículo foi encontrado e as encomendas largadas pelos ladrões passaram por um equipamento de raio-x. Entre elas, estava o pacote com a ossada.

Segundo a polícia, como foi constatado que o remetente não sabia que os Correios não transportavam restos mortais, o caso não foi tratado como um crime e o homem não será processado.

A ossada foi encaminhada ao Instituto Médico Legal (IML) e a família foi buscar os restos mortais. Segundo a assessoria de comunicação dos Correios, o transporte de restos mortais deve ser sempre realizado por empresas funerárias.

O Globo

Pais de crianças achadas em veleiro respondem por abandono de incapaz


Casal foi levado para delegacia, mas foi liberado após pagar fiança.
À polícia, eles disseram que deixaram os filhos para se encontrar com amigos


Os pais das três crianças holandesas que foram encontradas sozinhas num veleiro na Baía de Guanabara, no Rio, na noite de terça-feira (26), vão responder por abandono de incapaz. O casal foi levado para a 14ª DP (Leblon), mas foi liberado após pagar fiança de R$ 1.000 e, por enquanto, não pode deixar a cidade. O cônsul da Holanda assinou um termo de responsabilidade para que as crianças pudessem ficar com os pais.

Segundo a polícia, a família estava viajando pelo mundo e chegou ao Brasil no sábado (23). Os pais contaram à polícia que jantaram com os filhos e os deixaram na embarcação que está ancorado na área do Iate Clube do Rio, na Urca, também Zona Sul. Depois, pegaram um bote e foram se encontrar com amigos, que estavam em outro barco ancorado na mesma região.

O resgate
As crianças foram encontradas por pescadores, na altura da enseada de Botafogo, na Zona Sul, que ouviram o choro dos menores, entre eles um bebê de 7 meses, e chamaram os bombeiros do Grupamento Marítimo de Botafogo. Elas estavam sozinhas no barco. O Corpo de Bombeiros usou duas lanchas para chegar ao local e retirar as crianças do mar.

"As crianças estavam gritando e chorando bastante. Elas estava fechadas dentro do veleiro", explicou o tenente Cássio Julian da Silveira, do Gmar. Ele disse ainda que os pais pareciam assustados com a situação.

Os bombeiros levaram as crianças para o prédio do Iate Clube do Rio. "Várias mães ajudaram, ficaram com as crianças dando atenção, colo, carinho", contou Aldevio Leão, diretor do Iate Clube.

Os pais só chegaram 40 minutos depois. Uma sócia do clube ajudou como intéprete e ficou surpresa com o comportamento do casal. "Ele falou que deixou os filhos dentro da cabine, com o rádio de barco e ele com outro rádio num outro lugar e que o filho iria se comunicar com ele", diz a estilista Maria Cristina Flynn

G1

terça-feira, 26 de julho de 2011

Juiz adia julgamento de ex-jogador acusado de matar ex-mulher


O juiz Marcelo Augusto Oliveira, do 1º Tribunal de Júri do Fórum da Barra Funda, na zona oeste de São Paulo, adiou o julgamento do ex-jogador de futebol Janken Ferraz Evangelista, acusado de matar a ex-mulher, que aconteceria na tarde desta terça-feira.

Segundo o Tribunal de Justiça, um dos jurados alegou "problema de ordem pessoal que o deixou desconfortável" após o sorteio do conselho de sentença. O júri, formado por quatro homens e três mulheres, foi desfeito. O juiz ainda não divulgou a nova data para o julgamento.

Ana Claudia Melo da Silva, 18, foi assassinada a facadas em sua casa no dia 22 de março de 2009 na casa da vítima, na zona sul de São Paulo. A jovem foi encontrada morta no chão do banheiro de empregada do apartamento, na avenida do Cursino, com diversos ferimentos de faca no pescoço.


Após o crime, o ex-marido dela fugiu com o filho do casal --na ocasião com um ano e nove meses-- e foi preso três dias depois, na Bahia. Janken aguardava o julgamento no CDP (Centro de Detenção Provisória) de Tremembé (147 km de SP).

Nove testemunhas de acusação e outras cinco de defesa deverão ser ouvidas durante o julgamento.

Folha OnLine

Gravidez entre adolescentes cai 37% em 11 anos em SP, diz secretaria


Levantamento foi feito com base nos dados da Fundação Seade.
Secretaria de Estado da Saúde divulgou estudo nesta terça-feira (26).


Os casos de gravidez na faixa etária entre 10 e 19 anos caíram 37% entre 1998 e 2009 no estado de São Paulo, segundo estudo divulgado nesta terça-feira (26) pela Secretaria da Saúde. É possível consultar e baixar o levantamento feito com base nos dados da Fundação Seade. Em 1998, foram 148 mil casos de gravidez na adolescência. Em 2009, último dado consolidado, o número caiu para 92,8 mil.

Entre 15 e 19 anos, a redução foi de 37,8% no mesmo período, caindo de 143,4 mil em 1998 para 89,1 mil em 2009. Na faixa etária de 10 a 14 anos, houve queda de 19,7%, com 4.528 casos de gravidez em 1998 e 3.636 em 2009. A secretaria diz que usa 1998 como base de comparação porque, desde 1996, adotou um modelo de atendimento integral à adolescente, que começou a mostrar resultados dois anos depois.

Atualmente, há unidades da Casa do Adolescente na capital paulista, Grande São Paulo e no litoral do estado com oficinas, bate-papo e terapias em grupo para os jovens. Além disso, a secretaria diz que, desde julho de 2007, estão disponíveis contraceptivos comuns e pílulas do dia seguinte em 20 unidades da Farmácia Dose Certa na capital, situadas em estações de Metrô, trens e centros de saúde.

No interior, no litoral e na Grande São Paulo, a secretaria afirma que passou a distribuir contraceptivos em unidades básicas de saúde, em complemento ao repasse do governo federal. O governo de São Paulo disponibiliza ainda um telefone para tirar dúvidas dos adolescentes sobre sexo seguro e anticoncepcionais: (11) 3819-2022. Ele funciona de segunda a sexta-feira, das 11h às 14h.

G1

Avós do século 21 trabalham, namoram e usam a internet


No dia dedicado a elas, conheça mais sobre a nova geração de vovós

O Lobo Mau está em crise. A avó da Chapeuzinho Vermelho foi à academia e, depois, vai dar uma passadinha no shopping. Parafraseando o psiquiatra Celso Gutfreind, não se fazem mais vovozinhas como a do clássico de Charles Perrault.

Isso não significa que as vovós – cujo dia é nesta terça-feira – do século 21 não mimam seus netos, pelo contrário. A geração que dispensa tricô e faz dieta é coruja, sim, mas na mesma proporção que trabalha, namora, sai para dançar e interage no Facebook. É o caso da empresária Janice Blochtein, 55 anos. Durante nove meses, ela curtiu cada detalhe da gestação da filha.

– É como se visse a história ganhando continuidade. A gente se renova, a vida se renova, mas é preciso prestar atenção nos limites. Avós podem ser amigos dos netos, ajudar a educar, mas desde que isso seja bom para todos os lados – resume Janice.

Ela recebe a neta Rafaela, um ano, a "paixão de sua vida", no mínimo duas vezes por semana na sua casa, onde possui seu próprio kit de cuidados com bebê, de brinquedos a fraldas, passando por roupinhas, tudo para garantir o máximo conforto.

A psicóloga Ineida Aliatti explica que os avós têm um papel muito importante na vida dos pais e dos netos, principalmente no nascimento, momento em que ela está passando por um processo de regressão psíquica necessária para que possa entender e se dedicar ao bebê que chegou.

– Como está vulnerável e sensível, seus pais entram em cena para ampará-la – diz.

Para a psicóloga e professora de pós-graduação em Saúde Coletiva da Unisinos Luciana Suárez Grzybowski, a nova geração de avós é caracterizada pela pluralidade nas relações.

– É possível uma mulher de 35 anos ser avó, bem como uma de 70 anos. Ao contrário de anos atrás, em que os avós estavam sempre em casa, esperando os netos com um prato de doce, hoje é possível que eles não estejam tão disponíveis assim, seja porque não podem ou simplesmente não querem mesmo assumir esse compromisso – compara a psicóloga.

Luciana ressalta que uma relação saudável entre avós e netos se dá quando ocorre troca de experiências, de afeto e de cultura. Segundo a especialista, amor demais não é ruim, desde que não se ultrapasse a tênue linha que separa a autoridade que pertence ao pai e a que pertence ao avô:

– Os avós não podem desautorizar os pais. Se você não deixa seu filho tomar refrigerante, eles devem respeitar isso.

donna

Em apenas 90 segundos, ex-investigador atrai pedófilos na rede


A imagem pode ser chocante. Mas o relato a seguir de Mark Willliam Thomas, um ex-investigador da polícia britânica, criminologista e que trabalha com serviços de proteção à criança há 15 anos é ainda mais impressionante. Em depoimento ao jornal inglês Daily Mail, o ex-investigador contou que se passou por uma menina de 14 anos em uma das mais populares redes sociais na internet. Em apenas 90 segundos, um homem de meia-idade já se ofereceu para fazer sexo na frente do computador. Depois de cinco minutos, aparecem outros interessados na “menina” apresentada por Mike como uma morena de 14 anos. Ele conta que os pedófilos usam a linguagem dos adolescentes para tentar atrair sua presa. Em inglês, eles apareceram perguntando as siglas A S L (age, sex, location ou idade, sexo e lugar) para iniciar o diálogo. Alguns deles vão direto ao assunto e de forma incisiva perguntam à menina se ela já fez sexo, se é virgem ou se está disposta a se despir em frente ao computador.

Alguns testam para saber se Mark realmente é a adolescente que diz ser. Mas ele consegue disfarçar. Os abusadores perguntam quais são suas preferências, seus hobbies e em que escola estudam. Uma vez convencidos da identidade da criança, fazem convites para encontrá-la. Os pedófilos também criam perfis falsos, se passando por outros adolescentes para tentar convencer a criança de que fazer sexo é bom. “Faça sexo com ele. Eu já fiz e foi bom”, disse um deles. Mesmo com sua vasta experiência nesse campo, Mark escreve que se sentiu absolutamente chocado em perceber que apenas uma hora na internet foi o suficiente para atriar tantos pedófilos.

No Brasil, segundo dados da IBOPE/Netratings são cerca de 1,3 milhão de crianças entre seis e 11 anos que estão na rede. A questão é como controlar o uso do computador sem cercear a liberdade delas. Em 2007, fiz com minha colega de ÉPOCA Luciana Vicária a matéria Os Filhos da Era Digital que constamos os benefícios dos pequenos em usarem a internet.

Com uso adequado, a rede pode trazer muitos benefícios às crianças. Até porque, é muito difícil isolá-las do mundo digital. Então, como protegê-las? A ONG SaferNet dá dicas de como proteger seu filho. Uma das mais importantes é instruir as crianças a nunca dar dados pessoais a quem não conhece. Outra é limitar a rede de amigos pela web a apenas pessoas conhecidas. Se souber de algum caso, não deixe de denunciar: discando 100 (discagem gratuita) ou pelos endereços da Agência Nacional dos Direitos da Infância e da ONG Safernet.

O assunto é muito sério. Tanto é que o ex-investigador resolveu se passar por uma adolescente para provar que é muito fácil ser ludibriado. Ele fez isso logo depois de ser noticiada na mídia europeia a morte da jovem inglesa Ashleigh Hall, de 14 anos, que foi estuprada e assassinada por um homem que conheceu no Facebook.

E você, o que acha que deve ser feito para impedir uma criança a ter contato com pedófilos na rede?

Katia Mello


Amy Winehouse morre aos 27 anos



Esta deveria ser a época da turnê de retorno de Amy Winehouse. Uma chance de mostrar ao mundo o que ela fazia de melhor

Mas neste domingo seus fãs prestaram homenagens em frente a casa em Londres onde ela foi encontrada morta, aos 27 anos, no dia anterior.
A polícia não confirmou imediatamente a causa da morte, mas é impossível olhar sua vida sem pensar no porque as drogas e a bebida tiveram tanta importância, chegando por vezes a ofuscar seu talento. Um talento tão grande que é agora reverenciado por fãs e colegas do meio musical.

BBC Brasil

Criança morre ao cair do 13º andar de prédio em Curitiba, dizem bombeiros


Acidente aconteceu por volta das 10h desta terça-feira (26).
Perito do Instituto de Criminalística disse que a queda foi 'fatalidade'.


O Corpo de Bombeiros informou que uma menina de cinco anos morreu ao cair do 13º andar de um prédio por volta das 10h desta terça-feira (26). O edifício fica na Rua José Loureiro, no Centro de Curitiba. A criança estava com a mãe, que teria ido visitar uma amiga. A menina teria subido na na cama de um dos quartos e acabou caindo de uma altura de aproximadamente 27 metros. Não havia tela de proteção na janela.

A mãe ficou em estado de choque e foi encaminhada para o Hospital Cajuru. A mulher de 31 anos foi medicada e está em observação, segundo a assessoria de comunicação do hospital.

A proprietária do apartamento, e amiga da mãe da menina, Ledir Bernardino da Silva, disse que tudo aconteceu muito rápido. "No momento do acidente eu estava no apartamento com a mãe dela, minha funcionária e a minha filha, que estava lavando roupa. Estávamos tomando café e a menina foi brincar pela casa. Uns 15 minutos depois escutamos um barulho no varal, e os gritos da minha funcionária e da mãe dela. Infelizmente a gente não pode fazer mais nada", contou Ledir.

O perito criminal Silvestre Dornelas informou que a queda "foi uma fatalidade". "Como a cama fica encostada na janela, ela teve fácil acesso e, com certeza, não encontrou dificuldade para abrir [a janela]", afirmou. Segundo o perito, as investigações sobre o caso continuam.

G1

Dia da Avó


Entenda como as avós são importantes no desenvolvimento dos netos

Que elas tornam a vida dos netos mais doce, todo mundo sabe. Isso já foi até comprovado cientificamente. E assim ganharam até um dia próprio: o Dia da Avó, comemorado em 26 de julho.

"Não tem um dia em minha filha não pergunte pela avó”, conta Janaína Teixeira, mãe de Joana de 2 anos e 10 meses. Essa cumplicidade entre crianças e avós vem de outras gerações: a menina recebeu o nome em homenagem a bisavó, personagem fundamental na vida de Janaína. “Às vezes, meu marido quer implicar com a minha mãe por ela fazer todos os mimos da Joana", diz. "É que ele não teve avós presentes na infância, por isso não sabe a importância que eles têm” comenta.

Para a psicóloga e psicoterapeuta Lídia Rosenberg Aratangy o papel desempenhado pela avó, e também pelo avô, é determinante no desenvolvimento da criança como um indivíduo consciente de si mesmo. “Os avós são os únicos depositários da história dos pais. Eles carregam e transmitem a história da família. E nós sabemos que para ter equilíbrio emocional, você deve saber quem é, de onde veio e para onde vai. Os avós personificam essas orientações”, ressalta a especialista.

A autora do Livro dos Avós. Na casa dos avós é sempre domingo? destaca ainda que é na relação com os avós que as crianças aprendem a lidar com os mais velhos, se preparando para uma futura relação com os próprios pais, que também irão envelhecer. “As crianças levam essa lição para a vida toda” conclui.

Dicas para uma boa convivência
As diferenças de geração entre pais e filhos naturalmente se transferem para a relação entre avós e pais. Mas o respeito deve ser a base de todas as resoluções - e ele é conquistado com base no diálogo e na aceitação. “A mãe precisa aceitar a sabedoria e autoridade da avó, assim como essa deve respeitar o papel da mãe”, explica Lídia. Veja algumas dicas para essa convivência se tornar mais prazerosa ainda.

- Tratar a avó como babá de luxo é o principal erro cometido pelas mães. Por isso, se a criança precisa ou quer passar o dia na casa da avó, não faça listas indicando o que pode ou não poder ser feito. Confie na relação direta existente entre avó e neto e respeite suas decisões e atitudes.

- Quando acontecer algum desentendimento sobre as normas na educação ou comportamento do seu filho, respire fundo e deixe a discussão para um momento em que a criança não esteja presente. Isso garante uma convivência pacífica e saudável entre todos.

- Lembre-se dos momentos felizes e divertidos que você mesma passou ao lado dos seus avós fazendo tudo aquilo que lhe era proibido pelos pais e que, no entanto, não lhe fizeram mal nenhum.

Crescer
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