sábado, 21 de maio de 2011

Pobreza afeta quase metade das crianças na América Latina e no Caribe


Segundo dados da Cepal, 14,6% de crianças no Brasil vivem em situação de extrema probreza.

Cerca de 45% de crianças da América Latina e Caribe passam por privações moderadas a graves. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira pela Comissão Econômica para a América Latina e Caribe, Cepal.

A pesquisa, realizada no período de 2008 e 2009 pela Cepal e pelo Fundo das Nações Unidas para Infância, Unicef, incluiu a falta de direitos básicos, carências sociais e econômicas utilizadas para medir a pobreza infantil.

Brasil
No Brasil, 14,6% de crianças vivem em situação de extrema probreza e 38,8% são vítimas de pobreza infantil.

Em entrevista à Radio ONU, de Brasília, o economista da Cepal, Carlos Mussi falou sobre a necessidade de políticas públicas focadas em crianças.

"O combate à probreza e à extrema pobreza ou a miséria no Brasil tem que se concentrar especialmente nos domicílios com crianças, no sentido de que os mecanismos de previdência já alcançam ou já garantem uma renda para os mais idosos ", disse Mussi.

Políticas Públicas
O estudo demonstra desigualdades entre os países: na Bolívia, El Salvador, Guatemala, Honduras e Peru, mais de dois terços das crianças são pobres, enquanto que no Chile, Costa Rica e Uruguai, menos de uma em cada quatro crianças vive na pobreza.

Nutrição, acesso à água potável, qualidade da habitação e a privação dos mesmos, são alguns dos fatores que contribuem para um quadro de pobreza e exclusão social.

O relatório afirma que a superação da pobreza infantil envolve um investimento na infância e na redução das desigualdades sócio-econômicas em curso, territoriais, étnicas e de gênero em todos os países da região.

Fonte: Rádio ONU em Nova York, Yara Costa – 18/05/2011


prómenino

Menino achado baleado em casa está em estado gravíssimo, diz hospital


Ele foi encontrado sozinho, ferido na cabeça, na Baixada Fluminense.
Policiais da 64ª DP (São João de Meriti) investigam as causas do disparo.


É gravíssimo o estado de saúde do menino de 11 anos que foi encontrado ferido com um tiro na cabeça na noite de sexta-feira (20), dentro de casa, em São João de Meriti, na Baixada Fluminense. A informação é da Secretaria municipal de Saúde, que falou com o Hospital municipal Souza Aguiar, no Centro, na manhã deste sábado (21).

Segundo a 64º DP (São João de Meriti), responsável pelo caso, o menino estava sozinho e desacordado quando foi achado. Os agentes investigam as causas do disparo.

A criança chegou a ser levada para o PAM do bairro Édem, mas foi transferida o Souza Aguiar, onde passou por uma cirurgia. Ele está internado na Unidade de Tratamento Intensivo do hospital (UTI) e não há previsão de alta.

Entenda o caso
De acordo com as primeiras informações da polícia, a criança foi encontrada por uma vizinha, que ouviu os disparos. A mãe, segundo os agentes, tinha levado a outra filha, que passavam mal, ao Posto de Atendimento Médico (PAM), do bairro Édem. Já o pai do garoto estava no trabalho.

Policiais militares e o Corpo de Bombeiros foram acionados para o local. No quarto, os policiais encontraram um revólver calibre 38, com numeração raspada, que, de acordo com a polícia, pertence ao pai do menino.

De acordo com a polícia, peritos estiveram na casa do menino. No chão do quarto, eles também encontraram uma bolsa que seria usada para guardar a arma. Os agentes também estiveram no hospital, onde realizaram uma perícia para saber se havia vestígios de pólvora nas mãos do menino. Os resultados devem sair na próxima semana.

A mãe da criança, segunda a polícia, está em estado de choque. Ela soube do incidente ainda no posto de saúde. O pai da criança ainda não prestou esclarecimentos na delegacia. A polícia afirmou que só após os resultados dos laudos das perícias poderá chegar às causas do incidente.


G1

Mães deixam crianças em casa para ir a baile funk e são presas


RIO - Duas crianças, uma de três meses e outra de quatro anos, foram encontradas sozinhas dentro de uma casa, em Queimados, na Baixada Fluminense, na madrugada deste sábado. Moradores da comunidade São Simão, no bairro Pedreira, chamaram a Polícia Militar que resgatou as crianças. Vizinhos contaram que as mães teriam ido a um baile funk. Os PMs 24º BPM (Queimados) ficaram de prontidão na comunidade e prenderam as mulheres quando chegaram em casa. As crianças foram entregues as avós e o caso encaminhado para a 56ª DP (Comendador Soares).


Extra Online

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Garota que denunciou existência de óxi em Caxias do Sul é internada por overdose


Menina afirmou ter conhecido a nova droga por intermédio de traficante que administra ponto no Vila Amélia

Horas depois de confirmar à reportagem do Pioneiro que estava consumindo óxi desde o começo da semana, a adolescente de 17 anos, moradora do loteamento São Gabriel, em Caxias do Sul, teve uma overdose.

A menina foi socorrida pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e levada ao Pronto-atendimento 24 horas, onde segue internada em observação.

Em entrevista exclusiva, a menina afirmou ser viciada em crack e ter conhecido o óxi por intermédio de um traficante que administra um ponto no Vila Amélia. O homem estaria vendendo cada pedra de óxi a R$ 3.

Uma pedra de crack é vendida por R$ 5. Agentes da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) e policiais do 3º Distrito Policial (3º DP) tentam identificar o criminoso.


Zero Hora

Os pais também precisam de limites?


O estilo de vida de pais e mães das novas gerações – e a pressa em resolver tudo – impacta na educação das crianças? O novo livro da filósofa Tania Zagury abre essa discussão

Limites importantes são aqueles que têm um sentido educacional e social e que não implicam sacrificar as necessidades da criança aos desejos dos pais.” Esse é um dos alertas que a filósofa e professora Tania Zagury faz em seu novo livro Filhos: Manual de Instruções, voltado para os pais das chamadas gerações X (que nasceram entre 1960 e 1980) e Y (entre 1980 e 2000, ou até 2010). A obra se preocupa em dar dicas para serem aplicadas na realidade em que as famílias vivem hoje. Conciliar filhos, casamento, trabalho, casa, academia, jantar com amigos, tempo para si mesmo – e dar conta de tudo para ontem – exige ainda mais equilíbrio e bom senso dos pais. Para Tania, eles precisam, de uma vez por todas, entender que a vida muda mesmo. “Zelar pela integridade física e emocional dos filhos é um dever dos pais. Abrir mão de alguns interesses pessoais em prol do bem-estar da criança é parte desse conjunto”, afirma.

CRESCER: Você abre o livro dizendo que ele não é para pais com preguiça ou com vontade de sair para a balada, ou que querem soluções mágicas para criar os filhos. Por que foi firme nessa introdução?

Tania Zagury: Fiz isso porque o formato do livro poderia levar a uma interpretação desse tipo. Como procurei facilitar a leitura, alguns desavisados poderiam achar que é para alguém que está com preguiça de ficar com a criança. É para tirar a ideia de que ele vai ser uma varinha de condão, que basta ler e tudo acontecerá por milagre. E não vai.

C.: O que a educação dos pais de hoje difere daquela dos baby boomers, ou seja, os pais ou avós desses pais, e qual o impacto na vida das crianças?

T.Z.: Os baby boomers foram uma geração nascida após a Segunda Grande Guerra [entre 1946 até 1960-64] e quis mudar o mundo para melhor. Esses pais deram para os seus filhos a liberdade que não tiveram, principalmente a individual, o direito ao próprio prazer. Isso fez com que as gerações X e Y se tornassem mais voltadas para si mesmas, enquanto os baby boomers eram mais voltados para a conquista do grupo. Junto também aconteceram as mudanças na sociedade, que priorizou o consumo, a urgência, a rapidez. Até nas relações, não há muita persistência, porque é “preciso ser feliz logo”. E isso reflete na educação que dão aos filhos. Eles estão preocupados, têm um amor enorme, até desmedido, mas também não querem se aborrecer tanto. Para a criança não ter um chilique, dá tudo o que ela quer.

C.: E essa característica imediatista dos novos pais torna mais difícil para eles educar os filhos?

T.Z.: Sim. Nada é fácil em educação. Eu sinto que, para o pai imediatista, é duplamente complicado, porque, além de ele ter de vencer a criança na oposição ao que ela não quer, ele tem de vencer a sua tendência a ceder para não se aborrecer. É claro que é preciso escolher batalhas diárias. Se a criança chega em uma idade em que começa a escolher sua roupa, e ela não ficou muito linda, essa batalha não precisa ser discutida. Agora, se não quer escovar o dente, aí tem de brigar. O que se faz nos primeiros anos de vida do filho é fundamental para que ele seja uma pessoa produtiva, capaz de crescer na vida. Para isso precisa entender que tem horas que precisa obedecer.

C.: No livro há um capítulo de como conviver com as diferentes mídias de forma saudável. Deixar o filho assistindo a um DVD parece comodismo. E naqueles momentos que os pais precisam de um tempo para executar outras tarefas, como cuidar de um filho menor que está chorando?

T.Z.: Você pode inteligentemente unir as duas coisas. Ou seja, durante a meia hora ou uma que precisa, por exemplo, para cuidar do filho menor, pode colocar sim um DVD para o outro assistir ou jogar algo que você sabe o que é, que você escolheu. E sempre que puder, envolva-o no que está fazendo.

C.: Você acredita que a culpa dos pais hoje, por passarem menos tempo com os filhos, faz com que algumas regras e limites não sejam tão firmes?

T.Z.: Muitos se sentem culpados, então relevam tudo para não discutir com o filho no tempo que têm ao lado deles. Na verdade, isso precisa ser revisto, porque se deixar a criança fazer tudo, imagina como vai ser depois? Ao mesmo tempo, a culpa pode ser um instrumento para nos tornarmos ótimos pais. Transforme essas duas horas que você passa com seu filho em enorme prazer. Isso não quer dizer ir ao shopping e comprar tudo, e sim ficar em casa mesmo, para jogar um jogo, fazer uma refeição juntos, assistir a um filme de que ele gosta muito e criar o hábito de conversar. Essas duas horas diárias e os fins de semana são mais do que suficientes desde que qualitativas.

C.: E se depois de ler o livro, uma mãe com um filho com 4 ou 5 anos percebe que poderia ter feito muita coisa diferente? Dá tempo de reverter?

T.Z.: Sempre dá tempo de mudar. Até o fim da adolescência dá tempo de consertar o que de repente vemos que fizemos de um jeito não tão ideal. Claro que, quanto mais tarde, mais demorado é o processo. Mas depende também de uma mudança de atitude dos pais, que não podem ir e vir na maneira que estão educando os filhos, senão eles ficam sem referência. Educar dá trabalho, é difícil, é repetitivo, mas o bom é que dá para você reverter sempre, desde que quem educa esteja firmemente imbuído nesse propósito.


Crescer

Conheça a história das músicas que Paul McCartney vai tocar no Rio


RIO - As 34 músicas tocadas por Paul McCartney e banda em Santiago, Lima e, possivelmente, no Rio privilegiaram a fase dos Beatles, num total de 23 canções, com mais sete da banda Wings, formada após o fim dos Beatles e quatro da carreira solo. Entre as do Fab Four, Paul preferiu a segunda fase do grupo, de 1967, ano de "Sergeant Pepper's Lonely Hearts Club Band" a 1970, do último álbum, "Let it be".

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Das sete da fase inicial, três foram singles de grande vendagem. "Day tripper", em parceria com John Lennon, foi a primeira da banda a falar de drogas na época em que o LSD estava surgindo na cena inglesa e americana. "Paperback writer" conta a batalha de um escritor para ser reconhecido.

"Yesterday" é o maior sucesso dele, regravado mais de 3 mil vezes, uma melodia que lhe surgiu num sonho e que teve o nome provisório de "Scrambled eggs". A letra nasceu durante uma viagem de carro de Lisboa ao Algarves para passar alguns dias com a namorada, a atriz Jane Asher. "All my loving" e "And I love her" são inspiradas em seu namoro com Jane (1964 - 1968).

"Drive my car" é um velho eufemismo para sexo. Paul tinha a música e criou a letra com John. A garota da letra foi inspirada em várias que eles conheceram em Los Angeles. "I've just seen a face" tem um acento do country americano com a história fictícia de uma mulher que ele viu e não conseguiu esquecer.

John e George são homenageados no show
Dezesseis canções são do período que vai de 1967 a 1970, período mais revolucionário e final da banda. Do histórico "Sgt Pepper's" ele toca a faixa-título no encerramento emendada com "The End", de "Abbey Road" (1969), para encerrar o show com o emblemático verso "And in the end, the love you take, is equal to the love you make".

Ainda de "Sgt. Pepper's..." "A day in the life", dele e de John, com citação de "Give peace a chance" no final, uma homenagem ao falecido parceiro. "Abbey Road" aparece ainda com "Something", homenagem ao autor, George Harrison, tocada no ukelele, instrumento que Harrison adorava.

O "Álbum branco" está contemplado com quatro músicas: "Blackbird" (inspirado no movimento dos direitos civis dos EUA. O pássaro negro seria uma mulher negra), "Ob-la-di Ob-la-da" (canção infantil), "Back in the USSR" (brincadeira com "Back In The USA" dos Beach Boys), "Helter skelter" (sobre montanha russa, precursora do heavy metal). Do último álbum, "Let it be" (1970), a faixa-título, sobre sua mãe, Mary, "I've got a feeling" (junção de duas canções, dele e de John, a de Paul fala de amor pela mulher Linda, a de Lennon sobre as dificuldades que passava na época) e "The Long And Winding Road" (sobre ele e Linda; a estrada era a de sua propriedade na Escócia).

"Eleanor Rigby", de "Revolver" (1966), fala da solidão de dois personagens, a mulher do título e o padre McKenzie.

Quatro canções foram singles: "Hello goodbye" é um jogo de palavras contrapondo contrários ("You say yes, I say no" etc.). "Lady Madonna" é um tributo às mulheres comuns, "Hey Jude" uma homenagem ao filho de John Lennon, Julian, na época em que John se separou de sua primeira mulher, Cynthia. "Get back" começou como uma canção contra os imigrantes asiáticos (tinha o verso "Don't want no pakistanis") mas ficou com uma conotação de extrema direita e foi mudada para a história de uma certa Loretta Martin e um tal Jojo.

As canções da fase solo privilegiam o período da banda Wings (1971 - 1981), formada após o fim dos Beatles. Cinco canções são do LP "Band on the run", de 1973, relançado no final do ano passado em versão remasterizada: "Jet", "Let me roll it", "1985", "Mrs. Vanderbilt" e a faixa-título. "Here today" homenageia Lennon, "Live and let die" foi tema do filme homônimo de James Bond. "Letting go" é do disco "Venus and Mars" (1975) do Wings e "Let'em in" do LP "Wings at the speed of sound" (1976). "Dance tonight" é de safra mais recente, o CD "Memory almost full", de 2005. Finalmente, do projeto paralelo Fireman, com o produtor Youth, "Sing the changes", do CD Electric Arguments (2008).


O Globo

Vídeo mostra jovens sendo atacadas por ser não identificado em lago


Rio - A morte de duas meninas está intrigando os moradores da cidade de Itajubá, na Região Sul de Minas Gerais. As jovens morreram afogadas enquanto nadavam num lago junto com um grupo de amigos, no dia 1º de maio. O caso ganhou repercussão nacional por causa de um vídeo postado na Internet que mostra as meninas sendo arrastadas para o fundo do lago por um ser estranho. Moradores dizem que uma cobra pode ter atacado o grupo.

No vídeo, que já foi visto por quase 300 mil pessoas, não é possível identificar o "elemento" que apavora as jovens. No entanto, é possível ver claramente que as duas foram puxadas por algo. Segundo a Polícia Civil de Minas, não foram encontradas lesões nos corpos, além dos sinais clássicos de asfixia. A versão, no entanto, tem sido contestada por alguns peritos



O DIA ONLINE

Na Ásia, vivos moram junto com os mortos no cemitério


Domingo Espetacular vai ao outro lado do mundo mostrar como vivem estas pessoas

Em uma cidade do continente asiático, o cemitério não é apenas a moradia dos mortos, mas dos vivos também.

A reportagem do Domingo Espetacular cruzou o mundo e foi ao local onde famílias inteiras vivem dentro de um cemitério.

Em um dos casos, uma mulher coloca o colchão sobre o túmulo do marido. onde dorme todas as noites.


R7

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Polícia divulga retrato falado de suspeito de morte na USP



O DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa) divulgou o retrato falado de um dos suspeitos de matar um estudante na noite desta quinta-feira dentro da Cidade Universitária, na zona oeste de São Paulo. De acordo com a descrição, o suspeito tem
cerca de 25 anos, 1,90 metro de altura, é magro, tem cabelos escuros e pele parda.
A polícia já havia divulgado imagens de câmeras de segurança que mostram dois suspeitos de terem cometido o crime.



Os dois homens --que não são alunos da USP-- aparecem em imagens de circuito interno saindo do saguão do prédio da FEA (Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade) minutos antes do crime.

CRIME
Felipe Ramos de Paiva, 24, era estudante de ciências atuariais e foi morto com um tiro na cabeça por volta das 21h30 de ontem. Segundo testemunhas, ele foi seguido por uma pessoa após sair da aula. Os dois discutiram.

A assessoria de imprensa da USP informou que o vigia do prédio da FEA ouviu os tiros e correu para o local. A vítima foi encontrada caída ao lado de seu carro --um Passat preto blindado--, que estava com a porta do motorista aberta. Não foi possível socorrê-lo.

Não há informações sobre quem atirou contra o jovem. A USP registrou ao menos cinco casos de sequestros-relâmpagos dentro da Cidade Universitária entre os meses de março e abril.

As bandeiras da universidade foram hasteadas a meio mastro hoje, em sinal de luto pela morte.

O Ministério Público de São Paulo informou nesta quinta-feira que a promotora Mildred de Assis Gonzalez, do 5º Tribunal do Júri, foi designada para acompanhar as investigações sobre o assassinato.



Folha OnLine

Família colombiana é esperança em pesquisa sobre o Alzheimer


Uma família colombiana que sofre com a alta incidência de um tipo hereditário de Mal de Alzheimer está participando de uma série de testes envolvendo drogas que, esperam cientistas, podem levar a uma cura para a doença.

Sentado em uma cadeira, Johnhaider esfrega uma de suas pernas compulsivamente. Seus olhar é vago e ele não consegue mais falar. Ele não sabe onde está e não reconhece sua irmã, Patrícia.

Johnhaider está no estágio final do Alzheimer, mas seu caso surpreende por duas razões: ele tem apenas 53 anos, enquanto a maioria dos pacientes atinge esta fase aos 65 anos ou mais.

Na família deste paciente, 50% dos integrantes sofrem do Mal de Alzheimer bastante cedo em suas vidas, segundo pesquisadores que vêm monitorando o grupo.

Os especialistas que estudam o caso têm esperanças de que as pesquisas com a família - descrita por um cientista como um "laboratório natural" - vão ajudar a acelerar a corrida na busca de uma cura para a doença.

Três séculos
Esta grande família tem hoje cerca de 5 mil integrantes, espalhados por cidadezinhas remotas em um trecho da cordilheira dos Andes que cerca Medellín, a maior cidade da Colômbia.

Todos descendem de um único casal de origem basca que se mudou para a região em torno de 1700.

O médico que identificou o caso foi o Francisco Lopera, um neurologista da Universidade de Antioquia, em Medellín.

Lopera se deparou com o primeiro caso no início da década de 1980.

"Eu vi um homem de 47 anos com um tipo de demência que era muito similar ao Mal de Alzheimer. Aquilo era curioso, porque ele era muito jovem", afirma.

Lopera ficou sabendo que o pai, o avô e vários irmãos do paciente haviam sofrido de demência. "Vi que havia três gerações afetadas e que, em cada geração, a metade das crianças era afetada. Isso era hereditário".

Lopera e uma pequena equipe de sua universidade rastrearam a região, apesar dos perigos de se depararem com traficantes de drogas e rebeldes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc).

Quase uma década depois, o médico havia formado uma árvore genealógica que se estendia ao longo de quase 300 anos.

Apenas uma década depois, os especialistas conseguiram isolar o gene associado a casos prematuros de Mal de Alzheimer.

Trata-se de uma mutação genética chamada “paisa”, nome do povo da região de Medellín.

Se o pai ou mãe tem o gene paisa, há 50% de chances de que seu bebê também o tenha. Metade da família colombiana carrega o gene.

Uma mutação tão rara encontrada em uma população isolada atraiu o interesse de cientistas do Banner Institute, em Phoenix, Arizona (Estados Unidos). O instituto é líder de pesquisas sobre doenças neurológicas.

Um neurologista geriátrico da equipe, Adam Fleisher, disse que o Mal de Alzheimer é uma "pandemia que se aproxima".

Com o aumento na expectativa de vida da população e o número de casos crescendo exponencialmente, a doença tem o potencial de devastar sistemas públicos de saúde em países desenvolvidos, alerta o médico.

"A verdade é que (o Mal de Alzheimer) vai afetar todo mundo, e sua capacidade de obter tratamentos médicos, quer você sofra de Alzheimer ou não. Nós precisamos encontrar uma cura".

Testes
Os cientistas do Banner Institute vão testar na família drogas criadas para atacar a placa neural que se acumula nos cérebros de todos os pacientes com Alzheimer. A placa, de consistência grudenta, parecida com goma de mascar, é resultado de uma disfunção que leva o organismo a produzir uma proteína chamada amiloide.

Eles esperam que as drogas consigam inibir o desenvolvimento da placa.

A família colombiana oferece as condições perfeitas para que os pesquisadores avaliem os efeitos das drogas, testando os medicamentos em pessoas saudáveis antes de que elas desenvolvam o Alzheimer.

Vários tipos de exames serão usados para monitorar os participantes, que receberão injeções de drogas experimentais e também de placebos.

Os pesquisadores esperam poder iniciar os testes no final de 2012.

Eles têm grande esperança de que as drogas consigam atrasar, ou mesmo impedir, o desenvolvimento da doença, mas até o momento, tudo não passa de conjecturas.

Não se sabe ainda se a placa amiloide é causa ou efeito do Mal de Alzheimer.

Segundo o pesquisador Joseph Arboleda, da Harvard University, que vem trabalhando com Lopera, há a possibilidade de que a droga iniba a formação da placa, mas ainda assim a família pode desenvolver a doença.

Temor e esperança
Para a família, no entanto, a inevitabilidade de uma condição que afetará a metade de seus integrantes supera todos os temores em relação aos riscos de ingerir drogas cuja segurança ainda não foi comprovada.

Johnhaider tinha por volta de 45 anos quando os sintomas surgiram. Nesse período, sua mão já havia morrido vítima da doença.

A irmã de Johnhaider, Patricia, não sabe se carrega o gene. Aos 49 anos, ela ainda não apresenta sintomas e se diz esperançosa porém apreensiva.

"Não tenho opções", disse. "Estou um pouco preocupada, mas quero participar. Por mim, por minha família e pelo resto do mundo".

O que causa o Alzheimer?
Não existe um fator único identificado, mas a doença pode se originar de uma combinação entre:
•Idade
•Herança genética
•Fatores ambientais
•Estilo de vida e saúde



BBC Brasil

STJ nega liminar para tirar goleiro Bruno da prisão


Segundo desembargador, réu apresenta perigo à sociedade.
Advogado do goleiro impetrou habeas corpus e aguarda julgamento.


O Superior Tribunal de Justiça (STJ) negou o pedido liminar para conceder liberdade ao goleiro Bruno enquanto não ocorre o julgamento do habeas corpus impetrado pelo advogado Cláudio Dalledone Júnior. A decisão foi dada pelo desembargador Celso Limongi no seu último dia de atuação no STJ, nesta terça-feira (17), e divulgada nesta quinta-feira (19) pela assessoria do tribunal. De acordo com o desembargador, a maneira como o crime teria sido praticado pelo réu evidencia que o acusado apresenta perigo à sociedade, o que torna a prisão cautelar necessária.

O advogado do goleiro impetrou um habeas corpus no STJ nesta sexta-feira (13). De acordo com o Dalledone, a solicitação foi feita em Brasília depois que um habeas corpus para Bruno foi negado pela 4ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) no dia 13 de abril.
A assessoria de imprensa do STJ explicou que, com a saída de Limongi, que está retornando para o Tribunal de Justiça de São Paulo, a relatoria do caso ficará com o ministro que vier a ocupar a vaga na Sexta Turma. Ainda não há data para julgamento.

Justiça em Minas
Um pedido de liberdade para Bruno Fernandes já havia sido negado no dia 13 de abril pelos desembargadores da 4ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), em Belo Horizonte. O habeas corpus impetrado por Claúdio Dalledone foi julgado por três desembargadores e todos votaram para que o goleiro aguarde preso a data do julgamento sobre a morte e desaparecimento de Eliza Samudio, ex-namorada do goleiro. Ainda que os desembargadores concedessem a liberdade, Bruno poderia permanecer preso por causa de outro processo, pelo qual já foi condenado no Rio de Janeiro.

Entenda o caso
Após um relacionamento com o goleiro Bruno, Eliza Samudio deu à luz um menino em fevereiro de 2010. Ela alegava que o atleta era o pai da criança. Atualmente, o menino mora com a mãe da jovem, em Mato Grosso do Sul. Segundo a polícia, Eliza teria sito morta no início de junho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. A Polícia Civil indiciou Bruno e mais oito envolvidos no desaparecimento e morte da jovem. A Justiça de Minas Gerais aceitou a denúncia do Ministério Público em agosto de 2010. O corpo de Eliza não foi encontrado.

Em dezembro de 2010, a mulher de Bruno, Dayanne; a ex-namorada de Bruno, Fernanda Gomes de Castro; o caseiro do sítio, Elenílson Vítor da Silva; e Wemerson Marques, o Coxinha, foram soltos e respondem em liberdade. O goleiro, o amigo Macarrão e o primo Sérgio estão presos e vão a júri popular por sequestro e cárcere privado, homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver. O ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, também está preso e vai responder no júri popular por homicídio duplamente qualificado e ocultação de cadáver.


G1

Polícia investiga desaparecimento de modelo na Rocinha



RIO - A Divisão de Homicídios (DH) assumirá a investigação do desaparecimento de Luana Rodrigues de Sousa, de 20 anos, que saiu de casa, na Estrada das Canoas, no último dia 9, e não voltou mais. Não está descartada a possibilidade de a jovem, que fazia parte da agência de modelos Dream Model`s, ter sido morta por traficantes da Favela da Rocinha. Moradores disseram à polícia que Luana era namorada de um policial militar e que por isso foi morta por bandidos no dia 11.

Segundo a polícia, a Divisão de Homicídios só investiga o sumiço de Luana, registrado inicialmente na 15ª DP (Gávea). Já o Disque-Denúncia informa que recebeu, até o momento, uma informação sobre do desaparecimento da modelo, que saiu pela última vez de casa no dia 9 acompanha de uma amiga identificada como Andressa.

No início da noite desta quinta-feira, os pais da modelo prestaram depoimento à polícia. Miraldo de Sousa e a costureira Suili Rodrigues Rosa chegaram ao prédio da DH, na Barra da Tijuca, acompanhados de policiais, amigos e outros parentes.

Em seu primeiro depoimento, logo após o desaparecimento da filha, Suili contou que tentou por diversas vezes entrar em contato com Luana pelo celular, mas não obteve resposta. A modelo, segundo a costureira, teria sido vista pela última vez próximo à Estrada das Canoas, perto de uma concessionária de automóveis na Rocinha. Suili afirmou ainda acreditar que a filha realmente foi para a favela, onde ela teria vários amigos.

Suili contou ainda que na sexta-feira, dia 13 de maio, chegou a procurar por Luana no Hospital Miguel Couto, na Gávea. Ela terminou o depoimento dizendo que desconhece qualquer envolvimento da filha com o tráfico ou ainda que Luana teria algum relacionamento amoroso.

Mesmo sem ter encontrado o corpo, a família promoveu uma missa de sétimo dia na noite de quarta-feira, na Paróquia de São Conrado.


O Globo

Governo divulga mapa da violência sexual contra crianças nesta quarta-feira


Em oito anos, Disque 100 recebeu mais de 52 mil denúncias de exploração infantil

A Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República divulga a partir das 14h desta quarta-feira (18), em Brasília, um levantamento sobre as denúncias de agressão sexual contra crianças e adolescentes no Brasil.

Saiba quais sinais podem indicar que uma criança sofreu abuso

A divulgação do estudo, elaborado pela UnB (Universidade de Brasília) a pedido do governo, marca o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual contra Crianças e Adolescentes, celebrado hoje.

De acordo com a secretaria, entre 2003 e 2011, o Disque 100 (serviço nacional de denúncias de casos de violência contra crianças e adolescentes) registrou mais de 52 mil casos de violência sexual contra menores – sendo que 80% das vítimas eram meninas.

Nesta terça-feira (17), durante evento sobre turismo, no Rio de Janeiro, a ministra Maria do Rosário (Direitos Humanos) defendeu o engajamento da rede hoteleira no combate à "teia" de exploração sexual de crianças e adolescentes.

- Quando grandes redes hoteleiras dizem não à exploração sexual, estão cuidando, estão prestando mais atenção na hospedagem de crianças e na situação de meninos e meninas desacompanhadas em torno de motéis e hotéis.

O Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes foi criado há 11 anos, com o objetivo de mobilizar a sociedade para lutar contra a violência infantil.

*Com Agência Brasil


R7

Conselheira dos EUA para temas da infância visitará o Brasil


WASHINGTON — A conselheira especial para temas de infância dos Estados Unidos, Susan Jacobs, viajará nesta terça-feira ao Brasil para realizar reuniões com autoridades do país sobre sequestros de menores, informou o Departamento americano de Estado nesta segunda-feira.

Os Estados Unidos e o Brasil mantêm uma disputa legal sobre o caso do menino Sean Goldman, entregue a seu pai, o americano David Goldman, em 2010, após um longa disputa familiar.

Sean nasceu nos Estados Unidos em 2000. Sua mãe, a brasileira Bruna Bianchi, o levou ao Brasil em 2004, onde voltou a se casar, mas faleceu em 2008 ao dar a luz a uma menina.

A morte da mãe de Sean abriu uma batalha judicial pela guarda da criança e o caso foi, inclusive, objeto de pedidos da secretária de Estado americana, Hillary Clinton, e de legisladores do país.

Na véspera do Natal de 2009, o pai biológico - que não vivia com Sean desde 2004 - recebeu a custódia do filho e o levou a seu país.

A família brasileira de Sean - integrada pelo padastro, os avós maternos e a irmã mais nova - trava agora uma nova batalha legal para recuperá-lo.

Copyright © 2011 AFP. Todos os direitos reservados


AFP

Homem é preso por agredir os filhos no Vale do Ribeira (SP)




Globo Vídeos

quarta-feira, 18 de maio de 2011

“O que falta no Brasil é ética empresarial” – Entrevista com Rodrigo Nejm


Dia Nacional do Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes – 18 de Maio

Quando as crianças ficam em casa, usando o computador, existe a sensação de que estão seguras dos perigos da rua. Mas, segundo o psicólogo Rodrigo Nejm, da mesma forma que os pais orientam os filhos quando saem de casa, também é preciso orientar quando eles entram na rede.

Rodrigo Nejm é diretor de prevenção da SaferNet Brasil, uma associação sem fins lucrativos fundada em Salvador, na Bahia, que hoje opera a Central Nacional de Denúncia de Crimes na Internet Contra os Direitos Humanos. A Central atua em parceria com o Ministério Público Federal de oito estados e recebe denúncias de racismo, xenofobia, homofobia, intolerância religiosa, situações de crimes contra a vida e exploração sexual de crianças a adolescentes – que representa 62% das denúncias de crimes praticados na Internet.

Depois de mais de três anos com o serviço no ar, o psicólogo diz que a orientação é a maneira mais eficiente de garantir que crianças e adolescentes não caiam em armadilhas virtuais e sejam vítimas de aliciadores.

CeC – Como os pais podem proteger os filhos?

Rodrigo Nejm – Essa proteção também vem com o diálogo. Muitas famílias acham que sexualidade é sinônimo de sexo e que esse não é assunto para crianças e adolescentes, o que é um grande erro. A criança tem de ser esclarecida sobre seu próprio corpo, sobre cada etapa do seu desenvolvimento. Uma criança que não tem orientação sobre sexualidade e entra na Internet sem o devido esclarecimento dos pais, vai lidar com propostas, sites, imagens. Ela pode se tornar uma presa fácil porque sentirá curiosidade e não saberá o tamanho do risco que está correndo. O diálogo que ela não tem em casa, terá com um estranho, que pode se passar por uma criança ou adolescente, mas que na verdade pode ser um adulto com distúrbios. Por isso, quanto mais esse debate existe, mais protegida a criança vai estar na Internet. Ela saberá que não pode falar sobre sexo com um estranho em uma sala de bate papo, por exemplo.

CeC – Como os pais podem denunciar esse tipo de situação?

Rodrigo Nejm – Qualquer internauta, de qualquer lugar do mundo, pode entrar no site da SaferNet e denunciar de forma anônima e bem rápida qualquer violação de direitos humanos. Imediatamente essa denúncia será processada e enviada para as autoridades competentes e para o Ministério Público Federal. No III Congresso Mundial de Combate à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, que aconteceu no Rio de Janeiro em novembro de 2008, assinamos mais um termo de cooperação com a Polícia Federal e com a Secretaria Especial de Direitos Humanos. Desde então, além do Ministério Público Federal, a Polícia Federal recebe a denúncia. O sistema também passou a integrar o Disque 100. As denúncias de crimes na Internet que chegarem pelo Disque 100 farão parte da mesma base de dados de denúncias que nós temos. Em contrapartida, se recebemos alguma denúncia que envolva risco físico a crianças ou adolescentes, encaminhamos imediatamente para o Disque 100. Essa parceria evita duplicidade de denúncias.

CeC – Muitos pais não sabem o que os filhos veem na Internet. Como eles podem participar mais?

Rodrigo Nejm – Antes de tudo, um alerta. Mesmo que os pais não sejam experts em tecnologia, eles precisam saber que são pais e adultos responsáveis pelos filhos. Parece óbvio, mas muitas vezes os pais se sentem intimidados pelo fato de o filho de 10, 11 anos saber mais de Internet que ele. Isso jamais deve ser motivo de constrangimento para os pais. Sugerimos que eles aprendam junto com os filhos. Que peçam para o filho criar um e-mail, mostrar o que faz e como funciona a dinâmica da Internet. Nesse momento duas atividades importantes acontecerão: o pai vai aprender um pouco mais e também vai conhecer o que o filho faz na rede. Isso é interessante porque promove uma relação de confiança.

Os pais devem saber ainda que a Internet é um espaço público e que a criança está sujeita a todo tipo de ação. Antigamente dizia-se para a criança jamais receber um doce ou bala na porta da escola, aceitar carona ou conversar com estranhos. Essas dicas valem ainda hoje, mas existem novos cuidados com o avanço da comunicação em rede. No lugar de bala, a criança não pode aceitar um link de qualquer pessoa, não deve fazer um download de arquivo desconhecido. No lugar da carona, jamais aceitar um encontro presencial com alguém que conheceu pela Internet. Muita gente não sabe, mas isso tem acontecido com frequência.

CeC – Existem dados sobre isso?

Rodrigo Nejm – Realizamos uma pesquisa nacional em 2007 sobre atos de segurança das crianças na Internet. 27% das crianças disseram que já se encontraram com alguém que conheceram pela rede. Esse dado é muito preocupante. Pode parecer alguém legal, mas não temos como garantir que seja uma criança, muito menos que seja alguém bem intencionado. Pode ser um aliciador, um criminoso. O pai precisa se colocar à disposição para ser uma referência para a criança. Isso é muito importante. Da mesma maneira que um pai não deixa a criança sair sozinha à meia noite pela rua, ele deve saber que alguns espaços da Internet são inadequados para ela.

CeC – Como monitorar o que o filho vê?

Rodrigo Nejm – Na nossa concepção, a melhor “tecnologia” para monitorar e proteger é o diálogo, a confiança. Nenhum recurso de informática vai substituir a confiança das crianças nos pais e o diálogo aberto. Você pode instalar um software que grava tudo o que a criança faz na Internet, mas aí eu pergunto: algum pai coloca câmera escondida na quadra de futebol ou na casinha de boneca para saber cada palavra que os filhos disseram ao longo do dia? Não faz sentido você querer controlar e ferir a privacidade da criança para protegê-la. E se a criança vai à lan house ou à casa de um amigo ou de um primo que não tem o mesmo programa? O risco continua. Se o diálogo acontece e a orientação dos pais e da escola é constante, a criança carrega com ela essa proteção e vai saber identificar o risco.
Além disso, a criança descobre muito rápido como burlar esses programas. Não aconselhamos usá-los porque fere uma relação muito importante de confiança.

CeC – A exposição da criança na Internet pode levá-la a queimar etapas de seu desenvolvimento?

Rodrigo Nejm – Sim. O pior é que ela queima etapas sem saber que existem etapas, porque muitas não têm espaço de diálogo sobre isso. O tabu é muito grande com relação à sexualidade. A criança acaba por não ter orientação e, quando tem contato com essas situações, já é o contato com a prática. A Internet oferece um conteúdo que a criança pode dizer, ela mesma, que tem 18 anos para ver as imagens. Ela poderá ver, assistir e até colecionar. Isso queima etapas. Ela não ganha com isso porque não é o momento da vida dela.

CeC – Quem hospeda sites que contêm imagens relacionadas à exploração sexual de crianças e adolescentes também pode ser responsabilizado?


Rodrigo Nejm
– Quem hospeda o site é co-responsável em uma certa medida. Foi por isso também que, durante a CPI da Pedofilia, em dezembro de 2008, a SaferNet, junto com o Ministério Público Federal de SP, assinou um termo de cooperação com as operadoras de telefonia que oferecem acesso à Internet. Elas também estão se integrando para agilizar o procedimento de retirada desse tipo de conteúdo do ar. Depois, o Ministério Público Federal pode entrar com uma ação pedindo o início de uma investigação, para identificar o dono do site ou da comunidade, endereço, os dados e as provas. Pode pedir ainda uma ação da Polícia Federal solicitando às empresas que preservem as provas e forneçam os dados.

CeC – Qual é a avaliação da SaferNet com relação aos sites que se negam a abrir o conteúdo dos usuários para investigações?

Rodrigo Nejm – Esse impasse aconteceu com o Google, empresa dona do Orkut. Durante quase três anos, a SaferNet produziu mais de duas mil páginas de relatório sobre perfis e comunidades do Orkut que tinham pornografia infantil. Eles relutaram, mas assinaram um Termo de Ajustamento de Conduta em julho de 2008. O Google ficou responsável por regularizar essa questão e hoje responde em 48 horas para as autoridades em caso de denúncias. A empresa adotou uma nova postura. As companhias têm de entender que são responsáveis e têm de orientar os pais e as próprias crianças e adolescentes de que forma podem desfrutar dos serviços de uma maneira segura. Em termos de ética empresarial, a empresa tem de saber de que forma oferecer um serviço para uma criança e um adolescente.

CeC- Como as empresas devem fazer isso?

Rodrigo Nejm – O serviço tem de ser adequado à faixa etária e monitorado pelas empresas. Por exemplo, com relação a algumas salas de bate papo, nós recebemos denúncias desse tipo de serviço para crianças de até 10 anos. Nós entrávamos nessas salas para acompanhar as denúncias, às 10 horas da manhã. Ninguém pode imaginar o conteúdo explícito que tinha nessa sala e sem qualquer tipo de acompanhamento da empresa que oferecia o serviço. Havia, por exemplo, um homem que se masturbava na frente da webcam e pedia para a criança fazer o mesmo. Nesses e em outros casos, a Polícia Federal encontra muita dificuldade por causa da demora das empresas em fornecer dados para as investigações.

Isso não acontece mais também por conta do trabalho da CPI da Pedofilia. O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) foi ajustado para aumentar e fortalecer as penas da pornografia infantil na Internet. Hoje é crime a posse de pornografia infantil, que antes não era. Antes, se uma pessoa tivesse duas mil fotos em um computador, a polícia tinha de devolver tudo e ainda “pedir desculpas” por ter incomodado.

CeC – Há um comprometimento das empresas em combater esses crimes?

Rodrigo Nejm – O que falta no Brasil é ética empresarial. A gente percebe que não há um compromisso efetivo da maior parte das empresas em promover o uso seguro. Eles querem promover o uso comercial ao máximo. Muitas empresas associam segurança na Internet com segurança física ou patrimonial e não com a segurança das pessoas, no sentido de defender seus direitos. Ficamos tristes em ver que na Europa e nos Estados Unidos as mesmas empresas oferecem uma infinidade de conteúdos, campanhas, materiais educativos, fazem trabalhos em escolas para promover o uso seguro e ético da Internet. Aí eu pergunto: o que faz com que as crianças brasileiras não tenham o mesmo direito de proteção e de segurança que as crianças européias ou americanas em relação à Internet?

CeC – Uma legislação mais rígida poderia resolver isso?

Rodrigo Nejm – A gente acredita que não é obrigando por uma lei que isso vai se resolver. O ECA é suficiente no sentido de como devemos tratar a infância e a juventude. O que falta é ética, compromisso e responsabilidade das empresas em torno da questão. Acreditamos que aos poucos isso tem melhorado no Brasil. Mas sabemos que poucas empresas têm feito um trabalho cuidadoso. Isso nos decepciona bastante.

CeC- Que país é referência nessa questão?

Rodrigo Nejm – A Inglaterra tem um grupo muito responsável e campanhas de prevenção muito interessantes. Tem campanhas de animação para TVs educativas. Existem vídeos especialmente feitos para serem trabalhados em sala de aula com crianças e adolescentes. Eles têm kits pedagógicos que algumas escolas recebem, acompanhado de um treinamento para professores, com vídeos, DVDs e jogos. Mas isso é uma política pública. Esperamos abrir essa possibilidade com a Secretaria Especial dos Direitos Humanos, que tem se comprometido mais com o tema da Internet.

CeC- A SaferNet também faz trabalhos educativos?

Rodrigo Nejm – Tem uma área que trata de prevenção no site, um glossário sobre Internet, outro sobre direitos humanos e um glossário que chamamos de “netqueta”. São dicas de como se comportar de maneira ética e séria na Internet, sem agredir ou ferir os direitos individuais e coletivos. Nós desenvolvemos uma cartilha explicativa para pais, crianças e professores. Tem também um “contrato” de Internet segura para o pai fazer com seus filhos em casa. Esse contrato é uma folha com uma lista de atividades que a criança gosta de fazer. Junto com pai, a criança coloca ao lado de cada item os sinais verde, amarelo ou vermelho. O sinal é escolhido de acordo com o risco que aquela atividade oferece. A idéia é que o pai faça isso junto com os filhos, para mostrá-los o que se deve e o que não se deve fazer, mas nunca proibindo. Nós também fazemos oficinas com alunos e professores e identificamos que há um déficit enorme dos professores tanto da rede pública quanto particular em relação a essa dinâmica da Internet. Isso gera um prejuízo muito grande para a criança e para a sociedade.

CeC – Cada vez mais crianças se cadastram em páginas de relacionamentos e publicam fotos. Quais os riscos de fazer isso?

Rodrigo Nejm – Eu gosto de dar um exemplo quando estou em atividade com os adolescentes. Pergunto para eles se pegariam um álbum de fotografias das férias, tirariam um monte de cópias e sairiam distribuindo em pontos de ônibus, no shopping, no mural da escola para todo o mundo dar uma olhadinha. Eles caem na gargalhada e dizem que jamais fariam isso. Mas quando você coloca uma foto sua na Internet, está distribuindo essas fotos para milhões e milhões de pessoas que você nem imagina quem são. E o pior, essas pessoas podem não apenas olhar sua foto, como copiar e manipular. Quando você coloca sua foto na Internet, perde o controle sobre ela.

CeC – Recentemente surgiram notícias de jovens que colocam na rede vídeos das namoradas, às vezes menores de idade, tendo relações sexuais. Por que esses jovens procuram essa exposição?

Rodrigo Nejm – Temos um problema sério que é a questão do individualismo, da valorização da auto-imagem, da valorização do corpo perfeito. Isso está associado à sociedade de consumo. Nesse contexto cultural, a pessoa usa a Internet para se promover. Essas são situações que os meios de comunicação de massa reproduzem. É o que a gente vê com esses Big Brothers da vida, isso acontece no bairro, no condomínio. É a auto-promoção, ao mesmo tempo a auto-vigilância. A exposição da intimidade se tornou algo banal e, pior, algo desejado. Por isso, alguns jovens colocam vídeos com a ex-namorada na Internet como se ele estivesse se promovendo e a sociedade de massa tem valorizado isso.

CeC – Essa valorização do individualismo e da auto-exposição acontece cada vez mais cedo?

Rodrigo Nejm – A gente vê muito isso nos programas em que a criança aparece como um “mini adulto”. Outro exemplo são as músicas que têm temas e danças eróticas. Isso não é adequado para crianças, mas a gente tem uma cultura que banaliza e valoriza isso. Depois nos assustamos quando caem na Internet imagens envolvendo jovens e até crianças. São questões que mostram como é valorizada a questão do individualismo, do corpo e da exposição. É a valorização da competitividade desde cedo.

CeC – Você acredita que essa competição é estimulada ainda na infância?

Rodrigo Nejm – Algumas escolas oferecem para as crianças aulas de empreendedorismo no início do ensino fundamental. Essa é uma questão que eu vejo com preocupação. O adolescente que conviveu com esse ambiente pode achar o máximo colocar uma foto dele sem roupa ou da namorada na Internet. Os pais ficam horrorizados com isso, mas acham engraçado ver a criança dançando ou interpretando um adulto na televisão. Tem também novelas para crianças com adultos de vinte e poucos anos interpretando papéis de adolescentes e fazendo propaganda de produtos para adultos. Isso tudo é muito complexo, mas a criança absorve esses valores e isso resulta em questões novas.

Fonte: Instituto Alana


Diga Não À Erotização Infantil

Scotland Yard destacará 30 detetives para buscas por Madeleine


A Polícia Metropolitana de Londres (Scotland Yard) destacará 30 detetives e mais de um milhão de libras - R$ 2,6 milhões de reais - para investigar o caso de Madeleine McCann, a menina inglesa de três anos que desapareceu no Algarve português em 2007.

A abertura de uma nova investigação acontece depois de os pais de Madeleine terem enviado há uma semana uma carta ao primeiro-ministro britânico, David Cameron, para solicitar uma revisão independente do caso.

O comissário da Scotland Yard Paul Stephenson, por sua vez, afirmou que a menina pode estar viva, informou nesta quarta-feira (18) o diário The Daily Telegraph. Quando Madeleine desapareceu na localidade de Praia da Luz durante férias com os pais, a Polícia portuguesa, auxiliada por agentes da Polícia do condado inglês de Leicestershire, iniciou uma investigação que acabou encerrada em 2008 por falta de provas.

Caso reaberto
Na semana passada, a Scotland Yard anunciou que iniciará uma nova busca pela menina, uma decisão que foi recebida com críticas, sob os argumentos de que os recursos policiais seriam mais necessários para outros casos.

A Scotland Yard deverá revisar todos os arquivos cedidos pela Polícia portuguesa, tarefa que será dirigida pelo inspetor chefe da unidade de homicídios, Andy Redwood.

Os pais de Madeleine, Kate e Gerry McCann, lançaram recentemente um livro falando sobre o desaparecimento da filha.

"Copyright Efe - Todos os direitos de reprodução e representação são reservados para a Agência Efe."


R7

Trocava embriões para ter sucesso



Aquele que já foi o mais famoso geniticista brasileiro, Roger Abdelmassih, que se encontra a monte desde 2010, quando foi condenado a 278 anos de prisão por abusar sexualmente de 56 pacientes, enfrenta agora outra grave acusação: manipulação de embriões.

A revista brasileira ‘Época’ afirma que Abdelmassih manipulava embriões para torná-los mais fortes e usava embriões de estranhos em casais que o procuravam para engravidar mas cujo material genético ele não considerava bom.

Uma investigação do Ministério Público e da polícia de São Paulo revelou que Abdelmassih escolhia para fertilização assistida os embriões com mais possibilidade de sucesso, mesmo que não fossem das pessoas em tratamento, o que, na prática significava que os casais não eram os pais biológicos dos filhos que tinham. Pelo menos três casais já confirmaram por ADN não serem pais verdadeiros dos filhos que tiveram através de reprodução assistida na luxuosa clínica de Abdelmassih na capital paulista.

Paulo Bastos, que trabalhou na clínica, revelou que biólogos russos estiveram na clínica para ensinar a manipular embriões, o que explicaria o altíssimo índice de fertilizações conseguido pelo médico, muito acima da média mundial.

Correio da Manhã

18 DE MAIO – DIA NACIONAL DE COMBATE AO ABUSO E À EXPLORAÇÃO SEXUAL DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES


Em julho de 2010, o ECA - Estatuto da Criança e do Adolescente completa 20 anos. Nesses anos, tivemos muitas conquistas e tantas outras estamos por alcançar. Ter o dia 18 DE MAIO, instituído pela Lei Federal 9.970/00, como o "Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes", é uma dessas conquistas memoráveis. Esse dia foi escolhido, porque em 18 de maio de 1973, em Vitória-ES, um crime bárbaro chocou todo o país e ficou conhecido como o "Crime Araceli". Esse era o nome de uma menina de apenas 08 anos de idade, que foi raptada, drogada, estuprada, morta e carbonizada por jovens de classe média alta. Esse crime, apesar de sua natureza hedionda, até hoje está impune. Assim, a intenção do 18 DE MAIO é destacar a data para mobilizar e convocar toda a sociedade a participar dessa luta.
O abuso sexual infanto-juvenil seria o ato praticado pela pessoa que usa a criança ou o adolescente para satisfazer seu desejo sexual, ou seja, é qualquer jogo ou relação sexual, ou mesmo ação de natureza erótica, destinada a buscar o prazer sexual com crianças ou adolescentes. Também pode ser qualquer forma de exploração sexual de crianças e adolescentes (incentivo à prostituição, a escravidão sexual, turismo sexual, pornografia infantil).
A violência sexual praticada contra crianças e adolescentes é uma violação dos Direitos Humanos, em especial do direito à vivência sadia da sexualidade. Nessa violação, são estabelecidas relações diversas de poder, nas quais pessoas e/ou redes satisfazem seus desejos e fantasias sexuais e/ou tiram vantagens financeiras e lucram usando, para tais fins, as crianças e adolescentes.
Na exploração sexual, a criança ou adolescente não é considerada sujeito de direitos, mas um ser despossuído de direitos e de proteção.
As violações dos direitos humanos sexuais de crianças e adolescentes não se restringem a uma relação entre vítima e autor. Essas violações ocorrem e são provocadas pela forma como a sociedade está organizada em cada localidade e globalmente.
Os abusadores, na maioria das vezes, são pessoas aparentemente normais e do círculo de confiança das crianças e adolescen¬tes, como por exemplo, familiares, amigos, vizinhos, colegas ou mesmo os seus responsáveis. Entretanto, podem ser também desconhecidos, que abordam a vítima pessoalmente ou pela internet, por meio dos chamados sites de relacionamento.
O abuso sexual pode ocorrer de diversas formas e em qualquer classe social, das seguintes maneiras:
* sem contato físico: por meio de "cantadas" obscenas, exibição dos órgãos sexuais com intenção erótica, pornografia infantil (fotos e poses pornográficas ou de sexo explícito com crianças e adolescentes);
* com contato físico: por meio de beijos, carícias nos órgãos sexuais, ato sexual;
* sem emprego de violência: usando-se sedução, persuação, mediante presentes e/ou mentiras;
* com emprego de violência: usando-se força física ou ameaças verbais;
* na forma de exploração sexual: pedir ou obrigar a criança ou o jovem a participar de atos sexuais em troca de dinheiro ou outra forma de pagamento (passeios, presentes, comida etc.).
O enfrentamento da violação de direitos humanos sexuais de crianças e adolescentes pressupõe que todas as pessoas, desde que nascem, são seres sexuados e este universo do seu viver se expressa e é vivenciado diferentemente na diversas fases da vida humana. Na primeira infância, a criança começa a fazer as descobertas sexuais e a perceber, por exemplo, diferenças anatômicas entre os sexos. Posteriormente, com a ocorrência da puberdade, a pessoa passa a vivenciar um momento especial da sexualidade, manifestando desejos sexuais mais acentuados. Nessas fases iniciais do desenvolvimento da sexualidade (infância e adolescência), é fundamental a atenção e a proteção a partir do adulto. Nenhuma tentativa de responsabilizar a criança e o adolescente pela violação dos seus direitos pode ser admitida pela sociedade.
Aos adultos, além da sua responsabilidade legal de proteger e defender crianças e adolescentes cabe-lhes o papel da orientação, acolhida e franqueza buscando superar tabus, preconceitos e oferecendo segurança para que possam reconhecer-se como pessoa em desenvolvimento. E, mais que tudo isso, que podem organizar-se e envolverem-se coletivamente no enfrentamento aos desrespeitos aos seus direitos, sobretudo, promoção da cidadania que impõe à sociedade a necessidade de colocar crianças e adolescentes como prioridade absoluta.
Assim, pautar o dia 18 de Maio no município de Jaguapitã é demonstrar que todos - família, escola, sociedade civil, governo, instituições de atendimento, mídia - estamos convocados e comprometidos em fazer a nossa parte no enfrentamento da violência sexual e promover as condições para o desenvolvimento digno e feliz da sexualidade de nossas crianças e adolescentes.
* Parte do texto extraído pelo site do Comitê Nacional de Enfrentamento da Violência Sexual Contra Crianças e Adolescentes e reeditado pela Equipe do Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) de Jaguapitã.


Jaguapita

FALTAM DEFENSORES PÚBLICOS NO PAÍS.


Em 2010, cerca de 1.300.000 de cidadãos deixaram de ter seus direitos garantidos por falta de defensores. Realidade que levou entidade a lançar campanha de conscientização popular

Em meio a lacunas como a falta e autonomia, Associação Nacional dos Defensores Públicos Federais (Anadef) celebra, em 19 de maio, o Dia Nacional da Defensoria Pública.

Com dados que permanecem alarmantes, 130 milhões de brasileiros sem atendimento pela Defensoria Pública Federal por falta de profissionais e estrutura de apoio, segundo o Ministério da Justiça, instituição aproveita a data de comemoração da classe para novamente ressaltar as dificuldades da assistência jurídica aos cidadãos de baixa renda hoje no país.

Outra estatística perturbadora é de que, segundo determina a lei, os somente 477 profissionais existentes em todo território nacional devem atender a demanda de mais de 1.500 juízes federais; nos cinco Tribunais Regionais Federais, nas Varas Trabalhistas, onde existem 3.000 Juízes do Trabalho; TRTs; isso sem contar a Justiça Eleitoral, a Justiça Militar da União e os Tribunais Superiores.

Enquanto isso, na Câmara dos Deputados tramita uma proposta que pode modificar tal cenário. A PEC 358/2005 prevê autonomia funcional e administrativa à Defensoria Pública da União, nos mesmo moldes que a Defensoria Pública dos Estados conquistou em 2004. A causa já foi endossada pela Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), pela Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados, através de moção de apoio, e pela Pastoral Carcerária Nacional – todos atendendo a pedido da Associação Nacional dos Defensores Públicos Federais (Anadef), que briga pela aprovação da proposta na Câmara.

"De nada adianta a sociedade proclamar direitos fundamentais como sinônimo de democracia, sem que exista um instrumento eficaz capaz de permitir que a população carente possa contar com uma política pública de acesso a direitos", critica o presidente da Anadef, Luciano Borges.

Com a aprovação da igualdade de direitos, a Defensoria Pública da União deixa de depender dos repasses do Ministério da Justiça. Dessa forma, poderá atender melhor às necessidades do povo brasileiro, com ampliação de quadro e estrutura de apoio.

A Defensoria Pública da União tem competência para atuar em casos como: Direito Previdenciário, que envolve idosos e pessoas incapacitadas; Sistema Único de Saúde; Programa de Arrendamento Residencial (PAR); crimes militares voltados para a defesa dos chamados “praças”; causas envolvendo a comunidade indígena e quilombolas, pessoas portadoras de hanseníase.

Campanha de conscientização popular leva informação à população.
Associada à carência de profissionais, a Defensoria Pública convive com a total desinformação por grande parte dos brasileiros, que sequer sabem que podem ter seus direitos representados na Justiça pelo Defensor Público Federal. “Prestamos assistência jurídica gratuita aos cidadãos e eles não sabem disso. Porém, com a aposta que fizemos na campanha de conscientização popular, intitulada ‘Justiça ao alcance de todos’ e lançada esse ano, chegamos à sociedade, afinal acreditamos que a demanda popular é a arma mais poderosa que temos para alcançarmos o crescimento necessário à instituição, que hoje só está em 52 cidades do país”, comemora Luciano Borges.

A campanha, que a partir de parcerias firmadas com emissoras de TV, rádio e mídia imprensa, está presente nos principais veículos do país, chega para mostrar o papel do Defensor Público Federal. “Além da campanha, distribuímos cartilhas em todos os Estados, através dos núcleos da DPU, o que também vem reforçando a importância da classe para a população de baixa renda”, acrescenta Borges.

Atuação da Defensoria Pública Federal no país é praticamente só nas grandes capitais.
Segundo dados da ANADEF, conforme já ressaltado, a DPU está presente em apenas 52 das 214 localidades que deveriam contar com o serviço. “Hoje, o brasileiro que vive no interior quase não conta com a presença de um Defensor Público Federal. Cidades como Ilhéus, na Bahia; Osasco, em São Paulo; Campos e Macaé, no Rio de Janeiro; Maringá, no Paraná; e Sobral, no Ceará, dentre outras, ainda não possuem Defensoria da União”, esclarece Luciano Borges, presidente da Anadef.

Ainda segundo a Anadef, mesmo as localidades que já contam com a presença de Defensores Públicos Federais, o serviço prestado fica longe do ideal, pois a instituição não conta com quadro de apoio e o quantitativo de defensores é inferior ao número de Varas Federais e do Trabalho. Só no Estado de São Paulo são 79 Defensores Públicos Federais para mais de 169 Varas da Justiça Federal no Estado e mais de 100 Varas Trabalhistas apenas na Capital. No Paraná, são 21 Defensores Públicos Federais para atuação em 61 Varas da Justiça Federal, isso sem levar em conta as Varas Trabalhistas. Destaque ainda para o número total em todo o território nacional, incluindo os recém- empossados no concurso de outubro de 2010 – 477 profissionais. “Apesar do efetivo bastante reduzido e sem estrutura de apoio, em 2010, fizemos mais de 1.300.000 (um milhão e trezentos mil) atendimentos nas mais diferentes áreas de atuação pertinentes à Defensoria Pública da União”, conta Borges.

Fonte: Assessoria de Imprensa ANADEF


Visão Panorâmica

18 de maio: Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração contra Crianças e Adolescentes


No ano passado foram denunciados 15.345 casos de violência sexual contra
crianças e adolescentes. Segundo dados do Disque 100, da Secretaria de Direitos
Humanos (SEDH) da Presidência da República, em 2009 houve 9.638 registros de
abuso sexual, 5.415 de exploração sexual, 229 de pornografia e 63 de tráfico de
crianças.
E só nos quatro primeiros meses de 2011, já foram contabilizadas cerca
de quatro mil ocorrências de violência sexual contra meninos e meninas. Para
alertar sobre situação, o Brasil instituiu, desde 2000, pela Lei 9.970, a data
18 de maio como Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de
Crianças e Adolescentes.

Em Caiçara do Rio dos Ventos, estão sendo programadas palestras nas escolas, e com a população em geral esclarecendo sobre a importancia de se combater esta mazela que apodrece nossa sociedade. Os eventos serão organizados pelo Conselho dos Direitos da Criança e contará com a presença de diversas autoridades.

O abuso contra crianças muitas vezes é ignorado ou faz-se de conta que nada está acontecendo. Enquanto milhares de crianças tem seus direitos violados no mais intimo de sua inocência, o nosso Congresso Nacional e o próprio STF, se preocupam em criar "Leis" que beneficiam minorias dando-lhes privilégios impar, criando uma verdadeira "ditadura homossexual" onde os direitos da maioria da população são deixados em segundo plano e a liberdade de exercer opinião e manifestar o pensamento são cerceados.

Vamos deixar de ser hipocritas e defender quem realmente não pode defender-se por sua fragilidade. "Nossas Crianças precisam de proteção, o abuso sexual contra elas precisa ser combatido em todas as instancias de nossa sociedade"

Caiçara News


Blog Aurelio Lisboa

Menina de 10 anos é engravidada por padrasto na Bahia


SÃO PAULO - Uma menina de apenas 10 anos teria sido engravidada pelo padrasto no município de Ribeira do Pombal, Nordeste da Bahia. A gravidez foi descoberta porque a diretora da escola onde a menina estuda percebeu mudanças no corpo da criança e acionou o Conselho Tutelar.

Ao chegar à casa da família, a mãe afirmou que a menina estava com a barriga grande por estar com verme. Ela e o marido teriam levado a menina a um posto de saúde para tentar fazer um aborto.

Edson dos Santos Andrade, de 39 anos, estuprava a menina havia dois anos. Segundo a polícia, a mãe, Luciene Pereira de Santana, 41 sabia de tudo. O padrasto dormia com a criança na mesma cama.

Ele foi detido no fim de semana. A mãe foi presa nesta segunda-feira.

- Ele confessou o abuso e a mãe admitiu que sabia - diz o delegado responsável pelo caso, Equiber dos Santos Alves.

Luciene tem outros dois filhos, que moram com os avôs.

A menina foi levada a uma Casa de Passagem, onde recebe atendimento médico e psicológico.De acordo com o delegado, a gravidez, de risco, pode ser interrompida com ordem judicial.

- Estamos avaliando isso - afirmou.


O Globo

terça-feira, 17 de maio de 2011

18 de Maio - Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual Contra Crianças e Adolescentes

Atibaia promove comemoração no dia 18 de maio de 2011 às 9:00hs, debate sobre o tema acima e às 14 horas marcha saindo da Prefeitura até o Mercado Municipal.

Violência contra crianças


Estudos de organismos internacionais e instituições brasileiras buscam qualificar e fornecer parâmetros para que políticas públicas se tornem eficientes no combate à violência contra crianças e adolescentes. As agressões sofridas, sejam de ordem moral, física e sexual, acontecem nos ambientes mais diversos, desde ações "disciplinadoras" de escolas ou instituições de abrigo, intimidação e discriminação dos próprios colegas, coações no trabalho, abusos em casa ou situações de risco, como o tráfico e a pornografia. As conseqüências na formação e na vida futura desses jovens, desde falta de perspectivas como traumas profundos, são objeto de muita pesquisa e trabalho acadêmico.
A taxa de violência infantil encontrada na pesquisa foi maior do que a divulgada pelos órgãos oficiais. Em Ribeirão Preto, por exemplo, em média, 5,7% das crianças, de zero a dez anos sofrem maus tratos.
A delegada também chamou atenção para a punição prevista para quem é acusado de violência infantil. No caso de maus tratos a pena varia de dois meses a um ano. Se a agressão resultar em lesão corporal de natureza grave, a pessoa pode pegar de 1 a 4 anos. Já no caso de morte, o agressor pode ser condenado de 4 a 12 anos.

Publicado em 19 de março de 2009

Blog Alana#Eliane

Fotógrafo documenta criaturas luminosas no oceano

O fotógrafo, de 25 anos, sai de barco à noite e para a uma distância de cerca de 5 quilômetros da costa. Ali, ele desliga o motor da embarcação e mergulha. Na foto, um peixe não-identificado. Foto: Joshua Lambus / Solent



O fotógrafo Joshua Lambus, de 25 anos, costuma documentar minúsculos animais marinhos luminosos no Mar do Havaí durante mergulhos em águas profundas na região.


Lambus é especialista em fotografar criaturas marinhas em águas profundas. Na foto, um animal conhecido em inglês como 'bobtail', que mede quase 2 centímetros. Foto: Joshua Lambus / Solent
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A coleção impressionante de imagens produzidas por Lambus inclui águas-vivas, polvos, lulas, camarões e diversos tipos de peixes brilhantes. Boa parte deles tem até quatro centímetros de comprimento.
Os animais foram encontrados a grandes profundidades na costa da ilha Havaí, a maior do arquipélago.

O fotógrafo ficou famoso depois de capturar imagens raras de um polvo minúsculo. Era a segunda vez que o animal era fotografado. Na foto, um ser com um camarão pendurado em sua lateral. Foto: Joshua Lambus / Solent

Segundo Lambus, as fotos são tiradas em mergulhos noturnos. De barco, ele vai até cerca de cinco quilômetros longe da costa e mergulha na completa escuridão.

O fotógrafo acumula imagens feitas durante mais de 400 mergulhos em águas profundas.

O fotógrafo Joshua Lambus conseguiu documentar minúsculos animais marinhos luminosos no Mar do Havaí. Na foto, uma pequena lula, que mede cerca de 2,5 centímetros. Foto: Joshua Lambus / Solent

Ele diz que "falta de luz e de referências é o mais próximo que posso imaginar de estar no espaço".


BBC Brasil

Ação no Twitter promove debate sobre papel social e pedagógico da Internet



A Fundação Telefônica promove no dia 17 de maio, Dia Mundial da Internet, um debate sobre o papel social e pedagógico da rede por meio do microblog Twitter. A ação é realizada pelo EducaRede, portal educativo da Fundação, nos oito países onde está presente – Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Espanha, México, Peru e Venezuela. Os debates tratam de temas como o direito ao acesso, segurança, tecnologia para a cidadania, direitos da criança e educação, usando uma mesma hashtag (#diainternet).

O EducaRede também disponibiliza, na seção Gerações Interativas (http://www.educarede.org.br/educa/index.cfm?&pg=comunidade_virtual.publicacao&id_comunidade=0&ID_PUBLICA=6704), uma série de dicas sobre o uso seguro da rede.

O conteúdo faz parte do projeto Gerações Interativas, que pesquisa o comportamento de crianças e adolescentes diante das telas digitais e desenvolve materiais educativos a respeito. Desde maio de 2010, em conjunto com a Universidade de Navarra, da Espanha, a Fundação Telefônica está realizando a segunda rodada da pesquisa sobre o uso da Internet, dos videogames, do celular e da TV por crianças e jovens, no âmbito da Ibero-América.

A primeira pesquisa evidenciou desafios a serem enfrentados, já que o Brasil obtém a segunda pontuação mais alta (atrás apenas da Argentina) quanto à ausência de mediação: 46% dos estudantes não têm acompanhamento de pais ou professores no uso da rede.

Para saber mais sobre o Dia e as ações por todo o mundo, visite http://www.diadeinternet.org/.

Veja mais sobre o tema em:
http://www.educarede.org.br/educa/index.cfm?pg=internet_e_cia.informatica_principal
http://www.educarede.org.br/educa/index.cfm?pg=internet_e_cia.be-a-ba_principal
http://www.educarede.org.br/educa/index.cfm?pg=internet_e_cia.informatica_principal&id_inf_escola=818

Fonte: Fundação Telefônica


prómenino

Escola expulsa 11 alunos que agrediram colegas e combinaram bullying pela internet


Expulsos são de Votorantim, no interior de São Paulo, e têm entre 14 e 16 anos

A direção da escola estadual Daniel Verano, de Votorantim, a 102 km de São Paulo, decidiu punir com a expulsão 11 alunos acusados de bullying. Os adolescentes, com idades entre 14 e 16 anos, são acusados de terem agredido e humilhado alunos da sexta série do ensino fundamental.

As agressões teriam ocorrido no dia 5 de maio, mas a punição foi confirmada nesta segunda-feira (16). Na última sexta (13), pais dos alunos agredidos foram à escola para pressionar a direção a tomar providências.

De acordo com informações dos pais, os acusados cercaram as crianças durante o recreio. Meninos e meninas foram agredidos a socos e pontapés. Um dos agressores chegou a empunhar uma faca. Uma professora que tentou intervir foi agredida com uma pedrada. A ação dos adolescentes contra os alunos da outra série teria sido combinada pela internet.

Cinco estudantes identificados como agressores já foram transferidos. Os outros estão suspensos e aguardam a confirmação de vaga em outra escola. Os pais de um aluno que já tinha sido expulso de outro colégio decidiram que ele não voltará a estudar. O caso será encaminhado para o Conselho Tutelar.

A Diretoria Regional de Ensino de Votorantim informou que a decisão de transferir os 11 estudantes envolvidos no incidente partiu do Conselho Escolar, formado por professores, funcionários da unidade, pais e representantes do corpo estudantil, em reunião que contou com a presença dos responsáveis por todos os envolvidos.

A decisão se baseou no histórico dos estudantes e na gravidade do caso.

*Com informações da Agência Estado


R7

Crescem redutos de crack na Baixada Fluminense, diz comissão


Segundo especialistas, entre usuários estão muitas crianças e adolescentes.
'Estamos diante de uma epidemia', declara psiquiatra.


Eles começam a chegar no início da noite. São crianças, adultos e mulheres esquálidas, algumas grávidas, que formam o batalhão de dependentes do crack que caminham atônitos em direção à calçada do estacionamento de um hipermercado no Centro de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. Segundo secretarias de Promoção Social e conselhos tutelares, a cena se repete em outros pontos dos 13 municípios da região de 4 milhões de habitantes.

Já no meio da madrugada, os usuários da droga atravessam a Avenida Tabelião Silmar Silva e seguem para uma igreja onde voluntários oferecem à população de rua o "sopão da misericórdia", como chamam.

A oferta de comida atrai moradores das favelas do Lixão e Vila Ideal. Nos dois cenários de miséria, situados de frente para os principais acessos da cidade, vivem famílias com quatro ou cinco filhos pequenos em barracos com pisos de chão batido, úmidos, e paredes de papelão. É dali que sai a maioria dos ocupantes do calçadão.

'Tribos de cracudos'
Na Baixada Fluminense, as "tribos de cracudos", como são chamados nas ruas, estão espalhados por todos os lugares. Nos acessos das favelas, nos becos, nas ruas ou nas praças de Belford Roxo, Nova Iguaçu, São João de Meriti, Vilar dos Teles, São Mateus, Nilópolis, Mesquita e outras localidades da região.

"O crack está devastando a vida dos jovens fluminenses. O que a gente vê em Duque de Caxias é um dos exemplos disso. Precisamos fazer uma grande campanha de prevenção", sugere a deputada estadual Claise Maria Zito, ex-secretária de Assistência Social do município e atual presidente da Comissão de Assuntos da Criança, Adolescente e Idoso da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj).

Integrantes da comissão começaram a visitar alguns municípios da Baixada na segunda-feira (16) para fazer um levantamento do número de usuários e conhecer as medidas que estão sendo adotadas em programas de prevenção.

O aumento no consumo da droga – feita a partir da mistura e queima da pasta base de cocaína com bicarbonato de sódio e amoníaco com água destilada - impressiona até mesmo os profissionais que atuam na área.

"Estamos diante de um aumento vertiginoso de casos de usuários de crack. Sem dúvida, é uma epidemia", afirma o psiquiatra Leonardo Lessa Telles, coordenador do Programa de Saúde Mental da Prefeitura de São João de Meriti, um dois municípios mais populosos da Baixada Fluminense.

Gravidez precoce e risco de doenças
O psiquiatra alerta para os riscos de outras doenças contraídas por esses grupos. "Meninas se prostituem para conseguir a droga e acabam contraindo doenças infecto-contagiosas graves, como o HIV. E muitas delas engravidam nessa situação", alerta.

O aumento do número de crianças consumindo crack pelas ruas e redutos de prostituição na Baixada Fluminense também tem assustado os profissionais do Conselho Tutelar, formados por psicólogos e assistentes sociais,que atuam na região.

"Assusta a cada dia. Até pela questão da faixa-etária. A gente ouvia, a gente via que eram os maiores (de idade) que faziam parte desse grupo. Mas, agora, começam a chegar os menores, crianças. Em três anos de trabalho aqui, os meus primeiros casos em atendimento a usuários de crack eram pacientes com 16, 17 anos. Depois começou a diminuir, chegando a 14, 13, e já atendi até um caso de uma criança de 10 anos", afirma a conselheira tutelar Cristian de Souza, que atende no núcleo de São João de Meriti.

Um estudo feito pelo psiquiatra Pablo Roig, especialista em tratamento de viciados em crack, cujo trabalho revela que há 1,2 milhão de usuários da droga no Brasil, o consumo da droga começa, em média, aos 13 anos.

"O mercado dessa droga está em expansão, o avanço está fora de controle. E não tem nada sendo feito. O que há é uma cegueira absoluta. O crack é uma cilada explosiva, extremamente perigoso porque faz efeito muito rápido, vicia rapidamente", afirma o especialista.


G1

Violência sexual contra crianças e adolescentes é debatida em Rondon


O Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA) de Marechal Cândido Rondon promoveu (11), evento para lembrar que dia 18 de maio é o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, intitulada “Quem não denuncia, incentiva a violência. Violência contra crianças e adolescentes é crime”. O evento, que engloba uma mesa de debate, está marcado para iniciar às 19h00 no auditório do Tribunal do Júri da Unioeste.
Na ocasião, a professora e graduada em Serviço Social, Zelimar Soares Bidarra, irá coordenar a mesa de debate que contará com a presença do promotor, Dr. Ronaldo Costa Braga, delegado, Nagib Nassif Palma, Juiz de Direito da Vara da Infância e Juventude, Clairton Mario Spinassi, além de lideranças que atendem a política de direitos da criança e do adolescente, membros das Secretarias de Educação, Saúde e Assistência Social, coordenação do curso de Direito da Unioeste, assistente social e psicóloga. Entretanto, a população também está convidada para participar.
O Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes é uma conquista que demarca a luta pelos direitos humanos de crianças e adolescentes no território brasileiro. Há 11 anos a sociedade civil e o poder público organizam atos em todo o Brasil para marcar esse dia conhecido como “Show pela vida, contra a violência”. A violência sexual praticada contra crianças e adolescentes envolve vários fatores de risco e vulnerabilidade quando se considera as relações de geração, gênero, raça, etnia, orientação sexual, classe social e condições econômicas.
Na violação, são estabelecidas diversas relações de poder nas quais pessoas ou redes satisfazem seus desejos e fantasias sexuais, tiram vantagens financeiras e lucram usando crianças e adolescentes. A violência sexual contra eles ocorre por meio do abuso sexual intrafamiliar, interpessoal, exploração sexual e podem estar vulneráveis. Ou seja, se tornam mercadorias e, a partir disso, as crianças e adolescentes são usadas em várias formas de exploração sexual como tráfico, pornografia, prostituição e exploração sexual no turismo. Em vista disso, o CMDCA realizará pela segunda vez uma mesa de debate que têm como objetivo buscar o reconhecimento da existência do problema pela sociedade, pois este é o ponto de partida para que se possa criar uma atitude que envolva lideranças em postos de decisão das políticas públicas na área de violações dos direitos das crianças e adolescentes em relação à violência sexual que não é apenas um problema de quem é vítima dela, mas sim de toda a sociedade o que justifica o intuito de encontrar meios para erradicar tal violência.
Aos adultos, além da responsabilidade legal de proteger e defender crianças e adolescentes, cabe-lhes o papel pedagógico de orientação e acolhida, buscando superar mitos, tabus, preconceitos e oferecer segurança para que possam se reconhecer como pessoa em desenvolvimento e envolver-se coletivamente na defesa, garantia e promoção dos seus direitos. Portanto, o CMDCA convoca as famílias, escolas, sociedade civil, governos, instituições de atendimento, igrejas, universidades e a mídia para assumir um compromisso no enfrentamento da violência sexual, promovendo o desenvolvimento da sexualidade de crianças e adolescentes de forma digna, saudável e protegida.


O Presente

Livro adotado pelo MEC defende 'erro'


BRASÍLIA

"Nós pega o peixe" ou "os menino pega o peixe". Para os autores do livro de língua portuguesa Por uma Vida Melhor, da Coleção Viver, Aprender, adotado pelo Ministério da Educação (MEC), o uso da língua popular - ainda que com seus erros gramaticais - é válido.


A obra também lembra que, caso deixem a norma culta, os alunos podem sofrer "preconceito linguístico".

Diz um trecho do livro, publicado pela Editora Global: "Você pode estar se perguntando: "Mas eu posso falar "os livro"?" Claro que pode. Mas fique atento, porque, dependendo da situação, você corre o risco de ser vítima de preconceito linguístico. Muita gente diz o que se deve e o que não se deve falar e escrever, tomando as regras estabelecidas para a norma culta como padrão de correção de todas as formas linguísticas".

O livro foi distribuído pelo Programa Nacional do Livro Didático para a Educação de Jovens e Adultos (PNLD-EJA) a 484.195 alunos de 4.236 escolas, informou o MEC.

Correto e adequado. Em nota enviada pelo ministério, a autora Heloisa Ramos diz que "o importante é chamar a atenção para o fato de que a ideia de correto e incorreto no uso da língua deve ser substituída pela ideia de uso da língua adequado e inadequado, dependendo da situação comunicativa".

"Como se aprende isso? Observando, analisando, refletindo e praticando a língua em diferentes situações de comunicação", segue a nota.

Heloisa também afirma que o livro tem como fundamento os "documentos do MEC para o ensino fundamental regular e EJA (Educação de Jovens e Adultos)" e leva em consideração as matrizes que estruturam o Exame Nacional de Certificação de Jovens e Adultos (Encceja).

A Editora Global disse ao Estado, por meio de sua assessoria de imprensa, que é a responsável pela comercialização e pela produção do livro, mas não pelo seu conteúdo.


Estadão

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Governo lança campanha contra homofobia, e Cabral autoriza policiais a irem a Parada Gay uniformizados

RIO - O Governo do Estado lançou, na manhã desta segunda-feira, a campanha do programa 'Rio sem Homofobia', que busca combater a discriminação e a violência contra a comunidade LGBT (lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais). Durante a cerimônia, o governador Sergio Cabral autorizou os policiais e bombeiros homossexuais a participarem da próxima Parada Gay uniformizados e usando as viaturas. Cabral também assinou um documento com 125 metas para combater a homofobia até 2014, além de exibir as peças publicitárias que integram a campanha. Participaram da cerimônia o vice-governador Luiz Fernando Pezão, o secretário estadual de Assistência Social e Direitos Humanos, Rodrigo Neves, o coordenador do programa, Cláudio Nascimento, e a senadora Marta Suplicy, entre outras autoridades.

Segundo o coordenador do programa, a luta, agora, é para o Congresso Nacional aprovar a lei que criminaliza a homofobia:
"Um passo importantíssimo que nós demos foi a aprovação, no STF, da legalização da união civil de pessoas do mesmo sexo. Uma vitória que foi conseguida por meio de uma ação do governo do estado. Isso dá orgulho ao Rio de Janeiro, que sempre foi vanguarda na história das transformações sociais do país. A próxima etapa é fazer com que o Congresso saia da letargia, da sua covardia em relação a esse debate, e assuma de forma objetiva e sincera um setor da sociedade que está excluído dos direitos plenos de cidadania. É preciso ter uma legislação que torne crime a prática da homofobia", disse, através de nota.

O lançamento da campanha acontece um dia depois de um homossexual ser encontrado morto, por espancamento, em um terreno baldio em Barra Mansa, no Sul Fluminense. Nas mãos de Jonatas Lopes Ferreira, de 23 anos, a polícia encontrou fios de cabelos. No local, os PMs apreenderam um preservativo, ainda na embalagem, que estava próximo ao corpo.

Visita íntima para casais homossexuais já foi regulamentada

No dia 29 de abril, o governador já havia anunciado a regulamentação da visita íntima para casais homossexuais em presídios fluminenses. A ação já fazia parte do conjunto de iniciativas do programa 'Rio sem Homofobia'. Ainda esse mês, uma cartilha será lançada com informações para policiais e agentes penitenciários, além de seminários e encontros de capacitação, para orientar a recepção e abordagem dos detentos e de companheiros. A ideia é garantir que a aplicação da resolução seja eficaz.
Antes das visitas, lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais deverão entrar em contato com o Disque Cidadania LGBT (0800 0234567), para marcar uma entrevista no Centro de Referência LGBT. A partir deste encontro com assistentes sociais, psicólogos e advogados será emitido um ofício a ser enviado para a direção do presídio, para que a visita possa ser realizada.


O Globo
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