O vírus tipo 1 da dengue voltou a ser detectado no Estado do Rio de Janeiro após 20 anos de inatividade. Como a população do Rio não convivia com essa variação do vírus da dengue, a Secretaria Estadual de Saúde já está em alerta para evitar uma epidemia devido à baixa resistência imunológica da população. De acordo com o entomologista e pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz, Rafael Freitas, há muito mosquito no Rio de Janeiro e, neste primeiro momento, não dá para identificá-los como o transmissor da dengue. Porém, destacou, caso os mosquitos sejam o Aedes aegypti, uma epidemia não está descartada. Até a última quarta-feira (4) foram registrados 22.600 casos de dengue em todo o Estado do Rio. No ano passado, 11.411 pessoas tiveram a doença. De acordo com nota divulgada pela Secretaria Estadual de Saúde, o número aumentou, porém ainda não é alarmante, e todas as medidas estão sendo tomadas para controlar o avanço da dengue. Algumas recomendações para evitar a proliferação dos mosquitos são: não deixar água parada em recipientes como garrafas, vasos de plantas e pneus, além de manter as caixas de água bem tampadas para evitar os criadouros do transmissor da dengue.
Eu sofro por ser mulher, diz iraniana condenada à morte por adultério
"A resposta é bem simples. É por eu ser uma mulher, é por eles acharem que podem fazer o que quiserem com as mulheres, neste país." É assim que Sakineh Ashtiani, a iraniana condenada à morte por apedrejamento pelo "crime" de adultério, define o motivo pelo qual aguarda por uma das mais cruéis penas de morte do mundo. Presa desde 2006 na cadeia de Tabriz, Sakineh falou ontem ao jornal britânico "Guardian" por meio de um intermediário cuja identidade foi mantida em sigilo. "A resposta é bem simples. É por eu ser uma mulher, é por eles acharem que podem fazer o que quiserem com as mulheres, neste país. Para eles, adultério é pior que homicídio. Mas não todos os tipos de adultério: um homem adúltero pode nem ser preso, mas uma mulher adúltera é o fim do mundo. É por estar em um país onde as mulheres não têm o direito de se divorciar dos maridos e estão privadas de direitos básicos."
Medo "Elas [autoridades iranianas] estão mentindo. Estão envergonhadas com a atenção internacional dada ao meu caso e tentam desesperadamente distrair a atenção e confundir a mídia para me matarem em segredo."
Julgamento "Fui considerada culpada de adultério e absolvida do homicídio. O homem que realmente matou meu marido foi identificado e preso, mas não condenado à morte. Quando o juiz me entregou minha sentença, nem percebi que deveria ser apedrejada à morte porque eu não sabia o que "rajam" significa. Eles me pediram para assinar minha sentença e eu o fiz, daí eu voltei à prisão, e os meus companheiros de cela me disseram que eu seria apedrejada à morte e eu, instantaneamente, desmaiei.'
Advogado "Eles queriam se livrar do meu advogado [Mohammad Mostafaei] para que pudessem facilmente me acusar do que quer que fosse sem que ele denunciasse. Não fossem os esforços dele, eu já teria sido apedrejada à morte."
Prisão "As palavras deles [dos guardas de Tabriz], o jeito como me olham -uma mulher adúltera que deveria ser apedrejada à morte- é como ser apedrejada todos os dias."
Campanha "Todos esses anos, elas [autoridades tentaram colocar uma coisa na minha cabeça, me convencer de que eu sou uma mulher adúltera, uma mãe irresponsável, uma criminosa. Mas, com o apoio internacional, uma vez mais me vejo uma pessoa inocente. Não deixem que me apedrejem diante do meu filho."
Um pai conseguiu convencer o sistema de saúde público britânico, o NHS, a financiar um remédio que ele encontrou na internet para tratar a filha doente.
Charlotte Durham, de 18 anos, que sofre de hipertensão intracraniana idiopática – um raro transtorno neurológico que aumenta a pressão interna no cérebro levando a dores de cabeça lancinantes e que pode causar cegueira – descreveu o tratamento como “um milagre”. O pai dela, Andy, descobriu pela internet um remédio que obteve bons resultados no tratamento de 24 pacientes da doença, de um grupo de 26, durante um estudo médico na Grécia. A autoridade de saúde de South Staffordshire, onde mora a jovem, concordou em financiar o tratamento pelo NHS. O sistema de saúde público britânico financia tratamentos e remédios para os pacientes, desde que tenham sido testados e aprovados pelas autoridades de saúde locais.
“Impressionante” A autoridade explicou que a substância octreotide “normalmente não é financiada” para esta doença. Ao comentar sua condição, a jovem disse: “Estava com medo de ficar cega. Todos os remédios que usei me deixaram pior, então, disse à minha mãe e ao meu pai: ‘Estou desistindo’”. “Foi aí que meus pais falaram: ‘Bem, nós não estamos desistindo, tem alguma coisa por aí que pode curá-la.’ Foi aí que meu pai começou a procurar na internet.” Andy Durham descobriu que o remédio que, normalmente, é usado para problemas de crescimento anormal, havia ajudado pacientes de hipertensão intracraniana idiopática. Charlotte corria o risco de ter que passar por uma cirurgia na qual o líquido cefalorraquidiano (LCR), que causa o aumento da pressão dentro do crânio, é drenado para outra cavidade corporal. Mas seu pai convenceu o Hospital da Universidade de North Staffordshire a experimentar o uso da octreotide durante um tratamento de dez dias. O hospital então sugeriu o tratamento para as autoridades locais de saúde.
Tratamento Em um comunicado, a autoridade local de saúde afirmou: “A autoridade local concluiu que este caso tem circunstâncias clínicas excepcionais por conta da condição de Charlotte ser incomum, mesmo entre pacientes em condições similares, e ela não responder ao tratamento comumente recomendado para esta doença”. “Sua resposta inicial a este tratamento foi animadora.” Segundo o neurologista Brendam Davies, da Clínica Regional de Dores de Cabeça de North Midlands, “o caso de Charlotte ressalta a necessidade de financiamento de mais pesquisas clínicas sobre o tratamento efetivo de hipertensão intracraniana idiopática”. A doença normalmente atinge mulheres jovens e obesas. Charlotte afirmou que o risco de cirurgia é coisa do passado, e que ela nem pensaria em tomar outro remédio agora. Seu pai explicou: “Você faria qualquer coisa por seus filhos, qualquer coisa. Eu não podia aceitar que o tratamento disponível no serviço público era tudo o que havia”.
Desembargador vai decidir se juíza é competente ou não para julgar o caso. Caso o processo mude de comarca, ele será retomado de onde parou.
A juíza da Vara do Tribunal do Júri de Contagem, Marixa Fabiane Lopes, declarou-se, na quinta-feira (5), competente para julgar o caso envolvendo o desaparecimento de Eliza Samudio. Agora cabe ao desembargador da 4ª Câmara Criminal, Júlio Cesar Gutierrez, decidir se a juíza é competente ou não para julgar o caso. O advogado de Bruno e de mais seis réus do desaparecimento de Eliza Samúdio, Ércio Quaresma, havia entrado com um pedido de habeas corpus, no Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), declarando conflito de competências. De acordo com ele o suposto crime teria ocorrido em Vespasiano e não em Contagem, segundo o inquérito. De acordo com informações da assessoria do TJMG, a juíza apresentou sua defesa e explicou que várias medidas cautelares foram requisitadas na comarca de Contagem, como prisões temporárias dos investigados, buscas e apreensões e quebra de sigilo telefônico e dados cadastrais dos investigados. Ainda de acordo com a assessoria do TJMG, Marixa Fabiane Lopes, afirmou que, no inicio das investigações, as suspeitas eram de que o crime teria ocorrido dentro do sítio de Bruno, que fica localizado no limite das comarcas de Contagem e Esmeraldas. A defesa da juíza foi encaminhada ao TJMG para decisão do desembargador Júlio Cezar Gutierrez. Caso ela seja declarada incompetente e o processo mude de comarca, nada do que já foi determinado até o momento será invalidado.
Prisão preventiva Na quinta-feira (5), a juíza Marixa Fabiane Lopes Rodrigues expediu mandados de prisão preventiva para todos os acusados de participação no desaparecimento e na suposta morte da ex-amante do goleiro do Flamengo. Todos já estão presos. A partir de agora, os nove poderão ser formalmente acusados de homicídio triplamente qualificado, sequestro e cárcere privado na forma qualificada, ocultação de cadáver e corrupção de menor. Além do atleta, foram citados pelos mesmos crimes Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão; Flávio Caetano de Araújo; Wemerson Marques de Souza, o Coxinha; Dayanne Rodrigues do Carmo Souza, mulher de Bruno; Elenilson Vitor da Silva; Sérgio Rosa Sales; e Fernanda. Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, deverá responder por homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver. A soma das penas máximas que podem ser aplicadas aos acusados é de 42 anos de prisão. No caso de Bola, a pena pode chegar até 33 anos. A defesa dos acusados tem dez dias para responder à acusação. Em seguida o processo será encaminhado para instrução, pronúncia e julgamento.
Corpos foram encontrados no norte do país. Talibã assumiu autoria e disse que médicos 'pregavam cristianismo'
Um grupo de dez profissionais da saúde - entre eles oito estrangeiros - foi morto no noroeste do Afeganistão por atiradores, informou a polícia neste sábado (7). Os assassinatos ocorreram quando eles voltavam de uma incursão para oferecer ajuda oftalmológica para populações carentes. O Talibã assumiu a responsabilidade pelas mortes e acusou os médicos de pregar o cristianismo. O diretor executivo da ONG Missão de Assistência Internacional, Dirk Frans, disse à agência de notícias Reuters que foram encontrados corpos de oito estrangeiros - cinco homens e três mulheres - e de dois afegãos. Segundo ele, o grupo original era de 12 pessoas - seis americanos, uma inglesa, uma alemã e quatro afegãos. Frans afirmou que dois afegãos conseguiram escapar da matança.
Raio X da guerra: Afeganistão
O grupo estaria viajando há duas semanas e perdeu contato com a entidade na quarta-feira. Segundo Dirk Frans, na sexta-feira, um afegão que escapou da emboscada ligou para avisar do ocorrido. Um comunicado, a embaixada americana disse ter informações das mortes, mas que ainda não havia sido possível confirmar que eram americanos. "Essa tragédia tem impacto negativo na possibilidade de continuar servindo a população afegã, como temos feito desde 1996", diz um comunicado da entidade. "Esperamos que isso não inviabilize nosso trabalho que beneficia mais de 25 mil afegãos todos os anos." O grupo era composto de médicos, enfermeiros e assistentes e foi atacado quando voltava a Cabul pela província de Badakhshan. Entre os mortos estava o optometrista americano Tom Little, que trabalhava no Afeganistão há mais de 30 anos.
* Com informações das agências de notícias Reuters e AP
RIO - Os três Juizados da Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher no município do Rio - entre eles, o que condenou o ator Dado Dolabella a dois anos e nove meses de prisão em regime aberto - abrem praticamente um processo por hora. Das 66.733 ações iniciadas desde que as varas especiais foram criadas, entre 2007 e 2008, 35% ou 23.673 já receberam sentença. A maior parte, no entanto - 43.060 processos -, ainda aguarda julgamento. Os juizados são um desdobramento da Lei Maria da Penha (11.340), que hoje completa quatro anos e tornou mais rígidas as punições a acusados de violência doméstica.
Juízas farão mutirão para reduzir fila de processos Entre os três, o campeão de abertura de processos é o 1º Juizado, no Centro: desde junho de 2007, quando foi criado, foram aceitas 29.856 ações, das quais 10.989 já receberam sentença. Na próxima semana, as juízas da vara especial farão um mutirão para diminuir a fila de processos. As juízas Adriano Ramos de Mello e Anne Cristina Scheele Santos, que condenou o ator Dado Dolabella pela agressão à ex-namorada, a atriz Luana Piovani, e a camareira dela, Esmeralda de Souza, farão audiências especiais na quinta e sexta-feira da próxima semana. A expectativa é julgar mil casos. - O foco do mutirão não é condenar os réus, e sim dar celeridade aos processos dessas vítimas que buscam o Judiciário - explicou a juíza Adriana Ramos. Responsável por aumentar as denúncias contra a violência doméstica, a Lei Maria da Penha foi elaborada por um grupo interministerial, que contou com sugestões de ONGs. Sancionada pelo governo federal há exatos quatro anos, a lei contou com a participação decisiva da Secretaria de Políticas para as Mulheres. Subordinada ao órgão, a secretária nacional de Enfrentamento à Violência contra a Mulher, Aparecida Gonçalves, destaca que a nova norma mudou paradigmas de comportamento na sociedade brasileira. Ela cita uma pesquisa do Ibope/Instituto Avon, divulgada recentemente, em que 35% dos entrevistados afirmaram que, após a sanção da Lei Maria da Penha, tomam alguma atitude diante de uma violência contra a mulher. - Além de criar uma rede de proteção à mulher, a lei está mudando a sociedade. No caso do Dolabella, o importante é que houve punição. As peças no processo é que vão dizer o quão grave foi a agressão e cabe ao juiz determiná-la - afirmou Aparecida, esquivando-se de comentar a polêmica sobre o tamanho da pena aplicada ao ator.
Local em Uberaba está abandonado há mais de um ano. Suspeita é de que sejam fetos humanos
A polícia aguarda o laudo do Instituto Médico Legal (IML) para instaurar inquérito sobre o material encontrado nessa quinta-feira (05) à noite no antigo Hospital Vera Cruz, em Uberaba. A suspeita é de que sejam fetos humanos. O local está abandonado há mais de um ano. Os quatro fetos e parte de um órgão humano foram encontrados abandonados na antiga clínica pediátrica. Todos já estavam em estado de decomposição. Um homem, que prefere não se identificar, foi quem achou o material e resolveu ligar para a polícia. O consultório está fechado há quase um ano. Ao que tudo indica fazia parte de um hospital que fica ao lado e que também está fechado pelo mesmo período. Apesar de estar desativado há sinais de que pessoas entravam no local. Pelas antigas salas há roupas, calçados, remédios e muitos papéis espalhados. A Polícia Militar esteve no lugar. A área onde funcionava o hospital pertence a um supermercado. De acordo com a assessoria de imprensa da Prefeitura a empresa já foi autuada pela Vigilância Sanitária por causa de existência de materiais hospitalares no local.
Nível de serotonina no cérebro e ambiente podem alterar comportamento
Pesquisadores dos EUA dizem que adolescentes que possuem uma variante de gene ligada à serotonina (neurotransmissor que regula o humor, sono, memória e aprendizagem) têm mais tendência a sofrer de problemas psiquiátricos se viverem na pobreza. O estudo, primeiro a identificar a espécie de gene associado com tendências psicopatas na juventude, foi divulgado neste mês no Journal of Abnormal Psychology. Pessoas consideradas psicopatas geralmente são mais insensíveis e frias do que as demais pessoas, segundo o professor de psicologia Edelyn Verona, da Universidade de Illinois, autor do estudo. - Pessoas com traços psicóticos tendem a ser menos ligados em outras pessoas, mesmo que tenham relações com elas, mas podem ser encantadores às vezes e são os melhores em iludir e manipular os outros, já que têm baixos níveis de empatia e remorso. A nova pesquisa focou duas variantes do gene de uma proteína transportadora da serotonina. Chamadas alelos, as duas diferem no tamanho e na forma de transporte, o que os pesquisadores suspeitam que resulte em mais ou menos serotonina no cérebro. A consequência disso é a alteração do perfil comportamental. Estudos anteriores descobriram que pessoas muito impulsivas e agressivas tendem a ter menos serotonina no cérebro do que outras pessoas, enquanto as que apresentam traços psicóticos geralmente têm níveis mais elevados. Outro estudo associou o comportamento muito impulsivo com alelos menores. Em dois estudos separados, a equipe de Verona descobriu que as crianças e adolescentes com alelos maiores mostraram mais traços psicóticos se eles também tinham viviam em ambientes mais pobres. Essas crianças mostraram-se mais arrogantes, falsas e menos sensíveis emocionalmente as adversidades do que os demais analisados. Já os jovens que tinham alelos longos e um perfil social mais elevado, no entanto, mostraram poucas características psicóticas, sugerindo que o alelo maior é suscetível ao ambiento socioeconômico. Já as crianças com o alelo mais curto mostraram mais impulsividade, independente de sua situação socioeconômica. - Esta é a primeira evidência genética de que estes dois tipos têm origens diferentes.
Os fiscais da Vigilância Sanitária Estadual aplicaram 822 multas por desrespeito às regras em um ano de vigência da lei antifumo - que se completa neste sábado. O tabagismo é permitido apenas em residências, tabacarias, cultos religiosos e quartos de hotéis e pousadas ocupados por hóspedes. Segundo a Vigilância, 48% das autuações foram feitas na capital paulista, principalmente nos bairros Itaim Bibi e Vila Olímpia. Durante este ano, foram realizadas 360 mil fiscalizações em bares, restaurantes, casas noturnas e demais estabelecimentos. Os locais que ainda deixam os clientes fumarem em espaços fechados podem ser interditados. As denúncias podem ser feitas no site ou pelo telefone 0800 771 3541.
Foto de dezembro de 2008 mostra o casal Heath e Deborah Campbell com o filho Adolf Hitler; Justiça americana alegou violência doméstica retirar o menino, hoje com quatro anos, e suas duas irmãs da guarda dos pais
Casal se inspirou no nazismo para batizar filhos, mas perdeu a guarda por violência
A Justiça americana determinou nesta quinta-feira (6) que um casal que deu a seus três filhos nomes inspirados no nazismo não deve recuperar a custódia das crianças, informou a rede NBC News. Uma das crianças foi batizada de Adolf Hitler. O site AOL News informou, no entanto, que o que motivou a decisão judicial não foram os nomes dados às crianças, mas o histórico de violência doméstica dos pais contra os filhos. O casal Heath e Deborah Campbell nega essa alegação. Segundo a NBC, as crianças foram retiradas de casa em janeiro de 2009, depois que os pais pediram a uma confeitaria da localidade de Holland Township, Estado de Nova Jersey, colocasse o nome de Adolf Hitler no bolo de aniversário do filho. Após a recusa da confeitaria, o pedido foi posteriormente atendido por um supermercado da rede Wal-Mart, informou a NBC. Desde então, Adolf Hitler Campbell, de quatro anos, vive em um orfanato junto com as irmãs Joyce Lynn Arian Nation Campbell, de três anos, e Honslynn Hinler Jeanie Campbell, de dois anos. Os nomes das meninas fazem referência, respectivamente, à “nação ariana” (de supremacia e com a “pureza” da raça branca) defendida por Hitler e a Heinrich Himmler (1900-1945), chefe da polícia alemã SS durante a Alemanha nazista. Himler foi uma das pessoas que lideraram e organizaram, durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), o Holocausto - que resultou na morte de mais de 6 milhões de judeus em campos de concentração na Europa.
Policial diz que pai não era violento Ao negar a custódia aos pais, a Corte de Apelações de Nova Jersey entendeu haver evidências suficientes de negligência ou violência doméstica. Segundo o AOL News, a decisão judicial afirma que os Campbell “não receberam tratamento adequado para sua grave condição psicológica” e representam uma ameaça a seus filhos. O site informou que, no centro do caso, está um bilhete que Deborah escreveu a um vizinho dizendo acreditar que seu marido poderia matá-la. Anteriormente, autoridades já haviam dito que o fato de as crianças terem sido retiradas de casa não tem nada a ver com seus nomes. E, segundo várias fontes, isso não está nem citado no processo. Mas o caso gera polêmica na própria localidade onde vivia a família. A NBC cita o sargento John Harris, da polícia de Holland Township, que afirmou desconhecer que os pais abusavam dos filhos. Foi Harris quem levou as crianças embora de casa, a pedido da Justiça, em 2009. - Só de conhecer o senhor Campbell pelos últimos dez anos, eu nunca soube que ele tenha abusado dos seus filhos. A mãe disse, na ocasião, acreditar que os nomes das crianças tenha sido o problema que levou a Justiça a retirá-las de sua guarda.
Especial reúne argumentos de educadores, psicólogos e outras personalidades. Veja o que diz Ilan Brenman, educador, psicólogo e autor de dezenas de livros pra crianças
A CRESCER acredita que é possível educar sem bater. Mas qual o problema, afinal, em dar uma palmadinha vez ou outra para impor limite? Convidamos diversos especialistas para responder a essa questão. O escritor Ilan Brenman, também educador, psicólogo e autor de dezenas de livros pra crianças como o Até as Princesas Soltam Pum (Ed. Brinque-Book), acredita, claro, mais no poder da palavra do que da palmada. Foi assim inclusive na sua infância, com seu pai. "Nunca senti a mão do meu pai me batendo. O que ele dizia já bastava". Pai de duas filhas, ele sabe que muitas vezes o dia a dia mostra situações difíceis e algo que funciona falar para uma não tem o mesmo efeito com a outra. Mas ainda assim, os conflitos não devem ser resolvidos com violência. Afinal, como o adulto é o mais forte, essa desvantagem não dá sequer chance da criança se defender. Ele destaca, ainda, que a influência do diálogo é para o bem e para o mal. "A palavra também pode causar uma ferida para o resto da vida", diz Ilan, pedindo muita atenção para que a discussão vá além da agressão física. Ilan ressalta, no entanto, a relevância de uma legislação sobre o assunto. "A meu ver, é algo muito complexo para se decidir em forma de lei. Valeria mais fazer boas campanhas, com personalidades influentes".
Veja alternativas à palmada em nosso especial Palmada, não!
O fotógrafo de vida selvagem sul-africano Steve Bloom está lançando seu mais recente trabalho, um livro de fotografia para crianças com idade entre sete e 11 anos.
My Favourite Animal Families (Minhas Famílias Animais Favoritas, em tradução livre), traz fotos de 14 espécies diferentes em 70 páginas e explora a semelhança de comportamento entre animais e humanos.
Com texto do autor infantil David Henry Wilson, o livro detalha as particularidades de cada espécie e seu comportamento em família, como o orangotango, por exemplo, que tende a passar entre seis e sete anos com a mãe antes de ir "morar sozinho".
A obra, publicada pela editora Thames & Hudson, reúne 14 anos de trabalho do fotógrafo, baseado na Grã-Bretanha, e traz imagens de vários continentes, variando entre savana, selva e Antártida.
Englobando o país em que as pessoas clamam por uma segurança pública mais justa e eficiente, está dentre os agentes institucionais incumbidos dessa árdua missão, a figura das Guardas Municipais como boa opção de somação na tentativa de resgatar a confiança do povo nos seus órgãos de proteção para uma conseqüente melhora nesta problemática área social. Com o recrudescimento da violência e o aumento estúpido da criminalidade em todo canto do país e, pelo fato das Polícias não estarem sendo suficientes o bastante para conter o surto da marginalidade, precisamos além do apoio irrestrito da população, das ações relacionadas às Guardas Municipais neste importante mister de bem proteger a sociedade. A sociedade brasileira é sabedora que a Instituição Policial Militar tem as suas ações voltadas primordialmente para a prevenção em virtude de ser uma força fardada, uniformizada, enquanto que a Polícia Civil, a Polícia Judiciária é incumbida da repressão ao crime, ou seja, é responsável por construir o alicerce do Processo Criminal através da investigação policial, do inquérito policial, para levar os delinqüentes ás barras da Justiça. Entendem-se pelas matérias policiais e entrevistas diversas que o povo sabiamente, com toda razão, prefere a prevenção ao crime, por isso clama pela sua Polícia ostensiva, preventiva, pela sua Polícia uniformizada para frear a velocidade do crime e da violência, contudo, dado ao fato de que, cujo policiamento requer de um grande contingente em todos os Estados, em todas as cidades, infelizmente isso não ocorre a contento, pois com o sucateamento que os Governos fizeram com as Instituições Policiais ao longo dos anos, não evoluindo para acompanhar o crescimento populacional e marginal consequentemente, é praticamente, para não dizer impossível, que os Estados sozinhos possam arcar com tais responsabilidades reparadoras, por isso não há como os Municípios deixarem de concorrer com as suas parcelas de responsabilidades em busca da solução adequada para essa problemática e, em assim sendo, por obvio, as Guardas Municipais tem a bola da vez. A população quer solução para a questão da sua insegurança e não faz distinção entre Policias. O povo reclama principalmente por policiamento ostensivo mais eficiente e presente em diversos lugares. A sociedade clama pela presença de Policiais uniformizados nas ruas, durante todo o dia e, notadamente, à noite, para a garantia da propriedade e da vida das pessoas. A crítica da imprensa e o clamor da sociedade por uma segurança pública mais eficaz levam-nos a um exame mais criterioso de que as Guardas Municipais devem realmente ultrapassar as suas atribuições constitucionais para tornarem-se força auxiliar da Polícia, em destarte, da Polícia Militar, vez que com a sua qualidade de ser uma instituição uniformizada, assim resta importante e necessária aos anseios popular. O artigo 144 da Constituição Federal trata da questão da segurança pública como sendo dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, definindo como órgãos de proteção da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, a Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Polícia Ferroviária Federal, Policias Civis, Policias Militares e Corpos de Bombeiros Militares, deixando, entretanto, para os Municípios o poder de constituir as suas Guardas Municipais, destinadas somente a proteção de seus bens, serviços e instalações, conforme o estatuído no § 8º do citado artigo. Entretanto a interpretação do texto constitucional deve sempre buscar o melhor resultado social, a melhor opção para o povo, a melhor alternativa e, a alternativa plausível para a melhoria do nosso policiamento ostensivo está nas Guardas Municipais para todos os lugares como auxiliar da Polícia Militar. Partindo do princípio de que quem guarda vigia, quem vigia policia e, quem policia é a Polícia que guarda e também vigia logo se subentendem que as Polícias e a Guardas Municipais caminham pari passos, ou seja, estão no mesmo barco, na mesma tempestade e com a mesma finalidade, qual seja, a proteção da sociedade através da manutenção da ordem, do cumprimento e aplicação das Leis vigentes no país. Bem verdade é que as Guardas Municipais existentes em alguns lugares já fazem o policiamento ostensivo e preventivo, assim como também é verdade que em diversos Municípios os componentes desses órgãos também possuem porte de arma de fogo e, noutros nada disso, por isso faz-se necessário uma melhor organização, uma organização ampla, que evidentemente só pode ocorrer com mudança constitucional quanto às suas atribuições com a conseqüente efetividade do poder de Polícia para os seus componentes, pois muitos estudiosos do tema assim também entendem favoráveis. O funcionário público denominado Guarda Municipal em verdade é um agente de segurança pública do Estado apesar de trabalhar para o seu Município e, em tese também possui o Poder de Polícia na medida em que contribui para a aplicação da Lei e na medida em que procura manter a ordem e o estado de direito do país, pois se entende como Poder de Polícia a atividade da admistração pública que limita ou disciplina direito, interesse ou liberdade em razão do próprio interesse público, ademais, as Guardas Municipais de hoje vem desenvolvendo suas atividades de acordo com as necessidades de cada Município, sempre com o objetivo primordial de bem atender aos anseios da sociedade local que consequentemente faz parte do contexto estadual e nacional. Ademais, o cerne do Poder de Polícia está direcionado a impedir atos ilegais e proibições, comportamentos que possam ocasionar prejuízo à sociedade, compromissos esses, que as Guardas Municipais já desenvolvem desde o primórdio da sua geração. Outro fato de relevante mérito é que as Guardas Municipais buscam sempre o policiamento em integração com o povo dos seus Municípios e isso é de suma importância para se fazer segurança pública, pois a população passa a ver a sua Guarda que também é a sua Polícia, à luz do valor da amizade, virando sua parceira no combate ao crime. Tais corpos municipais fortalecidos e expandidos para todas as cidades do país, por certo desafogariam as Polícias Militares e evitariam a expansão dos crimes nos seus municípios. Por sua vez, a Polícia Militar passaria a exercer em melhor patamar e plenitude a sua forte missão e, de tudo, haveria em conseqüência também o benefício para a Polícia Civil, ou seja, para a Polícia Judiciária que tem em seu acervo imensurável quantidade de procedimentos investigativos em todas as Delegacias de Polícia do país sempre em ascensão e que com o evidente freio ou diminuição dos crimes, estaria mais apta e solta para melhor investigar os ilícitos inevitáveis. Assim como os Estados devem proceder com as suas Polícias, os Municípios devem investir e mais valorizar profissionalmente as suas Guardas Municipais, qualificar melhor os seus membros, tornar insistentes e bravos guerreiros defensores do cidadão de bem, soldados eficientes e respeitosos, ágeis e transparentes, honrosos e merecedores da confiança da sociedade, para enfim, como verdadeira força somatória, caminharmos todos juntos em busca da tão sonhada, almejada e esperada, real segurança pública dos brasileiros.
Autor: Archimedes Marques (delegado de Policia no Estado de Sergipe. Pós-Graduado em Gestão Estratégica de Segurança Pública pela Universidade Federal de Sergipe)
Perito alagoano diz que não há materialidade para provar que Eliza Samudio foi morta
O perito alagoano George Sanguinetti, conhecido por atuar em investigações como a da morte de Isabella Nardoni, confirmou ao R7 na manhã desta quarta-feira (4) que está contratado para contestar as provas da Polícia Civil no caso do goleiro Bruno Fernandes, do Flamengo, suspeito de envolvimento na morte da ex-amante, Eliza Samudio. Apesar da contratação, Sanguinetti diz que não há provas criminais para serem contestadas. Sanguinetti afirmou que desconhece um laudo técnico que aborde a morte de Eliza. Segundo ele, o inquérito foi fechado em cima provas indiretas e de depoimentos. - Estou de mala pronta para ir a Belo Horizonte, mas ainda não achei razão para viajar. Não existe materialidade baseada em confissões e depoimentos. Não há prova de morte ou de vida de Eliza, então eu não tenho o que contestar. O perito também critica a validade do depoimento do adolescente primo de Bruno, alegando que foram dadas várias declarações diferentes. .- Como [a polícia] atesta morte e asfixia, mediante a declaração de uma pessoa de 17 anos que tem problemas emocionais e que muda o depoimento três vezes? De acordo com Sanguinetti, a contratação está fechada com o advogado Ércio Quaresma. Ele disse que fará o que a defesa determinar. O perito explicou que, primeiramente, deverá refazer a perícia no carro em que foi encontrado sangue de Eliza e do menor.
Investigação: As investigações sobre a morte de Eliza Samudio não foram encerradas. Segundo o delegado que preside o caso em Belo Horizonte (MG), Edson Moreira, apesar de entregar o inquérito policial ao Ministério Público, a polícia mineira continuará trabalhando no caso. Moreira afirmou, na tarde desta sexta-feira (30) durante coletiva na sede do Departamento de Investigações, que as buscas pelo corpo de Eliza irão continuar e, junto com elas a procura de mais alguns subsídios que “venham reforçar ainda mais as provas”. - Quanto mais, melhor. Essas possíveis novas provas serão anexadas ao inquérito posteriormente, já nas mãos do Ministério Público, o que legalmente é permitido. Ele reconheceu que a "materialidade do crime" (descoberta do corpo de Eliza) é importante, mas disse que existem várias provas científicas que comprovam a morte da jovem, como o sangue encontrado dentro do carro de Bruno. Ele falou também que a descrição da morte de Eliza por asfixia dada pelo adolescente de 17 anos, primo de Bruno, em seus depoimentos também está "calçada cientificamente". O delegado citou ainda o resultado de cruzamentos telefônicos dos suspeitos como prova do crime.
Experiência na Barra Funda diminui reincidência ao dar apoio jurídico e psicológico a vítimas, além de cursos e orientação a agressores
O primeiro e único Juizado Especial de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher completou em julho um ano e meio de funcionamento. E divulgou um balanço de atividades tão animador que levou a Corregedoria do Tribunal de Justiça de São Paulo a estudar a estrutura necessária para replicá-lo na capital. Hoje, o juizado tem 4.006 inquéritos e processos. Um número muito elevado, se comparado aos três primeiros meses de funcionamento, quando foram registrados 49 casos. O índice de reincidência não chega a 5%. "Na área criminal, esse número é de do mínimo 30%", diz a desembargadora Angélica de Maria de Almeida Mello. Até o início de 2011 é possível que os novos juizados comecem a ser instalados. "Há uma previsão de seis estruturas similares", diz Maria Domicila, juíza assessora da Presidência da Seção Criminal do TJ. Criado com uma infraestrutura maior e diferenciada da oferecida numa vara, o juizado surgiu como projeto-piloto no térreo do Fórum da Barra Funda. Havia dúvidas se de fato era necessário um serviço especial, uma vez que as varas criminais da capital atendem casos de violência doméstica. "A função do juizado não é só punir agressores, mas quebrar o ciclo de violência doméstica", explica Angélica. Ali, a mulher tem, por exemplo, direito a um defensor público, um serviço antes exclusivo ao réu. Assistencialismo. Há também equipe multidisciplinar com psicólogos e assistentes sociais. Vítimas e agressores passam por entrevistas e são encaminhados para ONGs e serviços públicos. Os agressoresmuitas vezes acabam em grupos de alcoólicos anônimos e dependentes. A Justiça acredita que o agressor precisa ser tratado. Por isso, muitos passam por um curso (mais informações nesta página). Já as mulheres integram grupos para resgatar a identidade, o amor próprio e até se conscientizar da condição de vítima. "Fazemos um relatório para dar mais ferramentas ao juiz para analisar o caso", diz a psicóloga judiciária Eni Torre, de 51 anos, que ainda conta com uma brinquedoteca para crianças, meninas vítimas de estupro, agressão e abuso. O juizado recebe todos os casos de violência doméstica contra mulher relatados no centro, além das ocorrências mais graves encaminhadas pelas varas de violência doméstica da capital. Passam por ali mulheres de todas as idades e classes sociais. Há desde senhoras vítimas de violência psicológica e física até crianças abusadas e estupradas. Nesse último caso, a brinquedoteca é fundamental. Fantoches com personagens de histórias infantis, como Chapeuzinho Vermelho, e uma maquete de uma casa ajudam os pequenos a reproduzir a rotina familiar e a explicar de que forma são agredidos.
Orientação. Para facilitar a abordagem, a maioria que trabalha no juizado é mulher. Loira, de cabelo comprido e com voz doce, Tatiana Franklin Regueira, de 30 anos, juíza auxiliar da capital, que hoje responde pelo juizado, procura orientar as vítimas. "A senhora está sendo ameaçada? Posso dar uma medida cautelar para que seu marido não se aproxime mais da senhora? A senhora quer isso?" Outra vantagem do juizado é o fato de poder centralizar ações que originalmente pertencem a outras varas, como separação e pensão alimentícia. "O juizado permite um atendimento imediato, o que não acontece numa vara normal por falta de estrutura", afirma Angélica. "Muitas mulheres estão em situação de risco de vida. Não dá para perder tempo." Nesses casos, elas são levadas para abrigos. "É importante que a mulher consiga um atendimento mais próximo de casa", explica Angélia. "Muitas paulistanas não conhecem o serviço do juizado ou têm dificuldade para se deslocar."
O médico alagoano George Sanguinetti está proibido de publicar no livro “A Condenação do casal Nardoni – erros e contradições periciais”. A decisão, em caráter cautelar (de proteção) é do juiz Enéas Costa Garcia, da 5ª Vara Cível do Fórum de Santana, na capital paulista. No livro, o perito afirma que a menina Isabella Nardoni não foi assassinada pelo pai e pela madrasta, como decidiu o Tribunal do Júri, mas por um pedófilo. O perito afirma no livro que para se livrar da condenação e ainda omitir o crime de pedofilia, uma terceira pessoa teria jogado Isabella da janela. Sanguinetti diz ainda que a esganadura apontada na necropsia não existiu e justifica sua afirmação alegando que o exame externo do corpo não apontou nenhuma lesão, escoriação ou arranhão produzido por unhas na região do pescoço. A decisão a justiça paulista é monocrática (de um único juiz) e cautelar (para assegurar supostos direitos violados). Cabe recurso no Tribunal de Justiça, onde uma turma julgadora de três desembargadores pode suspender ou manter a medida de juiz de primeiro grau. O pedido para a suspensão da publicação do livro de Sanguinetti foi feito numa ação civil por Ana Carolina Oliveira, mãe da menina Isabella. O juiz ainda determinou a busca e apreensão dos exemplares que estejam editados ou em circulação. No caso de descumprimento, está prevista multa de R$ 100 mil. O juiz justificou sua decisão dizendo que como a obra ainda não foi publicada não haverá qualquer prejuízo caso o lançamento seja adiado. “Neste momento não é possível aferir, em toda sua plenitude, a licitude da publicação que se anuncia”. Mas, segundo o magistrado, pelas informações prestadas por Ana Carolina Oliveira a tutela se justifica. Para o juiz, mesmo havendo necessidade de ponderação entre os direitos constitucionais em conflito (liberdade de expressão versus tutela antecipada da personalidade), parece verdadeira a alegação de que a obra lesa a privacidade dos envolvidos. A mãe de Isabella também queria que Sanguinetti fosse proibido de conceder entrevistas sobre o livro à imprensa, mas o pedido foi negado pelo juiz. Para o magistrado atender a esse pleito seria ingressar na liberdade individual. Ana Carolina Oliveira pede indenização por danos morais ao autor da obra, por ele não ter autorização prévia para usar o nome da criança. Ela também contesta a tese sugerida pelo perito de que Isabella foi vítima de um pedófilo.
Fernanda Gomes é uma das nove pessoas denunciadas pela morte de Eliza. Ela era á única que ainda continuava em liberdade
A Polícia Civil de Minas Gerais prendeu, às 16h desta quinta-feira (5), Fernanda Gomes de Castro. Ela estava no apartamento de Luiz Henrique Ferreira Romão (Macarrão), em Belo Horizonte. Ela é a única que estava em liberdade entre os nove denunciados pela Promotoria de Contagem (MG) por envolvimento no desaparecimento e morte de Eliza Samudio. Fernanda é namorada do goleiro Bruno de Souza. Segundo o delegado Wagner Pinto, o mandado de prisão preventiva da jovem foi expedido pela juíza Marixa Fabiane Lopes, nesta quarta-feira (4). "Estávamos tentando cumprir o mandado desde ontem [quarta]. Com base em informações coletadas pela nossa investigação, conseguimos descobrir que ela estava escondida no apartamento do Macarrão." Pinto disse que Fernanda vai passar por exame de corpo de delito no Instituto de Medicina Legal de Belo Horizonte. Depois será levada para o Departamento de Investigações (DI), onde vai aguardar a decisão para qual presídio será levada. A advogada Claudinéia Carla Calabund, que defende o goleiro Bruno, Fernanda e outros cinco acusados do desaparecimento e morte de Eliza Samudio, disse ao G1 que ainda não tinha sido informada sobre a decretação da prisão preventiva contra seus clientes. Agentes da Polinter do Rio de Janeiro estavam, desde o início desta quinta-feira, em busca da namorada do goleiro Bruno. Até a prisão de Fernanda, oito pessoas já estavam presas por envolvimento no caso: o goleiro Bruno; Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão; Marcos Aparecido dos Santos, o Bola; Sérgio Rosa Sales; Dayanne Souza; Elenilson Vítor da Silva; Flávio Caetano; e Wemerson Marques. Todos os acusados negam o crime. Pinto disse que Fernanda vai passar por exame de corpo de delito no Instituto de Medicina Legal de Belo Horizonte. Depois será levada para o Departamento de Investigações (DI), onde vai aguardar a decisão para qual presídio será levada. A advogada Claudinéia Carla Calabund, que defende o goleiro Bruno, Fernanda e outros cinco acusados do desaparecimento e morte de Eliza Samudio, disse ao G1 que ainda não tinha sido informada sobre a decretação da prisão preventiva contra seus clientes. Agentes da Polinter do Rio de Janeiro estavam, desde o início desta quinta-feira, em busca da namorada do goleiro Bruno. Até a prisão de Fernanda, oito pessoas já estavam presas por envolvimento no caso: o goleiro Bruno; Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão; Marcos Aparecido dos Santos, o Bola; Sérgio Rosa Sales; Dayanne Souza; Elenilson Vítor da Silva; Flávio Caetano; e Wemerson Marques. Todos os acusados negam o crime. Pinto disse que Fernanda vai passar por exame de corpo de delito no Instituto de Medicina Legal de Belo Horizonte. Depois será levada para o Departamento de Investigações (DI), onde vai aguardar a decisão para qual presídio será levada. A advogada Claudinéia Carla Calabund, que defende o goleiro Bruno, Fernanda e outros cinco acusados do desaparecimento e morte de Eliza Samudio, disse ao G1 que ainda não tinha sido informada sobre a decretação da prisão preventiva contra seus clientes. Agentes da Polinter do Rio de Janeiro estavam, desde o início desta quinta-feira, em busca da namorada do goleiro Bruno. Até a prisão de Fernanda, oito pessoas já estavam presas por envolvimento no caso: o goleiro Bruno; Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão; Marcos Aparecido dos Santos, o Bola; Sérgio Rosa Sales; Dayanne Souza; Elenilson Vítor da Silva; Flávio Caetano; e Wemerson Marques. Todos os acusados negam o crime. Segundo a Secretaria de Defesa Social de Minas Gerais, Elenilson, Wemerson e Flavio estão presos no Complexo Penitenciário Nelson Hungria, em Contagem (MG). O primo do goleiro, Sérgio Rosa Sales, está no Centro de Remanejamento de Presos São Cristóvão; e a mulher de Bruno, Dayanne Souza, está no Complexo Penitenciário Estevão Pinto, ambos em Belo Horizonte. O promotor Gustavo Fantini revelou, em um comunicado distribuído à imprensa, na manhã desta quinta-feira, que todos os nove indiciados no caso do desaparecimento e morte de Eliza foram denunciados. Todos vão responder na Justiça por homicídio triplamente qualificado, sequestro e cárcere privado, ocultação de cadáver e corrupção de menor, exceto Bola, que responderá por dois crimes. Bola foi denunciado por homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver.
Moro em Ribeirão Preto-SP Descobri um câncer no ovário de julho/2009,fiz cirurgia, quimioterapia e dentro do contexto estou bem, e nesse tempo tenho tomado vários fitoterápicos, como óleo de copaíba(cápsulas),chá de graviola(folha),chá de confrei(folha), suco de babosa(forever)e a receita feita em casa, e por último estou tomando uma receita de Aveloz, que é o seguinte: 02(dois) litros de água mineral(natural) 09(nove) gotas de leite extraído da planta vulgarmente conhecida por "cancerosa","cancerina" ou "aveloz". 15 gotas de óleo puro de copaíba(planta da região amazônica), mas encontrado em farmacia de manipulação. Tomo pela manhã(em jejum)1/3 de um copo americano; conservar o produto em geladeira;Agitar bem antes de usar.
5 de agosto de 2010 09:03
Lembrem-se de que essa planta é tóxica e não tomem nada sem consultar um médico.
Objetivo é melhorar habilidades motoras e de comunicação com as pessoas dos pequenos
Pesquisadores do Centro de Saúde, Intervenção e Prevenção (CHIP) da Universidade de Connecticut, nos Estados Unidos, estão tentando descobrir se um pequeno robô pode melhorando as habilidades motoras e de comunicação com as pessoas de crianças com espectro autista (ASD). Anjana Bhat, professora de cinesiologia (ciência que estuda os movimentos) da Escola de Educação Neag, recebeu uma bolsa de dois anos do Instituto Nacional de Saúde mental (NIMH) para desenvolver uma série de interações entre crianças e robôs. Durante seu pós-doutorado em autismo, Anjana estudou a deficiência motora em crianças com autismo, como má coordenação motora, equilíbrio e a dificuldade de imitar movimentos complexos. Ela ficou interessada nessa área porque pesquisas sugerem que deficiências nessas áreas contribuem para dificuldades de comunicação em crianças com autismo. Anjana e sua equipe compraram uma robô de 58cm chamado Nao da empresa da empresa francesa Aldebaran Robotics. O robô se apresenta, estende sua mão para cumprimentar, avisa às crianças que gosta de brincar com ele e se curva. Nao também é capaz de fazer movimentos de Tai Chi Chuan acompanhado de música. Mas o mais importante para os pesquisadores é que ele pode ser programado para tornar seus movimentos mais complicados ao longo do tempo, à medida que as crianças obtêm progressos na terapia. A pesquisadora começou a usar o robô em sessões com crianças em seu laboratório. Na primeira parte do estudo, os cientistas irão estudar cinco crianças com autismo e outras 16 saudáveis para interagir com Nao em oito sessões separadas. Em cada uma delas, as crianças terão de imitar quatro ou cinco movimentos do robô. Segundo Anjana, as crianças com autismo se sentem mais à vontade com robôs do que com outras pessoas no começo porque as interações são mais simples e mais previsíveis, e elas controlam a interação social. Segundo a pesquisadora, “os robôs encorajam as crianças a participar de interações que envolvem todo o corpo”. Ela explica que crianças com ASD geralmente gostam de brincar com Nao e reagem com atitudes de imitação com uma certa demora quando interagem com outras pessoas. A pesquisadora diz que os robôs poderão ser usados como intermediários entre terapeutas e crianças com ASD até que uma conexão seja feita. Futuramente, robôs poderão gravar vídeos e dados dos movimentos das crianças, reduzindo os recursos humanos necessários para avaliar e tratar as crianças.
Um motorista foi considerado culpado pela Justiça britânica de atropelar e provocar a morte de um menino de 12 anos de idade que havia vencido a luta contra o câncer.
Steven Atkinson, da cidade inglesa de Sunderland, morreu no hospital após ser atropelado quando pedalava sua bicicleta em outubro de 2009. Steven havia vencido uma luta de três anos contra a leucemia. Além de desenvolver o câncer aos 18 meses de idade, o menino também havia nascido com lábio leporino, defeitos na mandíbula e na curvatura da espinha, surdez em um ouvido e um olho que não se mexia, segundo o jornal local The Journal. Segundo sua família, no entanto, “Steven foi trazido à Terra para mostrar aos outros como viver”.
‘Inspiração’ “Ele venceu tanto em sua curta vida e ainda continuava sorrindo”, disse a família por meio de um comunicado divulgado apos a morte do menino. Steven foi descrito como uma “inspiração a todos que o conheciam”. No julgamento no tribunal de Newcastle, na terça-feira, o motorista Ross Telfer, de 21 anos, admitiu que dirigiu de forma negligente. Segundo o The Journal, ele estava a cerca de 80 km/h em uma zona com velocidade máxima permitida de pouco menos de 50 km/h. Telfer foi libertado sob fiança incondicional, concedida quando o tribunal acredita que o réu não cometerá outros crimes e comparecerá aos próximos passos do processo. A pena a ser cumprida deverá ser anunciada setembro. O juiz Brian Foster disse a Telfer que espere uma sentença de prisão. Ele também foi proibido de dirigir até que cumpra pena.
A agressão começou porque a adolescente derrubou um caderno da colega. O caso foi encaminhado à Delegacia da Infância e Juventude de Sorocaba.
A adolescente de 13 anos que foi agredida por uma colega de classe na terça-feira (3) na escola estadual Professor Lauro Sanches, em Sorocaba, no interior de São Paulo, afirmou nesta quinta-feira (5) que a agressora queria lhe deixar “feia”. A garota agredida não quer mudar de escola. Porém, ela quer esperar a cicatrização das unhadas que recebeu em todo o rosto e no pescoço para voltar às aulas. Antes mesmo das agressões, houve uma discussão porque a adolescente, que cursa a 7ª série, não quis emprestar uma lapiseira para a colega de 15 anos. Para evitar contato, ela chegou a se sentar nos fundos da sala. Durante uma aula de matemática, porém, ela foi se sentar à frente, porque não estava conseguindo enxergar o quadro negro. Enquanto se deslocava, acabou empurrando “um pouquinho” a carteira da menina, o que provocou a queda de um caderno “que estava bem na ponta, quase caindo”. Depois de um breve bate-boca, a jovem mais velha chutou a sua mesa e partiu para a agressão. “Ela falou: 'Eu vou deixar você feia para ninguém mais falar que você é bonita'”, contou a garota. “Ela tentou furar meu olho e disse que queria me deixar cega”, narrou a aolescente agredida. “Ela tentou arrancar meu brinco e puxou o meu cabelo. Depois que eu lavei, caiu um monte”, afirmou. Foram muitas ameaças, segundo a aluna. “Ela quebrou meu brinco e disse aos meus amigos que era para ficar de lembrança”, contou a adolescente. “Ela falou para os meus colegas que iria me procurar depois porque queria me deixar em coma." O professor tentou separar a briga, mas acabou desistindo e saiu para chamar alguém na diretoria. A garota foi levada ao pronto-socorro pela mãe e por uma professora. “Minha filha não gosta de briga. Eu achei um absurdo acontecer uma coisa dessas dentro da sala de aula. Espero que a escola tome uma providência”, declarou a mãe, que preferiu não se identificar. “Tenho medo da volta às aulas, mas espero que a escola tome uma providência." “Eu e meu marido estamos revoltados. Ele disse: ‘Nós não batemos nos nossos filhos e vem alguém de fora e faz isso?’”, contou. De acordo com a garota, a jovem que a agrediu tem "antecedentes" na mesma escola. “Eu mesma vi o montinho de cabelo que ela arrancou [de outra garota]”, afirmou. A garota disse estar “muito triste” com o ocorrido, mas não pensa em mudar de escola. “Eu quero voltar, mas não desse jeito, porque o pessoal vai olhar. Ficou muito feio”, disse. A direção da Escola Professor Lauro Sanches disse que não se manifestará sobre o caso. De acordo com a assessoria de imprensa da Secretaria da Educação, a escola convocou os pais das duas alunas ainda na terça-feira. Os pais da garota que praticou a agressão pediram a sua transferência. Ela já recebia um acompanhamento especial da escola. O boletim de ocorrência foi registrado no plantão policial e encaminhado posteriormente à Delegacia da Infância e Juventude. A garota que cometeu o ato infracional de lesão corporal ainda não foi ouvida. “Nós vamos ouvir também as testemunhas e remeteremos o caso à Vara da Infância e Juventude. O promotor pode propor um processo criminal. Caso seja condenada, o juiz pode optar por dar-lhe uma advertência, determinar uma prestação de serviço à comunidade ou aplicar a liberdade assistida”, afirmou o delegado da Infância e Juventude de Sorocaba, José Augusto de Barros Pupin.
Os advogados de defesa do goleiro Bruno Fernandes estiveram nesta terça-feira no gabinete do juiz Marco José Mattos Couto, da 1ª Vara Criminal do Rio, para apresentar "novos documentos" e pedir novamente a revogação da prisão preventiva do jogador e de seu amigo Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão. O juiz é responsável pelo processo no qual Bruno e Macarrão foram denunciados por agressão e sequestro de Eliza Samudio, crimes supostamente cometidos ainda em outubro de 2009, quando ela estava grávida do bebê que seria filho do jogador. Bruno, segundo Eliza acusou à época na delegacia de atendimento à mulher, cometeu a agressão junto com Macarrão porque rejeitava a paternidade da criança. O goleiro negou e disse ter sido vítima de extorsão. Devido à acusação de Eliza, foi aberto inquérito policial em 13 de outubro, mas a investigação seguia parada até a ex-namorada de Bruno sumir no mês de junho em Minas Gerais. Depois disso, o Ministério Público denunciou Macarrão e Bruno pelos supostos crimes de outubro. O juiz decretou, então, a prisão preventiva deles no dia 8 de julho. Os dois também têm prisões decretadas pela Justiça de Minas Gerais, onde estão presos desde o dia 7 passado acusados de sequestrar e matar Eliza.
Veja íntegra do despacho de hoje do juiz:
"Registro que, nesta data, recebi em meu gabinete os advogados dos réus, os quais trouxeram outro pedido de revogação da prisão preventiva, com novos argumentos e embasado em novos documentos. Assim sendo, reputo razoável provocar a manifestação ministerial [Ministério Público] também com relação ao novo pleito para, somente depois, proferir decisão quanto às diligências requeridas por oportunidade da resposta preliminar e quanto à pretensão de liberdade. Abra-se, pois, vista ao Ministério Público. Tão logo venha a manifestação do dr. Promotor de Justiça, venham os autos conclusos para decisão."
Uma francesa de 45 anos foi indiciada e está em detenção provisória por ter mantido seu marido octogenário em cativeiro durante um ano na residência do casal.
François Deweille ficou trancado na lavanderia no subsolo da casa, sem janelas, sofreu maus tratos e era alimentado somente com produtos com a data de validade vencida. Béatrice Fautré foi indiciada por sequestro, violência sobre pessoa vulnerável e abuso da fragilidade de outra pessoa e está detida desde sábado passado na prisão de Versalhes, nos arredores de Paris. Fautré havia trabalhado como empregada do octogenário e se casou com ele no início de 2008.
Dinheiro De acordo com a polícia, ela teria retirado 500 mil euros (cerca de R$ 1,1 milhão) de uma conta bancária conjunta. As investigações, que estão na fase inicial, vão determinar se houve mais desvios de dinheiro no passado. “Há sem dúvida o fator financeiro. Ela se aproveitou amplamente da fortuna de seu marido. Mas isso não explicaria tudo. Nada a impedia de desviar o dinheiro sem precisar sequestrá-lo nessas condições”, afirmou o comandante Bruno Arviset, da polícia militar do departamento de Eure-et-Loir, no centro-norte da França. O octogenário, que tinha a visão reduzida, ficou totalmente cego após ter ficado preso por um ano na lavanderia sem janelas no subsolo da casa, situada na cidade de Arrou, em Eure-et-Loir. Ele foi hospitalizado em estado de choque na quarta-feira passada em um hospital da região. Seu corpo estava coberto de hematomas e ele sofria de desnutrição, segundo a polícia. O amante de Fautré, dono de um supermercado da cidade, morava na casa onde o octogenário estava preso. Ele e o filho mais velho da esposa, de 22 anos, foram indiciados por cumplicidade no sequestro e por não ter denunciado os maus tratos. Eles permanecem em liberdade, mas sob controle judicial, com obrigação de cumprir exigências impostas pela Justiça, como não sair da cidade e comparecer às convocações das autoridades. “A esposa alimentava o marido duas vezes por dia com produtos estragados. Não havia refeições quentes. Somente ela detinha a chave do local e era a única a ter contato com o octogenário”, afirmou o comandante Arviset.
Denúncia da filha Segundo a promotoria de Chartres, responsável pelo caso, a polícia foi alertada pelas declarações da filha mais jovem de Fautré, cuja guarda está sob os cuidados dos serviços sociais franceses. A criança havia declarado a presença na casa “de uma pessoa suja, que furtava comida e sofria violências porque deixava sua mãe irritada”. O advogado de Béatrice Fautré declarou que a mulher “não está em condições de compreender as acusações que pesam contra ela”. A esposa nega as acusações de maus tratos. Os moradores da cidade de Arrou afirmaram à imprensa francesa pensar que o idoso havia sido transferido para um asilo. Ele havia sido visto pela última vez em uma farmácia de Arrou em julho de 2009, segundo a polícia. O prefeito de uma cidade vizinha, onde a vítima e Fautré moravam antes, havia no início se recusado a realizar o casamento no civil em razão da grande diferença de idade e havia exigido um atestado médico do idoso. O documento foi obtido, e o casamento foi realizado pelo adjunto do prefeito no início de 2008.
Delegado não acredita que criança tenha ingerido as três agulhas. Pais e vizinhos serão convocados a prestar esclarecimentos sobre o caso.
As três agullhas encontradas no abdômen de uma menina de 1 ano e cinco meses intrigam a polícia, que investiga se o bebê foi vítima de um ritual religioso ou até mesmo alvo de ciúmes das irmãs mais velhas. O delegado responsável pelo caso, Alexandre Ziehe, da 61ª DP (Xerém), trabalha com várias hipóteses para o caso, mas acredita que o material não tenha sido engolido pela criança. As agulhas medem oito, seis e cinco centímetros. A mãe da menina não compareceu ao depoimento marcado para a tarde desta terça-feira (3). De acordo com o delegado, ela alegou que só vai à polícia quando a filha estiver melhor de saúde. Segundo o delegado, a expectativa dos médicos do Hospital estadual Adão Pereira Nunes, onde a menina está internada, é que a criança tenha alta até o final desta semana.
Polícia investiga rotina da família Em uma conversa informal no corredor do hospital, a mãe falou à polícia que apenas ela cuidava da criança e que não deixava a filha sob responsabilidade de nenhuma babá. Os vizinhos ouvidos pelo delegado acrescentaram que nunca perceberam nenhum tipo de maus-tratos e nem presenciaram briga entre os pais da criança. “Estamos investigando várias hipóteses para o crime. A primeira coisa que veio na minha mente foi ritual religioso, então estou vendo qual era a religião dessa família. Também não descarto que possa ser uma crise de ciúmes das irmãs mais velhas. Por isso é importante ouvir a mãe. Precisamos saber como era a rotina dessa menina e da família”, explicou o delegado Alexandre Ziehe.
Dores abdominais O pai do bebê, um auxiliar administrativo, foi quem registrou a queixa na delegacia. Ele já foi ouvido pela polícia uma vez e deve prestar um novo depoimento ainda esta semana. Os pais dizem não ter conhecimento de como as agulhas foram parar no corpo da filha. No registro de ocorrência, o pai contou que percebeu, no sábado (31), que a filha estava com um caroço na barriga e chorava reclamando de dores abdominais. A criança passou por dois outros hospitais, um em Xerém e outro em Petrópolis, na Região Serrana, antes de ser levada para o Hospital Adão Pereira Nunes. Após uma radiografia, foram constatadas as agulhas. O bebê passou por uma cirurgia e, de acordo com a secretaria, o apêndice também teve que ser retirado porque estava inflamado. As agulhas foram recolhidas e serão levadas para o Instituto de Criminalística Carlos Éboli, onde vão passar por perícia.
Secretaria fala em 1 prego e 2 agulhas Em nota, a Secretaria estadual de Saúde voltou a afirmar que a menina foi encontrada com um prego e duas agulhas no abdômen, e não com três agulhas conforme registro na delegacia.
Veja a nota: "O diretor geral do Hospital Estadual Adão Pereira Nunes, Manoel Moreira, explica que a paciente deu entrada na noite de 01/08, com queixa de dores abdominais. Por meio de radiografia foi possível encontrar objetos estranhos (um prego e duas agulhas) no abdômen da criança. Foi realizada uma cirurgia para a retirada dos objetos e do apêndice, que estava inflamado. A paciente está em observação na enfermaria e seu quadro de saúde é estável. O diretor geral do hospital informou que a mãe da paciente teve acesso à radiografia, mostrada pelo cirurgião da unidade. O mesmo informou o estado de saúde da paciente e a necessidade de a criança ser submetida a uma cirurgia para a retirada dos objetos estranhos e do apêndice, que estava inflamado".
Mãe enfrentava divórcio e teria tentado cometer suicídio após morte da menina.
Uma britânica da região da grande Manchester está sendo julgada, acusada de assassinar a filha ao sufocá-la com um brinquedo de pelúcia. Helen Caudwell, de 42 anos, teria matado Bethany, de três anos, em outubro do ano passado. Ela teria tentado cortar os pulsos em seguida. Funcionária de um supermercado, Helen Caudwell estava se divorciando do marido, Miles Kennerly, quando ocorreu o incidente. A mãe nega as acusações de assassinato.
'Fiz algo estúpido' Segundo a promotoria, a ré disse à família e amigos que estava com medo de perder a custódia da filha. A promotoria disse ainda que ela levava uma vida dupla e teria dito ao marido e a outro homem, Mark Davies, que ambos eram o pai da criança. Desde a morte foi confirmado que Davies era o pai. Bethany foi encontrada morta no dia 3 de outubro, depois que uma colega de trabalho de Helen Caudwell, Kath Shaw, ligou para saber por que ela não tinha aparecido para trabalhar. Ela respondeu: "Não vou ter mais trabalho, fiz algo estúpido, sufoquei Beth", disse a promotoria. A colega correu para o apartamento de Caudwell com o gerente do supermercado onde as duas trabalhavam e encontrou-a com toalhas amarradas em seus pulsos. Ela gritava: "Não podia deixar que ele a levasse", enquanto os dois procuravam a menina pela casa. Bethany foi encontrada morta em um quarto, no andar de cima.
Saliva e sangue Um porquinho de pelúcia da menina estava ao lado do corpo. No boneco, havia saliva e sangue da menina. Segundo o promotor Ray Wrigglesworth, "este brinquedo foi pressionado sobre o rosto dela, quando ela usava uma chupeta". Segundo ele, a mãe sufocou a filha durante a noite "intencionalmente". Segundo a promotoria, Helen Caudwell havia dito à própria mãe, naquela noite, que queria se matar. "Mas a promotoria afirma que, depois de matar a própria filha, ela não teve coragem de se matar", disse o promotor. Um bilhete suicida para o ex-marido foi encontrado no apartamento, dizendo: "não agüento a idéia de que ele pode ficar com Beth e tornar sua vida miserável, como tornou a minha". "Ele não pode mais nos machucar." A ré disse à polícia que encontrou a filha morta na cama com ela, e que ela deve ter rolado sobre a menina durante a noite, sufocando-a acidentalmente. Seus advogados de defesa vão argumentar que ela sofreu de uma "anormalidade mental", disse o promotor.
Não sei quantos de vocês viram "Gremlins", mas a figura das simpáticas criaturinhas - que se transformavam em feras terríveis quando tinham seus desejos atendidos - anda rondando minha cabeça como uma metáfora da criação dos nossos filhos. Será que estamos criando monstrinhos? No filme, os bichinhos não podiam ter contato com água, ficar sob luz forte e, principalmente, eram proibidos de comer após à meia noite - mas, para driblar essa regra, imploravam, choravam, faziam carinha de desconsolo e outras chantagens emocionais, convencendo seus donos a realizar suas vontades. Aí, viravam mostrinhos que comiam e destruíam o que encontravam pela frente. No fundo (e aqui entendam como um mea culpa), acho que muitos de nós fazemos o mesmo com nossos filhos. São vontades e mais vontades satisfeitas, às custas, não raras vezes, de um desgaste emocional, físico e financeiro. Férias? Viajar é obrigatório - e, sem saudosismo algum, lembro da minha alegria em, simplesmente, não fazer nada, poder dormir tarde, andar de bicicleta e almoçar fora de hora... Fim de semana? É festinha, teatro, lanche na casa dos amigos (ou amigos para brincar em casa), passeio diurno, passeio noturno, almoço fora, pizza, cinema... Aniversário? Lógico que tem festa. Bom, eu já andava elaborando essa questão e dois exemplos recentes me deram a certeza que queria compartilhar com vocês. O primeiro foi de um amiguinho do João Pedro que ao saber que viajaria mais ou menos uma hora e meia de carro até um hotel (onde, sim, teria amigos, passeio, diversões e etc...) perguntou à mãe se não poderia ir de avião, porque andar de carro era chato e cansativo! O outro caso é doméstico mesmo: voltando do fim de semana no tal hotel maravilhoso, João Pedro quis saber o que faríamos à noite. Respondi: nada. Vamos, simplesmente, ficar em casa, ver um pouquinho de TV e etc... Inconformado, ele ainda tentou nos convencer a passar na locadora! Neguei, mais uma vez e, sinceramente, vou começar a botar um limite nessa história de atividades-24-horas-por-dia. Acho que estamos criando necessidades que eles simplesmente não têm - e eles vão crescer, vão ter exigências cada vez maiores e vão virar monstrinhos que não sabem aceitar um não. Ou, pior, vamos continuar satisfazendo nossos gremlinzinhos e, aí sim, criar monstrinhos que não dão valor a nada porque sabem que têm tudo o que querem, num estalar de dedos.
O Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) registrou, nesta segunda-feira (2), o pedido de mudança da comarca de Contagem para a comarca de Vespasiano para julgar os envolvidos no caso Eliza Samudio. A solicitação foi feita pelo advogado de defesa do goleiro Bruno, Ércio Quaresma. Segundo o advogado, o pedido se justifica porque há uma incompetência jurisdicional já que, segundo as investigações, o crime teria acontecido em Vespasiano e não em Contagem. Segundo o artigo 70 do Código Penal, a competência de julgar um crime é determinada pelo lugar em que ele aconteceu. Segundo o TJMG, um desembargador será nomeado para analisar o pedido de afastamento da juíza da Vara do Tribunal do Júri de Contagem, Marixa Fabiane Lopes Rodrigues, e do promotor Gustavo Fantini do caso do desaparecimento de Eliza Samudio. A juiza terá que justificar o motivo para os autos estarem sendo julgados na atual comarca. De acordo com o Ministério Público, o promotor Gustavo Fantini desconhece a solicitação de afastamento do caso. Conforme o advogado criminalista e presidente da Comissão de Assuntos Penitenciários da Ordem dos Advogados do Brasil, Adilson Rocha, se aceito o afastamento, os mandados de prisão expedidos pela juíza de Contagem serão anulados. Rocha explica ainda que seria competência da Justiça de Vespasiano decretar a prisão preventiva ou de oficio de todos os suspeitos presos.
Denúncia foi apresentada na tarde desta segunda-feira (2)
Durante coletiva na tarde desta segunda-feira (2), o promotor de Justiça Rodrigo Merli Antunes informou que o Ministério Público de São Paulo ofereceu denúncia contra o ex-PM Mizael Bispo e o vigia de um posto de gasolina em Guarulhos, Evandro Bezerra da Silva, pelo assassinato da advogada Mércia Nakashima. No documento, o promotor denuncia Mizael Bispo, ex-namorado de Mércia, por homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, meio cruel e recurso que impossibilitou a defesa da vítima) e por ocultação de cadáver. Já o vigia Evandro Bezerra da Silva será denunciado por homicídio duplamente qualificado (meio cruel e recurso que impossibilitou a defesa da vítima). Se condenado, Mizael Bispo poderá pegar pena de 16 a 20 anos, de acordo com a previsão feita pelo promotor. Antunes estima que Silva pode ficar até 19 anos preso. O promotor endossou ainda o pedido de prisão preventiva feito pela polícia para Mizael Bispo e também para Silva. Evandro já cumpre prisão temporária. Antunes argumenta que o suspeito não colaborou com a polícia desde o início das investigações e que representa perigo para a sociedade. Segundo o promotor, Bispo usa seus conhecimentos como polícial militar para agir como um criminoso. - A personalidade de Mizael está voltada para o crime. A denúncia foi apresentada ao juiz Leandro Bittencourt Cano, que tem cinco dias para decidir se aceita ou não a denúncia. O promotor já disse que, caso o juiz não aceite, ele irá recorrer da decisão. Além da denúncia e dos pedidos de prisão, a promotoria solicitou à Justiça que sejam colhidas novas provas do crime. O promotor pede que seja iniciado um procedimento investigativo para o irmão de Bispo, Aldair Bispo de Souza, e que seja expedido um ofício para a operadora Nextel investigar o chip de Mércia. Apesar de ter pedido novos procedimentos, o Antunes disse ter certeza de que Bispo e Silva são os autores do crime. A advogada desapareceu no dia 23 de maio e seu corpo foi encontrado em uma represa de Nazaré Paulista, no interior de São Paulo, no dia 11 de junho. Um dia antes, os bombeiros haviam encontrado o carro de Mércia no local. Na última sexta-feira (30), Merli e o advogado da família da vítima, Alexandre de Sá Domingues, listaram 16 pessoas que podem ser testemunhas da acusação no processo do assassinato da advogada. Entre elas estão Márcio e Cláudia Nakashima, ambos irmãos de Mércia; um funcionário do posto de combustível que viu Bispo conversando com o vigia; e o pescador que diz ter presenciado o momento em que o carro da advogada foi jogado na represa de Nazaré Paulista, no interior de São Paulo. O inquérito foi concluído por Antônio de Olim, delegado responsável pelo caso, na última terça-feira (27). O documento tem cerca de 1.600 páginas e inclui um mapa cartográfico com a movimentação dos suspeitos no dia do crime. Esse trabalho só foi possível com a quebra do sigilo telefônico de Bispo e Silva, que mostrou onde eles estavam quando receberam ou fizeram ligações, e também com dados do rastreador do veículo do ex-namorado de Mércia. Junto com o inquérito, o delegado já anexou um pedido de prisão preventiva para os dois suspeitos. Na semana passada, o promotor já adiantou que deve concordar com a solicitação. Se acatado o pedido, Bispo e Silva devem ficar presos até o julgamento. Atualmente, somente o vigia está preso no 1º Distrito Policial de Guarulhos.
A hepatite E é uma doença infecciosa aguda, causada pelo vírus da hepatite E, que produz inflamação e necrose do fígado. A transmissão do vírus é fecal-oral, e ocorre através da ingestão de água (principalmente) e alimentos contaminados. A transmissão direta de uma pessoa para outra é rara. Uma pessoa infectada com o vírus pode ou não desenvolver a doença. A infecção confere imunidade permanente contra a doença. A hepatite E ocorre mais comumente em países onde a infra-estrutura de saneamento básico é deficiente e ainda não existem vacinas disponíveis.
Transmissão O ser humano parece ser o hospedeiro natural do vírus da hepatite E, embora haja possibilidade de um reservatório animal (o vírus já foi isolado em porcos e ratos) e seja possível a infecção experimental de macacos. A transmissão do vírus ocorre principalmente através da ingestão de água contaminada, o que o pode determinar a ocorrência de casos isolados e epidemias. As epidemias em geral acometem mais adolescentes e adultos jovens (entre 15 e 40 anos). A transmissão entre as pessoas que residem no mesmo domicílio é incomum. O período de transmissibilidade ainda não está bem definido. Sabe-se que 30 dias após uma pessoa ser infectada, desenvolvendo ou não as manifestações da doença, o vírus passa a ser eliminado nas fezes por cerca de duas semanas.
Riscos A infecção pelo vírus da hepatite E é mais comum em países em desenvolvimento, onde a infra-estrutura de saneamento básico é inadequada ou inexistente. As epidemias estão relacionadas a contaminação da água, e ocorrem mais comumente após inundações. A infecção por ingestão de alimentos contaminados, mesmo frutos do mar crus ou mal cozidos, parece pouco comum. Existem registros de epidemias na Índia, Paquistão, Rússia, China, África Central, Nordeste da África, Peru e México, áreas onde o vírus E chega a ser responsável por 20% a 30% das hepatites virais agudas. Na Europa Ocidental e nos Estados Unidos, menos que 2% da população tem evidência sorológica de infecção pelo vírus E. Nesses lugares, os casos de hepatite E são esporádicos e, em geral, ocorrem em viajantes que retornam de áreas endêmicas. No Brasil não existem relatos de epidemias causadas pelo vírus da hepatite E. Os dados disponíveis são escassos e incompletos, embora demonstrem a ocorrência da infecção. A infecção foi detectada em vários estados brasileiros, através de métodos sorológicos. Na Bahia, em 1993, em 701 pessoas, detectou-se reatividade para o vírus da hepatite E em 2% de doadores de sangue, em 25% de portadores de hepatite A, em 11,5% dos pacientes com hepatite B, 0% em hepatite aguda C e em 26% dos pacientes com hepatite aguda não A, não B não C. E. Em Mato Grosso e São Paulo a reatividade para o vírus da hepatite E foi de 3,3% e 4,9% respectivamente. Em 1996, no Rio de Janeiro, a ocorrencia da infecção pelo vírus da hepatite E foi demonstrada, em 17 (7,1%) de 238 pessoas, a maioria (16 de 17) em maiores de 12 anos.
Medidas de proteção individual A hepatite E pode ser evitada através das medidas de proteção contra doenças transmitidas por água e alimentos. Estas medidas incluem a utilização de água clorada ou fervida e o consumo de alimentos cozidos, preparados na hora do consumo. Deve-se lavar cuidadosamente as mãos com água e sabão antes das refeições. O consumo de bebidas e qualquer tipo de alimento adquiridos com vendedores ambulantes deve ser evitado. Ainda não existem vacinas contra a hepatite E, e nem estudos que comprovem a eficácia do uso profilático de imunoglobulina.
Manifestações A infecção pelo vírus da hepatite E pode ou não resultar em doença. As manifestações, quando surgem, podem ocorrer de 15 a 60 dias (40, em média) após o contato com o vírus da hepatite E (período de incubação). A evolução da doença em geral é benigna, com icterícia, mal estar, perda do apetite, febre baixa, dor abdominal , náuseas, vômitos e urina escura. Menos comumente podem surgir diarréia e dor nas articulações. As grávidas, principalmente no último trimestre de gestação, têm risco maior de evolução para hepatite fulminante, com alto índice de letalidade (20%). A confirmação do diagnóstico de hepatite E não tem importância para tratamento da pessoa doente, poém. é fundamental para a diferenciação com outros tipos de hepatite. A confirmação é feita através de exames sorológicos. Os métodos mais utilizados são o ELISA, imunofluorescência e PCR para detectar HEV RNA no soro e fezes. A pesquisa de anticorpos IgM contra o vírus da hepatite E no sangue se reativa, indica infecção recente. Esses anticorpos geralmente podem ser detectados quatro semanas após exposição. A hepatite E não tem tratamento específico. As medidas terapêuticas visam reduzir a intesidade dos sintomas. No período inicial da doença está indicado repouso relativo, e a volta às atividades deve ser gradual. As bebidas alcoólicas devem ser abolidas. Os alimentos podem ser ingeridos de acordo com o apetite e a aceitação da pessoa, não havendo necessidade de dietas. A recuperação é completa, e o vírus é totalmente eliminado do organismo. Não há desenvolvimento de doença hepática crônica ou estado de portador crônico do vírus.
O obstetra Vicente Abdelmassih (foto), 42, e a biomédica Soraya (foto), 40, sua irmã, começaram a trabalhar na semana passada em nova clínica, a Embryo Fetus, que abriram em sociedade com Sang Chong Cha, especialista em medicina fetal e presidente da Sociedade Brasileira de Ultrassonografia. Os dois sempre trabalharam com o seu pai, Roger, 66, que aguarda sentença da Justiça sob a acusação de ter estuprado 56 pacientes e que já teve o registro profissional cassado em definitivo pelo CRM (Conselho Regional de Medicina) do Estado de São Paulo. A nova clínica fica na avenida Brasil, Jardim América, zona nobre de São Paulo. Trata-se da mesma avenida onde estava a Clínica Abdelmassih que foi fechada por falta de clientes após o escândalo. Os filhos vinham dando atendimento em consultório. “Já tenho a média de 20 consultas por mês”, disse Vicente à repórter Eliane Trindade. "Queremos dar a volta por cima.” Em agosto de 2009, em entrevista, Vicente afirmou que tinha a certeza da inocência do seu pai. Na reportagem de agora, ele não falou ou não lhe foi perguntado sobre o desdobramento das acusações a Abdelmassih. Mas Sang Chong Cha admitiu que a Embryo Fetus terá de conviver “com o fantasma da velha clínica”, o que não impedirá que sejam resgatados os “profissionais que são parte de um passado glorioso”. “Independente das acusações, ele [Abdelmassih] foi quem trouxe todo o avanço na área de reprodução humana no Brasil”, disse Chong Cha, cuja mulher de seu segundo casamento teve uma filha, hoje com 3 anos, com tratamento na antiga clínica. A Embryo Fetus cobra em média R$ 15 mil por fertilização e a sua previsão é desenvolver 500 ciclos por ano. Até estourar na imprensa o escândalo, a Clínica Abdelmassih realizava cerca de 1.700 ciclos anualmente.
A novidade permitiu comparar o sequenciamento genético do vírus encontrado no paciente com aquele encontrado em suínos criados no Brasil O Instituto Oswaldo Cruz, da Fiocruz, conseguiu detectar pela primeira vez a presença do vírus da hepatite E em um paciente brasileiro. Até então, a confirmação da doença era feita pela testagem da presença de anticorpos específicos contra ela - de 1999 a 2009, foram 810 testes sorológicos positivos no país, segundo o governo. Além de dar mais segurança ao diagnóstico, a novidade permitiu comparar o sequenciamento genético do vírus encontrado no paciente com aquele encontrado em suínos criados no Brasil. A semelhança reforçou a suspeita de pesquisadores de que a transmissão no país esteja ligada ao consumo de carne de porco mal passada. "Quando comparamos [geneticamente] as amostras do paciente e do animal, vimos que são relacionadas", diz a pesquisadora Débora Regina Lopes dos Santos. Ela é uma das responsáveis pelo estudo, publicado no "Journal of Clinical Virology". Na Ásia e na África, regiões em que a hepatite E é endêmica, o contágio se dá através de consumo de água e alimentos contaminados com fezes -mesma forma de transmissão da hepatite A. Já no caso das hepatites B, C e D, a transmissão ocorre pelo contato com sangue e outros fluidos corporais de pacientes infectados. Com tantas possibilidades, alguns episódios da doença acabam não tendo suas causas reveladas. Foi sobre esses casos que Santos se debruçou. Foram analisadas 64 amostras de pessoas que tinham tido hepatite aguda de origem indefinida entre 2004 e 2008. Em uma dessas amostras, os exames sorológicos e moleculares detectaram o vírus. O paciente em questão era um morador do Rio que teve a doença em 2006. Os pesquisadores partiram então para a comparação com vírus que já tinham sido encontrados em suínos criados no Estado, seguindo a linha de estudos internacionais que já traçaram essa relação. Os resultados confirmaram a possibilidade. "Mas, para ter certeza, só se pudesse analisar a carne que ele comeu", diz Santos. Apesar de não ter essa confirmação, a pesquisadora aconselha a população a cozinhar bem a carne, recomendação válida para evitar também outras doenças. O Ministério da Saúde disse que a detecção do vírus não altera a política de enfrentamento da doença. "O ministério já desenvolve ações para a hepatite A, que são eficientes contra a hepatite E", afirmou, por meio de sua assessoria de imprensa.
Garoto senta no que sobrou dos bens da família enquanto espera para ser retirado por autoridades
Após a confirmação de que as piores inundações dos últimos 80 anos no Paquistão já deixam 1.200 mortos, o Comitê Internacional da Cruz Vermelha afirmou que ao menos 2,5 milhões de pessoas já foram atingidas pelas chuvas. Ainda no fim de semana a ONU (Organização das Nações Unidas) estimava que havia ao menos 1 milhão de atingidos diretamente pelas fortes chuvas que castigam o norte do país desde a semana passada, mas tanto a entidade quanto o governo paquistanês indicaram que a cifra aumentaria nos dias seguintes. O governo do Paquistão enviou equipes médicas nesta segunda-feira à região noroeste por medo de um surto de cólera e outras epidemias diante de inundações que deixaram parte do país sob às águas. Segundo Anwer Kazmi, porta-voz da Edhi Foundation, a maior associação de caridade do país, pelo menos 1.256 pessoas morreram. O distrito de Swat, com 475 mortos, teria sido o mais afetado. As chuvas causaram fortes inundações e deslizamentos de terra, destruindo milhares de casas e devastando terras agrícolas em uma das regiões mais pobres do Paquistão, já castigada pela violência atribuída aos insurgentes talebans e a grupos vinculados à Al Qaeda. As autoridades paquistanesas advertiram para a propagação de cólera e gastroenterites, por causa da falta de água potável, informando que ainda continuam retirando moradores no distrito de Swat. "Calculamos que cem mil pessoas, na maioria crianças, tenham sido afetadas pelo cólera ou por doenças gástricas", disse Syed Zahir Ali Shah, ministro da Saúde da província de Khiber Pajtunjua (noroeste). "Nossa prioridade imediata é evacuá-los para locais seguros e depois dar-lhes cuidados sanitário", disse Shah, acrescentando que várias equipes médicas já tinham sido enviadas de helicóptero para as áreas afetadas.
AJUDA Enquanto isso, centenas de desabrigados permanecem em refúgios temporários em Peshawar, a principal cidade da região, e em Muzafarabad, capital da Caxemira paquistanesa. Pelo segundo dia consecutivo, centenas de afetados pedem aos gritos ajuda do governo. "Minha família encontrou refúgio em uma escola, mas não recebemos nem água potável, nem comida, nem medicamentos", disse à AFP Fahimud Din, comerciante de 27 anos da região vizinha a Peshawar. "Meu filho está doente de cólera, mas não há médicos", acrescentou. O exército e o Centro Nacional de Gestão de Catástrofes, encarregados das operações, destacaram ter socorrido mais de 28 mil pessoas na Província de Khiber Pajtunjua. Segundo as mesmas fontes, 29.529 lares foram destruídos no noroeste. Os serviços paquistaneses de meteorologia destacaram que estas foram chuvas sem precedentes e anunciaram que, durante as próximas duas semanas, pode-se esperar uma precipitação de até 200 milímetros na região. Diante da magnitude da catástrofe, as ofertas de ajuda começaram a chegar. O governo americano prometeu, no domingo, uma ajuda de US$ 10 milhões e o envio de helicópteros, botes, água e artigos de primeira necessidade. O secretário-geral da ONU (Organização das Nações Unidas), Ban Ki-moon, também se comprometeu em ajudar com até US$ 10 milhões, enquanto a China também castigada por inundações no nordeste, anunciou que contribuiria com US$ 1,5 milhão. A Comissão Europeia havia anunciado, no sábado passado, a liberação de uma cifra de 30 milhões de euros em ajuda humanitária para o Paquistão.