sábado, 24 de setembro de 2011

Sesc Guaxuma promove projeto de limpeza das praias, em Maceió


Ação aconteceu nesta manhã e contou com participação de 90 crianças, pais e professores

Durante a manhã deste sábado (24), cerca de 90 crianças que participam de atividades no Sesc Guaxuma, em Maceió, fizeram parte de um projeto ambiental promovido pela instituição, que celebra o Dia Mundial da Limpeza do Litoral, comemorado no dia 17 deste mês em mais 120 países. O evento é um programa ambientalista, sem fins lucrativos, que visa a redução dos resíduos produzidos, principalmente, por banhistas e donos de barracas à beira-mar. A mobilização contou, ainda, com a participação de pais e professores da instituição.

A assistente social do Sesc, Malba de Araújo, ressaltou a importância da participação das crianças no projeto: “Na prática, elas aprendem com mais facilidade. Todas moram em áreas litorâneas e mostramos que elas buscam pela preservação do próprio espaço”, frisou.

O casal de banhistas Ricardo e Vânia Morgan se sensibilizou com a iniciativa e decidiram ajudar a recolher a sujeira na praia. “Nós já temos o hábito de trazer uma sacola para colocarmos nosso lixo. Acho que se cada um fizesse isso, sem dúvida teríamos uma praia mais limpa e, consequentemente, mais bonita”, disse Vânia.

“Os donos das barracas deveriam cumprir com a obrigação de recolher, no mínimo, os materiais recicláveis que saem do seu próprio estabelecimento, como copos e sacolas plásticas”, emendou Ricardo Morgan.

A dona de casa Mariana da Silva é mãe do aluno Anthony Barbosa, 7 anos, e foram juntos participar da ação. “É legal ele me ver participando, ajudando a limpar, pois passa a dar mais valor. Procuro ensinar a meu filho a importância da limpeza em todos os sentidos e em qualquer ambiente”, disse.

O biólogo Christian Berner alertou para as consequências ambientais da sujeira deixadas pelo homem nas praias “Quando geramos lixo temos que tratá-los. Além de deixar a praia feia, existe a intoxicação dos animais marinhos. Os resíduos deixados na areia vão parar na água e podem causar a contaminação das espécies”, explicou.

A limpeza aconteceu em pontos da praia Guaxuma até a praia do Pontal até o fim da manhã.


Morte de juíza:um dos acusados tentou forjar álibi


RIO - Um depoimento mantido em sigilo por policiais da Divisão de Homicídios (DH) revela que um dos três PMs presos, acusados de assassinar a juíza Patrícia Acioli, tentou forjar um álibi para justificar sua presença nas proximidades do Fórum de São Gonçalo na noite do crime. O policial procurou uma advogada e tentou convencê-la a mentir, pedindo a ela que dissesse que esteve com ele na noite da execução. A advogada recusou a proposta. Patrícia foi morta com 21 tiros em Piratininga, Niterói, no último dia 11 de agosto.

O rastreamento dos celulares dos três PMs feito pela DH revelou que dois deles estiveram perto do Fórum onde a juíza trabalhava na noite do assassinato - um deles era o que pediu um álibi à advogada. A dupla teria permanecido no local por mais de uma hora, até desligar seus celulares. Até agora, os três são os únicos acusados formalmente pelo assassinato. Patrícia saiu do Fórum de São Gonçalo às 23h13m e foi executada às 23h55m, na porta de casa.

PM afirma que estava em encontro amoroso
Em seu depoimento, também sob sigilo, o PM que tentou forjar o álibi contou que estava na Zona Sul do Rio, horas antes do crime, quando recebeu a ligação de um dos outros dois PMs acusados. Segundo ele, os três combinaram um encontro amoroso com mulheres do Morro do Castro, na Engenhoca, em Niterói. Ainda de acordo com o depoimento do policial, o grupo estava namorando na Região Oceânica, também em Niterói, no momento em que a juíza foi morta. O policial admitiu que esteve antes na porta do Fórum para conversar com a advogada que o assistia, mas contou que houve um desencontro entre eles.

A advogada foi a responsável, na noite do crime, por avisar aos três policiais militares que a juíza Patrícia Acioli decretaria a prisão deles e de mais cinco policiais do 7º BPM (Alcântara) pelo assassinato de Diego da Conceição Beline, de 18 anos. O rapaz foi morto em junho deste ano na Favela do Salgueiro, em São Gonçalo. Os PMs tentaram forjar um auto de resistência (morte em confronto), deixando uma arma (pistola 9mm) e um punhado de drogas ao lado do corpo. A versão dos policiais não convenceu, e eles acabaram acusados de homicídio.

O Globo

Remédio pra pressão



Eu tomo um remédio para controlar a pressão.
Cada dia que vou comprar o dito cujo, o preço aumenta.
Controlar a pressão é mole. Quero ver é controlar o preção.
Tô sofrendo de preção alto.

O médico mandou cortar o sal. Comecei cortando o médico, já que a consulta era salgada demais.
Para piorar, acho que tô ficando meio esquizofrênico. Sério!
Não sei mais o que é real.
Principalmente, quando abro a carteira ou pego extrato no banco.
Não tem mais um Real.

Sem falar na minha esclerose precoce. Comecei a esquecer as coisas:
Sabe aquele carro? Esquece!
Aquela viagem? Esquece!
Tudo o que o barbudo presidente prometeu? Esquece!

Podem dizer que sou hipocondríaco, mas acho que tô igual ao meu time:
- nas últimas.
Bem, e o que dizer do carioca? Já nem liga mais pra bala perdida...
Entra por um ouvido e sai pelo outro.

Faz diferença...
"A diferença entre o Brasil e a República Checa é que a República Checa tem o governo em Praga e o Brasil tem essa praga no governo"

Luiz Fernando Veríssimo

" Não tem nada pior do que ser hipocondríaco num país que não tem remédio" ..

Mulher que tinha guarda provisória é acusada de torturar 5 crianças em SP


SÃO PAULO - A polícia investiga uma denúncia de maus tratos e tortura contra cinco crianças, todos irmãos, na região do Jardim da Saúde, Zona Sul de São Paulo. A agressora é uma mulher que tem a guarda provisória das crianças. Imagens de um celular foram feitas por um vizinho e entregues à polícia.

Num dos momentos, a mulher aparece com uma espécie de chicote batendo num garoto de 14 anos. O irmão dele, de 13, também apanha com o objeto. O irmão mais novo deles, de apenas 3 anos, aparece em outra imagem sendo chacoalhado pela acusada.

- São maus-tratos, lesões corporais de natureza grave e até mesmo tortura. São crimes extremamente graves - disse o delegado Paulo Henrique Navarro.

Os pais das crianças, que foram entregues ao Conselho Tutelar de Cidade Ademar, são usuários de drogas. A mulher recebe R$ 750 por mês para cuidar dos cinco irmãos, que estavam na casa dela há 4 meses.

A acusada foi chamada à delegacia para depor e o chicote, tipo "rabo de tatu", foi apreendido pela polícia.

Há quatro meses, o Conselho Tutelar de Vila Mariana emitiu um termo de responsabilidade que diz que ela deveria zelar pelo bem estar das crianças. Um dos conselheiros, que não quis gravar entrevista, disse que, ao saber das agressões, encaminhou os cinco irmãos para um abrigo. Uma das crianças fugiu.

O Globo

Namorado diz que professora baleada não se queixava de aluno


Internada na UTI, vítima conversou com o namorado na noite desta quinta.
Estudante de 10 anos disparou um tiro contra ela e depois se matou.


O namorado da professora Rosileide Queiros de Oliveira, de 38 anos, baleada quinta-feira (22) por um estudante de 10 anos em uma escola de São Caetano do Sul, ABC, disse que ela descreveu o autor do disparo como "um aluno exemplar, tranquilo, quieto, que tirava boas notas". O funcionário público Luiz Eduardo Hayakawa visitou a namorada na noite da quinta, logo após ela deixar o centro cirúrgico.

Rosileide estava, no fim da manhã desta sexta (23), na UTI do Hospital das Clínicas, em São Paulo. Na noite de quinta, ela passou por uma cirurgia para retirada do projétil, que ficou alojado na região da bacia. "Felizmente não acertou nenhum órgão", diz o namorado. "Ontem [quinta-feira], ela estava bem, tranquila, conversando", afirma.

Antes do encontro com a namorada, Hayakawa chegou a dar entrevistas dizendo que o aluno tinha mau comportamento. "Ela sempre reclamou de um Davi, e quando eu vi as notícias, achei que fosse ele [o aluno que se matou]. Mas quando eu disse que era Davi, ela ficou impressionada", relata Hayakawa, admitindo ter feito confusão com os nomes iguais.

O perfil relatado pelo namorado da professora é confirmado por colegas e vizinhos de Davi Mota Nogueira, que é descrito como uma criança muito tranquila, educada e quieta. Segundo vizinhos ouvidos pelo G1, ele era “na dele”, de poucos amigos, ficava mais em casa, saía praticamente só para ir para a escola e para a igreja com os pais.

"Ele era quieto, na dele", conta a estudante do 5º ano Beatriz dos Santos, de 10 anos, que fazia aulas de educação física com Davi - que estava no 4º ano. Sobre Rosileide, ela descreve: "Ela é chata com quem bagunça, mas era boa professora".

A vizinha Valderes Sanches, que mora no mesmo bloco que a família de Davi, em um prédio de São Caetano do Sul, diz que está em choque. “Era super educado, de uma educação raríssima, uma excelente criança. Não saía para brincar nas áreas do prédio, não tinha nada para falar de ruim dele. Era quietinho, de poucos amigos, só saía para ir para a igreja e para a escola. Nunca vi ele aqui embaixo solto".

Larissa Natalie Caetano da Silva, de 10 anos, que era colega de sala de Davi, confirma que ele era bom aluno. “Ele era quieto, sempre tirava nota boa. Era legal, engraçado, não era agressivo. Era bem normal. Fazia as lições direito, a professora nunca brigava com ele". Ela presenciou a agressão do aluno dentro da sala de aula: “Na hora que estourou, eu achei que fosse uma bomba. Não sabia que tinha atirado na professora, só vi ela cair. Depois ouvimos outro barulho, saíram e viram ele na escada".

G1

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Justiça garante alimentação especial e cirurgia a bebê de 7 meses em MS


Bebê ficou internado por 3 meses no CTI Neonatal

Por três meses, T.A.S., hoje com sete meses, ficou internado no CTU (Centro de Tratamento Intensivo) Neonatal por uma problema de saúde. Ele necessitava de alimentação especial e cirurgia para colocação do "botton" que só foi garantido pela justiça no começo deste mês. A informação foi divulgada nesta sexta-feira (23).

A mãe da criança, P.S.A., tentou obter junto a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), a alimentação e o “botton” para a cirurgia, mas foi informada que o município não fornece o material. A Sesau disse que nem tinha conhecimento sobre estes materiais.

O defensor público, Francisco Carlos Bariani, do Núcleo da Cidadania em Campo Grande, entrou com ação de obrigação de fazer e ainda solicitou tutela antecipada, deferida em ambos os processos, que tramitam na Vara da Fazenda Pública do Juizado Especial Central.

No dia 1ª de setembro a juíza substituta Eliane de Freitas Lima Vicente, determinou o fornecimento do material para a realização da cirurgia. O Ministério Público se manifestou favorável na ação, para que a criança recebesse o “botton”, já que o tratamento com medicação fornecida pelo SUS (Sistema Único de Saúde) não apresenta resposta satisfatória.

A situação clínica da criança foi analisada pela Cates (Câmara Técnica de Saúde), que elaborou parecer preliminar, utilizado como base para decisão judicial.

A alimentação especial também foi garantida pelo juiz Alexandre Branco Pucci, no dia 19 de setembro.

– Tem o Poder Público dever de cumprir o comando constitucional de garantia à saúde.

R7

Aluno que atirou em professora é enterrado no ABC

Menino de 10 anos se matou após disparo em escola em São Caetano.
Professora segue internada no Hospital das Clínicas.


O garoto de 10 anos que atirou em uma professora dentro da sala de aula e depois se matou na quinta-feira (22) em São Caetano do Sul, foi enterrado por volta das 16h desta sexta (23), no Cemitério das Lágrimas, na cidade do ABC.

A cerimônia foi acompanha por cerca de 200 pessoas, entre elas vários guardas-civis, colegas de trabalho do pai do garoto Davi Mota Nogueira. Em cima do caixão, foi colocada uma bandeira do Santos, time de coração do menino.

A diretora da Escola Municipal Professora Alcina Dantas Feijão, Márcia Gallo, disse nesta sexta que o aluno nunca havia sido alvo de reclamações de outros estudantes ou de professores. O menino estava no 4º ano do ensino fundamental e estudava na escola desde 2008. Ele fez os disparos com uma arma particular do pai.

“Não tem registro de indisciplina na escola, tinha boas notas, era um aluno frequente, nunca foi alvo de reclamação”, afirmou Márcia Gallo. “Ele era um aluno como os outros da mesma faixa etária. Não havia nenhum tipo de atrito entre ele e a professora, ela em nenhum momento reclamou dele. Ele nunca foi suspenso, era um bom aluno. Não sofria bullying. Era querido pelos amigos da sala dele”, completou.

Segundo a diretora, o menino era calmo, tranquilo e não dava trabalho na escola. A coordenadora pedagógica Meire Cunha também afirmou que o aluno não gerava problemas e era querido. “Ele era quieto, não era agitado, era de ter dois, três amigos, não era de turma. Não era um menino arisco, era muito doce”, contou.

As aulas na escola foram suspensas nesta quinta e sexta-feira e só devem ser retomadas na quarta-feira (28). Na segunda (26) e na terça (27), os professores e funcionários irão se reunir para planejar como será feita a recepção dos alunos na volta às aulas. “A acolhida vai ter que ser muito especial, temos alunos que estão chocados e preocupados com essa situação”, afirmou Márcia. A sala onde aconteceu o crime será fechada, e os alunos da turma serão deslocados para outra sala no mesmo corredor.

A professora baleada, Rosileide Queiros de Oliveira, de 38 anos, teve alta da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital das Clínicas de São Paulo no início desta tarde. Segundo o HC, ela foi levada para um quarto e seu quadro de saúde é estável. Ainda de acordo com o hospital, Rosileide passou por uma cirurgia da noite desta quinta-feira que durou três horas para a retirada de um projétil na região abdominal.

Nesta quinta, o funcionário público Luiz Eduardo Hayakawa, namorado de Rosileide, a visitou no Hospital das Clínica. Ele disse ao G1 que ela descreveu o autor do disparo como "um aluno exemplar, tranquilo, quieto, que tirava boas notas".

Arma do pai
O crime aconteceu na quarta aula do dia no período da tarde, em uma sala com 23 alunos. O menino pediu para ir ao banheiro, foi autorizado, e quando voltou atirou na professora. Em seguida, seguiu para uma escada, onde disparou contra sua cabeça e morreu. A escola tem 16 câmeras de segurança, que registraram a passagem do aluno, mas não os disparos.

O pai do menino já havia notado a falta da arma em casa e chegou a ir à escola durante a tarde para perguntar aos filhos se eles estavam com ela. Segundo a diretora, o pai foi autorizado a conversar com os filhos, mas o conteúdo da conversa não foi relatado aos funcionários. Os dois filhos negaram que estivessem com a arma.

Para Meire Cunha, coordenadora pedagógica da escola, se o pai tivesse relatado à direção o que havia ocorrido algo poderia ter sido feito para evitar a morte do menino. “A família precisa ter uma parceria cada vez maior com a escola. Não foi em nenhum momento comunicado à escola [que o pai havia perdido a arma e a procurou com os filhos]. Nós teríamos agido imediatamente”, afirmou.

A diretora da escola, que é considerada referência na região, disse que o estabelecimento já tem os meios de segurança necessários – os alunos passam por três portões antes de chegarem às salas e a entrada de pessoas e objetos estranhos é coibida. “Nenhuma escola tem estrutura quando acontece uma coisa dessas. Não tem o que fazer sobre segurança, não posso revistar 900 alunos por período. É mais uma questão de atitude e de hábito, da família orientar para não trazer material que não é escolar. Detector de metal também é um problema”, afirmou Márcia.

Ainda segundo ela, a professora teria percebido se o menino estivesse com alguma atitude diferente no dia do crime. “Ela perceberia algo errado, se ele tivesse demonstrado irritação ou a arma aparecido de alguma forma”, afirmou ela, que ainda não sabe estimar o que poderia ter motivado o menino. “São várias hipóteses, estamos ainda tentando entender. Foi um choque, um aluno que não seria previsível de acontecer isso.”

G1

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Uma foto que não tem preço


É assim que Deus faz com quem procura abrigo Nele.

Polícia britânica investiga luta entre crianças de oito anos em ringue de vale tudo


A polícia britânica está investigando o caso de dois meninos de oito anos de idade que foram filmados lutando em um ringue de "vale tudo".

As imagens da luta foram feitas em um clube diante de uma plateia de adultos na cidade de Preston, no norte da Inglaterra.

A polícia disse na quarta-feira que está avaliando "se houve problemas envolvendo a segurança das crianças".

Um porta-voz da polícia do condado de Lancashire disse que não há nenhum tipo de restrição ao Greenlands Labour Club por permitir esse tipo de evento.

"Nós sabíamos que a noite de MMA [sigla em inglês para artes marciais mistas] estava ocorrendo, mas não sabíamos que havia crianças envolvidas."

A administradora do clube, Michelle Anderson, de 39 anos, defendeu os eventos das críticas, e disse que as crianças "adoram" a noite de MMA.

"As crianças não estavam lutando em uma jaula, elas estavam apenas se pegando, não havia socos, chutes ou golpes", disse ela.

"O evento é totalmente legal. Só houve uma luta entre crianças, que foi uma luta de apresentação. As demais lutas foram entre adultos. São só as pessoas que não entendem nada do esporte que querem palpitar."

O pai de uma das crianças, Nick Hartley, disse que seu filho não estava correndo perigo.

"Ele adora o esporte. Não é nem um pouco perigoso, é um esporte controlado", afirmou.

"Ele gosta de praticá-lo, ele nunca é obrigado. Até ele ficar mais velho e começar a ter mais contato físico, com chutes e socos, daí talvez [ele se machuque], mas nesta idade é apenas luta com agarramento."

Um porta-voz da Associação Médica da Grã-Bretanha (BMA na sigla em inglês) disse que esportes como boxe e lutas em jaula são "defendidos às vezes com o argumento de que as crianças aprendem a lidar com a agressividade através de disciplina e controle".

Mas ele ressaltou que outros esportes – como atletismo, natação, judô e futebol – também exigem disciplina, mas não apresentam o mesmo tipo de risco de dano cerebral.

Marcus Holt, que promoveu a noite no clube de Preston, disse que chutes e socos não são permitidos, e que por isso as crianças não usam proteções especiais.

Um dos diretores da Sociedade Nacional pela Prevenção de Crueldade contra Crianças (NSPCC, na sigla em inglês) disse que a entidade "recomenda muito" que os pais não deixem seus filhos participarem de lutas como a que foi promovida pelo clube.

"É bastante perturbador o fato de que as pessoas envolvidas eram jovens, com até oito anos, uma idade na qual ainda estão se desenvolvendo fisicamente e mentalmente", disse Chris Cloke.

"Os organizadores destas atividades deveriam pensar com bastante cuidado antes de permitir o envolvimento de crianças, que são incentivadas a praticar violência."

BBC Brasil

Recém- nascido encontrado em geladeira desligada permanece internado no Rio


A criança foi deixada pela mãe em uma geladeira velha. A mulher afirma que deixou o bebê no local para ir atrás de comida. O recém-nascido está internado em um hospital de Madureira.

R7

Reynaldo Gianecchini volta para casa depois de terceira rodada de quimioterapia


ACOMPANHE A COBERTURA DA LUTA DO ATOR CONTRA A DOENÇA

Entenda o caso
No dia 10 de agosto, mm nota oficial, Reynaldo Gianecchini confirmou que sofria de um linfoma não-Hodgkin e mandou um recado ao público. "Estou pronto para a luta e conto com o carinho e o amor de todos vocês", comentou. O infectologista David Uip, um dos responsáveis pelo tratamento do ator, veio a público reafirmar o otimismo de Gianecchini em enfrentar a doença.

“Ele está com muita fé, muito confiante. Gianecchini está com uma postura de otimismo e pede apoio das pessoas. Ele tem uma postura serena, que vai ser muito adequada para ajudar no tratamento. Não o vi chorar”, contou o médico.

Foi também neste perído que veio à tona um drama familiar vivido pelo ator. O pai de Gianecchini, Reynaldo Cisotto, também enfrenta um câncer, mas no fígado , e não nos gânglios linfáticos, como o que afeta o filho.

Ao deixar o hospital Sírio Libanês no dia 26 de agosto, Gianecchini conversou otimista com a imprensa. "Queria dizer que estou muito forte e essa força grande parte vem de vocês. As pessoas tem me ajudado muito. Não tenho palavras para agradecer todo mundo. Só queria dizer que estou muito forte. Vou precisar ficar quietinho, tranqüilo e em silêncio para fazer meu tratamento, mas não estou me afastando de vocês. Não tenho palavras para agradecer vocês da imprensa e fãs", comentou o ator, que falava com voz rouca, baixa e pausadamente e saiu aplaudido, aos gritos de "força".

QUEM

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

21 de Setembro - Dia Nacional de Luta das Pessoas com Dificiência


Passeata de deficientes chama atenção para a falta de acessibilidade

Em comemoração ao Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência, centenas de deficientes e familiares fizeram uma passeata na manhã desta quarta-feira (21), da Igreja da Candelária até a Cinelândia. Os manifestantes aproveitaram a ocasião para chamar atenção para a falta de acessibilidade na cidade.

"Normalmente fazemos a manifestação em Copacabana, mas neste ano escolhemos o Centro do Rio para mostrar que, apesar de ser o centro comercial da cidade, não tem acessibilidade nenhuma", destacou Nena Gonzalez, diretora do Instituto Novo Ser, que organiza a passeata junto com a Associação Movimento Superação.

Juliana Remorini, integrante do Movimento Superação, salientou que ainda falta muita iniciativa de inclusão de pessoa com deficiência nas escolas, no mercado de trabalho e nos meios de transporte.

"As pessoas acham que acessibilidade trata-se só de colocar rampa e elevador", destaca. "Mas não é só isso. O que chamamos de acessibilidade plena é dar condições para que os deficientes possam exercer sua cidadania como um todo, com acesso à escola, mercado de trabalho, etc."

A manifestação está em seu quinto ano, mas nesta edição, a ideia foi de levantar estas questões com o objetivo de mobilizar a sociedade para que as pessoas se aproximem desse universo.

Jornal do Brasil

Adolescente violentada por presos e conselheiro tutelar estão sob ameaça no Pará


SÃO PAULO - A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) sobre Tráfico Humano da Assembleia Legislativa do Pará pediu ao governo do estado e pedirá nesta tarde à Secretaria Nacional de Direitos Humanos que incluam a adolescente vítima de abuso sexual por presos da Colônia Penal Agrícola de Santa Izabel do Pará e o conselheiro tutelar Denilson Gama em programas federais de proteção. Em depoimento realizado na tarde desta terça-feira, Gama afirmou que desde segunda-feira, quando o caso ganhou repercussão nacional, ele já recebeu três ameaças por telefone, feitas por uma voz masculina, que mandou que ele "parasse com isso", pois seu endereço é conhecido e o conselheiro "pode se dar mal". A menina, de 14 anos, segundo a Comissão, está em risco, pois identificou pelo menos quatro presos envolvidos no esquema.

- A menina identificou pelo menos quatro detentos. Um deles é Rodrigo Faísca, o responsável pelo contato com a agenciadora Anne, que levou as meninas para o encontro com os presos. Ela tem muito medo dele. Chorava e perdia o controle toda vez que falava este nome. Pelo menos outros três, entre eles o distribuidor de drogas, foram citados - afirmou o deputado Carlos Bordalo, do PT, da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia.

No depoimento, que durou cerca de uma hora, a adolescente de 14 anos revelou que esta era a segunda vez que ela havia sido aliciada para ir até o igarapé, que fica ao lado da colônia agrícola, para manter relações sexuais com o preso identificado como Rodrigo Faísca. Pelo programa, a menina receberia R$ 20. A agenciadora, identificada como Anne, segundo ela, recebeu dos presos R$ 500 pelo serviço. Além dela, outras duas adolescentes foram levadas por Anne.

Na primeira vez, no entanto, a adolescente manteve relações sexuais com o preso no igarapé e foi embora. Na semana passada, ela e as outras duas meninas foram obrigadas a entrar com os presos na Colônia Penal, onde foram mantidas reféns por quatro dias e obrigadas a manter relações sexuais com vários presos. Segundo o deputado, a menina não sabe identificar o número certo de detentos que cometeram os abusos. Ela só podia deixar os alojamentos escoltada por um dos detentos. Num momento de distração deles, ela fugiu pelo meio da mata que cerca a colônia, que não tem muros.

- Ela contou que foi mantida refém pelos presos e obrigada, além de manter relações sexuais com vários deles, a vender drogas em outras alas do presídio. Pelo relato, a Colônia Agrícola está totalmente dominada pelos presos, que andam lá dentro armados, saem a qualquer hora, consomem e vendem drogas - diz o deputado Carlos Bordalo (PT).

Nesta terça, foram ouvidos apenas a adolescente e o conselheiro. Um boletim de ocorrência foi lavrado, segundo Bordalo, para registrar as ameaças ao conselheiro tutelar. Na manhã de ontem, a adolescente foi levada pela Polícia Civil do Pará para fazer o reconhecimento de presos, sem o conhecimento do conselheiro tutelar, que é o tutor dela neste período de abrigamento. Á tarde, foi levada para prestar depoimento na Assembleia.

Izabela Janete, do Programa Pro-Paz, responsável pelo acompanhamento médico e psicológico da menor, comunicou o Ministério Público sobre os fatos. Nesta terça, a menina deveria ter sido submetida a exames e consultas ginecológicas, mas não compareceu devido aos dois compromissos. Apenas na manhã desta quarta-feira ela foi levada à Santa Casa de Misericórdia de Belém, responsável pelo atendimento.

O deputado Bordalo afirma que não sabia que a menina precisava ser submetida a exames e que havia pedido o depoimento na segunda-feira. Segundo ele, o fato de ter uma agenciadora e de a menina ter sido mantida refém pode configurar tráfico de pessoas.

- Ela veio de livre e espontânea vontade - diz o deputado, que se queixou da demora da polícia ao levar a menina para reconhecer os presos, embora reconheça que ela estava traumatizada.

Segundo Bordalo, a menina relatou que decidiu fugir do presídio depois que percebeu que os presos não a deixariam sair tão cedo. A adolescente teme que as outras duas garotas levadas com ela à colônia penal tenham sido mortas.

- A prisão desta agenciadora é vital para explicar muito coisa. Ela sumiu e não sabemos o paradeiro das outras meninas - afirma Bordalo.

Na tarde desta quarta-feira, o ouvidor da Secretaria Nacional dos Direitos Humanos (SNDH) Domingos Sávio Dresch da Silveira, e Deisi Benedito, representante da Secretaria, irão com os deputados da CPI do Tráfico Humano da Assembleia paraense à Colônia Penal Heleno Fragoso, em Santa Izabel do Pará, para verificar a situação do presídio.

Izabela Jatene, coordenadora do Pro-Paz, disse que o depoimento da menina deve ser sigiloso e que seu papel é evitar que ela volte a ser vitimizada, resgatando a integridade física e psicológica. A adolescente está abrigada em Belém, numa casa de passagem. Izabela diz que pedirá ao estado que inclua a garota em programa de proteção à criança e adolescentes vítimas de violência caso seja comprovada alguma ameaça.

A prioridade, diz Izabela, é encontrar a mãe da menor e tentar a reinserção dela na família.

O Globo

Vítima de maus-tratos, égua recolhida para tratamento morre em abrigo na Capital


Animal morreu devido a uma infecção geral

Recolhida no 20 de Setembro para um abrigo da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), a égua que foi vítima de maus-tratos no bairro Mario Quintana, zona norte de Porto Alegre, não resistiu e morreu devido a uma septicemia (infecção geral).

Segundo a veterinária Rochele Oliveira, 32 anos, o animal já chegou morto ao abrigo, ainda na tarde de terça-feira.

— Ela teve uma perfuração no reto, que causou a morte por septicemia, e também estava desidratada e anêmica — relata a veterinária.

Debilitada devido ao abandono, a égua caiu em um matagal ainda na segunda-feira e foi espancada por algumas crianças da região, que ainda introduziram um objeto perfurante no reto do animal.

A crueldade emocionou e mobilizou membros da comunidade, que passaram o 20 de Setembro dedicados a tratar e alimentar o equino no Parque Chico Mendes.

Zero Hora

Educação aposta no processo de inclusão em escolas regulares


Secretaria vem qualificando mais professores da rede pública para atender o aumento de alunos portadores de deficiência

Rio - Integrar estudantes portadores de necessidades especiais em escolas tradicionais tem sido um desafio para os educadores. Afinal, não basta colocá-los em sala de aula, esses alunos exigem um tratamento diferenciado e com professores capacitados para desenvolver suas habilidades e conhecimentos.

A secretaria estadual de Educação vem implementando ações como a formação de professores especializados para atender a cerca de 2.900 estudantes que estão incluídos dentro do sistema regular de ensino. Desse total 743 estão no 1ºsegmento do Ensino Fundamental, 1.113 no 2º grau e 981 do Ensino Médio,e 699 se encontram em turmas especiais

Segundo a Política Nacional de Educação Especial,são considerados alunos com necessidades educacionais especiais aqueles com deficiência (mental, auditiva, visual e física), com transtornos globais do desenvolvimento e com altas habilidades/superdotação.

Para a coordenadora de Educação Especial,Roseni Cardoso, o número de alunos portadores de necessidades especiais vem aumentando na rede estadual, por isso o Estado vem investindo em mais profissionais para atender esses estudantes. Atualmente há um total de 327 intérpretes da Língua Brasileira de Sinais(LIBRAS)atuando em 172 escolas. Para o aluno com paralisia cerebral, a Seeduc fornece profissionais de apoio, a fim de acompanhá-los em classe.

A estrutura para atender os portadores de necessidades especiais é formada pelo Núcleo de Apoio Pedagógico Especializado (Napes), responsável pela capacitação de professores de classes comuns.A secretaria possui o Centro de Apoio Pedagógico ao Atendimento de Pessoas com Deficiência Visual (Caps), nos municípios de São Gonçalo e Itaperuna, que produzem material em braile e em alto relevo para alunos cegos, e em escrita ampliada para alunos com baixa visão da rede estadual.


Barreiras superadas
Breno Guedes do Nascimento,deficiente auditivo, é aluno do Instituto de Educação Eber Teixeira de Figueredo, em Bom Jesus do Itabapoana, está no terceiro ano do Ensino Fundamental. De acordo com a diretora Maria Aparecida Medeiros,a adaptação foi facilitada pelo apoio dos pais e dos colegas."Atualmente, a turma de Breno aprende e realiza diversos trabalhos envolvendo a linguagem de sinais", diz a diretora.

Participante de várias atividades, ele gosta das aulas de arte e integra o coral do colégio, cantando música em LIBRAS."Eu gosto muito da linguagem de sinais, sempre gostei. Quando comecei a aprender achei difícil, mas depois ficou fácil entender" explica o aluno.

Portador de deficiência visual, Filipe Knupp, de 14 anos, estuda no colégio Ramiro Braga, em Bom Jardim, e é considerado um dos melhores alunos em Matemática, ele luta capoeira e joga futebol (usa uma bola com guizo), além de ter aptidão especial por música, tocando teclado e sax.

Dificuldades
Embora a rede estadual de ensino venha investindo na qualificação de professores,o caminho ainda é longo e existem obstáculos que precisam ser superados, segundo a psicóloga e mestre em psicologia escolar, Márcia Magalhães Fonseca.

Para ela o processo de inclusão exige tempo e os resultados não aparecem de uma hora para outra. "A iniciativa é importante,mas o número de profissionais especializados é pequeno. Como um professor não qualificado pode dar conta dos alunos ditos normais e ao mesmo tempo de um estudante que precisa de maior atenção?" questiona.

A psicóloga lembra que nem todas as escolas estão preparadas à atender alunos especiais. "Muitas escolas não possuem rampas para os cadeirantes, por exemplo.Outra questão é como a professora fará quando este aluno precisar ir ao banheiro,já que ele necessita de acompanhante. Como fazer com um aluno com deficiência visual, já que a maioria dos professores não conhecem a Libras? Claro que não podemos desmerecer todas as iniciativas que levem ao processo de inclusão,mas é fundamental que as autoridades encontrem soluções para essas questões' finaliza.

O DIA ONLINE

Professora é agredida após pedir para aluno desligar celular em SP


Ela foi parar no hospital depois de ser chutada, cair e bater a cabeça.
Estudante foi suspenso na escola e poderá ser punido.


Uma professora foi parar no hospital em Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo, após ser chutada por um aluno da 7ª série do ensino fundamental da Escola Estadual Euryclides de Jesus Zerbini nesta segunda-feira (19). Ela havia pedido para o estudante desligar o celular. Após a agressão, a professora caiu e bateu a cabeça.

O celular do aluno já havia tocado quatro vezes quando a professora de 54 anos pediu que ele desligasse o aparelho. Como resposta, o adolescente de 14 anos a chutou. Na queda, ela teve lesões na cabeça e ferimentos em um dos joelhos. Ela foi levada para um hospital, onde foi medicada e liberada.

O caso foi registrado pela polícia como ato infracional, por envolver um adolescente. O Ministério Público vai pedir que o jovem compareça com um responsável em juízo para ser ouvido. A professora também prestará depoimento.

Apenas depois disso será decidido se o jovem irá cumprir uma medida socioeducativa ou será encaminhado para a Fundação Casa. A Secretaria de Estado da Educação disse que a escola prestou todo o atendimento necessário à professora. O aluno foi suspenso por três dias e receberá acompanhamento pedagógico.

G1

Sob denúncia de falta de leitos para dependentes, governo de SP diz que vai dobrar o atendimento


SÃO PAULO - Em novo comunicado à imprensa, a Secretaria da Saúde de São Paulo informou que pretende dobrar o número de leitos de internação para dependentes químicos nos próximos dois anos em todo o Estado. Segundo levantamento feito pela Frente Parlamentar de Enfrentamento ao Crack e outras drogas da Assembleia Legislativa de São Paulo, quase 80% dos 645 municípios paulistas não dispõem de leitos para tratar dependentes químicos.

Neste momento, a pasta está finalizando mapeamento dos serviços existentes e da demanda para definir os locais onde serão implantadas as novas clínicas. O investimento será de R$ 200 milhões.

Dois novos serviços já estão previstos, segundo a secretaria. Na cidade de São Paulo, o Hospital das Clínicas da FMUSP terá um prédio voltado, exclusivamente, ao tratamento de dependência química. Com 52 leitos, dos quais 40 para adultos e 12 para adolescentes, o local também abrigará uma unidade do Centro de Atenção Psicossocial (Caps-ad).

Em Botucatu, o governo está investindo mais de R$ 12 milhões para a implantação do Serviço de Atendimento Psiquiátrico para Dependentes Químicos, Álcool e Drogas, que começará a funcionar no primeiro semestre de 2012. Serão 3,7 mil m² de área construída divididos em oito blocos, com 76 leitos, dos quais 10 voltados para desintoxicação.

Na análise sobre a disponibilidade de leitos para dependentes químicos, a Frente verificou que em municípios com até 5 mil habitantes, 91% não contam com leitos. Nas cidades com até 50 mil, o déficit é de 85%, enquanto o problema atinge 75% dos municípios com até 100 mil habitantes e 69% das cidades com mais de 100 mil habitantes.

O estudo, realizado em 325 cidades onde se concentram 76% da população do estado, revela ainda que apenas 12% desses municípios recebem ajuda do governo federal, a apenas 5% contam com auxílio do governo estadual. Diz ainda o documento que a maior parte dos dependentes tem entre 16 e 35 anos de idade. O levantamento mostrou ainda que o crack avança com velocidade maior nos municípios com população entre 50 mil e 100 mil habitantes.

O Globo

Auxiliar de enfermagem é acusada de agredir deficiente mental



Os maus tratos cometidos contra uma jovem em São Paulo foram registrados por uma câmera instalada pela família da vítima

Foi pedida a prisão preventiva da enfermeira.

Record News

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Polícia Civil do Pará investiga denúncia de abuso sexual de adolescente em presídio


Brasília – A Polícia Civil do Pará investiga a denúncia feita por uma adolescente de 14 anos que diz ter sofrido abuso sexual em uma unidade prisional no município de Santa Izabel do Pará.

Ela procurou uma delegacia na madrugada no último sábado (17) e contou que o abuso foi cometido por detentos da Colônia Agrícola Heleno Fragoso, na zona rural do município. A polícia vai investigar ainda a denúncia de violência sexual de mais duas adolescentes e tentar descobrir como elas entraram no presídio.

A garota fez exame de corpo de delito e foi encaminhada para um abrigo em Belém. Após as denúncias, o governo do Pará determinou a exoneração, por negligência, do diretor da instituição penal, Andrés de Albuquerque Nunes, e de 20 homens que estavam de plantão no último sábado.

De acordo com coordenador do Centro de Defesa da Criança e Adolescente do Pará (Cedeca), Bruno Guimarães, após o atendimento no conselho tutelar, a jovem deve ser encaminhada para tratamento psicológico.

“As ofensas à dignidade sexual dessa adolescente são profundas, de ordem física, emocional e psicológica. Uma rede de atendimento, uma retaguarda de proteção social são necessárias para tentar minimizar os efeitos devastadores de uma violência dessa natureza.”

Há quatro anos, uma jovem de 15 anos, acusada de furto, foi mantida presa em uma cela com cerca de 20 homens na delegacia de Abaetetuba, na região metropolitana de Belém. Durante 26 dias, a jovem foi estuprada repetidas vezes.

Para o coordenador do Cedeca, Bruno Guimarães, as autoridades precisam tomar medidas para evitar que casos como esses continuem acontecendo no estado. “Nós lamentamos e esperamos que as autoridades tomem medidas que procurem evitar esse tipo de violação, que é um absurdo.”

O caso do último fim de semana envolvendo a garota de 14 anos está sendo investigado pela Divisão de Atendimento ao Adolescente e corre em segredo de Justiça.

prómenino

Concurso premia crianças com armas na Somália


Competição de recitação do Alcorão é de grupo ligado a Al-Qaeda.

Uma estação de rádio na Somália controlada pelo grupo extremista islâmico Al-Shabab premiou com armas crianças que participavam de um concurso de declamação do Alcorão, o livro sagrado dos muçulmanos.

A competição da rádio Andulus também avaliou conhecimentos gerais.

O grupo que venceu a competição recebeu um fuzil AK-47 e o equivalente a US$ 700 (cerca de R$ 1.240). O segundo colocado recebeu um AK-47 e US$ 500 e terceiro, duas granadas de mão e US$ 400.

O grupo Al-Shabab, que teria ligações com a Al-Qaeda, controla grande parte do sul e do centro da Somália. Recentemente o grupo saiu da capital Mogadiscío, onde o fraco governo apoiado pela ONU está no comando.

Granadas
Quatro crianças, de idades entre 10 e 17 anos, foram escolhidas para representar cada distrito na competição realizada durante o Ramadã, o mês sagrado dos muçulmanos, que terminou em agosto.

"Os jovens devem usar uma mão para educação e com a outra segurar uma arma para defender o Islã", disse o comandante do Al-Shabab Mukhtar Robow aos vencedores da competição em Elasha, cerca de 20 km da capital.

Os vencedores também receberam livros religiosos.

Mohamed Moalimu, repórter da BBC em Mogadíscio, disse que o concurso vem ocorrendo há três anos. Em edições anteriores, a primeira colocação era premiada com um lançador de granadas.

A Somália atravessa uma severa seca e muitas áreas controladas pelo grupo sofrem com fome. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

Estadão

Mãe e irmã de estudante morta dentro de casa na zona leste prestam depoimento nesta terça-feira


Jovem foi encontrada morta em sua casa, no bairro São Mateus, na última terça

A mãe e a irmã de Bianca Ribeiro Consoli devem prestar depoimento à polícia nesta terça-feira (20). A jovem foi encontrada morta em sua casa, no bairro São Mateus, zona leste de São Paulo, na última terça-feira (13).

Nesta segunda-feira (19), a Procuradoria-Geral de Justiça designou o promotor Antonio Nobre Folgado para acompanhar as investigações. No mesmo dia, o delegado Maurício Soares confirmou que o cunhado da jovem constituiu um advogado de defesa. O delegado considerou o fato como "interessante".

- Um fato interessante. Um sujeito que não é suspeito, que não é incriminado possui advogado. Mas é um direito de qualquer um.

O cunhado da estudante prestou depoimento no DHPP na última quinta-feira (15). Segundo informações preliminares, ele falou sobre os últimos dias de Bianca e do relacionamento com a família. Após as declarações, ele foi encaminhado pare o IML (Instituto Médico Legal). Como apresentava alguns ferimentos no corpo, foi submetido a exame de corpo de delito. A polícia não o encara como principal suspeito.

A jovem foi encontrada com um saco plástico na boca e sinais de enforcamento. O corpo dela estava próximo da porta que dá acesso a uma sacada. Móveis foram revirados, mas, segundo a família, nada foi roubado.

O crime

Segundo a polícia, Bianca foi atacada quando havia acabado de tomar banho e se preparava para ir para a academia. Na cama, os investigadores encontraram a toalha usada por ela, ainda molhada. A garota teria reagido e começou uma luta em que ela e o criminoso desceram as escadas. Os policiais encontraram mechas de cabelo pelos degraus.

Os dois chegaram à sala e vários objetos foram quebrados. Os investigadores também encontraram móveis fora do lugar. Neste cômodo, o criminoso terminou de enforcar a estudante e colocou um saco plástico em sua boca.

O corpo da menina foi achado pela mãe caído próximo à porta de saída da casa, na noite da última terça-feira. Para os parentes, Bianca lutou tanto para evitar uma possível violência sexual. Eles dizem acreditar que o criminoso conhecia Bianca e teve acesso à chave da casa.

Só três pessoas tinham oficialmente a chave da residência: a mãe Marta (que na manhã daquele dia saiu e esqueceu a chave), o padrasto e a própria Bianca.

Perícia

Na casa, a polícia recolheu digitais, mechas de cabelo, uma tesoura – que os parentes disseram não estar no imóvel antes do crime – e o computador da jovem. Todo o material está sendo analisado. O resultado da perícia deve ficar pronto em 15 dias.

R7

Mulher dá à luz gêmeos de dois úteros diferentes


Segundo hospital, probabilidade era de apenas uma em 5 milhões; mãe tem condição conhecida como útero didelfo.

Uma mulher com dois úteros deu à luz nos Estados Unidos dois bebês gêmeos gerados separadamente.

Segundo o hospital em que ocorreu o parto, na Flórida, um caso como esse tem uma probabilidade de apenas uma em 5 milhões de ocorrer.

Andreea Barbosa, de 24 anos, tem uma condição rara chamara útero didelfo, que afeta uma em cada 2 mil mulheres em todo o mundo.

O útero didelfo pode em muitos casos provocar infertilidade ou levar a abortos espontâneos ou nascimento prematuro.

Choque
Os gêmeos Natalie e Nathan, porém, nasceram saudáveis com 36 semanas de gravidez, em um parto por cesariana na última quinta-feira no hospital Morton Plant, na cidade de Clearwater.

"Fiquei chocada ao saber que tinha um bebê em cada útero", afirmou a mãe, que já tem uma filha de 2 anos. "Mas eu e meu marido estamos muito felizes por eles já estarem aqui e estarem saudáveis", disse.

Este é apenas um dos cerca de cem casos conhecidos de mulheres com úteros didelfos que tenham ficado grávidas nos dois úteros ao mesmo tempo em todo o mundo.

O útero didelfo se desenvolve em fetos do sexo feminino ainda antes do nascimento, por uma falha no desenvolvimento dos dois tubos que se juntam para formar o útero. Com isso, são formadas duas cavidades uterinas separadas.

Muitas mulheres com a condição passam a vida inteira e nunca são diagnosticadas, mesmo com gravidez e partos saudáveis.

Segundo a médica de Andreea, Patricia St. John, o diagnóstico precoce ajudou-a a levar a gravidez até o final sem complicações. "Por estarmos cientes de sua condição, fomos capazes de tomar certas precauções para garantir que tanto a mãe quanto os bebês estivessem saudáveis", explicou.

G1

Violência doméstica: cinco anos de punição mais rígida para agressores


A Lei Maria da Penha trouxe da sombra uma realidade escondida nos lares brasileiros. A violência praticada contra a mulher no ambiente familiar assusta, porque onde deveria existir união e acolhimento, sobressai a crueldade e o medo. No próximo dia 22 de setembro, a Lei 11.340/06 completa cinco anos de vigência. No Superior Tribunal de Justiça (STJ), a quantidade de processos penais que chegam sobre violência doméstica contra a mulher é crescente – em 2006, foram 640 processos; em 2011, o número de processos autuados no Tribunal da Cidadania sobre a questão já chega a 1.600, um aumento de 150%.

As alterações trazidas pela lei endureceram o tratamento à agressão doméstica contra a mulher. A norma, por exemplo, triplicou a pena para lesão corporal leve no âmbito doméstico, permitiu a prisão em flagrante dos agressores e terminou com a substituição da detenção pelo pagamento de multa ou cestas básicas.

Pesquisa da Fundação Perseu Abramo realizada em 2011 revela que 80% dos brasileiros aprovam a Lei Maria da Penha. Segundo a fundação, quatro em cada dez brasileiras afirmam já ter sofrido algum tipo de violência doméstica, nos mais variados graus. Estatística que não teve variação desde 2001.

“A Lei Maria da Penha chegou tarde, mas chegou.” A constatação é do ministro do STJ Og Fernandes. Membro da Sexta Turma e da Terceira Seção, órgãos que analisam matérias penais, o ministro avalia que muitas tragédias antecederam a lei, até que se efetivasse a iniciativa de reverter a impunidade histórica no Brasil com relação à violência doméstica.

Na opinião do ministro, é possível afirmar que a questão transcende as relações familiares para se transformar em um problema público nacional. “As estatísticas estão a indicar que a principal causa de homicídio de mulheres é exatamente a prática de violência anterior. Então, mais das vezes, as pessoas, no íntimo das suas relações familiares, não praticam homicídio contra a mulher como o primeiro gesto de violência. Começa com a agressão moral. Se ela não é combatida, há uma segunda etapa, que é a violência física, normalmente, em menor proporção. E, finalmente, pode-se chegar a esse tipo de aniquilamento da dignidade humana”, conta o ministro.

A conclusão é compartilhada pela cientista política Ana Claudia Jaquetto Pereira: “A experiência doméstica é pontuada pela violência.” De acordo com a consultora do Centro Feminista de Estudos e Assessoria para Enfrentamento à Violência contra as Mulheres (CFEMEA), o Brasil está em 13º num ranking internacional de homicídios contra mulheres.

“As taxas de homicídios contra as mulheres parecem baixas se comparadas com as dos homens. Os homens são mais de 90% das vítimas de homicídios no país. Mas a dinâmica dos homicídios é muito diferente. Os homens sofrem esta violência na maioria das vezes na rua e as mulheres, na maioria das vezes, são vítimas de homicídio depois de todo o ciclo de violência que acontece dentro de casa”, conta Ana Claudia. “No que se refere às estatísticas, estamos num cenário desanimador de desrespeito aos direitos humanos das mulheres”, observa.

Ação condicionada

A aplicação da Lei Maria da Penha tem sido muito debatida no âmbito do Judiciário, ainda que sua efetividade dependa da adesão da sociedade como um todo. O ministro Og Fernandes acredita que a lei transportou para o Estado o dever de atuar de maneira ativa contra a violência doméstica de gênero.

Em fevereiro de 2010, a Terceira Seção do STJ foi palco do julgamento paradigmático sobre a necessidade de representação da vítima para o processamento da ação penal contra o autor. A posição não foi unânime, mas passou a ser aplicada por todos os julgadores do STJ: é imprescindível a representação da vítima para o Ministério Público propor ação penal nos casos de lesões corporais leves decorrentes de violência doméstica (REsp 1.097.042).

A decisão do STJ significa que a ação penal por lesão corporal leve não pode ser proposta pelo Ministério Público independentemente da vontade da vítima. Ou seja, trata-se de ação penal pública condicionada. Essa interpretação ainda está para ser confirmada pelo Supremo Tribunal Federal.

O recurso foi julgado pelo rito dos repetitivos, o que orienta as demais instâncias sobre a posição firmada no STJ sobre o tema. Havendo recurso ao Tribunal Superior, essa é a tese aplicada.

Representação

Estabelecida a necessidade de representação da vítima, coube igualmente ao STJ definir em que consiste esse ato. Quinta e Sexta Turmas são uníssonas no entendimento de que o registro de ocorrência perante a autoridade policial serve para demonstrar a vontade da vítima de violência doméstica em dar seguimento à ação penal contra o agressor, conforme dispõe a Lei Maria da Penha.

Num dos julgamentos, a ministra Maria Thereza de Assis Moura, da Sexta Turma do STJ, explicou que a lei não exige requisitos específicos para validar a representação da vítima. Basta que haja manifestação clara de sua vontade de ver apurado o fato praticado contra si (HC 101.742).

Em caso semelhante, analisado pela Quinta Turma, decidiu-se que a mulher que sofre violência doméstica e comparece à delegacia para denunciar o agressor já está manifestando o desejo de que ele seja punido, razão por que não há necessidade de representação formal para a abertura de processo com base na Lei Maria da Penha (RHC 23786). Na ocasião, a defesa do agressor afirmou que a abertura da ação penal teria de ser precedida por audiência judicial, na qual a vítima confirmaria a representação contra o acusado.

Renúncia

A consultora do CFEMEA Ana Claudia Pereira critica a tentativa de “revitimizar” a mulher agredida, submetendo-a à audiência para enfrentar o seu agressor. “A lei veio para acabar com a banalização que existia em relação à violência contra as mulheres. Mas a gente percebe que, na prática, no dia-a-dia, isso é visto como crime um que a mulher teria o poder de provocar. Algo de menor relevância que poderia ser resolvido num consultório de psicólogo e não na justiça, o que é um grande engano”, pondera Ana Claudia.

O artigo 16 dispõe que, “nas ações penais públicas condicionadas à representação da ofendida de que trata esta lei, só será admitida a renúncia à representação perante o juiz, em audiência especialmente designada com tal finalidade, antes do recebimento da denúncia e ouvido o Ministério Público”.

Esta semana, a Quinta Turma analisou recurso em mandado de segurança interposto pelo Ministério Público do Mato Grosso do Sul para que a audiência prevista no artigo 16 da Lei Maria da Penha só ocorra quando a vítima manifeste, antecipada, espontânea e livremente, o interesse de se retratar. Os ministros decidiram que a vítima não pode ser constrangida a ratificar a representação perante o juízo, na presença de seu agressor, para que tenha seguimento a ação penal (RMS 34.607).

O relator do recurso, desembargador convocado Adilson Macabu, concluiu que a audiência prevista no dispositivo não deve ser realizada de ofício, como condição da abertura da ação penal, sob pena de constrangimento ilegal à mulher vítima de violência doméstica e familiar.

“No Judiciário, há pessoas comprometidas, mas também ainda há resistência à lei, o que não é surpreendente, considerando que o preconceito e a violência contra a mulher derivam de fenômeno social”, avalia a consultora do CFEMEA. Ela afirma que o movimento feminista reivindica atuação mais consciente do Judiciário. “O tapinha, um dia vira uma surra, no outro vira um tiro. A forma como os crimes acontecem é uma demonstração de relação de poder. Se você mostra que a violência não pode se repetir, você vai ter uma reeducação. É um processo de reflexão na sociedade, mas é preciso que o Judiciário também tenha comprometimento”, argumenta.

A Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados (Enfam) prevê para outubro a realização de curso de capacitação sobre a Lei Maria da Penha. O curso “Violência Doméstica e a Lei Maria da Penha” é fruto de parceria com a Secretaria Especial de Política para as Mulheres da Presidência da República, Ministério da Justiça e Fórum Nacional de Juízes da Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher (Fonavid). Paralelamente, são organizados fóruns reunindo todos os interessados. O próximo encontro do Fonavid será realizado em novembro, na sede do Tribunal de Justiça do Mato Grosso.

Aplicação a namorados

Considerada uma das três melhores leis do mundo pelo Fundo de Desenvolvimento das Nações Unidas para a Mulher, a norma foi batizada em homenagem à biofarmacêutica Maria da Penha Fernandes, que ficou paraplégica, em 1983, após sofrer duas tentativas de assassinato por parte de seu marido à época.

O texto é saudado internacionalmente pela forma completa como tratou o fenômeno da violência doméstica contra a mulher, desde os tipos de violência até a maneira de proteção da vítima pelo estado – com as casas abrigo e as medidas de proteção.

Outra mudança significativa da lei foi retirar dos juizados especiais criminais (que julgam crimes de menor potencial ofensivo) a competência para julgar os casos de violência doméstica contra a mulher. Na maioria das vezes, ocorria o arquivamento dos processos.

A lei possibilitou a criação de Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, com competência civil e criminal. E, enquanto não forem estruturados, as varas criminais acumularão as competências cível e criminal para os processos de violência doméstica contra a mulher.

Em 2009, a Terceira Seção do STJ decidiu que não é necessário coabitação para caracterização da violência doméstica contra a mulher. De acordo com os ministros, o namoro evidencia relação íntima de afeto que independe de coabitação. Portanto, agressões e ameaças de namorado contra a namorada – mesmo que o relacionamento tenha terminado, mas que ocorram em decorrência dele – caracterizam violência doméstica (CC 103.813).

Naquele caso, o relator, ministro Jorge Mussi, ressaltou que de fato havia existido relacionamento entre réu e vítima durante 24 anos, não tendo o acusado aparentemente se conformado com o rompimento da relação, passando a ameaçar a ex-namorada. Assim, estava caracterizado o nexo causal entre a conduta agressiva do ex-namorado e a relação de intimidade que havia entre ambos.

Para o ministro Marco Aurélio Bellizze, “a lei merece interpretação bem mais ampliativa, abraçando outras pessoas que inicialmente se pensou que não estariam sobre a proteção da Lei Maria da Penha”. Membro da Quinta Turma, o ministro Bellizze acredita que o legislador enxergou e corrigiu por meio da lei uma carência da atuação estatal no que diz respeito à vulnerabilidade da mulher nos relacionamentos afetivos.

Suspensão

Outro ponto abordado pela lei que chegou ao Judiciário foi a vedação que o artigo 41 faz à suspensão condicional do processo. De acordo com a Lei 9.099/95, a alternativa pode ser aplicada para suspender processo em que a pena seja de até um ano e o acusado não seja reincidente ou processado por outro crime. No entanto, a lei especial retirou a violência doméstica contra a mulher do rol dos crimes de menor potencial ofensivo.

A Quinta Turma do STJ já decidiu que não é possível a suspensão condicional do processo ao acusado por lesão corporal leve contra mulher (HC 203.374). O STF entendeu que, ao afastar os institutos despenalizadores, o artigo 41 da Lei Maria da Penha observou o princípio constitucional da isonomia, tendo em vista que a mulher, ao sofrer violência no âmbito domiciliar, encontra-se em situação de desigualdade perante o homem. Assim, o tratamento diferenciado aos crimes praticados em tais condições é necessário para restabelecer o equilíbrio na sociedade.

Diversidade

A Lei Maria da Penha atribuiu às uniões homoafetivas o caráter de entidade familiar, ao prever, no seu artigo 5º, parágrafo único, que as relações pessoais mencionadas na lei independem de orientação sexual. No entanto, a norma serve para proteger apenas mulheres vítimas de violência no âmbito de uma relação homoafetiva.

Ao julgar um conflito de competência, a Terceira Seção definiu que o sujeito passivo da violência doméstica objeto da Lei Maria da Penha é a mulher. De acordo com o relator, ministro Og Fernandes, “o sujeito ativo pode ser tanto o homem quanto a mulher, desde que fique caracterizado o vínculo de relação doméstica, familiar ou de afetividade, além da convivência, com ou sem coabitação” (CC 96.533).

Alterações

Na Câmara dos Deputados, há debates sobre alterações no texto da Lei Maria da Penha. Para a cientista política Ana Claudia Pereira, os projetos de lei são tentativas de sanar falhas que não estão no texto da lei, e sim na forma como ela vem sendo aplicada pelos operadores de direito.

Ana Claudia é prudente ao falar em mudanças na lei. “É preciso mais tempo para ver o que deve ser alterado”, avalia. No Congresso Nacional, o CFEMEA acompanha 30 projetos de lei relacionados à Lei Maria da Penha. Segundo a consultora, 90% não alteram nada no funcionamento da lei, apenas reafirmam mecanismos que já existem. “Defendemos que qualquer mudança seja feita de forma muito discutida e embasada em dados, porque do contrário cria instabilidade e pode ser feito de maneira arbitrária”, adverte.

O ministro do STJ Og Fernandes afirma que a lei pode melhorar, mas é preciso esperar que ela entre no cotidiano das pessoas e se ajuste. Aí sim, se poderá fazer uma avaliação. “É muito pouco o tempo de vigência da lei para que se tenha interpretação inteiramente ajustada na realidade brasileira e no pensamento da comunidade jurídica. Temos que dar, em relação a esse aspecto, tempo maior para que as coisas se consolidem”.

Processos: REsp 1097042; HC 101742; RHC 23786; RMS 34607; CC 103813; CC 96533; HC 203374

Fonte: Superior Tribunal de Justiça

Revista Jus Vigilantibus

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Após atraso de voo, cão fica sem cuidados e morre



Um cachorro da raça pug morreu no último dia 13 após ficar cerca de 10 horas na caixa usada para transportar animais em voos. Segundo os donos do animal, o cão teve parada cardiorrespiratória ao desembarcar em Vitória (ES), depois de um atraso no embarque em São Paulo.

A jornalista Mariana Castelar de Oliveira, 26, afirmou que ela e o marido mudaram de São Paulo para Vila Velha (ES) em janeiro. Na semana do incidente, eles vieram para São Paulo buscar os três cachorros pug --duas fêmeas e um macho, chamado Santiago.

"Nós ligamos para a Gol para saber como transportar os três animais. Eles explicaram que só transportavam dois, mas que era para preencher um formulário para a liberação do terceiro. Nós fizemos isso e, às 5h30, como a empresa nos orientou, estávamos no aeroporto de São Paulo", afirmou Mariana, que viajou com o marido --que é esteticista canino-- e a filha de um ano e quatro meses.

Ainda de acordo com ela, os funcionários levaram os três cachorros para serem colocados nas caixas de transporte, mas houve um atraso para o check-in. "Sugeriram para a gente embarcar às 10h50 em vez de às 7h, mas esse voo atrasou mais de três horas. Meu marido pediu aos funcionários para que pudéssemos ver os cães e levar água, porque estava muito calor. Porém eles informaram que não era permitido e que os animais estavam bem", disse a jornalista.

Mariana contou que desembarcou em Vitória às 15h --cerca de 10 horas depois da chegada no aeroporto de São Paulo. Quando os animais foram entregues, dentro das caixas, o macho Santiago estava com a respiração ofegante.

"Saímos correndo do aeroporto e fomos para um veterinário, que ainda tentou reanimá-lo, mas ele não resistiu e morreu por parada cardiorrespiratória."

A jornalista afirmou que o cão tinha três anos e meio e era saudável e que, de acordo com o veterinário, ele estava cianótico (coloração arroxeada da pele devida à oxigenação insuficiente) e com hipertermia (temperatura elevada).

Ela afirmou ter entrado em contato com o Serviço de Atendimento ao Consumidor da Gol, que pediu para que ela anotasse um protocolo e informou que até esta terça-feira (20) eles dariam uma reposta sobre a morte de Santiago.

"A única coisa que conseguimos, e por meio da assessoria de imprensa da empresa, foi uma resposta de que a Gol sente muito pelo ocorrido", afirmou Mariana.

OUTRO LADO
A companhia aérea Gol informou, por meio de nota, que lamenta pelo ocorrido e que um de seus diretores entrou em contato com o casal na semana passada para pedir desculpas em nome da companhia, fornecer informações sobre a apuração interna e se colocou à disposição para prestar todo o suporte possível.

"Durante esse contato, o cliente se reservou no direito de falar somente por meio de seu advogado. Em respeito a isso, a Gol prestará os esclarecimentos diretamente aos envolvidos", diz a nota.

A companhia não informou se, durante o período em que os animais esperaram pela viagem, eles receberam algum tipo de cuidado --como água e alimentação.

Folha OnLine

17% dos alcoólatras morrem em cinco anos, diz pesquisa


Número está próximo da mortalidade de usuários do crack

Um estudo que deve ser divulgado na próxima edição da revista Brasileira de Psiquiatria aponta que o incide de mortalidade entre dependentes de álcool está próximo dos dependentes de crack. Nesta segunda-feira (19) foram divulgados dados preliminares da pesquisa.

O estudo analisou 232 pessoas internadas em um centro de saúde do Jardim Ângela, na zona sul de São Paulo. Em cinco anos, 41 dos estudados morreram – 34% relacionado a violência e 66% por doenças relacionadas ao alcoolismo.

O estudo é assinado pelo professor da USP (Universidade de São Paulo) e psiquiatra Ronaldo Laranjeira.

Em um estudo anterior publicado em 2006, Laranjeira chegou a conclusão que 48% dos brasileiros não tomaram nenhum tipo de bebida alcoólica em um ano.

Porém, 29% declararam consumir usualmente cinco ou mais doses por ocasião, nível considerado de risco. Esse número sobe para 38% quando apenas pessoas do sexo masculino são consideradas.

Nesse estudo foram entrevistados 2.346 brasileiros com 18 anos ou mais, respeitando a proporção demográfica das regiões do país.

R7

Assassinato de Patrícia Acioli foi planejado com um mês de antecedência


Veja imagens inéditas da perseguição à juíza e acompanhe os últimos momentos de Patrícia Acioli antes de ser executada.

Fórum de São Gonçalo, 11 de agosto, pouco depois das 23h. O corredor vazio é iluminado de repente por um raio de luz. Vem da sala onde funciona a 4ª Vara Criminal, ocupada durante 12 anos pela juíza Patrícia Acioli. É ela quem deixa a sala.

A juíza, que condenou mais de 60 policiais e está ameaçada de morte, vai embora sozinha depois do longo dia de trabalho. São as últimas imagens de Patrícia ainda viva. Às 23h13, ela sai da garagem do Fórum.

De lá até a casa dela, a juíza percorreu 29 quilômetros - 41 minutos passando por algumas ruas pouco iluminadas. A polícia refez esse trajeto procurando por câmeras de vigilância. Em sete pontos, essas câmeras registraram o momento em que o carro da juíza passou. As imagens mostram também que, desde que saiu do Fórum, a juíza estava sendo seguida por gente que sabe fazer isso sem chamar a atenção.

O carro vira à direita, para pegar a estrada para Niterói. E, três minutos depois, é filmado em um ponto. Logo depois, a câmera de segurança mostra uma moto, ocupada por dois homens. A juíza chega a uma rodovia e percorre quase 20 quilômetros. Foram 30 minutos até que outras câmeras filmassem o carro dela. A cena se repete: a mesma moto ainda está fazendo o trajeto seguido por Patrícia Acioli.

Em um determinado momento, é possível ver que o piloto da moto está de tênis branco e calça jeans. Os dois homens usam casacos. A motocicleta é azul. O farol da motocicleta está sempre apagado. A juíza não percebe o perigo e não se desvia do caminho que costuma fazer. Dois minutos depois, outras câmeras de segurança confirmam a perseguição.

Às 23h48, faltam quatro quilômetros para Patrícia chegar em casa. Este é o ponto fundamental para entender o plano dos assassinos. No ponto em que escolheu seguir em frente, a juíza mostrou que ia mesmo para sua casa. Era o único itinerário possível. Por isso, os assassinos deixaram de segui-la e foram na frente, para preparar a emboscada.

A câmera instalada em um ônibus mostra que pouco mais adiante a moto já havia ultrapassado o carro da juíza. Às 23h53, os homens da moto entram no condomínio onde Patrícia morava. Logo depois, ela chega. A imagem do carro passando é a última registrada antes do crime. Mas, mesmo assim, a polícia conseguiu descobrir onde os assassinos esperavam pela juíza Acioli e como ela foi morta ainda antes de o portão da casa se abrir.

A investigação policial descobriu marcas de pneu de motocicleta atrás de um dos carros que estavam estacionados na entrada da casa. Quando a juíza se aproximou da garagem, os bandidos surgiram, e o carro foi alvejado ainda em movimento. A prova: os primeiros tiros atingiram a porta da motorista da esquerda para a direita. Mas depois há marcas de tiros que entram pela janela e pela porta em linha reta. Isso porque o carro acabou parando bem ao lado dos atiradores, que descarregaram suas armas.

Os lugares em que as cápsulas foram encontradas no chão comprovam que os disparos foram feitos de muito perto. Para a polícia, um dos atiradores teria usado duas armas. As cápsulas recolhidas são de três calibres: 38 e 40, de uso padrão na polícia, e 45, de uso restrito. Munição comprada com dinheiro público.

Patrícia Acioli foi atingida por 21 tiros. A necropsia aponta como causa da morte ferimentos no pescoço e no tronco. Às 23h58 da noite, os assassinos da juíza deixam o condomínio.

Todos esses detalhes foram remontados a partir das perícias do carro, do local, e do corpo. Mas a polícia foi além. Analisou os dados de mais de três milhões de celulares que passaram pela área entre o Fórum e a casa da juíza Patrícia Acioli no prazo de um mês. E, com isso, conseguiu provar não só o envolvimento dos PMs, mas que o crime foi cuidadosamente planejado. Acostumados à impunidade, os três policiais militares tiveram a ousadia de ir pessoalmente à casa da juíza para reconhecer o terreno, exatamente um mês antes do assassinato.

Quem tramou, com tanta certeza de impunidade, a morte da juíza? Por quê? Segundo a polícia, a história começa no dia dia 3 de junho. Diego da Conceição Beliene, de 18 anos, foi morto por PMs em São Gonçalo. O caso foi registrado como auto de resistência - que é quando um suspeito resiste à prisão e enfrenta a polícia.

“Ele não estava armado. Ele tava sem camisa. Ele tava com a identidade no bolso. Onde estava essa arma então?”, questiona a mãe do Diego.

As investigações desfizeram a tese do auto de resistência. E os oito policiais militares envolvidos na morte de Diego passaram a temer que a juíza expedisse um mandado de prisão contra eles. Entre os oito, os três acusados, agora, pela morte da própria juíza.

“Eles sabiam que seriam presos em poucos dias, que estava sendo expedida a ordem de prisão por processo anterior, e aí não teriam mais tempo para a execução da vitima”, conta o delegado. A vítima: a juíza, cuja morte eles já tinham planejado, segundo a polícia.

O Fantástico mostrou, pela primeira vez, as fotos dos acusados: o tenente Daniel Santos Benitez Lopes e os cabos Jeferson de Araújo Miranda e Sérgio Costa Júnior.

Na investigação da morte de Diego, a polícia vigiava os movimentos dos três. E no dia do assassinato da juíza, antenas de empresas de telefonia captaram os sinais dos celulares de Daniel Lopes e Sérgio Costa Júnior no Fórum de São Gonçalo.

Só que antes das 23h, os celulares dos policiais foram desligados. E só foram religados quase uma hora depois de a juíza ter sido executada. A partir daí, a polícia começou a rastrear dados dos celulares do PMs nos dias anteriores ao crime.

No dia 11 de julho - exatamente um mês antes do crime -, os registros mostram a movimentação deles. Jeferson de Araújo e Sérgio Costa Júnior estavam juntos em Niterói. Eles ligaram para Daniel Lopes, que estava na Zona Sul do Rio de Janeiro e foi encontrá-los.

Depois, o sinal dos três celulares aparece na Rua dos Corais, em Piratininga, Niterói. É o endereço da juíza. Os três acusados, segundo a polícia, ficaram 26 minutos - das 19h43 às 20h09 - juntos na pequena rua onde, um mês depois, a juíza foi morta na emboscada.

Muitas dessas informações foram conseguidas porque as antenas de telefonia indicam a localização de todos os celulares ligados, mesmo quando eles não estão fazendo ou recebendo chamadas.

Fórum de São Gonçalo, 11 de agosto, pouco depois das 23h. Quando saiu sozinha no corredor, a juíza tinha acabado de assinar o pedido de prisão preventiva, por envolvimento na morte de Diego, dos três homens agora acusados também pela morte dela. Assinou e se foi, acreditando que a justiça seria feita.

“Está provado que eles são os autores do homicídio. Não há dúvida para a polícia de que esses três participaram efetivamente da execução da juíza Patrícia Acioli”, afirma o delegado.

Em depoimento esta semana, Daniel e Jeferson negaram a acusação. Sergio se recusou a falar. A investigação ainda precisa identificar as armas do crime, entre quase 700 recolhidas no Batalhão de Polícia Militar de São Gonçalo.

“O desfecho da investigação não é só para provar as pessoas que estavam na moto, mas para verificar se de fato há outras pessoas envolvidas”, completa o delegado.

Fantástico

Aeromoça é agredida ao ser confundida com travesti, em Sergipe



ARACAJU - Uma aeromoça foi agredida por dois homens no bairro Coroa do Meio, Zona Sul de Aracaju. Segundo Geilsa da Mota, os agressores a confundiram com um travesti. As informações são do site Emsergipe.

A agressão aconteceu na Avenida Otoniel Dória, após a vítima sair de uma boate. Os acusados perseguiram aeromoça com um carro até chegar em um posto de gasolina, localizado na Avenida Francisco Porto.

No estabelecimento, ela foi socorrida pelos frentistas que fizeram uma barreira humana e chamaram a polícia. Os dois agressores foram presos em flagrante.

O Globo

domingo, 18 de setembro de 2011

Clínicas que internam viciados em crack à força aplicam tática do "convencimento"


Equipe que busca pacientes usa calmantes, se necessário

Uma arma improvisada com um pedaço de madeira foi a forma que Michel* encontrou para interromper o tratamento forçado para se desintoxicar do uso de crack e outras drogas. Mas “antes de fazer alguma besteira”, como ele mesmo descreve, resolveu conversar com um psicólogo. Largou a arma e resolveu ficar por mais um tempo.

Michel tem 22 anos e usa drogas desde os 11, quando experimentou maconha pela primeira vez. Na gíria do tráfico, ele fazia "cruzado", misturava o consumo de várias drogas, como crack, cocaína, ecstasy, cola de sapateiro, entre outras. Diz já ter usado "de tudo". Ele é paciente da clínica Maia Prime, onde faz tratamento compulsório. Atualmente, está em sua terceira tentativa para se livrar da dependência. Agora, ele está na clínica por que quer.

Essa é base do tratamento compulsório na iniciativa privada: convencer o paciente. A postura joga um pouco de luz na discussão no país sobre a internação obrigatória de dependentes de crack. O Rio de Janeiro já adota isso. Em São Paulo, o governo estuda uma medida semelhante.

Na iniciativa privada, as internações à força já acontecem. O coordenador de terapia da clínica, o psicólogo Luciano Oliveira, diz que, quando é necessário trazer um paciente compulsório, uma empresa terceirizada especializada nesse tipo de caso faz o trabalho.
Segundo Oliveira, a equipe é constituída de três seguranças - geralmente, ex-usuários de drogas - que tentam convencer o paciente. Eles vão acompanhados de um médico e um enfermeiro, que aplicam calmantes caso a resistência do paciente seja grande.

Na clínica, de acordo com Oliveira, o convencimento segue.

– Membros da nossa equipe descrevem situações muito familiares aos usuários de drogas. Eles acabam se convencendo de que devem ficar.

A clínica tem grades e portas com fechaduras, mas nada muito difícil de pular.

Chá de “játobom”

Depois do convencimento, há uma fase delicada, segundo descrição de Oliveira e dois pacientes compulsórios que conversaram com o R7: o chá de "játobom". É o momento em que o paciente acha que, como já passou algum tempo sem as drogas, está curado.

Para Amanda*, 36 anos, isso é uma parte da manipulação dos "adictos" - termo que os próprios dependentes parecem preferir usar. Um adicto, segundo ela, é capaz de contar qualquer mentira para consumir drogas. A enganação pode ser até para si.

– Logo você já acha que está pronto para sair, que pode se tratar lá fora indo ao narcóticos anônimos... mas é mentira. É pura manipulação.

Sandra também já tentou fugir, mas foi parada pelos seguranças de uma outra clínica onde se tratava. Uma das razões para fugir: a comida.

– Eles serviam um frango cru horroroso.

Agora, Sandra diz querer sair pela porta da frente, quando já tiver aprendido a lidar com seu vício.

Características

Especialistas dizem que cada corpo reage de uma forma diferente ao crack, porém algumas características comuns podem ser apontadas como indícios.

Como Amanda e Michel disseram, os usuários da droga costumam mentir muito. Fisicamente, os dedos das mãos têm marcas de queimaduras - provocadas pelo acender do cachimbo. Além disso, o usuário come e dorme pouco, o que provoca magreza e olheiras. O usuário começa a ter problemas de pele (como escamação).

Psicologicamente, Oliveira descreve o usuário de crack como uma pessoa com um "vazio emocional" e baixa autoestima.

* Nomes fictícios

R7

Mulher tenta vender filho por R$ 400


Fato ocorreu na noite de sábado em um bar no Jardim Brasil, zona norte de São Paulo. Ela foi presa em flagrante

Uma mulher tentou vender o próprio filho, na noite de sábado, por R$ 400. O fato aconteceu em um bar no Jardim Brasil, zona norte de São Paulo. Ela teria oferecido R$ 400 pela criança, de apenas cinco meses.

A mãe, Juliana Pressato, foi ao bar e ofereceu a criança aos frequentadores do bar. Uma das pessoas que recebeu a proposta pediu para a mulher aguardar no local. Ele saiu e disse que iria sacar o dinheiro para o pagamento.

No entanto, ele acionou a polícia pelo telefone. Minutos mais tarde, os policiais chegaram, prendendo a mulher em flagrante.

Segundo testemunhas, Juliana já teria doado outro filho há algum tempo e teria problemas com bebidas. O caso foi registrado no 73º Distrito Policial.

A criança foi encaminhada ao Hospital de Guarulhos, pois estava com vários hematomas no corpo. O bebê passará por exames e depois será encaminhado ao conselho tutelar.

eBand

Gêmeas siamesas unidas pela cabeça são separadas em Londres


Gêmeas siamesas que nasceram unidas pela cabeça foram separadas com sucesso após quatro operações em Londres

As bebês Rital e Ritag Gaboura, de 11 meses, passaram pela cirurgia final no Hospital Infantil Great Ormond Street no dia 15 de agosto, mas só neste domingo foram divulgadas informações sobre seu estado de saúde.

As meninas sudanesas, que tiveram a viagem e todo o tratamento médico pago pela instituição de caridade Facing the World, parecem não ter sofrido danos neurológicos.

Gêmeos siameses são extremamente raros e apenas 5% deles são unidos pelo crânio. Destes, cerca de 40% morrem antes mesmo do nascimento ou durante o parto e outros 35% morrem nas primeiras 24 horas de vida, o que faz com que apenas 25% dos bebês unidos pela cabeça sobrevivam.

Sorte
Devido à maneria como suas cabeças eram unidas, havia um grande fluxo de sangue entre os cérebros das irmãs.

Ritag irrigava metade do cérebro da irmã, enquanto recebia quase todo esse fluxo de sangue de volta para seu coração.

A situação das gêmeas era arriscada porque qualquer queda significativa no fluxo sanguíneo cerebral poderia causar danos neurológicos. Além disso, quando elas chegaram à Grã-Bretanha, o coração de Ritag já estava fraco.

Devido à natureza delicada da cirurgia, a separação foi feita em quatro estágios. Após duas cirurgias em maio, foram inseridos expansores de tecido em julho, para que fosse possível fechar a cabeça de cada uma das gêmeas após a separação final, que aconteceu no dia 15 de agosto.

As meninas nasceram em Cartum, capital do Sudão

Privilégio
Em uma declaração, os pais das gêmeas, ambos médicos, disseram se sentir privilegiados por suas filhas terem passado pela cirurgia de que precisavam.

"Estamos muito agradecidos por poder esperar o momento em que vamos voltar para casa com duas meninas separadas e saudáveis. Agradecemos a todos os médicos que doaram seu tempo e à instituição Facing the World por organizar toda a parte logística e pagar pelas cirurgias."

Até o momento, Rital e Ritag estão reagindo a todos os testes e estímulos da mesma maneira que reagiam antes das operações, o que indica que não houve danos neurológicos. Ainda assim, devido à sua pouca idade, é impossível descartar a possibilidade de que tenha havido algum tipo de problema.

"A incidência de sobrevivência de gêmeos com essa condição é extremamente rara. A tarefa nos apresentou diversos desafios e todos nós sabíamos de nossa responsabilidade em relação a essa família e às duas meninas", disse o médico David Dunaway, da unidade de cirurgia plástica do hospital.

"A família Gaboura foi extremamente corajosa durante uma jornada muito estressante e seu amor pelas crianças é óbvio."

A Facing the World é mantida com doações do público.

BBC Brasil
Verbratec© Desktop.