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sábado, 14 de maio de 2011
Doutor horror (trecho)
Ilustração sobre foto de Roger Abdelmassih. Condenado a 278 anos de prisão, ele está foragido desde janeiro
Pais descobriram que os bebês concebidos com a ajuda de Roger Abdelmassih não eram seus filhos biológicos
Em 23 de novembro de 2010, a Justiça brasileira deu seu veredicto: a clínica de reprodução assistida do médico Roger Abdelmassih fora palco de um show de horror. A acusação de ter estuprado sistematicamente dezenas de pacientes levou o mais renomado especialista em reprodução humana do Brasil ao banco dos réus em 2008. A condenação de Abdelmassih a 278 anos de prisão pelos abusos, no entanto, não encerrou um dos mais dramáticos capítulos da história médica do país. Nos últimos dois anos, o Ministério Público do Estado de São Paulo e a Polícia Civil investigaram, em sigilo, os procedimentos médicos da clínica e recolheram depoimentos de ex-pacientes de Abdelmassih. Somem-se aos dois inquéritos as revelações feitas a ÉPOCA pelo ex-colaborador do médico, o engenheiro químico Paulo Henrique Ferraz Bastos, e chega-se a uma conclusão estarrecedora: parte dos cerca de 8 mil bebês gerados na clínica de Abdelmassih não são filhos biológicos de quem imaginam ser.
Essa conclusão é resultado de exames de DNA feitos em pacientes da clínica e em seus filhos. As autoridades estão convencidas de que Abdelmassih enganava seus clientes e implantava no útero da futura mãe, sem o conhecimento do casal, embriões formados a partir de óvulos e espermatozoides de outras pessoas. Os pais biológicos das crianças são outros, e não o casal que se sentou nas poltronas do consultório de Abdelmassih disposto a se submeter ao tratamento de reprodução e que pagou os milhares de reais que o médico cobrava pela fertilização. Pelo menos três casais, um de São Paulo, outro do Rio de Janeiro e o terceiro do Espírito Santo, já descobriram, depois do nascimento da criança, que o DNA de um dos dois não é compatível com o do filho. Esses três casais contaram sua história, comprovada por exames laboratoriais, em depoimento ao Ministério Público. ÉPOCA teve acesso ao processo e revela o conteúdo do depoimento de um desses casais, cuja identidade não será revelada.
A história contada por eles ao MP é chocante. Em 1993, procuraram a clínica de Roger Abdelmassih diante da suspeita de infertilidade do marido. Realizaram exames que, de acordo com Abdelmassih, atestaram a capacidade do casal de gerar um filho. Ainda assim, o médico sugeriu que eles se submetessem a uma fertilização in vitro, que seria, em suas palavras, um procedimento mais rápido e eficaz para obter a tão desejada gravidez. Abdelmassih garantiu ao casal que o filho seria fruto de seus óvulos e espermatozoides e que a fertilização seria usada apenas por uma questão de conveniência. A mulher se entusiasmou com a promessa de gravidez e o marido acabou por concordar em fazer a reprodução assistida. Formados nos laboratórios de Abdelmassih, os embriões foram implantados na mulher.
No marido, porém, cresceu uma dúvida. Durante uma das consultas de sua mulher, já grávida, ele disse a Abdelmassih que faria um teste de DNA depois do nascimento do filho. De acordo com o depoimento dessa testemunha, “alterado e aos gritos, o doutor Roger o expulsou de seu consultório”. Na consulta seguinte, de acordo com o depoimento da mulher, “o médico lhe entregou um envelope com dois comprimidos, um para ingestão imediata e outro após três horas”. A mulher, no entanto, nem chegou a tomar o segundo comprimido. Precisou ser socorrida às pressas com fortes dores abdominais que indicavam o início de um aborto. Análises em laboratório comprovaram que o comprimido dado por Abdelmassih e que a mulher ingeriu era Citotec. É um medicamento usado no tratamento de úlcera e cuja comercialização foi proibida no Brasil, em 1998, por seus conhecidos efeitos abortivos.
O aborto não se completou, e nem a mulher nem o marido retornaram mais à clínica de Abdelmassih até o nascimento de seus filhos, um casal de gêmeos. Somente depois que a mãe deixou de amamentar, testes de DNA nos pais e nas crianças foram feitos. E comprovaram que ela era a mãe biológica das crianças, mas ele não era o pai biológico. Atordoados, procuraram Abdelmassih e um advogado. Queriam entrar com uma ação judicial contra a clínica, mas acabaram aceitando o acordo proposto pelo médico para ficar em silêncio: ele e a mulher receberam, em 1994, R$ 300 mil cada um (o que equivaleria hoje a R$ 1 milhão, considerando a inflação do período). Em troca, assinaram um termo, com data retroativa, permitindo o uso de esperma de terceiros na fertilização feita nela. O acordo não encerrou os problemas do casal. Eles se separaram. A mulher nunca se recuperou do trauma. O pai optou por criar as crianças como se fossem suas. Ambos decidiram não investigar a identidade do pai biológico de seus filhos. Aos gêmeos, hoje com 17 anos, a história nunca foi contada.
O depoimento do casal, que procurou a clínica de Abdelmassih no começo da década de 90, levanta suspeitas de que o médico pode ter passado duas décadas adotando procedimentos ilegais em seus processos de reprodução. Isso ajudaria a explicar as impressionantes taxas de sucesso de fertilização alcançadas por sua clínica. Em 2003, 47,1% dos procedimentos feitos por Abdelmassih resultaram em bebês, em comparação com meros 31,7% de casos de sucesso da Rede Latino-Americana de Reprodução Assistida, instituição científica que reúne mais de 90% dos centros de reprodução humana latinos. Formado em medicina na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), em 1968, Abdelmassih tornou-se referência em reprodução assistida não só no Brasil como no mundo. Suas estatísticas provocavam uma romaria de médicos a sua clínica para tomar aulas, aprender procedimentos. E funcionavam como a mais eficaz propaganda para atrair pacientes. Ele dizia ter atingido a impressionante marca de 20 mil clientes ao longo da carreira.
Com o objetivo de melhorar ainda mais seus índices de sucesso na fertilização, Abdelmassih inaugurou, em outubro de 2005, um laboratório de pesquisa com células-tronco em sua clínica. Ele recrutou para trabalhar ali os geneticistas de origem russa Alexandre Kerkis e Irina Kerkis. A contratação foi anunciada com orgulho pelo médico em colunas sociais na imprensa. Alexandre e Irina Kerkis desembarcaram no Brasil em 1995 e, embora nunca mais tenham voltado a morar na Rússia, conservam ainda forte sotaque e dificuldades em se expressar em português. Trouxeram na bagagem a livre-docência obtida no Instituto de Citologia Genética de Novosibirsk, na Rússia, e o domínio da técnica de modificação do código genético de animais para que eles produzam proteínas humanas. Trabalharam na Universidade Estadual do Norte Fluminense e depois na Universidade de São Paulo (USP), com a geneticista brasileira Lygia da Veiga Pereira. Nos laboratórios de genética da USP, o casal Kerkis conheceu o engenheiro químico Paulo Henrique Ferraz Bastos, aluno do curso de mestrado.
Em 2005, o casal Kerkis e Paulo Bastos iniciaram uma sociedade na empresa Genética Aplicada Atividades Veterinárias Ltda. Os geneticistas de origem russa trabalhavam ao mesmo tempo com Abdelmassih e na empresa veterinária. Isso, segundo Bastos, dava-lhe acesso aos laboratórios da clínica. No site da clínica de Abdelmassih, retirado do ar na última quinta-feira, depois de contato feito pela reportagem de ÉPOCA, Alexandre Kerkis aparecia como membro da equipe da clínica e responsável pelas pesquisas com células-tronco. Em outra parte do site, eles são destacados como reforços nas pesquisas com óvulos e espermatozoides. Segundo afirma Bastos, que saiu da empresa depois de um litígio com os sócios, Alexandre e Irina Kerkis, atualmente alvos de uma investigação do Ministério Público, relataram a ele uma série de procedimentos médicos ilegais ou eticamente condenáveis, realizados na clínica com o material genético recolhido dos pacientes com o objetivo de aumentar o sucesso das fertilizações.
Leia trecho da entrevista com Paulo Henrique Ferraz Bastos
"A sociedade precisa investigar essas paternidades"
O engenheiro químico Paulo Henrique Ferraz Bastos, de 39 anos, viveu os últimos dois anos em silêncio. Mudou-se de cidade, abandonou as atividades empresariais para lecionar, afastou-se do círculo de amigos que cultivou durante o mestrado em genética na Universidade de São Paulo, aboliu o telefone celular. Paulo tornou-se um arquivo vivo de um dos capítulos mais chocantes e ainda nebulosos da história da medicina brasileira. Ele era sócio dos internacionalmente renomados biólogos russos Alexandre e Irina Kerkis, hoje naturalizados brasileiros, em uma empresa de tratamento de lesões de cavalos com células-tronco. Paulo acreditava que ficaria rico e famoso com sua Genética Aplicada Atividades Veterinárias Ltda. Criada em maio de 2005, a empresa era uma completa novidade no mercado brasileiro. Seis meses depois da fundação da empresa, os sócios de Paulo tornaram-se os responsáveis pelas pesquisas sobre células-tronco da clínica do médico Roger Abdelmassih. Paulo diz ter virado o laranja dos biólogos de origem russa. E a empresa uma fachada científica elegante que encobria as principais atividades de Alexandre e Irina, dentro de laboratórios em uma casa no número 1.085 da Avenida Brasil, em São Paulo, onde Abdelmassih mantinha sua clínica.
Em 2009, Paulo deu uma entrevista ao programa Fantástico, da TV Globo, em que mencionou genericamente a existência de “pesquisas escandalosas” na clínica de Abdelmassih. Depois de passar todos esses meses recluso e em litígio judicial com seus ex-sócios para reaver sua parte na empresa, Paulo decidiu montar um site – o WikiLeaks da Ciência (http://www.eticanaciencia.org/) – para ser um canal de denúncias de abusos e corrupção na comunidade científica. E resolveu descrever, pela primeira vez, uma série de procedimentos condenáveis aplicados dentro da clínica de reprodução de Abdelmassih. As revelações de Paulo, um ex-colaborador de Abdelmassih, são consideradas cruciais para o Ministério Público e para a Polícia Civil de São Paulo, que investigam o caso, porque sugerem que as práticas já denunciadas por ex-pacientes de Abdelmassih eram o modus operandi na clínica, e não eventos isolados ou devaneios de clientes frustradas. Mas as denúncias vão além. Com base em cerca de 70 horas de gravação de reuniões com a participação de Alexandre e Irina, Abdelmassih e sua filha, Soraya, feitas por Paulo clandestinamente durante o ano de 2007 (ÉPOCA ouviu alguns trechos), Paulo afirma ser impossível garantir que os filhos gerados na clínica sejam biologicamente filhos de quem pensam ser. “Ouvi discussões sobre os efeitos possivelmente maléficos de fazer DNA em toda essa população gerada na clínica do Roger e as crianças descobrirem que não são filhos biológicos de seus pais”, diz. “Mas, acima de tudo, tem de existir a verdade. Elas têm o direito de saber se são ou não biologicamente dos pais.” A seguir, leia os principais trechos da entrevista de sete horas que Paulo concedeu a ÉPOCA.
ÉPOCA - Que tipo de procedimentos eles faziam lá?
Paulo – A Irina me falou que eles faziam aquela injeção intracitoplasmática, que aumenta a possibilidade de a mulher infértil ter filho. Você pega a parte de um citoplasma de um óvulo jovem e coloca dentro de um óvulo de uma mulher mais velha, um óvulo em senescência, com problemas de fertilidade. Você aumenta a probabilidade de sucessos. É uma técnica que mistura DNA dos pais biológicos originais com o DNA daquele óvulo que foi usado para fazer turbinamento. Em pelo menos 2% dos casos o bebê nasce com DNAs de duas mães e de um pai. Há muita gente que é contra e acha antiético. Existem estudos, mas não há certeza sobre que tipo de problemas essa técnica de turbinamento pode trazer para o bebê. Na origem, já está errado misturar material genético de pessoas diferentes e fazer essa sopa. Ainda que seja legítimo o desejo de um casal de ter filhos, tem de haver limites éticos. Esse serviço de turbinamento era oferecido para os clientes, mas não era explicado de onde vinha o óvulo para fazer esse turbinamento e não era explicado para a mãe que ela teria um filho com o DNA de uma pessoa que ela nem conhecia. Para uma pessoa leiga, é algo muito difícil de entender e de discutir, porque pressupõe conhecimento científico e o questionamento de pessoas renomadas como o Roger.
ÉPOCA - O senhor recomendaria testes de DNA aos pais que procuraram a clínica de Abdelmassih para ter filhos?
Paulo – Eu recomendaria, porque posso dizer muito sobre esses meus sócios russos, que eram o braço direito e esquerdo do Roger. Eles não têm conduta ética, profissional, científica. Fazem o que for mais imediato para a publicação de um paper ou a conquista de uma colocação melhor no departamento. Não me surpreenderia nem um pouco se fizessem testes de DNA nas crianças geradas naquela clínica e encontrassem incompatibilidade com os pais. Uma das coisas que o Alexandre fez uma vez foi com um cavalo que tratamos. Uma semana depois de aplicar células no cavalo, o Alexandre me liga para saber se o animal estava reagindo bem. Eu disse que sim, que o ultrassom mostrava boa resposta. Ele me respondeu: “Ah, que beleza. Preciso te contar uma coisa. Sabe aquelas células que eu apliquei naquele cavalo? Não eram células-tronco da gordura do animal. Eu peguei da minha cultura celular humana”. Eles aplicaram células humanas em cavalo. Esse era o braço direito das pesquisas do Roger Abdelmassih: Alexandre Kerkis.
ÉPOCA - O senhor testemunhou outros procedimentos irregulares?
Paulo – Comecei a achar estranho e a fazer uma série de questionamentos. Uma vez achei que seria boa ideia fornecermos óvulos de vaca – ócitos – para que eles fizessem testes na clínica antes de aplicar as técnicas em células humanas. O Alexandre na hora disse não: “Não precisa de óvulos de vaca, você sabe disso. Nós temos óvulos de sobra lá, temos até de jogar fora. Eu pego óvulo para fazer qualquer coisa lá”. Na hora, eu estava desesperado para fazer a empresa dar certo, torná-la uma clínica renomada. Nem pensei que isso era um crime, que ele pegava óvulo de paciente que sobrava depois de uma hiperovulação. Era como se ele pegasse óvulo como quem pega uma garrafa de água na geladeira, quando quer. O Alexandre me disse que tinha material genético à disposição para fazer a pesquisa que quisesse. Por isso, o Roger era o paraíso na Terra para qualquer cientista: tinha material genético, dinheiro, equipamento, tudo à disposição.
ÉPOCA - Esses óvulos eram usados com o consentimento das mulheres a quem pertenciam?
Paulo – Acredito que os óvulos eram usados sem o consentimento das mulheres a quem eles pertenciam. A Irina uma vez me falou que não dava para provar que eles faziam uso indevido de óvulos, porque óvulo não fala. O óvulo não diz se ele é da Helena ou da Maria, não tem etiqueta, não diz que ele não pode ser usado para fazer embrião para a pesquisa ou para fertilizar outra mulher. Como você vai rastrear isso? É difícil. Mas sei que havia um banco clandestino de óvulos. Um monte de óvulos misturados a material animal dentro da clínica e sem registro. Células de minha empresa estavam lá. O que células de cavalo estão fazendo em uma clínica de reprodução humana, na clínica do Roger? Dentro da comunidade genética se comenta isso, mas a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) não diz isso para a população.
Época
Cultura: Polêmica da leitura no Rio
Em vídeo, a escritora gaúcha especialista em literatura infanto-juvenil, Paula Mastroberti comenta com Daniel Feix, editor interino do caderno Cultura, a retirada de circulação de seus livros das escolas municipais do Rio de Janeiro e defende melhoras no estabelecimento de políticas de incentivo à leitura para as crianças.
Vídeo zerohora.com
África revela detalhes da época da escravidão
A África guarda até hoje registros que revelam detalhes da época da escravidão. Em muros de pedras, os homens eram presos em argolas, onde podiam passar horas, até dias, com as mãos amarradas e sofrendo maus-tratos.
Do litoral africano, saíram milhares de navios negreiros para traficar escravos em países como o Brasil e os Estados Unidos. Até mesmo uma rede sagrada sustentava a prática e seus abusos.
Neste próximo domingo (15), não perca essas e outras histórias no Domingo Espetacular, que começa às 20h30.
R7
Movimento negro realiza manifestação contra racismo em SP
Entidades do movimento negro realizaram uma manifestação contra o racismo em frente ao Teatro Municipal, na Praça Ramos de Azevedo, na região central de São Paulo, nesta sexta-feira, 13 de maio.
O Dia da Abolição da Escravatura é marcado por diversas reivindicações da população negra, entre elas a manutenção de cotas em universidades e reparação histórica para os negros. Durante o protesto a Polícia Militar pediu a retirada de cartazes alusivos à violência policial.
eBand
'Você gosta de homem ou de mulher', indaga vice-diretora a aluno na BA
Segundo funcionária, o aluno estaria fazendo "ousadia" com colega.
Mãe da criança registrou queixa na Secretaria Estadual de Educação.
Um estudante de onze anos foi suspenso por dois dias de uma escola estadual de Salvador na última sexta-feira (06) porque estaria “fazendo ousadia e indecência” com um colega, segundo a vice-diretora.
Além de perguntar ao aluno sobre a opção sexual dele, a vice-diretora mandou uma carta para a mãe do menino, dizendo que ele não estava sendo respeitado na escola por se comportar de forma inadequada.
O menino estuda no colégio Estadual Armandina Marques, no bairro Pau da Lima, em Salvador. Ele conta que tudo começou por causa de uma brincadeira que foi mal interpretada. “Eu estava balançando a cabeça de um colega e a vice-diretora perguntou se eu gostava de homem ou de mulher”, relata a criança.
Somente o aluno foi para a diretoria e levou uma suspensão de dois dias. O colega que estava brincado com ele não foi punido porque, de acordo com a vice-diretora da escola, estaria sendo assediado.
O aluno punido voltou para casa com uma carta escrita pela vice-diretora. No documento de suspensão ela diz que ele teve um comportamento indecente. A mãe do menino diz que se surpreendeu com a carta. “Ela perguntou a ele se preferia o sexo feminino ou masculino e no final me mandou prestar atenção no meu filho. Eu acho que nessa carta, ela afirmou o que disse ao meu filho. Porque ela mandou eu prestar atenção nele? Eu sei o sexo dele. Ele é uma criança! ”, desabafa a mãe do garoto.
A mãe do estudante, que não quis se identificar, procurou a direção da escola e registrou uma queixa na Secretaria Estadual de Educação da Bahia. Agora ela quer trocar o filho de escola.
A vice-diretora, Magnólia Oliveira, que escreveu a carta de suspensão, confirma tudo o que foi denunciado pela mãe do estudante. “Meu filho, como é que você faz um negócio desses? Você gosta de homem ou de mulher? Você é uma criança!. Eu redigi para que a mãe conversasse com seu filho”, explica a diretora.
A Secretaria Estadual da Educação disse que o comportamento da vice-diretora não está de acordo com a política de educação do Estado e informou que já está tomando providências contra a atitude dela.
G1
sexta-feira, 13 de maio de 2011
Mãe que deixou bebê em caçamba se lixo em SP é denunciada, mas será solta
A criança ficou internada na UTI por alguns dias, mas sobreviveu. O promotor de Justiça Fernando Pereira da Silva denunciou Rosineide por tentativa de homicídio qualificado (recurso que impossibilitou a defesa da vítima), com a circunstância agravante de o crime ter sido cometido contra descendente. O MP requer, na denúncia, que Rosineide seja processada e submetida a julgamento por júri popular. Foram arroladas sete testemunhas de acusação.
O DIA ONLINE
PREVENÇÃO À VIOLÊNCIA SEXUAL
A violência sexual pode ser considerada uma das violências de gênero já que está baseada na desigualdade entre homens e mulheres.
É importante salientar que a dominação do sexo masculino em relação do sexo feminino se expressa na forma como meninos e meninas são educados e socializados, os meninos aprendem a ter comportamentos agressivos de domínio do mundo público, enquanto, espera-se que as meninas sejam sensíveis e capazes de desempenhar funções domésticas.
Os impactos da violência sexual na saúde física e mental nas mulheres apresentam-se nas formas de: DST, lesões de maior ou menor gravidade, inflamações pélvicas, gravidez indesejada, aborto espontâneo, dor pélvica crônica, dores de cabeça persistentes, problemas ginecológicos, abuso de álcool e drogas, asma, síndrome de irritação intestinal, stress, depressão, ansiedade, disfunções sexuais, distúrbios alimentares, tentativa de suicídio, entre outras.
A maioria das mulheres foi educada achando que o sexo faz parte das obrigações do sexo feminino nas relações afetivas, dessa forma, acabam por naturalizar o sexo forçado, não identificando as situações de violência sexual. Para prevenir a violência sexual, é importante buscar ouvir as mulheres e identificar se estão em situação de violência sexual, além de suspeitar de sinais desse tipo de violência.
Tipos de prevenção
• prevenção primária deve realizar abordagens que visam a evitar a violência sexual antes que ela ocorra, refletindo sobre as atitudes e práticas culturais que reforçam a desigualdade de gênero como causa da violência sexual
• prevenção secundária deve realizar respostas mais imediatas à violência sexual, tais como assistência pré-hospitalar, serviços de emergência, tratamento de doenças sexualmente transmitidas após uma violência sexual e oferta de contracepção de emergência
• prevenção terciária deve assegurar a assistência em longo prazo no caso de violência sexual, tais como reabilitação e reintegração, e tenta diminuir o trauma ou reduzir a invalidez de longo prazo associada à violência
No momento em que as mulheres se sentem confortáveis para expor situação de violência sexual, os serviços de saúde devem proteger e apoiar as mulheres em situação de violência sexual. As ações dos serviços de saúde servem para reduzir a ocorrência futura da violência sexual e modificar sua origem.
As iniciativas de grupos de apoio têm se mostrado de grande auxílio para as mulheres que vem tentando romper com o ciclo da violência e que também estão se recuperando de uma violência sexual.
Os grupos de ajuda com agressores dirigidos à mudança de atitude também são uma importante estratégia de prevenção.
Prevenção à Violência Sexual
Vacinação contra a gripe termina abaixo da meta e ministério pede que Estados continuem campanha
Santa Catarina foi o local com maior adesão da população
A Campanha Nacional de Vacinação contra a Gripe terminou nesta sexta-feira (13) com a adesão de pouco mais de 18 milhões de pessoas, o que representa 60% do público-alvo da vacina. Como a meta é atingir ao menos 80%, a recomendação do Ministério da Saúde é a de que os Estados e municípios que não atingiram o objetivo mantenham a mobilização.
De acordo com o balanço do governo, nenhum Estado vacinou 80% do público-alvo (profissionais de saúde, indígenas, idosos acima de 60 anos, crianças entre seis meses e dois anos e grávidas). O Estado que vacinou uma parcela maior da população foi Santa Catarina, com 75,4%. O menor índice aparece em Roraima, com 22,7%. Em São Paulo, 56,09% das pessoas que fazem parte desses grupos se vacinaram.
O ministério diz que “cabe aos gestores locais de saúde definir as estratégias locais para prorrogar a campanha, com base nas coberturas vacinais de cada grupo prioritário”.
– Nos locais onde a campanha for adiada, as pessoas dos grupos prioritários devem procurar a secretaria de saúde do seu município ou Estado para se informar sobre a lista de postos, bem como o endereço e o horário de funcionamento.
A vacina protege contra os três tipos de gripe que mais circulam no Hemisfério Sul, incluindo o vírus A (H1N1), causador da gripe suína. No ano passado, quando o mundo ainda vivia uma pandemia (epidemia em nível global) desse tipo de gripe, houve uma campanha de vacinação específica contra o H1N1.
Em 2011, esse vírus foi incluído na mesma vacina que protege contra a gripe comum. Essa foi uma recomendação da OMS (Organização Mundial da Saúde).
A decisão de ampliar os grupos que vão receber a vacina tem o objetivo de reduzir as complicações causadas pela gripe (pneumonias bacterianas e agravamento de doenças já existentes, como diabetes ou pressão alta), que acabam sendo mais graves nesses grupos.
Com isso, a expectativa é reduzir internações e mortes causadas por esses problemas, além do dinheiro gasto com medicamentos.
No caso das crianças, a vacinação é um pouco diferente. A vacina é dividida em duas partes, então os pais precisam levar a criança de volta ao posto 30 dias depois da aplicação da primeira dose.
O produto é seguro para a população em geral, mas há exceções: não devem tomar a vacina as pessoas que têm alergia à proteína do ovo, e indivíduos imunodeprimidos (com sistema imunológico muito sensível), como aqueles que estão passando por tratamentos de quimioterapia ou radioterapia, devem consultar um médico antes de se vacinar
R7
18 de maio: Mande informações sobre seu evento
O próximo dia 18 de maio, quarta-feira, marca o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. E o Portal Pró-Menino está abrindo um espaço especial para ajudar a divulgar a série de eventos que ocorrerão por todo o país para lembrar essa data.
Assim, se a organização em que você atua está organizando um debate, uma manifestação, um encontro ou qualquer outro tipo de evento público sobre esse tema para os próximos dias, envie tais informações por email para promenino@fia.com.br.
Assim, poderemos colocá-las em nossa seção "Agenda" e ter um panorama de como a data está sendo lembrada em diversas regiões do país.
Além disso, tais eventos farão parte do especial que o Portal Pró-Menino está preparando para marcar a data. Colabore mandando suas informações e fique de olho!
prómenino
Justiça determina prisão do pai de Eliza Samudio em Foz do Iguaçu (PR)
Luiz Carlos Samudio é suspeito de atentado violento contra a irmã de Eliza.
Em 2005, ele foi condenado a 8 anos de prisão; mas estava em liberdade.
A Justiça determinou na tarde desta quinta-feira (12), a prisão do pai de Eliza Samudio, Luiz Carlos Samudio, em Foz do Iguaçu, no Oeste do Paraná. O mandado foi assinado pela juíza substituta da 1º Vara Criminal da cidade, Luciana Assad Luppi Ballalai, depois que um pedido de recurso ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) foi negado.
Em 2005, o pai de Eliza foi condenado a oito anos de prisão, em regime fechado por atentado violento ao pudor contra uma menina de 10 anos, que supostamente seria a filha dele. O crime teria acontecido em 2003.
O advogado de Luiz Carlos, Sérgio Barros, recorreu à sentença várias vezes e Luiz Carlos, aguardava a decisão em liberdade. Em entrevista ao G1, Barros disse que no dia 16 de julho de 2010, a filha mais nova de Luiz Carlos, irmã por parte de pai de Eliza Samudio, fez uma declaração inocentando o pai. A declaração não foi acatada pelos juízes e a decisão foi mantida. Mesmo assim, o advogado de defesa informou que já entrou com um novo recurso no STJ.
O mandado de prisão pode ser cumprido a qualquer momento.
Caso Eliza Samudio
Eliza Samudio desapareceu em junho de 2010, em Minas Gerais. Há suspeitas de que o ex-goleiro do Flamengo, Bruno Fernandes de Souza, estaria envolvido na morte não comprovada da ex-namorada, que tentava provar na Justiça que ele era pai de seu filho.
G1
Premier britânico determina reabertura do caso Madeleine MCcann
Dizendo-se comovido com a história e o pedido dos pais, o primeiro-ministro determinou que a Polícia Metropolitana reabra todos os documentos relativos ao caso e volte a analisar todas os indícios encontrados pelos agentes.
Sir Paul Stephenson, comissário de polícia, afirmou na noite desta quinta-feira, ter destacado uma equipe de elite para cuidar da reabertura do caso.
Para arrecadar fundos e lembrar o que seria o oitavo anivérsario da filha, o casal também está lançando o livro "Madeleine", escrito por Kate e que conta a sua versão dos fatos.
quarta-feira, 11 de maio de 2011
Site de rede de TV americana critica violência no Rio e diz que Olimpíadas na cidade serão ‘Jogos Mortais’
“Uma cruz branca no alto do Morro dos Macacos marca o lugar onde pessoas são queimadas vivas. Um cavalo faminto, com as costelas pulando para fora, está preso perto do local com uma corda. Um campo de futebol próximo está cheio de borracha derretida. Nenhuma partida é jogada ali. A facção que comanda essa favela tem um ritual: membros colocam pneus ao redor de seus inimigos, derramam gasolina e incendeiam os pneus. Uma fumaça negra sobe em direção ao céu. Numa escola aos pés do morro, próximo ao famoso estádio onde a cerimônia de abertura das Olimpíadas de 2016 será realizada, os estudantes ouvem gritos e tapam seus ouvidos. Esse é o Rio da vida real”.
Este é o primeiro parágrafo de um artigo sobre os Jogos Olimpícos do Rio publicado recentemente no site da rede de TV americana ESPN, especializada em esportes. Ironicamente, o título do artigo é “Jogos mortais”.
Procurada, a Prefeitura do Rio não se manifestou. Em nota, a assessoria do governo do estado informou que “o Estado mantém todos os seus compromissos não apenas com o calendário dos jogos, mas com o cidadão. E que a sociedade do nosso estado e de todo o país vem acompanhando as ações e as evoluções com transparência em várias áreas, como na Segurança, na Saúde, e em Infraestrutura, para citar algumas”.
Marcelo Gomes
Extra Online
Terremoto de magnitude 5,2 mata ao menos 10 na Espanha
Prédios despencaram total ou parcialmente e estradas estão congestionadas
Pelo menos dez pessoas morreram nesta quarta-feira na Espanha em decorrência de um terremoto de magnitude 5,1 ocorrido às 19h locais (14h de Brasília). Uma das vítimas estava em um edifício da cidade de Lorca, no sudeste do país, que desabou.
Segundo fontes policiais, há possibilidade de serem encontradas mais vítimas, já que outros dois prédios localizados no centro da cidade ruíram parcialmente.
Além deste abalo sísmico, cujo epicentro foi a Serra de Tercia, em Lorca, outro tremor, de magnitude 4,5, foi registrado duas horas antes na região de Múrcia.
Moradores de Lorca relataram que a situação é de pânico, com milhares de pessoas nas ruas sem saber o que fazer após terem sido surpreendidas pelos tremores. Houve rachaduras em estradas e viadutos e túneis estão congestionados. Um porta-voz da prefeitura informou que a sede da administração municipal foi evacuada e que metade da torre de uma igreja despencou.
(Com agência EFE)
Veja
Europa registra recorde de novas 'drogas legais' em 2010
Um número recorde de 41 novas "drogas legais" – compostos que, em sua maioria, não são proibidos pela legislação europeia - foram descobertas na Europa em 2010, segundo relatório apresentado nesta quarta-feira pelo Centro Europeu de Monitoramento de Drogas e Vício em Drogas.
A quantidade é superior às 24 novas drogas legais verificadas no continente em 2009 e às 13 descobertas em 2008. O ritmo de crescimento foi considerado "sem precedentes" pela entidade autora da pesquisa.
A lista inclui versões sintéticas de canabinoides (compostos encontrados na maconha), catinonas (alcaloide estimulante, semelhante à anfetamina) e de outros narcóticos conhecidos e bastante consumidos.
As novas drogas receberam nomes como MDAI, iso-etilcatinona, 4-MBC e DMAA.
China
Especialistas afirmam que as drogas legais são desenvolvidas por pessoas que estudam a literatura científica sobre compostos entorpecentes.
No total, foram descobertas em 2010 na Europa duas versões da ketamina e 15 versões da catinona - compostos semelhantes à mefedrona, droga tornada ilegal em muitos países da Europa no ano passado depois de se tornar popular em casas noturnas.
Segundo a entidade autora do relatório, caso as novas drogas sejam banidas, os seus criadores geralmente acabam desenvolvendo variações legais que são fabricadas geralmente na China e vendidas no continente europeu.
O governo britânico está propondo uma nova legislação para banir temporariamente as novas drogas legais até que elas sejam consideradas seguras para consumo pelo Conselho Consultivo sobre o Mau-Uso das Drogas (ACMD, sigla em inglês).
Interação
A entidade beneficente Drugscope afirma que houve agora uma "interação ainda maior entre os mercados farmacêuticos lícitos e ilícitos", com componentes químicos de origem legal sendo vendidos como substitutos para substâncias psicoativas ilícitas.
"A maquiagem dessas novas substâncias pode ter pouca relação com as expectativas dos usuários", disse o executivo-chefe do Drugscope, Martin Barnes.
"As head shops (lojas especializadas em produtos voltados ao consumo de drogas) e vendedores online, que muitas vezes compram grandes carregamentos de outros países, não podem ter certeza do que eles estão adquirindo e vendendo", afirmou.
O diretor do Centro Europeu de Monitoramento de Drogas e Vício em Drogas, Wolfgang Götz, disse que, "dada a velocidade com que novos desenvolvimentos ocorrem nessa área", é importante se antecipar a ameaças emergentes.
"Isto pode ser atingido ao ativamente adquirir, sintetizar e estudar novos compostos e ao melhorar a nossa capacidade de análise forense e pesquisa no âmbito europeu", afirmou.
BBC Brasil
Suspeito de abuso sexual contra crianças é preso na Bahia
O homem é suspeito de abusar de três crianças, uma de sete anos e duas de oito
Um homem ainda não identificado, de 55 anos, suspeito de abuso sexual, está detido na delegacia de Porto Seguro, no extremo sul baiano, desde a manhã desta terça-feira (11).
Os pais das crianças denunciaram o suspeito à polícia no mesmo dia da prisão. As vítimas reconheceram o homem, segundo agentes da delegacia da cidade. O homem é suspeito de abusar sexualmente de três crianças, uma de sete anos e duas de oito.
R7
Hospital diz que menino ferido por espeto de churrasco está tetraplégico
Mãe de criança responderá por lesão corporal gravíssima, diz polícia.
Ela teria arremessado objeto no quintal e filho foi ferido ao passar no local.
O menino de 9 anos ferido no pescoço por um espeto de churrasco em Maricá, na Região Metropolitana do Rio, está tetraplégico, informou nesta terça-feira (10) a Secretaria estadual de Saúde. A mãe da criança é suspeita de ferir o filho. A Secretaria informou ainda que ele permanece internado no Centro de Tratamento Intensivo (CTI) do Hospital estadual Azevedo Lima, em Niterói, em estado gravíssimo, sedado e respirando com ajuda de aparelhos.
De acordo com o Conselho Tutelar de Maricá, responsável pelo registro da ocorrência na 82ª DP (Maricá), a criança estava brincando com o espeto, quando sua mãe o tirou de sua mão. Ela, então, teria arremessado o espeto em direção ao quintal, sem ver que o menino passava pelo local no momento.
Na segunda-feira (9), o delegado da 82ª DP, Roberto Nunes, informou que já havia conversado com ela informalmente. Segundo ele, a suspeita, por enquanto, deve responder por lesão corporal gravíssima. Ele informou ainda que o caso aconteceu há cerca de 10 dias e foi registrado na última quarta-feira (4).
“Vamos ouvir a mãe, além de familiares para que possamos ter a noção de como era o relacionamento entre ela e o menor e se isso se trata apenas de um caso isolado. Ainda vamos contar com a ajuda de alguns laudos que vamos solicitar ao Conselho Tutelar”, explicou Nunes na segunda-feira.
O Conselho Tutelar informou que o menino foi levado para o Azevedo Lima, onde os médicos desconfiaram do ferimento e acionaram os conselheiros.
G1
Morre menino que recebeu transplante de coração no Rio
RIO - Quase um mês depois de ser submetido a uma cirurgia de transplante de coração, morreu o menino Patrick Hora Alves, de 10 anos. A cirurgia foi realizada no dia 15 de abril, mas o menino permanecia internado. De acordo com a assessoria de imprensa do Instituto Nacional de Cardiologia (INC), em Laranjeiras, Patrick morreu às 19h40m de falência múltipla dos órgãos, decorrente de uma infecção provocada por uma pneumonia.
O boletim médico divulgado na tarde desta terça informava que Patrick estava com pneumonia, e não respondia bem ao tratamento. Ainda de acordo com o hospital, Patrick necessitava de suporte respiratório e renal, e estava em estado crítico.
O menino tinha uma miocardia restritiva, doença que leva o coração a perder suas funções, e foi o primeiro a receber no Brasil um coração artificial, implantado no dia 23 de março. Desde 2009 a família sabia que o menino ia precisar de um transplante, mas acreditava que só seria necessário na adolescência.
O coração transplantado em Patrick é de uma mulher de 37 anos, que morava em Volta Redonda. Apesar da idade, a doadora pesava 50 kg e tinha o mesmo tipo sanguíneo de Patrick
O Globo
terça-feira, 10 de maio de 2011
Recém-nascido é achado morto em terreno baldio no RS
Os pais da criança, que teria entre um e três meses, ainda não foram identificados
Um bebê foi encontrado morto dentro de uma mochila em um terreno baldio na cidade de Cachoeirinha, no Rio Grande do Sul, na noite de segunda-feira (9). A criança foi localizada por uma pessoa que passava pelo local.
A Brigada Militar isolou a área até a chegada do IML (Instituto Médico Legal). De acordo com informações iniciais, a criança teria entre um e três meses de vida. O caso é investigado pelo 2º Distrito Policial da cidade. Os pais da criança ainda não foram identificados.
Outro caso
No sábado (7), o corpo de um bebê recém-nascido foi encontrado em um aterro sanitário, na estrada de Guaraciaba em Mauá, Grande São Paulo. O caso está sendo investigado.
De acordo com informações da SSP (Secretaria de Segurança Pública), os policiais chegaram ao aterro e foram informados pelo gerente que um dos funcionários estava armazenando lixo com uma escavadeira pela manhã, quando encontrou um corpo aparentando ser de um bebê.
R7
Vagas para idosos em shoppings é desrespeitada
Embora a maioria dos 53 shoppings da capital respeite o número de vagas exclusivas para deficientes e idosos determinado por lei, a fiscalização contra o mau uso desses espaços é ineficiente, principalmente no caso dos idosos. Na sexta-feira, o JT visitou cinco centros de compras, um em cada região da cidade. Em dois deles flagrou motoristas parando de forma irregular nesses espaços.
Em outros dois, funcionários disseram ser comum flagrarem a irregularidade e disseram ter dificuldade em coibir o uso inadequado dos espaços. Já os consumidores reclamaram da demora para encontrar um local para parar, levando até 25 minutos rodando em busca de uma vaga.
Os shoppings visitados foram Ibirapuera (zona sul), Anália Franco (zona leste), Center Norte (zona norte), Bourbon (zona oeste) e Pátio Higienópolis (centro). Nos dois primeiros, havia diferença entre as vagas de idosos (que tinham apenas pintura de solo diferenciada) e de deficientes físicos, que, além da pintura, eram isoladas com cones ou cavaletes (leia mais ao lado).
No Anália Franco, às 11h30, ainda havia muitas vagas. Mesmo assim, em meia hora, foi possível flagrar dois motoristas parando na área para idosos do piso térreo. “Sinceramente, parei porque fica mais perto da entrada”, disse a turismóloga Maria Madalena Vito, de 44 anos. “Tenho consciência de que estou errada, mas não achei vaga. Não vejo tanto idoso assim no shopping.”
Pouco depois, o dentista Ricardo Rodrigues, de 46 anos, parou ao lado. “Não tenho constrangimento. Se um idoso tem condições de conduzir, não precisa de vaga preferencial.” Os dois motoristas disseram ter gastado 5 minutos procurando uma vaga comum, mas não viram que havia ao menos 11 delas vazias a poucos metros. Não havia fiscalização.
A história se repetiu no Center Norte, onde um jovem de menos de 30 anos ocupou uma vaga de idoso. No Ibirapuera e no Pátio Higienópolis, seguranças disseram que o desrespeito é comum e quando abordam os motoristas, ouvem todo o tipo de desculpa e há, até mesmo, alguns que se recusam a sair da vaga.
“O grande problema não é o número de vagas, mas a fiscalização”, diz Silvana Cambiaghi, presidente da Comissão de Mobilidade Urbana da Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida. Leis municipais determinam a reserva de 5% de vagas para idosos e 3% para deficientes, mas fiscais da Prefeitura não podem atuar preventivamente nos espaços privados. Só se houver denúncia. “O Código de Trânsito Brasileiro não permite a atuação de agentes”, diz Silvana.
Os shoppings visitados pela reportagem afirmaram que fiscalizam os espaços e encaminham deficientes e idosos à área VIP quando não há lugar, sem cobrança adicional. A prática passou a ser adotada em 2009, após o Ministério Público Estadual (MPE) começar a investigar a questão.
No mesmo ano, começaram a ser assinados Termos de Ajuste de Conduta (TAC) entre o MPE e os estabelecimentos. Hoje são 27 shoppings signatários na capital, mas a punição é branda: multa de 500 cestas básicas em caso de não haver controle das vagas.
Jornal da Tarde
Crianças sonham vingar a morte de Bin Laden
Nas escolas do Paquistão, crianças, incluindo as de famílias ricas, agora sonham vingar a morte de Osama Bin Laden
Após decisão do STF, casal gay registra união estável em Curitiba
Outro casal, porém de mulheres, também oficializou a união estável nesta segunda na capital paranaense
O casal de homossexuais Toni Reis, 43 anos, e David Harrad, 53 anos, registrou no início da tarde desta segunda-feira o contrato de união estável no 6º Tabelionato de Curitiba. Pelo novo entendimento dado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) na semana passada, a união entre pessoas do mesmo sexo passa a ser reconhecida como entidade familiar.
— Agora somos uma família com todos os direitos — comemorou Reis, que é presidente da Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT).
Segundo ele, foi a primeira união registrada após a votação da última quinta-feira. Logo depois, em outro cartório de Curitiba, duas mulheres — Daiana Bruneto e Léa Ribas — também assinaram oficializaram a união estável.
Após a assinatura do documento, que custou R$ 89,30 pela tabela vigente no Paraná, Reis e Harrad foram até a entrada do edifício onde fica o tabelionato para, diante de pedestres, selarem o ato com um beijo. Não houve nenhum protesto de quem passava pela rua e algumas pessoas aproveitaram para tirar fotos.
Reis disse que o evento seria comemorado apenas com um chope em um tradicional local em que normalmente se encontram.
— A festa ficará para daqui a quatro anos, quando faremos bodas de prata.
Neste domingo, Reis já havia informado que registraria nesta segunda-feira a união estável com seu parceiro.
Entenda o que muda com a decisão do STF
Ao ser entendida como família, a união homossexual passa a ser equiparada do ponto de vista jurídico à união heterossexual tradicional. A decisão judicial deverá ser seguida por tribunais inferiores no julgamento de futuras ações, estendendo uma série de garantias constitucionais aos homossexuais. Veja algumas delas:
— Poderão ser beneficiados por planos de saúde e previdência do companheiro (a).
— Também poderão pleitear pensão alimentícia e partilha dos bens em caso de separação.
— Um casal homossexual estará em condições de igualdade a casais heterossexuais em processos de adoção.
— Um casal do mesmo sexo também poderá pleitear financiamento habitacional, somando as rendas individuais como um casal heterossexual.
ZERO HORA
Siameses nascidos na China estão em estado crítico
Devido à proximidade das cabeças, eles têm dificuldade para respirar.
Bebês têm duas espinhas dorsais e dois esôfagos, e dividem demais órgãos.
Hospital de Suibing, em Sichuan, sudoeste da China, exibe imagem de gêmeos siameses: corpo único e duas cabeças, que nasceram dia 5 de maio. Segundo médicos, eles estão em estado crítico, com dificuldades respiratórias devido à proximidade das cabeças.
Bebês siameses pesam 4 kg, medem 51cm, têm duas espinhas dorsais, dois esôfagos e compartilham demais órgãos.
G1
segunda-feira, 9 de maio de 2011
Que LAR é esse? O abrigo enquanto espaço de acolhimento para crianças e adolescentes
O conceito de moradia estabelecido pelo homem ao longo da história, compreende-se como o local onde seus moradores têm privacidade e onde o período mais significativo das suas vidas se desenvolve. É nele que o ser humano recebe os ingredientes básicos, indispensáveis para a formação da personalidade humana.
O primeiro abrigo começa no ventre materno e se estende até o nascimento, quando é recebido pela vida do lado de fora. Mas quando esse abrigo deixa de ser o lar natural, surgem outras opções:guarda, tutela, adoção e, quando esgotadas todas as demais possibilidades, surge o ABRIGO, enquanto espaços de acolhimento para crianças e adolescentes.
Mas que Lar é esse?
Também gostaria de saber, pois a realidade de muitos Abrigos não condizem com as normas determinadas pelo ECA. A maioria deles, espalhados por todo país, estão longe de assegurar às nossas crianças e adolescentes, tudo aquilo que por Lei lhes são garantidos. São crianças e adolescentes carentes de apoio pedagógico, jurídico, psicológico, social e, principalmente afetivo, vivendo em verdadeiros depósitos, sofrendo a violação dos seus direitos, amargando o gosto do esquecimento até completar a maioridade, quando são devolvidos às ruas ou retornam para o círculo de violências de onde saíram.
Que Lar é esse?
Também é certo que toda regra tem exceção e sei também que ainda existem ( poucos) abrigos capazes de oferecer às nossas crianças e adolescentes tudo aquilo que eles jamais receberiam no lar natural e de onde saíram após serem violentados de todas as maneiras. Continuando, quero dizer, que embora o ECA nos seus artigos 92, 93 e 94, além do parágrafo único 101, determine que o Abrigo deve ser medida excepcional e transitória, o que vemos é o crescente número de crianças e adolescentes abrigados sem receber o devido investimento na manutenção dos seus vínculos familiares e na integração da familia substituta. São pequenos indefesos que vão dormir sem um abraço carinhoso de boa noite, sabendo que a sua insônia, seus pesadelos e suas angústias, não serão divididos com ninguém.
Um outro contraste observado, é que diante da falta de programas e apoio sócio familiar que possam atender a demanda das comunidades, alguns Conselhos Tutelares sem antes passar pela autoridade judiciária, aplicam exageradamente as medidas de abrigo, arrancando crianças e adolescentes de suas famílias e comunidades, sem antes intervir na dinâmica familiar. Normalmente o retorno dessas crianças e adolescentes ao lar natural não ocorre a curto prazo, pois depende da agilização da equipe técnica dos abrigos (quando existe) e da própria justiça da Infância e Juventude.
Essas ações de alguns Conselhos Tutelares vêm sendo equivocadamente aplicada em vários municípios brasileiros e diante dessa violação aos direitos de crianças e adolescentes, a medida de abrigamento vem sendo excessivamente aplicada, sem que se busque meios menos radicais. Não seria mais fácil a justiça aplicar o artigo 130 e retirar o agressor do lar ao invés de punir os inocentes? Fica aqui a minha indagação e indignação.
A justiça por sua vez, precisa deixar de ser um espaço apenas burocrático, com aglomerado número de ocorrências e processos, articulando entre todos que possam contribuir na tentativa de mudar o triste quadro de crianças e adolescentes institucionalizados, para que estes não percam os melhores anos das suas vidas esperando voltar para casa, ou encontrar um novo Lar.
"Mais do que de máquinas, precisamos de humanidade
Mais do que de inteligência, de afeição e doçura"
(Charlie Chaplin)
Arytan Lemos
Feira de Santana - Bahia
Finalista do sexto concurso causos do ECA
Mulher perde a guarda dos filhos por estar com câncer de mama
Carolina do Norte (EUA) - A americana Alaina Giordano, diagnosticada com câncer de mama terminal, perdeu a guarda dos dois filhos - Sofia, de 11 anos, e Bud, de 5 - porque os médicos não sabem quanto tempo ela ainda tem de vida. A juiza determinou que as crianças irão ficar com o pai - de quem Alaina está separada por conta de traições e outros problemas domésticos.
Alaina - que recebeu a notícia sobre seu câncer em 2007 - disse estar "arrasada" e contou que seus filhos eram a fonte de sua força. A decisão da juiza foi tomada após a avaliação de um psiquiatra, que afirmou que as crianças deveriam ficar com o pai já que a saúde da mãe estava em um "estado degenerativo". O fato de Alaina não estar trabalhando também contou na decisão.
"Porque eu tenho câncer, tive que passar os último 16 meses me defendendo dos ataques do meu marido, que entrou com um processo contra mim pedindo a guarda integral dos meus dois filhos, utilizando minha doença como argumento", relatou em seu blog. "Como pode uma mulher que não tem filhos e nunca foi casada julgar um caso familiar?", alfinetou.
A mãe, que está recebendo tratamento em um hospital espcializado na Carolina do Norte, disse que sua doença se encontra estável e não progrediu. Mais de duas mil pessoas curtiram, no Facebook, uma petição que convoca o governador do estado a rever o caso.
A decisão da juiza prevê que Alaina entregue seus filhos ao marido no dia 17 de junho.
O DIA ONLINE
WWF filma raros tigres de Sumatra em área 'a ser desmatada'
A organização ambientalista internacional WWF pediu nesta segunda-feira que madeireiras desistam de desmatar uma área de floresta na Indonésia onde foram registradas imagens de 12 raros tigres de Sumatra.
Os vídeos gravados em março e abril foram feitos com câmeras escondidas na floresta de Bukit Tigapuluh, no leste da ilha de Sumatra, e mostram duas tigresas brincando com quatro filhotes além de outros seis tigres da espécie ameaçada de extinção.
"O que não está claro é se encontramos tantos tigres porque estamos posicionando melhor nossas câmeras ou porque o habitat dos tigres está encolhendo tão rapidamente que eles estão sendo forçados a dividir pedaços cada vez menores de floresta", disse o líder do grupo que pesquisa os tigres em Sumatra, Karmila Parakkas
Segundo a WWF, os 12 tigres estão concentrados em áreas de floresta densa que incluem terras pertencentes à empresa Barito Pacific Timber, fornecedora de madeira para a gigante regional da indústria de papel Asia Pulp and Paper.
"O vídeo confirma a extrema importância destas florestas para o ecossistema de Bukit Tigapuluh e seu corredor ecológico", disse o diretor da WWF Anwar Purwoto.
"A WWF pede que todas as concessões operando nessa área abandonem planos de desmatar a floresta e que protejam as áreas com alto valor de preservação."
Atualmente há menos de 400 tigres de Sumatra vivendo na natureza. Ativistas ambientais dizem que os animais estão tendo cada vez mais contato com humanos devido à perda de seu habitat natural por causa do desmatamento para a exploração de madeira ou para a plantação de palmeiras.
BBC Brasil
Detentos de Maringá produzem material didático para deficientes visuais
Detentos da Penitenciária Estadual de Maringá produzem material didático para pessoas com deficiência visual. O trabalho é resultado de uma parceria entre a Secretaria da Justiça e o Centro de Apoio Pedagógico (CAP) para Atendimento às Pessoas com Deficiência Visual de Maringá. Além da digitação de livros em braile e da confecção de peças em relevo – como mapas e figuras geométricas –, os detentos fazem a locução de livros de história.
Atualmente 16 detentos participam do projeto “Visão de Liberdade”, iniciado em 2004, com o CAP local, que é vinculado à Secretaria da Educação. Eles fazem parte de um grupo de 3.694 condenados pela Justiça, em todo o Paraná, que desenvolvem algum tipo de trabalho durante o cumprimento da pena. “No mês que vem mais cinco serão treinados por um locutor voluntário para ampliar a produção de audiolivros”, informou o diretor da Penitenciária Estadual de Maringá, Marcos Roberto Rodrigues.
Os livros falados são gravados em uma cabine acústica instalada dentro do presídio, com sonoplastia e efeitos de voz. O material é distribuído para os 129 municípios vinculados ao Centro de Apoio Pedagógico de Maringá. “Nossos livros também são enviados para todo o Brasil e para uma biblioteca pública da cidade de Sobreda, em Portugal”, informou a coordenadora do centro, Maria Ângela Bassan Sierra.
Desde 2004, foram produzidos pelos detentos de Maringá 25.305 peças de material didático em relevo e digitados 338 livros e apostilas diversas. De dezembro de 2005 a abril de 2011, foram gravados 90 livros falados, com tiragem de 150 cópias cada, e mais 16 apostilas. Os presos envolvidos no projeto são beneficiados pela redução de um dia de pena para cada três dias trabalhados e recebem um pecúlio pelo trabalho realizado.
O que é Síndrome de Down?
A Síndrome de Down é definida por uma alteração genética caracterizada pela presença de um terceiro cromossomo de número 21, o que também é chamado de trissomia do 21. Trata-se de uma deficiência caracterizada pelo funcionamento intelectual inferior à média, que se manifesta antes dos 18 anos. Além do déficit cognitivo e da dificuldade de comunicação, a pessoa com Síndrome de Down apresenta redução do tônus muscular, cientificamente chamada de hipotonia. Também são comuns problemas na coluna, na tireoide, nos olhos e no aparelho digestivo. Muitas vezes, a criança com essa deficiência nasce com anomalias cardíacas, solucionáveis com cirurgias.
A origem da Síndrome de Down é de difícil identificação e engloba fatores genéticos e ambientais. As causas são inúmeras e complexas, envolvendo fatores pré, peri e pós-natais.
A Síndrome de Down na sala de aula
A primeira regra para a inclusão de crianças com Down é a repetição das orientações em sala de aula para que o estudante possa compreendê-las. "Ele demora um pouco mais para entender", afirma Mônica Leone Garcia, da Secretaria Municipal de Educação de São Paulo. O desempenho melhora quando as instruções são visuais. Por isso, é importante reforçar comandos e solicitações com modelos que ele possa ver, de preferência com ilustrações grandes e chamativas, com cores e símbolos de fácil compreensão.
A linguagem verbal, por sua vez, deve ser simples. Uma dificuldade de quem tem a síndrome, em geral, é cumprir regras. "Muitas famílias não repreendem o filho quando ele faz algo errado, como morder e pegar objetos que não lhe pertencem", diz Mônica. Não faça isso. O ideal é adotar o mesmo tratamento dispensado aos demais. "Eles têm de cumprir regras e fazer o que os outros fazem. Se não conseguem ficar o tempo todo em sala, estabeleça combinados, mas não seja permissivo."
Mantenha as atividades no nível das capacidades da criança, com desafios gradativos. Isso aumenta o sucesso na realização dos trabalhos. Planeje pausas entre as atividades. O esforço para desenvolver atividades que envolvam funções cognitivas é muito grande. Às vezes, o cansaço da criança faz com que as atividades pareçam missões impossíveis. Valorize sempre o empenho e a produção. Quando se sente isolada do grupo e com pouca importância no trabalho e na rotina escolares, a criança adota atitudes reativas, como desinteresse, descumprimento de regras e provocações.
Dia Internacional da Síndrome de Down
Em 2006, a associação Down Syndrome International instituiu o dia 21 de março como o Dia Internacional da Síndrome de Down. A data foi escolhida por ser grafada como 21/3, que faz alusão à trissomia do cromossomo 21.
Nova Escola
Pesquisa feita por escritora revela que filhos têm orgulho das mães que trabalham
Para a maioria das mães, trabalhar e deixar os filhos sozinhos em casa, ou na escola, gera uma culpa, um sofrimento doloroso. Mas a psicóloga e escritora Cecília Troiano analisou, através de 500 entrevistas, o que se passa na cabeça e no coração de filhos e mães diante dos dilemas do mundo moderno. O resultado pode aliviar e peso na consciência de muitas pessoas.
R7
Brilho diferente em olho leva a diagnóstico de câncer em bebê
A mãe conta que foram prescritos remédios que visam amenizar os efeitos colaterais do tratamento, como uma solução de lactose para combater a constipação, e "um creme maravilhoso para prevenir o ressecamento da pele e a perda de cabelo". "Bem, ela só tem alguns fios, de qualquer maneira", afirma Ali.A família vem recebendo a visita de enfermeiras duas vezes por semana. Elas monitoram a quimioterapia e realizam testes sanguíneos.
Na Grã-Bretanha, a retinoblastoma afeta um em cada 20 mil bebês por ano e representa 3% dos tipos de câncer no país.
A boa notícia é que 98% das crianças submetidas a tratamento sobrevivem. Mas cerca de 80% das crianças afetadas acabam tendo o olho removido porque a maior parte dos casos não é diagnosticada cedo o suficiente.
Prevenção
Ashwin Reddy, cirurgião ocular infantil e perito em retinoblastoma do Royal London Hospital diz que o tumor é capaz de matar.
“Detectar o reflexo branco ou brilho branco no olho pode fazer uma diferença vital porque, assim, o tumor não vai estar tão evoluído e nós não seremos obrigados a remover o olho’’, afirma.
A quimioterapia é o tratamento padrão para o retinoblastoma, mas também podem ser usados terapia a laser e radioterapia.
Um tipo relativamente novo de quimioterapia no qual medicamentos são submetidos diretamente ao olho por meio de uma artéria na perna evita as tradicionais complicações decorrentes da quimioterapia tradicional, que é aplicada através de uma linha intravenosa central.
Mas ainda não há garantias de que novos tratamentos sejam bem-sucedidos.
Crianças que acabam tendo de ter seu olho removido podem tê-lo substituído por um olho artificial aplicado seis semanas após a operação.
Ali Fryer adverte para a a necessidade de detectar os sinais da retinoblastoma ainda no estágio inicial.
“Se você constatar algo incomum no olho de seu bebê ou de sua criança, por favor leve-a ao médico. Pode muito bem não ser nada e você poderá permanecer tranquilo. Ou pode ser algo que exige tratamento. E se for retinoblastoma, você poderá salvar os olhos de sua criança, se não a própria vida dela.’’
BBC Brasil
Apenas quatro mil dos cerca 50 mil homicídios cometidos por ano no país são resolvidos
RIO - Por que é tão difícil a polícia identificar e prender um assassino no Brasil? A pergunta feita por muitas famílias vítimas desse tipo tragédia expõe uma triste realidade: dos cerca de 50 mil homicídios ocorridos no país por ano, a estimativa de Julio Jacobo Waiselfisz, coordenador da pesquisa Mapas da Violência 2011, divulgada pelo Ministério da Justiça, é de que apenas quatro mil crimes (8%) têm o autor (ou os autores) descoberto e preso. Para se ter uma ideia do problema, são pelo menos cem mil assassinatos sem solução no Brasil até 2007 - e muitos já prescritos dentro do prazo de 20 anos previsto pelo Código Penal Brasileiro - segundo o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP).
Especialistas ouvidos pelo GLOBO na última semana apontam uma série de fatores que prejudicam o esclarecimento dos homicídios: o sucateamento das delegacias; a falta de infraestrutura das polícias técnicas nos estados para obtenção de provas; o déficit do número de investigadores; e a burocracia, além da não integração entre delegados, promotores e a Justiça no andamento dos inquéritos, são alguns.
- O Brasil não tem uma estrutura de segurança pública formada. Não há um sistema nacional integrado para o tema. Há uma resistência grande em abrir a caixa-preta da criminalidade no país. Tem estado, como Alagoas, que o índice de solução de homicídios não chega a 2% - afirma Waiselfisz.
Para agilizar as investigações, o CNMP criou, em parceria com o Conselho Nacional de Justiça, o Ministério da Justiça e os governos estaduais, a Estratégia Nacional de Justiça e Segurança Pública (Enasp), chamada de Meta 2. O objetivo é tentar concluir inquéritos abertos até dezembro de 2007. Na sexta-feira, já eram 95.272 casos de crimes sem conclusão no país. Mas o número passará dos cem mil já que 16 estados vão apresentar hoje relatórios com a estatística atualizada.
Sete meses para encerrar 4 mil casos
A missão de cumprir a Meta 2, porém, será difícil. O prazo dado às polícias para encerrar os casos nos estados com mais de quatro mil inquéritos em andamento terminaria em julho, mas já foi prorrogado para o fim de dezembro por causa da demanda.
- Os problemas não são de agora. A Enasp está jogando luz em cima do problema - diz a juíza federal Taís Ferraz, coordenadora do Grupo de Persecução Penal do Enasp, que cita dificuldades encontradas nas investigações:
- Há situação em que é preciso três pessoas assinarem um documento para realizar determinada diligência. E faltam equipamentos e peritos.
No Rio, o Centro Integrado de Apuração Criminal (Ciac) possui 30 mil inquéritos da capital, sendo 15 mil de homicídios ocorridos até dezembro de 2007.
Dos 15 mil procedimentos abertos, 60% estão prontos para serem arquivados. Ou seja: casos sem qualquer referência dos assassinos ou já investigados, mas com baixa possibilidade de se chegar ao autor. Outros 39% ainda dependem de investigações e apenas 1% tem a autoria identificada.
- Criamos o Programa de Resolução Operacional de Homicídios, com técnicas padronizadas para obter sucesso nas investigações. O conselho do Ministério Público recomendou a outros estados para que exista um padrão nas investigações - diz o procurador de Justiça Rogério Scantamburlo, coordenador do Ciac.
O Globo
'Sean nunca pergunta do Brasil', diz pai em entrevista para TV dos EUA
Pai não permite visitas da família brasileira.
Sean Goldman, envolvido em uma batalha judicial entre suas famílias no Brasil e nos Estados Unidos, nunca mais perguntou da família materna desde que retornou a Nova Jersey em dezembro de 2009. A afirmação foi feita pelo seu pai, David Goldman, em entrevista para a rede de TV NBC na noite deste domingo (8). No programa de uma hora de duração, foram exibidas as primeiras imagens do menino em quase um ano e meio.
"Ele nunca pergunta da família do Brasil", disse o David Goldman, que na semana passada lançou o livro "A father's love", pela editora Penguin Books, em que conta a sua versão da disputa pela guarda de Sean.
O pai admitiu que, algumas vezes, Sean afirma sentir falta da mãe.
No programa, também foram exibidas entrevistas com a avó brasileira, Silvana Bianchi, e seus advogados no Brasil e nos EUA. Eles reclamaram que David Goldman não cumpriu acordo para que a família materna pudesse visitar Sean. "Gostaria de expressar a minha preocupação com a situação emocional dele", afirmou Silvana.
A avó acrescentou ainda que o avô do menino, que morreu recentemente, também teria morrido com o peso de não ter visto o neto pela última vez.
David Goldman reagiu às afirmações dizendo que não permite as visitas "porque a família (brasileira) continua apelando na Justiça" e ele teme que o menino seja sequestrado pela avó ou o padrasto, João Paulo Lins e Silva, que se casou com Bruna Bianchi, mãe do menino. O pai disse ainda que o avô não pôde visitar o neto por culpa da avó.
G1
domingo, 8 de maio de 2011
Claudia Abreu no papel de mãe
Neste Dia das Mães, grávida do quarto filho, atriz não contém a felicidade e assume que esse é seu papel mais importante
Com mais de 20 anos de carreira, Claudia fez, nos últimos tempos, raríssimas aparições. Não participa de uma montagem no teatro desde 2003 e sua última novela foi ‘Três Irmãs’ (2008) — antes fez ‘Belíssima’ (2005) e ‘Celebridade’ (2003). Está no elenco de ‘Todo Mundo Tem Problemas Sexuais’, filme de Domingos Oliveira que estreia na próxima sexta-feira, mas foi rodado em 2007. Um caminho escolhido por ela. “Quando tive minha primeira filha, pensei: ‘Isso aqui é que faz sentido, que é o centro da minha vida. E aí eu vou me adaptar ao resto’. Muitas vezes, eu tenho aberto mão de papéis que eu gostaria de fazer porque naquele momento seria danoso para os meus filhos. A minha profissão é muito forte para mim, mas eu tenho escolhido ser uma mãe presente acima de qualquer coisa”, conta Claudia.
Mesmo quando dá para conciliar, as crianças estão sempre por perto. Felipa era um bebê quando Claudia recebeu o convite para ‘Todo Mundo Tem Problemas Sexuais’, e foi amamentada entre os takes do filme. “Eu tive que me readaptar nas filmagens. Pois você fica muito fora do ar quando acaba de ter filho. Sem ir a um cinema, uma festa, quanto mais encontrar uma galera para trabalhar. Você fica quase autista. E eu tenho estado assim há muitos anos”, brinca.
Da fase de isolamento, o que menos incomoda a atriz é o afastamento do que ela chama de “olho do furacão”. “É um alívio não estar na mídia. É preciso um tempo para ter a minha vida, para ser a pessoa comum que eu sou”, diz ela, que ainda não se conforma com o interesse sobre sua vida particular. “Essa última gravidez foi uma coisa muito louca. Eu falei numa festa de criança, da minha filha, entre amigos, e isso vazou”.
Hoje, Claudia se define como uma “mulher clássica”. Não desses tempos, certamente. Pois além de numerosa, sua prole tem o mesmo DNA — todos frutos do seu casamento com o cineasta José Henrique Fonseca. Com ele, também abriu a produtora Goritzia Filmes, a que tem se dedicado como criadora.
E onde a relação marido e mulher entra nesta equação mãe/dona de casa/profissional? “Você tem que jogar bolinha no sinal, ser malabarista (risos). Fora que você não quer virar só pai e mãe, quer continuar sendo um casal”, confessa. A surpresa do novo bebê também deu uma balançada na rotina já organizada para a criação de três filhos. “Eu agora terei que ter duas babás durante a semana, duas no fim de semana”, faz a conta.
As atividades maternais também ajudam a espantar uma possível crise dos 40. Rosto e corpo de menina, Claudia é adepta do envelhecimento sem neuras. “Quero minhas marcas do tempo, parecer que tenho a idade que tenho. Quero envelhecer com dignidade, mas mantendo preocupação de não me largar”, afirma a atriz, que também não vê problemas na gestação: “Eu sou veterana. Estou grávida há uma década! Me cuido, faço exercícios e alimentação saudável”.
De difícil mesmo em sua vida é saber fechar a porta e dizer adeus: “Eu saio de casa arrastando corrente e aos prantos quando sei que eles estão precisando de mim. Ou, às vezes, nem estão, nem olham pra mim, mas eu mesma é que preciso deles...”
A nudez no cinema
Cheio de humor, amor e sacanagem, ‘Todo Mundo Tem Problemas Sexuais’, de Domingos Oliveira, traz Claudia Abreu como uma conselheira sexual e uma mulher liberal, entre outras intervenções. “É aquela velha história de que tudo é permitido quando se tem amor, você pode fazer qualquer tipo de experiência. A intimidade, quando vem de uma relação afetiva, permite tudo, o respeito já está implícito”, afirma Claudia, que ganhou o papel depois que Maria Mariana teve que recusá-lo por estar envolvida com seus quatro filhos: “Agora sou eu grávida do meu quarto. Acho que o papel leva à fertilidade (risos)”.
Por sugestão do protagonista Pedro Cardoso, o filme não possui cenas de nudez. Sobre o assunto, a atriz é taxativa: “Não é fácil fazer cenas de nudez. Algumas pessoas têm espírito índio, ficam peladas na frente de todo mundo com muita facilidade. Não é o meu caso. Eu acho que tem que ter nudez no cinema sim, desde que ela seja apropriada e de bom gosto. Nunca me neguei em fazer, quando achava apropriado. Graças a Deus foram poucas vezes (risos)”, brinca Claudia. Mas a atriz perde o humor quando essas cenas vão parar na Internet, invariavelmente com apelação erótica.
“Isso é horrível, péssimo. Quando fiz cena de nudez, pedi contratualmente que não fosse tirado de contexto, colocado em trailer, chamada de televisão. Mas a Internet fura qualquer tipo de acordo contratual. E é chato, pois minha filha tem acesso à Internet, os amigos da minha filha também. E tudo fica mais difícil de explicar”.
Se tudo der certo e a barriga não crescer muito, Claudia poderá ser vista em outro trabalho ainda neste ano. Ela foi convidada a participar do seriado ‘Louco Por Elas’, estrelado por Eduardo Moscovis, na Globo. “O João Falcão (diretor) me chamou e quero fazer, mas só se não atrasar muito, ou não vai dar pra esconder a barriga”.
O DIA ONLINE
Entrevista com a mulher que encontrou a cadela Rosinha
Entrevista com Bárbara Levandovski Colombo, que encontrou a cadela Rosinha há três dias pintada de rosa no Bairro Anchieta, em Porto Alegre.
Zero Hora
Rio tem 7 "candidatos" a pai ou mãe para cada criança disponível para adoção
Casais, pessoas divorciadas ou solteiras podem adotar uma criança ou adolescente
À espera de um filho, 2.244 pessoas estão hoje na fila para adoção no Estado do Rio de Janeiro, segundo dados do Cadastro Nacional de Adoção da última de sexta-feira (6). Em todo o país, são mais de 29 mil futuros pais e mães à espera de adoção. No entanto, estão disponíveis no Rio apenas 315 crianças e adolescentes - no Brasil, o total é de 5.459 menores de idade. Assim, no Estado fluminense, há sete pessoas interessadas em adoção para cada criança.
A juíza Ivone Ferreira Caetano, da Vara da Infância, da Juventude e do Idoso da capital, explica que o tempo das ações de adoção depende de vários fatores.
- O tempo de espera para acolher uma criança ou adolescente é proporcional às exigências apresentadas pelos candidatos a pais, como sexo, cor e faixa etária da criança.
Só neste ano, 443 pessoas entraram com pedido no Tribunal de Justiça do Estado para adotar. Em 2010, foram mais de 1.400 processos.
No município do Rio, os interessados em requerer a habilitação para adoção devem participar de uma reunião realizada toda última quinta-feira do mês, às 13h, no auditório da Vara da Infância, onde são orientados sobre os procedimentos e a inscrição no cadastro para adoção.
Quem pode adotar
Casais, divorciados e solteiros podem adotar uma criança. De acordo com a juíza Ivone, ser hétero ou homossexuais também não interfere no processo de adoção.
- Negar-se um pedido de adoção pelo simples fato de os pretendentes apresentarem condição homossexual ou viverem em união homoafetiva seria impedir uma criança de ter carinho, afeto e proteção, além de ser uma atitude discriminatória, vetada pela Constituição Federal. Frise-se que as adoções deste gênero, ocorridas nesta Vara [da capital], têm sido de inteiro êxito.
Ainda segundo a juíza, a legislação não fixa limite de idade para quem for adotar, mas determina que a diferença de idade entre o adotante e o adotando seja de, no mínimo, 16 anos. Também não há idade limite para que uma pessoa seja adotada, sendo que, após a maioridade civil, aos 18 anos, as ações tramitam em Vara de Família.
As regiões Sul e Sudeste se destacam como as que mais têm crianças e adolescentes disponíveis para adoção e pais pretendentes, segundo o cadastro, que mostra também que o Estado de São Paulo está em primeiro lugar nas duas situações, e Rio de Janeiro, em 5º e 6º, respectivamente.
Amor de mãe
A psicóloga Fabiana Toledo já tinha dois filhos biológicos quando decidiu adotar uma menina de 11 anos. Ela realizou o que se chama de adoção tardia, quando a criança tem mais de quatro anos, o que significa que já tem uma história, que pode ser de privação afetiva ou material. Hoje, a filha de Fabiana tem 18 anos. De acordo com a psicóloga, a ligação com a criança não acontece à primeira vista, mas com o dia a dia, assim como é com toda mãe.
- Independe se você é mãe biológica ou adotiva, o amor vem com a convivência diária. Quando se adota, a criança também tem que adotar você. Por isso que é preciso um período de adaptação. Visita-se o abrigo para passar tempo com a criança, depois é um final de semana juntos, até que a leve definitivamente para casa.
Uma das decisões a ser tomada por quem adota crianças menores de quatro anos é contar ou não que a criança é adotada. Para a psicóloga, a resposta é simples: falar a verdade.
- Por que não contar? A gente não conta o que é feio? E a adoção é tão bonita! Adota só quem quer, enquanto muita gente engravida sem querer. Não se deve esconder essa história tão bonita. Na época em que decidi adotar, contei com a opinião dos meus outros filhos, que agora têm um ótimo relacionamento com a irmã.
Sobre as dificuldades diárias de ser mãe adotiva, Fabiana responde que são iguais as que tem com os outros filhos. Ela trabalha como coordenadora de um projeto (o Quintal da Casa de Ana) que funciona em Niterói para ajudar as pessoas interessadas em adoção.
- Não vejo diferença entre ser mãe biológica ou adotiva, pois toda mãe enfrenta o mesmo desafio: lidar com os valores da sociedade atual. É remar contra a maré, pois ensinamos uma coisa em casa e os filhos aprendem algo diferente na escola e na televisão.
R7
Manual para as mães nas redes sociais
”Ai, caramba! Minha mãe pediu para ser minha amiga no Facebook. Aceitei, né? Mas que medo de ela escrever no meu mural ‘oi, Fofuchinho’”. Ih! De fato, quem tem mãe como amiga nas redes sociais deve ficar um pouco #tenso!
Imagine se ela coloca aquela foto que você está vestido de índio com seis anos de idade? Ou vestido de coelhinho na Páscoa de 1982? Hum, nem pensar né?
Para isso, é fundamental que ela tenha um guia de como agir nas redes sociais. A operadora Claro lançou um “Manual para Mães nas redes sociais”. Criada pela Ogilvy & Mather, a série em vídeo dá dicas do que sua “velha” pode e não pode fazer no Twitter, no Facebook e no Orkut.
Se você não quer que sua mãe pague aquele mico (ou melhor, você não quer pagar um king kong com seus amigos) dá um toque para assistir aos vídeos. E não se esqueça de deixar um scrap com feliz dia das mães para ela amanhã, hein?! Vou desejar já para a minha, que ainda não está no Facebook (Ufa!). Só no Orkut e no Twitter..(#PAM!).
Sobe para dez o número de mortos em confronto entre muçulmanos e cristão no Egito
CAIRO - O número de mortos de um confronto armado entre cristãos e muçulmanos, que começou na noite de sábado, no bairro de Imbaba, subúrbio do Cairo, aumentou para dez. Segundo a mídia estatal, outras 186 pessoas ficaram feridas. O primeiro-ministro do país convocou uma reunião de emergência para discutir a violência. O conflito começou quando cerca de 500 islamitas conservadores, conhecidos como salafis, atacaram a igreja de Mar Mina exigindo que cristãos libertassem uma mulher convertida ao Islã para se casar com um jovem.
Houve um tiroteio, e os dois lados jogaram coquetéis molotov e pedras. Soldados e policiais correram para a igreja, dispararam para o ar e usaram bombas de gás lacrimogêneo para dissipar o tumulto, disseram testemunhas.
Uma testemunha informou à agência de notícias Reuters que outra igreja na mesma área estava em chamas e havia sido seriamente danificada.
O Exército do Egito, que interinamente governa o país após a queda do ditador Hosni Mubarak, disse, neste domingo, que vai submeter os 190 presos nos conflitos de sábado ao Supremo Tribunal Militar. O incidente oferece um novo teste para os governantes que comandam o país.
Os salafis têm ganhando mais terreno no Egito. Já os cristãos, a maioria coptas, representam 10% da população. Os confrontos entre eles têm se tornado cada vez mais comum, principalmente no sul do país.
O Globo