sábado, 18 de junho de 2011

ONG: nove entre cada dez mulheres na América Latina sofreram violência


Nove entre cada dez mulheres da América Latina sofreram algum tipo de violência física ou psicológica. A conclusão é da PLAN, uma organização não governamental que atua em 68 países em colaboração com a Organização das Nações Unidas (ONU). Para o hondurenho Daniel Molina, assessor da instituição, conceitos religiosos e ligação com o narcotráfico estão relacionados ao alto número de ocorrências.

De acordo com Molina, a violência contra a mulher tem muitas causas e se deve principalmente a raízes culturais que "legitimam e estabelecem um domínio predominante do homem sobre a mulher, que se perpetua através das gerações".

Na América Latina, "a religião desempenha papel fundamental na legitimação da maneira como os homens estabalecem o domínio, poder e violência contra as mulheres", analisa o especialista.

Ele afirma que conceitos como o de que Deus é homem e de que a mulher foi criada de uma costela de Adão ou textos religiosos que trazem a mulher como adúltera estabelecem conceitos "machistas de dominação e hegemonia do homem sobre a mulher".

Para Molina, o narcotráfico na América Latina, em especial na América Central - uma das regiões mais violentas do mundo, segundo a ONU -, favorece a violência.

"O narcotráfico contribui para o aumento do número de mortes entre as mulheres, que cada vez mais entram para este tipo de atividade, onde são usadas com fins comerciais", explica Molina.

Para reverter este quadro, ele recomenda modificações nos padrões educacionais culturais e religiosos, aplicados desde a infância, e trabalhar com homens já adultos "para que eles vejam que este modelo não é justo", ainda que eventuais mudanças demorem para acontecer.

"Não estamos dizendo que os homens devem ser iguais às mulheres, mas sim que os direitos devem ser garantidos de maneira igual", salienta Molina, que ministrou uma conferência no Panamá neste sábado sobre o assunto.

De acordo com a ONU, a violência contra a mulher é a principal causa de morte no mundo na faixa etária entre 15 e 45 anos, superando a soma de doenças como o câncer e malária, acidentes de trânsito e guerras.

AFP

Jornal do Brasil

Game inédito ensina crianças e adolescentes a navegar com segurança na Internet


Jogo eletrônico educativo é lançado durante comemoração de três anos da Parceira para a Proteção da Criança e Adolescente no Brasil


A Parceria para a Proteção da Criança e Adolescente (CPP - Brasil), o Instituto Internacional para os Direitos e Desenvolvimento da Criança e do Adolescente (IICRD), o Instituto Paramitas e a Plan Brasil lançaram um jogo eletrônico educativo destinado a crianças entre 7 e 12 anos de idade. O game, chamado “Galáxia Internet”, buscar sensibilizar o público infantojuvenil sobre os riscos do universo online e orientá-lo sobre formas de navegação segura. O game foi apresentado aos jornalistas durante o evento comemorativo dos três anos da CPP no Brasil, realizado nesta quinta em São Paulo.

A proposta de desenvolver esse jogo surgiu de crianças e adolescentes, quando consultados pela CPP sobre a melhor forma de conscientizar o público infantojuvenil sobre o uso seguro das Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs). Adolescentes participantes de projetos desenvolvidos em parceria com a CPP também foram envolvidos em pilotagens do jogo durante sua elaboração. Em um ambiente 2D, por meio de 16 atividades, os jogadores terão contato com temas como utilização de redes sociais e comunicadores instantâneos, cyber bullying, vírus, dicas de navegação em lan houses, divulgação de fotos, chats, envio e recebimento de emails e sistemas de busca na Internet.

O jogo, que está em fase final de testes, estará disponível online e sua utilização será gratuita. O game também será distribuído em DVD diretamente a educadores por meio de parcerias como a que a CPP tem negociado com o Ministério da Educação. Também estão sendo desenvolvidos materiais educativos que poderão ser utilizados por educadores, pais, professores, proprietários de lan houses, monitores de centros de inclusão digital e demais profissionais que trabalham com crianças e adolescentes.

“A produção do game faz parte da estratégia de atuação da CPP, que busca envolver crianças e adolescentes, enquanto grandes conhecedores das TICs, na construção de soluções de prevenção e proteção. Desse modo, eles são estimulados a ter participação ativa em sua proteção, tanto virtual quanto real”, avalia Suzanne Williams, diretora da CPP Internacional, vice-diretora e diretora jurídica do IICRD. A CPP tem como objetivo contribuir para o fortalecimento de sistemas de proteção já existentes e para a elaboração de novas políticas públicas de proteção de crianças e adolescentes, por meio de atividades como a capacitação de agentes de aplicação da lei. Esse trabalho é desenvolvido em conjunto com poder público, polícias, proprietários de lan houses e organizações não-governamentais.

“Os parceiros da CPP identificaram que, apesar dos excelentes materiais já disponíveis de orientação para navegação segura, há escassez de produtos voltados especificamente para crianças, que integrem suas perspectivas e utilizem a linguagem adequada para cada idade. Esta foi a razão pela qual fomos consultar as crianças, pois ninguém melhor que elas mesmas para nos ajudar a identificar qual o meio mais lúdico e eficaz de educar a respeito da tecnologia. A resposta das crianças foi clara: usar a própria tecnologia!”, diz Maria Emilia Accioli Nobre Bretan, gestora da CPP no Brasil.

A CPP é uma colaboração multissetorial que reúne mais de 60 parceiros no Brasil, Tailândia e Canadá para a proteção de crianças e adolescentes contra a violência sexual facilitada pelas TICs. O projeto, que teve início em 2008 com o financiamento da Agência Canadense de Desenvolvimento Internacional (CIDA), é liderado por um grupo global de referência composto pelo UNICEF, Microsoft, Plan International, CIDA, Real Polícia Montada do Canadá e IICRD (Instituto Internacional para os Direitos e Desenvolvimento da Criança e do Adolescente), organização não governamental canadense implementadora da CPP.

No Brasil, entre os mais de 30 parceiros da CPP estão Polícia Federal, Polícia Militar do Estado de São Paulo, SaferNet Brasil, Childhood Brasil, Plan Brasil, Instituto Paramitas, Associação Obra do Berço, Secretaria de Inclusão Social de Santo André, Projeto JEDA, NECA, Fundação Telefônica, Idort, além de outros órgãos governamentais, organizações não-governamentais, empresas, agências de aplicação da lei, em nível municipal, estadual e nacional. Há três anos no país, a CPP trabalha com parceiros locais em 14 comunidades piloto (no Maranhão, em São Paulo e Santo André), envolvendo diretamente mais de 270 crianças e adolescentes brasileiros na implementação-piloto da metodologia participativa denominada Círculo dos Direitos.

Comitiva Canadense

Além do evento de comemoração dos três anos de atividade da CPP e o lançamento do game, a CPP organizou a visita de uma comitiva do Canadá ao Brasil, com o objetivo de compartilhar experiências no combate à violência sexual infantojuvenil facilitada pelo uso das TICs entre os dois países. Em eventos e reuniões da comitiva com representantes brasileiros em São Paulo e em Brasília dos dias 9 a 14 de junho, foi anunciada a criação do Centro Nacional de Proteção Online à Criança e ao Adolescente (Cenapol), centro integrado de prevenção, investigação e dados sobre os casos de abuso e exploração no Brasil por meio da Internet. O modelo canadense é referência internacional e serviu como parâmetro para a concepção do centro brasileiro liderado pela Polícia Federal.


prómenino

Pediatra e falso médico vão responder por morte da menina Joanna em júri popular


Mãe da criança acredita que ambos serão condenados pelo crime

A Justiça do Rio de Janeiro decidiu que a médica pediatra Sarita Fernandes e o estudante de medicina Alex Sandro da Cunha vão a júri popular. A informação foi confirmada pelo defensor público do caso, Antônio Carlos de Oliveira. Sarita e Cunha são acusados de envolvimento na morte da menina Joanna Marcenal Marins, de cinco anos.

A mãe da menina Joanna, a médica Cristiane Marcenal, diz acreditar que os dois sejam condenados pela Justiça.

- Eu fiquei sabendo da decisão da Justiça durante a madrugada, tenho certeza que eles serão presos e condenados. Estou dizendo isso como médica, por que o que os dois fizeram é crime. Agora a minha preocupação é com o pai e com a madrasta da Joanna.

Para o promotor a decisão da Justiça é positiva, pois mostra que foi aceita integralmente a acusação contra a pediatra e o falso médico.

- O júri popular só julga os crimes dolosos contra a vida. Os jurados vão decidir tanto o crime de homicídio e os crimes chamados conexos. A decisão está aceitando na integra a acusação que foi feita contra eles.

O defensor explica ainda que no processo contra o pai da criança, André Marins, e a madrasta, Vanessa Maia, a promotoria entendeu que não havia prova do envolvimento direto na morte da menina.

- A promotora do caso entendeu que não havia provas de crime doloso contra a vida, e sim que havia prova de tortura seguida de morte.

A defensoria recorre da decisão da promotoria, que reduziria a pena em caso de condenação.

- Ele [pai] foi negligente, ele assumiu o risco de causar a morte da menina. Nós discordamos dessa decisão e vamos recorrer.

Relembre o caso
A menina Joanna, que teria sido vítima de maus-tratos, morreu no CTI do hospital Amiu, em Botafogo, na zona sul do Rio, em agosto de 2010. Ela foi internada na unidade depois de passar por dois hospitais em Jacarepaguá e na Barra da Tijuca, zona oeste da cidade. Além de ter tido várias convulsões, ela apresentava hematomas nas pernas e marcas nas nádegas e no tórax, que aparentavam queimaduras.

A mãe da criança, a médica Cristiane, acusa o pai da menina, que tinha a guarda dela na época, de maus-tratos. Marins nega e atribui os ferimentos a sucessivas crises de convulsão.

Durante as investigações da Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima, foi descoberto que, além dos maus-tratos, a criança tinha sido atendida por um falso médico no hospital Rio Mar, na Barra da Tijuca. Ela ficou 28 dias internada no hospital Amiu.

R7

Marcha da Liberdade reúne 2.000 manifestantes em São Paulo


A Marcha da Liberdade que ocorre na avenida Paulista, na região central de São Paulo, já reúne cerca de 2.000 manifestantes no início da noite deste sábado.

Segundo os organizadores, a marcha é um movimento pela liberdade de organização e expressão e contra a repressão e a violência policial.

A marcha também é usada para comemorar a decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) que autorizou nesta semana manifestações favoráveis à maconha.

Com a decisão, o STF liberou a realização da Marcha da Maconha, que será realizada em São Paulo no dia 2 de julho.
Outros ativistas também integram a marcha deste sábado, como os que são contra o uso indiscriminado de armas não letais, os favoráveis aos direitos de gays, ao passe livre para estudantes e até solidários aos bombeiros presos no Rio.

Também engrossam a marcha grupos de ciclistas, que já fizeram protesto na segunda-feira (13) após a morte do empresário Antonio Bertolucci, atropelado por um ônibus.

Os manifestantes se reuniram no vão livre do Masp (Museu de Arte de São Paulo) e começaram a marcha no sentido rua da Consolação, retornaram à Paulista e seguem até a região do Paraíso.

Por volta das 18h, eles ocupavam três faixas da Paulista na altura da avenida Brigadeiro Luís Antonio. De acordo com a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), no horário havia 1,9 km de lentidão na Paulista, no sentido Paraíso.

A Polícia Militar emprega 160 policiais na segurança da manifestação, sendo 30 em motocicletas. A estimativa de 2.000 pessoas foi feita com base em observações em solo, mas também serão analisadas imagens aéreas para confirmar o número.


Folha OnLine

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Caixa d’água rompe teto de escola, e alunos ficam sem aula no ES


Vídeo mostra momento em que água inunda escola estadual de Serra.
'Água contaminada caiu na gente', diz estudante que enviou imagens ao G1.


O rompimento de uma caixa d’água interrompeu as aulas e causou pânico nesta sexta-feira (17) na Escola Estadual Clóvis Borges Miguel, no município de Serra, no Espírito Santo.

“Achamos que o prédio ia cair mesmo, todo mundo gritando, os professores. E um monte de água. Lavou todas as salas. A água da chuva toda contaminada caiu na gente”, afirmou o estudante Tallyson Simões Moreira, 17 anos, que enviou as imagens do momento do incidente ao G1.

No vídeo, alunos correm após o rompimento de parte do teto, enquanto a água inunda mais de um andar da escola. No térreo, funcionários tentam retirar a água. “Está tendo uma obra que está prejudicando a gente", diz Tallyson, que estuda no colégio há dois anos. Segundo ele, este não é o primeiro incidente desde que foi iniciada a reforma da escola, onde estudam cerca de 1,3 mil alunos.

"Teve o dia que caiu a telha em cima do pedreiro, ele se feriu. No outro, o pedaço de pau entrou na sala e quebrou o vidro. Toda vez que chove, alaga a escola, estraga material. Não queimou o ar-condicionado, mas o risco é de dar um curto”, diz ele. "Está correndo muito perigo de o teto cair em cima da gente", afirma.

Ainda conforme o estudante, a reclamação dele e dos colegas de ensino fundamental e médio não é contra a escola, que tem boas condições, mas, sim, contra a obra durante o período de aulas. “Tem o prédio antigo e o novo. O que nos disseram é que iam primeiro arrumar o novo, para irmos para lá, e aí sim começariam a reforma do antigo. Aqui tem risco de cair, porque o telhado é pesado. Durante a aula, tem muito barulho, atrapalha”, diz Tallyson.

A Secretaria de Educação do estado informou que as aulas devem ser retomadas na segunda-feira (20). O Instituto de Obras Públicas do estado do Espírito Santo, responsável pelas obras, informou que a reforma e ampliação da escola foram iniciadas em abril do ano passado, mas que ambas devem ser finalizadas em um prazo aproximado de dez dias. Por isso, a escola foi liberada para o retorno dos alunos.

O instituto informou ainda que técnicos foram até o local e que a empresa responsável pelas obras será multada. A administração estuda a rescisão do contrato, afirmando que a empresa é reincidente, já que, em fevereiro deste ano, descumpriu um procedimento obrigatório de segurança. Ainda conforme o instituto, uma interrupção das aulas está descartada, porque prejudicaria o calendário letivo.


G1

Crianças vítimas de maus tratos são recolhidas no RS


Pai dos menores deverá ser ouvidos na delegacia nesta sexta-feira (17)
A Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente de Santa Maria, município a 290 km de Porto Alegre (RS), deverá ouvir, nesta sexta-feira (17), os pais de duas crianças encontradas próximo ao Beco do Cadena com diversos ferimentos pelo corpo. A menina de três anos e o menino de um ano e meio estavam com as mãos e os pés machucados. As informações são do Correio do Povo.

Eles foram levados por populares para o Centro Materno da Prefeitura, onde receberam atendimento. De lá, os irmãos serão encaminhados ao Lar de Miriam, que cuida de crianças abandonadas, segundo um conselheiro tutelar. Vizinhos confirmaram à Polícia Civil que as crianças eram vítimas de maus tratos.


R7

Eu sou um anjo e protejo




A campanha

O objetivo desta campanha é conscientizar as pessoas da responsabilidade que temos com nossas crianças e adolescentes. Existe uma parte que só você pode fazer, existem crianças e adolescentes que estão ao seu redor e embora não sejam seus parentes, você deve protegê-los para que seus filhos tenham um bom ambiente social no futuro. A sociedade tem transferido a responsabilidade para as instituições e governos, porém a sociedade e as instituições somos nós, as pessoas, por isso eu convido você a ser um anjo e proteger. Esta campanha vem se somar as muitas outras com objetivo de defender o futuro do Brasil com uma visão mais positiva. Não estamos atrás de culpados, não queremos fazer ciladas para prender bandidos, queremos simplesmente a felicidade de nossas crianças e adolescentes. Eu sou um anjo e protejo. Tu és um anjo e proteges. Ele é um anjo e protege. Nós somos anjos e protegemos. Eles são anjos e protegem. Faça a oração de compromisso diariamente. Assuma esta responsabilidade e ajude-nos, divulgue esta campanha, proteja as crianças e adolescentes de todos os perigos, drogas e violência. Diga bem alto: Eu sou um anjo e protejo. É o inicio de um futuro bem melhor.

Antônio Sérgio Lopes Macedo

Blog Eu sou um anjo e protejo

Justiça do Rio declara a morte presumida de engenheira desaparecida na Barra


RIO - Após três anos, a Justiça do Rio declarou a morte presumida da engenheira Patrícia Amieiro Branco de Franco, desaparecida desde o dia 14 de junho de 2008 . O pedido foi feito pelo pai da vítima, Antônio Celso de Franco e recebido pela juíza Flávia de Almeida Viveiros de Castro, da 6ª Vara Cível da Barra da Tijuca. Para a magistrada, as declarações juntadas aos autos não deixam resquício de dúvida de que Patrícia possuía vínculos muito estreitos com seus familiares e amigos, além da foto do carro dela e o local onde foi encontrado não deixarem dúvida de que a jovem não poderia ter saído viva do veículo, já que na denúncia do Ministério Público consta existirem marcas de penetração de bala no mesmo.

"Por todo o exposto, a única dúvida que permanece com relação a esta tragédia é saber onde se encontra o corpo de Patrícia, visto que o óbito é indiscutível. Caberá a justiça criminal, sendo tal possível, localizar o corpo de delito", disse a juíza na sentença.

Segundo a denúncia do MP, no processo criminal que corre no 1ª Tribunal do Júri da Capital, (nº 2008.001.172235-0), Patrícia Amieiro Branco de Franco tinha 24 anos de idade quando, ao retornar para casa na madrugada do dia 14 de junho de 2008, teve seu carro atingido por projéteis de arma de fogo, perdendo o controle do veículo, que mergulhou no canal à entrada da Barra da Tijuca. Seu corpo ainda não foi encontrado.

Os policiais militares Marcos Paulo Nogueira Maranhão, Willian Luis do Nascimento, Fábio da Silveira Santana e Márcio Oliveira dos Santos são acusados da morte e ocultação do corpo da jovem.

Familiares e amigos da engenheira Patrícia Amieiro Franco estão preparando um ato no sábado, às 12h, no local do acidente, na chegada à Barra da Tijuca, para lembrar os três anos do desaparecimento da jovem. Um painel com uma foto da moça e um pedido de Justiça será colocado junto à placa "Sorria, você está na Barra". Estarão presentes na manifestação outras vítimas de violência no Rio, como Tania Lopes (irmã de Tim Lopes) e Carlos Santiago (Gabriela sou da Paz).

O pai de Patrícia, o analista de sistemas Celso Franco, enviou esta semana um e-mail ao governado Sergio Cabral pedindo ajuda para encontrar o corpo da filha.


- Na época, ele prometeu empenho em ajudar a encontrar o corpo de nossa filha, por isso mandamos o e-mail e esperamos que eles nos responda em breve - disse Celso, que reclama da lentidão da Justiça em concluir o processo - Ainda faltam ouvir duas testemunhas e isso não tem prazo para acontecer. É tudo muito lento - protestou Celso.

Patrícia Amieiro, na época com 26 anos, sumiu quando voltava para casa, na Barra, depois de deixar uma festa no Morro da Urca, na Zona Sul, no dia 14 de junho de 2008.

O carro dirigido pela jovem foi encontrado no Canal de Marapendi, na saída do Túnel Zuzu Angel, mas seu corpo nunca foi encontrado.

Os quatro policiais militares - Willian Luis do Nascimento, Marcos Paulo Nogueira Maranhão, Fábio da Silveira Santana e Márcio Oliveira dos Santos -, suspeitos de participarem do desaparecimento da engenheira, ainda estão sendo julgados. Eles foram inocentados no inquérito policial, mas ainda faltam duas testemunhas de defesa serem ouvidas pela Justiça comum para ser decidido se os PMs vão ou não a júri popular.


O Globo

Valor do Brasil

O QUE UMA ESCRITORA HOLANDESA FALOU DO BRASIL

LEIA COM BASTANTE ATENÇÃO
Os brasileiros acham que o mundo todo presta, menos o Brasil, realmente parece que é um vício falar mal do Brasil. Todo lugar tem seus pontos positivos e negativos, mas no exterior eles maximizam os positivos, enquanto no Brasil se maximizam os negativos. Aqui na Holanda, os resultados das eleições demoram horrores porque não há nada automatizado.
Só existe uma companhia telefônica e pasmem!: Se você ligar reclamando do serviço, corre o risco de ter seu telefone temporariamente desconectado.

Nos Estados Unidos e na Europa, ninguém tem o hábito de enrolar o sanduíche em um guardanapo - ou de lavar as mãos antes de comer. Nas padarias, feiras e açougues europeus, os atendentes recebem o dinheiro e com mesma mão suja entregam o pão ou a carne.

Em Londres, existe um lugar famosíssimo que vende batatas fritas enroladas em folhas de jornal - e tem fila na porta.

Na Europa, não-fumante é minoria. Se pedir mesa de não-fumante, o garçom ri na sua cara, porque não existe. Fumam até em elevador.

Em Paris, os garçons são conhecidos por seu mau humor e grosseria e qualquer garçom de botequim no Brasil podia ir pra lá dar aulas de 'Como conquistar o Cliente'.

Você sabe como as grandes potências fazem para destruir um povo? Impõem suas crenças e cultura. Se você parar para observar, em todo filme dos EUA a bandeira nacional aparece, e geralmente na hora em que estamos emotivos.

Vocês têm uma língua que, apesar de não se parecer quase nada com a língua portuguesa, é chamada de língua portuguesa, enquanto que as empresas de software a chamam de português brasileiro, porque não conseguem se comunicar com os seus usuários brasileiros através da língua Portuguesa.

Os brasileiros são vitimas de vários crimes contra a pátria, crenças, cultura, língua, etc... Os brasileiros mais esclarecidos sabem que temos muitas razões para resgatar suas raízes culturais.

Os dados são da Antropos Consulting:

1. O Brasil é o país que tem tido maior sucesso no combate à AIDS e de outras doenças sexualmente transmissíveis, e vem sendo exemplo mundial.

2. O Brasil é o único país do hemisfério sul que está participando do Projeto Genoma.

3. Numa pesquisa envolvendo 50 cidades de diversos países, a cidade do Rio de Janeiro foi considerada a mais solidária.

4. Nas eleições de 2000, o sistema do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) estava informatizado em todas as regiões do Brasil, com resultados em menos de 24 horas depois do início das apurações. O modelo chamou a atenção de uma das maiores potências mundiais: os Estados Unidos, onde a apuração dos votos teve que ser refeita várias vezes, atrasando o resultado e colocando em xeque a credibilidade do processo.

5.. Mesmo sendo um país em desenvolvimento, os internautas brasileiros representam uma fatia de 40% do mercado na América Latina.

6. No Brasil, há 14 fábricas de veículos instaladas e outras 4 se instalando, enquanto alguns países vizinhos não possuem nenhuma.

7. Das crianças e adolescentes entre 7 a 14 anos, 97,3% estão estudando.

8. O mercado de telefones celulares do Brasil é o segundo do mundo, com 650 mil novas habilitações a cada mês.

Na telefonia fixa, o país ocupa a quinta posição em número de linhas instaladas.

10. Das empresas brasileiras, 6.890 possuem certificado de qualidade ISO- 9000, maior número entre os países em desenvolvimento. No México, são apenas 300 empresas e 265 na Argentina.

11. O Brasil é 1º maior mercado de jatos e helicópteros executivos do mundo.

Por que vocês têm esse vício de só falar mal do Brasil?

1. Por que não se orgulham em dizer que o mercado editorial de livros é maior do que o da Itália, com mais de 50 mil títulos novos a cada ano?

2. Que têm o mais moderno sistema bancário do planeta?

3. Que suas agências de publicidade ganham os melhores e maiores prêmios mundiais?

4. Por que não falam que são o país mais empreendedor do mundo e que mais de 70% dos brasileiros, pobres e ricos, dedicam considerável parte de seu tempo em trabalhos voluntários?

5. Por que não dizem que são hoje a terceira maior democracia do mundo?

6. Que apesar de todas as mazelas, o Congresso está punindo seus próprios membros, o que raramente ocorre em outros países ditos civilizados?

7. Por que não se lembram que o povo brasileiro é um povo hospitaleiro, que se esforça para falar a língua dos turistas, gesticula e não mede esforços para atendê-los bem?

Por que não se orgulham de ser um povo que faz piada da própria desgraça e que enfrenta os desgostos sambando...

É! O Brasil é um país abençoado de fato.
Bendito este povo, que possui a magia de unir todas as raças, de todos os credos.

Bendito este povo, que sabe entender todos os sotaques.
Bendito este povo, que oferece todos os tipos de climas para contentar toda gente.
Bendita seja, querida pátria chamada
Brasil!!

Talvez não consigamos mudar o modo de pensar de cada brasileiro, mas ao ler estas palavras irá, pelo menos, por alguns momentos, refletir e se orgulhar de ser BRASILEIRO!!!

Informação recebida por e-mail da amiga Yeda Lins

Jovem é presa com fuzil escondido


A prisão foi em Guaíra; arma é exclusiva das Forças Armadas.
Ela contou aos policiais que foi contratada para levar a arma até Maringá (PR).


Uma mulher de 19 anos foi presa com um fuzil calibre 556 escondido dentro de um travesseiro, na noite de quinta-feira (16) em Guaíra, na região Oeste do Paraná. De acordo com as informações da Polícia Rodoviária Federal (PRF), a jovem estava em um táxi paraguaio e foi abordada durante uma fiscalização de rotina. A arma é de uso exclusivo das Forças Armadas.

Os policiais contaram que ela estava com o travesseiro no colo e que o fuzil estava desmontado. Ela disse que foi contratada para pegar a arma em Salto Del Guairá, no Paraguai, e levaria até Maringá, na região Norte. A jovem contou também aos policiais que mora no Rio de Janeiro com o namorado.

Ela foi encaminhada para a delegacia da Polícia Federal, em Guaíra.


G1

Cientistas descobrem uma das maiores explosões espaciais já registradas


Cientista acredita que uma estrela do tamanho do Sol tenha caído em um buraco negro um milhão de vezes maior

Washington - A colisão entre uma estrela e um enorme buraco negro provocou uma das maiores explosões espaciais jamais registradas, cujo brilho viajou por 3,8 milhões de anos luz até chegar à Terra, segundo estudo publicado nesta quinta-feira pela revista Science.

No momento da descoberta, os cientistas estudaram a origem de um feixe de raios gama observado a partir de um satélite da Nasa (agência espacial americana) e, inicialmente, pensaram que podia se tratar de uma explosão de raios gama, mas a persistência da luminosidade e o fato de ter se reativado três vezes em apenas 48 horas, levou os pesquisadores a buscar outra hipótese.

"Era algo totalmente diferente de qualquer explosão que tivéssemos visto antes", disse em comunicado Joshua Bloom, cientista da Universidade de Berkeley e um dos principais autores do estudo.

Bloom sugeriu que a causa poderia ser a queda de uma estrela do tamanho do Sol em um buraco negro um milhão de vezes maior, o que gerou "uma quantidade tremenda de energia ao longo de muito tempo", em um fenômeno "que ainda persiste dois meses e meio depois", acrescentou.

"Isso acontece porque o buraco negro rasga a estrela, sua massa gira em espiral e este processo libera muitíssima energia", explicou o cientista.

Cerca de 10% da massa dessa estrela se transformou em energia irradiada, como raios X e gama, que podiam ser vistos na Terra, uma vez que o feixe de luz apontava para a Via Láctea, segundo o estudo.

Ao repassar o histórico de explosões na Constelação de Draco, onde foi observado o fenômeno, os cientistas determinaram que o acontecimento foi "excepcional", já que não encontraram indícios de outras emissões de raios X ou gama.

O mais fascinante, segundo Bloom, é que o fenômeno começou em um buraco negro em repouso, que não estava atraindo matéria. "Isto poderia acontecer em nossa própria galáxia, onde há um buraco negro que vive em quietude e que fervilha ocasionalmente, quando absorve um pouco de gás", garantiu.

No entanto, Bloom ressaltou que seria uma surpresa ver outro fenômeno similar no céu "na próxima década".

A explosão é algo "nunca visto" até agora na longitude de onda dos raios gama, por isso o mais provável é que só aconteça "uma vez a cada 100 milhões de anos, em qualquer galáxia", calculou o cientista.

O estudo estima que as emissões de raios gama, que começaram entre os dias 24 e 25 de março em uma galáxia não identificada a cerca de 3,8 milhões de anos luz, vão se dissipar ao longo do ano.

"Acreditamos que o fenômeno foi detectado em seu momento de maior brilho, e se realmente for uma estrela destruída por um buraco negro, podemos dizer que nunca voltará a ocorrer nessa galáxia", concluiu Bloom.

Efe

Estadão

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Contra a enxaqueca, botox


Anvisa libera uso de aplicações para prevenir crises em portadores crônicos da doença

Rio - Pacientes que sofrem de enxaqueca crônica podem contar com uma nova aliada no tratamento da síndrome: a toxina botulínica. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o uso do botox — marca da farmacêutica Allergan para a toxina botulínica tipo A — como uma forma de prevenir crises. Até então, só EUA e Inglaterra haviam autorizado a aplicação do produto no tratamento.

A aprovação foi dada em abril e a substância já está sendo aplicada desde maio. Alguns pacientes já estão apresentando resultados muito favoráveis em relação à diminuição das crises”, afirma o presidente da Sociedade Brasileira de Cefaleia, Marcelo Ciciarelli.

A enxaqueca é causada por desequilíbrio bioquímico no organismo que leva à inflamação de vasos sanguíneos da cabeça. De acordo com Marcelo, ainda não se sabe como a toxina atua para evitar o mal.

“Imaginamos que o produto seja capaz de inibir as substâncias neurológicas que provocam a inflamação dos vasos cranianos, que causam a dor”, acredita o especialista. Além disso, é provável que os estímulos que causam a dor sejam diminuídos, já que o botox possibilita o relaxamento muscular.

“Efeitos colaterais são poucos e as vantagens, enormes. Pessoas que antes sofriam crises de dor por 15 dias seguidos, agora têm crise uma, duas vezes na semana”, comemora. “Como o efeito dura de 4 a 6 meses, a pessoa não precisa ficar tomando analgésicos. É cedo para dizer se é o melhor tratamento. Mas já sabemos que é uma boa alternativa”, diz.

O tratamento só está disponível na rede privada. As secretarias estadual e municipal de Saúde não têm planos de oferecê-lo na rede pública.


O DIA ONLINE

Ex-deputado Carli Filho vai a júri popular


CURITIBA e SÃO PAULO - O Tribunal de Justiça (TJ) do Paraná negou nesta quinta-feira, por unanimidade, recurso da defesa do ex-deputado Luiz Fernando Ribas Carli Filho, que contestava a sentença de duplo homicídio e dolo eventual, e manteve a decisão de levá-lo a júri popular. Carli Filho é acusado de causar o acidente que matou Gilmar Yared, 26, e Carlos Murilo de Almeida, 20, na noite de 7 de maio de 2009
Segundo a perícia, o carro dele estava a 160 km por hora, ele estava embriagado e sem carteira de habilitação, que havia sido cassada por excesso de velocidade.

A decisão da 1º Câmara Criminal do TJ paranaense mantém a acusação de duplo homicídio doloso eventual, mas a desqualifica, o que prevê pena menor - de 6 a 20 anos. Caso a qualificação fosse mantida, como queriam os promotores, a pena variaria de 12 a 30 anos. Carli Filho também não responderá por embriaguez ao volante, já que os desembargadores consideraram nulo o exame etílico a que ele foi submetido; mas será julgado pelo crime de dirigir sem a carteira de habilitação. O ex-deputado deve ser julgado ainda no segundo semestre deste ano.

De acordo com sentença de pronúncia, que leva o acusado a júri popular, houve parcial provimento ao recurso da defesa e os desembargadores decidiram excluir a qualificadora "uso de recurso que impossibilite a defesa da vítima" (Art. 121 do Código Penal, § 2º, inciso V) e o crime tipificado na lei 9.503 (Código de Trânsito Brasileiro), através do artigo 306, que diz "conduzir veículo automotor, na via pública, estando com concentração de álcool por litro de sangue igual ou superior a 6 (seis) decigramas, ou sob a influência de qualquer outra substância psicoativa que determine dependência". Segundo o TJ, o laudo do exame alcoólico feito no ex-deputado foi considerado nulo.

Votaram na sessão, que durou cerca de duas horas, os desembargadores Naor Rotoli de Macedo (relator), Jesus Sarrão e Jonny Campos Marques, durante sessão que durou cerca de duas horas.

O Globo

Onda de estupros coletivos causa preocupação e polêmica religiosa no Irã


Relatos recentes de estupros coletivos praticados por gangues no Irã estão causando preocupação entre as mulheres e levantando questionamentos sobre valores sociais no país, informa Mohammad Manzarpour, do serviço persa da BBC.

Em uma aldeia religiosa e conservadora perto da cidade de Isfahan, mulheres que participavam de uma festa privada foram sequestradas no ano passado e foram vítimas de estupros coletivos perpetrados por criminosos que as ameaçaram com facas.
Uma semana depois, uma estudante universitária foi atacada e violentada por desconhecidos em um campus fortemente protegido na cidade sagrada de Mashhad.

Em ambos os casos, autoridades acusaram as vítimas de não usarem véus ou hijabs e de comportamento “não islâmico”.

Os casos recentes ganharam repercussão, e os subsequentes comentários pejorativos feitos pelas autoridades despertaram indignação entre grupos de defesa das mulheres, que há tempos se queixam do crescente número de casos de assédio sexual no país.

À medida que os estupros dominam as manchetes dos jornais iranianos, um debate público e político começa a se formar, a respeito das possíveis razões para o aparente aumento no número de crimes sexuais. O Estado islâmico iraniano também debate a maneira de prevenie e punir esse tipo de crime.

Festa
Na noite de 24 de maio, duas famílias do subúrbio de Khomeinishahr convidaram amigos para uma festa. No total, 14 pessoas se reuniram no evento, realizado em um jardim cercado de muros.

Relatos da imprensa dão conta de que um grupo com mais de 12 homens armados com facas entraram no jardim, trancaram alguns homens dentro de um quarto e amarraram outros a árvores.

As mulheres – incluindo uma em estágio avançado de gravidez, segundo os relatos – foram levadas a uma propriedade adjacente e estupradas.

Um convidado usou um celular para chamar a polícia. A maioria dos agressores havia fugido quando os policiais chegaram, mas quatro foram presos posteriormente.

Na cidade de porte médio, a notícia do estupro se espalhou rapidamente. Mas o episódio não foi coberto pela imprensa estatal, altamente controlada pelo governo, e nenhum comentário oficial sobre o caso foi feito por mais de uma semana.

O silêncio despertou preocupação e ira entre a população, que organizou um amplo protesto diante da corte judicial local.

Foi quando os comentários oficiais aumentaram ainda mais a polêmica.

“As que foram estupradas não eram dignas de elogio”, disse o imã de Khomeinishahr, Musa Salemi, em seu sermão. “Elas vieram para nossa cidade para festejar e provocaram os demais (os estupradores) ao beber vinho e dançar.”

O comandante da polícia local, Hossein Yardoosti, fez crítica semelhante.
“Acho que a culpa é das famílias das mulheres violentadas, porque, se elas tivessem (usando) roupas apropriadas e se a música que ouviam não estivesse tão alta, os estupradores não teriam imaginado que (a festa) era um encontro depravado”, ele teria dito à imprensa.

Há relatos de que o comandante estaria cogitando abrir um processo legal contra as vítimas dos estupros, por conta de seu “comportamento”.

A resposta das autoridades também foi polêmica no caso de estupro ocorrido dentro da universidade de Mashhad.

Estudantes citaram o fato de que o campus é altamente protegido e que o estupro dificilmente teria passado despercebido da polícia que patrulha o local.

Em uma vigília em apoio à vítima, os alunos acusaram a polícia de acobertar o agressor.

‘Consequências nefastas’
Agora, grupos de defesa das mulheres estão chamando atenção para os episódios.

Em entrevista ao serviço persa da BBC, a ativista e advogada iraniana Shadi Sadr advertiu que os comentários das autoridades – que deram a entender que o estupro seria justificado pelo comportamento das vítimas – poderiam ter “consequências nefastas” para a sociedade.

Alguns comentaristas argumentam que a onda de crimes sexuais está relacionada à extraordinária tensão sexual latente entre a crescente população jovem do Irã, que passa a maior parte da sua vida separada por gêneros e com pouca interação social entre homens e mulheres.

A oposição cita outras causas possíveis: sugere que os supostos ataques sexuais perpetrados por forças de segurança iranianas durante a onda repressiva pós-eleitoral, em 2009, podem ter legitimado atos semelhantes em certos segmentos da população.

Em meio às discussões sobre o assunto, três homens foram enforcados – dois deles publicamente – no último dia 9, condenados por estupro, numa tentativa das autoridades de desestimular a prática de abusos.

Mas os principais suspeitos dos estupros cometidos em Khomeinishahr e Mashhad continuam à solta.



Portaria deve aumentar doação de sangue entre jovens, mas não muda situação de homossexuais


Ministério da Saúde divulgou ontem uma portaria ampliando a faixa etária de doadores e proibindo o critério da orientação sexual

Uma nova portaria divulgada ontem pelo Ministério da Saúde amplia a faixa etária para a doação de sangue e proíbe que a orientação sexual seja usada como critério de descarte do doador, no caso dele ser homossexual. Sobre a última questão, o texto diz que "não deverá haver, no processo de triagem e coleta de sangue, manifestação de preconceito e discriminação por orientação sexual e identidade de gênero...". Contudo, na prática, pouco deve mudar, pois, de acordo com uma restrição prevista na legislação de 2004, o homem que tenha tido relações sexuais com outro homem nos últimos 12 meses não está apto a doar sangue.

— Antes, havia uma pergunta no questionário de triagem sobre a orientação sexual da candidato. Se ele fosse homossexual, não poderia doar sangue. Agora esta pergunta não será mais critério, vai depender da atividade sexual, mas ainda não sabemos bem como vai ser — afirma a médica gerente do serviço de hemoterapia da Santa Casa, Mirna Barison.
Segundo o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, esta restrição continua valendo porque o risco de contágio pelo vírus HIV neste grupo é maior comparado ao dos heterossexuais. A limitação, segundo o Ministério, seria semelhante a feita aos heterossexuais que tiveram mais de um parceiro sexual nos últimos 12 meses.

Os grupos de defesa dos direitos dos homossexuais, no entanto, questionam a validade da portaria. A diretora do grupo Somos Claudia Penalvo acredita que a proibição não traz nenhum avanço em relação à atual situação.

— É significativo que o ministro da Saúde esteja preocupado com a questão, mas me parece contraditório. Na prática não vai mudar nada, pois ainda existe essa restrição e também porque, como não está claro, os profissionais da saúde vão se sentir inseguros e continuar agindo da mesma forma — defende.

Ampliação da faixa etária
Além da questão da orientação sexual, a portaria também ampliou a faixa etária para doação de sangue: entre os jovens, de 18 para 16 anos e, entre os idosos, de 65 para 68 anos. Segundo a hemoterapeuta Mirna, essa, sim, representa uma mudança considerável e importante para os bancos de sangue do país.

— Os adolescentes geralmente são pessoas de boa saúde e que não fazem uso de medicamentos. Vai ser ótimo para nós. Além disso, dessa forma, a cultura da doação vai começar cedo. Isso é importante em um país que está tão atrasado neste quesito — comemora.

Para a doação de sangue dos menores de 18 anos, será necessário a apresentação de uma autorização do responsável. A estimativa do Ministério da Saúde é que com a nova portaria, cerca de 14 milhões de brasileiros, que antes não o eram, agora tornam-se potenciais doadores.

BEM-ESTAR

Edmundo passa por exame no IML de SP e será transferido para o Rio


Ex-jogador foi localizado em um flat no Itaim Bibi, região nobre de SP.
Segundo delegado, ele não esboçou reação ao ser abordado.


O ex-jogador de futebol Edmundo, que foi localizado pela polícia em um flat no Itaim Bibi, região nobre de São Paulo, durante a madrugada desta quinta-feira (16), passou por exame de corpo de delito no Instituto Médico-Legal. Às 6h50, ele estava na Delegacia Seccional de Pinheiros, na Zona Oeste da capital, onde aguardava transferência para o Rio de Janeiro.

Durante a abordagem, ocorrida por volta das 2h, o ex-jogador tentou ligar para seu advogado, mas não conseguiu. Segundo o delegado Eduardo Castanheira, responsável pela detenção, o ex-jogador não esboçou reação ao ser abordado por policiais civis.

Edmundo era considerado foragido da Justiça. A Vara de Execuções Penais (VEP) do Tribunal de Justiça do Rio (TJ-RJ) expediu mandado de prisão contra Edmundo na noite desta terça (14).

O ex-jogador foi condenado em 1999 a quatro anos e seis meses de prisão por homicídio culposo, após o juiz rejeitar a alegação da defesa de prescrição do processo em que Edmundo responde por acidente de carro, em 1995.

“Recebemos denúncia anônima dando conta que ele estava em um flat na Rua Amauri. O recepcionista nos levou ao seu apartamento. Ele não esboçou nenhuma ação. Solicitei que ele tomasse banho e se arrumasse”, disse Castanheira.

A polícia do Rio informou que vai buscar ainda nesta quinta-feira o ex-jogador. O delegado titular da Polinter do Rio, Rafael Willis, disse que está se informando a respeito dos trâmites legais para a transferência. O delegado verifica, por exemplo, se Edmundo será trazido em um carro da Polícia Civil.

Rio
Doze agentes da Polinter percorreram quatro endereços diferentes registrados em nome do ex-jogador no Rio, mas ele não foi localizado na quarta-feira. O delegado titular da Polinter, Rafael Willis, chegou a dizer que as buscas tinham sido interrompidas temporariamente.

Em um dos endereços onde a polícia foi, estava a mulher de Edmundo que informou aos policiais que ele esteve no local pela manhã e saiu sem dizer para onde ia.

Segundo o TJ-RJ, a defesa do ex-jogador ainda pode recorrer da decisão. O advogado Arthur Lavigne informou na terça que ia entrar com pedido de habeas corpus. No entanto, nesta quarta, ele não foi encontrado para confirmar se já deu entrada no documento.


G1

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Adolescentes suspeitas de envenenar menino de 12 anos são apreendidas


Depois de uma semana de investigação, a 2ª Delegacia de Crimes Contra Crianças e Adolescentes e Atos Infracionais, em Jaboatão dos Guararapes, prendeu uma adolescente de 13 anos e outra de 14 por serem suspeitas de envenenar um menino de 12 anos, na terça-feira (7). As meninas receberam um mandato de busca e apreensão e foram encaminhadas para a Gerência de Proteção a Criança e ao Adolescente (GPCA), ontem à tarde, para prestar depoimento.

Em depoimento, as garotas afirmaram que a intenção não era matar e sim “dar um susto”, se vingar de uma colega de classe e que compraram veneno para rato para colocar em alimentos que seriam oferecidos à colega. As duas mostraram-se arrependidas e choravam bastante, mas confirmaram todo o crime.

Os alimentos e recipientes foram encaminhados para o Instituto Médico Legal (IML) e o laudo sobre o tipo de substância utilizada e a causa da morte do jovem sairá dentro de 30 dias. A dupla está na Unidade de Acolhimento Inicial até decisão judicial que prevê até três anos de internamento por homicídio qualificado.


Folha Digital

Rede de tráfico e prostituição de brasileiras é desbaratada nos EUA


A Justiça americana anunciou na terça-feira a prisão de cinco membros de uma suposta gangue que teria ajudado a traficar centenas de imigrantes ilegais – em sua maioria brasileiros – para os Estados Unidos.

Grande parte da “clientela” do grupo era composta por mulheres obrigadas a se prostituir nos Estados Unidos.

Nacip Teotonio Pires, de 47 anos, Rubens Da Silva, de 39, Sanderlei Alves Da Cruz, de 31, Francismar Da Conceição, de 36, e Claudinei Pereira Mota, de 34, foram presos entre sexta e terça-feira em operações policiais nas cidades de Newark, em Nova Jersey, Haverhill, em Massachusetts, e em Houston, no Texas.

Uma sexta suposta integrante da gangue, cujo nome foi identificado apenas como Priscilla L.N.U., foi indiciada com o grupo mas está foragida.

Prostituição
Segundo a Justiça federal do Estado de Nova Jersey, os seis cobrariam entre US$ 13 mil (R$ 20,6 mil) e US$ 25 mil (R$ 39,6 mil) para levar os imigrantes aos Estados Unidos, dependendo da rota de viagem e se a pessoa pagava adiantado ou em parcelas após chegar ao destino.

Muitas dessas pessoas eram mulheres jovens brasileiras obrigadas a trabalhar como dançarinas em clubes de stiptease ou como prostitutas para pagar as dívidas com a gangue.

De acordo com a acusação, a gangue obrigava os imigrantes a pagar ameaçando suas famílias no país de origem ou exigindo a transferência de títulos de propriedade de imóveis como garantia antes das viagens.

Eles teriam estabelecido duas rotas para o envio dos imigrantes ilegais a partir de São Paulo – uma via Cidade do México e outra pelo Caribe.

A investigação sobre o grupo inclui grampos autorizados nos celulares dos acusados, que interceptaram as negociações entre eles.

Segundo a Justiça americana, se os acusados forem considerados culpados, podem ser condenados a penas de até dez anos de prisão e multas de até US$ 250 mil.


BBC Brasil

Moradores afirmam que polícia ignora traficantes na cracolândia



Moradores da região conhecida como cracolândia, no centro de São Paulo, reclamam da atuação da Polícia Militar que, mesmo chamada, não prende ninguém nem coíbe de modo eficiente o tráfico e o consumo de drogas no local. A informação é de reportagem de Afonso Benites, publicada na edição desta terça-feira da Folha.
Na noite de sexta e na madrugada de sábado, a Folha esteve nos apartamentos de três moradores e entrevistou 12 pessoas no local.

"Aqui é um território livre para o uso de drogas. Cansamos de ser ignorados pela PM", afirmou uma moradora.

Nos últimos 20 dias, de acordo com os moradores, três carros foram arrombados na região. Houve ainda duas lojas invadidas e quatro pessoas assaltadas.

Entre os frequentadores da cracolândia há até mesmo homens com cerca de 60 anos vestindo terno e gravata, que compram e consomem droga no local.

OUTRO LADO
A PM informa que a região é considerada uma área de interesse de segurança pública e "recebe cuidados especiais" da corporação e de outros órgãos públicos.


Folha OnLine

Polícia confirma que ex-jogador Edmundo está foragido



RIO - O ex-jogador Edmundo é considerado foragido pela polícia. Agentes da Polinter realizaram nesta quarta-feira uma ação para cumprir um mandado de prisão expedido pela Justiça contra Edmundo . De acordo com a assessoria de imprensa da Polícia Civil, os agentes passaram em cinco endereços e, no último, encontraram apenas a esposa e a secretária do ex-jogador, que foram informadas sobre a situação.

O advogado de Edmundo, Arthur Lavigne, foi procurado pelo GLOBO, mas até o momento não foi encontrado. Na terça-feira, a Justiça expediu um mandado de prisão para o ex-jogador, condenado em março de 1999 por um acidente de carro que terminou com três mortos e três feridos na Lagoa. O acidente aconteceu em dezembro de 1995. O juiz Carlos Eduardo Carvalho de Figueiredo, da Vara de Execuções Penais do Rio, rejeitou a alegação de prescrição do crime. Segundo o juiz Carlos Eduardo de Figueiredo, ainda não ocorreu o lapso temporal exigido pela lei.

O ex-jogador de futebol e comentarista esportivo foi condenado em 1999 a quatro anos e seis meses de prisão, em regime semi-aberto por homicídio culposo e lesão corporal culposa. A sentença que condenou o ex-jogador foi proferida pela 17ª Vara Criminal da Capital. Ele recorreu, mas a 6ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio manteve a decisão no dia 5 de outubro de 1999. Em 2007, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu manter a decisão que negou a suspensão condicional do processo do ex- jogador.

Edmundo foi condenado pelas mortes de Joana Maria Martins Couto, que estava no carro do jogador no momento do acidente, e de Alessandra Cristini Pericier Perrota e Carlos Frederico Brites Tinoco Pontes, que estavam no outro veículo envolvido no acidente. O jogador também foi condenado pelas lesões corporais provocadas em Roberta Rodrigues de Barros, Débora Ferreira da Silva e Natasha Marinho Ketzer.


O Globo

Paquistão detém 5 informantes da CIA no caso Bin Laden


Relação entre o país e os EUA vêm se degradando desde a morte do terrorista

O Governo do Paquistão deteve vários informantes locais que colaboraram com a Agência Central de Inteligência dos Estados Unidos (CIA, na sigla em inglês) para chegar ao paradeiro do líder da Al Qaeda, Osama bin Laden, segundo o jornal The New York Times.

No total, foram detidos cinco colaboradores que ajudaram a CIA a obter as informações necessárias para localizar o agora ex-inimigo número um dos EUA. Entre os detidos se encontra um oficial do Exército nacional que tomou nota das placas de alguns dos veículos que entravam no complexo no qual residia Bin Laden na cidade paquistanesa de Abbottabad.

As detenções representam um novo golpe às relações entre o país asiático e os EUA, que foram degradando progressivamente desde a operação que a CIA desdobrou em 2 de maio para abater o líder da organização terrorista.

Nas semanas posteriores à operação, Washington tentou reparar as deterioradas relações, o que levou a secretária de Estado americana, Hillary Clinton, a viajar no fim de maio a Islamabad para se reunir com os principais líderes do Paquistão.

Hillary viajou acompanhada pelo chefe do Estado-Maior americano, Mike Mullen, e dias antes tinham se deslocado ao Paquistão o senador John Kerry e delegações oficiais lideradas pelo enviado dos EUA a Afeganistão e Paquistão, Mark Grossman, e pelo "número dois" da CIA, Michael Morrell. No entanto, as relações entre os dois países não parecem ter melhorado.

Os EUA afirmaram publicamente que se reservam o direito de pôr em prática novas ações unilaterais contra os insurgentes no Paquistão, enquanto Islamadad se queixa que estas ações representam uma violação de soberania.

Em represália pela operação americana contra Bin Laden em solo paquistanês, o Governo de Islamabad pediu a retirada de 200 militares americanos que trabalhavam como assessores no Paquistão.

Segundo informou nesta terça-feira (14) o The New York Times, por enquanto se desconhece o estado e o paradeiro dos informantes da CIA que foram detidos no Paquistão. Também não se informou sua identidade nem quando as detenções foram realizadas.


R7

Expedido mandado de prisão contra ex-jogador de futebol Edmundo


Em 1995, Edmundo se envolveu num acidente automobilístico em que três pessoas morreram. Ele foi condenado a quatro anos e meio de prisão, em regime semiaberto, por homicídio culposo, mas não cumpriu a pena.

Foi expedido na noite desta terça-feira (14) um mandado de prisão contra o ex-jogador de futebol Edmundo. Em 1995, Edmundo se envolveu num acidente automobilístico em que três pessoas morreram.

Ele foi condenado a quatro anos e meio de prisão, em regime semiaberto, por homicídio culposo, mas não cumpriu a pena.

Segundo o juiz Carlos Eduardo Figueiredo, da Vara de Execuções Penais do Rio de Janeiro, o caso não foi prescrito e a sentença deve ser executada imediatamente. Edmundo ainda pode recorrer. O advogado do ex-jogador Edmundo Alves de Souza Neto, Arthur Lavigne, disse que vai entrar amanhã (15) com pedido de habeas corpus no Tribunal de Justiça.


Jornal da Globo

terça-feira, 14 de junho de 2011

Menores vendem produtos nas ruas para ajudar nas despesas de casa


Brasília - Marina*, 11 anos, vende doces próximo à Estação Rodoviária de Brasília. Ela nunca estudou e ajuda a manter as despesas de casa com o que vende. Arredia, Marina não quis conversar sobre sua vida.
Marcos, 17 anos, faz panfletagem em um centro comercial da capital. Ele já frequentou a escola e começou a trabalhar para ajudar a tia, com quem vive, e que revende produtos de beleza. Morador de Samambaia, cidade-satélite de Brasília, diz que a renda da panfletagem ajuda nas despesas de casa e em suas despesas pessoais, como roupas e calçados.

Paulo, 14 anos, vendia blusas em Capão da Canoa (RS) para ajudar os pais com as despesas de casa. Ele e mais uma irmã saíam pelas ruas da cidade para fazer esse trabalho. Ele contou que durante o tempo em que ficou vendendo as blusas não ia para a escola e “até que sentia falta” dos estudos.
“Na escola posso aprender a ler, escrever, aprendo a respeitar os outros. Posso ser alguém na vida”, disse o menino. Paulo acrescentou que não sente falta do trabalho que fazia e que hoje tem mais amigos por causa da escola.

Fábio, 13 anos, colega de Paulo, trabalhava num quiosque em uma das praias de Capão da Canoa. Ele vendia bebidas e cigarro. Ele também ajudava nos afazeres domésticos e cuidava dos irmãos enquanto os pais não estavam em casa. Assim como Paulo, ele trabalhava para ajudar nas despesas de casa.
Hoje, os dois meninos fazem parte de um programa do estado, em parceria com o governo federal, que retira crianças do trabalho infantil e garante o acesso delas à escola. O programa também dá suporte aos pais para manter os filhos longe do trabalho.

Eles fizeram parte das estatísticas de crianças inseridas no trabalho infantil. Hoje, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), há 4,3 milhões de crianças e jovens de 5 a 17
anos trabalhando. A Região Nordeste concentra o maior percentual – 11,7%, seguida pela Região Sul, com 11,6%, pelo Centro-Oeste, com 10,2%, o Norte, com 9,6%, e o Sudeste, com 7,6%.

Segundo dados da Organização Internacional do Trabalho (OIT), há em todo o mundo mais de 200 milhões de crianças a adolescentes no trabalho infantil.

*Os nomes dos menores são fictícios

Fonte: Agência Brasil


prómenino

Decretada prisão preventiva de jovem que confessou matar ex em motel


Verônica Verone está presa em Bangu 7 e pode pegar 30 anos de prisão.
Segundo inquérito policial, crime ocorrido em 14 de maio foi premeditado.


O juiz Luiz Alfredo Carvalho Junior, da 3ª Vara Criminal de Niterói, recebeu nesta terça-feira (14), a denúncia oferecida pelo Ministério Público estadual e decretou a prisão preventiva de Verônica Verone de Paiva, de 18 anos, acusada de matar o empresário Fábio Gabriel Rodrigues Barbosa em um motel em Niterói, na Região Metropolitana do Rio. “Constata-se, do exame das peças técnicas juntadas e dos depoimentos colhidos, não haver dúvida quanto à existência do crime e indícios suficientes quanto à autoria por parte da acusada, que não nega ter praticado o fato”, afirmou o juiz na decisão.

De acordo com a assessoria do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ), o magistrado afirmou ainda que a periculosidade da jovem ficou evidenciada pelas circunstâncias em que o fato foi praticado, "periculosidade esta, correspondente a um desajustamento social de suma gravidade". Segundo o juiz, "há notícias de que a acusada teria premeditado o delito, além de ter envolvimento com pessoas ligadas ao tráfico de drogas".

Ainda segundo o magistrado, “a necessidade da tutela cautelar se faz sentir não só com o intuito de impedir a reiteração de atos criminosos, mas, sobretudo, para acautelar o meio social da ação delituosa em questão, tratando-se de fato de grande repercussão na Comarca, de forma a garantir a ordem pública.”

Verônica Verone está sendo indiciada pela prática de homicídio triplamente qualificado consumado, além de tentativa de ocultação de cadáver. Presa há cerca de um mês na penitenciária Bangu 7 pode pegar até 30 anos de prisão, segundo a delegada.

O crime
O assassinato aconteceu dia 14 de maio em um motel da Região Oceânica de Niterói. Segundo o inquérito, Fábio foi morto por asfixia mecânica, enforcado possivelmente por um cinto.

O laudo dos peritos revelou que a vítima não havia consumido drogas. E que Verônica Verone aplicou no empresário um golpe conhecido como “Boa noite, Cinderela”: misturando remédios para dormir na bebida alcoólica dele.

A polícia também concluiu que Verônica tentou esconder o corpo do empresário. Ela teria arrastado o cadáver, que pesava 90 kg, do quarto do motel até a garagem. Os investigadores excluíram a possibilidade de participação de uma outra pessoa depois da reconstituição do crime, quando Verônica conseguiu arrastar um policial e um saco de areia, ambos com o mesmo peso de Fábio.


G1

Mãe se prepara para doação inédita de útero para filha sem órgãos reprodutivos


Uma empresária de 56 anos que vive na Grã-Bretanha se prepara para ser a primeira mãe no mundo a doar o útero para sua própria filha.


Eva Ottosson, de 56 anos, e sua filha, Sara, participam de uma série de exames médicos e psicológicos junto a uma equipe de cientistas da Universidade de Gotenburgo, na Suécia.

Os exames determinarão se elas poderão participar do primeiro transplante de útero realizado em humanos pelos pesquisadores, que deverá acontecer em 2012.

Sara, de 25 anos, é portadora da Síndrome de Mayer Rokitansky Kuster Hauser, que fez com que ela nascesse sem o útero e parte da vagina. Ela pretende tentar a fertilização in vitro para engravidar com o útero da mãe, caso o transplante seja bem sucedido.

"Decidimos tentar o procedimento porque é a única maneira de minha filha conseguir ter um filho seu, a não ser que ela decida pela barriga de aluguel”, disse Ottosson à BBC.

Se o procedimento funcionar, Sara pretende tentar a fertilização in vitro com o esperma de seu namorado. Os óvulos fertilizados serão implantados no útero onde ela mesma foi gerada.

"Ela estava disposta a tentar a adoção mas, quando essa oportunidade apareceu, ela quis tentar. Mas se não funcionar ela ainda irá adotar", afirmou a mãe.

Cirurgia arriscada

Eva Ottosson conta que descobriu sobre o problema de Sara quando ela tinha 16 anos. A jovem descobriu sobre a pesquisa de transplante de útero em Estocolmo, onde mora, e foi chamada a participar dos testes com a mãe.

"Eu disse a ela que para mim parecia um pouco estranho, mas resolvemos tentar", disse.

"Claro que é uma grande cirurgia e é arriscada, mas eu confio neles e acredito que sabem o que estão fazendo."

O ginecologista sueco Mats Brännström, coordenador da equipe de pesquisa sobre o transplante de útero, disse à BBC Brasil que decidiu pesquisar sobre o procedimento após o pedido de uma paciente, em 1998.

"Ela tinha câncer no colo do útero, e me perguntou por que não se faziam transplantes (deste órgão). Por isso que resolvi pesquisar sobre o assunto", contou.

Desde o início da pesquisa, a equipe já realizou transplantes de útero bem sucedidos em ratos, ovelhas e porcos. Agora, testam o procedimento em babuínos, enquanto selecionam possíveis pacientes para a cirurgia em humanos.

“Estamos realizando diversos testes em dez pares de doadoras e receptoras de úteros. Provavelmente quatro ou seis delas serão escolhidas”, diz o médico.

Segundo Brännström, Sara Ottosson é uma forte candidata. "O caso dela é interessante, porque já nasceu sem o útero. Como a cirurgia é muito difícil, é sempre melhor operar em uma pelve que nunca foi operada antes."

Tentativa
A primeira tentativa de transplante de útero aconteceu em 2000, na Arábia Saudita, quando uma mulher de 26 anos recebeu o útero de uma mulher falecida de 46 anos. No entanto, a paciente teve problemas com a rejeição do órgão e o útero teve que ser removido 99 dias depois do procedimento.

"Eles foram muito criticados porque haviam feito muito pouca pesquisa antes da cirurgia, foi quase uma experiência com humanos", disse Brännström.

"Achamos que, naquele caso, os principais problemas foram decorrentes da cirurgia, e nós utilizamos técnicas que evitam estes problemas."


BBC Brasil

Estudante pode ficar cega após acidente em escola municipal no Rio


Na quinta-feira (9), uma adolescente de 12 anos teve o olho perfurado pelo ferro de uma cadeira quebrada. Um professor e a diretora da escola socorreram a jovem, que ainda corre risco de ficar cega de um dos olhos.


R7

Menino morre após comer biscoito envenenado dado por colegas


RECIFE - A Gerência de Polícia da Criança e do Adolescente de Jaboatão dos Guararapes, na região metropolitana do Recife (PE), investiga a morte de um menino de 11 anos, ocorrida no dia 7 de junho. A criança comeu biscoitos envenenados supostamente dados por duas colegas de escola, de 13 e 14 anos. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.

A polícia suspeita que as meninas pretendessem envenenar outras duas colegas. Elas teriam pedido ao menino que desse o pacote.

Entretanto, o garoto acabou comendo o produto e morreu ao ser socorrido. Exames em amostras do biscoito detectaram veneno de rato no alimento.

Caso seja comprovado o envolvimento das adolescentes, elas podem cumprir medidas socioeducativas.


Jornal do Brasil

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Homem atropela esposa com caminhão após briga em MS


Polícia Civil investiga se atropelamento foi intencional.
Suspeito disse que vítima se jogou na frente do veículo.


Um homem de 25 anos é suspeito de atropelar a esposa de 23, passando com o caminhão por cima das pernas dela, após uma discussão. O caso foi registrado como tentativa de homicídio e aconteceu por volta das 8 horas da manhã desta segunda-feira (13), em um posto de combustíveis da BR-163 na zona rural de Campo Grande.

Segundo informações da Polícia Civil, o casal teve uma briga no domingo e o suspeito saiu de casa. Pela manhã, a vítima foi de moto táxi até o posto de combustíveis onde o marido havia passado a noite.

De acordo com o delegado da Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário (Depac) do bairro Piratininga Paulo Henrique de Sá, testemunhas disseram que os dois começaram uma nova discussão.

Segundo o boletim de ocorrência do caso, o marido ligou o veículo enquanto a mulher batia no vidro pedindo que abrisse a porta. Ela teria caído no chão e foi atropelada.

Socorrida em estado grave e encaminhada a Santa Casa de Campo Grande, a vítima, segundo informações do hospital, teve fratura na bacia, cortes e escoriações diversas, lesões na musculatura do abdômen, mas nenhum órgão foi esmagado. A vítima passou por cirurgia geral e ortopédica e aguarda vaga para internação nas enfermarias.

De acordo com o delegado, o suspeito presta depoimento nesta tarde na delegacia. Ele, segundo Henrique de Sá, alega que a vítima se jogou em frente do veículo. "De toda a forma, se ele não agiu com intenção, assumiu os riscos", diz o delegado.


G1

Doações para programa de vacinação podem evitar 4 milhões de mortes infantis até 2015


Brasil, Grã-Bretanha e Bill Gates já confirmaram doações em conferência da Gavi

O Brasil anuncia nesta segunda-feira, em Londres, a doação de US$ 20 milhões para a Aliança Global para Vacinas e Imunização (Gavi, na sigla em inglês ) — iniciativa internacional lançada em 2000 para garantir a democratização do acesso à vacinação e imunização em nível mundial. A aliança já conseguiu prevenir mais de 5 milhões de mortes nos últimos dez anos.

O objetivo agora é acelerar o acesso às vacinas, a fim de contribuir para o cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, com a redução em dois terços, até 2015, do número de mortes de crianças menores de cinco anos, o que equivaleria a 4 milhões de crianças salvas.

A Grã-Bretanha e o cofundador de Microsoft Bill Gates também prometeram nesta segunda-feira mais da metade dos US$ 3,7 bilhões de dólares que a aliança busca para vacinar milhões de crianças. O primeiro-ministro britânico, David Cameron, prometeu US$ 1,325 bilhão de dólares durante a abertura em Londres de uma conferência de doadores da aliança.

De acordo com Cameron, a quantia permitirá ajudar mais de 80 milhões de crianças e salvar 1,4 milhão de de vidas. Gates, copresidente da fundação Bill e Melinda Gates, anunciou pouco depois que sua organização doará US$ 1 bilhão adicionais em cinco anos.

— Não é todo dia que se doa US$ 1 bilhão, mas para uma causa como esta é apaixonante fazê-lo — declarou o bilionário e filantropo americano.

A aliança GAVI, que reúne entidades públicas e privadas, busca na capital britânica 3,7 bilhões de dólares para vacinar mais 243 milhões de crianças em 72 países contra doenças consideradas evitáveis, como pneumonia e diarreia, evitando assim quatro milhões de mortes infantis até 2015.

— A Gavi é simplesmente uma grande organização. Entrega resultados tangíveis. Em uma década, ajudou a impedir 5,4 milhões de mortes — declarou Cameron, defendendo a decisão de seguir financiando o programa, apesar da austeridade para reduzir o déficit do país.

O premier britânico manifestou satisfação pelas promessas de ajuda de outros países da aliança, como o Brasil.


Zero Hora

Transformar a região da cracolândia em Nova Luz levará 15 anos


A transformação da região da cracolândia, no centro de São Paulo, em Nova Luz vai levar 15 anos. A informação é da reportagem de Vanessa Correa e Evandro Spinelli publicada na edição desta segunda-feira da Folha.


De acordo com o texto, cerca de 30% da área, onde hoje há consumo de drogas à luz do dia, será desapropriada e demolida. A região terá prédios novos que irão conviver com imóveis históricos, muitos deles tombados, que serão restaurados e terão um novo uso.

O projeto prevê cinco fases para o processo de revitalização, de cinco anos cada uma. Na primeira etapa serão feitas obras de infraestrutura, como reforma de calçadas, instalação de ciclovias e construção de praças.


Folha OnLine

Doença rara e incurável impede que menina coma qualquer tipo de alimento

Rio - Um doença extremamente rara, impede que uma britânica de apenas cinco anos coma qualquer tipo de alimento. Ella Campbell tem um mal incurável chamado gastrointestinal eosinofílica, que causa dores insuportáveis quando ela ingere qualquer tipo de comida. As informações são do jornal inglês Daily Mail.

Ella passou grande parte da sua curta vida no hospital enquanto os médicos intrigados lutavam para diagnosticar a doença que causava dores violentas no estômago. Depois de anos de testes e meses ligada a máquinas, os médicos do Great Ormond Street identificaram a doença.

Hoje a menina se alimenta com uma fórmula hipoalergênica través de um tubo de alimentação permanente em seu estômago. Ella também é obrigada a tomar imunossupressores - um tipo de quimioterapia - regularmente, o que a deixa aberta a infecções.

Para que não seja excluída na hora do lanche, Ella leva uma maleta com comida para escola mesmo não podendo comer. A mãe de Ella, Karen, contou ao jornal que sua filha se sente muito pressionada para comer. "Ela leva uma maleta com seu almoço, pois se sente muito pressionada, para ela é muito doloroso", relatou a mãe aflita.

Como se sabe muito pouco sobre a doença, Karen e seu marido, Andy, estão lutando para divulgar o problema para que pesquisas possam ser feitas.


O DIA ONLINE

Babá nega ter agredido bebê de sete meses


Suposta violência foi gravada por câmeras de segurança instaladas pelos pais da criança
A babá Neusa Berenguel, de 58 anos, negou ter agredido um bebê de sete meses em Andradina, na região de São José do Rio Preto, a 438 km de São Paulo. A suposta agressão foi registrada por câmeras de segurança que os pais instalaram na residência para coibir a ação de ladrões.

Segundo Neusa, o tapa que os pais afirmam ter sido dado no rosto da criança, foi dado no braço.

- Foi no bracinho. Ela inverteu toda a história para me incriminar.

A babá teve a prisão preventiva decretada pela polícia, mas alega ser inocente. Segundo Neusa, ela bateu o arco de plástico no carrinho para mostrar ao bebê que ele não poderia segurar o objeto e afirma que não o encostou na criança, como a imagem parece revelar.

Ela se apresentou à delegacia de defesa da mulher, em Andradina, na última sexta-feira (10) e foi encaminhada à uma cadeia feminina no município de Ilha Solteira, a 665 km de São Paulo.

Neusa foi indiciada por crime de tortura e pode pegar de três a oito anos de prisão.


R7

Fortes tremores atingem Christchurch na Nova Zelândia


WELLINGTON - Uma série de terremotos abalou nesta segunda-feira a cidade de Christchurch, na Nova Zelândia, derrubando pelo menos um prédio. Pelo menos 40 pessoas ficaram feridas. Dois homens que estavam na igreja St. John ficaram presos depois que um dos tremores derrubou a fachada do prédio. Segundo a polícia, eles foram resgatados e levados para um hospital com cortes e contusões. Outro edifício próximo desabou, mas ninguém estava no local.

A energia elétrica foi cortada em cerca de 10 mil casas no subúrbio e a poeira subiu na área isolada da cidade, desvatada em fevereiro por um grande terremoto.

As pessoas saíram em pânico dos edifícios quando o terremoto de 5,2 graus na escala Richter atingiu a cidade durante o horário de almoço.

Pouco mais de uma hora depois, um outro tremor de 6,0 foi registado, de acordo com os Serviço Geológico dos Estados Unidos.

Christchurch tem sido abalada por milhares de réplicas desde o terremoto de magnitude 6,3 matou 181 pessoas em 22 de fevereiro.


O Globo

João Ubaldo Ribeiro lança o livro infantil Dez Bons Conselhos de Meu Pai


Em entrevista para a CRESCER, o autor baiano João Ubaldo Ribeiro, um dos nomes mais importantes da literatura brasileira, fala sobre a criação de sua obra direcionada aos pequenos

Lançar um livro infantil nunca foi uma pretensão para João Ubaldo Ribeiro, mas quando a ideia foi sugerida por sua editora, ele aceitou de bate pronto o desafio. O resultado desse trabalho é Dez Bons Conselhos de Meu Pai (Editora Objetiva), obra que apresenta ilustrações fortes e criativas que encantam e frases curtas que despertam reflexões. O conteúdo foi inspirado na educação que o escritor recebeu de seu pai, homem muito culto e amante da literatura, mas também sério e rígido na educação dos filhos. Dez Bons Conselhos é um livro que não conta uma história, mas apresenta pistas sobre como viver bem em sociedade. Uma delas é “Não seja ignorante”.

O texto foi escrito há mais de 30 anos, mas só agora chega às livrarias em formato de livro e dirigido às crianças. Na entrevista a seguir, o autor conta o porquê dessa demora e sua expectativa sobre o impacto de seus escritos.

CRESCER- Por que resolveu lançar esse livro somente agora?
João Ubaldo Ribeiro - Esse livro tem uma história diferente. Escrevi os Dez bons conselhos de meu pai como apêndice de um livro meu sobre política, publicado há uns 30 anos. Botei no fim desse livro não sei por que, ou, se sabia me esqueci. Esses Conselhos foram saindo nas subsequentes edições, até que alguma editora os tirou. Quando eu passei pra editora Objetiva Alfaguara, eu pedi para que voltassem a publicar o livro com os Conselhos. Aí voltaram e o texto chamou a atenção de Isa Pessoa, minha editora, que pensou em transformá-lo num livro infantil, e também passou essa ideia para a Bruna Assis Brasil, a responsável pela concepção gráfica do projeto e pelas ilustrações. Por isso ficou um livro tão bonito. Mas não foi tão intencional, aconteceu assim como eu lhe contei.

CRESCER- Qual o tipo de impacto que acredita que irá criar nos leitores, nas crianças de hoje? Qual a diferença delas e de como você era quando criança?
JUR- Não sei, nunca pensei nisso. Mas imagino que esses conselhos, não que eles sejam acatados na íntegra, mas acho que eles servem como tópicos de discussão em classe, numa época em que se questionam padrões éticos, morais, etc. Se questiona a participação do indivíduo na vida pública, os políticos e assim por diante. Eu acho que se esses conselhos levarem a algum debatezinho, entre estudantes e professores ou pais e estudantes, pode ser útil, mas eu não tenho certeza.

CRESCER
- Vivemos hoje a maior onda de politicamente correto voltado para crianças. Estamos mudando até as cantigas infantis e as manifestações acontecem nas mais variadas situações. Da sua bela obra há diversos pontos que poderiam ser apontados como politicamente incorretos. Você pensou nisso na hora de escrever ou houve alguma manifestação nesse sentido após o lançamento do livro?
JUR - Eu nunca fui politicamente correto. Sempre fui muito politicamente incorreto, não tenho a menor ideia se o livro vai ser considerado politicamente incorreto ou não. Eu não dou importância a essa frescura (risos), a essa onda que nos assola.

CRESCER - O que pensou na hora de escrever um livro voltado para crianças? Teria algum jeito especial para isso, uma diferença fundamental na hora de escrever?
JUR – Eu não pensei estar escrevendo para crianças. Quando estava para sair o livro, fiquei meio na dúvida. Mas quando pensei na possibilidade de ele ser debatido em classe, de algumas dessas coisas serem discutidas, achei que talvez fosse estimulante. Porque se discute tão pouco certos problemas hoje, da formação ética do cidadão, que é bem possível que esse livro tenha essa utilidade.

CRESCER - Você acompanha a produção de literatura infantil no Brasil hoje? O que acha? Tem algum escritor que gostaria de destacar?
JUR – Hoje em dia não acompanho. O meu último escritor infantil foi o de gerações como a minha, o Monteiro Lobato. Mas sou amigo de uma escritora para jovens que é de primeiríssimo time, a Ana Maria Machado.

CRESCER - Você conta que seu pai era um homem austero, o que pode assustar em um modelo de educação de hoje, mas, ao mesmo tempo, ele exercia uma educação com base em "valores de um homem que defende a dignidade humana, a liberdade e a igualdade de direitos e deveres", como você declarou ao jornal O Estado de S. Paulo. Você acredita que hoje é possível passar esses valores sem precisar de tanta rigidez?
JUR - Eu acho que a rigidez de meu pai era exagerada até para o tempo dele. Conheci pais severos, que exigiam dos filhos e que não chegavam nem perto da performance de meu pai. Passar valores dessa forma não cabe mais na sociedade de hoje. Seria uma anomalia. Não vou dizer que impossível, mas seria muito difícil educar filhos naquelas normas, naquele quadro autoritário e quase totalitário. Já era difícil no meu tempo, quanto mais agora.

CRESCER
- Acho que o conselho que eu mais gostei foi o "alegre-se com a diversidade humana". Você tem um preferido? Ou algum que seria mais "necessário" para hoje?
JUR - Não, eu não tenho um preferido. Também acho esse bom. Acho que o “não seja ignorante” também é um bom conselho.

CRESCER - Há algum outro projeto seu para crianças a caminho?
JUR - Não. Estou querendo escrever um romance há praticamente dois anos e não consigo sossego para isso. Estou até considerando a hipótese de me esconder fora do Brasil. Não tenho condição para ter apartamento, nem casa fora do Brasil, mas talvez eu consiga dar um jeito.


* Colaborou Erika Araujo


Crescer

domingo, 12 de junho de 2011

12 de junho, Dia Nacional de Combate ao Trabalho Infantil

Apesar de no Brasil, o trabalho infantil ser considerado ilegal para crianças e adolescentes entre 5 e 13 anos, a realidade continua sendo outra. O PETI (Programa de Erradicação ao Trabalho Infantil) vem trabalhando arduamente para erradicar o trabalho infantil

Infelizmente mesmo com todo o seu empenho, a previsão é de poder atender com seus projetos, cerca de 1,1 milhão de crianças e adolescentes trabalhadores, segundo acompanhamento do Inesc (Instituto de Estudos Socioeconômicos). Do total de crianças e adolescentes atendidos, 3,7 milhões estarão de fora.

Perfil do trabalho infantil no Brasil
O trabalho infantil no Brasil ainda é um grande problema social. Milhares de crianças ainda deixam de ir à escola e ter seus direitos preservados, e trabalham desde a mais tenra idade na lavoura, campo, fábrica ou casas de família, muitos deles sem receber remuneração alguma. Hoje em dia, em torno de 4,8 milhões de crianças de adolescentes entre 5 e 17 anos estão trabalhando no Brasil, segundo PNAD 2007. Desse total, 1,2 milhão estão na faixa entre 5 e 13 anos.

Como já era de se esperar, o trabalho infantil ainda é predominantemente agrícola. Cerca de 36,5% das crianças estão em granjas, sítios e fazendas, 24,5% em lojas e fábricas. No Nordeste, 46,5% aparecem trabalhando em fazendas e sítios.

A Constituição Brasileira é clara: menores de 16 anos são proibidos de trabalhar, exceto como aprendizes e somente a partir dos 14. Não é o que vemos na televisão. Há dois pesos e duas medidas. Achamos um absurdo ver a exploração de crianças trabalhando nas lavouras de cana, carvoarias, quebrando pedras, deixando sequelas nessas vítimas indefesas, mas costumamos aplaudir crianças e bebês que tornam-se estrelas mirins em novelas, apresentações e comerciais, segundo dados do Inesc (Instituto de Estudos Socioeconômicos

Trabalho infantil diminui 33% em oito anos, mas números ainda preocupam
A terceira edição do relatório “Um Brasil para as Crianças e os Adolescentes”, da ‘Fundação Abrinq – Save the Children’, informa que o número de crianças e adolescentes entre 10 e 15 anos que trabalham sofreu redução de 33,8% entre os anos de 2001 e 2009. O relatório aponta, entretanto, que o número é preocupante.

Números da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) indicam que, em 2001, 2,8 milhões de jovens ocupavam postos no mercado de trabalho (13,89% do total). Esse percentual caiu para 9,2% no ano de 2009, mas a entidade que produz o relatório encara com preocupação o fato de ainda existirem 1,9 milhão de crianças trabalhando ilegalmente. De acordo com a publicação, o trabalho infantil causa prejuízos como o abandono escolar e a privação do direito ao convívio familiar e ao lazer.

A legislação brasileira proíbe, através da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), o trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoito anos, e qualquer trabalho a menores de dezesseis anos–salvo na condição de aprendiz, a partir de quatorze anos (lei nº 10.097, de 2000). A OIT (Organização Internacional do Trabalho) aponta a vulnerabilidade socioeconômica das famílias como um dos fatores determinantes para o ingresso destes jovens no mercado de trabalho.

No país, os números alcançados na região Sul são os melhores. No intervalo da análise, a queda no índice foi de 41,2%. Já a região Norte apresentou o pior resultado do país, com redução de apenas 2,7%. “Comemoramos os avanços, mas precisamos voltar nossos olhos para os desafios ocultados pelas diferenças regionais, como está destacado no documento”, afirmou Heloisa Oliveira, administradora executiva da Fundação Abrinq – Save the Children, no lançamento oficial do documento.

Segundo a entidade, o relatório “Um Brasil para as Crianças e os Adolescentes” tem o propósito de impulsionar políticas públicas na área da infância e adolescência, e de acompanhar o alcance das metas assumidas pelo Estado junto à ONU (Organização das Nações Unidas).

O projeto “Presidente Amigo da Criança” conta com a adesão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva desde a campanha eleitoral de 2002, quando ele assumiu o compromisso de alcançar as metas expressas no documento “Um mundo para as crianças”. Dilma Rousseff, atual presidente da República, também aderiu ao projeto.

Reajuste do Bolsa Família não compromete áreas sociais, diz ministra
A ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, garantiu que o ajuste anunciado do benefício pago pelo Programa Bolsa Família não comprometerá o financiamento de outros programas sociais de sua pasta. O ajuste de 19,4% (aumento real de 8,7%, descontada a inflação) incrementará a despesa da Bolsa Família em R$ 2,1 bilhões. Para financiar o ganho do programa, o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) terá que remanejar dinheiro de outros programas de assistência social – combate ao trabalho infantil, combate à exploração sexual, ressocialização e inserção no mercado de trabalho.

“Eu queria que vocês não se preocupassem. Essas medidas serão contempladas”, disse Tereza Campello aos jornalistas que a aguardavam na saída da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), onde participou do programa de rádio Bom Dia, Ministro, produzido pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, em parceria com a EBC Serviços.

“A nossa ideia é não comprometer nenhuma das áreas estratégicas”, afirmou ao salientar que é possível fazer outros reajustes ao longo do ano, melhorar o desempenho de gastos e economizar recursos de áreas administrativas do ministério.

“Não temos a menor intenção de fragilizar as ações. Ao contrário, vamos intensificar”, assegurou a ministra, referindo-se ao Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (Peti), que teve corte em torno de 10%.

O governo prepara para o próximo mês o lançamento de um plano detalhado de erradicação da pobreza. Segundo Tereza Campello, “a situação da criança em vulnerabilidade será contemplada e será uma das prioridades do plano”, garantiu.

O aumento da Bolsa Família é elogiado por especialistas em políticas sociais, mas há a avaliação de que apesar da eficiência do programa, a atuação do governo não pode ser apenas o repasse de recursos para aumentar a renda. “As causas da pobreza não são apenas baixa renda”, afirma Eliane Graça, assessora política do Instituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc). Ela reconhece que o governo está fazendo “uma engenharia complicada” para ajustar o programa, mas “está dando com uma mão e tirando com a outra”.

Eliane Graça salienta que o recente ajuste da taxa Selic (segundo aumento consecutivo de meio ponto percentual), referência para os juros da dívida pública, tem efeito maior sobre as despesas do governo do que o incremento do Bolsa Família.

Durante a transmissão do Bom Dia, Ministro, Tereza Campello destacou que o aumento do Bolsa Família permite mais consumo de alimentos e de outros produtos básicos. Lembrou que as famílias com crianças e adolescentes de até 15 anos receberão mais 45,5% de benefício específico. “Estamos falando de renda complementar para evitar a pobreza”, disse. Com o ajuste, o benefício médio do programa (congelado desde setembro de 2009) subirá de R$ 96 para R$ 115. Os novos valores repassados pelo programa vão variar de um mínimo de R$ 32 a R$ 242, conforme número e idade dos dependentes (a faixa anterior era de R$ 22 a R$ 200). Mais de 1,3 milhão de famílias beneficiárias do programa, que estão sendo avisadas por meio de extrato, precisam atualizar os dados cadastrais até 31 de outubro nas prefeituras de suas cidades para continuar recebendo o benefício.

Em valores absolutos, o MDS foi o ministério menos afetado com os cortes orçamentários estabelecidos pelo governo e detalhados nesta semana pelos ministérios da Fazenda e do Planejamento: R$ 22 milhões, de um total de R$ 50 bilhões anunciados como meta de economia do Orçamento Geral da União.

Djalma Costa – Coordenação Colegiada da Anced – Seção DCI – Associação Nacional dos Centros de Defesa da Criança e Adolescente (www.anced.org.br) declarou ao Observatório SELVAS que “neste 12/6/2011, os brasileiros/as, terão a oportunidade de mais uma vez encampar esta luta em defesa de criança e adolescentes que são forçadamente trabalhadoras no País.

Curiosamente o trabalho infantil no Brasil vinha caindo consideravelmente nas duas última décadas, porém os indicadores tem apontado que a situação voltou a agravar nos últimos cinco anos pelo menos. Sobretudo nas regiões mais distantes e na região litorânea do País.

O que se deve a essa volta do crescimento das mais variadas formas de trabalho e exploração de mão de obra infantil? São várias as justificativas apontadas pelo Movimento da Infância e também pelos especialistas que acompanha essa situação, passando pelas formas mais tradicionais de exploração (trabalho doméstico, pedreiras etc.) até formas mais modernas como exploração sexual turísticas e trafico de drogas etc.

Devemos olhar esse dia de Campanha como mais um elemento fortalecedor no combate a essa prática vexatória e degradante de nossas crianças e adolescentes, mas também devemos incidir sobre as autoridades públicas para investir mais na prevenção e no fortalecimento das famílias brasileiras mais pobres. Imaginamos que dos universos dos 16,2 milhões de famílias que vivem abaixo da linha de pobreza, foco do novo programa do governo federal, todas as crianças e adolescentes estão expostos aos mais variadas formas de trabalhos infantis.

Um outra providencia necessária e urgente que os movimentos sociais de defesa dos direitos de criança e adolescente enfrenta é, fazer o governo brasileiro prestar as informações regulares ao Comitê Internacional dos Direitos da Criança da ONU através da elaboração do Protocolos Facultativos, sobremaneira que os dados levantados para esses protocolos sejam confiáveis e possibilita a implementação de políticas públicas que fortaleçam essa luta.

Os investimentos públicos nas diversas áreas da infância no Brasil ainda acontecem de forma desarticulados, eles não se somam e as ações articuladas interministerialmente ainda é bastante precários, um bom exemplo disso é o que acontece com o PETI (Programa de Erradicação do Trabalho Infantil) do governo federal e que é repassado para os municípios, o que vemos muitas vezes é falta de fiscalização e exigência de cumprimento das metas e dos objetivos deste programa sem diálogo com as outras áreas da política.

Por fim, 12 de junho deve mesmo servir como um momento forte e mobilizador para que possamos dar conta de interromper esse ciclo vergonhoso em nosso País. Mas esta luta é cotidiana e deve ser feita diariamente com a construção de ferramentas efetivas de combate a exploração do Trabalho Infantil”.

As “novas fronteiras” do trabalho infantil
A presença no Fórum Social Mundial FSM 2011, de associações que trabalham para combater as piores formas de exploração do trabalho infantil é uma testemunho fundamental para repensar as estratégias para a criação de “um outro mundo possível”.

Segundo uma nota enviada à Agência Fides do Vaticano por Raffaele Salinari, presidente da Federação Internacional Terre des hommes, e por Cristiano Morsolin, operador de redes internacionais para a defesa dos direitos das crianças e adolescentes, que há dez anos trabalha na América Latina, os números da Organização Internacional do Trabalho (OIT) falam claro: mais de 300 milhões de crianças de 5 a 14 anos são atualmente exploradas pelos “piores formas” de trabalho infantil, o que significa morte prematura ou mutilação irreversível.

Não é nenhum segredo que as economias dos países pobres devem explorar a criança até a exaustão de recursos para fazer sobreviver, as famílias e que a deslocalização de processos de produção coloquem em concorrência entre eles os países mais pobres, forçando-os a baixar o preço do trabalho e também a idade dos trabalhadores.

No Brasil, o trabalho infantil submerso, ou seja, as fábricas clandestinas, que especialmente no sul, costuram roupas em porões escuros, ou a exploração da prostituição infantil, ou menores como agentes do crime organizado, são todos fenômenos em crescimento e dos quais se fala apenas em termos de repressão.

O país se tornou, nos últimos anos, um centro de distribuição para a prostituição infantil europeia, que é alimentada pelo tráfico de seres humanos provenientes do leste europeu ou das costas africanas junto com a mão de obra clandestina adulta, às armas e drogas. Este negócio é calculado sobre os lucros de uma ordem de três bilhões de euros por ano. Portanto, não apenas a exploração do trabalho infantil existe, mas estas formas extremas superam em muito os trabalhos “clássicos” como trabalhador braçal ou na construção civil.

A economia liberalista alargou o âmbito da exploração do trabalho até incorporar no seu seio as “zonas cinzentas” da economia criminal abrangendo um amplo espectro de novas formas de exploração infantil: a pornografia na internet, a exploração sexual em países do terceiro mundo com passeios organizados, transplante ilegal de órgãos e crianças-soldados. São as “novas fronteiras” do trabalho infantil, em constante crescimento, como demonstrado pelas estatísticas e as notícias que nos entregam cada vez mais frequentes episódios de crianças tratadas e vendidas antes mesmo do nascimento.

Não existe guerra na África, Ásia ou América Latina, onde os exércitos irregulares não empregam crianças-soldados. As estatísticas, por padrão, sobre uso de crianças na indústria do sexo, falam de dois milhões de crianças somente na Ásia, e um número igual provenientes do leste da Europa e da América. Falar hoje de exploração do trabalho infantil significa rever completamente a nossa perspectiva, o conceito de Direito do Trabalho, significa expandir os instrumentos de proteção contra estas novas formas de barbaridades, hoje completamente fora do conhecimento do público em geral e da legislação do trabalho.

Debate aberto
Maria dos Anjos Lopes Viella – Professora da Universidade Comunitária da Região de Chapecó (Unochapecó-Chapecó-SC) e Célia Regina Vendramini – Professora da Universidade Federal de Santa Catarina- Forianópolis-SC, analisam duas perspectivas em relação à o trabalho infantil.

No texto “O AVESSO DOS DIREITOS DAS CRIANÇAS: A ERRADICAÇÃO DO TRABALHO INFANTIL EM DEBATE” situa duas perspectivas contraditórias em relação à erradicação do trabalho infantil: a perspectiva da OIT (Organização Internacional do Trabalho) defendendo a sua erradicação e outra contrária a ela, defendendo a valorização crítica do trabalho realizado pelas crianças, perspectiva essa que insiste no protagonismo infantil, isto é, na necessidade de dar voz às crianças dimensionando o que elas têm a dizer sobre o trabalho.

Através de publicações do IFEJANT1, foi possível mapear alguns autores que propõem a criação de normas legais que protejam o trabalho das crianças da mesma maneira que é regulamentado o direito dos trabalhadores adultos.

Esse instituto mantém a publicação semestral da Revista NATs (Niños e Adolescentes Trabajadores) e conta com a colaboração de diversas organizações voltadas para a questão da infância e preocupadas em socializar as experiências realizadas com as crianças trabalhadoras.

Entre essas organizações, tem-se o MNNATSOP (Movimiento Nacional de NATs Organizados del Peru), MANTHOC (Movimiento de Adolescentes e Niños Trabajadores Hijos de Obreros Cristianos- Peru), Terre des Hommes (Alemanha), Acción por los niños, Bice, BUTTERFLIES o BHIMA SANGHA (Índia, Nepal, Tailândia), CRECEFOR (Colectivo Regional de Centros de Formación), BROEDERLIJK DELEN (Bélgica), GENERACIÓN (Em defensa de los derechos de lãs niñas que viven em la calle), SAVE THE CHILDREN (Suécia), VEREIN NATs (Alemanha) Associazione NATs (Itália), MLAL (Movimiento Laici América Latina- Itália) ITALIA NATs.

Vários autores, como Liebel (2001), Figueroa e Cussiánovich (2001) e outros têm o protagonismo infantil como objeto teórico, entretanto Cussiánovich pode ser considerado um dos principais divulgadores desse enfoque na América Latina, considerando suas inúmeras publicações sobre o tema. Ensayos sobre infância (2006), extensa obra sua, gira em torno do protagonismo infantil e logo na introdução, ao mesmo tempo em que indaga sobre a dificuldade que se tem de reconhecer as crianças como atores, sujeitos sociais, culturais, políticos e econômicos, coloca a necessidade de conhecer como tem sido gestada no tempo a ideia de infância.

O caminho que o autor se propõe a percorrer passa pela construção, desconstrução das imagens, ideias e representações sociais sobre a infância. A essas ideias o autor acrescenta a “Pedagogia da ternura” como um componente fundamental da promoção do protagonismo. O protagonismo aparece como elemento central da experiência de construção e organização dos movimentos sociais de meninos trabalhadores.

É o discurso do protagonismo infantil que insiste na necessidade de repensar a criança não só como beneficiária de direitos, mas como sujeito social de direitos que não quer ser cidadã do futuro e sim do presente. Os autores vão argumentando que, ao encarar essas dimensões, não há nelas uma idealização nem mitificação do trabalho infantil, porque essas crianças, por terem começado a trabalhar cedo em condições de deterioração crescente, têm uma visão da experiência de trabalhador que levanta sua dignidade, auto-estima e o direito de trabalhar.

O problema do trabalho infantil é complexo. Pensar na sua abolição numa sociedade onde reina a mercadoria, é uma fábula e defendê-lo em nome do protagonismo infantil pode ser um impeditivo para que se fortaleçam as discussões referentes a alternativas concretas para as crianças deixar o trabalho. Estas alternativas passam por uma justa distribuição de renda, acesso a uma boa educação, escola adequada.

As centenas de páginas constantes dos documentos oficiais de organismos nacionais e internacionais sobre o trabalho infantil, juntamente com a luta para sua erradicação, deixam evidentes os limites das propostas de sua abolição assim como expõe a face oculta do capitalismo que gera a pobreza e a inserção precoce das crianças no trabalho produtivo. Deixa aberta a ferida da essencialidade do fenômeno trabalho infantil para o metabolismo do capital.

A defesa inconteste do protagonismo infantil pelo direito ao trabalho acaba também por defender a idéia de que haja possibilidade de um capitalismo humanizado, pois como coloca Marx (2002, p.272) “quando se trata de dinheiro, não há lugar para a bondade” (Revista Pedagógica – UNOCHAPECÓ – Ano 12 – n. 24 – jan./jun. 2010).

O debate está aberto!

Cristiano Morsolin, operador de redes internacionais para a defesa dos direitos da criança na América Latina. Co-fundador do OBSERVATÓRIO SELVAS.


SINA
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