notícias atuais sobre saúde, violência,justiça,cidadania,educação, cultura,direitos humanos,ecologia, variedades,comportamento
sábado, 10 de julho de 2010
Patriarcado da violência
A brutalidade não é constitutiva da natureza masculina, mas um dispositivo de uma sociedade que reduz as mulheres a objetos de prazer e consumo dos homens
Eliza Samudio está morta. Ela foi sequestrada, torturada e assassinada. Seu corpo foi esquartejado para servir de alimento para uma matilha de cães famintos. A polícia ainda procura vestígios de sangue no sítio em que ela foi morta ou pistas do que restou do seu corpo para fechar esse enredo macabro. As investigações policiais indicam que os algozes de Eliza agiram a pedido de seu ex-namorado, o goleiro do Flamengo, Bruno. Ele nega ter encomendado o crime, mas a confissão veio de um adolescente que teria participado do sequestro de Eliza. Desde então, de herói e "patrimônio do Flamengo", nas palavras de seu ex-advogado, Bruno tornou-se um ser abjeto. Ele não é mais aclamado por uma multidão de torcedores gritando em uníssono o seu nome após uma partida de futebol. O urro agora é de "assassino".
O que motiva um homem a matar sua ex-namorada? O crime passional não é um ato de amor, mas de ódio. Em algum momento do encontro afetivo entre duas pessoas, o desejo de posse se converte em um impulso de aniquilamento: só a morte é capaz de silenciar o incômodo pela existência do outro. Não há como sair à procura de razoabilidade para esse desejo de morte entre ex-casais, pois seu sentido não está apenas nos indivíduos e em suas histórias passionais, mas em uma matriz cultural que tolera a desigualdade entre homens e mulheres. Tentar explicar o crime passional por particularidades dos conflitos é simplesmente dar sentido a algo que se recusa à razão. Não foi o aborto não realizado por Eliza, não foi o anúncio de que o filho de Eliza era de Bruno, nem foi o vídeo distribuído no YouTube o que provocou a ira de Bruno. O ódio é latente como um atributo dos homens violentos em seus encontros afetivos e sexuais.
Como em outras histórias de crimes passionais, o final trágico de Eliza estava anunciado como uma profecia autorrealizadora. Em um vídeo disponível na internet, Eliza descreve os comportamentos violentos de Bruno, anuncia seus temores, repete a frase que centenas de mulheres em relacionamentos violentos já pronunciaram: "Eu não sei do que ele é capaz". Elas temem seus companheiros, mas não conseguem escapar desse enredo perverso de sedução. A pergunta óbvia é: por que elas se mantêm nos relacionamentos se temem a violência? Por que, jovem e bonita, Eliza não foi capaz de escapar de suas investidas amorosas? Por que centenas de mulheres anônimas vítimas de violência, antes da Lei Maria da Penha, procuravam as delegacias para retirar a queixa contra seus companheiros? Que compaixão feminina é essa que toleraria viver sob a ameaça de agressão e violência? Haveria mulheres que teriam prazer nesse jogo violento?
Não se trata de compaixão nem de masoquismo das mulheres. A resposta é muito mais complexa do que qualquer estudo de sociologia de gênero ou de psicologia das práticas afetivas poderia demonstrar. Bruno e outros homens violentos são indivíduos comuns, trabalhadores, esportistas, pais de família, bons filhos e cidadãos cumpridores de seus deveres. Esporadicamente, eles agridem suas mulheres. Como Eliza, outras mulheres vítimas de violência lidam com essa complexidade de seus companheiros: homens que ora são amantes, cuidadores e provedores, ora são violentos e aterrorizantes. O difícil para todas elas é discernir que a violência não é parte necessária da complexidade humana, e muito menos dos pactos afetivos e sexuais. É possível haver relacionamentos amorosos sem passionalidade e violência. É possível viver com homens amantes, cuidadores e provedores, porém pacíficos. A violência não é constitutiva da natureza masculina, mas sim um dispositivo cultural de uma sociedade patriarcal que reduz os corpos das mulheres a objetos de prazer e consumo dos homens.
A violência conjugal é muito mais comum do que se imagina. Não foi por acaso que, quando interpelado sobre um caso de violência de outro jogador de seu clube de futebol, Bruno rebateu: "Qual de vocês que é casado não discutiu, que não saiu na mão com a mulher, né cara? Não tem jeito. Em briga de marido e mulher, ninguém mete a colher". Há pelo menos dois equívocos nessa compreensão estreita sobre a ordem social. O primeiro é que nem todos os homens agridem suas companheiras. Embora a violência de gênero seja um fenômeno universal, não é uma prática de todos os homens. O segundo, e mais importante, é que a vida privada não é um espaço sacralizado e distante das regras de civilidade e justiça. O Estado tem o direito e o dever de atuar para garantir a igualdade entre homens e mulheres, seja na casa ou na rua. A Lei Maria da Penha é a resposta mais sistemática e eficiente que o Estado brasileiro já deu para romper com essa complexidade da violência de gênero.
Infelizmente, Eliza Samudio está morta. Morreu torturada e certamente consciente de quem eram seus algozes. O sofrimento de Eliza nos provoca espanto. A surpresa pelo absurdo dessa dor tem que ser capaz de nos mover para a mudança de padrões sociais injustos. O modelo patriarcal é uma das explicações para o fenômeno da violência contra a mulher, pois a reduz a objeto de posse e prazer dos homens. Bruno não é louco, apenas corporifica essa ordem social perversa.
Outra hipótese de compreensão do fenômeno é a persistência da impunidade à violência de gênero. A impunidade facilita o surgimento das redes de proteção aos agressores e enfraquece nossa sensibilidade à dor das vítimas. A aplicação do castigo aos agressores não é suficiente para modificar os padrões culturais de opressão, mas indica que modelo de sociedade queremos para garantir a vida das mulheres.
DEBORA DINIZ É ANTROPÓLOGA E PROFESSORA DA UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA
Estadão.com.br
Aprovado projeto de lei que define e pune alienação parental
Aprovado no dia 07, pela Comissão de Constituição e Justiça do Senado, o projeto de lei que pune a prática da alienação parental agora depende apenas da sanção presidencial. O projeto define a alienação parental - quando o pai ou a mãe que detém a guarda da criança promovem uma campanha constante de difamação do outro genitor ou quando dificultam ou impedem o acesso do outro ao filho - e estabelece punição para quem a praticar. Ela vai de acompanhamento psicológico obrigatório a suspensão ou inversão da guarda, passando pelo pagamento de uma multa estipulada pelo juiz.
"(Nos processos de alienação parental) quem sai perdendo sempre é a criança, que tem seu direito estabelecido por lei totalmente jogado na lata de lixo pelo pai ou pela mãe que se diz o guardião", diz Andréa Maciel Freitas, advogada e voluntária em causas de igualdade parental no Rio de Janeiro. A lei procura garantir que o direito da criança ao convívio com os dois genitores, pai e mãe, seja igualmente respeitado.
O avanço na legislação, segundo militantes da causa, é significativo. "A legislação brasileira fica a anos-luz de outros países", defende Augusto Caminha, diretor da Pais Por Justiça, movimento que luta contra a alienação parental. "Nossa intenção é que a síndrome seja reconhecida e combatida. E que o Judiciário seja munido de informações sobre o assunto", completa.
Augusto, pai de uma menina de 14 e de um menino de 10 anos, como muitos outros ativistas da causa, sofre as consequências da alienação em sua forma mais grave: a denúncia de abuso sexual, supostamente falsa, feita pela mãe. Nestes casos, como a legislação brasileira, para proteger a criança, imediatamente afasta o pai e instaura uma investigação. "Faz 3 anos e meio que não vejo meus filhos, por uma mera alegação. Sem prova, sem nada", declara.
"Eu não sei onde eles moram. Não sei onde eles estudam. Não sei se precisam de alguma coisa. Só sei que vão bem de saúde", conta ele, que põe em prática um complicado expediente para descobrir informações sobre o estado de saúde dos filhos: verificar onde eles se consultam, procurar o médico depois da data, se apresentar e explicar toda a situação para o doutor - tudo em troca de uma simples informação.
"Para eles, eu não existo", reconhece o pai, que aos 52 anos se descobriu "uma pessoa mais forte do que imaginava" com toda a situação. "São órfãos de um pai vivo", lamenta. Embora tenha fé em conseguir reatar o contato com os filhos judicialmente, Augusto reconhece que os laços afetivos podem ter sido modificados para sempre. "Talvez eu não consiga recuperá-los, mesmo se a Justiça devolvê-los para mim".
Consequências nocivas
Na briga pelos bens ou no desejo de vingança de homens e mulheres às voltas com uma relação destruída, as crianças são obviamente as maiores prejudicadas. As consequências da alienação parental para os filhos são extremamente nocivas, já que elas atingem em cheio o imaginário infantil. "É uma manipulação da memória emocional", explica Cássia Franco, psicóloga com especialização em casais e família.
Emocionalmente induzida a interpretações, a criança pode inclusive "acreditar" na vivência de um abuso sexual que não ocorreu. E, com muito menos que isso - como, por exemplo, comentários eventuais sobre o caráter do pai ou da mãe com quem ela não mora - podem causar danos. "A criança pode ficar deprimida, apresentar distúrbios de atenção e somatizar (ficar doente por razões de fundo psicológico)", diz ela. "Em termos práticos, pode ficar briguenta, chorona ou isolada socialmente, por exemplo".
Se o casamento acaba, os pais precisam lembrar em primeiro lugar de seus filhos. "Enquanto o laço marido e mulher se rompe, o vínculo entre pai e filho ou mãe e filho não termina. Mas você pode escolher ser um bom pai ou uma boa mãe - ou preferir ser um péssimo pai ou mãe para o resto da vida", alerta Cássia. Agora a própria lei vai cobrar esta postura.
Fonte: IG
Cadastro Nacional de Apreensão de Drogas já apresenta dados de 14 estados
Informações sobre locais de apreensão, faixa etária e sexo dos envolvidos, tipos e quantidade de entorpecentes são algumas informações que a Polícia Federal, em parceria com 14 estados e o Distrito Federal, disponibilizará, até o final do ano, no Cadastro Nacional de Apreensão de Drogas e Bens Relacionados (Sinad).
O cadastro foi apresentado no Ministério da Justiça nesta quinta-feira (8), em Brasília. Além da Polícia Federal, do Rio de Janeiro e do Distrito Federal, que participaram do projeto-piloto, o Sinad deverá incluir Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Piauí, Pernambuco, Rio Grande do Sul, Roraima, Rondônia, Santa Catarina, Sergipe e São Paulo até dezembro deste ano. A meta, até o primeiro semestre de 2011, é que todos os estados incluam suas informações no banco de dados.
O sistema deverá ajudar na formulação de políticas públicas mais precisas, no acompanhamento e distribuição dos recursos obtidos pela apreensão de bens envolvidos no tráfico de drogas e na produção de dados estatísticos para apresentação junto aos fóruns nacionais e internacionais sobre o tema.
As informações serão utilizadas como mais um critério para a distribuição do Fundo Nacional de Segurança Pública e, posteriormente, também poderá servir de critério do Fundo Nacional Anti-drogas. A ideia é compensar os estados que alimentam o sistema e tem foco no combate ao tráfico com mais recursos para fortalecer essas ações.
O sistema estará disponível na Rede de Integração Nacional de Informações de Segurança Pública, Justiça e Fiscalização (Infoseg) para as polícias judiciárias da União, estados e Distrito Federal, bem como seções de planejamento das Secretarias de Segurança Pública e da Presidência da República, além dos órgãos do Ministério da Justiça.
Para incluir as informações, os estados não precisarão adquirir novos sistemas. As ferramentas tecnológicas permitem aproveitar os dados conforme estão registrados nos sistemas estaduais ou incluí-los diretamente via Infoseg.
O Sinad está previsto na Lei nº 11.343/06, como componente do Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas (Sisnad), que estabelece normas para repressão à produção não autorizada e ao tráfico ilícito de drogas.
Portal Jornal do Povo
Curitiba não tem locais suficientes para tratar usuários de drogas
Prefeitura tem apenas 5 unidades de atendimento e parceria com dois hospitais
Usuários de drogas lícitas e ilícitas têm poucas opções de unidades de tratamento gratuito em Curitiba. A prefeitura disponibiliza a população quatro Centros de Atendimento Psicossocial (CAPS) para adultos dependentes químicos, nos bairros Boa Vista, Cajuru, Bairro Novo e Portão. Um quinto CAPS, no bairro Batel, atende exclusivamente a crianças e adolescente. O Estado presta atendimento emergencial pelo Centro Psiquiátrico Metropolitano (CPM) e 35 leitos de tratamento em tempo integral no Hospital Adalto Botelho.
“Entendo a questão desse tipo de tratamento como uma lacuna que o estado tem por obrigação preencher e fazer mais. É emergencial”, acredita o secretário estadual de saúde, Carlos Moreira Junior. Ele afirmou que a ala especial para o tratamento de dependentes químicos está passando por uma readequação para receber mais 30 leitos e a intenção é ampliar ainda mais.
O tratamento realizado nos CAPS é ambulatorial e o paciente passa o dia realizando atividades e a noite retorna para casa. Portanto, não há o internamento, apenas um acompanhamento médico e a frequência de comparecimentos varia de acordo com a intensidade do tratamento. Em cada unidade são cerca de 190 vagas por mês, sendo que a unidade da criança e do adolescente tem 155 vagas/mês. Para ser atendidos por uma dessas unidades é preciso ser encaminhado pela unidade de saúde local. Esses espaços atendem exclusivamente a capital.
O tratamento com internamento é realizado pela prefeitura apenas com os hospitais conveniados São Julian e Helio Rotemberg. Ao todo são cerca de 250 vagas disponibilizadas para atender toda a população curitibana. “O internamento só é indicado em última opção quando o médico percebe que o quadro clínico do paciente é de grande risco”, explica Raquel Cubas, integrante do Centro de Informação e Saúde da prefeitura, que considera o número de vagas dos CAPS atuais adequados, mas que revela que outros dois CAPS devem ser inaugurados até 2012.
Nos CAPS os pacientes recebem uma abordagem multiprofissional e participam de projetos de geração de renda para a reinserção social. Nessas unidades, a maior procura por tratamento é de dependentes do álcool e o maior desafio para os médicos é o crack. “A maior dificuldade se encontra no fato de se tratar de uma droga nova sobre a qual se estudou muito pouco”, conta Raquel. Outra limitação é o desejo de querer se recuperar. “Dependemos da vontade do sujeito, pois neste caso não há como um terceiro interferir. O desejo tem que partir de pessoa”.
Outra opção são as comunidades terapêuticas, geralmente filantrópicas, que realizam o tratamento continuo de dependentes. “Todas as instituições que conheço, assim como nós, também possuem problemas financeiros”, revela o agente de saúde, técnico em dependência química e coordenador da Associação Emaús, Gilberto dos Santos Paes. Esta é uma comunidade católica, que trabalha com a espiritualidade e não com medicamentos, mas recebe pacientes independente da escolha religiosa. Lá se tratam viciados em qualquer tipo de droga, desde que se sejam casos leves ou moderados.
A associação possui 24 leitos, tem atualmente 15 internos, e sobrevive da contribuição de empresários, doações da sociedade e familiares. “A contribuição dada pela família depende da condição financeira. O valor varia entre nada e R$ 600. Dos 15 pacientes que temos agora, 10 não pagam nada”, explica. Gilberto acredita que todos os locais disponíveis em Curitiba não são suficientes para atender a demanda e que a situação se agrava se tratando da região metropolitana. “Todos os dias cerca de três pessoas vem procurar ajuda aqui. Para aqueles que não temos lugar encaminhamos para outra instituição onde ele pode ser atendido”, afirma.
O coordenador conta que, segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) o número de usuários de drogas aumenta 70% por ano, sendo que apenas 20% se recuperam. “Na associação o índice de recuperação é de 75%, mas mesmo assim para suprir a demanda da cidade seria necessário dobrar o número de locais de atendimento ou o governo investir fortemente nas instituições já existentes”, calcula. Na Emaús, os internos contam com toda a estrutura de uma casa, contato com os familiares, quadra de futebol, academia (que ainda está em construção), capela e biblioteca. “Aqui o muro tem um metro e meio, os portões ficam abertos o tempo todo e ninguém vai embora. Isso porque tudo é negociável, menos a vontade de se tratar. A pessoa precisa querer o tratamento”.
Reportagem Daiane Rosa
Fotos Rodrigo Pinto
Usuários de drogas lícitas e ilícitas têm poucas opções de unidades de tratamento gratuito em Curitiba. A prefeitura disponibiliza a população quatro Centros de Atendimento Psicossocial (CAPS) para adultos dependentes químicos, nos bairros Boa Vista, Cajuru, Bairro Novo e Portão. Um quinto CAPS, no bairro Batel, atende exclusivamente a crianças e adolescente. O Estado presta atendimento emergencial pelo Centro Psiquiátrico Metropolitano (CPM) e 35 leitos de tratamento em tempo integral no Hospital Adalto Botelho.
“Entendo a questão desse tipo de tratamento como uma lacuna que o estado tem por obrigação preencher e fazer mais. É emergencial”, acredita o secretário estadual de saúde, Carlos Moreira Junior. Ele afirmou que a ala especial para o tratamento de dependentes químicos está passando por uma readequação para receber mais 30 leitos e a intenção é ampliar ainda mais.
O tratamento realizado nos CAPS é ambulatorial e o paciente passa o dia realizando atividades e a noite retorna para casa. Portanto, não há o internamento, apenas um acompanhamento médico e a frequência de comparecimentos varia de acordo com a intensidade do tratamento. Em cada unidade são cerca de 190 vagas por mês, sendo que a unidade da criança e do adolescente tem 155 vagas/mês. Para ser atendidos por uma dessas unidades é preciso ser encaminhado pela unidade de saúde local. Esses espaços atendem exclusivamente a capital.
O tratamento com internamento é realizado pela prefeitura apenas com os hospitais conveniados São Julian e Helio Rotemberg. Ao todo são cerca de 250 vagas disponibilizadas para atender toda a população curitibana. “O internamento só é indicado em última opção quando o médico percebe que o quadro clínico do paciente é de grande risco”, explica Raquel Cubas, integrante do Centro de Informação e Saúde da prefeitura, que considera o número de vagas dos CAPS atuais adequados, mas que revela que outros dois CAPS devem ser inaugurados até 2012.
Nos CAPS os pacientes recebem uma abordagem multiprofissional e participam de projetos de geração de renda para a reinserção social. Nessas unidades, a maior procura por tratamento é de dependentes do álcool e o maior desafio para os médicos é o crack. “A maior dificuldade se encontra no fato de se tratar de uma droga nova sobre a qual se estudou muito pouco”, conta Raquel. Outra limitação é o desejo de querer se recuperar. “Dependemos da vontade do sujeito, pois neste caso não há como um terceiro interferir. O desejo tem que partir de pessoa”.
Outra opção são as comunidades terapêuticas, geralmente filantrópicas, que realizam o tratamento continuo de dependentes. “Todas as instituições que conheço, assim como nós, também possuem problemas financeiros”, revela o agente de saúde, técnico em dependência química e coordenador da Associação Emaús, Gilberto dos Santos Paes. Esta é uma comunidade católica, que trabalha com a espiritualidade e não com medicamentos, mas recebe pacientes independente da escolha religiosa. Lá se tratam viciados em qualquer tipo de droga, desde que se sejam casos leves ou moderados.
A associação possui 24 leitos, tem atualmente 15 internos, e sobrevive da contribuição de empresários, doações da sociedade e familiares. “A contribuição dada pela família depende da condição financeira. O valor varia entre nada e R$ 600. Dos 15 pacientes que temos agora, 10 não pagam nada”, explica. Gilberto acredita que todos os locais disponíveis em Curitiba não são suficientes para atender a demanda e que a situação se agrava se tratando da região metropolitana. “Todos os dias cerca de três pessoas vem procurar ajuda aqui. Para aqueles que não temos lugar encaminhamos para outra instituição onde ele pode ser atendido”, afirma.
O coordenador conta que, segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) o número de usuários de drogas aumenta 70% por ano, sendo que apenas 20% se recuperam. “Na associação o índice de recuperação é de 75%, mas mesmo assim para suprir a demanda da cidade seria necessário dobrar o número de locais de atendimento ou o governo investir fortemente nas instituições já existentes”, calcula. Na Emaús, os internos contam com toda a estrutura de uma casa, contato com os familiares, quadra de futebol, academia (que ainda está em construção), capela e biblioteca. “Aqui o muro tem um metro e meio, os portões ficam abertos o tempo todo e ninguém vai embora. Isso porque tudo é negociável, menos a vontade de se tratar. A pessoa precisa querer o tratamento”.
Reportagem Daiane Rosa
Fotos Rodrigo Pinto
Marcadores:
drogas
Indefensável
FICHADO
Bruno ao ser fotografado como suspeito pela polícia do Rio. Ele deverá ser indiciado em seis crimes
Veja mais:
Quantos anos de prisão o goleiro Bruno pode pegar?
Advogado criminalista ouvido por ÉPOCA detalha crimes pelos quais o jogador poderá ser acusado. Pena pode chegar a 74 anos
O goleiro do Flamengo Bruno Fernandes foi indiciado na última quarta-feira (7) como mandante do sequestro de Eliza Samudio, de 25 anos. Bruno, seu amigo Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, e o ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, também conhecido como Bola, estão presos na Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem (MG). Eles são os principais suspeitos do caso.
Além deles, já estão presos Dayanne Rodrigues do Carmo Souza, mulher de Bruno, um menor de 17 anos, primo de Bruno, Sérgio Rosa Sales Camelo, também primo do jogador, Wemerson de Souza, o "Coxinha",Flávio Caetano de Araújo e Cleiton da Silva Gonçalves, amigos de Bruno, e Elenilson Vitor da Silva, administrador do sítio de Bruno.
De acordo com o advogado criminalista ouvido por ÉPOCA, James Walker, na somatória, a pena do goleiro Bruno (confira no quadro abaixo os crimes pelos quais ele pode ser acusado) pode passar dos 60 anos. O advogado diz ainda que o jogador pode ir a júri popular. "Os crimes dolosos contra a vida, em que há a intenção de matar, vão a júri popular. Os crimes que não são do mesmo tipo, como o sequestro, vão a júri popular se tiverem sido um degrau para a prática do homicídio”, afirma Walker.
O advogado estima que, se for condenado, Bruno pode cumprir pelo menos 17 anos de prisão, já levando em conta a progressão de pena. “Só não dá para dizer o tempo matematicamente, porque há muitas variáveis”, diz.
Buscas pelo corpo
Nesta sexta-feira (9), o Corpo de Bombeiros retomou as buscas pelo corpo de Eliza Samudio no sítio alugado no pelo ex-policial civil Marcos Aparecido dos Santos, conhecido como Bola, em Esmeraldas, na Grande Belo Horizonte. Com auxílio de cães farejadores, 40 homens vasculharam o local. Nada foi encontrado.
A polícia já trabalha com a hipótese de não encontrar o corpo de Eliza. Mas, se isso realmente acontecer, como ficam as acusações? Segundo o advogado criminalista Rodrigo Fragoso, a falta de cadáver não retira a materialidade do crime.
“Se as provas testemunhais e indícios fortes mostraram que o homicídio aconteceu e o corpo foi ocultado, o Código Penal afirma que esses indícios podem suprir a ausência do corpo", diz.
Crime e Pena
Sequestro: 2 a 8 anos
Lesão corporal : 3 a 10 anos (mas pode ser reduzida porque o crime não foi consumado)
Cárcere privado: (RJ): 1 a 3 anos
Cárcere privado qualificado (MG): 2 a 8 anos (as condições são mais cruéis e resultaram na morte da Eliza)
Tortura: 2 a 8 anos
Homicídio triplamente qualificado: 12 a 30 anos (o motivo fútil, não querer pagar pensão alimentícia, é um dos agravantes)
Formação de quadrilha: 1 a 3 anos
Total: 24 a 74 anos
Época
Bruno ao ser fotografado como suspeito pela polícia do Rio. Ele deverá ser indiciado em seis crimes
As confissões e os detalhes macabros do crime que chocou o Brasil – e levou para a cadeia o goleiro Bruno, antigo ídolo da torcida do Flamengo
“Vacilão, você tinha tudo!” As palavras da empregada doméstica Clécia Azevedo, de 34 anos, destoavam dos gritos de “assassino” e “matador”, desferidos pela multidão que cercava a delegacia. Os poucos passos do goleiro Bruno entre a porta de saída e o carro que o levaria à penitenciária de Bangu 2, na tarde da última quinta-feira, foram seguidos por uns 100 jornalistas e curiosos. Muitos estudantes, ainda em uniformes escolares, gente que passava por ali e desocupados com camisas de times rivais do Flamengo – todos queriam ver de perto o homem que nasceu pobre e virou ídolo, rico e famoso, para depois pôr tudo a perder.
De herói da torcida, Bruno virou um monstro. A frieza que fez a glória de Bruno em campo chocou o país fora dele. Na sala da diretora da Polinter, para onde foi assim que se entregou na quarta-feira, um Bruno alheio a tudo pediu para ver, pela fresta da persiana, a multidão lá embaixo. Olhou por alguns segundos, fechou a persiana e, em seguida, se distraiu com o símbolo da Polícia Civil desenhado num vidro. “É uma águia?”, perguntou à delegada Roberta Carvalho. Ela disse que sim. Enquanto o país inteiro assistia incrédulo aos detalhes estarrecedores do crime e uma pequena multidão gritava “Assassino!”, Bruno virou-se para a delegada:
– A senhora já viu o filme Ninho de águias? Veja. É muito bom.
Bruno deixou a Polinter e foi para a Delegacia de Homicídios na Barra da Tijuca, onde passaria a noite numa cela improvisada de 6 metros quadrados, sem banheiro. Enquanto aguardava numa das salas, voltou a conversar com os policiais. Num vídeo gravado por um agente, revelou sua primeira preocupação:
– Agora, eu acho que as coisas ficaram difíceis. Se eu tinha esperança de disputar a Copa de 2014, acabou.
Na transferência da delegacia ao presídio de Bangu 2, onde ficou até ser levado a Belo Horizonte, Bruno aparecia inabalável, usando um boné com a aba para trás e carregando uma Bíblia. Seu ar impassível, seu comportamento alheio às evidências que se acumulavam contra ele, sua indiferença glacial à história de horror que aos poucos se revelava aos brasileiros, tudo isso chocou a nação. As acusações que pesam contra Bruno e seus amigos – todas negadas pelos suspeitos – pertencem àquela região da alma humana que, embora real, desperta um misto de repulsa, horror e incredulidade. A história está longe de ser comprovada. Há diversos detalhes a apurar e contradições a esclarecer. De acordo com a versão dos fatos que emerge dos depoimentos divulgados pela polícia, porém, Bruno teria sido o mandante de um crime bárbaro. Sua ex-amante Eliza Samudio, mãe de um filho que ele se recusava a reconhecer, teria sido sequestrada, mantida em cárcere privado, torturada, assassinada, e – o ingrediente mais macabro – seu corpo esquartejado teria sido entregue a cães da raça rottweiler para ser devorado e depois encoberto por uma camada de concreto.
Nelito Fernandes, Martha Mendonça, Rafael Pereira e Leopoldo Mateus, de Belo Horizonte (MG)
“Vacilão, você tinha tudo!” As palavras da empregada doméstica Clécia Azevedo, de 34 anos, destoavam dos gritos de “assassino” e “matador”, desferidos pela multidão que cercava a delegacia. Os poucos passos do goleiro Bruno entre a porta de saída e o carro que o levaria à penitenciária de Bangu 2, na tarde da última quinta-feira, foram seguidos por uns 100 jornalistas e curiosos. Muitos estudantes, ainda em uniformes escolares, gente que passava por ali e desocupados com camisas de times rivais do Flamengo – todos queriam ver de perto o homem que nasceu pobre e virou ídolo, rico e famoso, para depois pôr tudo a perder.
De herói da torcida, Bruno virou um monstro. A frieza que fez a glória de Bruno em campo chocou o país fora dele. Na sala da diretora da Polinter, para onde foi assim que se entregou na quarta-feira, um Bruno alheio a tudo pediu para ver, pela fresta da persiana, a multidão lá embaixo. Olhou por alguns segundos, fechou a persiana e, em seguida, se distraiu com o símbolo da Polícia Civil desenhado num vidro. “É uma águia?”, perguntou à delegada Roberta Carvalho. Ela disse que sim. Enquanto o país inteiro assistia incrédulo aos detalhes estarrecedores do crime e uma pequena multidão gritava “Assassino!”, Bruno virou-se para a delegada:
– A senhora já viu o filme Ninho de águias? Veja. É muito bom.
Bruno deixou a Polinter e foi para a Delegacia de Homicídios na Barra da Tijuca, onde passaria a noite numa cela improvisada de 6 metros quadrados, sem banheiro. Enquanto aguardava numa das salas, voltou a conversar com os policiais. Num vídeo gravado por um agente, revelou sua primeira preocupação:
– Agora, eu acho que as coisas ficaram difíceis. Se eu tinha esperança de disputar a Copa de 2014, acabou.
Na transferência da delegacia ao presídio de Bangu 2, onde ficou até ser levado a Belo Horizonte, Bruno aparecia inabalável, usando um boné com a aba para trás e carregando uma Bíblia. Seu ar impassível, seu comportamento alheio às evidências que se acumulavam contra ele, sua indiferença glacial à história de horror que aos poucos se revelava aos brasileiros, tudo isso chocou a nação. As acusações que pesam contra Bruno e seus amigos – todas negadas pelos suspeitos – pertencem àquela região da alma humana que, embora real, desperta um misto de repulsa, horror e incredulidade. A história está longe de ser comprovada. Há diversos detalhes a apurar e contradições a esclarecer. De acordo com a versão dos fatos que emerge dos depoimentos divulgados pela polícia, porém, Bruno teria sido o mandante de um crime bárbaro. Sua ex-amante Eliza Samudio, mãe de um filho que ele se recusava a reconhecer, teria sido sequestrada, mantida em cárcere privado, torturada, assassinada, e – o ingrediente mais macabro – seu corpo esquartejado teria sido entregue a cães da raça rottweiler para ser devorado e depois encoberto por uma camada de concreto.
Nelito Fernandes, Martha Mendonça, Rafael Pereira e Leopoldo Mateus, de Belo Horizonte (MG)
Veja mais:
Quantos anos de prisão o goleiro Bruno pode pegar?
Advogado criminalista ouvido por ÉPOCA detalha crimes pelos quais o jogador poderá ser acusado. Pena pode chegar a 74 anos
O goleiro do Flamengo Bruno Fernandes foi indiciado na última quarta-feira (7) como mandante do sequestro de Eliza Samudio, de 25 anos. Bruno, seu amigo Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, e o ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, também conhecido como Bola, estão presos na Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem (MG). Eles são os principais suspeitos do caso.
Além deles, já estão presos Dayanne Rodrigues do Carmo Souza, mulher de Bruno, um menor de 17 anos, primo de Bruno, Sérgio Rosa Sales Camelo, também primo do jogador, Wemerson de Souza, o "Coxinha",Flávio Caetano de Araújo e Cleiton da Silva Gonçalves, amigos de Bruno, e Elenilson Vitor da Silva, administrador do sítio de Bruno.
De acordo com o advogado criminalista ouvido por ÉPOCA, James Walker, na somatória, a pena do goleiro Bruno (confira no quadro abaixo os crimes pelos quais ele pode ser acusado) pode passar dos 60 anos. O advogado diz ainda que o jogador pode ir a júri popular. "Os crimes dolosos contra a vida, em que há a intenção de matar, vão a júri popular. Os crimes que não são do mesmo tipo, como o sequestro, vão a júri popular se tiverem sido um degrau para a prática do homicídio”, afirma Walker.
O advogado estima que, se for condenado, Bruno pode cumprir pelo menos 17 anos de prisão, já levando em conta a progressão de pena. “Só não dá para dizer o tempo matematicamente, porque há muitas variáveis”, diz.
Buscas pelo corpo
Nesta sexta-feira (9), o Corpo de Bombeiros retomou as buscas pelo corpo de Eliza Samudio no sítio alugado no pelo ex-policial civil Marcos Aparecido dos Santos, conhecido como Bola, em Esmeraldas, na Grande Belo Horizonte. Com auxílio de cães farejadores, 40 homens vasculharam o local. Nada foi encontrado.
A polícia já trabalha com a hipótese de não encontrar o corpo de Eliza. Mas, se isso realmente acontecer, como ficam as acusações? Segundo o advogado criminalista Rodrigo Fragoso, a falta de cadáver não retira a materialidade do crime.
“Se as provas testemunhais e indícios fortes mostraram que o homicídio aconteceu e o corpo foi ocultado, o Código Penal afirma que esses indícios podem suprir a ausência do corpo", diz.
Crime e Pena
Sequestro: 2 a 8 anos
Lesão corporal : 3 a 10 anos (mas pode ser reduzida porque o crime não foi consumado)
Cárcere privado: (RJ): 1 a 3 anos
Cárcere privado qualificado (MG): 2 a 8 anos (as condições são mais cruéis e resultaram na morte da Eliza)
Tortura: 2 a 8 anos
Homicídio triplamente qualificado: 12 a 30 anos (o motivo fútil, não querer pagar pensão alimentícia, é um dos agravantes)
Formação de quadrilha: 1 a 3 anos
Total: 24 a 74 anos
Época
Dificuldade de resolver problemas torna jovem mais propenso ao bullying
Intimidador tem baixa estima, costuma ter atitudes negativas contra os outros e é mau aluno.
Meninos adotam mais o comportamento agressivo do que as meninas
Crianças e adolescentes que apresentam dificuldade de resolver problemas e de se relacionarem socialmente correm mais risco de se tornarem pessoas agressivas ou se tornarem vítimas deste tipo de agressão mundialmente conhecida como bullying. E este risco aumenta quando estão com problemas na escola, segundo uma pesquisa publicada pela American Psychological Association.
Estes três grupos apresentam características semelhantes e ao mesmo tempo particularidades que ajudaram os pesquisadores da Universidade de Lousiana a chegarem a essa conclusão, segundo o autor do estudo, Clayton Cook.
- O objetivo do estudo é desenvolver estratégias de prevenção e intervenção para conter com esse ciclo de intimidação.
Outro aspecto do estudo diz que meninos costumam ter este perfil agressivo mais do que as meninas e tanto os intimidadores quanto suas vítimas têm pouca habilidade de resolver conflitos sociais. E, segundo a pesquisa, o fraco desempenho escolar pode prever quem vai ter esse comportamento.
- Ele ou ela normalmente têm atitudes negativas sobre os outros, sentem-se mal em relação a si próprio, vêm de um ambiente familiar caracterizado por conflitos e pobreza, percebem a escola como um lugar ruim e são influenciados negativamente por pessoas próximas.
O diferencial da pesquisa, entretanto, mostra que a própria vítima destes intimidadores também tem atitudes negativas, problemas de interação social, dificuldades de resolver problemas, baixo desempenho acadêmico e não é apenas rejeitado e isolado por pessoas próximas, mas também é influenciado negativamente pelos colegas com quem ele ou ela interage, de acordo com o estudo.
Até a idade do jovem pode influenciar nesta atitude. Segundo o autor do estudo, o intimidador quando jovem costuma ser mais desafiador, agressivo e perturbado, enquanto que quando mais velho mostra-se mais deprimido e ansioso. Ainda no caso do mais velho, ele se incomoda mais do que o jovem em ser rejeitado e por ser impopular. Ao passo que as vítimas do bullying com idade mais avançada sofrem mais de depressão e ansiedade do que as vítimas mais jovens.
R7
Crianças e adolescentes que apresentam dificuldade de resolver problemas e de se relacionarem socialmente correm mais risco de se tornarem pessoas agressivas ou se tornarem vítimas deste tipo de agressão mundialmente conhecida como bullying. E este risco aumenta quando estão com problemas na escola, segundo uma pesquisa publicada pela American Psychological Association.
Estes três grupos apresentam características semelhantes e ao mesmo tempo particularidades que ajudaram os pesquisadores da Universidade de Lousiana a chegarem a essa conclusão, segundo o autor do estudo, Clayton Cook.
- O objetivo do estudo é desenvolver estratégias de prevenção e intervenção para conter com esse ciclo de intimidação.
Outro aspecto do estudo diz que meninos costumam ter este perfil agressivo mais do que as meninas e tanto os intimidadores quanto suas vítimas têm pouca habilidade de resolver conflitos sociais. E, segundo a pesquisa, o fraco desempenho escolar pode prever quem vai ter esse comportamento.
- Ele ou ela normalmente têm atitudes negativas sobre os outros, sentem-se mal em relação a si próprio, vêm de um ambiente familiar caracterizado por conflitos e pobreza, percebem a escola como um lugar ruim e são influenciados negativamente por pessoas próximas.
O diferencial da pesquisa, entretanto, mostra que a própria vítima destes intimidadores também tem atitudes negativas, problemas de interação social, dificuldades de resolver problemas, baixo desempenho acadêmico e não é apenas rejeitado e isolado por pessoas próximas, mas também é influenciado negativamente pelos colegas com quem ele ou ela interage, de acordo com o estudo.
Até a idade do jovem pode influenciar nesta atitude. Segundo o autor do estudo, o intimidador quando jovem costuma ser mais desafiador, agressivo e perturbado, enquanto que quando mais velho mostra-se mais deprimido e ansioso. Ainda no caso do mais velho, ele se incomoda mais do que o jovem em ser rejeitado e por ser impopular. Ao passo que as vítimas do bullying com idade mais avançada sofrem mais de depressão e ansiedade do que as vítimas mais jovens.
R7
Marcadores:
bullying,
comportamento
Adolescente engravida de irmão no DF e família causa polêmica
Caso de incesto levanta discussão sobre o direito ao aborto
Uma adolescente de 15 anos de Brasília recebeu autorização da Justiça para realizar um aborto após cinco meses de gravidez. O pedido foi feito pela família da jovem, depois de descobrir que o bebê é fruto de uma relação incestuosa com o irmão, atualmente com 22 anos. O rapaz foi denunciado pelos pais e está foragido. A família agora quer que a gravidez não vá adiante.
O caso levantou na cidade a discussão sobre o direito da família em interromper uma gravidez. Os médicos ainda vão decidir se o aborto é seguro para a adolescente, enquanto a polícia já investiga o caso.
R7
Justiça negou em 2009 proteção para Eliza depois de denúncia contra Bruno por agressão
RIO - Embora a Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) de Jacarepaguá tenha requerido à Justiça que o goleiro Bruno fosse mantido longe da ex-amante Eliza Samudio, o 3º Juizado de Violência Doméstica negou o pedido. Em sua decisão, a juíza titular Ana Paula Delduque Migueis Laviola de Freitas diz que Eliza, por não manter qualquer tipo de relação afetiva, familiar ou doméstica com o jogador, não podia se beneficiar das medidas protetivas, nem "tentar punir o agressor", no caso Bruno, "sob pena de banalizar a finalidade da Lei Maria da Penha".
Em seu depoimento na Deam, no dia 13 de outubro de 2009, Eliza disse que tinha "ficado" com Bruno, explicando, a pedido da delegada da época, o significado da palavra: manter relações sexuais. Mais adiante, a vítima, grávida de cinco meses, detalha a agressão e o cárcere privado em que foi mantida, além do fato de o goleiro ter dado a ela substâncias abortivas, no dia anterior ao registro policial.
A juíza Ana Paula encaminhou o caso para uma das varas criminais, relatando em sua sentença que a Lei Maria da Penha "tem como meta a proteção da família, seja ela proveniente de união estável ou do casamento, bem como objetiva a proteção da mulher na relação afetiva, e não na relação puramente de caráter eventual e sexual". O fato de Eliza estar grávida não foi analisado na decisão, assinada pela juíza em 19 de outubro do ano passado.
Depois de o 3º Juizado de Violência Doméstica negar o afastamento de Bruno, o inquérito de Eliza só foi concluído pela Deam e encaminhado à Justiça quase nove meses depois - uma gestação. Além da demora na confecção do laudo toxicológico de Eliza, a fim de comprovar o crime de tentativa de aborto - só concluído depois do desaparecimento dela, que veio à tona em 24 de junho -, o goleiro demorou para se apresentar à Deam, sob o pretexto de que estava concentrado nos treinos, principalmente por causa dos jogos do Campeonato Brasileiro.
" Quem nunca saiu na mão com a mulher? "
O Ministério Público também, por sua vez, pediu o inquérito apenas duas vezes, em nove meses, para cobrar o laudo. Na última delas, foi provocado pela informação, veiculada na imprensa, de que Bruno dera a seguinte declaração, em março deste ano, defendendo o jogador Adriano: "Quem nunca saiu na mão com a mulher?".
Foi também provocada pela imprensa que a titular da Deam, Silvana Braga - a terceira delegada a cuidar do caso na especializada-, concluiu o inquérito sem o laudo do Instituto Médico-Legal e o enviou ao MP, na semana passada. O laudo só saiu na última terça-feira. Por causa disso, Bruno e o cúmplice Macarrão foram denunciados no dia seguinte pelo promotor de Justiça Alexandre Murilo Graça, por cárcere privado e lesão corporal, já que o laudo do IML não afirmou com precisão se Eliza tomou substância abortiva.
Na decisão do juiz Marco Couto, da 1ª Vara Criminal de Jacarepaguá, que decretou a prisão de Bruno e Macarrão, ele analisou a natureza agressiva e a periculosidade do jogador. Ao fundamentar a sua sentença, o juiz ressaltou um trecho do depoimento de Eliza à Deam, no qual ela conta que o goleiro teria dito: "(...) Você não me conhece e não sabe do que eu sou capaz, pois eu venho da favela".
Leia mais:
DNA de saliva encontrada na casa de ex-policial pode comprovar passagem de Eliza pelo lugar
Em seu depoimento na Deam, no dia 13 de outubro de 2009, Eliza disse que tinha "ficado" com Bruno, explicando, a pedido da delegada da época, o significado da palavra: manter relações sexuais. Mais adiante, a vítima, grávida de cinco meses, detalha a agressão e o cárcere privado em que foi mantida, além do fato de o goleiro ter dado a ela substâncias abortivas, no dia anterior ao registro policial.
A juíza Ana Paula encaminhou o caso para uma das varas criminais, relatando em sua sentença que a Lei Maria da Penha "tem como meta a proteção da família, seja ela proveniente de união estável ou do casamento, bem como objetiva a proteção da mulher na relação afetiva, e não na relação puramente de caráter eventual e sexual". O fato de Eliza estar grávida não foi analisado na decisão, assinada pela juíza em 19 de outubro do ano passado.
Depois de o 3º Juizado de Violência Doméstica negar o afastamento de Bruno, o inquérito de Eliza só foi concluído pela Deam e encaminhado à Justiça quase nove meses depois - uma gestação. Além da demora na confecção do laudo toxicológico de Eliza, a fim de comprovar o crime de tentativa de aborto - só concluído depois do desaparecimento dela, que veio à tona em 24 de junho -, o goleiro demorou para se apresentar à Deam, sob o pretexto de que estava concentrado nos treinos, principalmente por causa dos jogos do Campeonato Brasileiro.
" Quem nunca saiu na mão com a mulher? "
O Ministério Público também, por sua vez, pediu o inquérito apenas duas vezes, em nove meses, para cobrar o laudo. Na última delas, foi provocado pela informação, veiculada na imprensa, de que Bruno dera a seguinte declaração, em março deste ano, defendendo o jogador Adriano: "Quem nunca saiu na mão com a mulher?".
Foi também provocada pela imprensa que a titular da Deam, Silvana Braga - a terceira delegada a cuidar do caso na especializada-, concluiu o inquérito sem o laudo do Instituto Médico-Legal e o enviou ao MP, na semana passada. O laudo só saiu na última terça-feira. Por causa disso, Bruno e o cúmplice Macarrão foram denunciados no dia seguinte pelo promotor de Justiça Alexandre Murilo Graça, por cárcere privado e lesão corporal, já que o laudo do IML não afirmou com precisão se Eliza tomou substância abortiva.
Na decisão do juiz Marco Couto, da 1ª Vara Criminal de Jacarepaguá, que decretou a prisão de Bruno e Macarrão, ele analisou a natureza agressiva e a periculosidade do jogador. Ao fundamentar a sua sentença, o juiz ressaltou um trecho do depoimento de Eliza à Deam, no qual ela conta que o goleiro teria dito: "(...) Você não me conhece e não sabe do que eu sou capaz, pois eu venho da favela".
Leia mais:
DNA de saliva encontrada na casa de ex-policial pode comprovar passagem de Eliza pelo lugar
sexta-feira, 9 de julho de 2010
Consequências para os envolvidos nas Falsas Acusações
Adaptado do livro Falsas Acusações de Abuso Sexual e a Implantação de Falsas Memórias da psicóloga Dra. Andreia Calçada (Equilíbrio, 2008).
Incalculáveis. Inimagináveis. Os dois adjetivos são os que melhor definem as conseqüências para adultos e crianças envolvidas em Falsas Acusações de Abuso Sexual. Já vimos que essas conseqüências se assemelham, e muito, às que acometem pessoas realmente abusadas, assim este relato com Eça com as conseqüências para as crianças que sofreram abuso sexual real já que os reflexos das falsas acusações são bem parecidos.
Os estudos demonstram que a curto e médio prazo os principais distúrbios que se manifestam em vítimas de abuso sexual real são as reações psicossomáticas e desordens no comportamento. De acordo com a psicóloga especializada em perícias com adultos que abusam, quanto com crianças abusadas, Liliane Deltaglia: “Mais do que o ato sexual imposto à criança é a violência da situação de dominação que provoca as desordens de comportamento constatadas.” São reações como pesadelos, medos e angústias; anomalias no comportamento sexual tais como masturbação excessiva, introdução de objetos na vagina ou no ânus, comportamento de sedução, pedido de estimulação sexual, conhecimento da sexualidade adulta inadaptada para a idade, entre outros.
As vítimas relatam perda completa ou quase completa de libido e, em geral, insatisfação como ato. As dificuldades afetivas, interpessoais e sexuais se expressam de diversas maneiras, desde desajustes sexuais até promiscuidade, passando por tentativas de suicídio ou homicídio, distúrbios de escolaridade, perda da auto-estima, culpas, vergonhas, obesidade, depressão, desordens de caráter, desajustes matrimoniais, aversão a atividade sexual, frigidez, conflitos cm os pais, abuso de crianças menores, etc.
Assim como no abuso sexual real, nos casos falsos a auto-estima, autoconfiança e confiança no outro ficam fortemente abaladas, abrindo caminho pra que patologias graves se instalem. Na prática clínica, na avaliação de crianças vítimas de falsas acusações de abuso observa-se, no curto prazo, conseqüências como depressão infantil, angustia, sentimento de culpa, rigidez e inflexibilidade diante das situações cotidianas, insegurança, medos e fobias, choro compulsivo, sem motivo aparente, mostrando as alterações afetivas. Já nos aspectos interpessoal observa-se dificuldade em confiar no outro, fazer amizades, estabelecer relações com pessoas mais velhas, apego excessivo à figura “acusadora” e mudança das características habituais da sexualidade manifestas em vergonha em trocar de roupa na frente de outras pessoas, não querer mostrar o corpo ou tomar banho com colegas e recusa anormal a exames médicos e ginecológicos. Configura-se, portanto, o grave fato de que a criança PASSA A ACREDITAR QUE FOI REALMENTE ABUSADA, comprometendo todos os seus futuros relacionamentos.
ADULTOS ACUSADOS
A falsa acusação causa sentimentos profundos na pessoa acusada. Gera sentimentos de raiva, impotência, insegurança, entre outros. Por ser uma acusação subjetiva, é difícil de ser contestada objetivamente, o que exacerba ainda mais a raiva, a impotência e a insegurança. Além das conseqüências jurídicas e penais a que as pessoas falsamente acusadas estão sujeitas, a desestruturação é completa em todas as esferas da vida. Socialmente, o indivíduo perde a confiança social, passa a ser visto como uma aberração, um monstro indigno de confiança. Perde amizades, passa por constrangimentos em todos os ambientes; perde privacidade e fica exposto a insultos, injúrias, o que leva a fechar-se e retrair-se socialmente.
Além da ameaça da perda da liberdade. A depressão, insegurança, baixa auto-estima, raiva, ódio, sentimento de impotência, angústia, agressividade, ego frágil, perda do referencial de saúde mental,pensamentos e idéias suicidas, somatizações de doenças, alterações no apetite e no sono, atitudes impulsivas e agressivas, descontrole emocional, entre outros são reflexo da desordem emocional.
Tudo isso, é claro, se reflete na vida profissional e financeira: o indivíduo passa a ter dificuldades em se concentrar ou focar a atenção em suas tarefas , o que acarreta baixa produtividade, baixo rendimento em função da baixa auto-estima, o que cedo ou tarde, pode acarretar perda do emprego e desorganização da vida financeira, pois tem que arcar co despesas judiciais para se defender nos processos e uma miríade de outros problemas. O indivíduo tem de se afastar do filho que passa a temê-lo e acusá-lo, perde o direito às visitações da criança, além de sofrer com a interferência negativa nos relacionamentos atuais e futuros com cônjuge ou filhos. E isso acontece com pessoas antes ajustadas socialmente.
Segundo o psicólogo espanhol José Manuel Aguilar Cuenca, no livro SAP – Síndrome de Alienación Parental, inúmeros estudos demonstram que crianças, filhas de pais divorciados, não apresentam mais problemas do que crianças em “famílias nucleares”. As crianças sentem angústia e ansiedade nos processos de separação e divórcio, mas esses sentimentos tendem a desaparecer à medida que elas retornam à rotina de suas vidas. Nos casos de famílias que passam pela SAP, o retorno à realidade pode levar anos ou nunca acontecer. “Durante este tempo existe um desgaste emocional contínuo exercido pelos ataque do pai alienante e as ações defensivas do pai alienado. A estas, são acrescentados o processo judicial e os próprios problemas da criança. A sucessão de testes, nas mãos de vários profissionais, o repetido envolvimento em episódios como parte da campanha de acusações, e as contínuas mensagens de ódio em relação ao outro pai, enche o tempo e a vida emocional das crianças.”
O que, segundo o psicólogo, vai determinar as futuras conseqüências para a criança é o conjunto de estratégias que o alienador usa no processo de doutrinação. Talvez o problema de maior pressão para estas crianças é o de que sua relação com um de seus pais está destruída. A perda de uma destas figuras parentais precisa ser quantificada em termos de perda de interações do dia a dia, de oportunidades de aprendizagem, de apoio e de afeição que normalmente fui entre pais e avós.
Os efeitos da SAP sobre crianças podem ser irreparáveis. “A infidelidade emocional da criança para com o genitor alienante pode resultar em punições cuja severidade alcança um amplo espectro. Chantagem, ausência de afeto ou punição corporal são normalmente constantes. Se imaginarmos um pai alienante cujas ilusões paranóicas são expressas de forma explosiva, seria necessário admitir a possibilidade de um sério risco para a integridade física da criança.”
Aguilar Cuenca afirma que as falsas acusações são um tipo de abuso emocional com amplas e profundas conseqüências para as crianças e seus parentes próximos.
Não à toa o estudos mostram que, quando adultas, as vítimas além da inclinação à dependência de álcool e drogas, apresentam outros sintomas de profundo mal estar. Como o sentimento incontrolável de culpa que se deve ao fato de que a criança, quando adulta, constata que foi cúmplice inconsciente de uma grande injustiça ao genitor alienado. Sentirá culpa também por ter sido levada a odiar e a rejeitar um pai que amava e do qual necessitava. Esse vínculo, entre a criança e o genitor alienado, é irremediavelmente destruído.
Incalculáveis. Inimagináveis. Os dois adjetivos são os que melhor definem as conseqüências para adultos e crianças envolvidas em Falsas Acusações de Abuso Sexual. Já vimos que essas conseqüências se assemelham, e muito, às que acometem pessoas realmente abusadas, assim este relato com Eça com as conseqüências para as crianças que sofreram abuso sexual real já que os reflexos das falsas acusações são bem parecidos.
Os estudos demonstram que a curto e médio prazo os principais distúrbios que se manifestam em vítimas de abuso sexual real são as reações psicossomáticas e desordens no comportamento. De acordo com a psicóloga especializada em perícias com adultos que abusam, quanto com crianças abusadas, Liliane Deltaglia: “Mais do que o ato sexual imposto à criança é a violência da situação de dominação que provoca as desordens de comportamento constatadas.” São reações como pesadelos, medos e angústias; anomalias no comportamento sexual tais como masturbação excessiva, introdução de objetos na vagina ou no ânus, comportamento de sedução, pedido de estimulação sexual, conhecimento da sexualidade adulta inadaptada para a idade, entre outros.
As vítimas relatam perda completa ou quase completa de libido e, em geral, insatisfação como ato. As dificuldades afetivas, interpessoais e sexuais se expressam de diversas maneiras, desde desajustes sexuais até promiscuidade, passando por tentativas de suicídio ou homicídio, distúrbios de escolaridade, perda da auto-estima, culpas, vergonhas, obesidade, depressão, desordens de caráter, desajustes matrimoniais, aversão a atividade sexual, frigidez, conflitos cm os pais, abuso de crianças menores, etc.
Assim como no abuso sexual real, nos casos falsos a auto-estima, autoconfiança e confiança no outro ficam fortemente abaladas, abrindo caminho pra que patologias graves se instalem. Na prática clínica, na avaliação de crianças vítimas de falsas acusações de abuso observa-se, no curto prazo, conseqüências como depressão infantil, angustia, sentimento de culpa, rigidez e inflexibilidade diante das situações cotidianas, insegurança, medos e fobias, choro compulsivo, sem motivo aparente, mostrando as alterações afetivas. Já nos aspectos interpessoal observa-se dificuldade em confiar no outro, fazer amizades, estabelecer relações com pessoas mais velhas, apego excessivo à figura “acusadora” e mudança das características habituais da sexualidade manifestas em vergonha em trocar de roupa na frente de outras pessoas, não querer mostrar o corpo ou tomar banho com colegas e recusa anormal a exames médicos e ginecológicos. Configura-se, portanto, o grave fato de que a criança PASSA A ACREDITAR QUE FOI REALMENTE ABUSADA, comprometendo todos os seus futuros relacionamentos.
ADULTOS ACUSADOS
A falsa acusação causa sentimentos profundos na pessoa acusada. Gera sentimentos de raiva, impotência, insegurança, entre outros. Por ser uma acusação subjetiva, é difícil de ser contestada objetivamente, o que exacerba ainda mais a raiva, a impotência e a insegurança. Além das conseqüências jurídicas e penais a que as pessoas falsamente acusadas estão sujeitas, a desestruturação é completa em todas as esferas da vida. Socialmente, o indivíduo perde a confiança social, passa a ser visto como uma aberração, um monstro indigno de confiança. Perde amizades, passa por constrangimentos em todos os ambientes; perde privacidade e fica exposto a insultos, injúrias, o que leva a fechar-se e retrair-se socialmente.
Além da ameaça da perda da liberdade. A depressão, insegurança, baixa auto-estima, raiva, ódio, sentimento de impotência, angústia, agressividade, ego frágil, perda do referencial de saúde mental,pensamentos e idéias suicidas, somatizações de doenças, alterações no apetite e no sono, atitudes impulsivas e agressivas, descontrole emocional, entre outros são reflexo da desordem emocional.
Tudo isso, é claro, se reflete na vida profissional e financeira: o indivíduo passa a ter dificuldades em se concentrar ou focar a atenção em suas tarefas , o que acarreta baixa produtividade, baixo rendimento em função da baixa auto-estima, o que cedo ou tarde, pode acarretar perda do emprego e desorganização da vida financeira, pois tem que arcar co despesas judiciais para se defender nos processos e uma miríade de outros problemas. O indivíduo tem de se afastar do filho que passa a temê-lo e acusá-lo, perde o direito às visitações da criança, além de sofrer com a interferência negativa nos relacionamentos atuais e futuros com cônjuge ou filhos. E isso acontece com pessoas antes ajustadas socialmente.
Segundo o psicólogo espanhol José Manuel Aguilar Cuenca, no livro SAP – Síndrome de Alienación Parental, inúmeros estudos demonstram que crianças, filhas de pais divorciados, não apresentam mais problemas do que crianças em “famílias nucleares”. As crianças sentem angústia e ansiedade nos processos de separação e divórcio, mas esses sentimentos tendem a desaparecer à medida que elas retornam à rotina de suas vidas. Nos casos de famílias que passam pela SAP, o retorno à realidade pode levar anos ou nunca acontecer. “Durante este tempo existe um desgaste emocional contínuo exercido pelos ataque do pai alienante e as ações defensivas do pai alienado. A estas, são acrescentados o processo judicial e os próprios problemas da criança. A sucessão de testes, nas mãos de vários profissionais, o repetido envolvimento em episódios como parte da campanha de acusações, e as contínuas mensagens de ódio em relação ao outro pai, enche o tempo e a vida emocional das crianças.”
O que, segundo o psicólogo, vai determinar as futuras conseqüências para a criança é o conjunto de estratégias que o alienador usa no processo de doutrinação. Talvez o problema de maior pressão para estas crianças é o de que sua relação com um de seus pais está destruída. A perda de uma destas figuras parentais precisa ser quantificada em termos de perda de interações do dia a dia, de oportunidades de aprendizagem, de apoio e de afeição que normalmente fui entre pais e avós.
Os efeitos da SAP sobre crianças podem ser irreparáveis. “A infidelidade emocional da criança para com o genitor alienante pode resultar em punições cuja severidade alcança um amplo espectro. Chantagem, ausência de afeto ou punição corporal são normalmente constantes. Se imaginarmos um pai alienante cujas ilusões paranóicas são expressas de forma explosiva, seria necessário admitir a possibilidade de um sério risco para a integridade física da criança.”
Aguilar Cuenca afirma que as falsas acusações são um tipo de abuso emocional com amplas e profundas conseqüências para as crianças e seus parentes próximos.
Não à toa o estudos mostram que, quando adultas, as vítimas além da inclinação à dependência de álcool e drogas, apresentam outros sintomas de profundo mal estar. Como o sentimento incontrolável de culpa que se deve ao fato de que a criança, quando adulta, constata que foi cúmplice inconsciente de uma grande injustiça ao genitor alienado. Sentirá culpa também por ter sido levada a odiar e a rejeitar um pai que amava e do qual necessitava. Esse vínculo, entre a criança e o genitor alienado, é irremediavelmente destruído.
Marcadores:
abuso sexual,
comportamento,
saúde
Glória Perez opina sobre caso Bruno no Twitter
Sempre antenada no noticário, Glória Perez não escondeu sua revolta em mais um caso policial de crime hediondo. A novelista – que acompanhou de perto o caso Isabella Nardoni – não esconde a revolta em relação ao assassinato brutal de Eliza Samudio.
Em sua página no Twitter, ela mostrou indgnação ao saber que o goleiro Bruno, do Flamengo - ex-namorado da vítima e mentor do crime -, passou a noite de quarta-feira (7) na Delegacia de Homicídios na Zona Oeste do Rio, conversando com policiais sobre futebol.
“Bruno está preocupado com a Copa de 2014! Socorroooo! Se condenado no Rio por crime de sequestro, quando julgado em Belo Horizonte pelo desaparecimento de Elisa Bruno, não será mais primário!”
O crime fez com que Glória relembrasse o assassinato de sua filha, Daniella Perez, morta a tesouradas por Guilherme de Pádua, que contracenava com ela na novela De Corpo e Alma, e Paula Thomaz, mulher dele na época. E comparou a frieza de Pádua com a de Bruno.
“Não existe segunda chance quando se trata de assassinato. Tomara que a Justiça não o deixe (o goleiro Bruno) aguardar o julgamento em liberdade. Quando (a atriz) Carla Daniel contou a Guilherme de Pádua que Dany tinha sido assassinada, ele respondeu: e como fica a gravação amanhã?”, indignou-se a autora. (OFuxico)
Em sua página no Twitter, ela mostrou indgnação ao saber que o goleiro Bruno, do Flamengo - ex-namorado da vítima e mentor do crime -, passou a noite de quarta-feira (7) na Delegacia de Homicídios na Zona Oeste do Rio, conversando com policiais sobre futebol.
“Bruno está preocupado com a Copa de 2014! Socorroooo! Se condenado no Rio por crime de sequestro, quando julgado em Belo Horizonte pelo desaparecimento de Elisa Bruno, não será mais primário!”
O crime fez com que Glória relembrasse o assassinato de sua filha, Daniella Perez, morta a tesouradas por Guilherme de Pádua, que contracenava com ela na novela De Corpo e Alma, e Paula Thomaz, mulher dele na época. E comparou a frieza de Pádua com a de Bruno.
“Não existe segunda chance quando se trata de assassinato. Tomara que a Justiça não o deixe (o goleiro Bruno) aguardar o julgamento em liberdade. Quando (a atriz) Carla Daniel contou a Guilherme de Pádua que Dany tinha sido assassinada, ele respondeu: e como fica a gravação amanhã?”, indignou-se a autora. (OFuxico)
Marcadores:
opinião,
violência,
violência contra a mulher
Depoimento de ex-policial acusado de matar Eliza Samudio é crucial para investigações
Ex-policial (de boné bege) foi preso pela Polícia Civil mineira no Jardim Leblon, zona norte de Belo Horizonte.
Marcos Aparecido dos Santos é apontado como o homem que estrangulou e esquartejou Eliza
O depoimento do ex-policial civil Marcos Aparecido dos Santos, suspeito de estrangular Eliza Samudio e esquartejar seu corpo, é crucial para as investigações em torno do desaparecimento e possível morte da ex-amante do goleiro Bruno.
Isso porque a polícia poderá confrontar a versão do ex-policial com as apresentadas por outros suspeitos do crime. Além disso, a expectativa da polícia é que ele aponte onde foram escondidos os restos mortais de Eliza.
O homem, que também é conhecido como Bola, Nenê ou Paulista, teve prisão decretada em Minas Gerais pela juíza Marixa Fabiane Lopes Rodrigues. Ele foi preso no final da tarde de quinta-feira, no Jardim Leblon, zona norte de Belo Horizonte, e encaminhado ao Departamento de Investigações da capital mineira.
Até o momento, já foram presos oito suspeitos de envolvimento no crime. Entre eles, Bruno e seu amigo Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, que tiveram prisão temporária de 30 dias decretada pela Justiça de Minas Gerais pelo desaparecimento de Eliza. Os dois deixaram a penitenciária Bangu 2, no Rio de Janeiro, e chegaram ao Departamento de Investigações de Belo Horizonte às 23h30 de quinta-feira (8), onde passaram a noite.
Por volta das 2h da madrugada desta sexta-feira (9), Bruno, Macarrão e o ex-policial deixaram o prédio do Departamento de Investigação rumo ao Instituto Médico Legal de Belo Horizonte para fazer exames de corpo de delito.
No Rio de Janeiro, onde os dois foram investigados em um inquérito pelo desaparecimento de Eliza, Bruno se negou a prestar depoimento e assinou um termo em que declara só falar em juízo, de acordo com a Polícia Civil.
Também está em Minas Gerais o adolescente de 17 anos, primo de Bruno, que confessou à polícia ter participado do sequestro de Eliza. O menor contou detalhes sobre o assassinato da jovem após um homem fazer uma denúncia sobre seu paradeiro à rádio Tupi. Ele foi encontrado na casa do goleiro e hoje está detido na Delegacia de Homicídios de Contagem, região metropolitana de Belo Horizonte.
Em entrevista coletiva na tarde de quinta-feira, o delegado responsável pela investigação em Minas disse acreditar que Bruno estava presente no momento em que Eliza foi morta, na casa de Nenê em Vespasiano, região metropolitana de Belo Horizonte. De acordo com ele, o jogador e seus amigos cogitaram matar também o filho de quatro meses da jovem, mas o bebê foi poupado porque Bruno voltou atrás na decisão.
Eliza afirmava que o goleiro é pai do menino. Um processo de reconhecimento de paternidade estava em andamento no Rio de Janeiro.
Guarda
A mãe de Eliza Samudio, Sônia de Fátima Marcelo da Silva Moura, conseguiu na Justiça de Foz do Iguaçu, no Paraná, a guarda do filho da estudante.
De acordo com a assessoria da advogada de Sônia, a decisão foi concedida na manhã de quinta-feira pelo juiz da Vara de Família de Foz do Iguaçu, Guilherme Cubas César. Entre as alegações da advogada Maria Lucia Borges Gomes, está o fato de Luis Carlos Samudio, pai de Eliza, responder a um processo por estupro na Justiça do Paraná.
Samudio se recusou a dar detalhes sobre o caso, em entrevista coletiva no último dia 7, no Departamento de Investigações, em Belo Horizonte. O estupro teria ocorrido com uma filha – na época com dez anos – fruto de um relacionamento com sua ex-cunhada.
O depoimento do ex-policial civil Marcos Aparecido dos Santos, suspeito de estrangular Eliza Samudio e esquartejar seu corpo, é crucial para as investigações em torno do desaparecimento e possível morte da ex-amante do goleiro Bruno.
Isso porque a polícia poderá confrontar a versão do ex-policial com as apresentadas por outros suspeitos do crime. Além disso, a expectativa da polícia é que ele aponte onde foram escondidos os restos mortais de Eliza.
O homem, que também é conhecido como Bola, Nenê ou Paulista, teve prisão decretada em Minas Gerais pela juíza Marixa Fabiane Lopes Rodrigues. Ele foi preso no final da tarde de quinta-feira, no Jardim Leblon, zona norte de Belo Horizonte, e encaminhado ao Departamento de Investigações da capital mineira.
Até o momento, já foram presos oito suspeitos de envolvimento no crime. Entre eles, Bruno e seu amigo Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, que tiveram prisão temporária de 30 dias decretada pela Justiça de Minas Gerais pelo desaparecimento de Eliza. Os dois deixaram a penitenciária Bangu 2, no Rio de Janeiro, e chegaram ao Departamento de Investigações de Belo Horizonte às 23h30 de quinta-feira (8), onde passaram a noite.
Por volta das 2h da madrugada desta sexta-feira (9), Bruno, Macarrão e o ex-policial deixaram o prédio do Departamento de Investigação rumo ao Instituto Médico Legal de Belo Horizonte para fazer exames de corpo de delito.
No Rio de Janeiro, onde os dois foram investigados em um inquérito pelo desaparecimento de Eliza, Bruno se negou a prestar depoimento e assinou um termo em que declara só falar em juízo, de acordo com a Polícia Civil.
Também está em Minas Gerais o adolescente de 17 anos, primo de Bruno, que confessou à polícia ter participado do sequestro de Eliza. O menor contou detalhes sobre o assassinato da jovem após um homem fazer uma denúncia sobre seu paradeiro à rádio Tupi. Ele foi encontrado na casa do goleiro e hoje está detido na Delegacia de Homicídios de Contagem, região metropolitana de Belo Horizonte.
Em entrevista coletiva na tarde de quinta-feira, o delegado responsável pela investigação em Minas disse acreditar que Bruno estava presente no momento em que Eliza foi morta, na casa de Nenê em Vespasiano, região metropolitana de Belo Horizonte. De acordo com ele, o jogador e seus amigos cogitaram matar também o filho de quatro meses da jovem, mas o bebê foi poupado porque Bruno voltou atrás na decisão.
Eliza afirmava que o goleiro é pai do menino. Um processo de reconhecimento de paternidade estava em andamento no Rio de Janeiro.
Guarda
A mãe de Eliza Samudio, Sônia de Fátima Marcelo da Silva Moura, conseguiu na Justiça de Foz do Iguaçu, no Paraná, a guarda do filho da estudante.
De acordo com a assessoria da advogada de Sônia, a decisão foi concedida na manhã de quinta-feira pelo juiz da Vara de Família de Foz do Iguaçu, Guilherme Cubas César. Entre as alegações da advogada Maria Lucia Borges Gomes, está o fato de Luis Carlos Samudio, pai de Eliza, responder a um processo por estupro na Justiça do Paraná.
Samudio se recusou a dar detalhes sobre o caso, em entrevista coletiva no último dia 7, no Departamento de Investigações, em Belo Horizonte. O estupro teria ocorrido com uma filha – na época com dez anos – fruto de um relacionamento com sua ex-cunhada.
Divórcio mais rápido e com menos burocracia
Emenda constitucional aprovada nesta quarta-feira torna o processo mais simples. Conforme comprovado por pesquisa norte-americana, as crianças podem sofrer mais com as brigas do que com a separação dos pais
Um processo sempre difícil, o divórcio deve ser facilitado – pelo menos no que diz respeito à burocracia. Nesta quarta (7 de julho), o Senado aprovou uma emenda constitucional que modifica a maneira de um casal obter a separação. Se antes era necessário descobrir o culpado, hoje essa discussão não será mais necessária: tanto o marido quanto a mulher poderão pedir a separação sem precisar declarar os motivos para isso. Outra mudança que se dá é o fato de que o casal não precisa mais passar por um período de separação litigiosa antes de conseguir o divórcio.
A emenda ainda precisa ser aprovada pelo presidente Lula para se ter validade. Mas, como diz Rodrigo da Cunha Pereira, presidente nacional do IBDFM (Instituto Brasileiro de Direito de Família), já é uma evolução no direito das famílias. A medida visa facilitar o processo e pode até mesmo ajudar na relação com os filhos. “É claro que o divórcio é um momento difícil. Mas é pior para uma criança presenciar as brigas dos pais do que vê-los separados”, diz. Como comprovou uma pesquisa desenvolvida pela Universidade de New Jersey, Estados Unidos, realizada com 7 mil casais. De acordo com os pesquisadores, as crianças que cresceram em uma casa com conflitos familiares se saíram melhor em seus relacionamentos na vida adulta nos casos em que os pais se divorciaram. Para chegar a essa conclusão, o grupo de pesquisadores avaliou as famílias inicialmente em 1987 e, depois, entre 2001 e 2002, quando os filhos já eram adultos.
Confira:
3 passos para ser uma madrasta mais feliz
Crescer
Um processo sempre difícil, o divórcio deve ser facilitado – pelo menos no que diz respeito à burocracia. Nesta quarta (7 de julho), o Senado aprovou uma emenda constitucional que modifica a maneira de um casal obter a separação. Se antes era necessário descobrir o culpado, hoje essa discussão não será mais necessária: tanto o marido quanto a mulher poderão pedir a separação sem precisar declarar os motivos para isso. Outra mudança que se dá é o fato de que o casal não precisa mais passar por um período de separação litigiosa antes de conseguir o divórcio.
A emenda ainda precisa ser aprovada pelo presidente Lula para se ter validade. Mas, como diz Rodrigo da Cunha Pereira, presidente nacional do IBDFM (Instituto Brasileiro de Direito de Família), já é uma evolução no direito das famílias. A medida visa facilitar o processo e pode até mesmo ajudar na relação com os filhos. “É claro que o divórcio é um momento difícil. Mas é pior para uma criança presenciar as brigas dos pais do que vê-los separados”, diz. Como comprovou uma pesquisa desenvolvida pela Universidade de New Jersey, Estados Unidos, realizada com 7 mil casais. De acordo com os pesquisadores, as crianças que cresceram em uma casa com conflitos familiares se saíram melhor em seus relacionamentos na vida adulta nos casos em que os pais se divorciaram. Para chegar a essa conclusão, o grupo de pesquisadores avaliou as famílias inicialmente em 1987 e, depois, entre 2001 e 2002, quando os filhos já eram adultos.
Confira:
3 passos para ser uma madrasta mais feliz
Crescer
Marcadores:
comportamento,
justiça,
opinião
Vigilante suspeito de matar Mércia é preso em Sergipe
O vigilante Evandro Bezerra da Silva, de 28 anos, foi preso na madrugada desta sexta-feira no município de Canindé do São Francisco, no interior de Sergipe. As informações são da Rádio Bandeirantes.
Silva é suspeito de envolvimento na morte da advogada Mércia Nakashima, há mais de um mês. Ele é o único que teve a prisão decretada até agora.
O ex-namorado da vítima, Mizael Bispo de Souza, é suspeito de ser o mandante do homicídio. No pedido de prisão temporária, negado pela Justiça, o delegado do caso apontou indícios do envolvimento do PM aposentado.
Entre as pistas, está o fato de Mizael não se conformar com o fim do relacionamento com a advogada. O delegado também frisou que carro dele passou a poucos metros da casa da avó de Mércia, no dia em que ela desapareceu. Os investigadores acreditam que um novo depoimento reforça ainda mais a suspeita contra Mizael.
Fábio Mendes
Silva é suspeito de envolvimento na morte da advogada Mércia Nakashima, há mais de um mês. Ele é o único que teve a prisão decretada até agora.
O ex-namorado da vítima, Mizael Bispo de Souza, é suspeito de ser o mandante do homicídio. No pedido de prisão temporária, negado pela Justiça, o delegado do caso apontou indícios do envolvimento do PM aposentado.
Entre as pistas, está o fato de Mizael não se conformar com o fim do relacionamento com a advogada. O delegado também frisou que carro dele passou a poucos metros da casa da avó de Mércia, no dia em que ela desapareceu. Os investigadores acreditam que um novo depoimento reforça ainda mais a suspeita contra Mizael.
Fábio Mendes
Marcadores:
violência,
violência contra a mulher
Livro sobre FALSAS MEMÓRIAS é publicado no Brasil
Ter certeza que deixou um determinado objeto sobre a mesa quando, na realidade, ele nunca saiu de dentro da sua bolsa, por exemplo. Trata-se de um fenômento ao qual os cientistas dão o nome de falsa memória. "É quando uma pessoa lembra-se de eventos que nunca aconteceram", explica Lilian Milnitsky Stein, autora do primeiro livro em língua portuguesa sobre o tema, lançado pela editora Artmed. "Ele faz parte do funcionamento normal da memória", destaca a especialista.
A questão é que lembrar-se de ter deixado a chave ou os óculos em algum lugar onde nunca foram colocados é indiferente. As falsas memórias ganham destaque e podem implicar sérias dificuldades e consequências quando trazidas ao universo jurídico. O relato de uma criança ou vítima, por exemplo, pode ser seriamente contaminado por falsas memórias, conforme destaca Lilian. "O objetivo da obra é, além de apresentar o conceito a especialistas e pessoas mais leigas, ajudar profissionais a diminuírem as chances de obter relatos contaminados por falsas memórias", conta a autora.
O fenômeno foi documentado pela primeira vez ainda no início do século passado. A partir da década de 90 ganhou muita importância justamente por conta de suas implicações jurídicas. "No exterior, em países da América do Norte e Europa, as falsas memórias já mudaram leis", afirma Lilian. "No Brasil, surpreendentemente, 'Falsas memórias - Fundamentos científicos e suas aplicações clínicas e jurídicas' é o primeiro livro sobre o assunto", diz a autora.
Fruto de uma década de pesquisas do grupo liderado por Lilian em Porto Alegre, o novo livro da Artmed surge com a proposta de disponibilizar para a comunidade científica e profissional, tanto da Psicologia e Psiquiatria quanto do Direito, o acesso a uma literatura sobre as falsas memórias e seus desdobramentos para áreas aplicadas. Engendrado e desenvolvido de forma colaborativa pelos seus autores, "Falsas memórias" traz um texto ao mesmo tempo acessível e completo para alunos de graduação, pós-graduação e para o público em geral.
Influenciando mudanças
Há alguns anos a Vara de Infância de Porto Alegre entendeu que o inquérito a crianças não poderia mais ser realizado nas salas de audiência tradicionais, frente a frente com suspeitos. As autoridades competentes instauraram novos modelos e ambientes para entrevistar as crianças. Mais recentemente, uma aproximação com Lilian e o grupo de pesquisas sobre Falsas Memórias vem levando os conhecimentos e técnicas baseadas em conhecimento científico para os profissionais responsáveis pelas entrevistas de crianças e pessoas.
Área clínica
Uma revisão atualizada da literatura científica sobre a área de falsas memórias, o livro trata também as implicações do fenômeno nos tratamentos clínicos. "Psicoterapeutas também precisam saber como podem diminuir as chances de seus pacientes relatarem falsas memórias", diz Lilian, destacando tratar-se de uma questão praticamente impossível de detectar. "São memórias nas quais a pessoa acredita. Fica muito difícil detectar quando elas são falsas", alerta.
Público-alvo
Profissionais e estudantes de psicologia, psiquiatria, direito e demais interessados no assunto.
PARTE I - Fundamentos científicos
Capítulo 1. Compreendend o ofenômeno das falsas memórias
Capítulo 2. Procedimentos experimentais na investigação das falsas memórias
Capítulo 3. Neurociência cognitiva das falsas memórias
PARTE II - Tópicos especiais
Capítulo 4. Emoção e falsas memórias
Capítulo 5. Falsas memórias autobiográficas
Capítulo 6. Memória implícita, priming e falsas memórias
Capítulo 7. Falsas memórias e diferenças individuais
PARTE III - Aplicações clínicas e jurídicas
Capítulo 8. Falsas memórias, sugestionabilidade e testemunho infantil
Capítulo 9. recordação de eventos emocionais repetitivos: memória, sugestionabilidade e falsas memórias
Capítulo 10. Memória em julgamento: técnicas de entrevista para minimizar as falsas memórias
Capítulo 11. Implicações clínicas das falsas memórias
Capítulo 12. Síndrome das falsas memórias
Sobre a autora
Lilian Milnitsky Stein (organizadora) é Ph.D. em Psicologia Cognitiva pela Universidade do Arizona, EUA. Mestre em Psicologia Cognitiva Aplicada pela Universidade de Toronto, Canadá, e Psicóloga graduada pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. É professora adjunta e Coordenadora do Grupo de Pesquisa em Processos Cognitivos do Programa de Pós-Graduação em Psicologia da PUC-RS.
Serviço:
Livro: "Falsas Memórias - Fundamentos científicos e suas aplicações clínicas e jurídicas "
Autores: Lilian Milnitsky Stein & Colaboradores
A questão é que lembrar-se de ter deixado a chave ou os óculos em algum lugar onde nunca foram colocados é indiferente. As falsas memórias ganham destaque e podem implicar sérias dificuldades e consequências quando trazidas ao universo jurídico. O relato de uma criança ou vítima, por exemplo, pode ser seriamente contaminado por falsas memórias, conforme destaca Lilian. "O objetivo da obra é, além de apresentar o conceito a especialistas e pessoas mais leigas, ajudar profissionais a diminuírem as chances de obter relatos contaminados por falsas memórias", conta a autora.
O fenômeno foi documentado pela primeira vez ainda no início do século passado. A partir da década de 90 ganhou muita importância justamente por conta de suas implicações jurídicas. "No exterior, em países da América do Norte e Europa, as falsas memórias já mudaram leis", afirma Lilian. "No Brasil, surpreendentemente, 'Falsas memórias - Fundamentos científicos e suas aplicações clínicas e jurídicas' é o primeiro livro sobre o assunto", diz a autora.
Fruto de uma década de pesquisas do grupo liderado por Lilian em Porto Alegre, o novo livro da Artmed surge com a proposta de disponibilizar para a comunidade científica e profissional, tanto da Psicologia e Psiquiatria quanto do Direito, o acesso a uma literatura sobre as falsas memórias e seus desdobramentos para áreas aplicadas. Engendrado e desenvolvido de forma colaborativa pelos seus autores, "Falsas memórias" traz um texto ao mesmo tempo acessível e completo para alunos de graduação, pós-graduação e para o público em geral.
Influenciando mudanças
Há alguns anos a Vara de Infância de Porto Alegre entendeu que o inquérito a crianças não poderia mais ser realizado nas salas de audiência tradicionais, frente a frente com suspeitos. As autoridades competentes instauraram novos modelos e ambientes para entrevistar as crianças. Mais recentemente, uma aproximação com Lilian e o grupo de pesquisas sobre Falsas Memórias vem levando os conhecimentos e técnicas baseadas em conhecimento científico para os profissionais responsáveis pelas entrevistas de crianças e pessoas.
Área clínica
Uma revisão atualizada da literatura científica sobre a área de falsas memórias, o livro trata também as implicações do fenômeno nos tratamentos clínicos. "Psicoterapeutas também precisam saber como podem diminuir as chances de seus pacientes relatarem falsas memórias", diz Lilian, destacando tratar-se de uma questão praticamente impossível de detectar. "São memórias nas quais a pessoa acredita. Fica muito difícil detectar quando elas são falsas", alerta.
Público-alvo
Profissionais e estudantes de psicologia, psiquiatria, direito e demais interessados no assunto.
PARTE I - Fundamentos científicos
Capítulo 1. Compreendend o ofenômeno das falsas memórias
Capítulo 2. Procedimentos experimentais na investigação das falsas memórias
Capítulo 3. Neurociência cognitiva das falsas memórias
PARTE II - Tópicos especiais
Capítulo 4. Emoção e falsas memórias
Capítulo 5. Falsas memórias autobiográficas
Capítulo 6. Memória implícita, priming e falsas memórias
Capítulo 7. Falsas memórias e diferenças individuais
PARTE III - Aplicações clínicas e jurídicas
Capítulo 8. Falsas memórias, sugestionabilidade e testemunho infantil
Capítulo 9. recordação de eventos emocionais repetitivos: memória, sugestionabilidade e falsas memórias
Capítulo 10. Memória em julgamento: técnicas de entrevista para minimizar as falsas memórias
Capítulo 11. Implicações clínicas das falsas memórias
Capítulo 12. Síndrome das falsas memórias
Sobre a autora
Lilian Milnitsky Stein (organizadora) é Ph.D. em Psicologia Cognitiva pela Universidade do Arizona, EUA. Mestre em Psicologia Cognitiva Aplicada pela Universidade de Toronto, Canadá, e Psicóloga graduada pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. É professora adjunta e Coordenadora do Grupo de Pesquisa em Processos Cognitivos do Programa de Pós-Graduação em Psicologia da PUC-RS.
Serviço:
Livro: "Falsas Memórias - Fundamentos científicos e suas aplicações clínicas e jurídicas "
Autores: Lilian Milnitsky Stein & Colaboradores
Marcadores:
abuso sexual,
ciência,
comportamento,
pesquisa
quinta-feira, 8 de julho de 2010
Uma história de futebol, traição e assassinato
A história policial no mundo está repleta de crimes, inclusive assassinatos, entre amantes. Aqui no Brasil, alguns casos tornaram-se famosos, como por exemplo o do jornalista Pimenta Neves que matou a namorada em seu sítio em São Paulo. Passados dez anos do crime, Pimenta Neves até hoje não cumpriu um só dia de prisão. Aguarda os intermináveis e benevolentes recursos da frouxa lei penal brasileira. Dias atrás, o corpo da advogada Mercia Nakashima, de 28 anos, foi encontrado mutilado em uma represa em São Paulo . O principal suspeito do bárbaro crime é o ex-namorado.
Bruno, goleiro do Flamengo, é acusado de mandante dos crimes de sequestro e homicídio da ex-amante Eliza Samudio , além de ameaça de morte, lesão corporal e tentativa de provocação de aborto, ocultação de cadáver e formação de quadrilha - haja vista que a trama criminosa envolve vários personagens, inclusive um menor de 17 anos, primo do principal acusado. No país não se fala em outra coisa. Até o fracasso da seleção na Copa foi pro arquivo rapidamente.
A superioridade do homens nas relações amorosas
O que leva um ser humano a ter tal comportamento? O que salta aos olhos é que num relacionamento entre um homem e uma mulher muitos machos continuam, até os nossos dias, acreditando que são seres superiores, sendo a mulher um simples objeto de satisfação sexual. Registram-se as absurdas limitações da mulher por questões de doutrina religiosa em algumas partes do mundo. O raciocínio retrógrado é o da valentia e agressividade como características próprias da macheza. Ou seja, a mulher deve ao homem se subordinar, inclusive na vontade determinante da concepção ou não de um filho, caso contrário "mato, esfolo, arrebento".
Ainda que a geração de um novo ser, pelo caminho natural, dependa de um ato físico de prazer entre um homem e uma mulher, cabe principalmente à futura mãe desejar ou não aquela gravidez, que independe, após a concepção no útero materno, da vontade do homem. A partir daí, passa a ser determinante a vontade da mulher em prosseguir ou não com a gravidez. Se o macho não desejava aquela gravidez deveria ter pensado antes e se precavido. Ressalte-se que não há ainda comprovação definitiva se Bruno é ou não o verdadeiro pai do filho de Eliza Samudio.
Ameaçar, sequestrar, mandar matar a amante pelo fato de não querer arcar com o ônus do pagamento razoável de pensão alimentícia, em razão se sua renda, é ato covarde e criminoso que precisa ser punido com o máximo rigor da lei. Uma relação amorosa - ningúém obrigou Bruno a ter relações sexuais com a vítima - traz prazer momentâneo mas também pode gerar ônus que deve ser arcado por ambos, pai e mãe, cada qual dentro do que lhe cabe na formação e guarda do filho, ainda que a gravidez tenha sido indesejada por uma das partes. Diga-se de passagem que jogador de futebol, jovem rico e famoso, precisa conhecer quem dele se aproxima e com que intenções. Todo cuidado é pouco. Depois pagará pela imprudência, o que não significa que está autorizado a se transformar num cínico, prepotente e covarde criminoso.
O lamentável caso também envolve um menor de 17 anos, devidamente resguardado pela inimputabilidade penal. Podemos observar o quanto é defasada e ancrônica a idade biológica mínima de 18 anos estabelecida pela ONU no pós-guerra para possibilitar a responsabilização penal. Não é mais possível que o critério psicossocial não seja parâmetro para orientar o julgamento de crimes cometidos por adolescentes. Quem vota aos 16 anos e influencia os desatinos de um país, na escolha de seus governantes, tem plena capaciddade para entender o caráter criminoso de um ato praticado. Estamos no mundo da internet, da informação e do conhecimento.
O grande problema do arrependimento é que ele surge depois. "Agora Inês é Morta", ou melhor, tudo indica que Eliza Samudio, a ex-amante do goleiro Bruno, esteja morta. Aos assassinos e sequestradores, o rigor da lei. A fama e a fortuna de quem quer que seja não estão acima da Constituição. Bruninho, um bebê de apenas quatro meses, que não pediu para vir ao mundo, é a mais nova vítima de uma relação extraconjugal litigiosa, da macheza inconsequente e da monstruosidade humana.
Artigo do leitor Milton Corrêa da Costa
O Globo
Procuradora acusada de torturar menina de 2 anos é condenada a 8 anos de prisão
RIO - A procuradora aposentada Vera Lúcia Gomes, acusada de ter agredido uma menina de 2 anos, que ela iria adotar , foi condenada pelo juiz Mário Mazza da 32ª Vara Criminal do Rio a oito anos e dois meses de prisão, em regime fechado, por crime de tortura nesta quinta-feira. Ela está presa desde 13 de maio em uma cela especial na unidade feminina do presídio Nelson Hungria, em Bangu. Na sentença, o magistrado afirma que o que ocorreu com a vítima foi um verdadeiro 'show de covardia'. Pouco depois da sentença, o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro recorreu da decisão para aumentar a pena contra Vera Lúcia.
Em parecer encaminhado ao Superior Tribunal de Justiça, que julgava pedido de liberdade de Vera, detida desde maio, a subprocuradora-geral da República Lindôra Maria Araújo havia opinado contra a concessão de habeas corpus. O documento foi divulgado na quarta-feira.
Em junho, testemunhas de acusação confirmaram na 32ª Vara Criminal da capital que a procuradora aposentada torturava a criança. Segundo ex-empregadas da ré, a vítima costumava ficar de castigo num quarto sem janelas e sem iluminação, sendo agredida sem qualquer motivo. A audiência foi realizada para ouvir testemunhas do processo e durou dez horas. Vera também depôs e negou as acusações, confirmando apenas que havia chamado a criança de "vaquinha" e "cachorrinha", com o objetivo de discipliná-la.
Na sentença, o juiz Mário Mazza rejeitou também o pedido da defesa de que Vera Lúcia fosse julgada pelo Órgão Especial do Tribunal de Justiça, por entender que ela, por ser aposentada, não tem direito ao privilégio. O magistrado negou ainda a transferência da ré para prisão domiciliar.
Na decisão, o juiz explica que uma das evidências mais sólidas da tortura é o laudo em que é retratado o estado da criança quando o Conselho Tutelar chegou à residência da aposentada, após receber denúncias. Para o magistrado, a agressão foi demonstrada ainda por fotos tiradas na mesma data, onde a vítima aparece com múltiplas lesões, principalmente no rosto e na região dos olhos.
O juiz afirma ainda na sentença: "depois de exaustivamente debruçar-me na instrução e julgamento deste processo, concluo que não seria exagerado afirmar que o que ocorreu com a vítima foi um verdadeiro 'show de covardia', posto que se trata de uma criança com tenra idade, sem nenhuma condição de defender-se e muitíssimo fragilizada, já que chegou na casa da ré proveniente de um abrigo, após enfrentar sério histórico de rejeição por parte de sua mãe biológica. Tal sentimento torna-se mais intenso quando lembramos que a acusada é pessoa culta e que atuou por cerca de vinte e cinco anos na honrada instituição do Ministério Público, que tem como uma de suas funções justamente zelar pela correta aplicação da Constituição e das Leis, Constituição esta que, logo no art. 5º, inciso III, estabelece que "ninguém será submetido nem a tratamento desumano ou degradante".
De acordo com a assessoria do MP, embora a sentença tenha atendido à demanda do órgão no que diz respeito à condenação pelo crime de tortura, a promotora de Justiça Carla Rodrigues Araújo de Castro, que atua junto à 32ª Vara Criminal da Capital, entendeu que a pena deve ser aumentada. O tempo de reclusão para o crime de tortura é de seis anos, mas foi aumentado em um ano por se tratar de crime cometido contra criança e mais um ano pelo fato de ter sido cometido de forma continuada. Para a promotora, o aumento em função de crime continuado deve ser de 2/3 da pena base, o que equivale a dois anos, como permite o Código Penal. O recurso será julgado pela 4ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro.
Em parecer encaminhado ao Superior Tribunal de Justiça, que julgava pedido de liberdade de Vera, detida desde maio, a subprocuradora-geral da República Lindôra Maria Araújo havia opinado contra a concessão de habeas corpus. O documento foi divulgado na quarta-feira.
Em junho, testemunhas de acusação confirmaram na 32ª Vara Criminal da capital que a procuradora aposentada torturava a criança. Segundo ex-empregadas da ré, a vítima costumava ficar de castigo num quarto sem janelas e sem iluminação, sendo agredida sem qualquer motivo. A audiência foi realizada para ouvir testemunhas do processo e durou dez horas. Vera também depôs e negou as acusações, confirmando apenas que havia chamado a criança de "vaquinha" e "cachorrinha", com o objetivo de discipliná-la.
Na sentença, o juiz Mário Mazza rejeitou também o pedido da defesa de que Vera Lúcia fosse julgada pelo Órgão Especial do Tribunal de Justiça, por entender que ela, por ser aposentada, não tem direito ao privilégio. O magistrado negou ainda a transferência da ré para prisão domiciliar.
Na decisão, o juiz explica que uma das evidências mais sólidas da tortura é o laudo em que é retratado o estado da criança quando o Conselho Tutelar chegou à residência da aposentada, após receber denúncias. Para o magistrado, a agressão foi demonstrada ainda por fotos tiradas na mesma data, onde a vítima aparece com múltiplas lesões, principalmente no rosto e na região dos olhos.
O juiz afirma ainda na sentença: "depois de exaustivamente debruçar-me na instrução e julgamento deste processo, concluo que não seria exagerado afirmar que o que ocorreu com a vítima foi um verdadeiro 'show de covardia', posto que se trata de uma criança com tenra idade, sem nenhuma condição de defender-se e muitíssimo fragilizada, já que chegou na casa da ré proveniente de um abrigo, após enfrentar sério histórico de rejeição por parte de sua mãe biológica. Tal sentimento torna-se mais intenso quando lembramos que a acusada é pessoa culta e que atuou por cerca de vinte e cinco anos na honrada instituição do Ministério Público, que tem como uma de suas funções justamente zelar pela correta aplicação da Constituição e das Leis, Constituição esta que, logo no art. 5º, inciso III, estabelece que "ninguém será submetido nem a tratamento desumano ou degradante".
De acordo com a assessoria do MP, embora a sentença tenha atendido à demanda do órgão no que diz respeito à condenação pelo crime de tortura, a promotora de Justiça Carla Rodrigues Araújo de Castro, que atua junto à 32ª Vara Criminal da Capital, entendeu que a pena deve ser aumentada. O tempo de reclusão para o crime de tortura é de seis anos, mas foi aumentado em um ano por se tratar de crime cometido contra criança e mais um ano pelo fato de ter sido cometido de forma continuada. Para a promotora, o aumento em função de crime continuado deve ser de 2/3 da pena base, o que equivale a dois anos, como permite o Código Penal. O recurso será julgado pela 4ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro.
Marcadores:
abuso infantil,
justiça,
violência
Brasil apresenta emblema oficial da Copa 2014 na África do Sul
Para os brasileiros, já começou a contagem regressiva para o Mundial em 2014. O presidente Lula prometeu transparência nos gastos e que o Brasil vai estar pronto.
Para os brasileiros, já começou a contagem regressiva para a Copa de 2014. A apresentação do emblema oficial da Copa do Mundo no Brasil foi realizada nesta quinta-feira em Joanesburgo.
Tudo começou de manhã com uma entrevista coletiva onde Romário, Parreira e Ricardo Teixeira esclareceram os projetos e problemas da Copa do Brasil. “Os três grandes problemas que nós temos no Brasil, inegavelmente para a Copa de 2014, são aeroporto em primeiro, aeroporto em segundo e aeroporto em terceiro”, ressaltou Parreira.
O presidente Lula chegou ao aeroporto de Pretória no fim da tarde e foi logo para o evento que apresentou o emblema da Copa 2014. Um vídeo mostrou para o mundo um Brasil feliz, próspero e também a diversidade de um povo que gosta de uma festa.
O presidente da CBF, em seu discurso, enfatizou a alegria do país do futebol. O presidente da Fifa, Joseph Blatter, disse que o Brasil escreveu a história do esporte.
Um grupo fez uma batucada, um corpo a corpo e brincaram com os ritmos brasileiros.
O presidente Lula prometeu transparência nos gastos e que o Brasil vai estar pronto. “Faremos uma Copa verde. Verde como nossas florestas. A sustentabilidade ambiental é uma prioridade para o Brasil e será uma das marcas da Copa em nosso país. A Copa será uma grande oportunidade para acelerar investimentos em infraestrutura, necessários para o Mundial e fundamentais para o desenvolvimento do nosso Brasil”, declarou Lula.
Aí chegou a hora de mostrar o símbolo, o emblema da próxima Copa. Com a contagem regressiva, com gente da 12 cidades que serão sedes, foi aumentando a expectativa. E aí uma taça estilizada, com mãos em verde e amarelo, apareceu na tela. Vanessa da Mata encerrou um evento brindando a vida.
Aproveitando a presença de toda a imprensa internacional o Brasil lança a sua Copa do Mundo. Agora será muita pressão e muita responsabilidade para fazer uma Copa ainda melhor que a da África do Sul. Como mostra o emblema, para fazer bonito em 2014, será necessária uma mãozinha de todos.
Jornal Nacional
Marcadores:
variedades
Buenos Aires deixa de registrar dois terços da morte de mulheres durante a gestação
Estudo adverte para registro paralelo de casos como o aborto
Duas de cada três mortes de mulheres por causas relacionadas à maternidade não são registradas apropriadamente nos hospitais de Buenos Aires, algo "muito preocupante" que ocorre nas regiões mais pobres da Argentina. Uma recente pesquisa da Sogiba (Sociedade de Ginecologia e Obstetrícia de Buenos Aires) baseada em 400 histórias clínicas adverte sobre o registro paralelo das mortes de mulheres por causas relacionadas à gestação, como o aborto, que é o principal motivo de mortalidade materna no país.
Esses resultados fazem crer que a mortalidade materna na Argentina seja "muito maior" do que mostram as estatísticas oficiais, segundo as quais há 40 mortes para cada 100 mil nascidos vivos (300 mortes anuais), segundo o diretor do Crep (Centro Rosarino de Estudos Perinatais), Guillermo Carroli.
– Se em um lugar como Buenos Aires (onde as taxas são menores que em outras províncias) nos deparamos com esta realidade, imaginemos o que acontece em regiões do país com mais carências, que têm registros menos confiáveis.
Para Natalia Gherardi, diretora-executiva da ONG Equipe Latino-Americana de Justiça e Gênero, a mortalidade materna é alarmante "quando se olha para o interior do país" porque "Buenos Aires não tem nada a ver" com o empobrecido norte argentino.
Enquanto as estatísticas oficiais mostram na capital argentina uma taxa duas vezes menor que a média nacional (18 para cada 100 mil), em províncias nortistas como Jujuy se quadruplica a média (160 para cada 100mil).
Segundo o Observatório de Saúde Sexual e Reprodutiva (OSSyR), grupo integrado por três instituições acadêmicas argentinas, incluído o Crep, a situação "é muito preocupante" pela "persistência de altas taxas e de fortes desigualdades regionais e sociais, somada à evidência de falhas estruturais do sistema de saúde".
Agência EFE
R7
Duas de cada três mortes de mulheres por causas relacionadas à maternidade não são registradas apropriadamente nos hospitais de Buenos Aires, algo "muito preocupante" que ocorre nas regiões mais pobres da Argentina. Uma recente pesquisa da Sogiba (Sociedade de Ginecologia e Obstetrícia de Buenos Aires) baseada em 400 histórias clínicas adverte sobre o registro paralelo das mortes de mulheres por causas relacionadas à gestação, como o aborto, que é o principal motivo de mortalidade materna no país.
Esses resultados fazem crer que a mortalidade materna na Argentina seja "muito maior" do que mostram as estatísticas oficiais, segundo as quais há 40 mortes para cada 100 mil nascidos vivos (300 mortes anuais), segundo o diretor do Crep (Centro Rosarino de Estudos Perinatais), Guillermo Carroli.
– Se em um lugar como Buenos Aires (onde as taxas são menores que em outras províncias) nos deparamos com esta realidade, imaginemos o que acontece em regiões do país com mais carências, que têm registros menos confiáveis.
Para Natalia Gherardi, diretora-executiva da ONG Equipe Latino-Americana de Justiça e Gênero, a mortalidade materna é alarmante "quando se olha para o interior do país" porque "Buenos Aires não tem nada a ver" com o empobrecido norte argentino.
Enquanto as estatísticas oficiais mostram na capital argentina uma taxa duas vezes menor que a média nacional (18 para cada 100 mil), em províncias nortistas como Jujuy se quadruplica a média (160 para cada 100mil).
Segundo o Observatório de Saúde Sexual e Reprodutiva (OSSyR), grupo integrado por três instituições acadêmicas argentinas, incluído o Crep, a situação "é muito preocupante" pela "persistência de altas taxas e de fortes desigualdades regionais e sociais, somada à evidência de falhas estruturais do sistema de saúde".
Agência EFE
R7
Marcadores:
irregularidades,
negligência,
saúde
Ex-policial é preso em MG
Segundo polícia, ele é suspeito de ter matado Eliza Samudio.
Jovem teve relacionamento com goleiro Bruno, que era do Flamengo.
O ex-policial Marcos Aparecido dos Santos foi preso nesta quinta-feira (8), em Belo Horizonte. Ele estava na casa de um tio, que foi cercada. A polícia ainda não informou como chegou até o local. Segundo a polícia, Santos é suspeito de matar Eliza Samudio. O advogado dele, Roberto Nogueira, disse ao G1 que seu cliente nega envolvimento no crime.
Santos é dono de uma casa que foi alvo de buscas, na quarta-feira (7), em Vespasiano (MG). Policiais foram até o local orientados por um adolescente, que prestou depoimento e disse que Eliza está morta.
De acordo com o depoimento do adolescente, um homem identificado como Neném teria assassinado Eliza.
Mais cedo, nesta quinta, o delegado Edson Moreira disse que Santos é conhecido como Paulista, Bola e Neném e é suspeito de ter assassinado a jovem.
Buscas
Segundo o menor ouvido pela polícia, o homem conhecido como Neném amarrou os braços de Eliza com uma corda, deu uma gravata e pediu para que todos deixassem o local. Depois, seguiu em direção ao canil, carregando um saco. Ainda segundo o adolescente, a mão de Eliza foi jogada para cachorros. O menor afirmou que o crime aconteceu em um local que parecia um sítio.
Na quarta-feira, durante as buscas na casa do suspeito, a polícia não encontrou indícios de que Eliza foi morta no local. No carro dele, foram encontrados vestígios de sangue que deverão ser analisados.
Nesta quinta, as equipes que procuram a jovem foram até um sítio, em Esmeraldas (MG). Segundo a polícia, a propriedade seria usada por Santos para adestrar cães. O advogado contesta essa informação. As buscas foram encerradas no início da noite e, segundo os policiais que estiveram no local, nada de significante foi encontrado. Como a área é grande, os agentes devem voltar ao local na sexta-feira (9).
O delegado Frederico Abelha, que acompanha as investigações, disse que o sítio não tem sido usado atualmente e virou um “depósito de carcaças de animais”. A presença dessas carcaças confunde as buscas dos cães farejadores usados pelos bombeiros.
Desaparecimento
Eliza Samudio teve um relacionamento com o goleiro Bruno, que era do Flamengo, e alegava que teve um filho com o jogador. A criança nasceu em fevereiro deste ano. Eliza está desaparecida desde o início de junho.
Na quarta-feira (7), Bruno teve a prisão temporária decretada no Rio e se entregou. A polícia fluminense diz que ele é suspeito de ser o mandante do sequestro de Eliza. Em Minas, o goleiro é investigado pelo homicídio da ex-amante. Ele nega envolvimento no crime.
Jovem teve relacionamento com goleiro Bruno, que era do Flamengo.
O ex-policial Marcos Aparecido dos Santos foi preso nesta quinta-feira (8), em Belo Horizonte. Ele estava na casa de um tio, que foi cercada. A polícia ainda não informou como chegou até o local. Segundo a polícia, Santos é suspeito de matar Eliza Samudio. O advogado dele, Roberto Nogueira, disse ao G1 que seu cliente nega envolvimento no crime.
Santos é dono de uma casa que foi alvo de buscas, na quarta-feira (7), em Vespasiano (MG). Policiais foram até o local orientados por um adolescente, que prestou depoimento e disse que Eliza está morta.
De acordo com o depoimento do adolescente, um homem identificado como Neném teria assassinado Eliza.
Mais cedo, nesta quinta, o delegado Edson Moreira disse que Santos é conhecido como Paulista, Bola e Neném e é suspeito de ter assassinado a jovem.
Buscas
Segundo o menor ouvido pela polícia, o homem conhecido como Neném amarrou os braços de Eliza com uma corda, deu uma gravata e pediu para que todos deixassem o local. Depois, seguiu em direção ao canil, carregando um saco. Ainda segundo o adolescente, a mão de Eliza foi jogada para cachorros. O menor afirmou que o crime aconteceu em um local que parecia um sítio.
Na quarta-feira, durante as buscas na casa do suspeito, a polícia não encontrou indícios de que Eliza foi morta no local. No carro dele, foram encontrados vestígios de sangue que deverão ser analisados.
Nesta quinta, as equipes que procuram a jovem foram até um sítio, em Esmeraldas (MG). Segundo a polícia, a propriedade seria usada por Santos para adestrar cães. O advogado contesta essa informação. As buscas foram encerradas no início da noite e, segundo os policiais que estiveram no local, nada de significante foi encontrado. Como a área é grande, os agentes devem voltar ao local na sexta-feira (9).
O delegado Frederico Abelha, que acompanha as investigações, disse que o sítio não tem sido usado atualmente e virou um “depósito de carcaças de animais”. A presença dessas carcaças confunde as buscas dos cães farejadores usados pelos bombeiros.
Desaparecimento
Eliza Samudio teve um relacionamento com o goleiro Bruno, que era do Flamengo, e alegava que teve um filho com o jogador. A criança nasceu em fevereiro deste ano. Eliza está desaparecida desde o início de junho.
Na quarta-feira (7), Bruno teve a prisão temporária decretada no Rio e se entregou. A polícia fluminense diz que ele é suspeito de ser o mandante do sequestro de Eliza. Em Minas, o goleiro é investigado pelo homicídio da ex-amante. Ele nega envolvimento no crime.
Mudança de hábito diminui risco de quedas em idosos
Se você é uma pessoa idosa que caiu, fique sabendo que não está sozinho. Principal causa de acidentes entre os idosos, as quedas representam sério problema de saúde pública. Estudos demonstram que cerca de 30% dos idosos caem pelo menos uma vez por ano, que 5 a 10% das quedas resultam em ferimentos importantes e que 70% deles ocorrem dentro de casa. Os acidentes por quedas podem provocar fraturas, traumatismos cranianos e até a morte. Afetam a qualidade de vida do idoso, gerando medo, fragilidade e falta de confiança.
As principais causas de quedas na terceira idade são redução da visão e audição, alteração de equilíbrio, sedentarismo e doenças como labirintite, osteoporose e artrose, além de alguns medicamentos (ansiolíticos, hipoglicemiantes, anti-hipertensivos, antidepressivos, etc). Segundo dados da Secretaria de Gestão Pública do Estado de São Paulo, mais de dois terços daqueles que sofrem uma queda cairão novamente nos seis meses seguintes.
Cuidados
Para evitar que o acidente ocorra ou volte a se repetir, são necessárias algumas medidas preventivas em casa, principalmente convencer o idoso a mudar alguns hábitos. Deve-se melhorar a luminosidade dos ambientes, usando lâmpadas florescentes.
À noite, é preciso deixar uma luz acesa no corredor ou ter próximo à cama um abajur ou interruptor. Os tapetes de tecidos devem ser trocados por emborrachados antiderrapantes e instaladas barras de apoio laterais e paralelas ao vaso sanitário. E ainda fitas antiderrapantes nos degraus.
Adotar uma dieta saudável, com ingestão de cálcio, vitamina D e líquidos, tomar sol nos horários apropriados e atividades físicas são outras importantes recomendações.
Atenção!
- Em casa:
1) Deixe os caminhos livres, retirando móveis e entulhos;
2) Retire tapetes soltos, cordões e fios do assoalho;
3) Prenda tacos soltos e bordas soltas de carpetes;
4) Não encere pisos;
5) Coloque uma iluminação adequada para a noite, principalmente no caminho do banheiro;
6) As escadas devem ter corrimãos, boa iluminação e faixa na borda dos degraus;
7) Substitua ou conserte móveis instáveis;
8) Evite cadeiras muito baixas e camas muito altas;
9) Evite o uso de chinelos;
10) Guarde itens pessoais e objetos mais usados ao nível do olhar ou um pouco mais embaixo.
- No banheiro:
1) Instale barras de apoio na banheira, no chuveiro e no vaso sanitário;
2) Instale um vaso sanitário mais alto;
3) Use capachos e tapetes antiderrapantes.
- Fora de casa:
1) Conserte calçadas e degraus quebrados;
2) Limpe caminhos e remover entulhos;
3) Instale corrimão em escadas e rampas;
4) Instale iluminação adequada em calçadas, portas e escadas.
Essas medidas simples fazem grande diferença no dia-a-dia do idoso. No entanto, as modificações devem ser feitas com o seu consentimento. Cada objeto de sua moradia tem um significado afetivo e ele poderá ficar magoado se as intervenções forem feitas sem sua permissão.
Gabriel Miranda
As principais causas de quedas na terceira idade são redução da visão e audição, alteração de equilíbrio, sedentarismo e doenças como labirintite, osteoporose e artrose, além de alguns medicamentos (ansiolíticos, hipoglicemiantes, anti-hipertensivos, antidepressivos, etc). Segundo dados da Secretaria de Gestão Pública do Estado de São Paulo, mais de dois terços daqueles que sofrem uma queda cairão novamente nos seis meses seguintes.
Cuidados
Para evitar que o acidente ocorra ou volte a se repetir, são necessárias algumas medidas preventivas em casa, principalmente convencer o idoso a mudar alguns hábitos. Deve-se melhorar a luminosidade dos ambientes, usando lâmpadas florescentes.
À noite, é preciso deixar uma luz acesa no corredor ou ter próximo à cama um abajur ou interruptor. Os tapetes de tecidos devem ser trocados por emborrachados antiderrapantes e instaladas barras de apoio laterais e paralelas ao vaso sanitário. E ainda fitas antiderrapantes nos degraus.
Adotar uma dieta saudável, com ingestão de cálcio, vitamina D e líquidos, tomar sol nos horários apropriados e atividades físicas são outras importantes recomendações.
Atenção!
- Em casa:
1) Deixe os caminhos livres, retirando móveis e entulhos;
2) Retire tapetes soltos, cordões e fios do assoalho;
3) Prenda tacos soltos e bordas soltas de carpetes;
4) Não encere pisos;
5) Coloque uma iluminação adequada para a noite, principalmente no caminho do banheiro;
6) As escadas devem ter corrimãos, boa iluminação e faixa na borda dos degraus;
7) Substitua ou conserte móveis instáveis;
8) Evite cadeiras muito baixas e camas muito altas;
9) Evite o uso de chinelos;
10) Guarde itens pessoais e objetos mais usados ao nível do olhar ou um pouco mais embaixo.
- No banheiro:
1) Instale barras de apoio na banheira, no chuveiro e no vaso sanitário;
2) Instale um vaso sanitário mais alto;
3) Use capachos e tapetes antiderrapantes.
- Fora de casa:
1) Conserte calçadas e degraus quebrados;
2) Limpe caminhos e remover entulhos;
3) Instale corrimão em escadas e rampas;
4) Instale iluminação adequada em calçadas, portas e escadas.
Essas medidas simples fazem grande diferença no dia-a-dia do idoso. No entanto, as modificações devem ser feitas com o seu consentimento. Cada objeto de sua moradia tem um significado afetivo e ele poderá ficar magoado se as intervenções forem feitas sem sua permissão.
Gabriel Miranda
Marcadores:
comportamento,
idosos
O goleiro que lavou as mãos
Como é possível um atleta bem-sucedido jogar fora toda uma carreira, num dos maiores times brasileiros, salário mensal de R$ 200 mil, e uma gama de mordomias de fazer inveja aos mais pernóstico dos playboys? Como um profissional de futebol respeitado por colegas e pela torcida decide se envolver num crime bárbaro, com tamanha crueldade? Como é possível alguém praticar um crime violento envolvendo mais de dez pessoas e acreditar seriamente que o delito permanecerá encoberto e impune?
Essas são algumas das perguntas que nos assaltam à mente, antes mesmo de buscarmos qualquer resposta sobre os responsáveis pelo assassinato e ocultação do corpo de Eliza Samudio, oficialmente desaparecida há cerca de um mês, depois de ter iniciado uma disputa para comprovar a paternidade de uma criança de 4 meses, que seria filho de Bruno. Quando conheceu Bruno numa orgia, segundo a declaração dele, Eliza - que sempre admirou jogadores de futebol - não tinha ideia que tipo de relações perigosas ele mantinha. Mesmo assim teve o filho e depois mandou a fatura pro jogador, que tentou se livrar do problema da pior maneira. Primeiro, reuniu amigos, ameaçou e bateu na moça, obrigando-a tomar um chá abortivo ou coisa que o valha. Mesmo que fosse apaixonada pelo goleiro, Eliza denunciou o caso e registrou queixa na Delegacia da Mulher.
Se a polícia tivesse indiciado logo o goleiro pela primeira violência contra Eliza, muito provavelmente ele não teria ido mais longe. Até onde ele foi exatamente é um terreno pantanoso, que requer todo cuidado, a quem for andar por ele. Embora a polícia tenha fortes indícios de que foi Bruno o mandante do sequestro de Eliza, que resultou em sua morte, ainda não há provas de que ele planejou o assassinato de sua ex-amante. De qualquer forma uma pergunta básica é: o que afinal o primo e os amigos de Bruno queriam fazer com Eliza, ao levá-la do Rio para Minas Gerais? Eliza acreditou que no sítio do jogador o encontraria para fazer um acordo. Mas no meio do caminho, ela foi agredida.
De acordo com o depoimento do adolescente de 17 anos - cúmplice e testemunha-chave do crime - Bruno teria ido ao sítio dele, onde Eliza estava, com a cabeça ferida por coronhadas dadas pelo jovem. Sem falar com ela, Bruno teria se dirigido depois aos companheiros e dito que "resolvessem o problema" sem que desse "m". Essa orientação pode ter sido entendida como uma solução final (extermínio) pelos cúmplices ou aconteceu um acidente de percurso? Apesar do esforço do menor em tirar Bruno da cena do crime, a primeira hipótese parece mais provável porque - segundo o depoimento do adolescente - os acusados levaram Eliza para a casa de um certo Neném, que concluiu o "trabalhando", estrangulando a moça.
Num dos momentos mais dramáticos do depoimento, o menor confessa ter visto um pedaço da mão da moça, que foi atirado aos cães da casa, onde ela foi morta, em Vespasiano (MG). A casa pertenceria a um policial civil ou ex-PM, ainda não há clareza sobre esse ponto. O fato é que, segundo o depoimento do menor, Eliza foi esquartejada e teve as parte do corpo lançadas aos cães, como algumas pessoas eram mortas antigamente, segundo relatos bíblicos. Na hora da morte, estava na casa o filho de Eliza. Desde o início da história, o aparecimento do recém-nascido - em posse da mulher de Bruno, Dayane, foi a prova dos nove de que algo muito estranho havia acontecido com a mãe.
Se Bruno não foi o mentor do homicídio, perdeu a chance de salvar Eliza, quando a viu no sítio, em cárcere privado. Mas, para o diretor da Divisão de Homicídios, Felipe Ettore, Bruno foi o mandante do sequestro executado por Macarrão e pelo menor, com apoio do primo da mulher de Bruno, que estava no sítio, em Minas.
Justamente quando a polícia mineira aumentava o cerco a Bruno, o menor envolvido no crime passou um fim de semana na casa do jogador, em conversa com advogados dele. É claro que o único assunto que não conversaram foi sobre a derrota do Brasil na Copa. É mais provável que tenham oferecido apoio jurídico ao menor, caso ele fosse localizado pela polícia.
Só que enquanto o menor era orientado a lidar com o caso, o tio dele, um motorista de ônibus, morador de São Gonçalo, contou para a Superádio Tupi tudo o que o jovem lhe contara. Essa atitude do motorista de ônibus foi o cartão vermelho, que jogou Bruno dentro da grande área do crime. E os policiais da Homicídios não perderam tempo: com rara habilidade na polícia, interrogaram o menino até arrancar dele a história que pode levar o goleiro à prisão.
Mas OJ Simpson, com muito mais provas, conseguiu ser inocentado na Justiça americana, lembram? Por isso ainda é cedo para dizer o que Bruno fez. Mas podemos dizer com certeza o que ele deixou de fazer. Com base no depoimento do menor de 17 anos, primo de Bruno, é possível afirmar que o goleiro lavou as mãos e deixou Eliza ser levada ao matadouro. A sangue-frio.
Acompanhe a linha do tempo para entender o Caso Bruno.
Essas são algumas das perguntas que nos assaltam à mente, antes mesmo de buscarmos qualquer resposta sobre os responsáveis pelo assassinato e ocultação do corpo de Eliza Samudio, oficialmente desaparecida há cerca de um mês, depois de ter iniciado uma disputa para comprovar a paternidade de uma criança de 4 meses, que seria filho de Bruno. Quando conheceu Bruno numa orgia, segundo a declaração dele, Eliza - que sempre admirou jogadores de futebol - não tinha ideia que tipo de relações perigosas ele mantinha. Mesmo assim teve o filho e depois mandou a fatura pro jogador, que tentou se livrar do problema da pior maneira. Primeiro, reuniu amigos, ameaçou e bateu na moça, obrigando-a tomar um chá abortivo ou coisa que o valha. Mesmo que fosse apaixonada pelo goleiro, Eliza denunciou o caso e registrou queixa na Delegacia da Mulher.
Se a polícia tivesse indiciado logo o goleiro pela primeira violência contra Eliza, muito provavelmente ele não teria ido mais longe. Até onde ele foi exatamente é um terreno pantanoso, que requer todo cuidado, a quem for andar por ele. Embora a polícia tenha fortes indícios de que foi Bruno o mandante do sequestro de Eliza, que resultou em sua morte, ainda não há provas de que ele planejou o assassinato de sua ex-amante. De qualquer forma uma pergunta básica é: o que afinal o primo e os amigos de Bruno queriam fazer com Eliza, ao levá-la do Rio para Minas Gerais? Eliza acreditou que no sítio do jogador o encontraria para fazer um acordo. Mas no meio do caminho, ela foi agredida.
De acordo com o depoimento do adolescente de 17 anos - cúmplice e testemunha-chave do crime - Bruno teria ido ao sítio dele, onde Eliza estava, com a cabeça ferida por coronhadas dadas pelo jovem. Sem falar com ela, Bruno teria se dirigido depois aos companheiros e dito que "resolvessem o problema" sem que desse "m". Essa orientação pode ter sido entendida como uma solução final (extermínio) pelos cúmplices ou aconteceu um acidente de percurso? Apesar do esforço do menor em tirar Bruno da cena do crime, a primeira hipótese parece mais provável porque - segundo o depoimento do adolescente - os acusados levaram Eliza para a casa de um certo Neném, que concluiu o "trabalhando", estrangulando a moça.
Num dos momentos mais dramáticos do depoimento, o menor confessa ter visto um pedaço da mão da moça, que foi atirado aos cães da casa, onde ela foi morta, em Vespasiano (MG). A casa pertenceria a um policial civil ou ex-PM, ainda não há clareza sobre esse ponto. O fato é que, segundo o depoimento do menor, Eliza foi esquartejada e teve as parte do corpo lançadas aos cães, como algumas pessoas eram mortas antigamente, segundo relatos bíblicos. Na hora da morte, estava na casa o filho de Eliza. Desde o início da história, o aparecimento do recém-nascido - em posse da mulher de Bruno, Dayane, foi a prova dos nove de que algo muito estranho havia acontecido com a mãe.
Se Bruno não foi o mentor do homicídio, perdeu a chance de salvar Eliza, quando a viu no sítio, em cárcere privado. Mas, para o diretor da Divisão de Homicídios, Felipe Ettore, Bruno foi o mandante do sequestro executado por Macarrão e pelo menor, com apoio do primo da mulher de Bruno, que estava no sítio, em Minas.
Justamente quando a polícia mineira aumentava o cerco a Bruno, o menor envolvido no crime passou um fim de semana na casa do jogador, em conversa com advogados dele. É claro que o único assunto que não conversaram foi sobre a derrota do Brasil na Copa. É mais provável que tenham oferecido apoio jurídico ao menor, caso ele fosse localizado pela polícia.
Só que enquanto o menor era orientado a lidar com o caso, o tio dele, um motorista de ônibus, morador de São Gonçalo, contou para a Superádio Tupi tudo o que o jovem lhe contara. Essa atitude do motorista de ônibus foi o cartão vermelho, que jogou Bruno dentro da grande área do crime. E os policiais da Homicídios não perderam tempo: com rara habilidade na polícia, interrogaram o menino até arrancar dele a história que pode levar o goleiro à prisão.
Mas OJ Simpson, com muito mais provas, conseguiu ser inocentado na Justiça americana, lembram? Por isso ainda é cedo para dizer o que Bruno fez. Mas podemos dizer com certeza o que ele deixou de fazer. Com base no depoimento do menor de 17 anos, primo de Bruno, é possível afirmar que o goleiro lavou as mãos e deixou Eliza ser levada ao matadouro. A sangue-frio.
Acompanhe a linha do tempo para entender o Caso Bruno.
Jorge Antonio Barros
Marcadores:
denúncia,
violência,
violência contra a mulher
Menino prematuro de 23 semanas sobrevive e surpreende os médicos
Ele nasceu prematuro, quando a mãe tinha apenas 23 semanas de gestação - 17 antes do esperado -, e foi desenganado pelos médicos: a chance de ele sobreviver era de uma em um milhão. Mas o britânico Nathan Sciberras, atualmente com 2 anos, conseguiu dar a volta por cima e hoje é um menino saudável. A história de superação foi publicada na edição online do "Daily Mail" de hoje.
Quem vê a imagem de Nathan na incubadora quase não acredita que ele tenha se desenvolvido normalmente: ele cabia na palma de uma mão e pesava apenas cerca de 680 gramas. Os órgãos internos da criança ainda estavam em desenvolvimento, seus olhos ainda estavam fundos e os ouvidos pareciam pequenos retalhos de pele.
Quem vê a imagem de Nathan na incubadora quase não acredita que ele tenha se desenvolvido normalmente: ele cabia na palma de uma mão e pesava apenas cerca de 680 gramas. Os órgãos internos da criança ainda estavam em desenvolvimento, seus olhos ainda estavam fundos e os ouvidos pareciam pequenos retalhos de pele.
Na incubadora, Nathan foi alimentado com líquidos, gota por gota. Ele também recebia morfina e cafeína - esta última para que ficasse alerta e se lembrasse de respirar.
- Quando você olha para ele agora, nunca imaginaria o que ele passou. A partir do momento em que saiu do hospital, foi um bebê faminto. Hoje em dia, adora comida. É mais alto que muitos de seus amigos e até mesmo que o irmão, dois anos mais velho - disse a mãe do menino, Clara Sciberras, de 28 anos.
Marcadores:
curiosidades,
saúde infantil
ONG faz apelo para que mulher não seja apedrejada no Irã
Sakineh Mohammadi Ashtiani está presa desde 2006
A organização internacional de defesa dos direitos humanos Human Rights Watch lançou nesta quarta-feira um apelo para que o governo do Irã cancele a execução por apedrejamento de Sakineh Mohammadi Ashtiani, condenada por adultério.
Segundo o grupo, a iraniana, presa desde 2006, enfrenta morte iminente, uma vez que seus pedidos por clemência foram negados.
Inicialmente condenada por envolvimento em "relações ilícitas", ela foi punida primeiro com açoitamento. Depois foi também condenada por adultério, recebendo então a pena capital.
No Irã, o sexo antes de casamento é punido com cem chibatadas. Se os culpados forem casados e estiverem cometendo adultério, a pena muda para morte por apedrejamento.
Histórico
Em maio de 2006, um tribunal da província de Azerbaijan do Leste condenou Ashtiani a 99 chibatadas pelo "relacionamento ilícito" com dois homens após a morte de seu marido.
Quatro meses depois, o caso foi reaberto, com base em relacionamentos que supostamente ocorreram durante o casamento.
As acusações vieram à tona durante o julgamento do homem acusado pelo assassinato de seu marido.
Ele chegou a admitir o crime, mas depois se retratou, alegando que teria confessado o adultério à força. Ainda assim, a pena foi mantida.
Segundo o grupo, a iraniana, presa desde 2006, enfrenta morte iminente, uma vez que seus pedidos por clemência foram negados.
Inicialmente condenada por envolvimento em "relações ilícitas", ela foi punida primeiro com açoitamento. Depois foi também condenada por adultério, recebendo então a pena capital.
No Irã, o sexo antes de casamento é punido com cem chibatadas. Se os culpados forem casados e estiverem cometendo adultério, a pena muda para morte por apedrejamento.
Histórico
Em maio de 2006, um tribunal da província de Azerbaijan do Leste condenou Ashtiani a 99 chibatadas pelo "relacionamento ilícito" com dois homens após a morte de seu marido.
Quatro meses depois, o caso foi reaberto, com base em relacionamentos que supostamente ocorreram durante o casamento.
As acusações vieram à tona durante o julgamento do homem acusado pelo assassinato de seu marido.
Ele chegou a admitir o crime, mas depois se retratou, alegando que teria confessado o adultério à força. Ainda assim, a pena foi mantida.
Plenário do Senado aprova projeto que acelera o divórcio
Projeto acaba com separação judicial e permite divórcio imediato.
Proposta está agora pronta para ser promulgada pelo Congresso.
O plenário do Senado aprovou em segundo turno nesta quarta-feira (7) uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que reduz a burocracia e permite acelerar o processo de divórcio. O projeto está agora pronto para ser promulgado pelo Congresso Nacional. Por ser uma PEC, a proposta não necessita passar pela sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
A PEC acaba com a figura da separação judicial. Atualmente, para se divorciar o casal precisa ter pelo menos um ano de separação judicial – decretada por um juiz – ou dois anos na separação de fato, em que marido e mulher já vivem separados mas são considerados casados perante a Justiça. Com o projeto, o divórcio acontecerá de imediato, assim que o casal decidir.
A proposta deve facilitar o trâmite de processos de guarda de filhos, além de permitir aos divorciados se casar com outras pessoas sem nenhum problema judicial.
O relator, senador Demóstenes Torres (DEM-GO), argumenta que nenhuma norma legal pode obrigar as pessoas a continuarem casadas. “Não há sentido manter por um tempo pessoas que não querem ficar junto”.
O senador Marcelo Crivella (PRB-RJ) criticou a proposta. Para ele, o fim do período de separação judicial “banalizar o casamento”. “Vai ser uma coisa de casa e descasa e eu não sei de que maneira isso vai contribuir para a nossa sociedade”, afirmou Crivella. Ele afirmou que vai recorrer da decisão à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado porque o painel mostrou 48 votos a favor, quando são necessários 49. A senadora Rosalba Ciarlini (DEM-RN), no entanto, disse ter tido problemas para votar e declarou seu voto oralmente, o que permitiu atingir os 49 votos necessários para a aprovação.
Proposta está agora pronta para ser promulgada pelo Congresso.
O plenário do Senado aprovou em segundo turno nesta quarta-feira (7) uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que reduz a burocracia e permite acelerar o processo de divórcio. O projeto está agora pronto para ser promulgado pelo Congresso Nacional. Por ser uma PEC, a proposta não necessita passar pela sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
A PEC acaba com a figura da separação judicial. Atualmente, para se divorciar o casal precisa ter pelo menos um ano de separação judicial – decretada por um juiz – ou dois anos na separação de fato, em que marido e mulher já vivem separados mas são considerados casados perante a Justiça. Com o projeto, o divórcio acontecerá de imediato, assim que o casal decidir.
A proposta deve facilitar o trâmite de processos de guarda de filhos, além de permitir aos divorciados se casar com outras pessoas sem nenhum problema judicial.
O relator, senador Demóstenes Torres (DEM-GO), argumenta que nenhuma norma legal pode obrigar as pessoas a continuarem casadas. “Não há sentido manter por um tempo pessoas que não querem ficar junto”.
O senador Marcelo Crivella (PRB-RJ) criticou a proposta. Para ele, o fim do período de separação judicial “banalizar o casamento”. “Vai ser uma coisa de casa e descasa e eu não sei de que maneira isso vai contribuir para a nossa sociedade”, afirmou Crivella. Ele afirmou que vai recorrer da decisão à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado porque o painel mostrou 48 votos a favor, quando são necessários 49. A senadora Rosalba Ciarlini (DEM-RN), no entanto, disse ter tido problemas para votar e declarou seu voto oralmente, o que permitiu atingir os 49 votos necessários para a aprovação.
Marcadores:
justiça,
legislação
quarta-feira, 7 de julho de 2010
Menor diz em depoimento que ossos de Eliza Samudio foram concretados
Jovem disse que ouviu goleiro pedir para 'resolverem o problema'.
Ele disse ter visto mão de ex-namorada de Bruno ser jogada a cães.
O Jornal Nacional teve acesso com exclusividade ao depoimento que provocou uma reviravolta no caso Bruno. Em quatro folhas, o menor apreendido na terça-feira (6) na casa do goleiro do Flamengo conta sua versão dos fatos. Ele disse que foi convidado por Luiz Henrique Ferreira Romão, o amigo de Bruno conhecido como Macarrão, a levar Eliza Samudio ao sítio do goleiro em Minas Gerais. Macarrão já tinha planejado tudo e mandou o adolescente se esconder no porta-malas do carro.
Já com o carro em movimento, o menor conta que estava na mala do veículo e pulou para o banco de trás com a arma em punho, rendendo Eliza e dizendo: "perdeu Eliza"
Segundo o adolescente, Eliza conseguiu pegar a arma e atirou contra o menor, mas a arma estava sem munição. O adolescente conseguiu recuperar a arma e deu três coronhadas na cabeça de Eliza.
O jovem diz que a viagem continuou até o sítio de Bruno. O rapaz dormiu em um quarto. Macarrão em outro. E Eliza, com o filho, dormiu em um terceiro quarto. Havia também uma empregada doméstica.
No dia seguinte, Eliza não permaneceu trancada. Sérgio Rosa Sales, que chegou naquele dia, passou a vigiar Eliza, segundo o menor.
Ele disse que viu Sérgio entregar um telefone para que Eliza ligasse para uma amiga de São Paulo. Sérgio mandava dizer que estava tudo bem, que ela receberia dinheiro e um apartamento em Belo Horizonte. Eliza foi ameaçada de morte caso não dissesse o combinado.
O menor conta que, no dia seguinte, Bruno chegou de táxi ao sítio, pois tinha viajado de avião para Belo Horizonte. O adolescente conta que ouviu Bruno dizer para Macarrão e Sérgio que era para eles resolverem o problema. Que não queria problemas para o lado dele e que ele, Bruno, não saberia de nada.
Segundo o depoimento, Macarrão e Sérgio disseram que não poderiam libertar Eliza, pois o problema seria ainda maior. Bruno disse então que já tinha acontecido "m...." da primeira vez, e não queria que o problema se repetisse com Eliza.
O goleiro permaneceu no sítio por duas horas e depois chamou um táxi para levá-lo até o aeroporto, pois queria voltar para o Rio no mesmo dia.
No dia seguinte, o adolescente, Macarrão, Sérgio, Eliza e o filho dela entrararam no carro de Bruno e seguiram rumo a Belo Horizonte.
O adolescente contou que chegaram a um local que se parecia com um sítio. Foram recebidos por um homem alto, negro, chamado Neném.
Vem então a parte mais forte do depoimento: segundo o menor, Neném pegou Eliza, amarrou os braços dela com uma corda e deu uma gravata, sufocando-a. Neném pediu que todos deixassem o local. Sérgio carregava o filho de Eliza.
Logo depois, segundo o jovem, Neném passou carregando um saco e seguiu em direção a um canil, onde havia quatro rotweillers. O adolescente viu o momento em que Neném retirou a mão de Eliza e arremessou para os cães.
O adolescente disse que os ossos de Eliza foram concretados no mesmo terreno em que ela foi morta. Ele inocentou a mulher de Bruno, Dayane Rodrigues, de participação no assassinato de Eliza.
Segundo o menor, Dayane foi ao sítio de Bruno depois do crime - e soube apenas que o bebê de Eliza tinha sido deixado no local.
O adolescente disse ainda que não falou com Bruno sobre o que aconteceu com Eliza, mas acredita que Macarrão tenha contado o desfecho do sequestro.
G1
Dependência do crack coloca 25 mil jovens em risco de morte, diz governo
Ministério da Saúde estima que 600 mil pessoas usem frequentemente a droga
O crack, droga formada pela mistura de bicarbonato de sódio e cocaína, ameaça a vida de 25 mil jovens brasileiros. A estimativa é do Ministério da Saúde e, segundo o coordenador de Saúde Mental, Álcool e Drogas da pasta, Pedro Delgado, a dependência coloca esses jovens no nível de marginalidade extrema. Ele falou sobre o problema no Seminário Internacional de Políticas sobre Drogas, na Câmara Federal.
Delgado disse ainda que faltam estudos de âmbito nacional sobre o tema, mas os dados do ministério mostram que existem padrões diferentes de uso das drogas, inclusive do crack.
- Existem duas populações de consumidores de crack no Brasil. Uma que estimamos em 25 mil jovens que estejam em vulnerabilidade máxima e corram risco de vida e outra, em situação menos grave, com 600 mil pessoas que fazem uso frequente da droga.
O coordenador do Ministério da Saúde também falou do problema da mortalidade de adolescentes pelo uso de drogas, citando a cidade de Maceió, capital de Alagoas, como a que tem o maior registro de morte violenta de jovens.
- Temos convicção de que isto tem a ver com a vulnerabilidade associada ao uso de drogas.
Internação não é a solução do problema
Em maio deste ano, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva lançou o Plano Nacional de Combate ao Crack, que destinou R$ 90 milhões para o Ministério da Saúde, prioritariamente para a ampliação dos leitos em hospitais gerais.
Mais R$ 210 milhões de recursos novos do orçamento do ministério estão sendo utilizados para a ampliação de centros de Atendimento Psicossocial para dependentes químicos, que nas cidades com mais de 200 mil habitantes passarão a funcionar durante 24 horas.
Segundo o representante do Ministério da Saúde, apesar da necessidade de ampliação do número de vagas em hospitais gerais, a internação não deve ser vista como a solução do problema.
- Em situação de risco, existe a opção da internação, mas ela não é a solução para o crack. Os casos mais graves acometem pessoas que passaram pela internação. Precisamos de ações intersetoriais para combater o problema.
O secretário nacional de Políticas sobre Drogas (Senad), general Paulo Uchôa, disse que em agosto começam os cursos a distância para a formação de profissionais de diversas áreas para lidar com o problema do crack. Serão 80 mil vagas destinadas a religiosos, conselheiros de infância e adolescência, educadores e profissionais de saúde.
- A ideia é fazer uma capacitação coletiva para que todos falem a mesma linguagem.
Uchôa falou também que uma pesquisa realizada pela Fiocruz (Fundação Osvaldo Cruz) mostrará o retrato da situação do crack no país, desde o consumo, o perfil do dependente até as consequências da droga sobre as famílias. Os primeiros dados da pesquisa devem ser apresentados em setembro.
- Com base nos dados revelados na pesquisa faremos um redirecionamento ou direcionamento das ações. Temos muitos informações sobre a cocaína, mas não temos dados aprofundados sobre o uso do crack.
O crack, droga formada pela mistura de bicarbonato de sódio e cocaína, ameaça a vida de 25 mil jovens brasileiros. A estimativa é do Ministério da Saúde e, segundo o coordenador de Saúde Mental, Álcool e Drogas da pasta, Pedro Delgado, a dependência coloca esses jovens no nível de marginalidade extrema. Ele falou sobre o problema no Seminário Internacional de Políticas sobre Drogas, na Câmara Federal.
Delgado disse ainda que faltam estudos de âmbito nacional sobre o tema, mas os dados do ministério mostram que existem padrões diferentes de uso das drogas, inclusive do crack.
- Existem duas populações de consumidores de crack no Brasil. Uma que estimamos em 25 mil jovens que estejam em vulnerabilidade máxima e corram risco de vida e outra, em situação menos grave, com 600 mil pessoas que fazem uso frequente da droga.
O coordenador do Ministério da Saúde também falou do problema da mortalidade de adolescentes pelo uso de drogas, citando a cidade de Maceió, capital de Alagoas, como a que tem o maior registro de morte violenta de jovens.
- Temos convicção de que isto tem a ver com a vulnerabilidade associada ao uso de drogas.
Internação não é a solução do problema
Em maio deste ano, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva lançou o Plano Nacional de Combate ao Crack, que destinou R$ 90 milhões para o Ministério da Saúde, prioritariamente para a ampliação dos leitos em hospitais gerais.
Mais R$ 210 milhões de recursos novos do orçamento do ministério estão sendo utilizados para a ampliação de centros de Atendimento Psicossocial para dependentes químicos, que nas cidades com mais de 200 mil habitantes passarão a funcionar durante 24 horas.
Segundo o representante do Ministério da Saúde, apesar da necessidade de ampliação do número de vagas em hospitais gerais, a internação não deve ser vista como a solução do problema.
- Em situação de risco, existe a opção da internação, mas ela não é a solução para o crack. Os casos mais graves acometem pessoas que passaram pela internação. Precisamos de ações intersetoriais para combater o problema.
O secretário nacional de Políticas sobre Drogas (Senad), general Paulo Uchôa, disse que em agosto começam os cursos a distância para a formação de profissionais de diversas áreas para lidar com o problema do crack. Serão 80 mil vagas destinadas a religiosos, conselheiros de infância e adolescência, educadores e profissionais de saúde.
- A ideia é fazer uma capacitação coletiva para que todos falem a mesma linguagem.
Uchôa falou também que uma pesquisa realizada pela Fiocruz (Fundação Osvaldo Cruz) mostrará o retrato da situação do crack no país, desde o consumo, o perfil do dependente até as consequências da droga sobre as famílias. Os primeiros dados da pesquisa devem ser apresentados em setembro.
- Com base nos dados revelados na pesquisa faremos um redirecionamento ou direcionamento das ações. Temos muitos informações sobre a cocaína, mas não temos dados aprofundados sobre o uso do crack.
Assinar:
Postagens (Atom)
Verbratec© Desktop.