sábado, 28 de agosto de 2010

Mãe diz que salvou filho prematuro apenas com abraço


Bebê acorda nos braços da mãe duas horas depois que foi dado como morto pelos médicos

Que o toque e o cheiro da mãe são importantes para o bebê não é novidade. Mas podem ser mais poderosos do que você imagina. Uma mãe australiana contou como o toque trouxe seu bebê de volta à vida. Os médicos falaram que Jamie Ogg não tinha nenhuma chance de sobrevivência quando ele nasceu prematuro de 27 semanas, pesando apenas 900 gramas. Enquanto sua irmã gêmea, Emily, conseguiu sobreviver, Jamie lutou por vinte minutos, mas foi declarado morto pelos médicos. Eles o entregaram à mãe Kate para que ela e o pai David se despedissem.
Quando recebeu a notícia que seu filho não tinha sobrevivido, Kate desenrolou Jamie do cobertor, colocou perto de seu peito e começou a conversar com ele. "Ele era muito mole. Seus pequenos braços e pernas estavam apenas caindo fora de seu corpo. Dissemos a ele qual era seu nome e que tinha uma irmã”, disse ao jornal Daily Mail. Depois de duas horas de conversar com o filho, tocá-lo e acariciá-lo, ele começou a mostrar sinais de vida. Em seguida, após sua mãe colocar um pouco de leite materno no dedo e dar a ele, o bebê começou a respirar.
Kate tem certeza de que o contato "pele-a-pele" no seu caso foi vital para salvar seu filho doente. O método conhecido por ‘mãe canguru’, que também é aplicado em hospitais brasileiros, supõe que as mães se tornem incubadoras humanas, mantendo o bebê aquecido. Sabe-se que os bebês de baixo peso que são tratados desta maneira possuem menores taxas de infecção, padrões de sono melhor e menor risco de hipotermia. Mas casos como o de Kate desafiam a ciência.


Crescer

Obesidade deve aumentar entre os mais pobres, diz especialista


Crescimento econômico impulsionou o consumo de alimentos calóricos

O crescimento da obesidade entre os brasileiros deve se intensificar nos próximos anos, principalmente nas classes mais baixas, afirmam especialistas na área. “Nas classes A e B a tendência é de estabilização e até diminuição entre as mulheres, mas entre os mais pobres a obesidade deve crescer cada vez mais”, afirma o médico Márcio Mancini, presidente do departamento de obesidade da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM).
Segundo ele, o desenvolvimento econômico e a melhora no poder aquisitivo das classes C, D e E fez com que a população mais carente passasse a consumir mais. O problema é que os alimentos mais baratos e mais consumidos também são os mais calóricos. “Muitas das pessoas que estão consumindo mais foram subnutridas na infância e agora, na idade adulta, tendem a acumular mais calorias”, afirma o médico endocrinologista e professor da Faculdade de Medicina da USP Alfredo Halpern.
Para Halpern, uma das causas é que o brasileiro está comendo pior e fazendo menos atividades físicas. Além disso, o stress, diz ele, engorda. “Os homens estão bebendo mais álcool e estão mais sedentários. Isso é reflexo da mudança de hábitos das últimas décadas. Antes as pessoas comiam em casa, sem pressa, e hoje comem fora. O stress aumenta e a obesidade também.”
A violência urbana também é apontada como uma das causas. “As mães preferem que as crianças fiquem em casa, onde é mais seguro, também há poucos parques e espaços de lazer são escassos”, diz Mancini.

Epidemia sem combate — Em 2004, o Brasil e todos os países membros da ONU se comprometeram oficialmente a estimular a alimentação saudável e atividades físicas. Mas o governo brasileiro, segundo Mancini, pouco faz para prevenir a obesidade e gasta muito tratando de suas consequências, com remédios para a pressão alta e a diabetes.
“O problema é que a obesidade está aumentando de forma alarmante e não vejo esforço em combatê-la, pelo contrário”, afirma Mancini. Para ele, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) cometeu um erro ao restringir a venda da sibutramina, medicamento que inibe o apetite. “Ele é uma boa forma de tratar pacientes com obesidade. É melhor que depois tratá-los dos problemas provenientes do excesso de peso.”
Mancini sugere ainda que o governo contrate nutricionistas para os postos de saúde, além de subsidiar alimentos saudáveis, como frutas e verduras. “Estamos vivendo uma epidemia. Em 10 anos vamos ter índices semelhantes aos dos Estados Unidos, onde 30% da população é obesa.” Tanto nos EUA como no Brasil, a obesidade se alastra principalmente entre os mais pobres.

Jones Rossi



Dekasseguis fujões deixaram no Brasil 350 famílias no abandono


Descendentes de japoneses, o marido foi trabalhar no Japão com plano de buscar a mulher e a filha. Mas algum tempo depois ele parou de mandar dinheiro e notícias. A mulher foi para o Japão saber o que estava ocorrendo e reatar o relacionamento ou chegar à melhor solução possível. Ela arrumou lá um emprego e tentou uma negociação por três anos. Seu empenho foi em vão. Ela voltou ao Brasil, comprou imóveis para a filha com o dinheiro que economizara e se matou.
Esse caso reflete o drama das famílias que são abandonadas no Brasil pelos dekasseguis (descendentes de japoneses que vão para o Japão trabalhar).
Trata-se de um drama cuja dimensão envolve sentimentos, como o de se sentir rejeitado, e penúria. As famílias – ou seja, mulheres, na maioria dos casos, e filhos – ficam sem amparo financeiro e têm dificuldade para o seu sustento.
Existem pelo menos 315 famílias nessa situação, de acordo com o cadastro da Associação das Famílias Abandonadas por Dekasseguis. Desse total, 60% das mulheres abandonadas não têm descendência japonesa, 35% têm e 5% são maridos com ou sem raízes nipônicas.
Quem não volta é porque constituiu lá nova família, na maior parte dos casos.
A covardia dos fujões tem contado com o descaso das autoridades do Brasil e do Japão, porque não há entre os dois países um acordo que viabilize ações jurídicas que obriguem o pagamento de pensão.
O autônomo Djalma Straube, 61, um dos fundadores da associação, afirma que a insensibilidade do governo japonês é ainda maior porque até hoje não aderiu à Convenção sobre Prestação de Alimentos no Estrangeiro, que foi concluída em 1956 em Nova Iorque. “Trata-se de uma postura inexplicável neste século 21”, diz Straube.
Quando o cônjuge abandonado descende de japonês, ele pode ir ao Japão tentar um acordo amigável ou na justiça daquele país. Mas isso dificilmente ocorre porque é preciso ter dinheiro para a viagem e se manter no Japão.
Para quem não tem origem japonesa, mesmo que consiga algum empréstimo, por exemplo, para a viagem, o sentimento de abandono é total, porque não existe essa possibilidade.
O máximo que os abandonados podem fazer é enviar carta rogatória, mas que só serve para pressionar os fujões, porque não tem poder de execução. Além disso, a morosidade da justiça brasileira é tanta, que um documento como esse demora um ano para ser encaminhado. “É uma perversidade”, diz Straube.
De acordo com dados de 2005 do Tribunal de Justiça de São Paulo, só naquele ano foram emitidas 2.425 cartas rogatórias. Delas, 1.122 reclamavam o pagamento de pensão alimentícia, 509 eram de divórcio, 570 de reconhecimento de paternidade e 224 de questões criminais. Os destinatários não foram encontrados em 80% dos casos. E mesmo se o fossem, eles poderiam se recusar a receber a carta.
Os rejeitados ficam profundamente abalados. “Mães entram em depressão e os filhos culpam-nas pelo abandono do pai ou odeiam o pai pela rejeição”, afirma Straube.


Straube com as filhas. Foto de 2008

O jornal Estadão relatou recentemente o caso de Mario Kayaki, que foi para o Japão em 1995. Em 1999, ele passou a se comunicar menos com Aparecida Margarete, sua mulher, e seus dois filhos, ambos adolescentes. Hoje, Aparecida não sabe onde Kayaki se encontra, e ela não tem como pedir divórcio e pensão.
No caso de Straube, a sua mulher foi para o Japão em 1993 com a promessa de buscá-los o mais breve possível. Na época, uma de suas filhas tinha 5 anos e outra, um. Em 1995, interrompeu os contatos com família. Em 2000, pediu o divórcio e se comprometeu a pagar pensão de US$ 300 (R$ 528 na cotação atual) para cada uma das meninas. Em 2003, interrompeu o pagamento que já vinha falhando.
A Associação das Famílias Abandonadas por Dekasseguis foi criada em 1992. Ou seja, o problema é antigo. E de lá para cá nada foi decidido para resolvê-lo.

Com informação da Associação das Famílias Abandonadas por Dekasseguis, do Estado de S.Paulo e do G1.

Capitão que julga PMs envolvidos no atropelamento do filho de Cissa Guimarães é flagrado com outro oficial furtando


RIO - Nove horas depois de interrogar os PMs denunciados por receberem propina para liberar o carro que atropelou e matou o músico Rafael Mascarenhas , o juiz militar e capitão da PM Lauro Moura Catarino, de 33 anos, foi preso - juntamente com mais dez pessoas -, na madrugada de sexta-feira, furtando cabos de telefonia da Oi, na Praia de Botafogo . Com a venda do cobre dos fios, a quadrilha faturava cerca de R$ 300 mil por mês. Entre os presos, está outro policial: o capitão do Batalhão de Choque Marcelo Queiroz dos Anjos, de 33 anos.
Segundo a investigação da 9ª DP (Catete), os oficiais eram os mentores e responsáveis pela segurança da quadrilha, que agia há oito meses entre Botafogo, Flamengo e Centro. No grupo, há dois ex-policiais militares - expulsos por cometerem crimes - e funcionários terceirizados da empresa de telefonia.
O comandante-geral da PM, coronel Mário Sérgio Duarte, determinou a abertura de um procedimento disciplinar para expulsar os capitães da corporação. Eles foram autuados por furto e formação de quadrilha. Se condenados, a pena pode chegar sete anos de prisão.
Ao saber da prisão de Catarino, a juíza da Auditoria Militar, Ana Paula Barros, o afastou do Conselho Permanente de Justiça Militar, que a auxilia nos julgamentos de policiais denunciados por desvio de conduta. Um outro oficial da PM será indicado, por sorteio, para substituí-lo. O capitão é lotado no 2º BPM (Botafogo), mas estava cedido ao órgão há pouco mais de um mês. Os integrantes do conselho precisam ter ficha limpa, e a abertura de uma investigação para apurar alguma falha administrativa já é suficiente para barrar um policial. Segundo o capitão Luiz Alexandre, assessor da juíza, é a primeira vez que um integrante do órgão é preso por cometer crime.
O delegado titular da 9ª DP, Alan Luxardo, disse que o grupo integrado pelos oficiais é a maior quadrilha de furto de cabos de todo o estado, tendo sido investigado por dois meses, com o apoio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público. Os ex-soldados da PM Walter Dias Filho, de 47 anos, e José Fernando dos Santos, de 44, faziam parte da quadrilha. Walter foi expulso da corporação por concussão (extorsão praticada por funcionário público) e José, por roubo.
Os presos não quiseram prestar depoimento, dizendo que só vão falar em juízo. Luxardo revelou, no entanto, que o capitão Marcelo dos Anjos confessou informalmente sua participação nos furtos. Com a operação de sexta-feira, que resultou ainda na apreensão de um caminhão, duas Kombis e dois carros de passeio, o delegado diz ter atingido o foco principal da investigação. No entanto, a polícia vai continuar apurando o caso, para identificar mais envolvidos e saber quem comprava o material furtado.

Daniel Brunet e Flávia Lima


O Globo

Anorexia aos 11 anos

RECUPERADA
Fernanda teve anorexia aos 11 anos (foto à esq.). Hoje, com 19 (à dir.)

A paulistana Fernanda Eleutério fala sobre o drama da doença na infância. Aos 19 anos, está recuperada e é estudante de enfermagem
Eu era uma criança gordinha. Tinha menos de 1,50 metros e pesava quase 60 quilos. Na escola, me chamavam de baleia, barril... Sempre fui traumatizada com isso. As crianças têm preconceito com o diferente. Aí você mesma acaba se diferenciando dos outros, se distanciando. Me sentia invisível na infância. Eu tinha uma única amiga. Eu era gordinha e ela era muito magra. Acho que por isso nos aproximamos. Os outros colegas não conviviam com opostos.
Eu tinha 11 anos e, nas férias de janeiro, decidi que queria fazer alguma coisa para emagrecer. Meu prato passou a ficar cheio. Mas cheio de alface. No começo, meus pais pensavam: “nossa filha está fazendo regime, que coisa boa”. Quando eu perdi muito peso, começaram a ficar desesperados.
Meus pensamentos eram distorcidos. Me olhava no espelho e via uma pessoa muito gorda. Hoje consigo lembrar exatamente daquela imagem. Com uma diferença: agora eu sei que era raquítica. Além de me enxergar gorda, eu via os outros gordos. Eu assistia ao São Paulo Fashion Week e achava todas aquelas modelos esqueléticas gordas demais.
Um dia, peguei uma colher menor que de café para comer uma fruta. Eu olhava para aquela colher e via uma coisa enorme. Parecia que eu ia virar uma bola depois que comesse aquela quantidade. Comecei reduzindo as quantidades de porções. Em seguida, tirei doces e gorduras. Teve um momento que eu quase não comia.
Eu pegava livros de Biologia na escola para aprender sobre as calorias. Tinha uma tabela e eu calculava o quanto comia. Não podia passar de 200 calorias por dia. E eu já achava demais.
Um dia, a professora de Biologia pediu cada aluno fazer sua pirâmide alimentar e perguntou de quem estava invertida. Eu fui a única a levantar a mão. A minha pirâmide tinha salada na base. Carboidrato e proteína ficavam lá em cima. Sem contar que não tinha ponta. Eu nem pensava em comer açúcar e gordura.
Quando algum amigo me perguntava sobre alimentação, eu respondia na ponta da língua, como se fosse médica. Na minha vida, não conseguia aplicar nada. Esta foi a época que eu mais cozinhei na minha vida. Fazia as pessoas comerem bife a parmegiana, coisas gordurosas que eu nunca comeria. Queria ver os outros felizes.
Eu lia todas as revistas com mulheres perfeitas na capa e achava demais. Via aquelas chamadas “Emagreça 5 kg em uma semana” e lá ia eu.
Criei vários rituais. Eu precisava mastigar dois minutos cada colherada de comida. Sempre deixava alguma coisa no prato. Só fazia as refeições em horários padrões. Eu chorava quase todas as refeições. Ficava aos prantos. Parecia que tinha caído uma bomba no meu estômago. E que eu tinha engordado muito com aquilo.
Coloquei uma esteira no meu quarto para ajudar a emagrecer. Eu acordava de madrugada e, escondida dos meus pais, fazia exercícios. Não durou muito, porque eu tinha pouca força.
Fui de quase 60 kg para 27 kg em menos de seis meses. Eu quase não tinha cabelo, sentia muito frio mesmo no verão, não tinha mais força para nada. Quando o corpo se acostuma a emagrecer, não para mais. Perdi 7 kg em uma semana. 2 kg de um dia para o outro. Se eu medisse, a cintura cabia dentro das minhas mãos.
Meus batimentos cardíacos chegaram a 50 por minutos (o normal é entre 90 e 120 bpm). Tive osteopenia (perda de cálcio nos ossos). Não menstruei por um ano. Eu era amarelada e tinha aparência de 70 anos.
Eu não deixei de ir à escola, mas não tinha força para manter minha postura ereta na cadeira. Eu ficava com os braços e cabeças deitados na mesa durante toda a aula. Só conseguia ouvir o que o professor falava. Passei a ter dificuldades para caminhar. Precisava me apoiar na minha mãe, como se fosse uma bengala, para me locomover.
Meus pais procuraram ajuda. Nutricionistas, psicólogos, psiquiatras. Comecei a fazer o tratamento para ganhar peso, mas ainda não me conformava em ter de comer. Eu pensava: “minha dieta é perfeita”, “o mundo está errado”, “eles deveriam fazer como eu”.
Eu não sei por que tive a doença. Pode até nem ter sido por causa dos apelidos na escola. Acho que eu tinha predisposição. Teria anorexia de qualquer jeito.
Oito anos se passaram e algumas coisas eu ainda não como. Quando eu ganho chocolate do namorado, eu distribuo. Só comi chocolate uma vez ou outra, quando minha médica mandou.
É muito difícil se livrar dos pensamentos da doença. A nutricionista, às vezes, me diz: “eu não estou falando com a Fernanda. Agora estou falando com a doença”. Como enfermeira, eu sei tudo o que dizer sobre a doença ao paciente. Mas como paciente, ainda hoje não sei se iria escutar.
Minha nutricionista quer que eu coma mais arroz. Me diz: “Fernanda, você quer ou não quer ter alta?” Eu quero e não quero. Eles são meu apoio. Se eu fosse fazer regime de novo, eu poderia ter de novo. Eu acho que não teria limites.


Estudo afirma que ter um caso com o chefe pode alavancar a carreira

O "teste do sofá" ainda é prática comum nas empresas

15% das mulheres confessaram já terem dormido com seus superiores
Em muitas empresas, há sempre a desconfiança de que tal funcionário conseguiu aquela tão cobiçada promoção porque dormiu com o chefe ou teve algum tipo de envolvimento amoroso com ele. A história é tão comum e antiga que já virou piada e deu origem a expressões como "teste do sofá".
Agora um estudo americano realizado pela U.S. Centre for Work-Life Policy (centro de relações do trabalho) divulgou números que confirmam essas histórias e assustam.
Segundo reportagem especial do site inglês Mail Online, 37% dos trabalhadores, nos Estados Unidos, afirmaram que, de acordo com suas experiências pessoais, todos que já dormiram com seus superiores tiveram algum tipo de vantagem em seus trabalhos.
Mesmo correndo o risco de arruinar um casamento ou perder o respeito de seus colegas de trabalho, muitos acabam apostando no caso com o chefe. Entre as mulheres americanas, o estudo indica que elas dificilmente conseguem um cargo de chefia a não ser que encontrem alguém que as "patrocine".
34% das mulheres com cargo de chefia afirmaram que conheciam ou conhecem alguma colega também mulher que já dormiu com o chefe. E 15% confessaram elas mesmas que já se deitaram com o superior para conseguir uma promoção ou até aumento de salário.
O estudo ainda indica que, em termos de reputação e moral, 61% dos homens e 70% das mulheres perdem o respeito por um superior que já se envolveu em um caso amoroso com um funcionário.
Mais: 60% dos homens e 65% das mulheres dentro de uma empresa desconfiam que aumentos de salário e promoções são um indício de favores sexuais. Ou seja, não adianta pensar que as pessoas não suspeitam de nada.
E quando elas descobrem de fato, poucas têm simpatia pelo ocorrido. 48% dos homens e 56% das mulheres sentem algum tipo de animosidade em relação ao casal envolvido.


Pai entra na Justiça após escola mostrar filme com sexo a crianças

Cartaz do filme 'Frida': pivô de polêmica
(Foto: Divulgação)

Obra 'Frida' foi transmitida em aula de artes de colégio em Itanhaém.
Segundo corretor, filha ficou abalada emocionalmente.

Um filme passado na aula de artes de um colégio em Itanhaém, a 106 km de São Paulo, fez um pai indignado entrar com uma representação no Ministério Público contra a instituição de ensino privada. O motivo: cenas de sexo apresentadas para crianças menores de 12 anos.
A transmissão do filme “Frida”, que conta a história da polêmica pintora surrealista mexicana Frida Kahlo, aconteceu no último dia 9 e, segundo o corretor de imóveis Jefferson Lima, de 44 anos, abalou emocionalmente sua filha de 11 anos. “Ela chegou da escola chorando e contou que passaram um filme pornográfico”, disse. A obra é classificada para pessoas com mais de 14 anos.
Lima foi até o Colégio Evolução para conferir se a denúncia da menina procedia. Lá, pediu para assistir à película e ficou chocado. “Cenas de promiscuidade, patifaria. Não condiz com a idade das crianças”, afirmou.
Procurada, a direção da escola informou que até o momento “não tem conhecimento, de forma oficial, que o senhor Jefferson Lima tenha ingressado na Justiça contra o colégio". Em nota, a instituição acrescenta que determinou que a professora se abstivesse de exibir o filme.
Segundo o corretor, a escola chegou a enviar uma carta se desculpando. Isso, porém, não basta para ele. “Queria que a coordenadora e a professora fossem punidas por isso.” Apesar de já ter mudado a garota de colégio, o pai afirma que a menina ainda está impressionada com o que viu. “Acorda assustada, chora muito. Ela precisa de psicólogo”, comentou.
Evangélico da Igreja Bola de Neve, ele afirmou que esse tipo de obra não passa na televisão de sua casa. “E o colégio disse que tudo o que minha filha viu lá passava na televisão. (...) A mente dela foi obstruída”, reclamou. Ele afirma que não quer chamar a atenção com o caso. “Entrei na Justiça pelo constrangimento pelo qual minha filha passou.”
Segundo o defensor de Lima, o advogado José Ribeiro de Andrade, não há motivações financeiras na medida. “A família quer retratação e as providências cabíveis. A Justiça que irá decidir o que será feito."

Escola nega cenas de sexo
Em nota assinada por sua direção, o Colégio Evolução contradiz Jefferson e diz que, dos trechos do filme passados em sala de aula, “absolutamente nenhum deles mostraram cenas de nudez, práticas que pudessem incitar sexo, uso de drogas”.

Veja, abaixo, a íntegra da nota da escola.
“O Colégio até o momento não tem conhecimento, de forma oficial, que o sr. Jefferson Lima tenha ingressado na Justiça contra o Colégio por conta da retransmissão de alguns trechos do filme "Frida Kahlo". Se ocorrer a citação para responder aos termos da ação judicial, o Colégio acionará seus defensores e apresentará a defesa que lhe é assegurada pela Carta da República.
Preliminarmente, necessário que fique claro que o Colégio não possui em sua videoteca cópia do filme biográfico intitulado "Frida Kahlo". A iniciativa de exibir trechos (partes) do filme biográfico da mencionada artista plástica mexicana se deu por parte da educadora Célia , profissional de sólida e ilibada formação moral, intelectual e religiosa, formada em curso superior há mais de 30 (trinta) anos, sempre laborando na área do magistério nas melhores escolas de nossa Cidade e região, estando prestes a aposentar-se por tempo de serviço.
Segundo o que ficou apurado na sindicância instaurada pelo Colégio, a pedido do próprio sr. Jeferson Lima foi o fato de que trechos do filme em questão serviriam como apoio didático-pedagógico à disciplina Educação Artística e, segundo consta trecho da apostila do "Sistema/Método Objetivo", a qual como sabemos é adotada por milhares de escolas que têm a bandeira "Objetivo", faz menção à vida e obra da artista plástica mexicana Frida Kahlo e a seu marido Diego Rivera.
Assim, a fim de ilustrar melhor a aula a professora decidiu pela exibição, repita-se, de pequenos trechos do filme, até porque não daria para exibir todo o filme que tem quase uma hora e trinta minutos, numa aula de pouco mais de trinta minutos.
Ainda, esclarecendo os fatos, é certo que quaisquer dos trechos do mencionado filme, mostrados aos alunos, absolutamente nenhum deles mostraram cenas de nudez, práticas que pudessem incitar sexo, uso de drogas e/ou outros malefícios aos nossos alunos, às nossas crianças e aos nossos jovens.
Ainda a guisa de esclarecimento, cumpre-nos informar que o filme biográfico "Frida" é um dos indicados pelo "CANAL DO EDUCADOR", canal este que o educador tem a sua disposição e que indica os filmes e obras literárias biográficas e desde que estabeleçam relação com o conteúdo programático, como é o caso, podem ser lidos e assistidos em salas de aulas e servirem como temas para debates e trabalhos escolares escritos.
Após a polêmica gerada por uma única pessoa, in casu o sr. Jeferson, a direção do Colégio determinou que a professora Célia se abstenha de exibir, mesmo que pequenos trechos do filme em questão até a completa apuração dos fatos. A direção do Colégio, após a reclamação do sr. Jeferson, tomou a medida acima, ou seja, determinou que a professora se abstivesse de exibir o filme, solicitando também que a professora e a coordenadora fizessem relatório completo acerca dos fatos.”

Paulo Toledo Piza


Cinco anos depois do Katrina, Nova Orleans ainda está em reconstrução

Um breve passeio pelo Lower 9th Ward, a área de Nova Orleans mais afetada pelo furacão Katrina, revela que, cinco anos após a tragédia, a cidade ainda está em reconstrução.

Enquanto os bairros mais turísticos, como o Bairro Francês, já estão completamente recuperados, no Lower 9th Ward, que abrigava uma comunidade pobre e de maioria negra, o ritmo da restauração é lento.
Canteiros de obras se espalham pelo bairro. A pouca distância das novas casas, muitas delas construídas com tecnologia verde e modernos projetos arquitetônicos, ainda é possível ver diversas residências abandonadas, destruídas e tomadas pelo mato.
“Saí daqui um dia antes do Katrina, no dia 28 de agosto, e só voltei há quatro meses”, disse à BBC Brasil a moradora Marion Bryan, 78 anos, em frente à nova residência de dois quartos, alimentada por energia solar.

Brad Pitt
A casa de Bryan é uma das 150 que a fundação Make it Right, criada pelo ator Brad Pitt, pretende erguer no bairro, todas projetadas por arquitetos renomados de diversas partes do mundo.
Em entrevista ao jornal local, Pitt disse que todas as casas construídas por sua fundação são livres de poluição e geram mais energia do que consomem.
O ator é figura muito popular entre os moradores do bairro, mas seu projeto, assim como outros planos de recuperação da cidade, recebe algumas críticas de moradores preocupados com a descaracterização da cultura arquitetônica de Nova Orleans.
Assim como Pitt, centenas de outras entidades e voluntários se mobilizaram desde 2005 para ajudar na reconstrução da cidade, e há vários projetos em andamento.
Mas apesar dessas iniciativas, falta muito a ser feito, e diversos dos antigos moradores do Lower 9th Ward ainda não conseguiram voltar para casa nessa região localizada nas margens do rio Mississippi.


Muitos vizinhos ainda não voltaram”, diz Bryan. “Sabe-se lá onde estão.” Antes do Katrina, a população da região metropolitana de Nova Orleans chegava a 1,313 milhão de habitantes. No ano passado - útlima data com dados disponíveis - viviam na cidade 1,189 milhão pessoas, segundo o Greater New Orleans Community Data Center.

Volta ao lar
A casa de três dormitórios em que Bryant morava havia quase 40 anos ficava no mesmo local da nova residência e foi totalmente destruída pelo Katrina, que arrasou Nova Orleans em 29 de agosto de 2005.
“Eles diziam que o furacão iria atingir esta área em cheio”, diz ela, sobre o momento em que tomou a decisão de abandonar sua residência.
“Peguei apenas alguns documentos e roupas. Perdi tudo.”
Bryant deixou Nova Orleans e foi para Baton Rouge, cidade que recebeu boa parte dos desabrigados do Katrina.
Lá, viveu por quase cinco anos em apartamentos do governo enquanto esperava sua nova casa ficar pronta – assim como os outros beneficiados pelo projeto da Make it Right, ela pagou parte da obra.
“Baton Rouge é uma boa cidade, mas eu simplesmente não gostava”, diz. “Eu via Baton Rouge florescendo, e em Nova Orleans as coisas não andavam.”
Agora, finalmente de volta, ela diz que é difícil descrever o que sente, cinco anos depois da tragédia.
“Estou feliz por estar de volta. Mas fico olhando para os lotes ainda vazios. Sinto falta de tantos amigos antigos que ainda não voltaram”, diz.




Alessandra Corrêa



Ao martelo


O primeiro bem confiscado ao médico Roger Abdelmassih vai a leilão neste sábado 28, em São Paulo.

O primeiro bem confiscado ao médico Roger Abdelmassih vai a leilão neste sábado 28, em São Paulo. Mas o dinheiro não indenizará nenhuma das 56 antigas pacientes que o acusam de estupro. Na verdade, a Mercedes CL 65 AMG, um dos modelos mais caros da montadora alemã, foi recuperado pela financeira, após rodar menos de um ano, por falta de pagamento.

Ronaldo Herdy


sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Caso Joanna Marins


Estamos nos mobilizando para protestar por justiça no caso da menina Joanna Marins. Depois de uma longa briga judicial, a guarda dela foi entregue ao pai, que nunca exerceu regularmente seu direito de visita e tem vasto histórico de violência. A ordem judicial também proibiu sua mãe de vê-la por 90 dias. Porém, esta proibição se tornou eterna. No dia 13 de agosto, Joanna morreu, após passar um mês em coma numa UTI. Saiba mais sobre o caso em:
http://www.istoe.com.br/reportagens/96766_AS+VARIAS+TRAGEDIAS+DE+JOANNA
Diante do conjunto de erros e negligências que acabaram por vitimar Joanna decidimos nos mobilizar para cobrar do judiciário uma postura isenta e punição dos responsáveis. Sendo assim, redigimos esta carta para ser mandada para os emails abaixo. Lembramos que esta carta é apenas um modelo. Pode ser modificada ou nem mesmo usada. O que importa é nossa participação. Nos tempos que vivemos, quando nem é necessário sair de sua cadeira para protestar, não podemos nos calar!!! Contamos com a ajuda de todos!!!

"É com enorme decepção que nos deparamos com a nota recentemente divulgada pela Amaerj (Associação dos Magistrados do Rio de Janeiro), na qual apoiam a posição da magistrada, Claudia Nascimento Vieira, que prolatou sentença concedendo a guarda da menina Joanna Marins a seu pai. O judiciário foi, sem sombra de dúvidas, o grande responsável por esta tragédia anunciada, uma vez que tirou a menina da casa de sua mãe para entregá-la a um pai com histórico de violência, inclusive contra a própria criança. Estamos cientes que não se pode cobrar dos magistados desfechos em situações que vão além da previsibilidade, mas, neste caso, o que ocorreu era facilmente previsível. Existem inúmeros Boletins de Ocorrência relatando constantes brigas entre o pai de Jonna e sua atual esposa, inclusive provocadas pela intolerância desta à presença de Joanna.

A juíza justificou sua decisão em um laudo apresentado por psicólogas. Este laudo, contudo, foi confeccionado de forma negligente, pois do processo constavam as provas necessárias para se concluir que no caso o comportamento hostil da criança em relação ao pai não era devido à Alienação Parental e sim de seu real temor por já ter sido vítima de agressões por parte dele e por ter sido pivo de brigas entre o pai e sua esposa. Ademais sabemos que nenhum laudo vincula a decisão de um juiz, sendo certo que ela tinha outros fatores e provas a sua disposição para analisar.

O que se espera do judiciário neste momento é apuração dos fatos e punição de todos os profissionais responsáveis por esta arbitrariedade. É inadmissível que o cidadão que busca a tutela jurisdicional com esperanças de ver seus conflitos dirimidos e seus direitos garantidos tenha como resposta descaso, negligência, imperícia, corporativismo que acabaram por resultar na tortura e morte de uma criança de 5 anos.

Estaremos acompanhando o desenvolver do caso e desejamos nada menos do que uma postura firme e isenta por parte daqueles que têm como dever zelar pelos direitos dos cidadãos brasileiros, não apenas de seus pares.

Grato

Ass:

Para o TJ e o CNJ é preciso entrar no site e colar o email no espaço fornecido no link abaixo:
http://www.cnj.jus.br/index.php?option=com_content&view=article&id=9505&Itemid=1078
http://www.tjrj.jus.br/fale_conosco.jsp

Para mandar pra Amaerj é pelo seu email mesmo:
assessoria@amaerj.org.br


Agente que investigava massacre no México é encontrado morto

Foto mostra rancho em San Fernando, no norte do México, onde foram achados 72 corpos de imigrantes ilegais


Membros da Marinha do México localizaram dois corpos --entre eles o de um agente do Ministério Público que investigava o massacre de 72 imigrantes em San Fernando, próximo à fronteira com os Estados Unidos-- em uma estrada da região, informou uma fonte oficial.
O agente foi identificado como Roberto Javier Suárez Vázquez, cujo cadáver foi localizado perto da estrada de San Fernando-Méndez, no Estado de Tamaulipas.
Ao lado do corpo, foi achado o cadáver de outra pessoa que ainda não foi identificada. Segundo a fonte, uma investigação foi aberta para determinar as causas das mortes do agente e de uma segunda pessoa.
O México informou inicialmente que havia ao menos quatro brasileiros entre as vítimas. O procurador de Tamaulipas, Jaime Rodríguez, indicou nesta quinta-feira que entre os corpos identificados estavam quatro salvadorenhos e um brasileiro, mas o cônsul-geral do Brasil no país, Márcio Lage, colocou em dúvida a informação.
Lage ressalva que o nome "não soa brasileiro" e que nenhum documento que poderia comprovar a nacionalidade foi apresentado.
Peritos mexicanos identificaram nas últimas horas mais cinco das vítimas do massacre no Estado de Tamaulipas, aumentando para 20 os corpos identificados.
De acordo com Rodríguez, os restos mortais já identificados serão enviados à Procuradoria de Justiça em Reynosa, uma das principais cidades de Tamaulipas e próxima à norte-americana McAllen, no Texas, para que sejam reclamados pelas autoridades consulares.
O governo mexicano ainda não divulgou nenhum dos nomes dos imigrantes identificados, o que deve fazer apenas quando terminar o trabalho de identificação realizado na própria cidade de San Fernando, por cinco legistas.

EUA
Já o governo americano ofereceu ainda maior proteção aos moradores da região e aos imigrantes que passam pela fronteira.
O porta-voz do Departamento de Estado americano, Phillip Crowley, acusou os autores da chacina de tentar "minar as instituições do país vizinho" com a violência discriminada.
Ele aproveitou ainda para defender a reforma da imigração, tema que faz parte da agenda de Obama, mas foi deixado de lado por ser altamente polêmica e angariar pouco consenso entre legisladores e eleitores --às vésperas das eleições legislativas de novembro.
"Somos conscientes dos riscos que ocorrem com aqueles que fazem este tipo de imigração. Esta é uma das razões pela qual nós, Estados Unidos, compreendemos que parte da solução é uma reforma", disse.

MASSACRE
A Marinha mexicana encontrou os 72 corpos nesta terça-feira (26), em uma fazenda perto da cidade de San Fernando, no Estado de Tamaulipas, norte do México e perto da fronteira com os Estados Unidos. Um jovem equatoriano identificado como Freddy Lala Pomavilla teria sobrevivido ao massacre fingindo-se de morto. Ferido com um tiro na garganta, ele chegou a um posto da Marinha mexicana e contou às autoridades sobre o massacre de imigrantes brasileiros e equatorianos.
Freddy relatou que os estrangeiros foram sequestrados por um grupo criminoso, quando tentavam chegar à fronteira com os EUA. Os homens disseram pertencer ao grupo Los Zetas, e ofereceram trabalho como matadores de aluguel por US$ 1.000 quinzenais. Quando os imigrantes recusaram a oferta, os criminosos atiraram.
A Marinha foi até o local e entrou em confronto com o grupo. Pouco depois, encontrou os corpos no rancho.
Segundo a polícia, as vítimas, que se acredita sejam migrantes da América Central e da América do Sul --incluindo quatro brasileiros--, parecem ter sido amarradas com os olhos vendados antes de serem enfileiradas em uma parede e mortas a tiros.



Folha.com

Novas diretrizes para o diagnóstico da alergia à proteína do leite de vaca


Em entrevista exclusiva à revista CRESCER, o especialista em alergia e pneumologia pediátrica Alessandro Fiocchi, professor da Universidade de Milão, na Itália, alerta sobre a importância do diagnóstico e tratamento corretos da alergia comum em bebês e crianças. Confira

Pode ser um pedaço de bolo, um iogurte ou até o cheiro do leite sendo fervido no fogão. Se o seu filho sofre de alergia à proteína do leite de vaca, você vai notar alguns sintomas após ele ter contato com o alimento. Mas do surgimento dos primeiros sinais de alergia ao diagnóstico em si, pode-se levar até quatro meses. Isso porque os sintomas podem levar minutos, horas e até mesmo dias para aparecer. Tanta demora pode trazer problemas ao desenvolvimento do bebê. Para alertar os pais sobre essa doença, que atinge 1 a cada 20 bebês no mundo, CRESCER conversou com o especialista em alergia e pneumologia pediátrica Alessandro Fiocchi, professor da Universidade de Milão, na Itália, que está no Brasil para participar do II Simpósio Internacional de Alergia Alimentar. Nessa entrevista exclusiva, ele fala sobre as novas diretrizes para o diagnóstico, de acordo com a Organização Mundial de Alergia.

CRESCER: Quais são as novas diretrizes para diagnosticar a alergia à proteína do leite de vaca (APLV)? O Brasil vai adotá-las?
ALESSANDRO FIOCCHI: A partir de agora, quando a criança apresentar sintomas de alergia, o primeiro passo continua sendo analisar toda a história do paciente. É importante dizer ao médico qual foi a dose do alimento, quais são os sintomas apresentados e em quanto tempo eles aparecem após a ingestão do alimento suspeito. Então, são feitos os exames cutâneo e o sanguíneo. Se a suspeita for confirmada, é essencial realizar o teste de provocação oral para fechar o diagnóstico, ou seja, oferecer o alimento à criança e analisar a reação. Isso só deve ser feito em hospitais com estrutura para emergências, no caso de reação grave. Em asmáticos, o exame só pode acontecer próximo a uma unidade semi-intensiva, com o paciente já com acesso venoso. No Brasil, a prática do teste de provocação oral já é conhecida e será adotada.

C: Quais são os principais sintomas que os pais devem prestar atenção?
A. F.: São problemas cutâneos, como urticária, eczemas e dermatites, gastrointestinais, como vômitos, cólicas, diarréia e também respiratórios, como anafilaxia, dificuldade para respirar, asma, bronquite e o fechamento da garganta, impedindo a respiração. Eles podem acontecer ao mesmo tempo. A longo prazo, a criança pode sofrer retardo no desenvolvimento, como baixo peso e estatura.

C: Em qual idade os primeiros sintomas costumam aparecer?
A.F.: No primeiro ano de vida do bebê. A grande maioria acontece após a criança ter contato direto com o leite de vaca. Mas existem casos em que o bebê desenvolveu alergia durante a amamentação devido à alimentação da mãe que incluía leite de vaca.

C: Qual é o tratamento mais indicado?
A.F.: Quando diagnosticado, o tratamento é a eliminação do leite e todos os seus derivados da dieta da criança. Para substituí-lo sem perdas nutricionais, a melhor escolha são os leites hidrolisados, vendidos em farmácias. Na maioria dos casos, a APLV desaparece naturalmente. A grande maioria dos alérgicos passa a tolerar o leite de vaca por volta dos 5 anos, mas existem casos em que o problema continua até a fase adulta.

C: Existe alguma forma de prevenção?
A.F.: Os cuidados devem começar ainda na gravidez. Incluir alimentos ricos em vitamina A, D ácido fólico na dieta ajudam a prevenir alergias no bebê. Novos estudos mostram que a restrição de alimentos como peixe, ovo e amendoim não previne nenhum tipo de alergia no feto. Após o nascimento, a amamentação é a melhor forma de evitar problemas. Se possível, amamente a criança até os 6 meses de forma exclusiva. Se não puder, ofereça fórmulas (leite em pó) específicas para bebês de acordo com a faixa etária. O leite de vaca entra na alimentação somente a partir do primeiro ano completo

Bruna Menegueço


Crescer

França prende mãe por jogar recém-nascido pela janela

Entrada do prédio de oito andares onde uma mãe foi presa pela suspeita de jogar bebê de apenas duas semanas pela janela na cidade de Toulouse

Mulher estava sozinha com a criança de apenas duas semanas

Uma menina de apenas duas semanas morreu nesta quinta-feira (26) depois de ser jogada pela janela de seu quarto, no oitavo andar de um prédio de Toulouse, no sudoeste da França. Michel Valet, promotor da cidade, disse que a mãe, que foi presa, é suspeita de ter jogado a criança.
- Há muitos motivos para pensar que esta menina foi jogada pela janela pela mãe. O bebê morreu na hora.
No momento da tragédia, a mulher, de 34 anos, estava sozinha dentro do apartamento com a filha. O marido e pai do bebê, um médico, estava no trabalho, segundo o promotor.
Segundo uma fonte ligada à investigação, a irmã da suposta criminosa, que estava na porta do apartamento, ouviu o bebê chorar, mas não conseguiu entrar a tempo. Quando entrou no local, viu a sobrinha no chão do primeiro andar. A criança não sobreviveu a uma queda de 20 metros de altura.
Um juiz será designado para comandar o processo e tentar compreender o desenvolvimento dos fatos, explicou o promotor.
Vizinhos do casal ficaram chocados com o crime. Uma moradora do terceiro andar do edifício comentou que a família aparentemente levava uma vida tranquila.
- É um casal muito amável. É difícil acreditar que tenha feito algo assim. É uma mulher de bem, estava tão feliz de ter um filho, era o primeiro. Deve sofrer de depressão.




R7

Cientistas apontam oito sintomas mais comuns do câncer

Tossir sangue é um dos sintomas mais comuns de câncer

Pesquisadores na Grã-Bretanha identificaram os oito sintomas mais comuns em pessoas que são diagnosticadas com câncer.

A pesquisa da Keele University, na cidade inglesa de Newcastle-under-Lyme, identificou oito sintomas: sangue na urina, anemia, sangramento anal, sangramento ao tossir, nódulo no seio, dificuldade para engolir, sangramento pós-menopausa e nódulo na próstata.
Segundo os cientistas, pessoas com estes sintomas têm probabilidade maior do que uma em 20 de ter algum tipo de câncer. Quanto mais cedo os pacientes identificarem a doença, maiores são as chances de um tratamento bem-sucedido.
Os cientistas analisaram os resultados de outras 25 pesquisas.
De todos os sintomas, apenas dois deles são considerados mais graves entre pessoas com menos de 55 anos: nódulos nos seios e próstata. Os demais são particularmente mais perigosos em pessoas com mais de 55 anos.
A entidade Cancer Research UK, de pesquisa sobre a doença, disse que quaisquer mudanças no corpo devem levar as pessoas a procurarem os médicos.
"Os sintomas identificados neste estudo já são sinais importantes de câncer, mas há mais de 200 tipos de câncer, com muitos sintomas diferentes", disse um porta-voz da entidade.
"Então se houver uma mudança no corpo, é importante checar isso. Quando o câncer é diagnosticado cedo, o tratamento tem maiores chances de sucesso."


Filhote de tigre é encontrado em bagagem em aeroporto na Tailândia


Um filhote de tigre de dois meses foi encontrado sedado e escondido em meio a tigres de pelúcia na bagagem de uma mulher no aeroporto de Bangcoc, na Tailândia.

Segundo as autoridades locais, o animal foi descoberto quando a dona da bolsa, uma mulher tailandesa de 31 anos, passou-a pelo controle de segurança com raio-X ao tentar embarcar em um voo para o Irã no aeroporto no início da semana.
A mulher teria levantado suspeitas ao ter dificuldades para carregar a bolsa.
Os funcionários do aeroporto perceberam então nas imagens do raio-X que havia algo parecendo um animal de verdade dentro da bolsa e chamaram veterinários, que descobriram o tigre.

Monitoramento
Segundo a organização internacional de defesa dos animais Traffic, o filhote de tigre está agora sob os cuidados do centro de resgate do departamento de parques nacionais e vida selvagem da Tailândia.
As autoridades tentam agora descobrir se o animal nasceu em cativeiro ou se foi capturado em seu habitat natural.
Para o diretor-regional da Traffic para o Sudeste Asiático, Chris Shepherd, o caso mostra que é necessário um monitoramento mais eficiente e penas mais altas para o tráfico de animais selvagens.
“Se as pessoas estão tentando traficar tigres vivos em sua bagagem em voos, eles obviamente acham que o tráfico de animais selvagens é algo fácil de conseguir e não temem punições’, disse.
“Somente uma pressão sustentada sobre os traficantes de animais selvagens e punições sérias podem mudar isso”, afirmou.


TV chilena exibe imagens de trabalhadores presos em mina



Grupo está preso em mina há três semanas.
Resgate dos trabalhadores pode durar meses.


A TV chilena exibiu nesta quinta-feira (26) imagens dos 33 mineiros presos em uma mina a 700 metros sob a terra.
As imagens mostram oito mineiros, todos sem camisa . Um integrante do grupo, que não se identifica, descreve a situação.
"Aqui temos tudo bem organizado. Por aqui jogamos dominó. Este é o local onde nos divertimos, aqui fazemos nossa reunião, todos os dias, planejamos. Rezamos aqui", descreve o mineiro.
Em seguida, o homem mostra "uma bacia para escovarmos os dentes" e revela: "fazemos uma limpeza básica".
Durante a narrativa, os mineiros ao fundo cumprimentam a câmera. A gravação dura quase 45 minutos e foi exibida para os parentes dos trabalhadores em um telão montado perto do que era a entrada da mina San José.
O grupo está preso em uma mina no norte do Chile, há três semanas, e o resgate pode demorar meses.

* Com informações da EFE e da France Presse


G1

O beijo gay chega à campanha nacional no programa eleitoral da TV do candidato do PSTU, Zé Maria


RIO - Depois da polêmica em São Paulo, onde foi exibido no horário eleitoral gratuito do PSOL , o beijo gay chegou à campanha nacional - desta vez na propaganda do PSTU. O candidato do partido à Presidência da República, Zé Maria, disse no programa desta quinta-feira que "a luta contra todas as formas de opressão é parte fundamental do programa socialista". Enquanto isso, apareciam no vídeo cartazes com frases como "Não há capitalismo sem homofobia" e fotos de casais homossexuais se beijando.
O programa do PSTU foi aberto com a candidata a vice, Cláudia Durans, criticando a violência contra as mulheres e fazendo a defesa da política de inclusão social. Para ilustrar o discurso de Cláudia, foi exibido um vídeo de Eliza Samúdio, ex-amante do goleiro Bruno.
- As mortes de Eliza (Samúdio) e Mércia (Nakashima) são um retrato da impunidade. A Lei Maria da Penha não protegeu Elisa, como não protege as mulheres trabalhadoras, negras e pobres. O racismo ainda é forte no Brasil - disse Cláudia.

Segundo a assessoria do PSTU no Rio, o beijo gay está dentro da linha do partido, de propor temas para serem debatidos com a sociedade. Ainda de acordo com o PSTU, a luta contra a homofobia é uma das principais bandeiras do partido e por isso será mostrada no horário eleitoral gratuito. Outros temas polêmicos, como a legalização do aborto e a retirada das tropas brasileiras do Haiti, deverão ser abordados na propaganda do partido.
Em São Paulo, um beijo gay entre dois jovens exibido no programa eleitoral do PSOL, no último dia 18, causou enorme polêmica. O candidato do partido ao governo do estado, Paulo Búfalo, defendeu a estratégia:
- Nós avaliamos que as demonstrações de carinho precisam ser mostradas. São manifestações legítimas e mostram que o estado precisa ter políticas públicas para isso. Esse debate não aparece nas campanhas por conta de um forte conservadorismo vigente. Não posso querer governar um estado apenas em virtude dos princípios religiosos ou puramente ideológicos. O estado precisa ser laico, democrático. Precisa combater a homofobia nas suas políticas - disse o candidato ao portal IG. Pedro Ekman, que dirigiu a peça publicitária do PSOL, explicou que a intenção não foi chocar, mas simplesmente celebrar a diversidade.

Paulo Marqueiro e Maiá Menezes


O Globo

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Eu nunca tive um amigo negro


Nunca se discutiu tanto a questão racial no Brasil como na época da aprovação da lei das cotas para negros em nossas universidades públicas. Também foi esclarecedora a percepção de nossas limitações nesse assunto. Subitamente, fomos brindados com as mais sofisticadas teorias sobre a inexistência do conceito de "raça", que seriam muito bem vindas caso não estivesse totalmente deturpadas pelo nosso "racismo cordial".
Ao pensar em um suposto "conflito racial", algumas pessoas foram a público denunciar a inconstitucionalidade, a aberração e a inutilidade de uma política de cotas para negros, visto que não existe racismo no Brasil. Daiane dos Santos, Neguinho da Beija-Flor e tantos outros foram "branqueados" e alçados a sua genética condição europeia que lhes excluiria de uma vaga especial pelo sistema de cotas. Ao lermos o livro de ficção científica de Monteiro Lobato, "O presidente negro", somos capazes de entender o que pode significar tais asserções e os aspectos políticos nelas envolvidos. Branqueamos os nossos negros, paradoxalmente, para mantê-los afastados de nós e de qualquer compensação reparatória, mesmo que mínima.
O fato é que somos racistas até a medula nesse país. Isso não significa que, em nossa história, queimamos negros vivos como muitas vezes aconteceu nos Estados Unidos na época da Klu-Klux-Klan ou que nossos negros fossem impedidos de sentar ao lado de brancos nos ônibus. Isso é tecnicamente incompatível com o nosso caráter cordial-lusitano, até mesmo porque é desnecessário quando os negros "sabem o seu lugar". E onde é esse lugar a qual designamos historicamente os nossos negros?
Basta pensar em qualquer garoto (a) de classe média branco (a) no Brasil em relação ao seu círculo próximo de amigos para se ter uma resposta muito rápida e precisa. Quase ninguém tem ou teve qualquer amigo negro. Quando falo em amigo não estou me referindo a conhecidos, mas sim, aqueles a quem dividimos nossos sucessos, alegrias, fracassos ou angústias. Aqueles que são convidados para dormir ou almoçar em nossas casas, bem como aqueles que podem se tornar objeto de nosso interesse amoroso. Eu jamais tive um amigo negro e tampouco alguma negra pela qual pudesse me apaixonar, pelo simples motivo que não convivi com eles na minha infância e adolescência como estudante em uma escola privada de Porto Alegre. Eles simplesmente não existiam.
Quando veio ao Brasil em agosto de 1960, o filósofo Jean Paul Sartre percebeu com perplexidade a ausência de negros em suas concorridas palestras. "Onde estão os negros?", perguntou ele a certa altura para o constrangimento dos universitários ali presentes. Alguém responderia a Sartre que não havia negros no recinto tão somente por causa da falta de mérito dos mesmos em conquistar um lugar no espaço universitário? Nesse período, o dramaturgo Nelson Rodrigues também se perguntava: "Onde estão os negros do Itamaraty? Procurei em vão um negro de casaca ou uma negra de vestido de baile. O Itamaraty é uma paisagem sem negros."
Nelson publicou em uma de suas "confissões" no jornal Última Hora em 26 de agosto de 1957 a seguinte observação acerca do teatrólogo e futuro senador da República Abdias do Nascimento: "O que eu admiro em Abdias do Nascimento é a sua irredutível consciência racial. Por outras palavras: trata-se um negro que se apresenta como tal, que não se envergonha de sê-lo e que esfrega a cor na cara de todo o mundo. (...) Eu já imagino o que vão dizer três ou quatro críticos da nova geração: que o problema não existe no Brasil. Mas existe. E só a obtusidade pétrea ou a má fé cínica poderão negá-lo. Não caçamos pretos, no meio da rua, a pauladas, como nos Estados Unidos. Mas fazemos o que talvez seja pior. A vida do preto brasileiro é toda tecida de humilhações. Nós o tratamos com uma cordialidade que é o disfarce pusilânime de um desprezo que fermenta em nós, dia e noite. Acho o branco brasileiro um dos mais racistas do mundo".
A exata localização de nossos negros me intriga. Essa inquietação já me levou a dirigir o meu olhar na esperança de encontrá-los, por exemplo, nas universidades em Porto Alegre. Munido desse olhar específico, passei dias no campus do Valle da Universidade Federal do Rio Grande do Sul em busca de negros nas áreas comuns do campus e não os encontrei, salvo como funcionários da cantina. Em entidades particulares a experiência se repetiu exatamente da mesma forma. Tudo era uma branca e vasta paisagem, com poucas gradações de cor.
Intrigado com tudo isso, estendi a minha observação aos lugares na noite a quais frequento bares, restaurantes, cinemas e casas noturnas em geral. Eles não estavam lá. Não existem negros ou grupos de negros se divertindo junto com brancos ou estudando junto com brancos, salvo raras e honrosas exceções. Essa situação se repete nas principais cidades do Brasil, não sendo apenas um fenômeno típico de Porto Alegre.
Os negros estão nas periferias, nas favelas, nas escolas públicas mais suburbanas, nos presídios e em subempregos pelo país afora. É hipocrisia nossa imaginarmo-nos, por um instante que for, que vivemos em uma sociedade multicultural, inter-racial, ou qualquer coisa desse tipo. É urgente que nossos negros comecem a desenvolver certa consciência racial e a problematizar o lugar que ocupam dentro de uma sociedade racista como a nossa. Que exijam serem reconhecidos para além dos estereótipos e que ocupem os lugares reservados à elite branca. Que exijam a compensação por séculos de escravidão e exclusão a que foram obrigados pelo escravocrata branco. Se bem que, se a reação causada por um reles ensaio de ação afirmativa se deu em um nível histriônico, poderíamos esperar coisas piores de nossos alvos cidadãos em face de ações mais contundentes.

Artigo do leitor Cláudio César Dutra de Souza

Advogado de Bruno quer suspender processo de sequestro de Eliza no Rio


Bruno e Macarrão chegaram ao fórum de Jacarepaguá no fim da manhã para a primeira de oito audiências no Rio

Ele disse que vai entrar com recurso no Superior Tribunal de Justiça

O advogado do goleiro Bruno Fernandes, Ércio Quaresma, disse na tarde desta quinta-feira (26) que vai entrar com um recurso (habeas corpus) no STJ (Superior Tribunal de Justiça) para suspender o processo que corre na Justiça do Rio de Janeiro em que o jogador e seu amigo Macarrão são acusados de sequestro e lesão corporal contra Eliza Samudio.
Quaresma afirmou que já havia entrado com recurso na 7ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio pedindo a suspensão da ação penal mas a medida foi negada.
Bruno e Macarrão chegaram ao fórum às 11h58. Eles participarão de oito audiências na capital fluminense nos próximos 30 dias. A primeira será às 14h. Os amigos, que estão presos desde o início de julho em Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte (MG), saíram de uniforme vermelho, sem algemas e em viaturas separadas às 8h50 do presídio de segurança máxima Nelson Hungria e chegaram ao aeroporto da Pampulha, em BH, às 9h25. Decolaram em um avião da Polícia Civil mineira para o Rio às 9h48.
De lá, seguiram para o Instituto Médico Legal do Centro do Rio, onde chegaram às 11h19 para a realização de exames de corpo de delito. Os procedimentos duraram menos de 15 minutos e os suspeitos então puderam ser levados para o fórum de Jacarepaguá.

Isolados por 30 dias em Bangu
O promotor Eduardo Paes, da 1ª Vara Criminal, confirmou que os dois ficarão na capital fluminense por 30 dias para oito audiências, embora o advogado Ércio Quaresma negue. No período, eles ficarão presos no complexo penitenciário de Bangu (presídio Bangu 2), na zona oeste, em celas separadas, isolados dos outros detentos e sem poder receber visitas. Esta primeira audiência será de instrução e julgamento do processo em que são acusados de sequestro e lesão corporal contra Eliza, em outubro de 2009. O atleta sempre se recusou a falar sobre o caso à polícia e afirmou que falaria somente em juízo.
Na audiência, cinco testemunhas de acusação serão ouvidas, chamadas pelo Ministério Público. As testemunhas da defesa serão ouvidas em outra data que ainda será definida.
A defesa de Bruno indicou oito testemunhas, entre as quais três foram afastadas pelo magistrado. A presidente do Flamengo, Patricia Amorim, o diretor-executivo de futebol do clube Zico, o técnico campeão brasileiro pelo time Jorge Luis Andrade da Silva, o Andrade, o goleiro Paulo Victor Mileo Vidotti e Christian Chagas Tarouco serão ouvidos.
O juiz recusou o pedido de convocação de Quaresma a Eliza Samudio, o jogador Adriano e de Vagner Love. O magistrado entendeu que "provas irrelevantes, impertinentes ou protelatórias podem ser indeferidas".
As testemunhas indicadas pela defesa de Macarrão são: Luiz Carlos Samudio, pai de Eliza, Milena Baroni Fontana, o jogador Leo Moura, Fabiana Albuquerque, Cíntia Moraes, Amanda Zampiere, o jogador Rodrigo Alvim e Álvaro Luiz Maior de Aquino, ex-zagueiro do Flamengo.
A prisão preventiva dos dois foi decretada no dia 8 de julho. Segundo a denúncia oferecida pelo Ministério Público, Bruno agrediu Eliza física e psicologicamente, em 2009, exigindo que a ex-amante fizesse um aborto. Na época, Eliza estava grávida de cinco meses e tentava provar na Justiça que Bruno era o pai da criança.

Mario Hugo Monken


‘Já resgatamos 40 mil espécies no mundo’


Quem afirma é o diretor do Global Crop Diversity Trust, Cary Fowler

Diretor executivo da Global Crop Diversity Trust, Cary Fowler afirma que o banco de sementes instalado nas montanhas da Noruega é o mais rico em biodiversidade do mundo. Nesta entrevista, Fowler diz que a iniciativa já salvou 40 mil espécies do desaparecimento.


Há sementes que estão em vias de desaparecimento. Como fazer para protegê-las?
Estamos trabalhando com bancos de sementes em países em desenvolvimento, onde as condições são ruins. Até agora resgatamos aproximadamente 40 mil variedades diferentes.

Como vocês fazem o resgate?
Primeiro checamos se as sementes estão bem guardadas. Mantidas de forma equivocada elas morrem. Pegamos as sementes "boas" e, sob condições controladas, nós as germinamos, depois colhemos novas sementes. Fazemos isso até ter o suficiente para uma boa amostragem, dividida em três partes: uma fica com a instituição de origem, a segunda vai para um banco com altos padrões internacionais e a terceira, para o nosso banco. A ideia é garantir amostras em diversos locais. Não somos o maior banco em número, mas, certamente, somos o número 1 em diversidade.

É caro manter as sementes?
Não. Se você tem uma variedade única e quer conservá-la para sempre, vai gastar cerca de US$ 8 por ano.

Que outras ferramentas vocês usam para esse trabalho?
Estamos desenvolvendo dois softwares: um para ajudar no gerenciamento de bancos de sementes e outro para permitir a pesquisadores, produtores e demais interessados procurarem a espécie que desejam em múltiplos bancos de sementes, ao mesmo tempo. Atualmente você tem de pesquisar os bancos um a um e consultar centenas de fontes.

Karina Ninni


Estadão

Familiares de mineiros presos no Chile pedem ajuda para o mundo


As famílias dos 33 mineiros presos no Chile na mina San José estão pedindo ajuda ao mundo. O anúncio aconteceu quando eles ficaram sabendo que seus parentes teriam dificuldades para trabalhar depois que forem libertados. Segundo matéria do jornal chileno "El Mercurioo", prefeitos das cidades próximas à mina San José se reuniram com familiares e propuseram três medidas. Os funcionários só devem ser resgatados depois de quatro meses. Enquanto isso, eles estão recebendo alimentos por um tubo e estão recebendo apoio de psicólogos.
A primeira das ações seria registrar expressões ligadas ao caso. Umas delas seria "Acampamento Esperança" e o bilhete "Estamos bem no refúgio, os 33". Com isso, eles deverão vender camisas com as frases.
Outra medida sugerida pelos prefeitos foi abrir uma conta bancária para receber doações do Chile e do resto do mundo. O número da conta é 3333, do Santander. De acordo com a matéria, o empresário Leonardo Farkas já colaborou com 165 milhões de pesos chilenos, o que corresponderia R$ 570 mil, e daria R$ 17 mil para cada família.
A última medida proposta é processar os donos da mineradora San José, o empresário San Esteban, com o objetivo de conseguir uma indenização para as vítimas. Os prefeitos das cidades próximas se comprometeram a ajudar.
No período de reclusão, comunicação só deve acontecer por carta
O contato só deverá acontecer por carta no tempo de reclusão na mina, já que há temores de que a comunicação por voz possa ser prejudicial para os trabalhadores presos.
Segundo o jornal "El Mercurio", Esteban Rojas se comprometeu por carta a casar na Igreja com sua mulher, Jéssica, pessoa com quem já vive há 25 anos, mas é casado apenas no civil. Segundo a mulher de Esteban, a cerimônia foi adiada na época por falta de dinheiro. O clima na barraca da família era de festa.




Polônia captura um dos pedófilos mais procurados do mundo


Varsóvia, 26 ago (EFE).- A Polícia polonesa deteve nesta quinta-feira o americano John E. Hamilton, acusado de abusar sexualmente de cinco meninos com idades entre dez e 16 anos, e que era alvo de uma ordem internacional de busca e captura.
Hamilton viajava no ônibus que liga Cracóvia (sul da Polônia) a Oslo (capital da Noruega), quando as autoridades polonesas o detiveram após vistoria de seu passaporte.
Os supostos abusos de Hamilton aconteceram no estado americano da Virgínia, entre 1992 e 2008.
"O detido tratou tentou se fazer passar por outro cidadão dos Estados Unidos e mostrou um cartão de visita como consultor de uma empresa polonesa na qual figurava outro nome, assim como um bilhete de ônibus expedido com o mesmo nome", afirmou o porta-voz da Guarda de Fronteiras, o tenente-coronel Cezary Zaborski.
Hamilton fugiu da Alemanha em 2009 para fugir de sua responsabilidade frente à Justiça americana, de onde viajou para outros países do espaço Schengen (onde há livre circulação de cidadãos, sem controles fronteiriços) até sua detenção nesta quinta.



Agencia EFE

Pai encontra filho de 6 anos que estava desaparecido



Pai e filho desembarcam nesta quinta, em Campinas

Foi encontrado o menino de 6 anos que tinha ido passar férias com a mãe em Florianópolis (SC) e não havia voltado. A criança já está com o pai. Ela foi encontrada com a família da mãe em Santa Catarina. Pai e filho desembarcam ainda na manhã desta quinta-feira (26), em Campinas.
O menino mora com o pai, Fábio Pereira Simão, desde que o casal se separou. A ex-mulher de Simão levou o filho para Florianópolis, onde mora com o namorado, para passar férias. Ela deveria ter devolvido o filho ao pai no dia 4 de agosto, mas não apareceu.
O pai obteve um mandado da Justiça que determinou que a polícia encontrasse o menino e o devolvesse ao pai.


EPTV.com

Começa audiência no Rio do goleiro Bruno e de Macarrão



Cinco testemunhas de acusação serão ouvidas no caso do ano passado.
Processo apura denúncia de Eliza Samudio de sequestro e lesão corporal.

Começou na tarde desta quinta-feira (26) a audiência de instrução e julgamento em que serão ouvidas cinco testemunhas de acusação no processo em que o goleiro Bruno e seu amigo Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, são acusados pelos crimes de sequestro, cárcere privado e lesão corporal contra Eliza Samudio, em outubro de 2009. Ela acusou os dois de supostamente terem tentado fazer com que abortasse o filho que esperava, que seria do atleta. A sessão é realizada na 1ª Vara Criminal de Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. Um trecho da rua Francico Piragibe está interditado.
Bruno e Macarrão também são réus no processo deste ano sobre o desaparecimento e morte de Eliza, em Minas Gerais, onde estavam presos. Os dois chegaram à 1ª Vara Crimal de Jacarepaguá no fim da manhã. Antes, os dois foram encaminhados para o Instituto Médico-Legal, onde ficaram por pouco mais de dez minutos.
Na audiência, serão ouvidas cinco testemunhas de acusação, convocadas pelo Ministério Público. Sao elas: Milene Baroni Fontana (amiga de Eliza), Maria Aparecida Mallet (delegada da Delegacia da Mulher, onde Eliza prestou queixa), Leandro Carlos da Conceição Freitas (porteiro do condomínio do Bruno), Mateus Laguer Dantas (funcionário do condomínio) e Mauro José de Oliveira (funcionário do condomínio). A primeira a ser ouvida está sendo a delegada.
De acordo com o advogado dos réus, Ercio Quaresma, a defesa não gostaria que Bruno e Macarrão permaneçam no Rio aguardando as próximas audiências. "Não vejo motivo para eles ficarem aqui. Minha intenção é que eles voltem pra Minas Gerais." Quaresma disse também que vai entrar com um pedido de habeas corpus no Supremo Tribunal Federal do processo que tramita no Rio.

Promotor afirma ter provas
O advogado da mãe de Eliza, Sônia Fátima Moura, José Arteiro Cavalcanti, informou que Fátima recebeu uma ameaça por telefone e por isso não compareceu à audiência. Segundo ele, um homem afirmava que ela corria risco de morte se fosse.
"Não sabemos quem foi que fez a ameaça. Mas ela preferiu não vir", disse o advogado. Sônia compareceria ao Fórum apenas para acompanhar a audiência.
O promotor Eduardo Paes informou, pouco antes da audiência começar, que possui provas que comprovam a culpa dos réus. Segundo ele, não existe uma testemunha-chave.
"Todas as testemunhas são relevantes e juntamente com as provas do caso pretendemos comprovar o que aconteceu", afirmou.

Suspeitos deixaram Minas pela manhã
Bruno e Macarrão foram transferidos de Minas Gerais para participar da primeira audiência marcada do processo. Os dois desembarcaram no Aeroporto Santos Dumont, no Centro do Rio, às 10h45.
De acordo com a Polinter, os dois ficariam um mês presos no Rio, para oito audiências do mesmo processo. No entanto, o Tribunal de Justiça do Rio não confirmou as outras sete audiências. O advogado de Bruno, Ércio Quaresma, também afirmou desconhecer as sete audiências. De acordo com ele, mesmo que fossem oito, os dois teriam que ser transferidos de Minas para o Rio em todas as ocasiões.
Bruno e Macarrão não poderão receber visitas durante o período em que ficarem no presídio Bangu II. A informação foi dada na quarta-feira (25) pela Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap), acrescentando que os dois ficarão “em celas individuais e separadas”, e “não terão contato com os outros presos”.


G1

México diz que quatro brasileiros morreram em chacina


O embaixador do México no Brasil, Alejandro de la Peña, disse nesta quarta-feira à BBC Brasil que quatro brasileiros estariam entre os 72 mortos de uma chacina em uma fazenda no Estado de Tamaulipas, na região nordeste do país.

“Tudo indica que são quatro cidadãos brasileiros, mas ainda não temos confirmação. Esperamos fazer em breve a identificação dos corpos”, disse ele.
O número também foi confirmado pelo Itamaraty, mas de forma ainda preliminar. A avaliação é de que ainda é cedo para determinar o número exato de brasileiros entre os mortos.
Uma das possibilidades é de que esses brasileiros estivessem no México de forma ilegal, o que, se confirmado, poderá dificultar a confirmação dos dados pessoais.
De la Peña disse que o governo mexicano já ofereceu transporte aéreo para que representantes brasileiros possam se dirigir a Tamaulipas.

Narcotráfico
O vice-cônsul na Cidade do México, João Batista Zaidan, disse que o consulado brasileiro destacou um grupo para ir à região juntamente com funcionários da Procuradoria da México, que está à frente das investigações.
Segundo ele, é comum a passagem pelo país de imigrantes brasileiros que tentam cruzar a fronteira do México para os Estados Unidos.
A secretaria de Segurança do Governo informou, de forma preliminar, que as 72 vítimas seriam imigrantes do Brasil, El Salvador, Honduras e Equador.
O local da chacina teria sido descoberto depois que um sobrevivente equatoriano que havia sido ferido por disparos conseguiu escapar e pediu ajuda em um posto de controle em uma estrada.
A testemunha disse às autoridades mexicanas que um grupo armado sequestrou os imigrantes e teriam tentado obrigá-los a integrar-se ao grupo, como assassinos de aluguel. Os imigrantes teriam se recusado, razão pela qual teriam sido mortos pelos sequestradores.
A partir do relato do equatoriano, cuja identidade não foi revelada pelas autoridades, as tropas da Marinha chegaram até a fazenda onde ocorreu o massacre. Houve então tiroteio entre os oficiais e o grupo armado, apontado pelas autoridades como membros do cartel Los Zetas.
No confronto, um militar e três supostos narcotraficantes morreram. Ali foram encontrados os corpos de 58 homens e 14 mulheres.
A testemunha equatoriana também teria sido a origem da informação de que haveria brasileiros no grupo.
O Estado de Tamaulipas é um dos mais afetados pela violência do narcotráfico no México, e é palco de uma disputa entre os cartéis de Zeta e do Golfo, acusados de abastecer o mercado de drogas dos Estados Unidos.
Nos últimos quatro anos, mais de 28 mil pessoas já morreram no México em consequência da guerra contra o narcotráfico.


quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Atentados em série matam ao menos 50 e ferem cerca de 280 pessoas no Iraque

Menina iraquiana se fere em atentado com carro-bomba em Karbala, ao sul de Badgá (AFP)

Uma série de atentados terroristas matou ao menos 50 pessoas e deixou mais de 280 feridas nesta quarta-feira no Iraque. Pela manhã foram registradas mais de 20 explosões de bombas em dezenas de cidades do país, inclusive na capital, Bagdá. Esta é a primeira onda de violência deflagrada no país após a saída das tropas de combate dos Estados Unidos do território iraquiano.
No mais grave atentado do dia até agora, 15 pessoas morreram - a maioria policiais - e 58 ficaram feridas após a explosão de um carro-bomba próximo a uma delegacia no nordeste da capital iraquiana, de acordo com o Ministério do Interior do Iraque.
Em outro atentado com carro-bomba a uma delegacia, desta vez em Karbala, seis pessoas morreram e quatro ficaram feridas, incluindo dois policiais. Além disso, um oficial da polícia iraquiana morreu e outros dois agentes ficaram feridos em um ataque realizado por um grupo de homens armados contra um posto de controle policial no sudoeste de Bagdá.
Na província de Anbar, dois carros-bomba explodiram próximo à sede da polícia alfandegária, matando cinco pessoas e ferindo outras 13. Outros cinco civis ficaram feridos pela explosão de uma bomba em um bairro no centro da capital. Outra explosão, também na região central de Bagdá, causou ferimentos a três civis.
A fonte disse ainda que dois terroristas morreram pela explosão de um veículo carregado de explosivos que estava sendo estacionado em uma rua do centro de Ramadi, capital da província ocidental de Al-Anbar.
(com agência EFE)


65% dos refugiados no Brasil são africanos


Existem atualmente 4.305 pessoas refugiadas no país

O Brasil abriga atualmente 4.305 refugiados. Desse total, 65%, ou 2.800 pessoas, são do continente africano. De acordo com dados do Comitê Nacional para os Refugiados (Conare), do Ministério da Justiça, depois da África, o continente americano é o que mais tem refugiados no Brasil --954 (22,16%)--, seguido pela Ásia, com 448 (10,41%), e a Europa, com 98 (2,27%).
O refúgio é concedido quando há perseguição no país de origem por motivos de raça, religião, nacionalidade, grupo social ou opiniões; quando a pessoa não tem mais nacionalidade e está fora do país onde antes teve sua residência habitual; ou quando há grave violação de direitos humanos e o cidadão é obrigado a deixar o país de origem.
No Brasil, há refugiados de 78 nacionalidades. De acordo com o balanço do Conare, Angola é o país com o maior número de refugiados em território brasileiro --1.688. A Colômbia vem em segundo lugar, com 589 refugiados, seguida pela República Democrática do Congo, com 431, a Libéria, com 259, e o Iraque, com 201.
O comitê também divulgou o balanço dos reassentamentos no país. De acordo com o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur), os refugiados que estiverem em um segundo ou terceiro país estrangeiro com vistas à proteção internacional, não sendo seu país natal nem o primeiro país que lhes concedeu refúgio, são considerados reassentados.
Do total de refugiados em território brasileiro (4.305), 397 são reassentados. A América tem 281 refugiados reassentados, a Ásia tem 112, a África tem um. Três são apátridas, ou seja, sem nacionalidade.
Em 1999, o Brasil firmou com o Acnur o Acordo Macro para o Reassentamento de Refugiados. Uma das medidas adotadas pelo Conare para acolhida é a entrevista feita por representantes do comitê com os candidatos ao reassentamento no Brasil ainda no primeiro país de refúgio.
De acordo com o Conare, a medida é eficaz, pois durante as entrevistas os funcionários brasileiros procuram apresentar a realidade econômica, social e cultural do país da maneira mais explícita possível, evitando qualquer frustração futura com relação à integração dos reassentados.
O Programa de Reassentamento Brasileiro também tem um procedimento especial para os casos urgentes, conhecidos como fast track. Nessa situação, os integrantes do comitê têm até 72 horas para analisar os casos. Havendo unanimidade entre os membros consultados, a decisão é ratificada pela plenária do Conare e os refugiados aceitos chegam ao país em até dez dias.
A divulgação desses dados faz parte do Encontro Regional sobre Reassentamento Solidário – Twinning Programme, que ocorre hoje (25) e amanhã em Porto Alegre. Organizado pelo Acnur Brasil e pelo governo da Noruega, o encontro tem o apoio da organização não governamental Associação Antônio Vieira (Asav) e do governo do Canadá. Estarão presentes representantes dos governos da Argentina, do Brasil, Chile, da Noruega, do Paraguai e Uruguai, funcionários do Acnur e organizações da sociedade civil dos países participantes.

UOL


Jornale

"Nardoni matou Isabella para proteger sua família"

“A maioria dos menores de 12 anos assassinados perdeu a vida em briga de casal”

Livro de especialista em mentes assassinas conta bastidores do júri que chocou o Brasil

Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá foram condenados, em março, por assassinar Isabella Nardoni, de 5 anos, filha dele e enteada dela. Os detalhes do júri do crime que chocou o País chegarão ao grande público na terça-feira 17, com o lançamento de “A Prova é a Testemunha” (Ed. Larrouse), de Ilana Casoy. Pesquisadora de mentes criminosas, a escritora foi uma das poucas pessoas que acompanharam os cinco dias do julgamento. Autora de dois livros sobre serial killers, sua especialidade, e um sobre o caso Suzane Von Rich­thof­fen, que matou os pais, Ilana defende, em setembro, sua tese de pós-graduação em criminologia no Instituto Brasileiro de Ciências Criminais.

ISTOÉ – Qual a diferença desse júri para outros aos quais assistiu?
Ilana Casoy – Já fui a quase 30 júris. Em alguns, se fosse jurada, teria de decidir por um ou outro argumento baseada em uma testemunha indireta. A grande diferença do caso dos Nardoni é que havia uma negativa de autoria dos réus e não havia testemunha do crime. Ninguém, além deles, sabe o que aconteceu naquela noite. A testemunha, então, era a prova. Era ela que estava em julgamento e iria ser condenada ou absolvida. Estava demorando para que, no Brasil, um júri deixasse de ser decidido apenas pela argumentação. Por isso, foi um divisor de águas.

ISTOÉ – Que tipo de assassino é o casal Nardoni?
Ilana – Eles não premeditaram o crime. Houve um descontrole dos dois. Segundo dados americanos, a grande maioria dos menores de 12 anos assassinados perdeu a vida em uma briga de casal. São comuns situações que saem do controle e sobra para a criança. Os Nardoni têm histórico de perda de controle. Há uma briga dos dois que é crucial para entendê-los. O Alexandre fazia uma lista de compras enquanto a Jatobá gritava e xingava. E ele seguia fazendo calmamente a lista. Ela ficou tão nervosa com a indiferença dele que rasgou a lista. Alexandre se levantou, pegou outro papel e recomeçou. Diante dessa forte manifestação de rejeição, ela foi para a lavanderia, deu um soco no vidro e se cortou. Comentário dele: “Você não para enquanto não fizer uma besteira.”

ISTOÉ – Essa briga é espelho da que ocorreu antes do crime?
Ilana – A Jatobá é a descontrolada, o gatilho de tudo. Na minha análise, o alvo de proteção de Alexandre é a Jatobá e os dois filhos que teve com ela. Ele matou Isabella para proteger o que, para ele, era mais importante: a família. Não pensava: “Quando der, vou matar essa filha que me incomoda.” Viu-se diante de uma situação (Isabella asfixiada pela madrasta) e tinha de tomar uma decisão rápido.

ISTOÉ – Ana Carolina Soares, a mãe, retomou a vida?
Ilana – Estão todos na família dela, finalmente, redirecionando suas vidas. Não foi fácil. Um exemplo: dois anos depois do crime, após muita gente insistir, a Ana Carolina se deu o direito de sair à noite para uma balada. Lá no banheiro, uma mulher a abordou e lhe deu uma bronca: “Como alguém que perde a filha está dançando?!” É duro, é uma cobrança de dor eterna.

ISTOÉ – Acredita que os Nardoni negaram a autoria do crime para a defesa?
Ilana – O advogado Roberto Podval defendeu uma tese na qual acreditava de forma muito digna. Ele não é aflito, não ofende, é ponderado. Pediu calma para a Jatobá várias vezes no interrogatório. E chorou no júri ao agradecer a equipe que o auxiliou. Podval chegou a ser chutado pelo povão lá fora e ficou muito chateado. Lá, a aflição dos familiares dos Nardoni era evidente. Doeu ver a mãe do Alexandre chegando, colocando a mão no coração e jogando beijo para ele. A irmã rezava o terço e chorava muito.

ISTOÉ – A média de idade dos jurados era de 25 anos. Isso foi motivo de preocupação?
Ilana – Para muita gente o júri era inexperiente. Achei bom que fossem mais novos. Como a prova é que estava em análise e a juventude atual acompanha filmes e seriados de perícia, achei que eles fossem entender melhor o que se discutia ali. Uma faixa etária mais alta, nem tão acostumada à internet e a termos técnicos, poderia ver a coisa de maneira diferente.


ISTO É

Detidos jovens suspeitos de roubar carro com criança dentro no Rio



Roubo ocorreu na última segunda-feira (16), na Penha.
Menores, que seguiam para a escola, assaltaram sem arma.

A polícia identificou quatro adolescentes suspeitos de roubar um carro na Penha, no subúrbio do Rio, com uma criança ainda presa na cadeirinha na segunda-feira (16). O menino, de 2 anos, foi encontrado 40 minutos depois, a dois quilômetros do local do crime.
Os menores estão internados provisoriamente no Departamento Geral de Ações Sócio-Educativas (Degase), na Ilha do Governador, onde aguardam julgamento da Vara da Infância e da Juventude.
De acordo com os investigadores, os menores infratores haviam saído do Centro de Recursos Integrados de Atendimento ao Adolescente, no bairro, para ir à escola. Eles praticaram o assalto sem arma.


G1

Material escolar terá selo do Inmetro para garantir segurança e qualidade


Quem nunca teve vontade de morder um pedaço de borracha com cheiro de morango? Ou de tão nervoso na hora da prova, roeu a ponta do lápis? Para garantir a segurança nessas e outras situações, o Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial) vai exigir a certificação compulsória de todo o material escolar destinado a crianças de até 12 anos. A previsão é tornar o selo obrigatório no segundo semestre de 2011. Até lá, os fabricantes terão um ano para se adaptar e, os revendedores, mais seis meses para zerar o estoque. Os requisitos que vão ser avaliados têm como objetivo minimizar as ocorrências de acidentes que podem colocar em risco a saúde e a segurança de crianças que utilizam os produtos.
Para obter o selo, os artigos serão submetidos a testes químicos (em produtos que entram em contato com alimento, como lancheiras, ou quanto à tinta da caneta), mecânicos e físicos (se soltam tinta e mancham, se possuem arestas cortantes), elétricos (artigos escolares que possuam aparatos elétricos tais como pisca-pisca, som, etc), ftalatos (toxicidade e maleabilidade do plástico) e biológicos (para produtos que a criança pode colocar na boca ou interagir com alimentos).
“Os ensaios vão ser divididos por grupos. A faixa etária até 3 anos é a mais crítica, por ser considerada a idade oral, período em que a criança leva tudo à boca", afirma Alfredo Lobo, diretor de Qualidade do Inmetro. De 3 a 6 anos, ele explica que a criança passa a ter mais interação com os produtos, o que significa que muda o tipo de acidente. Por outro lado, a frequência pode até aumentar. Já de 6 a 8 anos, é preciso analisar os usos improváveis do produto. E de 8 a 14, a criança já possui melhor coordenação motora e uma boa noção de perigo, mas ainda pode se machucar.

Bruna Menegueço


Juíza australiana ordena que muçulmana retire véu para testemunhar

Promotoria afirma que retirada do véu vai afetar confiança da testemunha

Uma juíza australiana ordenou que uma testemunha muçulmana retirasse o niqab, véu islâmico que cobre o rosto, antes de depor no tribunal em um caso de fraude.

A juíza Shauna Deane, de Perth, afirmou que "não considera apropriado" que uma testemunha preste depoimento com o rosto coberto.
Identificada apenas como Tasneem, a mulher de 36 anos é testemunha de acusação em um processo movido contra o diretor de uma escola islâmica, acusado de mentir sobre o número de estudantes da instituição, para receber mais financiamento do governo.
Tasneem mora na Austrália há sete anos e usa o niqab desde os 17 anos de idade, removendo o véu apenas na frente da família e de parentes.
A discussão sobre o uso do niqab pela testemunha começou quando a defesa afirmou que o júri deveria poder ver as expressões faciais de Tasneem durante seu testemunho. O advogado de defesa Mark Trowell alegou que a testemunha apenas tem "preferência" por usar o véu, afirmando que o niqab “não é parte essencial da fé islâmica”.
De acordo com o jornal australiano Herald Sun, o advogado alegou ainda que é "comum" mulheres aparecerem sem o niqab em cortes islâmicas.
A promotoria, entretanto, argumentou que a mulher se sentiria desconfortável sem o véu, e que isso afetaria seu depoimento.
A juíza que preside o caso determinou, então, que Tasneem deveria retirar o niqab durante seu depoimento, mas ressaltou que a decisão não deve se tornar um precedente legal na Austrália, pois faz sentido apenas nessas circunstâncias.


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