Familiares e amigos de Denize Marcolino acompanharam a cerimônia
Primeira estudante indígena beneficiada pelas cotas na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Denize Leticia Marcolino, carinhosamente chamada de Gónve (sabiá) na sua aldeia, recebeu o diploma de graduação em Enfermagem na manhã deste sábado.
A mãe de Denize, Ivone da Silva, 43 anos, o marido, Josias de Mello, 25 anos, e outros 20 familiares e amigos que estiveram no Salão de Atos da UFRGS para acompanhar a cerimônia, puderam ver Denize receber a homenagem da universidade, além do batalhado diploma.
Veja galeria de fotos da trajetória de Denize na UFRGS
Da reserva caingangue do Guarita, que ocupa áreas de Tenente Portela, Redentora e Erval Seco (noroeste gaúcho), Denize partiu rumo a Capital em 2008 para cursar a faculdade. A adaptação foi difícil, tanto para se habituar a tomar ônibus entre a Casa do Estudante, na Avenida João Pessoa, e o Campus da Saúde, na Rua São Manoel, quanto para não estranhar a comida e aprender o idioma. Sem contar a saudade de casa.
Agora, a aluna dedicada, que não reprovou em nenhuma disciplina, pretende atuar como enfermeira na própria aldeia, onde falta atendimento em saúde.
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sábado, 1 de setembro de 2012
BEBIDA DEMAIS
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Elián, de balseiro a cadete cubano
O menino que naufragou rumo a Miami hoje estuda em colégio militar para defender a revolução
MADRI - A imagem deu a volta ao mundo: agentes armados apontam para um homem escondido num armário com um menino aterrorizado em seus braços. Era o amanhecer de 22 de abril de 2000. A foto, ganhadora do prêmio Pulitzer, mostrava o desenlace de uma história que começara seis meses antes, quando Elizabeth Brotons embarcou com seu filho, Elián, de 6 anos, em um precário bote de alumínio para fugir de Cuba rumo à Flórida. Um temporal pôs fim a seus sonhos. Antes de se afogar, colocou Elián na câmara de um pneu. Assim o encontraram pescadores americanos. Ele estava dias à deriva, protegido por golfinhos. Era 25 de novembro, Dia de Ação de Graças - e falaram em milagre.
Elián foi entregue ao tio-avô paterno, Lázaro González, que vivía em Miami. Em Cuba, Juan Miguel, sobrinho de Lázaro e pai de Elián, pediu a volta do filho, retirado do país sem a sua autorização. O que deveria ser resolvido em família se converteu numa batalha política entre Havana e Miami. Fidel Castro fez do menino o símbolo de sua luta contra o império - ainda que Bill Clinton tenha aprovado sua repatriação - e levou os cubanos a desfilarem em manifestações. Os exilados cubanos montaram guarda diante da casa dos González. O assunto se resolveu com uma sentença judicial e o resgate policial. Em 28 de junho de 2000, o menino aterrissou em Havana. E Fidel o exibiu como o orgulho de Cuba.
Hoje, com 18 anos, Elián é um jovem ativo, de aparência séria, decidido a dar a vida pela revolução. É cadete da Escola Militar Camilo Cienfuegos e membro destacado da União dos Jovens Comunistas.
Elián vive con o pai, Juan Miguel, a madrastra e os dois irmãos pequenos em sua cidade natal, Cárdenas, a 150 quilômetros de Havana. A vida familiar mudou. O pai hoje ocupa uma cadeira na Assembleia do Poder Popular, o Congresso cubano. A família se mudou para uma casa mais afastada, com portão e vigilância. Segundo o jornalista Iván García, “Elián vive numa bolha”, rodeado de agentes de segurança. Para falar com ele, é necessário uma permissão especial.
Quando Elián estava em Miami, Fidel acusou a família no exílio de fazer uma lavagem cerebral.
- Destruir a mente de um menino, mudando-a totalmente para fins de propaganda, é pior do que a morte - disse Fidel.
O comandante se empenhou para contra-atacar as sequelas nocivas que a passagem por Miami pode ter deixado. Até deixar o poder por motivos de saúde, em 2006, Fidel compareceu a alguns aniversários de “Eliansito” e apareceu com o menino e seu pai em desfiles e comemorações. Aos 11 anos, Elián pronunciou o discurso na Tribuna Anti-imperialista de Havana. Aos 14, recebeu das mãos de Fidel a carteirinha da Juventude Comunista. Aos 15, se incorporou à Batalha de Ideias, uma campanha de reafirmação revolucionária lançada por Fidel quando Elián estava em Miami. Ao completar 16, coincidindo com o 10º aniversário de seu retorno, ingressou na escola militar.
“Uma década depois de ter sido um brinquedo dos inimigos da revolução, o vemos vestido de verde-oliva, preparando-se como oficial das Forças Armadas Revolucionárias”, escreveu o jornal “Juventude Rebelde”. Houve missa de celebração em Havana, à qual assistiu Raúl Castro. Em dezembro passado, quando completou 18 anos, Elián desfilou para exigir o regresso de cinco espiões cubanos condenados nos EUA.
Elián assumiu exemplarmente seu papel, de acordo com as suas declarações. Por exemplo: “Estou orgulhoso de poder ajudar à revolução” ou “Nosso comandente Fidel Castro é o máximo para nossa História, só de vê-lo o povo recobra sua fé, esperanças e se sente feliz”.
A influência que Elián possa ter numa juventude saturada de ditadura é duvidosa. Mas o episódio de 12 anos atrás deixou marcas na vida cubana, como a Tribuna Anti-imperialista, construída diante da Seção de Interesses dos Estados Unidos, em Havana, para reclamar a volta do menino. A aprazível Cárdenas, berço do herói, também tem sua recordação. O Quartel dos Bombeiros abriga hoje o Museu da Batalha de Ideias, com uma estátua de Elián com o punho elevado.
Não é o único lugar a ele dedicado. Ficou congelada no tempo a casa 2.319 da Rua 2 em Little Havana, que abrigou o menino em Miami. O quarto está intacto, com brinquedos, bonecos dos Power Rangers, o quimono de caratê. Na entrada, o pneu que o ajudou a sobreviver. E no jardim a foto da mãe, diluída para sempre nessa história.
Delfín González, um tio-avô, toma conta do local. Esgotado, seu irmão Lázaro se mudou, em busca de paz. Donato Dalrymple, o pescador que resgatou o garoto do mar (e que é o homem imortalizado na foto com Elián nos braços, sob a mira de um fusil do agente de imigração) pendurou em sua sala uma foto do menino rodeado por golfinhos.
A família não pode contactar o jovem, mas parentes em Cárdenas a mantém informada. Uma vez, Elián se referiu aos familiares de Miami:
- Embora não nos tenham apoiado em tudo, não guardo rancor. A família se dividiu “por culpa de Fidel”, dizem em Miami. E estes afirmam ter certeza que, se pudessem agir com liberdade, Elián e seu pai teriam ficado com eles.
Como seria sua vida se tivesse permanecido nos EUA, lhe perguntaram uma vez numa entrevista autorizada:
- Como os interesses do império são monopolizar o mundo, desenvolver indústrias, obter capital, talvez poderia ter ganhado muito dinheiro. Talvez não. Me tomariam como uma figura política para me manipular - respondeu.
Sabe-se que Elián visita com frequência o aquário de golfinhos perto de sua cidade. Talvez os golfinhos sejam o vínculo mais íntimo com aquela aventura dramática e extraordinária que mudou sua vida. Uma vida que até agora todo mundo decidiu por ele.
O Globo
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sexta-feira, 31 de agosto de 2012
Polícia britânica investiga se Madeleine está na Alemanha
Turista fez foto de menina com família alemã no aeroporto de Ibiza
LONDRES - A polícia britânica investiga a possibilidade de a menina Madeleine McCann estar na Alemanha, revela o jornal “The Sun” nesta sexta-feira. O desaparecimento de Maddie, como a garota era chamada, de um hotel na região portuguesa de Algarve, em 2007, provocou uma comoção mundial e levou mesmo a polícia portuguesa a suspeitar de seus pais.
A nova investigação parte de uma foto feita por um turista alemão numa viagem de Ibiza para Munique. O empresário Frank Bode viu uma menina que parecia ser britânica com uma família alemã. Na foto tremida, uma garota loura, aparentando ter de 7 a 10 anos, está ao lado de uma pessoa de cabelos castanhos. Segundo ele, a foto foi tirada no aeroporto de Ibiza e a criança parecia deslocada no grupo.
“Minha intuição me diz que a menina pode ser Madeleine”, contou ele ao “Sun”. Bode notou que a família falava alemão e a menina, inglês com sotaque britânico. Embora o homem e os dois meninos parecessem alemães, a mãe poderia ser britânica, mas não tinha semelhanças físicas com a garota.
Um porta-voz de Kate e Gerry McCann disse que os pais conhecem a informação. A Scotland Yard, por sua vez, disse estar informada, mas não quis comentar o caso.
O Globo
LONDRES - A polícia britânica investiga a possibilidade de a menina Madeleine McCann estar na Alemanha, revela o jornal “The Sun” nesta sexta-feira. O desaparecimento de Maddie, como a garota era chamada, de um hotel na região portuguesa de Algarve, em 2007, provocou uma comoção mundial e levou mesmo a polícia portuguesa a suspeitar de seus pais.
A nova investigação parte de uma foto feita por um turista alemão numa viagem de Ibiza para Munique. O empresário Frank Bode viu uma menina que parecia ser britânica com uma família alemã. Na foto tremida, uma garota loura, aparentando ter de 7 a 10 anos, está ao lado de uma pessoa de cabelos castanhos. Segundo ele, a foto foi tirada no aeroporto de Ibiza e a criança parecia deslocada no grupo.
“Minha intuição me diz que a menina pode ser Madeleine”, contou ele ao “Sun”. Bode notou que a família falava alemão e a menina, inglês com sotaque britânico. Embora o homem e os dois meninos parecessem alemães, a mãe poderia ser britânica, mas não tinha semelhanças físicas com a garota.
Um porta-voz de Kate e Gerry McCann disse que os pais conhecem a informação. A Scotland Yard, por sua vez, disse estar informada, mas não quis comentar o caso.
O Globo
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Criança perdida há um ano recebe visita de mãe, mas não vai para casa
Criança de 10 anos foi encontrada por policial na rua em setembro de 2011.
Desde então, menino está no abrigo e não havia sido procurado por família.
O garoto de dez anos que vive há um ano em um abrigo de Salvador, após se perder de casa, recebeu a visita da mãe nesta quinta-feira (30). Jaciara Lima Gonçalves, que não abraçou o filho durante o encontro, afirmou que foi ao local apenas para vê-lo, mas que não pretende levá-lo para casa. Em entrevista à equipe do Juizado, a mãe disse ainda que não quer que o filho seja adotado.
"Só quero olhar para cara dele, não quero nada mais não. Repito o que meu pai disse, o que todo mundo disse, que não era para ele ir para casa, porque vai fugir, traquinar. Quando a gente ia bater nele, ele fugia. Ainda sou mãe de olhar para cara dele", relatou a mulher, que possui oito filhos. O menino também pediu à juíza da Infância e Juventude para continuar no Abrigo Lar da Criança, que fica no bairro Vila Laura.
Ele chegou ao local após ser encontrado só na rua pela polícia nas imediações do bairro Mata Escura e, desde então, nunca mais teve contato com a família. "No dia 8 de setembro, ano passado, por volta da meia-noite, ele foi encontrado por uma ronda policial e entregue à 1ª Vara [da Infância e Juventude]. Nós acolhemos no abrigo. Tentamos localizar familiares, ele passou por assistente social, psicóloga, é menino bem esclarecido. Ele contava tudo, nome de pai, de mãe, irmãos, só não sabia o endereço. Falava muito de uma irmã pequena, a que ele mais gosta", afirma a juíza Mariana Varjão, que acompanha o caso.
A mãe foi buscada pelo Juizado em casa e foi até o encontro acompanhada de um dos filhos. "Para a nossa surpresa e a nossa tristeza, a mãe já veio dizendo que ele continuasse abrigado. Mas ele também verbaliza que não quer voltar para a casa. Vai continuar institucionalizado, vamos fazer a reinserção aos poucos, através de visitas domiciliares", explica a magistrada.
Segundo Mariana Varjão, a mãe da criança disse que ele "sabe o que passou, que sofreu muito" e, por isso, quer que ele continue no abrigo. "Mas nós vamos ver o que é melhor para ele. Ele é muito esperto, está na segunda série, brinca, gosta de futebol. Muito ativo, só não quer voltar para casa", retrata a juíza. O motivo do sofrimento não foi relatado pela mulher.
O Juizado ainda descobriu nesta quinta-feira que um irmão da criança também vive abrigado. O irmão tem quatro anos, possui síndrome de down e está em uma das unidades especiais há quatro anos. A juíza afirma que ele será procurado nos próximos dias.
Em Salvador, cerca de 600 crianças e adolescente moram em abrigo, por situações diversas. A juíza explica que algumas são filhos de moradores de rua, outras vivem em conflito doméstico, além de filhos de pessoas muito jovens.
G1
Desde então, menino está no abrigo e não havia sido procurado por família.
O garoto de dez anos que vive há um ano em um abrigo de Salvador, após se perder de casa, recebeu a visita da mãe nesta quinta-feira (30). Jaciara Lima Gonçalves, que não abraçou o filho durante o encontro, afirmou que foi ao local apenas para vê-lo, mas que não pretende levá-lo para casa. Em entrevista à equipe do Juizado, a mãe disse ainda que não quer que o filho seja adotado.
"Só quero olhar para cara dele, não quero nada mais não. Repito o que meu pai disse, o que todo mundo disse, que não era para ele ir para casa, porque vai fugir, traquinar. Quando a gente ia bater nele, ele fugia. Ainda sou mãe de olhar para cara dele", relatou a mulher, que possui oito filhos. O menino também pediu à juíza da Infância e Juventude para continuar no Abrigo Lar da Criança, que fica no bairro Vila Laura.
Ele chegou ao local após ser encontrado só na rua pela polícia nas imediações do bairro Mata Escura e, desde então, nunca mais teve contato com a família. "No dia 8 de setembro, ano passado, por volta da meia-noite, ele foi encontrado por uma ronda policial e entregue à 1ª Vara [da Infância e Juventude]. Nós acolhemos no abrigo. Tentamos localizar familiares, ele passou por assistente social, psicóloga, é menino bem esclarecido. Ele contava tudo, nome de pai, de mãe, irmãos, só não sabia o endereço. Falava muito de uma irmã pequena, a que ele mais gosta", afirma a juíza Mariana Varjão, que acompanha o caso.
A mãe foi buscada pelo Juizado em casa e foi até o encontro acompanhada de um dos filhos. "Para a nossa surpresa e a nossa tristeza, a mãe já veio dizendo que ele continuasse abrigado. Mas ele também verbaliza que não quer voltar para a casa. Vai continuar institucionalizado, vamos fazer a reinserção aos poucos, através de visitas domiciliares", explica a magistrada.
Segundo Mariana Varjão, a mãe da criança disse que ele "sabe o que passou, que sofreu muito" e, por isso, quer que ele continue no abrigo. "Mas nós vamos ver o que é melhor para ele. Ele é muito esperto, está na segunda série, brinca, gosta de futebol. Muito ativo, só não quer voltar para casa", retrata a juíza. O motivo do sofrimento não foi relatado pela mulher.
O Juizado ainda descobriu nesta quinta-feira que um irmão da criança também vive abrigado. O irmão tem quatro anos, possui síndrome de down e está em uma das unidades especiais há quatro anos. A juíza afirma que ele será procurado nos próximos dias.
Em Salvador, cerca de 600 crianças e adolescente moram em abrigo, por situações diversas. A juíza explica que algumas são filhos de moradores de rua, outras vivem em conflito doméstico, além de filhos de pessoas muito jovens.
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quarta-feira, 29 de agosto de 2012
Dia Nacional de Combate ao Fumo reacende discussões sobre regulamentação de lei
Brasília – O Dia Nacional de Combate ao Fumo, comemorado hoje (29), reacende as discussões sobre a regulamentação da Lei Antifumo - que proíbe a prática em lugares fechados - e a necessidade de conscientização quanto às doenças relacionadas ao tabaco.
A enfermeira Venilda Feiter tem 51 anos e fuma desde os 17. Ela diz que nunca teve nenhum problema de saúde por causa do vício, mas já atendeu a vários pacientes que sofriam de doenças relacionadas ao cigarro. Mesmo vendo o que outras pessoas sofrem, ela continua fumando: “Eu trabalhei muitos anos em hospital. Vi muita gente com câncer pulmonar, problema de pleura, esôfago, tudo isso já vi. Mas, mesmo assim, ainda fumo”.
Para Feiter, a quantidade de informação que existe hoje ajuda a evitar que mais pessoas comecem a fumar: “Se, na minha época, alguém tivesse falado o que falam hoje do cigarro, eu jamais teria fumado. Só que, àquela época, tinha propaganda, era chique fumar. Se tivesse a restrição que existe hoje, talvez eu não tivesse começado.”
Assim como a enfermeira, várias pessoas experimentam o cigarro pela primeira vez ainda jovens. É o caso de Henrique Luz, 50 anos, que tentou, mas não conseguiu se livrar do cigarro: “Não é igual a parar de beber. Sem cigarro, você fica agoniado, muito ansioso. Comecei a fumar aos 11 anos de idade, toda a minha família fuma.”
Mesmo quem não fuma percebe, nas pessoas próximas, os problemas que o cigarro causa. O servidor público Francisco Pedreiras é um exemplo de quem não se sente à vontade com o vício dos amigos: “Na hora do futebol, eles são os que se cansam mais rápido. Quando estão fumando por perto, a gente pede que procurem um lugar mais adequado, porque realmente incomoda”.
A auxiliar de limpeza Conceição Costa também observa, em uma colega de trabalho, os riscos causados pelo tabagismo: “Ela sente cansaço, tosse muito, está até com problema de diabetes por causa do cigarro”. Ex-fumante, ela reconhece que foi difícil parar de fumar: “Sem ninguém saber, eu fumava escondida no banheiro”.
Na lanchonete em que trabalha o vendedor Thiago Silva, quem mais compra cigarros são mulheres e jovens de 18 a 22 anos. Mesmo assim, o lucro não é satisfatório: "Nós ganhamos uma mixaria com a venda de cigarros, R$ 0,30 por maço. O lucro é usado para comprar outros produtos. O meu chefe já avisou que vai parar de vender cigarros no próximo mês".
O governo federal arrecadou, em impostos, com a venda de cigarros, R$ 6,3 bilhões em 2011. Em 2012, até julho, já haviam sido arrecadados R$ 3,4 bilhões.
Edição: Graça Adjuto
EBC
A enfermeira Venilda Feiter tem 51 anos e fuma desde os 17. Ela diz que nunca teve nenhum problema de saúde por causa do vício, mas já atendeu a vários pacientes que sofriam de doenças relacionadas ao cigarro. Mesmo vendo o que outras pessoas sofrem, ela continua fumando: “Eu trabalhei muitos anos em hospital. Vi muita gente com câncer pulmonar, problema de pleura, esôfago, tudo isso já vi. Mas, mesmo assim, ainda fumo”.
Para Feiter, a quantidade de informação que existe hoje ajuda a evitar que mais pessoas comecem a fumar: “Se, na minha época, alguém tivesse falado o que falam hoje do cigarro, eu jamais teria fumado. Só que, àquela época, tinha propaganda, era chique fumar. Se tivesse a restrição que existe hoje, talvez eu não tivesse começado.”
Assim como a enfermeira, várias pessoas experimentam o cigarro pela primeira vez ainda jovens. É o caso de Henrique Luz, 50 anos, que tentou, mas não conseguiu se livrar do cigarro: “Não é igual a parar de beber. Sem cigarro, você fica agoniado, muito ansioso. Comecei a fumar aos 11 anos de idade, toda a minha família fuma.”
Mesmo quem não fuma percebe, nas pessoas próximas, os problemas que o cigarro causa. O servidor público Francisco Pedreiras é um exemplo de quem não se sente à vontade com o vício dos amigos: “Na hora do futebol, eles são os que se cansam mais rápido. Quando estão fumando por perto, a gente pede que procurem um lugar mais adequado, porque realmente incomoda”.
A auxiliar de limpeza Conceição Costa também observa, em uma colega de trabalho, os riscos causados pelo tabagismo: “Ela sente cansaço, tosse muito, está até com problema de diabetes por causa do cigarro”. Ex-fumante, ela reconhece que foi difícil parar de fumar: “Sem ninguém saber, eu fumava escondida no banheiro”.
Na lanchonete em que trabalha o vendedor Thiago Silva, quem mais compra cigarros são mulheres e jovens de 18 a 22 anos. Mesmo assim, o lucro não é satisfatório: "Nós ganhamos uma mixaria com a venda de cigarros, R$ 0,30 por maço. O lucro é usado para comprar outros produtos. O meu chefe já avisou que vai parar de vender cigarros no próximo mês".
O governo federal arrecadou, em impostos, com a venda de cigarros, R$ 6,3 bilhões em 2011. Em 2012, até julho, já haviam sido arrecadados R$ 3,4 bilhões.
Edição: Graça Adjuto
EBC
Pela 1ª vez, homossexual ganha salário-maternidade após adoção
Em decisão inédita, um homossexual que adotou uma criança terá direito de receber o salário-maternidade da Previdência Social.
A decisão unânime do Conselho de Recursos da Previdência Social ocorreu nesta terça-feira (28), e se baseou nas análises da Constituição, do Estatuto da Criança e do Adolescente, e na concessão do benefício pelo INSS a uma mulher que também mantinha união homoafetiva.
O homem, que mora no Rio Grande do Sul, argumentou que uma decisão desfavorável seria discriminação, já que havia o precedente da mulher. Ele participou do julgamento por videoconferência e disse, segundo a Previdência, que "os cuidados e atenção são um direito da criança, não meu ou do meu companheiro".
O presidente do conselho, Manuel Dantas, afirmou que o fato do homem manter uma relação homoafetiva não interferiu no julgamento, mas que a decisão vale apenas para o caso específico. Ele disse que, para que todos os homens tenham direito, o INSS teria que mudar as normas que regem a concessão do benefício.
"[O conselho] reflete o pensamento da sociedade, já que é composto por ela. É uma oportunidade da Previdência Social avançar na legislação e se adequar aos anseios da sociedade", disse.
O salário-maternidade é um benefício concedido às trabalhadoras avulsas, empregadas domésticas, contribuintes individuais e seguradas especiais quando têm filhos ou adotam uma criança. O valor corresponde ao salário do beneficiado e deve ser pago pelo período de 120 dias.
Em 2008, o INSS concedeu o salário-maternidade para um pai solteiro. Neste mês, a Justiça de Campinas (SP) determinou a concessão da licença-maternidade a um pai solteiro, similar à licença-maternidade concedida à mulher.
Folha OnLine
A decisão unânime do Conselho de Recursos da Previdência Social ocorreu nesta terça-feira (28), e se baseou nas análises da Constituição, do Estatuto da Criança e do Adolescente, e na concessão do benefício pelo INSS a uma mulher que também mantinha união homoafetiva.
O homem, que mora no Rio Grande do Sul, argumentou que uma decisão desfavorável seria discriminação, já que havia o precedente da mulher. Ele participou do julgamento por videoconferência e disse, segundo a Previdência, que "os cuidados e atenção são um direito da criança, não meu ou do meu companheiro".
O presidente do conselho, Manuel Dantas, afirmou que o fato do homem manter uma relação homoafetiva não interferiu no julgamento, mas que a decisão vale apenas para o caso específico. Ele disse que, para que todos os homens tenham direito, o INSS teria que mudar as normas que regem a concessão do benefício.
"[O conselho] reflete o pensamento da sociedade, já que é composto por ela. É uma oportunidade da Previdência Social avançar na legislação e se adequar aos anseios da sociedade", disse.
O salário-maternidade é um benefício concedido às trabalhadoras avulsas, empregadas domésticas, contribuintes individuais e seguradas especiais quando têm filhos ou adotam uma criança. O valor corresponde ao salário do beneficiado e deve ser pago pelo período de 120 dias.
Em 2008, o INSS concedeu o salário-maternidade para um pai solteiro. Neste mês, a Justiça de Campinas (SP) determinou a concessão da licença-maternidade a um pai solteiro, similar à licença-maternidade concedida à mulher.
Folha OnLine
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Grávida é presa tentando vender bebês em hospital da PB, diz polícia
Suspeita tentava 'vender' filhos para mulher vinda de São Paulo, diz polícia.
Ocorrência foi registrada na manhã desta quarta-feira (29) em João Pessoa.
Uma gestante de gêmeos foi presa na manhã desta quarta-feira (29) após tentar vender seus bebês na Maternidade Frei Damião, no bairro Jaguaribe em João Pessoa. De acordo com a polícia, a gestante de 27 anos estava usando uma identidade falsa para facilitar o repasse das crianças para uma mulher vinda de São Paulo que iria recebê-las. A fraude foi descoberta assim que uma cunhada da suspeita chegou ao hospital buscando informações da gestante pelo seu nome verdadeiro. As funcionários suspeitaram da gestante e acionaram a polícia.
Segundo a Polícia Civil, a intenção da gestante era usar o nome da mulher que iria receber as crianças na materinidade para facilitar na emissão dos documentos. "Após o nascimento das crianças, ele iria registrar as crianças e levar para São Paulo. As duas foram presas (gestante e compradora), e serão encaminhadas para o presídio feminino da capital", falou em entrevista à TV Cabo Branco a delegada Magna Maria de Almeida, titular da 1ª Delegacia Distrital, para onde a suspeita foi levada. A mulher suspeita de comprar as crianças foi detida e levada para a Central de Polícia, em João Pessoa, de acordo com a polícia.
A gestante é moradora do bairro dos Funcionários II, em João Pessoa e tem três filhos. Segundo ela, em entrevista à TV Cabo Branco, ela não tinha mais condições de criar os filhos e o pais dos gêmeos havia rejeitado as crianças. "Quando eu descobri que estava grávida, o pai não aceitou. Aí eu decidir dar as crianças. Todo mundo me aconselhava para dar as crianças porque eu não tinha condição de criar", comentou.
"Segundo a Polícia Civil, a intenção da gestante era usar o nome da mulher que iria receber as crianças na materinidade para facilitar na emissão dos documentos. "Após o nascimento das crianças, ele iria registrar as crianças e levar para São Paulo. As duas foram presas (gestante e compradora), e serão encaminhadas para o presídio feminino da capital", falou em entrevista à TV Cabo Branco a delegada Magna Maria de Almeida, titular da 1ª Delegacia Distrital, para onde a suspeita foi levada. A mulher suspeita de comprar as crianças foi detida e levada para a Central de Polícia, em João Pessoa, de acordo com a polícia. A gestante é moradora do bairro dos Funcionários II, em João Pessoa e tem três filhos. Segundo ela, em entrevista à TV Cabo Branco, ela não tinha mais condições de criar os filhos e o pais dos gêmeos havia rejeitado as crianças. "Quando eu descobri que estava grávida, o pai não aceitou. Aí eu decidir dar as crianças. Todo mundo me aconselhava para dar as crianças porque eu não tinha condição de criar", comentou.
"Segundo a Polícia Civil, a intenção da gestante era usar o nome da mulher que iria receber as crianças na materinidade para facilitar na emissão dos documentos. "Após o nascimento das crianças, ele iria registrar as crianças e levar para São Paulo. As duas foram presas (gestante e compradora), e serão encaminhadas para o presídio feminino da capital", falou em entrevista à TV Cabo Branco a delegada Magna Maria de Almeida, titular da 1ª Delegacia Distrital, para onde a suspeita foi levada. A mulher suspeita de comprar as crianças foi detida e levada para a Central de Polícia, em João Pessoa, de acordo com a polícia. A gestante é moradora do bairro dos Funcionários II, em João Pessoa e tem três filhos. Segundo ela, em entrevista à TV Cabo Branco, ela não tinha mais condições de criar os filhos e o pais dos gêmeos havia rejeitado as crianças. "Quando eu descobri que estava grávida, o pai não aceitou. Aí eu decidir dar as crianças. Todo mundo me aconselhava para dar as crianças porque eu não tinha condição de criar", comentou."
G1
Ocorrência foi registrada na manhã desta quarta-feira (29) em João Pessoa.
Uma gestante de gêmeos foi presa na manhã desta quarta-feira (29) após tentar vender seus bebês na Maternidade Frei Damião, no bairro Jaguaribe em João Pessoa. De acordo com a polícia, a gestante de 27 anos estava usando uma identidade falsa para facilitar o repasse das crianças para uma mulher vinda de São Paulo que iria recebê-las. A fraude foi descoberta assim que uma cunhada da suspeita chegou ao hospital buscando informações da gestante pelo seu nome verdadeiro. As funcionários suspeitaram da gestante e acionaram a polícia.
Segundo a Polícia Civil, a intenção da gestante era usar o nome da mulher que iria receber as crianças na materinidade para facilitar na emissão dos documentos. "Após o nascimento das crianças, ele iria registrar as crianças e levar para São Paulo. As duas foram presas (gestante e compradora), e serão encaminhadas para o presídio feminino da capital", falou em entrevista à TV Cabo Branco a delegada Magna Maria de Almeida, titular da 1ª Delegacia Distrital, para onde a suspeita foi levada. A mulher suspeita de comprar as crianças foi detida e levada para a Central de Polícia, em João Pessoa, de acordo com a polícia.
A gestante é moradora do bairro dos Funcionários II, em João Pessoa e tem três filhos. Segundo ela, em entrevista à TV Cabo Branco, ela não tinha mais condições de criar os filhos e o pais dos gêmeos havia rejeitado as crianças. "Quando eu descobri que estava grávida, o pai não aceitou. Aí eu decidir dar as crianças. Todo mundo me aconselhava para dar as crianças porque eu não tinha condição de criar", comentou.
"Segundo a Polícia Civil, a intenção da gestante era usar o nome da mulher que iria receber as crianças na materinidade para facilitar na emissão dos documentos. "Após o nascimento das crianças, ele iria registrar as crianças e levar para São Paulo. As duas foram presas (gestante e compradora), e serão encaminhadas para o presídio feminino da capital", falou em entrevista à TV Cabo Branco a delegada Magna Maria de Almeida, titular da 1ª Delegacia Distrital, para onde a suspeita foi levada. A mulher suspeita de comprar as crianças foi detida e levada para a Central de Polícia, em João Pessoa, de acordo com a polícia. A gestante é moradora do bairro dos Funcionários II, em João Pessoa e tem três filhos. Segundo ela, em entrevista à TV Cabo Branco, ela não tinha mais condições de criar os filhos e o pais dos gêmeos havia rejeitado as crianças. "Quando eu descobri que estava grávida, o pai não aceitou. Aí eu decidir dar as crianças. Todo mundo me aconselhava para dar as crianças porque eu não tinha condição de criar", comentou.
"Segundo a Polícia Civil, a intenção da gestante era usar o nome da mulher que iria receber as crianças na materinidade para facilitar na emissão dos documentos. "Após o nascimento das crianças, ele iria registrar as crianças e levar para São Paulo. As duas foram presas (gestante e compradora), e serão encaminhadas para o presídio feminino da capital", falou em entrevista à TV Cabo Branco a delegada Magna Maria de Almeida, titular da 1ª Delegacia Distrital, para onde a suspeita foi levada. A mulher suspeita de comprar as crianças foi detida e levada para a Central de Polícia, em João Pessoa, de acordo com a polícia. A gestante é moradora do bairro dos Funcionários II, em João Pessoa e tem três filhos. Segundo ela, em entrevista à TV Cabo Branco, ela não tinha mais condições de criar os filhos e o pais dos gêmeos havia rejeitado as crianças. "Quando eu descobri que estava grávida, o pai não aceitou. Aí eu decidir dar as crianças. Todo mundo me aconselhava para dar as crianças porque eu não tinha condição de criar", comentou."
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Conheça Natasha, a chimpanzé-gênio
Novos estudos dirão que fatores fazem um primata ser mais inteligente do que outro
Natasha, primata do Santuário de Chimpanzés da Ilha de Ngamba, em Uganda, sempre pareceu diferente de seus colegas. Ela aprendeu a escapar de sua jaula, provoca os assistentes que trabalham no local e tem sempre o melhor desempenho em testes de comunicação. Agora, Natasha ostenta um novo título: gênio. Na maior pesquisa já realizada para avaliar a inteligência de símios, cientistas avaliaram-na como a mais brilhante entre 106 chimpanzés.
— Natasha foi realmente muito melhor do que os outros chimpanzés —descreve a bióloga Esther Herrmann, do Instituto Max Planck de Antropologia Evolutiva, da Alemanha.
Esther e seus colegas começaram seu estudo comparando as habilidades de animais e de crianças humanas. Durante esta análise, a equipe reparou que, entre os chimpanzés, havia uma vasta gama de desempenhos. Os pesquisadores, então, se perguntaram se haveria um teste para medir esta variação de inteligência dentro daquela espécie — e se seria possível medir os resultados, da mesma forma como o QI faz com os seres humanos.
Os experimentos físicos e sociais foram aplicados em 106 chimpanzés de santuários de Uganda e da República do Congo, e em 23 capturados e que estão na Alemanha. Um dos testes pedia para que os chimpanzés encontrarem comida em uma vasilha, após ela ser misturada a diversos recipientes vazios. Em outra prova, o símio deveria pegar alimentos com uma vara em uma plataforma mais alta.
Os pesquisadores analisaram os dados para determinar se a pontuação em alguns testes ajudariam a pressupor o desempenho em outros.
— Em geral, não víamos qualquer fator que permitira prever a inteligência em todas as áreas — lembra Esther. — Mas, entre todos os chimpanzés, uma se destacou pela performance excelente.
Era Natasha, que os funcionários do santuário — que alimentam os chimpanzés, limpam suas celas e os acompanham em suas caminhadas — sempre disseram que era a mais inteligente do local.
Mas não há qualquer fator na vida de Natasha — atenção extra ou mais tempo passado com humanos, por exemplo — que explique como ela se tornou tão astuta.
— A motivação e o temperamento provavelmente têm um papel - arrisca Esther. — São fatores que serão objeto de maior análise.
Esther admite que pode ter sido apenas uma coincidência o alto desempenho de Esther em todas as áreas, e que outros chimpanzés, não avaliados nesta pesquisa, tenham o mesmo desempenho que ela. A pesquisa quer avaliar uma que, embora tenha ficado fora deste estudo, já mostrou grande aptidão para resolver quebra-cabeças e testes, quando recebe recompensas.
Novas pesquisas com Natasha — e outros eventuais chimpanzés-gênios — poderiam revelar que fatores sociais ou genéticos fazem alguns primatas terem pontuação maior do que outros.
O Globo
Natasha, primata do Santuário de Chimpanzés da Ilha de Ngamba, em Uganda, sempre pareceu diferente de seus colegas. Ela aprendeu a escapar de sua jaula, provoca os assistentes que trabalham no local e tem sempre o melhor desempenho em testes de comunicação. Agora, Natasha ostenta um novo título: gênio. Na maior pesquisa já realizada para avaliar a inteligência de símios, cientistas avaliaram-na como a mais brilhante entre 106 chimpanzés.
— Natasha foi realmente muito melhor do que os outros chimpanzés —descreve a bióloga Esther Herrmann, do Instituto Max Planck de Antropologia Evolutiva, da Alemanha.
Os experimentos físicos e sociais foram aplicados em 106 chimpanzés de santuários de Uganda e da República do Congo, e em 23 capturados e que estão na Alemanha. Um dos testes pedia para que os chimpanzés encontrarem comida em uma vasilha, após ela ser misturada a diversos recipientes vazios. Em outra prova, o símio deveria pegar alimentos com uma vara em uma plataforma mais alta.
Os pesquisadores analisaram os dados para determinar se a pontuação em alguns testes ajudariam a pressupor o desempenho em outros.
— Em geral, não víamos qualquer fator que permitira prever a inteligência em todas as áreas — lembra Esther. — Mas, entre todos os chimpanzés, uma se destacou pela performance excelente.
Era Natasha, que os funcionários do santuário — que alimentam os chimpanzés, limpam suas celas e os acompanham em suas caminhadas — sempre disseram que era a mais inteligente do local.
Mas não há qualquer fator na vida de Natasha — atenção extra ou mais tempo passado com humanos, por exemplo — que explique como ela se tornou tão astuta.
— A motivação e o temperamento provavelmente têm um papel - arrisca Esther. — São fatores que serão objeto de maior análise.
Esther admite que pode ter sido apenas uma coincidência o alto desempenho de Esther em todas as áreas, e que outros chimpanzés, não avaliados nesta pesquisa, tenham o mesmo desempenho que ela. A pesquisa quer avaliar uma que, embora tenha ficado fora deste estudo, já mostrou grande aptidão para resolver quebra-cabeças e testes, quando recebe recompensas.
Novas pesquisas com Natasha — e outros eventuais chimpanzés-gênios — poderiam revelar que fatores sociais ou genéticos fazem alguns primatas terem pontuação maior do que outros.
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terça-feira, 28 de agosto de 2012
União estável de três abre polêmica sobre conceito legal de família
A união estável "poliafetiva" lavrada no interior de São Paulo pela tabeliã Claudia do Nascimento Domingues entre um homem e duas mulheres trouxe à tona um debate que divide juristas e a sociedade. Num momento pós-união estável homossexual, já aceita pela Justiça, até onde vai o conceito de família no Brasil?
Na visão da advogada e oficial do cartório de notas da cidade de Tupã, não há lei na Constituição brasileira que impeça mais de duas pessoas de viverem como uma família e a ausência da proibição abre caminho para um precedente.
A definição de "união poliafetiva" vem sendo usada por ela na tese de doutorado que desenvolve na USP. "Não sei se esse será o termo mais adequado, mas é o que escolhi para empregar em meus estudos".
Para ela, há chances de que as uniões poliafetivas tenham uma trajetória semelhante às uniões homoafetivas, entre duas pessoas do mesmo sexo, que após muitos anos de recursos e trâmites em diferentes instâncias do país foram consideradas válidas pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que decidiu por uma "revisão" do texto constitucional no ano passado.
"O modelo descrito na lei é de duas pessoas. Mas em nenhum lugar está dizendo que é crime constituir uma família com mais de dois. E é com isso que eu trabalho, com a legalidade. Sendo assim o documento me pareceu bastante tranquilo. Trata-se de um contrato declaratório, não estou casando ninguém", diz Claudia.
Ela explica que, em termos oficiais, trata-se de uma "escritura pública declaratória de união estável poliafetiva", o que, traduzindo em poucas palavras, significaria um contrato onde os três envolvidos deixam claras suas vontades e intenções como família. Cabe a empresas, prestadoras de serviços, órgãos públicos e à Justiça, em casos de ações judiciais e subsequentes recursos, decidirem se aceitam o documento ou não.
"O que se previu ali são posições declaratórias, é a vontade dessas pessoas declarada num documento público. Divisão de bens, responsabilidades, direitos, com algumas limitações. Eles não podem, por exemplo, distribuir uma herança como se fossem casados, o que não são e nem pretendem ser".
A tabeliã acrescenta que o trio, que até o momento optou por não falar à imprensa, já tem conta corrente aberta como família, "porque a escritura permite, a lei não proíbe e o banco aceitou".
‘Três é demais’
Outros juristas defendem que a família só pode ser constituída por um casal, ou seja, duas pessoas, e rejeitam o conceito tanto em termos jurídicos quanto morais.
Num sinal de novos tempos, no entanto, mesmo os mais conservadores tomam por base que a definição de casal hoje no Judiciário brasileiro já admite um homem e uma mulher, dois homens ou duas mulheres, acatando a decisão do STF. Mas três é demais.
"É um absurdo. Isso não vai para frente, nem que sejam celebradas milhares dessas escrituras. É algo totalmente inaceitável, que vai contra a moral e os costumes brasileiros", avalia a advogada Regina Beatriz Tavares da Silva, presidente da Comissão de Direito da Família do Instituto de Advogados de São Paulo (Iasp) e doutora na mesma área pela USP.
Para ela, as cláusulas constantes no documento, que versam de temas que vão de comunhão de bens, separação, direitos, responsabilidades e até mesmo filhos em comum, tendem a ser rejeitadas por empresas, prestadoras como planos de saúde e seguradoras, além dos tribunais.
"É uma escritura nula, sem valor algum, por não cumprir os requerimentos constitucionais", diz.
José Carlos de Oliveira, professor de direito e doutor pela Unesp, diz que o documento é inválido por "contrariar frontalmente a Constituição" e que o Supremo jamais referendaria o novo tipo de família.
"A escritura em questão alterou de forma unilateral aquilo que já é tipificado pela lei, ou seja, que uma família é constituída por duas pessoas somente, sejam heterossexuais ou homossexuais. Fizeram um contrato de acordo com os interesses deles, que, se chegar ao STF, será prontamente julgado como ilegal".
Ambos advogados, no entanto, admitem que em alguns casos pontuais o documento poderá vir a servir como um "início de prova" de união estável, como em compras de imóveis, como se fossem "sócios", mas ainda de forma "discutível".
Para a tabeliã, o documento tem total validade. "Não posso imaginar um tabelião criando um documento que não tenha valor. Não faz sentido. Como valor de documento, é algo público, registrado, indiscutível. Poderemos discutir quais são as eficácias legais das regras contidas neste documento, isso sim. São duas coisas diferentes, e me assusta que alguém ligado ao direito diga simplesmente ‘isso vale ou não vale’".
Moral
Muito além das minúcias jurídicas quanto à validade da escritura da união poliafetiva, o debate moral iniciado pelo caso deve criar polêmica na sociedade brasileira, questionando até onde se pode estender o conceito de família no país.
"O fato de eles viverem de tal jeito não afeta a minha vida, é a liberdade privada deles. Gostaria que fosse muito simples: você vive como quer, do jeito que quer, não afeta a vida dos outros, e ninguém tem que se intrometer. Mas a realidade no Brasil, como nós sabemos, não é essa", diz a tabeliã de Tupã.
"No Brasil ainda se pensa muito de forma individual. Se algo não é bom para mim, não é bom para ninguém. Tudo bem, eu continuo não querendo para mim, mas eles não me afetam, vivendo em três, ou em cinco. Agora me afetam, por exemplo, quando fazem de conta que têm um casamento maravilhoso mas têm dois amantes, três amantes. Isso me afeta, fazer de conta que não sei", complementa
Na visão de Regina Beatriz Tavares da Silva, o Judiciário e a sociedade jamais aceitarão este tipo de família. "É uma promiscuidade que envolve mais de duas pessoas. Classifico como poligamia, amantes, relações paralelas. É preciso usar os termos certos".
Claudia defende que a situação não implica em poligamia já que não se trata de um casamento e avalia as rejeições ao conceito de poliafetividade como invasão da esfera privada do cidadão.
"É um absurdo por qualquer olhar que se dê. Não importa se tem escritura ou não. Na minha concepção é o ser humano fazer a limitação moral que a lei não faz. Vamos então morar em um país onde as leis sejam inteiramente morais. Legalmente não podemos aplicar isso no Brasil", diz a tabeliã.
"Como é que vão resolver? Não sei. Estamos vendo decisões surpreendentes, e é como um dos juízes do STF colocou muito bem na votação da união homoafetiva no ano passado: ‘a realidade não pode ser afastada’".
BBC Brasil
Na visão da advogada e oficial do cartório de notas da cidade de Tupã, não há lei na Constituição brasileira que impeça mais de duas pessoas de viverem como uma família e a ausência da proibição abre caminho para um precedente.
A definição de "união poliafetiva" vem sendo usada por ela na tese de doutorado que desenvolve na USP. "Não sei se esse será o termo mais adequado, mas é o que escolhi para empregar em meus estudos".
Para ela, há chances de que as uniões poliafetivas tenham uma trajetória semelhante às uniões homoafetivas, entre duas pessoas do mesmo sexo, que após muitos anos de recursos e trâmites em diferentes instâncias do país foram consideradas válidas pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que decidiu por uma "revisão" do texto constitucional no ano passado.
"O modelo descrito na lei é de duas pessoas. Mas em nenhum lugar está dizendo que é crime constituir uma família com mais de dois. E é com isso que eu trabalho, com a legalidade. Sendo assim o documento me pareceu bastante tranquilo. Trata-se de um contrato declaratório, não estou casando ninguém", diz Claudia.
Ela explica que, em termos oficiais, trata-se de uma "escritura pública declaratória de união estável poliafetiva", o que, traduzindo em poucas palavras, significaria um contrato onde os três envolvidos deixam claras suas vontades e intenções como família. Cabe a empresas, prestadoras de serviços, órgãos públicos e à Justiça, em casos de ações judiciais e subsequentes recursos, decidirem se aceitam o documento ou não.
"O que se previu ali são posições declaratórias, é a vontade dessas pessoas declarada num documento público. Divisão de bens, responsabilidades, direitos, com algumas limitações. Eles não podem, por exemplo, distribuir uma herança como se fossem casados, o que não são e nem pretendem ser".
A tabeliã acrescenta que o trio, que até o momento optou por não falar à imprensa, já tem conta corrente aberta como família, "porque a escritura permite, a lei não proíbe e o banco aceitou".
‘Três é demais’
Outros juristas defendem que a família só pode ser constituída por um casal, ou seja, duas pessoas, e rejeitam o conceito tanto em termos jurídicos quanto morais.
Num sinal de novos tempos, no entanto, mesmo os mais conservadores tomam por base que a definição de casal hoje no Judiciário brasileiro já admite um homem e uma mulher, dois homens ou duas mulheres, acatando a decisão do STF. Mas três é demais.
"É um absurdo. Isso não vai para frente, nem que sejam celebradas milhares dessas escrituras. É algo totalmente inaceitável, que vai contra a moral e os costumes brasileiros", avalia a advogada Regina Beatriz Tavares da Silva, presidente da Comissão de Direito da Família do Instituto de Advogados de São Paulo (Iasp) e doutora na mesma área pela USP.
Para ela, as cláusulas constantes no documento, que versam de temas que vão de comunhão de bens, separação, direitos, responsabilidades e até mesmo filhos em comum, tendem a ser rejeitadas por empresas, prestadoras como planos de saúde e seguradoras, além dos tribunais.
"É uma escritura nula, sem valor algum, por não cumprir os requerimentos constitucionais", diz.
José Carlos de Oliveira, professor de direito e doutor pela Unesp, diz que o documento é inválido por "contrariar frontalmente a Constituição" e que o Supremo jamais referendaria o novo tipo de família.
"A escritura em questão alterou de forma unilateral aquilo que já é tipificado pela lei, ou seja, que uma família é constituída por duas pessoas somente, sejam heterossexuais ou homossexuais. Fizeram um contrato de acordo com os interesses deles, que, se chegar ao STF, será prontamente julgado como ilegal".
Ambos advogados, no entanto, admitem que em alguns casos pontuais o documento poderá vir a servir como um "início de prova" de união estável, como em compras de imóveis, como se fossem "sócios", mas ainda de forma "discutível".
Para a tabeliã, o documento tem total validade. "Não posso imaginar um tabelião criando um documento que não tenha valor. Não faz sentido. Como valor de documento, é algo público, registrado, indiscutível. Poderemos discutir quais são as eficácias legais das regras contidas neste documento, isso sim. São duas coisas diferentes, e me assusta que alguém ligado ao direito diga simplesmente ‘isso vale ou não vale’".
Moral
Muito além das minúcias jurídicas quanto à validade da escritura da união poliafetiva, o debate moral iniciado pelo caso deve criar polêmica na sociedade brasileira, questionando até onde se pode estender o conceito de família no país.
"O fato de eles viverem de tal jeito não afeta a minha vida, é a liberdade privada deles. Gostaria que fosse muito simples: você vive como quer, do jeito que quer, não afeta a vida dos outros, e ninguém tem que se intrometer. Mas a realidade no Brasil, como nós sabemos, não é essa", diz a tabeliã de Tupã.
"No Brasil ainda se pensa muito de forma individual. Se algo não é bom para mim, não é bom para ninguém. Tudo bem, eu continuo não querendo para mim, mas eles não me afetam, vivendo em três, ou em cinco. Agora me afetam, por exemplo, quando fazem de conta que têm um casamento maravilhoso mas têm dois amantes, três amantes. Isso me afeta, fazer de conta que não sei", complementa
Na visão de Regina Beatriz Tavares da Silva, o Judiciário e a sociedade jamais aceitarão este tipo de família. "É uma promiscuidade que envolve mais de duas pessoas. Classifico como poligamia, amantes, relações paralelas. É preciso usar os termos certos".
Claudia defende que a situação não implica em poligamia já que não se trata de um casamento e avalia as rejeições ao conceito de poliafetividade como invasão da esfera privada do cidadão.
"É um absurdo por qualquer olhar que se dê. Não importa se tem escritura ou não. Na minha concepção é o ser humano fazer a limitação moral que a lei não faz. Vamos então morar em um país onde as leis sejam inteiramente morais. Legalmente não podemos aplicar isso no Brasil", diz a tabeliã.
"Como é que vão resolver? Não sei. Estamos vendo decisões surpreendentes, e é como um dos juízes do STF colocou muito bem na votação da união homoafetiva no ano passado: ‘a realidade não pode ser afastada’".
BBC Brasil
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Professora universitária é presa acusada de pedofilia em São Paulo
Ela e o namorado divulgaram fotos de uma jovem de 14 anos na internet
SÃO PAULO - Uma professora universitária de 35 anos e o namorado dela, um montador de computadores de 36 anos, foram presos nesta segunda-feira, em São Paulo, acusados de pedofilia. A professora faz doutorado em Anatomia Humana na Universidade de São Paulo (USP).
A mulher foi detida na própria casa, na região do Tatuapé, zona leste, onde foram encontrados diversos objetos, como algemas, máscaras, chicotes, roupas de couro e coleiras. Havia também seringas. A polícia chegou aos dois após o pai de uma adolescente de 14 anos desconfiar do comportamento da filha. A dupla tirou fotos da adolescente e do próprio casal em posições eróticas e divulgou as imagens na internet.
Eles namoravam havia cinco anos. O contato deles com a jovem, segundo o pai da vítima, começou em uma sala de bate-papo pela internet. O pai achou que a filha estava mais quieta.
Ele comprou um software espião e instalou no notebook da jovem. Ele chegou a pedir demissão do emprego de frentista para acompanhar o caso. Nem para a família ele contou - Fiquei quieto por duas semanas sem dormir, sem comer direito. Só monitorando de dia, de noite e aguardando o momento certo - contou o frentista de 42 anos.
A menina teria sido convencida a participar de uma sessão de sadomasoquismo. Eles começaram a conversar no dia 21 de julho. Uma semana depois foram tiradas as fotos. No dia em que saiu de casa, ela falou que iria para a casa de uma amiga, mas foi se encontrar com o casal.
Eles chegaram a marcar um novo encontro, que não aconteceu.A polícia abriu um inquérito para averiguar se ocorreu relação sexual com a jovem.
Segundo a polícia, os encontros aconteceram na casa da professora. No computador da professora há fotos da adolescente mantendo relações sexuais com os suspeitos. O material foi divulgado na internet. A aluna, que está na 8ª série do ensino médio, vai passar por acompanhamento psicológico, de acordo com o pai.
O Globo
Escassez ou excesso de chuva interfere na mortalidade infantil, mostra pesquisa da USP
São Paulo – O volume de chuva, tanto o excesso quanto o déficit, contribui para o aumento da mortalidade infantil, aponta pesquisa da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP). O estudo faz uma análise espacial do estado de Pernambuco e associa as regiões mais chuvosas e mais secas à morte de crianças com até um ano de idade. Ao relacionar esses indicadores, a pesquisa observou mortalidade maior que a média estadual. No período analisado, de 2001 a 2003, a taxa era 40 mortes para cada mil nascidos vivos.
A sanitarista Aparecida Guilherme da Rocha, autora da pesquisa, destaca que, embora já existam trabalhos que relacionem a mortalidade infantil a uma situação de saneamento básico precário, não havia sido comprovada a associação disso com a oscilação pluviométrica. “[A chuva] É mais um elemento de reforço para as mortes”, explica. Ela aponta que no período de seca, por exemplo, a água fica mais escassa e, portanto, mais sujeita à contaminação.
A pesquisa destaca, conforme dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), que 88% dos casos de diarreia no mundo são causados pela ingestão de água contaminada ou pela ausência de água para as práticas de higiene, além da falta de saneamento básico.
Foram investigados 184 municípios pernambucanos, excluindo-se apenas Fernando de Noronha. A análise divide as cidades em semiáridas, 122 do total, e não semiáridas, com 62 municípios. As cidades mais secas têm média pluviométrica abaixo de 800 milímetros por ano. Após reunir dados do Laboratório de Meteorologia de Pernambuco (Lamepe), Aparecida Guilherme selecionou os três anos mais chuvosos e os três mais secos.
A pesquisadora informou ainda que regiões com Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) mais elevado e, portanto, com melhores condições de saneamento, são menos afetadas pelo efeito da chuva. “Na região metropolitana do Recife, por exemplo, não percebemos a associação dos casos de mortalidade com o aumento da chuva ou com a escassez. É uma região com condições socioeconômicas melhores”, avalia.
Ela ressalta que essa observação reforça a existência de outros fatores que influenciam os índices de mortalidade infantil. “A chuva contribui sim, mas não é o único fator”, destaca. Nesse sentido, Aparecida aposta que o impacto da chuva pode ser minimizado com políticas públicas de saneamento, saúde e desenvolvimento social, focadas nos municípios mais críticos.
Na região do semiárido pernambucano, as cidades mais impactadas pela chuva foram: Camocim de São Félix, Carnaubeira da Penha, Ibirajuba, Lagoa Grande, Ouricuri, Salgueiro, Santa Cruz, São Bento do Una e Tacaratu. Na região da Mata (não semiárido), as cidades de Água Preta, Amaraji, Barreiros, Gameleira, Joaquim Nabuco, Maraial, Palmares, Paudalho, Ribeirão, Rio Formoso, São José da Coroa Grande, Tamandaré e Xexéu tiveram mais mortes relacionadas ao volume de chuva.
Fonte: Agência Brasil -
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Denúncia sobre corpo de Eliza leva polícia a sítio que era do goleiro Bruno
Polícia e bombeiros estiveram no imóvel, em Esmeraldas, na Grande BH.
Informação dá conta de que corpo da modelo está enterrado entre palmeiras.
Agentes da Polícia Militar (PM), da Polícia Civil e do Corpo de Bombeiros estiveram no condomínio do sítio que pertencia ao goleiro Bruno Fernandes na noite desta segunda-feira (27) após receber denúncias de que o corpo de Eliza Samudio estaria enterrado no local. A propriedade está localizada na cidade de Esmeraldas, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.
Eliza Samudio era amante do jogador e, segundo denúncia do Ministério Público de Minas Gerais, foi morta no sítio.
Segundo a polícia, a informação dá conta de que a ossada de Samudio estaria enterrada entre duas palmeiras em frente a casa, dentro da área do sítio. A polícia não conseguiu entrar na propriedade porque ela não pertence mais ao goleiro. A propriedade teria sido vendida há cerca de seis meses.
A polícia aguarda um mandato judicial para realizar buscas no sítio nesta terça-feira (28).
Caso Eliza Samudio
O goleiro Bruno Fernandes e mais sete réus foram pronunciados a júri popular no processo sobre o desaparecimento e morte de Eliza Samudio, ex-namorada do jogador. Para a polícia, Eliza foi morta em junho de 2010 na Região Metropolitana de Belo Horizonte, e o corpo nunca foi encontrado.
Após um relacionamento com o goleiro Bruno, Eliza deu à luz um menino em fevereiro de 2010. Ela alegava que o atleta era o pai da criança. Atualmente, o menino mora com a mãe da jovem, em Mato Grosso do Sul.
O goleiro e o amigo Luiz Henrique Romão vão a júri popular por sequestro e cárcere privado, homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver. A Justiça havia atribuído as mesmas acusações a Sérgio Rosa Sales, mas ele respondia o processo em liberdade desde 2008. Já o ex-policial Marcos Aparecido dos Santos também está preso e vai responder no júri popular por homicídio duplamente qualificado e ocultação de cadáver.
Na fase de inquérito sobre o desaparecimento e morte de Eliza, Sales e outro primo do goleiro Bruno – Jorge Luiz Rosa, 19 anos – contribuíram com informações à polícia. Segundo a investigação, eles estiveram com Eliza no sítio do jogador, em Esmeraldas (MG). Atualmente, Rosa cumpre medida socioeducativa, pois foi apreendido quando ainda era adolescente.
Dayanne Rodrigues, ex-mulher do goleiro; Wemerson Marques, amigo do jogador, e Elenílson Vítor Silva, caseiro do sítio em Esmeraldas, respondem pelo sequestro e cárcere privado do filho de Bruno. Já Fernanda Gomes de Castro, outra ex-namorada do jogador, responde por sequestro e cárcere privado de Eliza e do filho dela. Eles foram soltos em dezembro de 2010 e respondem ao processo em liberdade. Flávio Caetano Araújo, que chegou a ser indiciado, foi inocentado.
Segundo o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), não há previsão de data para o julgamento do caso Eliza Samudio.
G1
Informação dá conta de que corpo da modelo está enterrado entre palmeiras.
Agentes da Polícia Militar (PM), da Polícia Civil e do Corpo de Bombeiros estiveram no condomínio do sítio que pertencia ao goleiro Bruno Fernandes na noite desta segunda-feira (27) após receber denúncias de que o corpo de Eliza Samudio estaria enterrado no local. A propriedade está localizada na cidade de Esmeraldas, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.
Eliza Samudio era amante do jogador e, segundo denúncia do Ministério Público de Minas Gerais, foi morta no sítio.
Segundo a polícia, a informação dá conta de que a ossada de Samudio estaria enterrada entre duas palmeiras em frente a casa, dentro da área do sítio. A polícia não conseguiu entrar na propriedade porque ela não pertence mais ao goleiro. A propriedade teria sido vendida há cerca de seis meses.
A polícia aguarda um mandato judicial para realizar buscas no sítio nesta terça-feira (28).
Caso Eliza Samudio
O goleiro Bruno Fernandes e mais sete réus foram pronunciados a júri popular no processo sobre o desaparecimento e morte de Eliza Samudio, ex-namorada do jogador. Para a polícia, Eliza foi morta em junho de 2010 na Região Metropolitana de Belo Horizonte, e o corpo nunca foi encontrado.
Após um relacionamento com o goleiro Bruno, Eliza deu à luz um menino em fevereiro de 2010. Ela alegava que o atleta era o pai da criança. Atualmente, o menino mora com a mãe da jovem, em Mato Grosso do Sul.
O goleiro e o amigo Luiz Henrique Romão vão a júri popular por sequestro e cárcere privado, homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver. A Justiça havia atribuído as mesmas acusações a Sérgio Rosa Sales, mas ele respondia o processo em liberdade desde 2008. Já o ex-policial Marcos Aparecido dos Santos também está preso e vai responder no júri popular por homicídio duplamente qualificado e ocultação de cadáver.
Na fase de inquérito sobre o desaparecimento e morte de Eliza, Sales e outro primo do goleiro Bruno – Jorge Luiz Rosa, 19 anos – contribuíram com informações à polícia. Segundo a investigação, eles estiveram com Eliza no sítio do jogador, em Esmeraldas (MG). Atualmente, Rosa cumpre medida socioeducativa, pois foi apreendido quando ainda era adolescente.
Dayanne Rodrigues, ex-mulher do goleiro; Wemerson Marques, amigo do jogador, e Elenílson Vítor Silva, caseiro do sítio em Esmeraldas, respondem pelo sequestro e cárcere privado do filho de Bruno. Já Fernanda Gomes de Castro, outra ex-namorada do jogador, responde por sequestro e cárcere privado de Eliza e do filho dela. Eles foram soltos em dezembro de 2010 e respondem ao processo em liberdade. Flávio Caetano Araújo, que chegou a ser indiciado, foi inocentado.
Segundo o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), não há previsão de data para o julgamento do caso Eliza Samudio.
G1
segunda-feira, 27 de agosto de 2012
Vítimas que teriam sido estupradas por pagodeiros eram virgens, diz irmã de uma delas
Policial também foi preso suspeito de participação; ele teria segurado adolescente
A irmã de uma das duas vítimas que disseram ter sido estupradas por integrantes da banda de pagode New Hit, Cirlã Barbosa Peres, disse que as duas adolescentes eram virgens. Dez suspeitos foram presos no domingo (26) na cidade de Ruy Barbosa, a 320 km de Salvador, na Bahia.
— Eles acabaram com a vida da minha irmã. Elas eram apenas fãs. Aqueles meninos são uns monstros e vamos provar. Já fizemos todos os exames e vamos lutar por justiça.
As vítimas contaram à polícia que pediram para tirar uma foto com o grupo e, neste momento, o produtor teria pedido para elas entrarem no ônibus. Então, segundo elas, os integrantes teriam dito para que as jovens fossem para o banheiro e as estupraram. Elas ainda disseram que eles entraram de dois em dois no local.
Uma delas teria sido segurada por dois rapazes e estuprada por apenas um, o vocalista da banda. A outra contou que foi abusada pelos dez, mas o delegado Marcelo Cavalcanti informou que não acredita que todos os envolvidos tenham abusado da jovem, mas que alguns teriam colaborado segurando as garotas dentro do banheiro.
— As peças de roupas delas foram recolhidas e fizemos exames que irão comprovar se ocorreu ou não os estupros. Como as vítimas prestaram queixa e fizeram o reconhecimento, todos ficarão detidos até que o resultado do exame seja divulgado.
Um dos envolvidos é policial militar e também foi preso suspeito de envolvimento no caso. Ele foi transferido nesta segunda-feira (27) para um batalhão.
O delegado disse que nos próximos dias deve ouvir depoimentos de outras testemunhas. Dois integrantes da banda já admitiram ter feito sexo com as menores, mas afirmaram que elas consentiram no ato. Os demais jovens negaram qualquer relação sexual. O Conselho Tutelar foi acionado.
As adolescentes passaram por um exame de corpo de delito na Polícia Técnica de Feira de Santana. O resultado do exame ainda não foi divulgado e não há uma data definida.
Depois do exame, as jovens voltaram para a cidade de Itaberaba, onde moram. O advogado da banda, Cleber Andrare, disse que entrará com o pedido de habeas corpus na quarta-feira (29) porque na terça-feira (28) é feriado em Ruy Barbosa.
R7
Carta de primo do goleiro Bruno reforça versão que incrimina jogador
Fantástico teve acesso a documento após morte de réu no caso Eliza.
Namorada fala sobre rotina de Sérgio Rosa Sales antes de ser executado.
Uma carta enviada por Sérgio Rosa Sales aos pais à época da investigação policial sobre o desaparecimento de Eliza Samudio reforça a versão que envolve o goleiro Bruno Fernandes na morte da modelo, que era ex-namorada do jogador. Sales era réu no mesmo processo e foi executado nesta quarta-feira (22) no bairro em que morava em Belo Horizonte. O Fantástico obteve a carta, que nunca tinha sido divulgada. O texto também revela que o primo do goleiro estava sofrendo pressão de outros advogados para mudar o depoimento que incriminava Bruno, o que ocorreu quatro meses depois.
A carta faz parte do processo e foi escrita quatro dias após a reconstituição em que Sales deu informações à polícia sobre o desaparecimento de Eliza. Nela, o primo de Bruno afirma que tudo o que disse no depoimento à polícia é verdade. Sales aguardava julgamento em liberdade desde agosto de 2011.
Um dos atuais advogados do goleiro nega intimidação. “Não houve pressão de outros advogados não. Eu não percebi isso”, diz o advogado Francisco Simim.
A namorada de Sérgio Rosa Sales, que era réu no processo sobre o desaparecimento e morte de Eliza Samudio, falou ao Fantástico sobre a rotina do primo do goleiro Bruno Fernandes nos últimos meses. A reportagem preservou a identidade da entrevistada. Sales foi executado na última quarta-feira (22) no bairro Minaslândia, em Belo Horizonte, onde morava. Segundo ela, Sérgio sentia o peso do caso Eliza, situação que o fazia chorar.
“Ele chorava. Porque, querendo ou não, você tem um fardo, sabe? Ele tinha um fardo pra carregar. Quando a gente saía, assim, as pessoas olhavam muito pra ele, sabe? Criticavam muito”, contou a namorada.
Neste sábado (25) à noite, a polícia divulgou uma ameaça sofrida pela vítima pelo celular. Um torpedo dizendo: "Tô na pista. Você é o próximo". Mas o delegado Wagner Pinto afirma que Sales nunca pediu proteção. Na sexta-feira (24), uma denúncia anônima levou à prisão de sete suspeitos. Mas, segundo o delegado, a polícia ainda não tem elementos para ligar a morte dele ao caso Eliza.
Segundo testemunhas do crime, na quarta-feira de manhã cedo, o primo do goleiro saiu de casa para se encontrar com um desconhecido. Supostamente, ia reaver um celular que teria perdido. No caminho, percebeu que estava sendo seguido por um motoqueiro e fugiu. Levou um tiro, mas continuou a correr e, quando entrou no quintal de uma casa, levou mais cinco tiros e morreu
Com o corpo, foram encontrados quatro celulares. A polícia diz que ainda não sabe por que ele tinha tantos telefones. O local em que ele morreu é usado por traficantes e usuários de drogas.
“Não há informações no seu envolvimento no tráfico ilícito de drogas”, falou o delegado Wagner Pinto. Nesta segunda-feira (27), a polícia vai continuar ouvindo testemunhas e tomar o depoimento de sete suspeitos presos na sexta-feira.
Reconstituição
Dois anos atrás, o Fantástico mostrou o vídeo da reconstituição da última noite de Eliza Samudio no sítio do goleiro Bruno. A gravação é de 10 de julho de 2010. Segundo a versão de Sales, Eliza foi levada do sítio, de carro, por Luiz Henrique Romão, o Macarrão, que era secretário de Bruno, e por um primo do ex-goleiro, que era menor de idade à epoca. Detalhes são revelados na filmagem.
Policial: Como é que foi? Vocês viram ele sair, eles saindo da onde?
Sérgio: De lá. Ela tava no meio. O (...) atrás, e o Macarrão na frente, com a mala.
Horas depois, o menor e Macarrão voltaram com Bruno, no mesmo carro. O adolescente contou a Sérgio que Eliza foi entregue ao ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola.
Sérgio: Nessa, ele foi e deu uma gravata nela. Aí quando ela caiu, disse que o Macarrão chutou ela.
Policial: E aí?
Sérgio: Aí diz que ele perguntou assim: "Vocês querem ver o resto?". Aí os menino falou assim: "não". Aí ele falou assim: "ah, não vê, que eu vou dar pros cachorro".
Policial: O Bruno falou que viu?
Sérgio: Não, ele não falou que viu. Ele só falou que tava arrependido.
Estes detalhes contados por Sérgio envolvem Bruno, Macarrão e o menor diretamente no crime. São informações que ele já tinha dado à polícia, mas em novembro de 2010, quase quatro meses depois da gravação do vídeo, Sérgio mudou de advogado e depôs de novo – agora na Justiça – dizendo ter sofrido pressões e até tortura para incriminar Bruno e Macarrão.
Caso Eliza Samudio
O goleiro Bruno Fernandes e mais sete réus foram pronunciados a júri popular no processo sobre o desaparecimento e morte de Eliza Samudio, ex-namorada do jogador. Para a polícia, Eliza foi morta em junho de 2010 na Região Metropolitana de Belo Horizonte, e o corpo nunca foi encontrado.
Após um relacionamento com o goleiro Bruno, Eliza deu à luz um menino em fevereiro de 2010. Ela alegava que o atleta era o pai da criança. Atualmente, o menino mora com a mãe da jovem, em Mato Grosso do Sul.
O goleiro e o amigo Luiz Henrique Romão vão a júri popular por sequestro e cárcere privado, homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver. A Justiça havia atribuído as mesmas acusações a Sérgio Rosa Sales, mas ele respondia o processo em liberdade desde 2008. Já o ex-policial Marcos Aparecido dos Santos também está preso e vai responder no júri popular por homicídio duplamente qualificado e ocultação de cadáver.
Na fase de inquérito sobre o desaparecimento e morte de Eliza, Sales e outro primo do goleiro Bruno – Jorge Luiz Rosa, 19 anos – contribuíram com informações à polícia. Segundo a investigação, eles estiveram com Eliza no sítio do jogador, em Esmeraldas (MG). Atualmente, Rosa cumpre medida socioeducativa, pois foi apreendido quando ainda era adolescente.
Dayanne Rodrigues, ex-mulher do goleiro; Wemerson Marques, amigo do jogador, e Elenílson Vítor Silva, caseiro do sítio em Esmeraldas, respondem pelo sequestro e cárcere privado do filho de Bruno. Já Fernanda Gomes de Castro, outra ex-namorada do jogador, responde por sequestro e cárcere privado de Eliza e do filho dela. Eles foram soltos em dezembro de 2010 e respondem ao processo em liberdade. Flávio Caetano Araújo, que chegou a ser indiciado, foi inocentado.
Segundo o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), não há previsão de data para o julgamento do caso Eliza Samudio.
G1
Tormenta Isaac paralisa produção de petroleiras no Golfo do México
Tempestade deve atingir Louisiana na véspera do aniversário do Katrina
TAMPA, Flórida - As petroleiras americanas que atuam no Golfo do México paralisaram suas atividades em plataformas e refinarias costeiras nesta segunda-feira, temendo que a tempestade tropical Isaac se torne um furacão e atinja a região. O receio das companhias é de que a tormenta cause mais danos do que furacão Katrina, em 2005, que deixou um prejuízo de bilhões de dólares.
A companhia Marathon Petroleum emitiu um comunicado nesta segunda-feira afirmando que estava iniciando o fechamento de sua refinaria, que produz cerca de 490 mil barris por dia no estado de Louisiana. A Phillips66, dona da refinaria Alliance - que produz 270 mil barris por dia em Belle Chase - diz que a usina seria completamente desativada até o final desta segunda-feira.
No domingo, Bobby Jindal, governador de Louisiana, disse que a Chevron Corp., uma das maiores operadoras da região, estava em processo de fechamento de sua refinaria em Pascagoula, que produz 330 mil barris por dia. No fim de semana, autoridades americanas anunciaram que ao menos 24% da extração de petróleo e 8% da produção de gás haviam sido paralisadas na costa sul.
A extração de petróleo no Golfo do México representa 23% da produção do combustível nos EUA e 7% da produção de gás, segundo dados da Administração de Informação e Energia dos EUA. Cerca de 30% da capacidade de processamento do gás natural americano e 44% do refino de petróleo cru também estão na costa sul do país.
A tormenta tropical Isaac - que chegou na Flórida no domingo, com ventos de 100 quilômetros por hora - deve atingir a categoria um de furacão, informou o Centro Nacional de Furacões. O fenômeno deve chegar a Nova Orleans um dia antes do aniversário de sete anos do Katrina, que deixou mais de 1.800 mortos na cidade e causou bilhões de dólares de prejuízo na região, em 2005.
Moradores deixam suas casas na costa sul dos EUA
Milhares de pessoas deixaram suas casas no início desta segunda-feira em Louisiana, Mississippi e Alamaba com medo da tempestade tropical Isaac.
- É difícil entender que no mesmo dia - sete anos depois do Katrina - outro furacão está vindo em nossa direção - disse o governador do Mississippi, Phil Bryant.
Os três estados declararam estado de emergência. O governador do Alamaba, Robert Bentley, ordenou que moradores da costa e regiões mais baixas começassem a abandonar suas casas às 8h (horário local).
Segundo alguns meteorologistas, a tempestade Isaac parece ter características bem parecidas com o Katrina. À CNN, Dave Hennen disse que a previsão para as duas tormentas é quase idêntica, mas autoridades tentam acalmar a população.
- Estamos só em um nível alto de alerta. Eu sei que a ansiedade é alta - disse o prefeito de Nova Orleans, Mitch Landrieu. - A tempestade ainda é incerta. Estamos tomando muita cautela para tomar as devidas precauções o mais rápido possível.
Segundo a previsão, o tempestade deve atingir a região de Louisiana entre a noite de terça-feira e quarta-feira, com ventos de pelo menos 120 quilômetros por hora.
Na Flórida, a tempestade tropical já causou alagamentos, fechamento de escolas e cancelamentos de 555 voos no aeroporto internacional de Miami. Segundo a imprensa americana, houve uma rápida queda de luz que deixou 16 mil pessoas sem eletricidade no sul do estado. Considerado o estado americano mais propício para furacões, a Flórida deve sobreviver ao Isaac sem grandes prejuízos, acreditam especialistas.
O Globo
TAMPA, Flórida - As petroleiras americanas que atuam no Golfo do México paralisaram suas atividades em plataformas e refinarias costeiras nesta segunda-feira, temendo que a tempestade tropical Isaac se torne um furacão e atinja a região. O receio das companhias é de que a tormenta cause mais danos do que furacão Katrina, em 2005, que deixou um prejuízo de bilhões de dólares.
A companhia Marathon Petroleum emitiu um comunicado nesta segunda-feira afirmando que estava iniciando o fechamento de sua refinaria, que produz cerca de 490 mil barris por dia no estado de Louisiana. A Phillips66, dona da refinaria Alliance - que produz 270 mil barris por dia em Belle Chase - diz que a usina seria completamente desativada até o final desta segunda-feira.
No domingo, Bobby Jindal, governador de Louisiana, disse que a Chevron Corp., uma das maiores operadoras da região, estava em processo de fechamento de sua refinaria em Pascagoula, que produz 330 mil barris por dia. No fim de semana, autoridades americanas anunciaram que ao menos 24% da extração de petróleo e 8% da produção de gás haviam sido paralisadas na costa sul.
A extração de petróleo no Golfo do México representa 23% da produção do combustível nos EUA e 7% da produção de gás, segundo dados da Administração de Informação e Energia dos EUA. Cerca de 30% da capacidade de processamento do gás natural americano e 44% do refino de petróleo cru também estão na costa sul do país.
A tormenta tropical Isaac - que chegou na Flórida no domingo, com ventos de 100 quilômetros por hora - deve atingir a categoria um de furacão, informou o Centro Nacional de Furacões. O fenômeno deve chegar a Nova Orleans um dia antes do aniversário de sete anos do Katrina, que deixou mais de 1.800 mortos na cidade e causou bilhões de dólares de prejuízo na região, em 2005.
Moradores deixam suas casas na costa sul dos EUA
Milhares de pessoas deixaram suas casas no início desta segunda-feira em Louisiana, Mississippi e Alamaba com medo da tempestade tropical Isaac.
- É difícil entender que no mesmo dia - sete anos depois do Katrina - outro furacão está vindo em nossa direção - disse o governador do Mississippi, Phil Bryant.
Os três estados declararam estado de emergência. O governador do Alamaba, Robert Bentley, ordenou que moradores da costa e regiões mais baixas começassem a abandonar suas casas às 8h (horário local).
Segundo alguns meteorologistas, a tempestade Isaac parece ter características bem parecidas com o Katrina. À CNN, Dave Hennen disse que a previsão para as duas tormentas é quase idêntica, mas autoridades tentam acalmar a população.
- Estamos só em um nível alto de alerta. Eu sei que a ansiedade é alta - disse o prefeito de Nova Orleans, Mitch Landrieu. - A tempestade ainda é incerta. Estamos tomando muita cautela para tomar as devidas precauções o mais rápido possível.
Segundo a previsão, o tempestade deve atingir a região de Louisiana entre a noite de terça-feira e quarta-feira, com ventos de pelo menos 120 quilômetros por hora.
Na Flórida, a tempestade tropical já causou alagamentos, fechamento de escolas e cancelamentos de 555 voos no aeroporto internacional de Miami. Segundo a imprensa americana, houve uma rápida queda de luz que deixou 16 mil pessoas sem eletricidade no sul do estado. Considerado o estado americano mais propício para furacões, a Flórida deve sobreviver ao Isaac sem grandes prejuízos, acreditam especialistas.
O Globo
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