sábado, 22 de janeiro de 2011

Médico é acusado de matar sete bebês e uma paciente nos EUA



Paciente morreu de overdose e bebês teriam sido feridos por uma tesoura

Um médico americano, de 69 anos, foi indiciado pela morte de sete bebês recém-nascidos e uma paciente no Estado da Philadelphia.
A paciente morreu de overdose e os bebês teriam sido feridos por uma tesoura. O médico também é acusado de fazer milhares de abortos ilegais.
A clínica foi fechada e ele aguarda seu julgamento preso. Uma investigação ainda apura o motivo pelo qual a clínica não foi interditada antes, quando um enfermeiro fez denúncias em 1993.



R7

Fumo e álcool explicam a longevidade das mulheres em relação aos homens


Elas vivem mais porque não abusam tanto destas substâncias
O fumo é a principal causa para que os homens vivam menos que as mulheres (75 anos contra 83 anos, em média) na Europa, segundo um grupo de especialistas da Unidade de Saúde Pública e Social do Conselho de Investigação Médica de Glasgow, na Escócia, em estudo publicado esta semana pelo British Medical Journal. De acordo com a pesquisa, as enfermidades relacionadas ao fumo (câncer de pulmão e patologias cardiovasculares, entre outras) são responsáveis por 60% da diferença de gênero nas taxas de mortalidade na Europa e mata duas vezes mais os homens que o álcool.
As mudanças nos hábitos das mulheres, no entanto, indicam que essas diferenças tendem a diminuir. Na Espanha, por exemplo — onde os homens vivem seis anos, em média, menos que as mulheres — as fumantes passaram de 23% a 27,2% em 15 anos, enquanto que eles deixaram de fumar: 55% dos fumantes se transformaram em 42,1% no mesmo período. As mortes por patologias relacionadas ao fumo também está aumentando entre as mulheres: de 1.281 em 1978 para 5.981 em 2006.
— Se a exposição a fatores de risco se igualar entre os sexos, as diferenças das taxas de mortalidade serão menores e a expectativa de vida de homens e mulheres se encurtará — explica Bartomeu Massuti, secretário do Grupo Espanhol de Câncer de Pulmão.
Os dados por país revelam que, quanto mais ao norte, menor é a diferença de expectativa de vida entre homens e mulheres, fato que tradicionalmente era explicado por causas genéticas ou de raça, mas que agora se sabe que as mulheres dos países ao norte passaram a fumar mais duas décadas antes que as do sul.


Mais de 1 milhão de crianças estão à espera de julgamento, diz Unicef


Agência da ONU pede reformas na justiça de vários países para melhor lidar com casos de menores infratores, crianças vítimas e testemunhas

O Fundo das Nações Unidas para a Infância, Unicef, e o Escritório da ONU sobre Drogas e Crime, Unodc, pediu aos poderes jurídicos, de vários países, que promovam reformas na maneira como tratam menores infratores.
Segundo o Unicef, mais de 1 milhão de crianças estão sofrendo restrições à liberdade enquanto esperam por julgamentos ou cumprem penas em prisões.

Vítimas
Num conjunto de diretrizes "Abordagem da ONU sobre Justiça a Crianças", as duas agências pedem mudanças com a atuação de assistentes sociais, agentes da lei e trabalhadores da justiça.
O objetivo do texto, que foi enviado ao Secretário-Geral, é ajudar a melhorar o tratamento a crianças-testemunhas, vítimas, e autoras de crimes.
O Manual sobre Medição dos Indicadores da Justiça Juvenil é baseado na Convenção sobre os Direitos da Criança, das Nações Unidas.

Curso na Internet
O documento contém 15 pontos sobre a contribuição da proteção ao menor.
Ao todo, o Unicef e o Unodc já treinaram 243 pessoas de 35 países.
No início deste ano, as duas agências da ONU pretendem lançar um curso na internet para agentes da lei, trabalhadores da saúde, advogados e todos os que lidam com menores infratores, e crianças vítimas e testemunhas.

Fonte: Rádio ONU em Nova York, Mônica Villela Grayley - 17/01/11


prómenino

Crime: a morte de Isabella Nardoni

Essa é a conclusão de três dos nove especialistas consultados pela reportagem

Não foram poucos os crimes envolvendo figuras paulistanas ou acontecidos aqui que sacudiram o noticiário policial nas últimas décadas. Nos anos 60, o pesadelo atendia pelo nome de Chico Picadinho, alcunha de Francisco Costa Rocha, assassino e esquartejador de duas mulheres. A década seguinte foi marcada pelo Bandido da Luz Vermelha, que cortava a energia da casa de suas vítimas e irrompia no escuro com uma lanterna cor de sangue. Ele matou quatro pessoas e foi responsabilizado por mais de 100 roubos. Na virada do século XX, a metrópole estremeceu quando espectadores de uma sala de cinema do MorumbiShopping foram surpreendidos pelos disparos do ex-estudante de medicina Mateus da Costa Meira. Em 2002, outro episódio chocante ganhou os holofotes: o da jovem e bela estudante Suzane von Richthofen, condenada a 39 anos de prisão por ter participado do assassinato de seus pais.


Nessa coleção de ocorrências horripilantes — entre tantas e tantas outras —, uma foi quase impensável. Para três dos nove especialistas consultados pela reportagem (dois juristas, três advogados criminalistas, um promotor, um psiquiatra forense, um jornalista e um cientista político especializado em violência), o assassinato de Isabella Nardoni é o mais chocante da história da cidade. As razões que os levaram a tal opinião variam. “Nunca um crime repercutiu tanto. Daí sua relevância”, afirma o advogado criminalista Roberto Podval, defensor dos réus Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá. Desde o início das investigações, o casal foi o principal suspeito de ter golpeado, asfixiado e, em seguida, atirado a menina pela janela do 6º andar do prédio onde eles moravam, na Zona Norte. “Chama atenção pela violência sem motivo”, diz o criminalista Antônio Mariz de Oliveira. “Hoje qualquer frustração é respondida com brutalidade.” Para o cientista político Paulo Sérgio Pinheiro, o que mais impressionou foi a idade de Isabella, apenas 5 anos. Curiosamente, Francisco Cembranelli, promotor responsável pela condenação do casal — ele a 31 anos de prisão e ela a 26, em regime fechado —, considera o caso Lindomar Castilho o mais relevante da cena paulistana.


VOTARAM
• Alberto Zacharias Toron, advogado criminalista
• Antônio Mariz de Oliveira, advogado criminalista
• Fausto Macedo, repórter do jornal "O Estado de S. Paulo"
• Francisco Cembranelli, promotor
• Guido Palomba, psiquiatra forense
• Ives Gandra Martins, jurista
• Miguel Reale Júnior, jurista
• Paulo Sérgio Pinheiro, cientista político
• Roberto Podval, advogado criminalista


Veja SP

Cadeirante diz que foi vítima de preconceito de delegado e pede investigação por crime mais grave


BO registrado em São José dos Campos fala sobre lesão corporal dolosa

A natureza do crime registrada no boletim de ocorrência sobre a suposta agressão cometida pelo delegado de polícia Damasio Marino contra um cadeirante em São José dos Campos, cidade a 97 km de São Paulo, ameniza a pena do suspeito caso ele venha a ser condenado. Esta, pelo menos, é a visão da própria vítima, o advogado Anatole Magalhães Macedo Morandini.
Em entrevista exclusiva ao R7, Morandini contou que o BO registrado no 1º Distrito Policial de São José, na última segunda-feira (17), classifica o suposto crime como lesão corporal dolosa (quando há intenção de ferir), enquanto - na visão da vítima - o caso se configura como preconceito.
De acordo com o advogado, se o suspeito seja condenado por lesão, pode pegar, no máximo, um ano de prisão - pena que geralmente é substituída pela prestação de serviços sociais ou pelo pagamento de cestas básicas. Já o crime de preconceito prevê até cinco anos de prisão em regime fechado.
A suposta agressão ocorreu na última segunda-feira após uma discussão sobre uma vaga de estacionamento reservada para portadores de deficiência. Morandini contou que, por volta das 17h, ele tentou estacionar seu carro em uma vaga especial próxima a um cartório no centro da cidade do interior. Porém, a vaga destinada a deficientes físicos estava ocupada. O advogado parou o carro mais longe e quando estava próximo ao cartório viu que o homem que utilizou a vaga não era portador de deficiência física.
Ele questionou o delegado Damásio Marino, até então titular do 6º Distrito Policial de São José dos Campos. Morandini relata que o delegado o chamou de “aleijado, f.da p.”, enquanto o agredia, denotando tom pejorativo.
– A atitude dele foi agressiva o tempo todo.
Além disso, Morandini afirma que Marino o teria ameaçado com uma pistola.
A reportagem do R7 tentou entrar em contato com o advogado do delegado Damasio Marino, Luiz Antonio Lourenço da Silva, e chegou a deixar recado na caixa postal do celular do defensor, mas até a publicação desta notícia não teve resposta.

Registro
A assessoria de imprensa SSP (Secretaria de Segurança Pública) informou que Morandino consentiu com o que foi escrito no boletim de ocorrência, uma vez que o assinou. A vítima confirma ter assinado o documento, mas justifica:
– Fui sozinho, com a cabeça sangrando. Tive que assinar.
Questionada sobre a motivação da tipificação por lesão corporal, a SSP afirma que a natureza do crime pode mudar ao longo do processo penal. Morandini contou que chegou a pedir a Corregedoria da Polícia Civil a mudança da natureza do crime no BO, e que recebeu uma resposta positiva.

Segunda omissão
Morandini é paraplégico desde os 17 anos. Em 1992, sofreu três tiros durante uma tentativa de assalto em São José dos Campos. Os disparos atingiram o braço, o peito e as costas do advogado.
- Ele [o bandido] surgiu do nada, apontando a arma. Esbocei uma reação, mas não de intimidar e confrontar. Me assustei, ele achou que eu ia tomar alguma atitude e atirou.
Hoje com 35 anos, Morandini diz que a investigação do seu crime ficou parada. Não foi chamado nem para prestar depoimento. A sensação de impunidade foi uma das coisas que o levaram a buscar a carreira de advogado. Ele virou especialista em processos cíveis e trabalhistas.
É comum, segundo Morandini, que pessoas que não são deficientes ocupem as vagas reservadas. Sempre que vê isso, ele toma satisfação.
– Eu sempre chamo a atenção. As pessoas geralmente ficam constrangidas, pedem desculpas e tiram o carro. Jamais tinha me deparado com uma reação tão raivosa e violenta.
Por conta das agressões supostamente cometidas pelo delegado, Morandini teve que interromper um tratamento médico que faria na capital paulista.

João Varella


Mãe promete festa para bebê achado após ser levado de casa no Rio



Família comunicou à polícia sumiço de recém-nascida de dentro de casa.
Avô diz ter encontrado menina nos braços de uma mulher na Zona Oeste.

A mãe da recém-nascida encontrada após ter sido levada de dentro de casa no conjunto habitacional Nova Sepetiba, no bairro Areia Branca, em Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio, já programa uma festa para comemorar o primeiro mês da pequena Sofia. “Vai ter bolo, painel, bola, docinho. Vai ter tudo o que tem direito uma festa”, disse Aline, que era só felicidade, com a filha de volta aos seus braços.
Segundo a família de Sofia, o sequestro do bebê ocorreu entre 5h e 8h desta sexta-feira (21). A porta principal da casa estava trancada, mas os pais do bebê acreditam que o sequestrador entrou pela cozinha, que acabou ficando sem porta por falta de dinheiro para a conclusão de uma reforma. “A ousadia é tão grande que deixaram aberto e vieram aqui e colocaram a chave aqui”, disse Alan Medeiros, o pai do bebê, apontando para a mesa da sala da casa do casal. “Foi alguém conhecido”, afirmou, pouco antes de ser interrompido por gritos que vinham da rua.
Eram moradores, emocionados, avisando que a pequena Sofia tinha sido encontrada. Em seguida, o avô da criança disse que achou a neta nos braços de uma mulher numa rua próxima, e que ela teria dito que achou o bebê abandonado no chão. “Quando eu bati o olho na criança, é minha neta, meu Deus, é minha netinha. Peguei ela nos braços e trouxe pra minha filha”, disse Jorge Luiz Ribeiro da Silva, bastante emocionado.
A família agora pensa em reforçar a segurança da casa, enquanto curte o retorno da menina. "Agora eu vou ficar com ela, pra sempre", disse Guilherme, de 8 anos, irmão de Sofia.
Ninguém foi preso. O caso foi registrado na 36ª DP (Santa Cruz), onde os pais e o avô da bebê já prestaram depoimento. De acordo com a polícia, os agentes agora procuram a suposta mulher que encontrou a criança.


G1

Comentário em destaque

Ester disse...
Procuro por meus filhos; Pedro Vicente dos Santos desapacido em Buritizeiro MG por volta de 1982 e EVERALDO ALMEIDA DOS SANTOS,JÓSÉ ALMEIDA DOS SANTOS QUE FICARAM COM MINHA MÃE MARCIANA XAVIER DOS SANTOS EM SANTANA DOS BREJOS-BA SEGUNDO INFORMAÇÕES SE MUDARAM PARA FAZENDA SANTA ROSA NO ESTADO DE GOIÁS.EU ME CHAMO DIOLINA ALMEIDA DOS SANTOS.email:profesteruab@gmail.com ou cel.03899739809 ou 03899225561.

21 de janeiro de 2011 22:48


QUEM SOUBER ALGO , POR FAVOR ENTRE EM CONTATO COM ESSA MÃE!

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Casa de austríaco que abusou da filha e netos será demolida


Josef Fritzl manteve família presa por 24 anos em uma cela debaixo da residência

A casa na qual o austríaco Josef Fritzl prendeu e abusou da filha e dos filhos que teve com ela será derrubada, disse o prefeito de Amstetten à imprensa da Áustria nesta sexta-feira (21).
Fritzl, que cumpre pena de prisão perpétua pelos crimes, manteve sua filha por 24 anos numa cela debaixo de sua casa na cidade, no norte do país, e teve sete filhos com ela.
O prefeito Herbert Katzengruber disse que as autoridades locais decidiram que a construção deveria ser reduzida a destroços. A data da demolição, porém, ainda não foi marcada.
Katzengruber disse preferir que isso acontecesse "sob a cobertura da escuridão", explicando que não gostaria que a demolição se tornasse um espetáculo midiático.

Caso chocante foi revelado em 2008
A história sobre o abuso cometido por Fritzl causou impacto em toda a Áustria e no mundo ao ser revelada por acaso em abril de 2008.
Um juiz recomendou a demolição no ano passado, afirmando que era improvável encontrar algum comprador para o prédio vazio dado o histórico dele. Os inquilinos remanescentes saíram pouco depois da descoberta dos crimes de Fritzl.
O homem, de 74 anos, foi condenado à prisão perpétua em março de 2009, depois de ser declarado culpado por um júri pelo assassinato de um de seus filhos por negligência. Ele incinerou o corpo do bebê, que havia morrido pouco depois do nascimento dentro da cela.
Ele também foi condenado por estupro, incesto, coerção e escravização da filha Elisabeth, que agora tem cerca de 40 anos, e de privação da liberdade dela e de três filhos que teve com ela.

Copyright Thomson Reuters 2011


O Suas e os direitos de crianças e adolescentes


O Suas e os direitos de crianças e adolescentes

Para alguns especialistas e profissionais que trabalham com direitos infantojuvenis, a criação e implantação do Sistema Único de Assistência Social (Suas) trouxe debates importantes sobre o atendimento a crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade.
Uma das discussões que mais avançou, e onde o Suas traz uma das mudanças mais evidentes, é no atendimento ao adolescente em conflito com a lei em cumprimento de medidas socioeducativas, principalmente em meio aberto. Maria do Rosário Corrêa Sales Gomes, professora de pós graduação do Programa Adolescente em conflito com a lei da Universidade Bandeirantes de São Paulo, explica que “as medidas socioeducativas em meio aberto vem sendo trazidas desde o Estatuto da Criança e do Adolescente e recentemente foram reguladas pelo Sinase (Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo)”. Segundo ela, as medidas de internação estão sendo vistas como ação de excepcionalidade. “Ou seja, a ênfase deve ser dada à municipalização, a preservar o princípio da convivência familiar comunitária para que esse menino ou menina participe dessa medida de caráter pedagógico e sancionatório”.
A efetiva aplicação desse modelo a todo o Brasil, entretanto, encontra grandes obstáculos. O Superintendente Estadual de Atenção à Criança e ao Adolescente, da Secretaria de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos do estado de Pernambuco, Fernando Silva, destaca que não há orçamento compatível para suprir a demanda de adolescentes que cumprem medidas socioeducativas tanto em internação quanto em liberdade.
O especialista defende a definição de um percentual mínimo do orçamento federal para a assistência social, atrelado aos valores do PIB anual. Destaca que Cras e Creas, na maioria das vezes, não possuem psicólogos, pedagogos ou até profissionais especializados na defensoria técnica jurídica. “Há uma necessidade de retomar essa discussão do orçamento para se ter um desenho que vá além do que está consagrado hoje”, afirma. Ele propõe “avançar em um diálogo Suas e Sinase para ter uma NOB de recursos humanos específica para medidas socioeducativas”.
A ex-Ministra de Desenvolvimento Social, Márcia Lopes, não defende de forma clara a necessidade de um percentual do orçamento. Segundo ela, esse é um debate que não está fechado. “É claro que a demanda é sempre muito maior, que ainda precisamos ampliar os nossos orçamentos, mas isso caminha junto com o processo de crescimento do Brasil, de desenvolvimento e estabilidade. Mas esse é um debate que não está terminado, ainda está em pauta na Câmara e também no governo”.
Já a professora Maria do Rosário destaca que só é possível pensar numa escala de descentralização e municipalização das medidas socioeducativas pelo Brasil se for assegurado o financiamento. De acordo com ela, o Plano Plurianual de Assistência Social, feito pela primeira vez em 2008, representou um avanço nesse sentido, já que garantiu recursos federais ao serviço denominado “Proteção Social aos Adolescentes em Cumprimento de Medidas Socioeducativas, Liberdade Assistida e Prestação de Serviços à Comunidade”.
Para Fernando Silva, entretanto, não basta apenas garantir um financiamento mínimo para a assistência social e para programas específicos, mas é preciso ter orçamentos condizentes com a demanda do Sistema de Garantia de Direitos como um todo, garantindo recursos às áreas de educação, saúde, esporte e cultura. Somente assim, segundo ele, é possível criar de fato o Sistema de Garantia de Direitos da Criança e do Adolescente previsto pelo ECA. “Se eu tenho crianças e adolescentes usuários de droga, não bastam os equipamentos da assistência. Eu tenho que ter no mínimo [os equipamentos do Sistema da] Saúde e do Sistema de Proteção”, reforça.


DESLIZAMENTO

Desabou: A Serra das Araras ficou “pelada” após tragédia de 1967

Maior tragédia do Brasil foi na Serra das Araras
Publicado em 14/1/2011, às 19h43
Aurélio Paiva

Uma cruz de 10 metros na subida da Serra das Araras (Piraí-RJ), no local conhecido por Ponte Coberta, marca o início de um enorme cemitério construído pela natureza. Lá estão cerca de 1.400 mortos (fora os mais de 300 corpos resgatados) vítimas de soterramento pelo temporal que atingiu a serra em janeiro de 1967. Foi a maior tragédia da história do país, superando o número de mortos da atual tragédia na Região Serrana do Estado do Rio de Janeiro, hoje acima de 500.
No episódio da Serra das Araras, suas encostas praticamente se dissolveram em um diâmetro de 30 quilômetros. Rios de lama desceram a serra levando abaixo ônibus, caminhões e carros. A maioria dos veículos jamais foi encontrada. Uma ponte foi carregada pela avalanche. A Via Dutra ficou interditada por mais de três meses, nos dois sentidos.
A Revista Brasileira de Geografia Física publicou, em julho do ano passado, a lista das maiores catástrofes por deslizamento de terras ocorridos no país. O episódio da Serra das Araras, com seus 1700 mortos estimados, supera de longe qualquer outro acidente do gênero no país.
Para se ter uma idéia do que ocorreu na Serra das Araras basta comparar os índices pluviométricos. A atual tragédia de Teresópolis ocorreu após um volume de chuvas de 140mm em 24 horas. Na Serra das Araras, em 1967, o volume de chuvas chegou a 275 mm em apenas três horas. Quase o dobro de água em um oitavo do tempo.
Mas o episódio da Serra das Araras parece ter sido apagado da memória do país e, especialmente, da imprensa. O noticiário dos veículos de comunicação enfatiza que a tragédia da Região Serrana do Rio superou o desastre de Caraguatatuba em março de 1967 (ver abaixo). O caso da Serra das Araras, ocorrido em janeiro daquele mesmo ano, sequer é citado.
Até a ONU embarcou na história e colocou a tragédia atual entre os dez maiores deslizamentos de terras do mundo nos últimos 111 anos.

Caraguatatuba
O ano de 1967 foi realmente atípico. Em março, dois meses após a tragédia da Serra das Araras, outro desastre atingiu Caraguatatuba, no litoral paulista. Chovia quase todos os dias desde o início do ano (541mm só em janeiro, o dobro do normal). Do dia 17 para 18 de março, um temporal produziu quase 200 mm de chuvas em um solo já encharcado. No início da tarde de 18 de março, sábado, a tragédia aconteceu sob intenso temporal que chegou a acumular 580mm de chuvas em dois dias (Teresópolis teve 366mm em 12 dias).
Segundos os relatos da época, houve uma avalanche de lama, pedras, milhares de árvores inteiras e troncos que desceu das encostas da Serra do Mar, destruindo casas, ruas, estradas e até uma ponte. Cerca de 400 casas sumiram debaixo da lama. Mais de 3 mil pessoas ficaram desabrigadas (20% da população da época). O número de mortos - cerca de 400 - foi feito por estimativa, pois a maioria dos corpos foi soterrada ou arrastada para o mar.


Detalhe: Caraguatatuba, em 1967, era um balneário turístico de 15 mil habitantes. Dá para imaginar quais seriam as consequências se aquela tragédia ocorresse hoje, com os atuais 100 mil habitantes.

Serra das Araras - 1967
‘Vimos mortos nas árvores, braços na lama'
Bárbara Osório-MacLaren nasceu na Alemanha em janeiro de 1939. Tendo sobrevivido à II Guerra Mundial, veio para o Brasil com a família em 1950, quando tinha 11 anos, atendendo a um chamado do avô materno, que já vivia no país.
Foi morar em São Paulo, na Tijuca Paulista, fez Admissão no Externato Pedro Dolle e, quando jovem, estudou no Ginásio Salete. Frequentava o Clube Floresta: "Nos encontrávamos (com os amigos) para nadar ou praticar outro esporte", relembra.
Em 1961, mudou-se para a Inglaterra. Seis anos depois, aos 28 anos de idade, voltou ao Brasil para rever os amigos.
Já no Rio de Janeiro, em 22 de janeiro de 1967, às 23 horas, tomou um ônibus da Viação Cometa com destino a São Paulo. Um temporal desabou na Via Dutra, que acabara de ser duplicada. Nunca, naquela região, se havia visto ou iria se ver uma chuva tão forte quanto aquela que presenciava a jovem alemã e que ela relata a seguir:
- Dentro de 40 minutos, na Via Dutra, houve um temporal. O nosso ônibus já estava na subida, mas a estrada se abriu a nossa frente. Lá ficamos até a manhã do dia seguinte. Pela rádio ouvimos os gritos de pessoas em outros carros, estavam sufocando na lama.

Bárbara dá detalhes: "Pela manhã, descemos o morro a pé, vimos mortos nas arvores, braços na lama, as reportagens nos jornais falavam de mais de 400 mortos. Eu desmaiei no transporte de caminhão desta cena ao Centro do Rio. Quando acordei do coma ou desmaio, estava em Lisboa, Portugal. Em outras palavras, em vez de me levarem a um hospital no Rio, me despacharam para a Europa".
A experiência da jovem alemã, hoje com 72 anos, foi contada há dois anos em um depoimento ao site "São Paulo Minha Cidade" e dá a dimensão do que ocorreu na Serra das Araras em 1967.
Mas seu depoimento, 42 anos após a tragédia, é uma raridade. Há poucas histórias registradas sobre os acontecimentos da época, por duas razões: carência de boa cobertura jornalística, em virtude dos parcos recursos tecnológicos da imprensa no período, e o fato de que o episódio foi tão trágico que poucos sobreviveram para testemunhá-lo.
Outra das poucas histórias que sobreviveram também envolve um cidadão estrangeiro. É a história do motorista do ônibus prefixo 529 da Viação Cometa, que salvou a vida de quase todos os passageiros. O motorista, quando vislumbrou a tragédia que poderia se suceder, pediu que todos deixassem o ônibus, mas um estrangeiro recusou-se à deixar o veículo. Poucos minutos depois, uma rocha rolou e caiu sobre o ônibus, matando o estrangeiro.


Advogado lembra trabalho de presos
O advogado Affonso José Soares, de Volta Redonda, que morava em Piraí na época da tragédia, lembrou que, na madrugada da tragédia na Serra das Araras, trabalhava em um habeas corpus para a libertação de sete presos. Eles haviam sido detidos, em flagrante, cerca de dois meses antes, praticando um jogo ilegal de aposta conhecido como "Jogo da Biquinha". Durante a madrugada, percebeu o barulho do estrondo, mas continuou o trabalho com o auxílio de um lampião, já que a cidade ficou às escuras por causa dos deslizamentos na serra.
- Estava trabalhando no meu escritório e escutei o estrondo por volta de uma ou duas horas da manhã. Estava trabalhando intensamente em um habeas corpus para sete presos que estavam na cadeia de Piraí e, quando as luzes se apagaram, tive que usar um lampião durante a madrugada toda - lembrou.
Na manhã seguinte, segundo ele, o município foi "invadido" por passageiros do Rio de Janeiro e de São Paulo, que ficaram impossibilitados de passar pela serra devido aos desmoronamentos e crateras.
- Foi uma ocorrência de acidente muito grave. Os ônibus de São Paulo e carros do Rio entravam em Piraí e não tinham como seguir viagem. O comércio foi praticamente invadido por passageiros. A tromba d'água tinha destruído praticamente todo o acesso. Na Serra das Araras, havia crateras enormes. Demoraram quatro ou cinco meses para restabelecer a situação - lembrou.
Antes do meio dia, no dia da tragédia, o advogado lembra que foi procurado pelo delegado que pediu sua ajuda para convencer os presidiários a colaborarem no resgate das vítimas.
- O contingente da delegacia era de cinco pessoas, entre policiais militares e civis e havia necessidade imediata de pessoas para realizar o trabalho de prestar socorro às vítimas presas nas crateras. O delegado acrescentou que os presos depositavam confiança em mim e me respeitavam e que eu poderia convencê-los a ajudar - continuou.
Ao dirigir-se àquele que seria o "líder" dos presos, Affonso recordou que frisou a oportunidade de os presos mostrarem humanidade e solidariedade.
- Falei que eles estavam tendo uma oportunidade de prestar um serviço público e demonstrar espírito solidário. Mesmo assim, lembrei que se esboçassem qualquer reação de rebeldia poderiam ter sérios problemas, porque eu tinha material suficiente para incriminá-los. Eles aceitaram e pediram para dizer que estavam nas mãos do delegado - acrescentou o advogado.
Os sete presos fizeram o trabalham mais pesado do salvamento: foram amarrados por cordas e descidos até o local em que estavam às vítimas. Além de auxiliar no salvamento e nos primeiros socorros aos sobreviventes, apanhavam corpos e os traziam abraçados.
"Eles eram fortes e fizeram um trabalho que ninguém queria fazer. Trabalharam por 48 horas e voltaram à delegacia para ajudar na parte burocrática", frisou Affonso.
Dias depois, por intermédio de um escrivão piraiense que vinha de São Paulo, Affonso descobriu que o trabalho executado pelos presos havia ido parar na primeira página do Jornal da Tarde com o título "Os sete homens bons". Sem pestanejar, anexou a reportagem ao processo que estava organizando.
- Apanhei a primeira página do Jornal da Tarde e juntei ao habeas corpus e tenho certeza que isso contribuiu para obter a liberação deles. Eles demonstraram seu lado humano, o de quem não é só criminoso, bandido - explicou.

Intolerância religiosa no Irã se assemelha à perseguição de religiões de matriz africana no Brasil


Incêndios criminosos em propriedades bahá'ís têm o mesmo teor de preconceito que a destruição aos terreiros de umbanda

Uma recente onda de incêndios criminosos sobre empresas de propriedade bahá'í em Rafsanjan, no Irã, parece ser parte de uma campanha para romper relações entre os bahá'ís e muçulmanos na cidade.
Após cerca de uma dúzia de ataques a lojas – realizados desde 25 de outubro de 2010 – cerca de 20 casas e empresas bahá'ís receberam uma carta de advertência demandando que eles assinem um compromisso de "abster-se de estabelecer contatos ou amizades com muçulmanos" e do "uso ou contratação de estagiários muçulmanos". Os bahá'ís também são orientados a não ensinarem a sua Fé, inclusive na Internet.
"Por mais de dois meses, bahá'ís inocentes vêm tendo seus negócios incendiados. Alguns deles sofreram mais de um ataque incendiário em suas propriedades", disse Diane Ala'i, a representante da Comunidade Internacional Bahá'í nas Nações Unidas em Genebra. Segundo ela, "tudo o que isso demonstra para o mundo inteiro ver é a incitação ao ódio por motivação religiosa sendo fomentado por certos elementos na sociedade iraniana". Ala'i mencionou que os bahá'ís abordaram autoridades locais pedindo por uma investigação. "Mas nada foi feito", disse ela. "Inacreditavelmente, eles ainda foram acusados por alguns de provocar os incêndios sob a instrução de governos estrangeiros."
Um boletim publicado por uma fundação cultural muçulmana em Rafsanjan afirmou que os ataques têm sido provocados pelo fato de que alguns comércios foram "monopolizados" por bahá'ís na cidade. Um café pertencente a muçulmanos também foi incendiado após o boletim erroneamente identificá-la como propriedade bahá'í.
"A pressão econômica sobre a comunidade bahá'í do Irã já é crítica, com ambos, empregos e licenças de negócio, sendo negados aos bahá'ís", disse Diane Ala'i. "Estes ataques e as ameaças são ainda uma outra forma particularmente cruel de perseguição contra os cidadãos comuns, que estão simplesmente tentando ganhar a vida e praticar sua fé".
No Brasil, as religiões de matriz africana também são alvo de intolerância religiosa e do preconceito causado pela falta de informação sobre as diferentes religiões. A perseguição chega às vias de fato com o vandalismo a que são submetidos os terreiros de umbanda. Embora a liberdade de culto seja um direito garantido pela Constituição, não é o que acontece na prática, como afirma Mestre Aramati.
Segundo ele, há um domínio cultural religioso que contribui para fomentar esse preconceito. Aramati explica que a religião de matriz africana “é uma religião brasileira que busca a inclusão e atende sem direcionar raça, posição social, cor da pele e vê todos como espíritos iguais”. Ele completa que “a perseguição aos bahá'ís no Irã é a mesma perseguição aos membros das religiões de matriz africana no Brasil”.
O Brasil e o Irã nos dão exemplos nítidos de como o preconceito repercute em ações violentas que violam direitos humanos. Para a representante da Comunidade Bahá'í do Brasil, Daniella Hiche, “combater a violência isoladamente não resolverá o preconceito religioso. É preciso fomentar também o conhecimento sobre a diversidade religiosa para superar a intolerância, tanto no Brasil como no Irã. Amanhã, dia 21 de janeiro, comemoramos o Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa. É uma oportunidade para começar a reverter esta triste realidade que ainda afronta o direito a liberdade de culto e expressão”, afirma.
Em 21 de dezembro, a ONU confirmou uma resolução que expressa "profunda preocupação com progressivas e recorrentes violações graves dos direitos humanos" no Irã. A resolução condenou especificamente a discriminação contra as minorias do Irã, incluindo os membros da Fé Bahá'í.

Mestre Aramati faz parte da Ordem Iniciática do Cruzeiro Divino da Faculdade de Teologia Umbandista

Luana Reis - Assessora de Comunicação
Secretaria Nacional de Ações com a Sociedade e o Governo - http://sasg.bahai.org.br/
Comunidade Bahá'í do Brasil - http://www.bahai.org.br/
Tel.: +55 (61) 3255 2209 / 8188 0239. Fax: +55 (61) 3364 3470
Informação enviada por e-mail por Sonia Shafa

Em caso raro, beijo no pescoço paralisa braço de neozelandesa


Uma mulher na Nova Zelândia teve paralisia no braço depois de seu namorado ter sugado seu pescoço ao lhe dar um beijo.

O caso, raro, foi descrito na revista especializada New Zealand Medical Journal.
O médico Teddy Wu, que trabalha no departamento de neurologia do Hospital de Christchurch e atendeu a mulher há cerca de um ano em Auckland, disse acreditar que este seria o primeiro caso deste tipo.
A mulher de 44 anos, da etnia maori, foi recebida no pronto-socorro do hospital em que Wu trabalhava na época. A paciente apresentava perda de movimentos no braço esquerdo.
O médico contou ao jornal neozelandês The Press que o problema ocorreu enquanto ela estava assistindo televisão. O único ferimento que o médico encontrou na mulher foi a marca do beijo no lado direito do pescoço, perto de uma artéria.
"Pelo fato de ser um beijo mais profundo, há muita sucção", disse Wu. " "O trauma físico causou uma pequena contusão dentro do vaso."
"Havia também um coágulo na artéria logo abaixo onde estava a marca", acrescentou o médico.
O coágulo entrou no coração da mulher e causou um pequeno derrame que levou à perda de movimentos, segundo Teddy Wu.
A paciente foi tratada com um medicamento anticoagulante e o coágulo desapareceu quase totalmente depois de uma semana.
Segundo o médico, se a mulher não tivesse recebido tratamento rapidamente, ela poderia ter sofrido mais derrames.
"Derrames tem graus diferentes de gravidade. Mas, possivelmente, pacientes podem ficar paralisados", disse.



BBC Brasil

Homem mantém filho de um ano e quatro meses refém em Campinas (SP)





Rio NEWS

Na "cozinha do inferno", haitianos comem o que o mundo rejeita

Haitianos procuram alimentos, a maioria podre, acumulados em meio a roupas doadas aos desabrigados
Foto: Laryssa Borges/Terra

Rua dos Milagres, 20h em Porto Príncipe. Um comboio das Nações Unidas patrulha o bairro de Bel-Air, o mais afetado pelo terremoto que matou cerca de 230 mil haitianos em 2010. Nas ruas desertas, apenas os faróis dos caminhões militares iluminam poucos rostos - todos acuados. Em um canto, mulheres preparam o cardápio da noite: carcaça de galinha ao molho de mostarda.
A poucas quadras dali, a expressão "cozinha do inferno" é insuficiente para descrever o centro de distribuição de alimentos da região - a maior parte, podres. Roupas sujas e doadas disputam lugar com pilhas de alfaces estragadas. As vísceras de cabras, porcos e aves, destrinchados em praça pública, formam enormes fogueiras. Qualquer noção de saneamento básico é absolutamente ignorada. O odor da miscelânea ofertada pelos "chefs" inebria os olhos e nariz de forasteiros. Os haitianos barganham o alimento que o restante do mundo rejeita.
No bairro de Bel-Air, onde a maior quantidade dos mortos pelo terremoto ficou por semanas soterrada, palavras de ordem são pichadas nas redondezas dos muros do Palácio Nacional, atual sede - semi destruída - do governo René Préval. Parte da população é hostil ao olhar dos "turistas da miséria" - fotografando as mazelas alheias - a Préval, classificado como "ladrão" das doações da comunidade internacional aos haitianos, e à própria Minustah (Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti).
Meia dúzia de banheiros químicos são amontoados em frente a barracas de desalojados - estas apenas um dos 123 acampamentos de desabrigados da capital haitiana. Uma jovem, em meio à lama, tenta equilibrar a vela nas mãos para ir ao toilette alagado e malcheiroso. Desinibido, um rapaz urina diante da população.
Bel-Air, 8h do dia seguinte. O mote "ousar ainda é o melhor jeito de ser bem sucedido" permanece marcado em spray nas redondezas do Palácio Nacional do Haiti. O comércio, desorganizado, tenta dar vazão a rádios, comprimidos, pães e o quê mais puder ser juntado pelos aspirantes a vendedores.
Carros seguem abandonados. Os escombros - 60 milhões de toneladas de entulho foram consequência do terremoto - entopem ruas, bueiros e canais que um dia podem ter transportado água fresca para a população do país mais pobre das Américas.
Em menos de três meses mais de 3,3 mil haitianos morreram vítimas da cólera. De todos os micro avanços ofertados ao Haiti desde o massacre provocado pelo terremoto, o saneamento básico é o maior entrave. De Bel-Air, símbolo da destruição dos tremores de terra, só resta o nome.
Laryssa Borges


Notícias Terra

Polícia fará buscas por Abdelmassih no interior de SP


Médico foi condenado a 278 anos de prisão e é procurado desde o dia 6

O médico Roger Abdelmassih, de 67 anos, vai ser procurado no interior de São Paulo. A declaração foi feita pelo promotor público Luiz Henrique Val Poz. O condenado a 278 anos de prisão por estuprar as suas pacientes é procurado pela polícia desde o dia 6.
De acordo com o promotor, que participou da acusação contra o médico, a polícia segue uma rotina para cumprir o mandado de prisão.
- Estamos observando todos os vínculos do médico. Sabemos que ele tem algumas propriedades no interior e alguns amigos também.
O pedido de nova prisão foi feito no dia 3 de janeiro pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) - Núcleo São Paulo, departamento do Ministério Público. A prisão foi deferida no 6 pela juíza Cristina Escher.
No último dia 10, a defesa de Abdelmassih entrou com uma petição no STF (Supremo Tribunal Federal) para requerer à Suprema Corte a apreensão do passaporte do médico, expedido pela Delegacia de Imigração da Superintendência da Polícia Federal em São Paulo. O motivo era mostrar que o ex-médico não tem intenção de fugir do país.
Porém, de acordo com o promotor, o fato de ele estar foragido da Justiça já dá indícios que ele queira deixar o país.
- Hoje, o objetivo dos seus advogados é reverter o caso, mas caso não consigam, acredito que ele possa querer fugir do país. E sabemos que para isso não é necessário passaporte. Ele, por já estar foragido, pode tentar sair do país por alguma fronteira de maneira irregular.

O caso
Abdelmassih foi condenado a 278 anos de prisão, em novembro do ano passado, por estupro e atentado violento ao pudor contra 37 mulheres, ex-pacientes do médico e uma ex-funcionária.
Todos os crimes foram cometidos em sua clínica, especializada em reprodução humana. O acusado sempre negou os crimes.


R7

Pai diz à polícia que acorrentava criança para evitar que ela furtasse


Crianças foram achadas presas a correntes pela PM na Zona Norte de SP.
Pai pode perder a guarda dos filhos; ele vai responder por maus-tratos.

O pai das duas crianças encontradas acorrentadas em uma casa nesta quinta-feira (20) no Jaçanã, Zona Norte de São Paulo, afirmou, em depoimento à polícia, que fazia isso para "mantê-las na linha". Segundo ele, o menino de 9 anos cometia furtos na escola. O irmão, que também estava preso a correntes, tem 8 anos.
De acordo com a Polícia Militar, havia outras seis crianças na casa, com idades de 5 a 14 anos. Uma tem síndrome de Down.
Elas foram localizadas sozinhas na residência após uma denúncia anônima.
O delegado Antônio Carlos Corsi Sobrinho, do 73º DP, disse que o pai afirmou não ter outra alternativa senão amarrar os filhos para poder trabalhar, já que a mãe deles morreu. "Ele disse que tem que trabalhar, que tentou manter as crianças na linha e que viu que a única saída era amarrar."
O pai contou que a avó, que mora perto da casa onde as crianças estavam, cuidava delas enquanto ele trabalhava. Disse ainda que foi chamado várias vezes na escola após o garoto de 9 anos (um dos que estavam acorrentados) cometer pequenos furtos.


Casa onde elas foram achadas (Foto:Divulgação/PM)


As crianças foram encaminhadas para o Hospital São Luiz Gonzaga, mas exames não detectaram sinais de maus-tratos. Segundo o conselheiro tutelar Alexandre Pires, o pai disse estar "desesperado" pois não tinha mais domínio sobre os filhos. As crianças podem ser deixadas com um outro familiar nos próximos dias. “Elas só irão para um abrigo em último caso”, afirmou Pires.
O pai assinou um termo circunstanciado e foi liberado. Mas deverá responder por maus-tratos.


Tornado atinge o Estado do Rio pela primeira vez



RIO - Depois de sofrer com uma enxurrada catastrófica na Região Serrana na semana passada, o Estado do Rio registrou pela primeira vez um tornado. O fenômeno - uma das forças mais violentas da natureza - foi observado na Baixada Fluminense e em parte da Zona Oeste, no fim da tarde da quarta-feira. O tornado causou danos em casas, arrancou árvores, deixou moradores apavorados e especialistas incrédulos e, depois, assombrados. O professor do Departamento de Meteorologia da UFRJ Isimar de Azevedo Santos disse que ficou surpreso ao ver as imagens do tornado:

(Eu-Repórter: confira fotos dos estragos causados pelo tornado)

- É o primeiro tornado do Rio. Ele deve ter tocado o solo por segundos e tido pouca intensidade. Ainda assim, é espantoso. Nunca pensei que veria uma coisa dessas no Rio.
O Rio já registrou trombas d'água. Estas se formam sobre a água e já foram vistas em Ipanema e Barra da Tijuca, por exemplo. Mas, segundo Santos, nunca um tornado verdadeiro, que se forma numa gigantesca nuvem de tempestade chamada supercélula e pode ser destrutivo no solo. Tornados já foram registrados em estados do Sul e São Paulo. Mas a geografia acidentada do Rio não favorece a formação desse tipo de fenômeno.
- As fotos mostram esse tornado bordejando os morros. É impressionante, tornados costumam ocorrer em regiões mais planas. Não faço ideia do que causou esse fenômeno e se outro vai surgir - destaca o meteorologista, cujo grupo concluiu recentemente uma pesquisa sobre o impacto de tornados sobre redes de transmissão de energia no Paraná.
Especialista: impossível saber a velocidade do vento
Ele explica que o tornado fluminense não tem ligação com a tragédia da Serra. Os dois eventos foram causados por tempestades distintas. No entanto, ele não descarta que ambos podem estar relacionados ao aquecimento global.
Segundo ele, é impossível saber a velocidade do vento nesse tornado porque para isso seria preciso usar equipamentos específicos. Tornados são classificados pela destruição que causam. O de Nova Iguaçu foi pequeno. O fenômeno pode ter ocorrido em decorrência do aquecimento e da umidade do ar. Anteontem, foi o dia mais quente do ano, com 38,9 graus registrados na Saúde, e 38,2 graus, em Santa Cruz.
- Foi uma sorte porque, provavelmente, ele só tocou o solo por poucos segundos. Esses fenômenos podem ser arrasadores - frisou ele.
Nova Iguaçu, Belford Roxo, Seropédica e Bangu estão entre as regiões de onde se podia ver o fenômeno. Em Nova Iguaçu, o vento arrebentou a fiação elétrica, derrubou árvores, deixou casas destruídas, destelhadas e provocou a queda de muros e paredes. A Defesa Civil do município não havia fechado o número de moradores desalojados e nem um levantamento detalhado da destruição. Segundo a prefeitura de Nova Iguaçu, ninguém morreu ou ficou ferido gravemente. Os locais mais atingidos foram Jardim Paraíso, Jardim Guandu, Lagoinha e Parque São José, que ficaram sem luz por mais de 20 horas.
- Estamos fazendo o levantamento para avaliar os prejuízos. Recebemos mais de 30 chamados - disse o coronel Acácio Perez, coordenador da Defesa Civil de Nova Iguaçu.
O tornado que passou por Nova Iguaçu provocou muita destruição na cidade. Na Rua Flor de Maio, no bairro Lagoinha, há muitos moradores que tiveram suas casas destelhadas pela ventania. As instalações elétricas foram arrebentadas e árvores, derrubadas. Algumas casas estão sem energia elétrica desde 18h de quarta-feira.
A casa de Camila Silva de Oliveira teve três cômodos levados pela ventania. Ela, a mãe, o pai e um bebê de apenas de um mês se refugiaram no banheiro, onde ficaram trancados até o tornado passar.
- Engoli muita terra, foi um barulho horroroso, os olhos da minha sobrinha ficaram cobertos de areia. Foi assustador. Chegou a retorcer o ferro da janela. Minha máquina de lavar foi parar a cerca de 50 metros. Foi muito rápido, o vento passou e foi arrastando tudo pela frente.

Ana Lucia Azevedo e Jacqueline Costa


O Globo

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Caixões se espalham pela quadra de uma escola de samba de Nova Friburgo (RJ)



Uma empresa de seguros funerários fez doações para que as vítimas das chuvas possam ser sepultadas. Os corpos de 60 crianças e jovens que estavam em uma colônia de férias estariam sendo encaminhados para o local.



R7

Como a animação em 3D 'Rio', de Carlos Saldanha, deve projetar mundialmente a estima carioca


RIO - Acenda ou não uma vela para louvar São Sebastião neste 20 de janeiro, data dedicada ao padroeiro da Cidade Maravilhosa, o diretor Carlos Saldanha, carioca de Marechal Hermes, certamente já dispõe da bênção do santo por seu trabalho à frente de "Rio". Prometida para 8 de abril no Brasil, estreando nos EUA e na Europa uma semana depois, a nova animação em longa-metragem do diretor da mina de ouro chamada "A Era do Gelo" é aguardada pelos exibidores como "o" blockbuster de 2011. Cercado de expectativas, o lançamento de "Rio", com projeção em 3D, adquire função politicamente estratégica num momento em que a cidade pavimenta a sua vocação internacional, preparando-se para receber a Copa do Mundo de 2014 e sediar as Olimpíadas de 2016. A superprodução gestada nos estúdios da Blue Sky, em Connecticut, a um custo estimado em cerca de US$ 90 milhões, pode fazer pela terra natal do cineasta aquilo que filme algum jamais fez por uma grande metrópole.

http://www.youtube.com/watch?v=eu8gxHB0zNc&feature=related

- Na tela, a gente vê versões animadas do Corcovado, do Cristo Redentor, de um trecho da Praia de Ipanema, de um pedacinho de Santa Teresa - diz Saldanha, por telefone, de Los Angeles, onde finaliza a saga da arara-azul Blu, que deixa seu poleiro nos EUA para desbravar o Brasil, onde descobre a paixão entre as penas de um pássaro da mesma (e extinta) espécie: a doce Jade. - Mostro pedaços conhecidos da cidade. Mas para alguém como eu, que moro fora do Rio há muito tempo, esses são os pedaços de que eu mais sinto falta. Eles nos lembram o quanto o Rio é único. Por isso, se esse filme funcionar e for bem aceito pelo público estrangeiro, ele pode fazer a cidade abrir suas janelas para o mundo, expondo nossas belezas.
Distribuído pela 20th Century Fox, "Rio" não se vende como uma declaração de amor filmada - como foi "Paris, eu te amo", rodado por um coletivo de cineastas de diferentes nacionalidades e lançado em Cannes, em 2006 -, tampouco como um inventário de mitos de formação - vide "Austrália", lançado por Baz Luhrmann em 2008. Aos olhos do mercado, o projeto de Saldanha vem sendo encarado como uma propaganda de afirmação da autoestima carioca nos mercados estrangeiros.
- Melhor apresentação do Rio para o exterior, impossível. Estamos falando de um blockbuster que, só no circuito brasileiro, deve alcançar entre cinco e seis milhões de pagantes - diz Paulo Sérgio Almeida, do site Filme B, cujo boletim semanal analisa as bilheterias no país. - Vi uns 20 minutos numa projeção fechada, no Roxy, em Copacabana, e deu para sentir nele resquícios dos filmes do Zé Carioca. É um produto que pode levantar a imagem da cidade no Rio e no exterior entre crianças e adultos.


A secretária de Cultura do Estado do Rio de Janeiro, Adriana Rattes, concorda:
- Este filme é o maior presente que a gente poderia ganhar na área cinematográfica. Ele vai levar pelo mundo uma imagem superpositiva da cidade. Vai falar da gente de forma lúdica, divertida e alegre. Crianças do mundo crescerão com o Rio de Janeiro em seu imaginário
Responsável por vender 17.620.643 ingressos entres os cinemas brasileiros que exibiram os três episódios da franquia "A Era do Gelo", lançados em 2002, 2006 e 2009, Saldanha explica que a dimensão estratégica que "Rio" adquiriu não foi proposital.
- Só pelo título, "Rio" já é uma homenagem ao lugar onde nasci. A gente brinca aqui na Blue Sky, diz que o filme é história de alguém que finds his heart in Rio, no sentido de encontrar um amor e de se encontrar numa nova cidade. Ele não foi concebido como uma peça de propaganda da cidade. Era, sim, um projeto muito pessoal meu, um um jeito de mostrar ao mundo o Rio de que eu gosto - diz Saldanha, que passou 20 de seus 42 anos morando nos EUA. - Hoje, aqui, todo mundo me pergunta da tragédia aí na Região Serrana. Um dos compositores da trilha sonora de "Rio" visitou Itaipava há uns três meses e ficou curioso para saber como aquele pedaço ficou. Foi uma tragédia que repercutiu aqui.
A campanha para promover o filme começa no carnaval. Com o enredo "O Rio no cinema", o Salgueiro vai desfilar na Marquês de Sapucaí com quatro alas e um carro alegórico dedicados ao longa de Saldanha.
- Já que esse filme é um presente para a cidade, nada mais justo do que a gente contribuir para a sua visibilidade - diz Sérgio Sá Leitão, presidente da RioFilme, a distribuidora ligada à prefeitura, que participa das articulações para a promoção do longa de Saldanha no país. - Neste processo de divulgar o Rio lá fora, com a Copa e os Jogos Olímpicos, o cinema vai dar o pontapé inicial. Por isso, estamos negociando fazer a première mundial do filme aqui na cidade, trazendo jornalistas de outros países. Aliás, não apenas a de "Rio", como as de "Fast five", "Velozes & furiosos 5", com Vin Diesel, e "A saga Crepúsculo: Amanhecer", que tiveram cenas filmadas aqui.
Lá fora, "Rio" conta com as vozes de Jesse Eisenberg (de "A rede social") como Blu e de Anne Hathaway ("O Diabo veste Prada"), como Jade. Já Rodrigo Santoro dubla o ornitólogo Túlio, que traz o pássaro dos EUA para o Brasil.
- Mais importante do que aquilo que "Rio" pode fazer com a nossa imagem para o mundo é aquilo que ele pode fazer internamente, com sua consciência ambiental forte - diz Rodrigo Santoro. - Xará, eu sou de Petrópolis. Imagina o que é ver essa tragédia rolando lá na serra. Mas, neste momento, eu vi uma mobilização acontecer com uma rapidez inesperada. Ela é fruto de uma estima que está crescendo. E o filme pode ajudar a crescer mais.


DESMENTIDO - Cadastro p/ adoção de crianças órfãos da tragédia em Teresópolis


Amigos,
Compartilhei a pouco um pedido de ajuda que muitos receberam sobre um cadastramento para adoções ou guarda provisória, para as crianças que ficaram órfãs na tragédia do RJ.
Pesquisei no Google sobre o assunto e, encontrei diversos sites que fazem divulgação sobre isso, mas sem maiores informações como por ex.:

· Consultor Jurídico: http://www.conjur.com.br/2011-jan-16/teresopolis-rj-cadastra-interessados-adotar-orfaos-chuvas


Se fala até no nome da juíza que teria aberto tal cadastro e informam o suposto posto de cadastramento para tal, mas infomações mesmo detalhadas, não se encontra.
Costumo checar o que recebo, principalmente no que se refere a assuntos tão sérios como esta tragédia e crianças.
Peguei o telefone e comecei a ligar para a prefeitura, o tal ginásio etc, onde ninguém sabia de nada.
Enfim, depois de muito procurar, ligar, cheguei a um número: 21 2643-4450 - este é o telefone da Vara de Infância e Juventude. Lá falei com o Fernando, que me informou que tudo não passa de um grande engano, um grande boato, e me passou um site onde estão divulgando uma NOTA DE ESCLARECIMENTO para toda a população e imprensa sobre isso.
Portanto, ESTE CADASTRO PARA ÓRFÃOS DE TERESÓPOLIS NÃO EXISTE, o que existe é o conhecido CADASTRO NACIONAL PARA ADOÇÕES.
Precisamos checar tudo o que recebemos, buscar informações, do contrário, ao invés de ajudarmos, o que fazemos é propagar o caos.
Peço ajuda à todos, para espalharmos esta informação na rede e ajudarmos a reparar esta falsa informação que só está causando transtornos neste momento em que só precisam de ajuda (em anexo nota de esclarecimento e site).

Desde já agradeço a todos,
Margarete Cristini - Maggie.

Anestesia geral é muito mais profunda que sono


Cientistas mostram que mesmo a mais leve delas é mais profunda que o sono mais pesado

Anestesia geral, sono e coma são três das formas mais importantes em que uma pessoa perde a consciência. O que acontece com o cérebro no momento em que a anestesia geral é aplicada, porém, continua sendo um mistério. No final de dezembro, os cientistas Emery Brown, Ralph Lydic e Nicholas Schiff publicaram um artigo mostrando que mesmo o mais profundo dos sonos não é tão profundo quanto a mais leve das anestesias gerais.
O artigo, na revista The New England Journal of Medicine, faz uma análise do que se sabe na área e propõe uma estrutura para estudar a anestesia geral. “As ferramentas clínicas, de exame físico, eletroencefalografia e técnicas de imagem usadas para estudar o sono e o coma podem ser adaptadas para a anestesia geral”, afirmou Emery Brown, que é professor do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) e anestesista, ao iG.
Antes de estudá-la, no entanto, é necessário entendê-la. “Anestesia geral não é um sono é um coma reversível. Diferentemente de um coma devido à um ferimento no cérebro o coma da anestesia geral pode ser revertido com o fim do efeito do medicamento”, explicou Brown. E completou: “Os pacientes geralmente perguntam se a anestesia geral é um tipo de sono profundo. A resposta é não. Anestesia geral não é uma forma de sono seja ele profundo ou não. Ela é um estado fisiológico e comportamental único do corpo que foi desenvolvido e refinado nos últimos 165 anos para que as intervenções cirúrgicas e muitas técnicas de diagnóstico e procedimentos terapêuticos pudessem ser feitos de forma segura e humana”.
A falta de entendimento do funcionamento da anestesia geral cria ainda uma situação contraditória para os que querem estudá-la. “De um lado há uma percepção pública e em muitas partes da comunidade científica de que anestesia geral é um procedimento de alto risco e voluntários humanos não deveriam fazer parte no estudo dela. A perda de controle sentida pelos pacientes que recebem anestesia geral aumenta ainda mais essa percepção e, em muitos casos, eles tem mais medo da anestesia do que do procedimento ou da intervenção que será feita(...). Por outro lado como a anestesia geral é considerada suficientemente segura por que estudá-la mais. [A resposta é que] obviamente o conhecimento de como e onde os anestésicos agem irão fazê-la ainda mais segura”, comentou Brown.
A segurança, no entanto, é apenas um dos aspectos do estudo da anestesia geral.A possibilidade de criar anestésicos com menos efeitos colaterais como náusea e vômitos e o desenvolvimento de formas mais precisas de monitorar quão profundamente um paciente está ou não anestesiado também são desejáveis segundo o trio de pesquisadores. “A anestesia geral é uma peça central da ciência básica e prática da neurociência do cérebro. O potencial que seu estudo pode trazer para a neurociência ainda precisa ser realizado”, afirmou Brown.

Alessandro Greco


Petrópolis desativou estações meteorológicas meses antes da tragédia na Região Serrana

No Vale do Cuiaba, Petrópolis, uma semana após a enchente do Rio Santo Antônio por causa das fortes chuvas, muita destruição e pouca ação do poder público. (Foto: Pedro Kirilos / Agência O Globo)

RIO - Moradores de áreas atingidas pela enxurrada que devastou o Vale do Cuiabá, em Itaipava, distrito de Petrópolis, na madrugada do dia 12, poderiam ter sido alertados sobre o perigo com cerca de duas horas de antecedência, se 19 estações meteorológicas (uma delas em Itaipava) -que chegaram a funcionar em caráter de teste em Petrópolis - estivessem funcionando.
O sistema de monitoramento começou a ser implantado em 2006, foi ampliado em 2009 e funcionou por quase quatro anos em caráter experimental, tendo como base a sede do Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC). Devido à indefinição sobre a renovação de um convênio entre o LNCC, o Ministério de Ciência e Tecnologia e a prefeitura de Petrópolis, para manter o sistema, que custava R$ 900 mil por ano, o serviço foi suspenso no segundo semestre de 2010.
- Temos em diferentes pontos do município de Petrópolis 19 estações hidrológicas e pluviômetros e três estações meteorológicas. Com este sistema funcionando, os dados desses equipamentos são monitorados 24 horas por dia, 365 dias por ano, por meteorologistas e geólogos. Todos os dias, em dois horários, um balão que carrega uma sonda com sensores é lançado do aeroporto do Galeão. Por volta de 23h, as informações meteorológicas colhidas por esses equipamento já estariam disponíveis no sistema e certamente seriam observadas por nossos meteorologistas, que emitiriam o alerta para a Defesa Civil municipal. Isso não evitaria as perdas materiais, mas poderia preservar algumas vidas - explica o diretor do LNCC, Pedro Dias.
Prefeito diz que cidade não podia arcar com os custos do sistema
O prefeito Paulo Mustrangi explicou que o convênio foi firmado no governo anterior, e afirma que a prefeitura desconhecia o fato de que teria que assumir o custo para manutenção do sistema.
- Com o orçamento que temos, a prefeitura não tem condições de assumir sozinha essa despesa. Fomos informados sobre isso em outubro e não havia como pagamos essa conta. Entramos em contato com o Ministério da Ciência ae Tecnologia e realizamos reuniões com o LNCC. Ficou acertado que essa questão seria resolvida no início do ano, mas não houve tempo. Nossa cidade foi atingida por essa tragédia antes.
As estações meteorológicas têm sensores que medem temperatura, vento e umidade do ar. Pluviômetros e linígrafos medem o nível do rio. Os dados são passados a uma central no LNCC, onde meteorologistas fazem o monitoramento.
A FAB disponibiliza desde quarta-feira três Estações Meteorológicas Táticas, que captam em tempo real informações climáticas. Os equipamentos de última geração, embora não sirvam para fazer previsões meteorológicas, contribuem para maior segurança das operações e dinamizam a movimentação de helicópteros das Forças Armadas, da Defesa Civil e do Corpo de Bombeiros em Itaipava, Teresópolis e Nova Friburgo.


O Globo

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Doze alunos da Escola Naval são internados após 1ª semana de aula



Segundo a Marinha, foi por causa dos exercícios físicos que eles passaram tão mal e tiveram que ser hospitalizados. Alguns parentes denunciam que a violência dos treinamentos seria um tipo de trote.

Doze alunos da Escola Naval, no Rio de Janeiro, foram hospitalizados depois da primeira semana de aula. Um está no CTI. As famílias dizem que eles foram submetidos a exercícios físicos exagerados. A Marinha nega, mas abriu investigação.
As primeiras semanas do ano são para o que a Marinha chama de estágio de adaptação à vida militar, mas dos 231 alunos da Escola Naval, 12 baixaram no hospital.
Os jovens têm entre 18 e 21 anos e fazem parte da turma recém-aprovada na Escola Naval, que forma os oficiais da Marinha brasileira. Nesse período, eles fazem exercícios físicos. Segundo garante a Marinha, foi isto que fez com que 12 passaram tão mal que tivessem que ser hospitalizados.
Na primeira semana, três tiveram vômitos e dores abdominais. Depois, mais nove também passaram mal. Onze estudantes estão desde segunda-feira (17) no Hospital Naval.
As famílias informaram que dois deles precisaram ser submetidos à diálise por insuficiência renal. Um outro foi levado pelos pais para um hospital particular e está internado no centro de terapia intensiva, também com problemas renais.
Alguns parentes denunciam que a violência dos exercícios físicos seria uma espécie de trote. Os calouros teriam sido obrigados a correr com mochilas e as malas nas costas, debaixo de sol forte e sem beber água.
A parente de um dos alunos desabafou: “É muito triste porque é a quebra de um sonho desses jovens que vão para a Marinha querendo exercer a função, servir à Marinha e de repente é um baque muito grande”.
A Marinha diz que abriu uma sindicância. “Nós estamos apurando para ver o que efetivamente aconteceu. Não existe trote na Escola Naval, de maneira nenhuma. Existem, sim, atividades físicas, treinamento físico-militar, atividades profissionais. Tudo isso muito bem planejado”, afirmou o diretor da Escola Naval, almirante Leonardo Puntel.


G1

Caso Joanna Marcenal


Impressões sobre a audiência
A audiência de ontem foi acompanhada por uma das responsáveis pelo blog, que tentou, além de transcrever os depoimentos para que tivessemos maior conhecimento de tudo o que está acontecendo lá dentro, nos passar também suas impressões, seu olhar subjetivo sobre o que se passa durante este tipo de audiência.
No íncio da audiência, ela relatou que o casal se apresentava a vontade, se movimentando com desenvoltura na sala, sem demonstrar a indignação do inocente nem o constrangimento do culpado que se arrependeu. Segue o relato:

"A arrogância predominava, principalmente de Vanessa, o que não chega a causar surpresa e só vem corroborar os relatos feitos por pessoas que os conhecem. Diversas vezes ela encarava as pessoas da platéia e não aparentava nenhum constrangimento em estar ali. A única expressão de tensão se é que era tensão é que travava a boca com gestos compulsivos como que ruminando. Pensei até que estava mascando cliclete, mas não estava.
Em determinado momento levantou sem pedir licença a ninguém e se dirigiu a sala ao lado. Fez o mesmo no intervalo entre duas testemunhas.
No intervalo entre duas testemunhas, Andre se levantou, cumprimentou um policial e depois voltou. Em seguida ia em direção à esta sala ao lado. Alguém reclamou com o funcionário e somente então ele foi barrado por um policial que o acompanhou para a sala das testemunhas, provavelmente para ir ao banheiro.
O casal sentou junto, se falaram algumas vezes, mas não transparecia harmonia.
Chama atenção nesses julgamentos de crimes chocantes a sintonia que existe entre advogados e seus clientes. Enquanto a acusação (a representante do Ministério Público e o defensor público) se manteve durante todo tempo discreta, fazendo perguntas muito objetivas, a defesa procurava chamar a atenção e fazia perguntas repetitivas, confusas, inapropriadas, tendo o Juiz interferido em algumas situações e levado a plateia até a risos.
O leigo, ao assistir aquilo, fica perplexo vendo aquela atuação. Não posso acreditar que seja despreparo de tais profissionais, pois o Andre Marins não contrataria advogados inexperientes. Parecia mais que era algo proposital, para turvar as águas e cansar a testemunha para talvez, quem sabe, ela entrar em contradições. Algumas perguntas bobas outras, típicas “pegadinhas”.
O auge desse comportamento ocorreu durante o depoimento da 1ª testemunha o Dr Sergio Cunha , Perito Médico- Legista que simplesmente durou 2 horas e 20 minutos e cansou a todos desnecessariamente. Ele se manteve todo tempo tranquilo e objetivo demonstrando grande competência.
A defesa quis atingir a Cristiane, mãe da Joanna e foi insistente . Esse comportamento é antigo e infelizmente os advogados de criminosos não aprenderam que essa atitude tem um efeito bumerangue. O Juiz Guilherme Schilling reagiu e disse que não iria permitir a repetição da pergunta porque naquele processo a genitora não era ré. Se a defesa quisesse que entrasse com novo processo contra ela.
Por falar no Juiz Guilherme Schilling a sua atuação foi admirável mantendo-se atento, tranquilo, com controle total da situação e intervindo de modo contundente quando necessário."


Blog Caso Joanna Marcenal

Mãe que deixou bebê na banheira para jogar no Facebook é julgada

Para ser julgada em liberdade ela deve pagar uma fiança de 100 mil dólares Foto: Reprodução do site 'Daily Mail'

Rio - Uma americana de 35 anos pode pegar até 43 anos de prisão por ter deixado o filho de um ano se afogar na banheira. Shannon Johnson deixou o bebê sozinho enquanto ela jogava um jogo no site de relacionamentos, Facebook. O fato aconteceu no último ano. Outra audiência foi marcada para o final deste mês
Ela é acusada de abuso de crianças, resultando em morte e se encontra presa. Depois que o menino morreu em um hospital da região de Denver setembro do ano passado, Shannon teria admitido à polícia que colocou o bebê na banheira e foi para outra sala para jogar o jogo 'Cafe World', do Facebook.
Durante a audiência, Shannon disse que as vezes deixava o menino sozinho na banheira, porque ele era "independente", ele gostava de ficar sozinho, ela não queria que ele fosse um "filhinho da mamãe".



Pesquisa testa qual quantidade de álcool faz homem ficar bêbado

Voluntários passam por exames clínicos e de comportamento

Brasileiros querem que lei sobre concentração de substância no sangue seja reformulada

Um estudo realizado na Escola Nacional de Saúde Pública, uma unidade da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), investiga a relação entre a menor concentração de álcool consumido por um indivíduo e seus efeitos clínicos e comportamentais. Um dos objetivos do trabalho é orientar a reformulação da lei 11.705/08, que estabelece um limite mínimo de tolerância da concentração de álcool no sangue, e, de acordo com pesquisadores, não possui embasamento científico.
Para formar esse painel, os pesquisadores contam com 400 pessoas, entre homens e mulheres, com IMC (Índice de Massa Corporal) considerado normal e obesos. Os participantes foram divididos em duas faixas etárias: entre 20 e 40 anos e entre 40 e 60 anos.
Arthur de Mello Prates, responsável pela pesquisa, diz que a bebida usada no estudo é a cerveja, por ser bastante popular e muito consumida no Brasil.
– Os participantes ingerem o álcool em condições controladas e nós fazemos coletas de sangue e urina para exames clínicos e também realizamos exames neurocomportamentais e psicotécnicos para, assim, estabelecer qual é a menor concentração de etanol que leva um indivíduo a ter prejuízo cognitivo, como nos seus reflexos e na sua capacidade motora, por exemplo.


Mães temem comparação com outras e mentem sobre criação dos filhos, diz pesquisa

As mães são pressionadas a se adequar a um ideal

Mães tendem a omitir fatos sobre a criação de seus filhos quando conversam sobre o assunto com outras mães, segundo um levantamento feito por um site britânico.

Elas não revelam, por exemplo, a quantidade real de horas que as crianças passam em frente à TV ou o que os filhos realmente comem - revelou uma pesquisa britânica.
Estas omissões, ou mesmo "mentiras", também se aplicam a questões como quanto tempo passam com o parceiro, revelou o estudo, feito pelo site Netmums.
A pesquisa contou com a participação de cinco mil pessoas.
O site britânico, que oferece suporte e aconselhamento sobre assuntos ligados à maternidade e à educação dos filhos, disse que com frequência mães sofrem pressão para se adequar a um ideal de perfeição, e que, por isso, acabam omitindo fatos sobre a educação dos filhos.
"As mães precisam ser mais honestas umas com as outras", disse Siobhan Freegard, uma das fundadoras do site Netmums, que possui 840 mil membros em vários pontos da Grã-Bretanha.
O site está pedindo que as pessoas sejam mais honestas ao descrever sua vida familiar para que as mães não se sintam forçadas a se enquadrar em padrões idealizados de maternidade.

Dormindo ou fazendo bolo?
Quase dois terços dos entrevistados disseram que tinham sido pouco francas ao descrever quão bem estavam lidando com as dificuldades da vida familiar e quase a metade omitiu preocupações financeiras.
Cerca de um quarto das mães admitiu não dizer a verdade sobre quantas horas de televisão as crianças assistem. E um quinto exagerou a quantidade de tempo dedicado a brincadeiras com as crianças.
Freegard citou o caso de uma mãe que, exausta, decidiu voltar para a cama durante o dia. Quando lhe perguntaram por que não havia atendido o telefone, ela disse que estava fazendo biscoitos e que suas mãos estavam cobertas de farinha.
Segundo os autores do estudo, outra situação comum em que mães são pouco francas é em conversas com outras mães no portão da escola.
Muitas mães não se sentem à vontade quando comparadas à outras e esse sentimento de inadequação seria resultado de pressão social: mais de nove entre dez entrevistadas admitiram comparar-se a outras mães.
O site está lançando uma campanha que incentiva os pais a aceitarem a realidade que vivem, ao invés de se sentirem mal por não poderem se adequar a um mito de perfeição.

"A imperfeição nos torna humanos", disse Freegard.

Forte Pressão
Uma das entrevistadas, identificada como Becky, disse que era difícil ser honesta: "Minha amiga estava me dizendo que limitava o acesso do filho ao Playstation e eu concordei, dizendo que meu filho também só jogava uma hora por dia, depois de fazer a lição de casa".
"Depois de dizer isso, me senti mal por não dizer a verdade", a mãe acrescentou.
"É muito difícil levantar a mão e admitir que você educa seus filhos diferentemente dos seus amigos".
O sociólogo e especialista em educação na família Frank Furedi disse que os pais sofrem "pressões profundas" da sociedade.
Ele acrescentou que, mesmo com as melhores intenções, relatórios como o estudo feito pelo site Netmums aumentam a pressão sobre os pais.
"Pais são sempre julgados, de uma forma ou de outra - incluindo por meio deste estudo. A solução real é deixar os país à vontade e publicar menos pesquisas".
A psicóloga Linda Papadopoulos aconselhou aos pais que deixem de comparar-se uns aos outros.
"Você está competindo com ninguém além de você mesmo - tudo o que você pode fazer é buscar o melhor para você e seu filho".

Sean Coughlan


BBC Brasil

Menina é sequestrada no DF e encontrada em Goiás



Vizinha é suspeita de raptar a criança para pedir esmolas nas ruas.
Ela contou que pegou a criança para protegê-la de morador de rua.


Uma criança de cinco anos foi levada de Samambaia (DF) no final do ano passado e encontrada esta semana em Luziânia (GO). Segundo a polícia, a menina foi raptada para pedir esmolas. A mulher suspeita do sequestro foi presa.
A menina brinca na delegacia, alheia ao que aconteceu. A roupa da criança ainda é a mesma de 19 dias atrás, quando foi levada do parquinho perto de casa na QR 829 em Samambaia, cidade próxima a Brasília.
Logo que a denúncia do sequestro chegou à polícia, uma vizinha que morava na mesma rua que ela já era a principal suspeita, pelo relato de testemunhas. A foto dela foi divulgada junto com o mandado de prisão.
Um telefonema de uma moradora de Luziânia ajudou a resolver o caso. Ela viu a suspeita de sequestro andando pelas ruas da cidade com a menina pedindo esmolas. Dois agentes foram para a cidade, eles passaram o dia investigando e encontraram a criança brincando, tranquilamente, na porta de uma casa. Segundo os policiais, era um barraco na periferia em péssimas condições de higiene, sem energia elétrica e cheio de ratos e baratas.
A suspeita do crime está presa e tem uma história intrigante. Ela já perdeu a guarda de uma filha de 13 anos porque usava a criança para mendigar. Desta vez, ela contou para a polícia que pegou a menina para protegê-la de outro morador de rua. “Ninguém mexeu com a criança, ela estava bem guardada. Eu não entreguei a menina para a mãe porque estava sem dinheiro para leva a criança”, conta a suspeita do sequestro.
“Ela foi vista no dia 3 deste mês com a criança no Pistão Sul de Taguatinga (DF). Com certeza alguém falou que a polícia estava procurando por ela e pegou a criança e foi esconde-la em Luziânia”, afirma o delegado Mauro Aguiar.
No fim da tarde de terça-feira (18), foi a avó Maria Luzia das Chagas apareceu na delegacia para buscar a criança. “A gente achava que a criança já estava morta”, desabafa.
A mulher suspeita do sequestro foi encaminhada ao presídio feminino enquanto aguarda julgamento. Ela foi indiciada por sequestro e cárcere privado e pode pegar de dois a oito anos de prisão.


G1

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Casal é preso por abusar sexualmente de menores



Um casal foi preso pela Polícia Civil de Trindade, por volta das 12 horas de desta terça-feira (18), acusado de estupro de vulnerável e indução a lascívia.
Segundo a acusação, a mãe, L. M., consentia com os estupros das filhas, de 12 e 9 anos, pelo padrasto, W.V.M.. As duas meninas e seus três irmãos também teriam sido obrigados a assistir às cenas de sexo do casal.
A investigação começou em dezembro. As crianças foram encaminhadas para um abrigo de menores.
A Polícia descobriu ainda que a filha mais velha de L., de 14 anos, está grávida, supostamente do antigo parceiro da mãe.

Agência Goiana de Comunicação



maisgoiás

Ex-deputado que matou duas pessoas vai a júri popular no PR

A Justiça do Paraná determinou nesta terça-feira (18) que o ex-deputado estadual do Paraná Fernando Ribas Carli Filho vai à júri popular

Fernando Ribas Carli Filho foi denunciado por duplo homicídio qualificado
A Justiça do Paraná determinou nesta terça-feira (18) que o ex-deputado estadual do Paraná Fernando Ribas Carli Filho vai a júri popular. A determinação foi feita pela 2ª Vara do Tribunal do Júri de Curitiba.
Carli Filho foi denunciado por duplo homicídio qualificado com dolo eventual [caso em que a pessoa [caso em que a pessoa não tem, propriamente, a intenção de cometer o crime, mas assume o risco de sua ocorrência].
Ele renunciou ao mandato quando a Assembleia Legislativa se preparava para instaurar um procedimento no Conselho de Ética, com o objetivo de cassar seu mandato. Após renunciar, Carli Filho manteve os direitos políticos.

Relembre o caso
Fernando Ribas Carli Filho é acusado de ter atropelado e matado Gilmar Rafael Yared, 26 anos, e Carlos Murilo de Almeida, 20 anos, em maio de 2009, em Curitiba, Paraná. Laudos apontaram que no momento do impacto, o ex-deputado dirigia a uma velocidade entre 161 km e 173 km por hora. No local do acidente, a velocidade máxima permitida é de 60 km/h. Ele também estava com a carteira de habilitação suspensa em razão de somado 130 pontos por várias infrações.
Após deixar o hospital, o ex-deputado estadual depôs à polícia em um hotel de São Paulo. Ele afirmou que não se lembrava do que aconteceu na noite do acidente. Carli Filho disse não se lembrar também se consumiu bebida alcoólica.

Cachorro que velava túmulo da dona em Teresópolis é adotado e foge


RIO - O cachorro que velava o túmulo de sua dona , morta em decorrência das fortes chuvas que atingiram a Região Serrana do Rio, foi adotado por uma família do Rio no domingo, mas acabou fugindo em seguida, já na segunda-feira. A nova dona, Marcia Xerez, moradora da Barra da Tijuca, está em busca de informações sobre o paradeiro do cão sobrevivente, que já era chamado de Herói. ( Leia também: Protetores dos animais recolhem doações para ajudar pessoas e bichos na Região Serrana )
Marcia contou que conheceu Caramelo, como era chamado no abrigo onde estava, por uma foto tirada por uma amiga que foi entregar donativos no local.
- Vi a foto e fiquei impressionada com a tristeza do olhar dele. Pensei: 'Vou pegar esse bichinho pra mim'. No dia seguinte, fui para Teresópolis com um amigo. Só lá que conheci a história dele. Todos comentavam: 'Esse é o cachorro que ficou ao lado do túmulo'. Aí quis mais ainda ficar com ele porque ele merecia ter uma vida feliz - relatou ela.
Segundo Marcia, o vira-lata ainda estava muito assustado quando chegou, e por isso ela decidiu deixá-lo livre para se ambientar no novo lar:
- Ele estava muito cansado, triste, não quis comer a ração. Fiz comida e ele dormiu. Deixei-o livre para se ambientar em casa, poder circular. Quando desci vi que ele não estava mais. Meu porteiro disse que ele fugiu quando o portão abriu para um carro sair.
Herói estava com uma coleira preta com detalhes em vermelho e laranja quando fugiu. Quem tiver informações pode entrar em contato com Marcia pelo telefone (21) 7829 6779


O Globo

Falta de civilidade atrapalha autoridades e prejudica o patrimônio público


Em Porto Alegre, deverá ser lançada nas próximas semanas uma campanha destinada a combater a má-educação urbana

Em um ano, a Brigada Militar recebe mais de 300 mil trotes no Estado. Todos os meses, 6,6 mil orelhões são danificados. Diariamente, mais de 400 motoristas são multados por estacionar o carro em local proibido.
Os números escancaram como a falta de civilidade conturba a vida de gaúchos e brasileiros, desafiando sociedade e autoridades a encontrar soluções. Em Porto Alegre, deverá ser lançada nas próximas semanas uma campanha destinada a combater a má-educação urbana.
Na semana passada, a pichação da chaminé da Usina do Gasômetro – um dos cartões-postais da Capital – se transformou em mais uma evidência da falta de cuidado da população com o patrimônio público. No mesmo dia, nove toneladas de lixo foram retiradas do Delta do Jacuí, e ladrões furtaram parafusos da canalização do Conduto Álvaro Chaves. Consultas a órgãos públicos e empresas privadas, porém, mostram que o impacto das más ações é bem mais amplo.
Embora não exista uma contabilidade global dos prejuízos financeiros e morais provocados pela incivilidade, é fácil perceber o custo social gerado pelo registro de 37 trotes a cada hora para o telefone de emergência da Brigada Militar – que muitas vezes resulta na mobilização inútil de homens e viaturas, além de ocupar linhas telefônicas prioritárias. Para a historiadora e cientista política da Universidade Luterana do Brasil (Ulbra) Ana Simão, a origem de comportamentos como esse está na relação do cidadão comum com o Estado.
— A sociedade não percebe o que é público como seu. O resultado disso é a necessidade de que o Estado esteja presente em tudo o tempo inteiro — avalia, lembrando que o perfil patrimonialista do Estado brasileiro reforça esse sentimento.


Zero Hora

Suje suas mãos


Tempo de férias para a meninada. As famílias mais pobres aproveitam para incorporar toda a turma à labuta para uma graninha extra. Aquelas em melhores condições financeiras, ficam a buscar o que fazer com os que não estão na escola.
O livro de Matthew Crawford sobre a importância de se trabalhar com as mãos no mundo contemporâneo foi inspirador deste texto. Assim como ele, também percebo o quanto deixamos de lado os trabalhos manuais. Nossa vida está repleta de equipamentos, todos eles enlatados, hermeticamente fechados, de tal forma que não nos resta alternativa a não ser trocar tudo quando algum desses aparelhos quebra. Não experimentamos futucar nada!
Bom exemplo disso são os carros, hoje quase todos computadorizados. Alguns modelos já nem vêm com aquela varetinha para controle do nível óleo. Tudo está num painel informatizado. Muitos jovens já adquirem os seus primeiros carros com ar condicionado e, fechados nestes e com um som nas alturas, nem ouvem o barulho do motor, o que não permite ao motorista-aprendiz "sentir" o ruído do carro e, assim, compreender melhor como ele funciona. Nada disso importa, basta rodar. Quebrando, trocam-se as peças por inteiro. Isso vale para carros, geladeiras, liquidificador, som, qualquer coisa.
Também nossas escolas pouco valorizam os trabalhos manuais ao longo do ano. É sempre muito aula-conteúdo! Hoje, muitas crianças têm até nojo de pegar em barro, não gostam de se melar, não caminham descalças, não sabem apertar um parafuso, não observam a lua e as estrelas, não trepam mais em árvores - verdade que estas cada vez mais raras!
Experimentar essas sensações é algo que nos dá outra dimensão da vida e possibilita outra relação com os saberes e conhecimentos. Fazer experimentos científicos com coisas simples, construir bugigangas com sucatas, montar um radinho de galena (será que você sabe o que é isso?!) e tantas outras pequenas coisinhas, vão possibilitando uma formação científica mais ampla, uma relação mais direta com a natureza e o ambiente e, desse modo, uma formação mais sólida em todos os campos. Mas não tenhamos saudosismo dessas atividades manuais em contraposição aos avanços tecnológicos, principalmente das comunicações, com destaque para a internet. Resgatar essas práticas manuais é absolutamente compatível com uma plena imersão no universo da cibercultura. Navegue pela internet e encontre pistas de "Como as Coisas Funcionam", descubra o tal radinho de galena e tente fazer um, passeie pelos sites em busca de experiências e técnicas para consertar as coisas.
Uma forte articulação entre educação, cultura, ciência e tecnologia pode contribuir para que suas férias sejam mais bacanas, além de contribuir para pensar em escolas que se constituam em ricos espaços formativos dessa juventude, que é estimulada a fazer poucos trabalhos manuais e a pouco criar. Uma juventude que, na primeira necessidade, compra tudo pronto!
Nestas férias, role no chão, trepe em árvore e, se possível, participe de colônias de férias, mas escolha as mais rústicas - não pense em hotel cinco estrelas, com tudo à mão -, privilegie a experiência de viver o coletivo, em situações mais próximas da realidade de boa parte da população brasileira. Futuque um jardim ou a horta da comunidade. Pegue um aparelho velho quebrado e desmonte-o, olhe as peças, tente dar outra utilidade para elas. Faça experimentos, faça arte. Dispa-se das resistências e aproveite a vida simples, com as mãos meladas de barro ou de graxa.

Nelson Pretto
De Salvador (BA)

Nelson Pretto é professor associado da Faculdade de Educação/UFBA. E-mail: nelson@pretto.info


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