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sexta-feira, 9 de novembro de 2012
Menina de 13 anos teria sido forçada a fazer sexo oral em dois colegas de turma
A Delegacia da Criança e Adolescente Vítima (DCAV) e a Secretaria municipal de Educação investigam a denúncia de que uma estudante de 13 anos foi forçada por cinco colegas do 7 ano do ensino fundamental — todos também menores de idade — a praticar sexo oral em dois deles, dentro da sala de aula, numa escola municipal na Tijuca. O caso foi registrado na polícia como estupro.
De acordo com a estudante, por volta das 15h do último dia 16 ela estava sentada numa cadeira no fundo da sala de aula, durante um tempo vago. De repente, uma menina e quatro meninos, com idades entre 13 e 15 anos, chegaram e a empurraram, ordenando-lhe que praticasse sexo oral nos meninos.
Puxando a vítima pelos cabelos, a garota levou sua cabeça até as partes íntimas dos alunos. Quando ia praticar o ato no terceiro colega, ela conseguiu correr.
"Para com isso, não quero! Isso é nojento", foi o que a vítima diz ter gritado. Depois do fato, a menina que teria participado do abuso foi até a diretoria e contou que a colega praticou sexo oral nos meninos por vontade própria — sem informar sobre a agressão.
A mãe da garota abusada diz não ter sido comunicada pela escola sobre o episódio. Desesperada, a menina chegou a escrever uma carta de suicídio, descoberta por um professor.
Sindicância foi aberta
Através de nota, a Secretaria municipal de Educação informou que a 2 Coordenadoria Regional de Educação (CRE) abriu uma sindicância administrativa para apurar o caso. A assessoria de imprensa do órgão afirma que "A diretora da unidade escolar procurou a 2ª CRE tão logo soube do ocorrido". Diz ainda que "Os alunos envolvidos no caso, a mãe da adolescente e a diretora já foram ouvidos, preservado o sigilo necessário".
De acordo com o delegado Marcelo Maia, titular da DCAV, o caso está sendo investigado como estupro de vulnerável. A ocorrência foi registrada na delegacia em 31 de outubro. Alguns dos acusados já foram ouvidos. O delegado informou ainda que, até o início da próxima semana, o inquérito deverá ser encerrado.
Entrevista com a mãe da vítima
Como a senhora soube do que aconteceu?
Vi que ela estava estranha, quis ficar na casa da avó, matou aula. Aí, liguei para o colégio e disseram que ela não ia há três dias. Eles não me contaram nada. Tinham de ter me contado na hora. Só soube por causa da carta (de suícidio). Veio uma pessoa da escola trazê-la em casa no dia (do fato). Fui até a escola saber o que tinha acontecido. Me disseram "Mãe, fica tranquila, que foi só um namoro". Depois, pressionei minha filha e ela acabou contando tudo.
Como sua filha está?
Quando ela saiu do psicólogo (que a entrevistou na delegacia), ele me disse que ela precisava de apoio, para não deixá-la sozinha, porque ela estava com um pensamento suicida. Ela citou vários jeitos de como poderia se matar, como se jogar de um ônibus em alta velocidade, se jogar da varanda.
Qual punição a senhora espera para os menores?
Não sei. Não consigo pensar. Qualquer punição é pouca para o que minha filha vai passar.
Como é para uma mãe saber de um fato desses?
Não sei nem o que pensar.
Extra Online
Polícia investiga morte de bebê deixado no carro em Volta Redonda
Menina ficou quatro horas em carro estacionado e chegou morta a hospital.
Caso ocorreu no fim da tarde de quinta-feira (8), no bairro de Água Limpa.
A polícia investiga a morte de um bebê de 10 meses, no fim da tarde desta quinta-feira (8), em Volta Redonda, no Sul Fluminense. O pai, um empresário, esqueceu a criança por quatro horas dentro do carro, estacionado no bairro Água Limpa. Ele chegou a ser detido, mas foi liberado após pagamento de fiança.
A menina Manuella Mantila Sueth foi levada pelo próprio pai para o hospital, mas já chegou sem vida, com sinais de asfixia. De acordo com o Globo Notícia, o pai contou na delegacia que esqueceu da filha porque não tinha o hábito de levá-la à creche. Ele disse que só lembrou que havia esquecido do bebê no carro quando a mãe telefonou questionando a ausência de Manuella na creche. O empresário afirmou, ainda, segundo a TV Rio Sul, que não tinha costume de levá-la para a creche.
O empresário foi detido, indiciado por homicídio culposo (sem intenção de matar) e liberado depois do pagamento de fiança de R$ 12.440.
A menina vai ser enterrada na tarde desta sexta-feita (9). Nesta manhã, Manuella era velada na capela Mortuária do bairro Aterrado. O enterro está marcado para as 16h no Cemitério Portal da Saudade.
G1
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quinta-feira, 8 de novembro de 2012
Defesa dos Animais terá mais uma unidade de atendimento
A Secretaria de Proteção e Defesa dos Animais inicia hoje, dia 5, em sua unidade de Bonsucesso, atendimento clínico veterinário gratuito para cães e gatos.
Inicialmente, serão dez atendimentos diários, não sendo necessário marcar consulta. Serão distribuídas senhas e os atendimentos serão realizados de acordo com a ordem de chegada. O centro já realiza cirurgias de esterilização gratuitas em cães e gatos de moradores do município do Rio de Janeiro, de segunda a sexta-feira.
O agendamento para as cirurgias é realizado no local, todas as sextas-feiras, às 8h. A unidade está localizada na Avenida Brasil, 6.475.
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Elize Matsunaga comprou serra antes de matar marido, diz babá
Funcionária prestou depoimento de duas horas à polícia
SÃO PAULO – A babá Mauricéia José Gonçalves dos Santos prestou novo depoimento de cerca de duas horas na tarde de quarta-feira e afirmou que a técnica em Enfermagem Elize Matsunaga comprou uma pequena serra elétrica portátil horas antes de matar o marido, o empresário Marcos Kitano Matsunaga. Mesmo que a serra não tenha sido usada, ganha força a versão da promotoria de que crime foi premeditado.
Segundo a polícia, Elize matou o marido com um tiro e depois o esquartejou no apartamento em que o casal morava, na Zona Oeste de São Paulo. O inquérito do caso foi reaberto a pedido do Ministério Público, que acredita que Elize teve ajuda para matar Marcos. O advogado de Elise nega.
Segundo o advogado da família de Marcos, Luiz Flávio Borges D'Urso, que acompanhou o depoimento, a babá disse que ela, Elize e a filha do casal pararam em uma loja de ferramentas antes de embarcarem de Cascavel, no interior do Paraná, para São Paulo, e compraram uma serra.
Elize teria aberto o pacote da serra e colocado em uma mala, na frente da babá. Ao chegar em casa, a babá tirou a serra da mala para guardá-la. Elize teria pedido a Mauricéia para deixar a ferramenta em cima da cama. Segundo a babá, a família tinha uma serra idêntica a que foi comprada por Elize.
O Globo
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Ex-mulher de Bruno fala à polícia sobre morte de irmã de 'babá'
Dayanne Rodrigues chegou à delegacia de Ribeirão das Neves.
Segundo a polícia, Graziele Beatriz Leal foi confundida com Geisla.
A ex-mulher do goleiro Bruno Fernandes, Dayanne Rodrigues, presta depoimento na manhã desta quinta-feira (8) na Delegacia de Homicídios de Ribeirão das Neves, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. De acordo com a Polícia Civil, ela depõe a respeito do inquérito da morte da irmã da mulher que cuidou do filho do goleiro com a ex-amante, Eliza Samudio. O fato aconteceu na mesma época do desaparecimento de Eliza.
O delegado Márcio Rocha disse que Dayanne foi intimada para confirmar ou refutar as declarações do atleta e do principal suspeito do crime. O suspeito declarou à polícia que Bruno é o mandante do assassinato e que a vítima era babá dos filhos de Dayanne, no Rio de Janeiro.
Suspeitos
Três homens estão em prisão temporária por suspeita de matar a "babá". O último a ser preso, foi capturado no dia 22 de outubro. Segundo o delegado, naquele dia, o suspeito apontado pela polícia como mandante do assassinato de Graziele, disse que Bruno estaria envolvido com o crime. Conforme a corporação, ele afirmou ainda que o atleta tinha mandado matar Graziele porque ela "sabia demais" e tinha atuado como babá de suas duas filhas com Dayanne.
Para Rocha, o suspeito pode ter citado Bruno no caso para tirar o foco de si. O delegado diz que não pretende mais ouvir o goleiro nessas investigações e que faltam poucas semanas para conclusão do inquérito e indiciamento dos três suspeitos.
Com o depoimento desta terça-feira (6), o delegado afirmou que a primeira linha de investigação está mantida: a de que os três suspeitos assassinaram Graziele por engano, quando, na verdade, queriam matar sua irmã Geisla, que devia a eles R$ 600. Tanto Geisla quanto os três estavam envolvidos em um mesmo grupo de tráfico de drogas, de acordo com a polícia. O delegado disse que há provas materiais, testemunhais e motivação que sustentam esta tese.
A morte
Segundo a Polícia Civil, Graziele Beatriz Leal foi morta na casa de Geisla, no bairro Liberdade, na em Ribeirão das Neves, na Grande BH, em janeiro de 2011. A polícia afirmou que Geisla Leal estava sendo procurada pelos suspeitos por um suposto envolvimento com tráfico de drogas.
Geisla é uma das pessoas citadas no processo de desaparecimento e morte de Eliza Samudio. Segundo a polícia, ela teria cuidado do filho de Eliza no início de junho de 2010, mesma época em que a jovem desapareceu.
G1
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quarta-feira, 7 de novembro de 2012
Usuários de crack fogem pela Avenida Brasil durante ação da prefeitura no Parque União
Cinquenta pessoas foram acolhidas nesta manhã
RIO - Pelo menos 47 adultos e três adolescentes foram recolhidos na manhã desta quarta-feira durante operação de combate ao crack da Secretaria municipal de Assistência Social no Parque União, às margens da Avenida Brasil, na Zona Norte do Rio. Com a chegada dos 20 agentes que participaram da ação, a maioria dos usuários fugiu, correndo pelas pistas da Avenida Brasil. De acordo com os agentes, eles gritavam "olha o recolhimento" enquanto seguiam entre os carros. Já do outro lado da Avenida Brasil, o grupo teria atirado pedras contra motoristas, que ficaram assustados. O trânsito ficou complicado na região .
VEJA COMO FOI A AÇÃO NA CRACOLÂNDIA DO PARQUE UNIÃO
A operação contou com apoio de policiais da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente, da Delegacia do Adolescente Vítima e do 22º BPM (Maré).
Os acolhidos foram encaminhados para as centrais de recuperação em Paciência, na Ilha e no Centro. De acordo com a assistente social Daphne Braga, a operação no Parque União é complicada devido ao difícil acesso ao local por conta do trânsito e da grande movimentação de pessoas:
— É um trabalho que a gente faz diariamente, há um ano e meio, e o Parque União é uma área de migração. Os usuários daqui vieram de outros locais, expulsos das áreas de pacificação.
Segundo a assistente social, os usuários do Parque União são, na maioria, adultos, do sexo masculino e sem família. Ela conta ainda que reduziu o número de crianças e adolescentes usuários da droga.
O Globo
segunda-feira, 5 de novembro de 2012
Juiz repreende advogada e mãe de Cepollina por abordagem em júri
Magistrado solicitou que Liliane Prinzivalli fizesse perguntas diretas.
Justiça julga Carla Cepollina por morte de coronel Ubiratan Guimarães.
O julgamento da advogada Carla Cepollina, acusada de matar o coronel Ubiratan Guimarães, começou na tarde de segunda-feira (5) com o juiz que preside o júri repreendendo a advogada de defesa, Liliana Prinzivalli, por uma suposta tentativa de influenciar testemunha no interrrogatório. A defensora Liliana é mãe da ré.
O julgamento ocorre desde 16h20, no Fórum Criminal da Barra Funda, na Zona Oeste de São Paulo. A advogada Carla Cepollina é acusada de ter matado o coronel quando ele era seu namorado, em setembro de 2006. Carla sempre negou o crime.
Logo no começo do júri, a defesa de Carla Cepollina dispensou as cinco testemunhas que havia convocado. Com isso, os jurados irão acompanhar apenas os depoimentos de três testemunhas, todas de acusação.
Primeira testemunha
A primeira pessoa a ser ouvida foi a pianista Odete Campos, vizinha do coronel, de 85 anos. Ela contou aos jurados que, no dia do assassinato, ouviu um barulho "estridente", semelhante ao de uma pilha de pratos caindo ou ao de uma pedra jogada na janela.
Entretanto, após ser questionada pelo promotor se era barulho de tiro, ela disse que não se lembrava dos fatos. Ela afirmou se recordar que o barulho teria ocorrido à noite, quando ela assistia a uma novela.
Ainda na opinião de Odete, o prédio era seguro. A advogada de defesa questionou se Odete se lembrava de invasões à garagem do edifício e a pianista disse que não se recordava.
A mãe de Carla foi interrompida ao menos três vezes pelo juiz por sua abordagem à testemunha. O magistrado pediu que Liliana fizesse perguntas diretas e não fornecesse informações que pudessem influenciar o relato da pianista.
Durante uma sequência de perguntas na qual Liliana dá a entender que a morte teria ocorrido no domingo, e não no sábado, dia 9 de setembro de 2006, o promotor Calsavara e Liliana se desentenderam. "Eu não estou mentindo. Quem mente é o senhor", afirmou Liliana.
Após a testemunha ser ouvida, foi realizada a primeira pausa no julgamento.
Previsão
A previsão inicial era que o julgamento durasse cinco dias, segundo estimativa do promotor João Carlos Calsavara. O promotor afirmou que defenderá a tese de homicídio triplamente qualificado, por motivo torpe, fútil e recurso que impossibilitou a defesa da vítima.
Ubiratan foi assassinado na noite de 9 de setembro de 2006 em seu apartamento, nos Jardins, em São Paulo. Segundo o Ministério Público, Carla atirou no namorado motivada por ciúmes. A advogada atendeu a um telefonema de uma delegada da Polícia Federal que era um "affair" de Ubiratan, segundo a acusação. O tiro atingiu o abdômen do coronel. A arma usada seria da própria vítima, um revólver calibre 38, e jamais foi encontrada.
Ciúmes
"A acusada se mostrou na situação uma mulher ciumenta e que estava querendo pautar a vida do coronel. E isso que desencadeou todo o crime", afirma Calsavara. Segundo o promotor, Carla chegou naquela noite a trocar uma mensagem passando-se por Ubiratan com a delegada. ]
Ele destaca ainda traços de possessividade no caráter da advogada e que ela passou a decidir coisas da vida do coronel. “Ela comprava alimentos, remédios, trocou as chaves dias antes, a empregada ela que arrumou”, afirma Calsavara. A expectativa é que ela possa pegar pena de até 30 anos de prisão.
Testemunhas
A oitiva das testemunhas será a primeira etapa do julgamento e deverá ocupar os primeiros dias do júri. Em seguida, Carla Cepollina será ouvida. Apenas depois os advogados vão expor suas teses aos jurados e estes decidirão pela condenação ou absolvição de Carla.
Segundo o Ministério Público, a delegada é a principal prova do crime. Ela foi convocada como uma das cinco testemunhas de acusação. Poderão estar presentes também dois delegados, uma moradora do prédio e um perito que realizou um teste sonoro no apartamento. A defesa também arrolou testemunhas.
Arquivamento
O Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), que investigou o crime, resolveu indiciar Carla pela morte. Entretanto, no dia 30 de outubro de 2008 o processo foi arquivado pelo juiz Alberto Anderson Filho.
Em sua decisão, o magistrado entendeu que não havia provas suficientes para indiciá-la. Em junho de 2010, a Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo decidiu que a advogada fosse submetida a júri popular.
Ubiratan foi o comandante da invasão do presídio do Carandiru, na Zona Norte de São Paulo, em 1992, quando 111 presos foram mortos pela Polícia Militar. O coronel chegou a ser condenado pela Justiça a 632 anos de prisão, mas foi absolvido pelo órgão especial do TJ-SP. À época de sua morte, Ubiratan era deputado estadual. Seu corpo foi encontrado por assessores no dia 10 de setembro, um dia após o assassinato.
G1
Chuva com granizo maior que ovo causa destruição em Santa Catarina
'Parecia o dia do fim do mundo', relembra moradora da cidade de Timbó
Santa Catarina - Uma forte tempestade de granizo atingiu a cidade de Timbó, no Vale do Itajaí, a 35 km de Blumenau (SC), neste domingo. Segundo a Defesa Civil do estado, a chuva deixou casas destelhadas, derrubou árvores centenas de pessoas do município sem luz. "O granizo era do tamanho de um ovo, tinha até maior", revelou Cristine Berri, moradora do bairro Imigrantes, em Timbó.
"Parecia o dia do fim do mundo. No final do dia, começou a ventar e começou uma chuva de pedra, disseram que (o vento) estava a 123 km/h. Ficamos assustadas. Nunca tive tanto medo", disse.
Cristine contou ainda que muitas pessoas precisaram se abrigar numa igreja até o temporal acabar. O momento, agora, segundo ela, é de contar os prejuízos em casa. "As telhas estão quebradas. Na nossa casa foram mais de 500 telhas. E não estamos encontrando material disponível para reconstruir. Conseguimos com pessoas próximas. Alguns carros foram amassados", lamentou.
Sem água e serviços
De acordo com a Defesa Civil de Timbó, o temporal começou por volta das 20h e se intensificou minutos depois, causando deslizamento de terra, alagamento de rua e derrubando muro das casas nos 30 minutos de duração.
Ainda segundo o órgão, a cidade ficou completamente no escuro e, em determinadas regiões, ela voltou somente na madrugada. No Circo do Biriba, a lona montada ficou com muitos buracos por causa do granizo.
"A cidade ficou completamente no escuro e em determinadas regiões ela voltou somente na madrugada", informou o comunicado da Defesa Civil. "Por causa das chuvas a captação de água foi atingida e o Samae pede para que a população economize água, que o abastecimento deve se normalizar até o final do dia", completou a nota.
A Prefeitura está realizando um cadastro das pessoas que precisam de alguma ajuda. Elas devem entrar em contato com a Defesa Civil.
O Dia Online
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Programa contra crack foi feito com dados de 4 Estados
Recursos previstos são de R$ 4 bilhões
O programa nacional de combate ao crack, lançado há um ano pela presidente Dilma Rousseff e com recursos previstos em R$ 4 bilhões, é um tiro no escuro. Foi feito com base em números escassos, que nem de longe retratam a realidade dos usuários no País ou o universo de cracolândias. O Estado teve acesso aos documentos preparatórios do plano "Crack, é possível vencer".
"A estratégia foi pensada a partir de uma pesquisa nacional realizada pela Fiocruz, que mapeou os locais de maior concentração de uso de crack nos Estados", diz o documento assinado pelo Departamento de Políticas, Programas e Projetos, do Ministério da Justiça. No entanto, o governo tem nas mãos dados de apenas quatro Estados, pois comandantes de 23 PMs não forneceram estatísticas sobre o crack — incluindo São Paulo, Minas, Rio, Paraná e Mato Grosso. Os dados coletados são referentes só à quantidade de pontos de venda e de usuários.
O levantamento com Secretarias de Segurança dos Estados não é diferente e reuniu dados precários. O Distrito Federal, por exemplo, informou que tem apenas 220 usuários da droga. Goiás alega ter 56. Mato Grosso do Sul, 120. Oito Estados nem sequer forneceram informações. São Paulo respondeu parcialmente, sugerindo foco na capital do Estado.
"Conclui-se que os Estados não têm dados mapeados sobre a quantidade real de usuários de crack (até porque a polícia não faz distinção entre usuário e traficante, obtendo dados de pessoas detidas), mas dados de quantidade de apreensão de droga e de prisões efetuadas pelas Polícias Civil e Militar e dados estimados de usuários das cenas de uso", diz o relatório do Ministério da Justiça.
O professor de psiquiatria da Unifesp Universidade Federal de São Paulo, Dartiu Xavier diz que o País não tem dados precisos sobre esse tipo de droga.
—Constata-se que não sabemos qual é a real dimensão do crack no País.
O médico, que há 15 anos dirige o Proad (Programa de Orientação e Atendimento), questiona o caráter de "epidemia" que foi conferido ao problema e a pressa com que o programa foi lançado.
Xavier afirma que o retrato do crack no Brasil só deverá ser traçado por uma pesquisa encomendada pelo governo à Fundação Oswaldo Cruz, ainda em andamento.
—O estudo é sério, muito bem feito, mas foi atropelado.
A atividade teve de ser interrompida em alguns pontos do País, depois de ações policiais que dissolveram as comunidades, como em São Paulo.
No papel
Os documentos indicam ainda que a atuação das forças de segurança pública neste ano, nas chamadas "cenas de uso", ficou a reboque de ações estaduais. E parte do planejamento para a atuação dos agentes de segurança nesses locais ainda não saiu do papel. O relatório da Secretaria Nacional de Segurança Pública previa, por exemplo, a intervenção em 51 cracolândias de maior concentração de usuários para identificação e prisão de traficantes, além da instalação de 44 bases móveis com videomonitoramento e 1.072 pontos de câmeras fixas.
O pregão para a compra do sistema de captação e transmissão de imagens foi suspenso. As demais licitações para aquisição de veículos, motocicletas e armas de baixa letalidade ainda não foram concluídas. Mas o governo afirma que até o fim do ano entregará todo o material para os Estados. O documento anunciava também ações de inteligência contra o tráfico.
Procurada, a secretária nacional de Segurança, Regina Miki, responsável pelo programa, afirmou que 2012 foi um ano de "amarrar as pontas nas pontas".
—Posso qualificá-lo como um ano de oficina de alinhamento.
Ela ressaltou que o período eleitoral também teria atrasado o cronograma. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.
R7
Após Sandy, frio faz com que milhares precisem de abrigo em NY
Dezenas de milhares de pessoas que tiveram suas casas danificadas pela passagem da supertempestade Sandy pelos EUA poderão precisar de abrigo, à medida que as temperaturas caem no país, alertaram neste domingo autoridades de Nova York.
As temperaturas caíram para 4º Celsius neste domingo, e a previsão é de que cheguem a -1ºC na segunda-feira.
Casas sem aquecimento se tornarão inabitáveis, disse o governador do Estado de Nova York, Andrew Cuomo.
O prefeito da cidade de Nova York, Michael Bloomberg, estima que entre 30 mil e 40 mil pessoas estejam nessa situação.
Segundo Cuomo, moradores que até agora se recusaram a deixar suas casas poderão não ter outra opção.
Cerca de 730 mil pessoas continuam sem eletricidade no Estado de Nova York, sendo mais de 130 mil na cidade de Nova York.
No Estado vizinho de Nova Jersey, cerca de 1 milhão de pessoas continuam sem energia e enfrentam racionamento de gasolina.
Pelo menos 106 pessoas morreram nos EUA devido à passagem da tempestade, na última segunda-feira, sendo 40 delas na cidade de Nova York.
Abrigos
A cidade de Nova York instalou abrigos em áreas sem energia e distribuiu cobertores a moradores que insistem em permanecer em suas casas.
Mas Bloomberg pediu que essas pessoas deixem suas casas se for necessário.
"Você pode morrer de frio. Você pode morrer devido a incêndios causados pelo uso de velas ou fogões para aquecer sua casa', disse o prefeito.
"Se você não sabe para onde ir, pare um policial na rua e diga, 'por favor, me diga para onde ir'. Eles irão ajudá-lo", afirmou.
"Mas nós temos de garantir que você estará seguro por alguns dias e que terá comida e água."
Maratona
Os estragos causados pela tempestade provocaram o cancelamento da tradicional Maratona de Nova York, programada para este domingo.
Mesmo assim, centenas de corredores foram às ruas da cidade em corridas de improviso, para arrecadar fundos ou ajudar no auxílio às vítimas da tempestade.
Os preparativos para as eleições presidenciais de terça-feira também foram afetados.
Em Nova Jersey, os moradores desalojados pela tempestade poderão votar por email ou fax. Segundo autoridades eleitorais, eles serão designados como "eleitores no exterior".
Bloomberg disse que está preparado para fazer todo o possível para ajudar as autoridades eleitorais nesta terça.
Uma semana após a tempestade, o governador de Nova York alertou ainda que, a partir desta segunda-feira, deve haver crescente pressão sobre o sistema de transporte público, à medida que mais pessoas voltarem ao trabalho e que as escolas forem reabertas.
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Bebê nasce sem cérebro e vive milagrosamente por três anos
“Ele nos ensinou a ser uma família”, diz a avó do menino
O americano Nickolas Coke nasceu com anencefalia, condição que significa que ele só tinha o tronco cerebral. Enquanto a maioria das crianças com o problema morre pouco tempo depois de nascer, o menino surpreendeu os médicos ao viver por três anos, segundo noticiou o jornal britânico Daily Mail, com informações do KOAA.com, no Colorado.
“Ele nunca foi ligado a qualquer máquina, tubos, nada”, contou a avó do menino, Sherri Kohut. “Ele nos ensinou tudo, ensinou o amor, como ser uma família”, reforçou.
A avó, que estava com Nickolas quando ele morreu, no dia 31 de outubro, contou que o neto parou de respirar depois que teve dificuldades respiratórias ao longo da manhã. Os médicos tentaram reanimá-lo, mas ele não resistiu.
Durante a pequena vida do garoto, a família fez o que pode para ele, levando-o para viagens em zoológicos, acampamentos - apesar de sua condição, que fazia com que tivesse várias convulsões.
Crianças anencéfalas são incapazes e pensar e ter emoções. Nickolas também jamais poderia falar, comer ou andar. Apesar disso, a família acredita que ele estava crescendo, não só fisicamente, como também mentalmente. “Ele era nosso herói. Ele sempre será lembrado”, diz a avó.
No Brasil, a anencefalia atinge 1 a cada 700 nascimentos. Em abril deste ano, uma decisão inédita do Supremo Tribunal Federal concedeu às mulheres grávidas com fetos anencéfalos o direito de interromper a gravidez. Depois da notícia, o Conselho Federal de Medicina formou uma comissão para esclarecer os critérios de diagnóstico da má-formação.
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A IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO INFANTIL
O mundo todo desperta-se para a importância da educação infantil. Até pouco tempo atrás esse ensino era tido como de menor importância.
Hoje, sabemos que a estimulação precoce das crianças contribui e muito para o seu aprendizado futuro. Desenvolve suas capacidades motoras, afetivas e de relacionamento social. O contato das crianças com os educadores transforma-se em relações de aprendizado.
Uma outra concepção é o desenvolvimento da autonomia, considerando, no processo de aprendizagem, que a criança tem interesses e desejos próprios e que é um ser capaz de interferir no meio em que vive. Entender a função de brincar no processo educativo é conduzir a criança, ludicamente, para suas descobertas cognitivas, afetivas, de relação interpessoal, de inserção social. A brincadeira leva a criança ao conhecimento da língua oral, escrita, e da matemática.
Acompanhando a implantação da nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), o Ministério da Educação (MEC), com o objetivo de assessorar as escolas, elaborou referenciais para um ensino de qualidade da educação básica, os chamados Parâmetros Curriculares Nacionais.
Os Parâmetros não têm caráter obrigatório e servem de orientação às escolas públicas e particulares. Os Parâmetros, assessorando a competência profissional, contribuem para a elaboração de currículos de melhor nível, mais ajustados à realidade do ensino.
Os “Parâmetros Curriculares Nacionais do Ensino Infantil” propõem critérios curriculares para o aprendizado em creche e pré-escola. Buscam a uniformização da qualidade desse atendimento. Os Parâmetros indicam as capacidades a serem desenvolvidas pelas crianças: de ordem física, cognitiva, ética, estética, afetiva, de relação interpessoal, de inserção social e fornecem os campos de ação. Nesses campos são especificados o conhecimento de si e do outro, o brincar, o movimento, a língua oral e escrita, a matemática, as artes visuais, a música e o conhecimento do mundo, ressaltando a construção da cidadania.
O então ministro da Educação, Paulo Renato Souza, ao se referir aos Parâmetros Curriculares do Ensino Fundamental, ponderou: “Passamos a oferecer a perspectiva de que as creches passem a ter um conteúdo educacional e deixem de ser meros depósitos de crianças. Em todo o mundo está havendo a preocupação de desenvolver a criança desde o seu nascimento”.
Dados de 1998, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apenas 25% da população de zero a 6 anos freqüentam creche ou pré-escola. São 5,5 milhões de crianças de um total de 21,3 milhões.
A educação infantil é definida na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) como parte da educação básica, mas não da educação obrigatória. A lei define, também, nas disposições transitórias, a passagem das creches para o sistema educacional. O Ministério da Educação (MEC) determinou que, a partir de janeiro de 1999, todas as creches do País deveriam estar credenciadas nos sistemas educacionais.
Conforme a Lei de Diretrizes e Bases da Educação, cabe aos sistemas municipais a responsabilidade maior por esses atendimento. A Constituição da República diz que “A educação é direito de todos e dever do Estado”. A emenda constitucional n.º 14/96 alterou dispositivos relativos à educação e estabeleceu que a educação infantil é atribuição prioritária dos municípios.
A educação infantil tem-se revelado primordial para uma aprendizagem efetiva. Ela socializa, desenvolve habilidades, melhora o desempenho escolar futuro, propiciando à criança resultados superiores ao chegar ao ensino fundamental.
A educação infantil é o verdadeiro alicerce da aprendizagem, aquela que deixa a criança pronta para aprender.
Izabel Sadalla Grispino
Supervisora de ensino aposentada.
(Publicado em julho/2006)
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domingo, 4 de novembro de 2012
'Temporada de caça' ilegal a aves expõe tráfico de animais no Brasil
O período de vai setembro a dezembro é a época de reprodução da arara e do papagaio-verdadeiro (amazonaaestiva), duas das principais vítimas do mercado negro de animais silvestres no Brasil. Esse é também o período em que as autoridades mais registram ocorrências do tráfico ilegal dessas aves e de outros animais.
Os criminosos retiram as aves de seus ninhos em troncos de árvores enquanto elas ainda estão nos ovos ou não têm penas para voar. Um filhote de papagaio-verdadeiro é vendido aos traficantes, por sitiantes e trabalhadores rurais do interior do país, por cerca de R$ 30. A ave é então revendida ilegalmente pelos criminosos por R$ 150 em feiras do sudeste do país. O filhote também pode receber uma anilha falsa e ser vendido por até R$ 1.000 - como se sua origem fosse um criadouro legalizado. Além das aves, também são vítimas do comércio ilegal animais como cobras, peixes ornamentais, macacos em risco de extinção e até anfíbios - usados em pesquisas científicas por indústrias farmacêuticas. Só neste ano, a Polícia Federal apreendeu em suas operações quase 14 mil animais silvestres. A maior parte deles pássaros - cerca de 13 mil. Apesar de variar muito anualmente, o número de animais apreendidos pelo órgão vem crescendo. Em 2007, foram menos de 500 espécimes recuperados. Os policiais dizem acreditar que o número de animais apreendidos seja apenas uma pequena parte do número de espécimes contrabandeados. O Ibama - órgão responsável pela fiscalização - foi procurado pela BBC Brasil para comentar o assunto, mas decidiu não se manifestar.
Rotas
A maior parte dos animais silvestres apreendidos pela polícia foi capturada por criminosos nas regiões norte e nordeste do país, segundo o delegado Adalto Machado, da Delemaph (Delegacia de Repressão aos Crimes Contra o Meio Ambiente e Patrimônio Histórico) da Polícia Federal de São Paulo. Mas, segundo ele, um grande número de animais também procede de Estados como Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná e até do Uruguai. Depois de capturados por moradores locais, os bichos são vendidos para traficantes que os escondem às centenas em carros de passeio. Na viagem até São Paulo, os animais enfrentam a superlotação das gaiolas, o calor e às vezes até a falta de água e comida. Quando chegam ao local de revenda, os animais normalmente ficam escondidos em cômodos pequenos e sujos. Cerca de 20% deles morrem na viagem ou até dez dias após terem sido apreendidos pela polícia, segundo a veterinária Liliane Milanelo, do Cras (Centro de Recuperação de Animais Silvestres) do governo de São Paulo. "Eles chegam (em centros de recuperação) com elevado grau de estresse, algumas vezes com lesões permanentes, fraturas e olhos furados, devido à aglomeração. Chegam também desidratados, com desnutrição e alguns animais em óbito, infelizmente", disse ela. O delegado Machado afirmou que, segundo investigações da PF, uma parte dos animais silvestres que chegam a São Paulo é enviada ao exterior - principalmente para a Europa e os Estados Unidos. As principais rotas de saída do Brasil são voos para Portugal e rotas terrestres que cruzam as fronteiras com a Argentina e o Uruguai. Recuperação Filhote de papagaio é alimentado por veterinária em centro de recuperação em São Paulo Os animais vítimas de traficantes que são recuperados pela polícia são enviados para centros especiais de recuperação. Neles, são identificados, marcados e separados segundo espécies e idade. Recebem então uma avaliação clínica. Segundo a veterinária Milanelo, os que estão doentes passam por cirurgias ou tratamentos com medicamentos. Aqueles que estão desnutridos ou estressados são submetidos a um processo de reabilitação. Ele inclui treinamentos para obter comida sozinho, voar - no caso das aves - e para evitar a aproximação das pessoas. Os animais aguardam então a formação de lotes para que sejam enviados em grupo aos seus Estados de origem, onde são soltos na natureza. Contudo, segundo ativistas, o Ibama não tem capacidade para dar esse tipo de tratamento a todos os animais apreendidos. O orgão passa por um processo de descentralização, mas ainda não tem locais de reabilitação suficientes para atender a demanda. Para tentar resover o problema, credencia entidades estaduais ou privadas para receber os animais. O Cras (Centro de Recepção de Animais Silvestres) de São Paulo é uma delas. Mas, embora seja uma das mais bem aparelhadas do país, está superlotada. Com vagas para cerca de 1.500 animais, abriga hoje mais de 2.100. Cerca de 500 deles são fruto de uma única apreensão da Polícia Federal, realizada em outubro.
BBC Brasil
Os criminosos retiram as aves de seus ninhos em troncos de árvores enquanto elas ainda estão nos ovos ou não têm penas para voar. Um filhote de papagaio-verdadeiro é vendido aos traficantes, por sitiantes e trabalhadores rurais do interior do país, por cerca de R$ 30. A ave é então revendida ilegalmente pelos criminosos por R$ 150 em feiras do sudeste do país. O filhote também pode receber uma anilha falsa e ser vendido por até R$ 1.000 - como se sua origem fosse um criadouro legalizado. Além das aves, também são vítimas do comércio ilegal animais como cobras, peixes ornamentais, macacos em risco de extinção e até anfíbios - usados em pesquisas científicas por indústrias farmacêuticas. Só neste ano, a Polícia Federal apreendeu em suas operações quase 14 mil animais silvestres. A maior parte deles pássaros - cerca de 13 mil. Apesar de variar muito anualmente, o número de animais apreendidos pelo órgão vem crescendo. Em 2007, foram menos de 500 espécimes recuperados. Os policiais dizem acreditar que o número de animais apreendidos seja apenas uma pequena parte do número de espécimes contrabandeados. O Ibama - órgão responsável pela fiscalização - foi procurado pela BBC Brasil para comentar o assunto, mas decidiu não se manifestar.
Rotas
A maior parte dos animais silvestres apreendidos pela polícia foi capturada por criminosos nas regiões norte e nordeste do país, segundo o delegado Adalto Machado, da Delemaph (Delegacia de Repressão aos Crimes Contra o Meio Ambiente e Patrimônio Histórico) da Polícia Federal de São Paulo. Mas, segundo ele, um grande número de animais também procede de Estados como Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná e até do Uruguai. Depois de capturados por moradores locais, os bichos são vendidos para traficantes que os escondem às centenas em carros de passeio. Na viagem até São Paulo, os animais enfrentam a superlotação das gaiolas, o calor e às vezes até a falta de água e comida. Quando chegam ao local de revenda, os animais normalmente ficam escondidos em cômodos pequenos e sujos. Cerca de 20% deles morrem na viagem ou até dez dias após terem sido apreendidos pela polícia, segundo a veterinária Liliane Milanelo, do Cras (Centro de Recuperação de Animais Silvestres) do governo de São Paulo. "Eles chegam (em centros de recuperação) com elevado grau de estresse, algumas vezes com lesões permanentes, fraturas e olhos furados, devido à aglomeração. Chegam também desidratados, com desnutrição e alguns animais em óbito, infelizmente", disse ela. O delegado Machado afirmou que, segundo investigações da PF, uma parte dos animais silvestres que chegam a São Paulo é enviada ao exterior - principalmente para a Europa e os Estados Unidos. As principais rotas de saída do Brasil são voos para Portugal e rotas terrestres que cruzam as fronteiras com a Argentina e o Uruguai. Recuperação Filhote de papagaio é alimentado por veterinária em centro de recuperação em São Paulo Os animais vítimas de traficantes que são recuperados pela polícia são enviados para centros especiais de recuperação. Neles, são identificados, marcados e separados segundo espécies e idade. Recebem então uma avaliação clínica. Segundo a veterinária Milanelo, os que estão doentes passam por cirurgias ou tratamentos com medicamentos. Aqueles que estão desnutridos ou estressados são submetidos a um processo de reabilitação. Ele inclui treinamentos para obter comida sozinho, voar - no caso das aves - e para evitar a aproximação das pessoas. Os animais aguardam então a formação de lotes para que sejam enviados em grupo aos seus Estados de origem, onde são soltos na natureza. Contudo, segundo ativistas, o Ibama não tem capacidade para dar esse tipo de tratamento a todos os animais apreendidos. O orgão passa por um processo de descentralização, mas ainda não tem locais de reabilitação suficientes para atender a demanda. Para tentar resover o problema, credencia entidades estaduais ou privadas para receber os animais. O Cras (Centro de Recepção de Animais Silvestres) de São Paulo é uma delas. Mas, embora seja uma das mais bem aparelhadas do país, está superlotada. Com vagas para cerca de 1.500 animais, abriga hoje mais de 2.100. Cerca de 500 deles são fruto de uma única apreensão da Polícia Federal, realizada em outubro.
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Fonoaudiólogos querem que bebês de todo o país tenham acesso gratuito ao teste da linguinha
Exame permite diagnosticar precocemente a chamada língua presa
A SBFA (Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia) quer ampliar o acesso de bebês ao teste da linguinha, que permite diagnosticar precocemente a chamada língua presa.
Desde setembro deste ano, uma lei municipal determinou que o teste, criado em 2011, seja oferecido gratuitamente em Brotas (SP). No município, o teste da linguinha está disponível para 25 crianças que nascem, em média, por mês, na unidade hospitalar Santa Therezinha. Agora, a ideia é sensibilizar parlamentares para que o teste possa ser oferecido gratuitamente em todo o país.
A fonoaudióloga Roberta Martinelli, criadora do exame, explica que as alterações do frênulo lingual, que fica embaixo da língua, podem comprometer o desenvolvimento de pessoas da infância à fase adulta. Isso porque a língua presa interfere na maneira de sugar, mastigar, engolir e falar.
Nos recém-nascidos, as limitações dos movimentos da língua podem dificultar a amamentação e levar ao desmame precoce. Roberta destaca que o problema estressa as mães que não entendem porque as crianças mordem o peito com a gengiva, ficam cansadas e mamam com muita frequência. O problema pode estar no frênulo da língua, que dificulta os movimentos para sugar o leite materno. “A maioria das mães não sabe”, disse ela, que apresentou o teste no 20º Congresso Brasileiro de Fonoaudiologia, que termina hoje (3) em Brasília.
Segundo a presidenta da SBFA, Irene Marchesan, que estuda o frênulo da língua em crianças e adultos desde 1983, o ideal é que o exame seja feito no primeiro mês de vida do bebê. Quando necessário, a criança é encaminhada para um procedimento cirúrgico, um pequeno corte na língua, que resolve o problema.
De acordo com Irene, a SBFA quer que haja o treinamento de profissionais para fazerem o teste. Segundo ela, inicialmente, a ideia é capacitar fonoaudiólogos, mas nada impede que no futuro outros profissionais de saúde possam ser preparados também.
De acordo com Roberta Martinelli, não existem estudos recentes para estimar o número de pessoas que têm a língua presa, mas uma pesquisa da Universidade de Cincinnati, nos Estados Unidos, de 2002, constatou que aproximadamente 16% dos bebês com dificuldades com a amamentação tinham a língua presa naquele país. No Brasil, no ano passado, uma pesquisa feita com 100 bebês, em Brotas, constatou que 15% tinham alteração no frênulo.
Segundo ela, em outros países os profissionais da saúde fazem um teste apenas visual no bebê para descobrir se há algum problema. No teste da linguinha, o fonoaudiólogo avalia o frênulo do bebê, observa o movimento da língua enquanto a criança chora e observada a maneira como o bebê mama. “O teste não dói”, destaca Roberta.
R7
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Marca do governo Dilma, Brasil Sem Miséria é alvo de fraudes pelo país
No Pará, prefeito é investigado por entregar casas a pessoas fora da faixa dos beneficiados
REDENÇÃO (PA) E RIO - “Não queria luxo, não. Só sair do aluguel. Aluguel vence muito ligeiro”, diz Maria do Socorro Ribeiro, de 31 anos, inscrita no programa Minha Casa Minha Vida, no município de Redenção, no Pará, e não contemplada com uma das 500 casas entregues em 29 de março deste ano. Socorro vive com os filhos de 9 e 14 anos e o marido, servente de pedreiro que luta contra um glaucoma que já cegou um olho. Com problema crônico nos rins, ela deve mais de R$ 500 de aluguel e só não foi despejada porque a proprietária do imóvel tem “pena de botar para fora”. O Bolsa Família de R$ 134 por mês é o que sustenta os quatro. E a pouca comida chega à mesa graças às cinco galinhas que cria.
Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/pais/marca-do-governo-dilma-brasil-sem-miseria-alvo-de-fraudes-pelo-pais-6627398#ixzz2BI8rlSS7
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— A casa ia mudar tudo. Não é que a gente ia ter mais dinheiro. Ia ter sossego — diz.
Enquanto Socorro sonha com a casa própria, o primeiro empreendimento do Minha Casa Minha Vida em Redenção é alvo de investigação da Polícia Federal (PF) e do Ministério Público Federal (MPF). A suspeita é que as casas foram usadas como moeda eleitoral pelo prefeito Wagner Fontes (PTB), que tentou se reeleger, mas perdeu no primeiro turno para Vanderlei Coimbra Noleto (PRP).
O Minha Casa Minha Vida, para famílias que recebem de 0 a 3 salários mínimos, é um dos programas voltados para o público-alvo do Brasil Sem Miséria, plano lançado em 2011 como carro-chefe do governo Dilma Rousseff e que reúne ações como o Bolsa Família, o Programa de Aquisição de Alimentos e o Programa de Erradicação do Trabalho Infantil. Em todo o Brasil, até 15 de outubro, mais de 300 mil unidades foram entregues nessa faixa de renda. Mas o plano — criado para tirar 16,2 milhões de pessoas que ainda vivem abaixo da linha de pobreza extrema, isto é, com renda mensal inferior a R$ 70 — enfrenta uma série de fraudes investigadas por MP, PF, Controladoria Geral da União (CGU) e Tribunal de Contas da União (TCU), como mostra levantamento do GLOBO nos órgãos de controle.
País afora, o Brasil Sem Miséria é alvo de fraudes comandadas por pessoas que deveriam zelar pela boa execução do programa — mas se transformaram em exploradores da miséria e não se constrangem em ludibriar os que estão no extremo da pobreza, para quem falta até comida.
Na Paraíba, um esquema envolvendo o Programa do Leite desviou milhões, enquanto famílias recebiam leite adulterado. Em Mato Grosso do Sul, um gato recebeu o Bolsa Família. E, pelo país, são comuns casos em que pessoas sem o perfil dos programas foram neles incluídas, enquanto outras que realmente precisam estão de fora. Nos últimos seis meses, O GLOBO garimpou nas cinco regiões brasileiras exemplos dessas fraudes, que miram a verba pública do Brasil Sem Miséria mas atingem o brasileiro mais miserável. Elas são o tema da série de reportagens publicada a partir de hoje.
Embora enfrente problemas, o Brasil Sem Miséria, que este ano teve orçamento de R$ 28,26 bilhões, tem sido a garantia de vida melhor para famílias como a de José Carlos Sousa, de 25 anos. Ele vive em Redenção, com a mulher e o filho de 5 anos, e viu a vida mudar desde que trocou um quartinho mofado por uma casa de dois quartos, sala, cozinha e banheiro no Jardim América II, onde estão as unidades do Minha Casa Minha Vida.
Cunhada do prefeito ganha casa
Na cidade paraense de Redenção, diz a PF, além de usar o Minha Casa como moeda eleitoral, a prefeitura entregou unidades para pessoas que não estavam na faixa de 0 a 3 salários mínimos. Por lá, até a cunhada do prefeito foi contemplada.
— Levantamos, por meio de provas testemunhais e documentais, que o prefeito dividiu o número de casas financiadas pelo Minha Casa Minha Vida em cotas, distribuídas entre os secretários e os ocupantes de cargos da administração municipal. Eles encaminhavam e indicavam pessoas a serem beneficiadas, em troca de apoio político aos candidatos ligados ao prefeito — diz Luís Felipe da Silva, delegado da PF. — O inquérito já constatou que existem pessoas com vários imóveis e veículos próprios, com renda razoável, e ainda assim beneficiadas.
Em fevereiro, a entrega das casas foi suspensa pela Justiça Federal, que decidiu a favor de representação do MPF. O juiz da 9ª Vara Federal de Redenção determinou que o prefeito não realizasse o sorteio, antes da entrega das chaves. Em março, no entanto, a Justiça Federal liberou a entrega dos imóveis.
— As denúncias são falsas. É o grupo político adversário que fala que as casas foram entregues em troca de voto. Se aconteceu, eu não fiquei sabendo — diz o prefeito Wagner Fontes, que recebeu a equipe do GLOBO em seu gabinete e a coagiu e ameaçou quando soube o teor da reportagem.
No encontro, Fontes chegou a dizer que “se (alguém) falar mal a fim de difamar, pode ser que amanhã ou depois esteja morto”, e contou a história de um blogueiro da região que “sumiu”. A ameaça foi registrada na PF de Redenção.
Segundo o Ministério das Cidades, responsável pelo Minha Casa, a “escolha dos beneficiários é da responsabilidade da prefeitura, que estabelece os critérios aprovados pelo Conselho Municipal e está sujeito à fiscalização dos órgãos de controle”. O município é ainda o responsável pelo cadastramento, e “os dados dos candidatos são verificados pela Caixa Econômica Federal”. Em caso de “comprovada irregularidade, a Caixa requer a rescisão do contrato”.
Em Redenção, a PF investiga se as pessoas encaminhadas por Elcir Lustosa, então chefe de gabinete, e contempladas com o imóvel podiam mesmo ser beneficiadas. À polícia, Jardel Teles, gestor do Bolsa Família no município, disse que alguns não se enquadravam no perfil exigido. Também à PF, servidores da prefeitura disseram que em 2011 o então secretário de Meio Ambiente, Lázaro Marinho, esteve no Departamento de Trânsito Municipal acompanhado de um funcionário da secretaria. Ele teria dito que Marinho “possuía cinco casas para serem distribuídas”.
No inquérito, a PF investiga se Creuza de Jesus Lopes de Oliveira, cunhada de Wagner Fontes e nomeada por ele para a Comissão de Habitação (portaria 154/2011) — que tem como atribuição selecionar beneficiários do Minha Casa —, teria direito a um dos imóveis. A polícia já sabe que a servidora pública vive com Vanderlã Monteiro Fontes, irmão do prefeito, em uma casa cedida há oito anos por Wagner Fontes, no setor Santa Tereza, área central da cidade. E que, mesmo tendo recebido as chaves em 29 de março, até julho não havia se mudado.
Segundo o ministério, os donos dos imóveis têm 30 dias para ocupar as casas. “A não ocupação no prazo implica rescisão de pleno direito do contrato de venda e compra. Quando comprovado que o beneficiário não ocupou por motivo alheio à vontade, o prazo pode ser estendido.”
Procurada, Creuza não explicou por que não havia se mudado — “não é da sua conta” — e afirmou que “nunca” fez parte da Comissão de Habitação. O prefeito confirmou que a nomeou para a comissão. Disse que a “demitiu” e que nova comissão foi criada. O advogado da prefeitura e o assessor especial do gabinete ficaram de enviar esse documento, mas isso não ocorreu até o fechamento da edição.
— Ela vive com meu irmão, com quem tem um filho, e eu dei a eles uma casa — diz Fontes. — Entregamos 500 casas e eu soube de duas ou três situações que me contrariaram. Creuza ganhou e fiquei contrariado. Eu não sabia que fez o cadastro.
Segundo o ministério, servidores públicos podem ser beneficiados desde que estejam na faixa de renda determinada. A PF investiga se Creuza tem mesmo renda entre 0 e 3 salários.
Mesmo investigado, Fontes, de olho na reeleição, determinou no segundo semestre o cadastramento de mais três mil pessoas no Minha Casa e prometeu mil casas. Não contou que o governo federal ainda analisa dois novos projetos, que somam 893 unidades. Por isso, seguindo determinação do MP Eleitoral, a PF instaurou novo inquérito em 28 de setembro. E apura suposto crime de corrupção eleitoral.
— A investigação apura novas denúncias de uso do programa como instrumento para obter votos — conta o delegado Luís Felipe da Silva.
O Globo
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