sábado, 2 de abril de 2011

Cinco motivos para sentir vergonha


Há um novo nome na lista dos fugitivos mais procurados do Estado de São Paulo: o pedreiro Ananias dos Santos, de 27 anos, principal suspeito de um dos crimes mais tenebrosos de que o país ouviu falar. As vítimas são as irmãs Josely e Juliana, de 16 e 15 anos. No caminho entre o ônibus escolar e a casa, encontraram um monstro.
Se tiver sido mesmo Ananias, era um monstro conhecido delas e da polícia. Tinha saído da prisão numa folga de Páscoa, em 2009, e não voltara. Todos sabiam onde morava. Já era foragido antes. Mas ainda não tinha ficado famoso.
A delegada Sandra Vergal diz com simplicidade que, “pelos antecedentes dele, Ananias não podia ser contrariado em nada”.
Por que nenhuma autoridade policial até agora fez um mea culpa? O preso sai pela porta da frente, não volta para a cela e, por suposta rejeição de uma das meninas, persegue e mata as irmãs a tiros?
Dói demais ver as fotos das adolescentes. Além de muito bonitas, eram conhecidas como educadas, estudiosas e apegadas à família.
Ananias era fugitivo com endereço certo. Quem afinal matou as meninas da aprazível Cunha, uma localidade pacata e verde, que fez passeata de 3 mil por justiça? Somos ou não também culpados pela negligência de nosso sistema penitenciário?
A semana passada foi pródiga em constrangimentos.
Em dezembro, listei nesta coluna dez razões para se indignar. Nos últimos dias, além do crime bárbaro de Cunha, deparei com mais quatro razões para me decepcionar com o ser humano público e privado.
■O vice-presidente José Alencar, herói no combate ao câncer, afetuoso no trato com as pessoas, dizia “não temer a morte, mas a desonra”. E, mesmo assim, foi incapaz de sequer conhecer sua suposta filha com uma enfermeira.
Recusou-se a fazer exame de paternidade e chamou publicamente a mãe de Rosemary de Morais de prostituta:
“Todo mundo que foi à zona um dia pode ser pai. São milhões de casos”. No caso de Alencar, a atitude não combina com a biografia. Onde estava sua coragem? Encarou o câncer e 17 cirurgias, mas Rosemary não. Ela ganhou na Justiça o sobrenome Alencar
Além do crime bárbaro de Cunha, a semana ofereceu quatro outros motivos para nosso constrangimento
■A atriz Cibele Dorsa usou sua depressão e seu suicídio para protagonizar um circo deprimente. O Twitter, a carta para a revista Caras, o vídeo montado para homenagear o noivo que também se matara dois meses antes.
Nesse inacreditável mundo novo, a regra é se expor e ser seguido por milhares, mesmo no Além. Uma moça bonita, mãe de um casal de filhos, desperdiça a vida e dirige um roteiro multimídia para conseguir finalmente a fama após a morte. O suicídio perde o que lhe restava de privacidade, discrição, gravidade e pudor.
■O deputado Jair Bolsonaro também aproveitou a mídia para ser mais Bolsonaro do que nunca. Ofendeu negros quando só queria, segundo ele, ofender gays. Já falou barbaridades piores.
Desta vez, conseguiu a repercussão desejada porque difamou pela televisão uma celebridade, Preta Gil. Reafirmou a uma rádio que Preta “é promíscua” e que o pai da cantora, Gilberto Gil, “é outro que vive dando bitoquinha em homens”.
Como Bolsonaro defende sua liberdade de expressão, eu também poderia escrever que ele não passa de um ignorante. Mas, como isso não é novidade, só pergunto como o deputado foi parar na Comissão de Direitos Humanos da Câmara.
■O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, em visita a Buenos Aires, foi condecorado pela Faculdade de Jornalismo de La Plata por sua “defesa da comunicação popular”.
Chávez tirou do ar uma TV e várias emissoras de rádio. Aprovou leis que tornaram crime as críticas pesadas ao governo. Perseguiu oposicionistas. E ganhou um prêmio que é homenagem a um jornalista importante da Argentina, assassinado pelos militares, Rodolfo Walsh.
O vexame internacional foi ainda maior pela coincidência: a anfitriã, a presidente Cristina Kirchner, é acusada de estar por trás dos sindicalistas que proibiram a circulação do jornal Clarín. Como jornalista e ser humano, senti vergonha e impotência diante desses episódios e seus personagens. Nessas horas, a palavra não é suficiente.

PR: MP quer tirar adolescentes das lavouras de fumo


Termo assinado entre MPT e fumageiras determina que produtores mantenham os filhos na escola


Do clipping da Andi


A partir de agora, o produtor de fumo do Paraná e de Santa Catarina que empregar o filho com idade abaixo de 18 anos na lavoura corre o risco de perder o contrato com a indústria fumageira.
O Ministério Público do Trabalho do Distrito Federal e o Sindicato da Indústria do Tabaco (SindiTabaco) assinaram, no início deste mês, um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) que regra a relação entre os fumicultores e a indústria. Entre as cláusulas do acordo está a obrigação da apresentação da matrícula e da frequência escolar dos filhos dos produtores.
O objetivo é evitar a mão de obra infantil no campo. Não há números sobre quantas crianças e adolescentes trabalham na fumicultura, mas os dados do SindiTabaco indicam que há 90 mil famílias que praticam essa atividade nestes estados.

Fonte: Gazeta do Povo (PR) – 28/03/2011


Protestos contra queima do Alcorão deixam mortos no Afeganistão



Outras 73 pessoas ficaram feridas, diz comunicado do governo afegão. Na sexta, ataque a unidade da ONU deixou oito funcionários mortos.

Subiu para nove o número de mortos neste sábado (2) em Kandahar em novos protestos contra a recente queima de um exemplar do Alcorão nos Estados Unidos, um dia depois da morte de sete funcionários da ONU no ataque mais violento contra as Nações Unidas desde a invasão do Afeganistão em 2001.

Os protestos deste sábado começaram no centro de Kandahar (sul do Afeganistão) e se ampliaram a outros pontos. A polícia enfrentou os manifestantes, que seguiam para os escritórios da ONU e para os edifícios do governo provincial. "Hoje, como resultado das violentas manifestações em Kandahar, 73 pessoas ficaram feridas e nove morreram", afirma um comunicado da administração local.

"Às 9 horas (1h30 de Brasília) teve início uma manifestação pacífica contra a queima do Alcorão nos Estados Unidos. Elementos destrutivos se infiltraram entre a multidão e tentaram gerar violência", declarou Zalmai Ayubi, porta-voz do governo de Kandaha



G1

Universitária é espancada após denunciar bullying em Ribeirão Preto, SP



SÃO PAULO - A estudante de enfermagem Ana Claudia Karen Lauer, de 20 anos, foi espancada por três alunas na tarde de sexta-feira, em frente do Centro Universitário Barão de Mauá, em Ribeirão Preto, a 319 km da capital paulista. Ela teve fratura no nariz.
Segundo a estudante, a agressão teria acontecido porque reclamou à coordenação do Centro Universitário que estaria sofrendo bullying e sendo hostilizada pelos colegas. Ana Cláudia pediu transferência para a faculdade há três meses e cursa disciplinas em diferentes salas.
A universitária relatou ter denunciado que era perseguida por colegas na quinta-feira. Segundo ela, ao chegar na sexta-feira na sala de aula, foi encarada pelos alunos. No final da aula, duas colegas começaram a discutir com ela e uma terceira a agrediu com um capacete de motociclista. Ela disse ainda que ninguém da faculdade interferiu na briga e que foi socorrida por uma aluna que ela não conhecia.
A mãe da estudante, Cláudia Aparecida Rodrigues Lauer, diz que a instituição de ensino foi antiética ao comunicar os alunos sobre a denúncia e que não socorreu sua filha.
- Ela era perseguida desde o início, quando foi transferida, mas fazia os trabalhos sozinha e era participativa - conta. Segundo Cláudia, a filha resolveu comunicar o fato à diretoria porque estaria se tornando insuportável.
- Eles faziam parede quando ela estava no corredor para ela não passar - afirmou. As agressoras foram ouvidas na Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) e liberadas. Segundo o assessor de imprensa da Barão de Mauá, Alécio Scandiuzzi, foi instaurada uma comissão para apurar os fatos e ouvir os envolvidos.


O Globo

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Sobrinho do principal suspeito de crime em Cunha diz ter medo de sair de casa por ser parecido com tio



Rapaz também afirmou que acredita na inocência de Ananias dos Santos
O sobrinho do principal suspeito de assassinar as duas irmãs adolescentes de Cunha, cidade a 231 km de São Paulo, Isailton Batista Toledo, disse nesta sexta-feira (1º) acreditar na inocência de seu tio, Ananias dos Santos. Ele contou que, no dia seguinte ao crime, recebeu um telefonema de Santos em que o suspeito afirmou não ser o culpado do assassinato e que não iria pagar por um crime que não cometeu. Toledo confirmou que seu tio era apaixonado por uma das adolescentes e, justamente por isso, não teria capacidade de matar as jovens.
Ele também contou que frequentava a casa das meninas, era muito amigo de uma delas e ficou chocado com o crime. Desde o início da semana, o sobrinho de Ananias diz ter medo de sair de casa e também de voltar para a cidade de Cunha, onde mora sua família. De acordo com o rapaz, o motivo do medo seria a semelhança física que ele tem com seu tio. Os dois foram criados juntos e a diferença de idade entre eles é de apenas um ano.
Toledo ajudou nas buscas e, segundo o delegado responsável pelo caso, o pai das meninas pode ter se confundido na hora de identificar tio e sobrinho.

Depoimento do pai
O pedreiro José Benedito de Oliveira, pai das adolescentes de 15 e 16 anos encontradas mortas na última segunda-feira (28) em um matagal de Cunha, disse à polícia que o principal suspeito do crime, Ananias dos Santos, esteve em sua casa dia 24, um dia após o sumiço das irmãs, pedindo que ele guardasse uma arma. A polícia suspeita que essa pode ter sido uma tentativa do suspeito de incriminar o pai das vítimas, caso a arma fosse encontrada em sua casa. Oliveira afirmou que Santos estava nervoso e pediu para esconder a arma em um monte de lenha.
- Disse a ele que fosse embora.
A auxiliar de enfermagem de 50 anos que namorava o suspeito do duplo homicídio disse, em entrevista, que se arrependeu de não ter avisado a polícia logo que recebeu um telefonema de Santos, também no dia 24, afirmando saber onde estavam os corpos.
A polícia suspeita que a mulher tinha ciúme de uma das irmãs mortas e que Santos matou a garota para mostrar que amava a namorada. Uma irmã do suspeito também foi entrevistada e disse que ele não comentou nada sobre o crime.

Manifestação
Na tarde de quinta-feira (31), cerca de 2.000 pessoas realizaram uma manifestação em Cunha em protesto contra o assassinato das irmãs. O ato teve início na avenida Padre Rodolfo, no bairro Alto do Cruzeiro, perto da Santa Casa da cidade. Os moradores disseram que o crime só ocorreu por causa da falta de segurança na cidade.

Crime
Os corpos das irmãs adolescentes foram encontrados na última segunda-feira em um matagal na zona rural de Cunha. O resultado dos exames do IML (Instituto Médico Legal) de Guaratinguetá apontou que as duas foram baleadas no peito e na cabeça.


R7

As conquistas de uma criança autista


Receber a notícia de que o filho é autista transforma as suas perspectivas de presente e futuro, mas é a partir dessa mudança que você pode apresentar um novo mundo para a criança. Conheça o dia a dia de uma família em que uma das filhas gêmeas tem o distúrbio

“Aqui mora uma família feliz.” As palavras talhadas na plaquinha de madeira que enfeita a porta do apartamento da pedagoga Luciana Nassif, 39 anos, e do comerciante Marcos Antonio Cavichioli, 46, em São Paulo, antecipam o clima que eu iria encontrar na casa dessa família, apesar da avalanche de sentimentos que tomou a todos nos últimos anos. Com um sorriso no rosto, um tererê ornando os longos cabelos lisos e castanhos, quem me recebe é uma das gêmeas do casal, Isabela, 8 anos. Assim que entro, sou convidada a conhecer sua irmã. No quarto, com a babá, Mariana se mostrou indiferente com a minha chegada. Mesmo com a insistência da mãe para que se virasse para mim, continuou com um olhar cabisbaixo.

Mari Mari, como é carinhosamente chamada, é autista. Ela está aprendendo agora a demonstrar e a receber carinho, por gestos. Mari Mari não fala. Ela tem um grau severo do transtorno do espectro autista, termo que os especialistas usam para se referir aos diversos graus que envolvem o autismo. Fica mais fácil entender se comparamos a um dégradé, desde cores muito escuras, em que se encontram os casos mais graves, até as cores claras.

Por isso cada criança tem um ritmo próprio de desenvolvimento. Para Mari Mari, que estaria na parte escura deste dégradé, é preciso ensinar o que parece tão corriqueiro. Há um ano, e pela primeira vez, a menina abraçou a mãe – um dos pilares do comportamento autista é a dificuldade de interação com o outro. É um abraço “adaptado”.

Ela aceita o carinho, mas não cruza as mãos por trás das costas da pessoa. Em vários momentos da entrevista, ela corria, na ponta dos pés (um comportamento que começou aos 5 anos) para o colo da mãe, sorria, trazia o boneco predileto, gargalhava. O contato visual, o beijo, que não é aquele estalo no rosto, mas uma encostadinha apenas, demonstrações de interesse pela irmã e o sorriso presente no rosto eram cenas apenas sonhadas pela família até pouco tempo.

A mãe me conta, em tom de orgulho, as recentes conquistas da filha. Mari Mari não se incomoda mais se uma criança chega perto dela no parquinho, mesmo que prefira estar só, e ganhou autonomia para comer sozinha e “pedir” o que tem vontade, como quando leva o litro de leite até a mãe para que ela o esquente.

“Pode parecer pouco, mas esse é um grande avanço”, diz Luciana. Não, não é fácil ter um filho autista. Mas o diagnóstico não é o fim, e sim um novo começo na vida de toda a família. “Quando questionei o neurologista que a acompanhava sobre a possibilidade dela ser autista, ele disse que eu não sabia o que era uma criança com o transtorno. Nunca vou me esquecer disso.” Luciana, mãe de Isabela e Mari Mari

Onde tudo começa?

A ciência não descobriu, até hoje, a causa da doença. O que os especialistas concordam é a forte influência da genética na alteração do funcionamento do cérebro do autista. Alguns genes – e muitos foram identificados – podem ou ser herdados mutados dos pais, algo raro, ou sofrer novas mutações durante a formação do embrião. Mas não para por aí. Várias teorias são relacionadas a todo momento com o aparecimento do transtorno, mas nem todas são referendadas pelos médicos e nada é conclusivo.

Alimentação, vacinação, infecções na gravidez e até intercorrências no parto ou nos primeiros anos de vida integram essa lista. As pesquisas relacionam até fertilização in vitro e prematuridade, como é o caso das gêmeas, que nasceram de 32 semanas. Isabela saiu da maternidade em cinco dias. A irmã, nos mais de três meses em uma UTI neonatal, passou por uma cirurgia cardíaca e diversos exames, inclusive para detectar a existência de alguma síndrome por ter nascido com as orelhas mais baixas e os dedos levemente flexionados.

Mari Mari, segundo os médicos, tinha atraso no desenvolvimento neuropsicomotor. Mesmo acompanhada por uma equipe multidisciplinar desde os seis meses, não mostrava avanços. “Ela gostava de ficar sozinha na escola e, aos 2 anos, teve a primeira convulsão (problema que afeta 25% dos autistas).” Aos 3, os atrasos ficaram evidentes e ela passou a balançar as mãos quando ficava nervosa. “Quando questionei o neurologista que a acompanhava sobre a possibilidade de autismo, ele disse que eu não sabia o que era uma criança com o transtorno. Nunca vou me esquecer disso”, diz.

A avó materna das meninas, que desconfiava da existência de um problema maior, mostrou a Luciana uma reportagem sobre autismo. Depois de ler, ela agendou uma consulta com um dos especialistas entrevistados. Em 40 minutos e aos 4 anos e 7 meses, a família soube que Mari Mari era autista.

Essa trajetória desgastante não é incomum. Como não há um exame que detecte o transtorno, o diagnóstico é clínico, feito com base no comportamento da criança. E pode levar muito tempo para chegar a uma conclusão. “O ideal é descobrir o transtorno com cerca de 1 ano, quando os tratamentos dão resultados melhores”, diz Antonio Carlos de Farias, neurologista infantil do Hospital Pequeno Príncipe (PR), pesquisador e coautor do livro Transtornos Mentais em Crianças e Adolescentes: Mitos e Fatos (Ed. Autores Paranaenses).

Se identificado nessa fase, ou até os dois anos, a chance de a criança falar é de 75%. “No Brasil, estima-se que existam 1 milhão e meio de autistas, e menos de 5% recebem a assistência adequada”, diz Estevão Vadasz, psiquiatra, que estuda o assunto desde 1978, coordenador do Programa dos Transtornos do Espectro Autista, referência no país, do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da USP.

Segundo o Ministério da Saúde, uma a cada mil crianças é autista no Brasil. Dados internacionais, porém, mostram que essa incidência é de uma para cada 110.





COMENTÁRIO EM DESTAQUE

Dia 01 Abr Geanilde
Comentou em: reporter record revela exploracao

agradeço sinceramente as pessoas que idealizaram o site, o qual foi de suma importância na divulgação do caso, para que chegassemos ao desfecho desse pesadê-lo... Obrigada, guerreiras!

Dia 01 Abr Geanilde
Comentou em: reporter record revela exploracao

Agradeço a todos aqueles que de alguma forma colaboraram comigo na luta para colocar atrás das grades um monstro que abusava de nossas crianças, No dia 06 de maio as 10;30 Jailson Alves Bezerra será julgado em Araripina por crimes cometidos contra várias crianças, e nós que há muito esperamos por justiça estaremos lá para vê-la acontecer

Colégio terá que indenizar estudante em R$ 35 mil por 'bullying'


Rio - O Colégio Nossa Senhora da Piedade, no Encantado, Zona Norte da cidade, foi condenado pelo Tribunal de Justiça do Rio (TJRJ) a pagar indenização por danos morais no valor de R$ 35 mil a família de uma ex-aluna. A estudante, representada por seus pais, entrou com ação contra a escola relatando que, desde o início de março de 2003, vinha sofrendo agressões físicas e verbais por parte de colegas de classe.

Na época, a menor tinha apenas 7 anos de idade e teria sido espetada na cabeça por um lápis, arrastada pelo chão, sofreu arranhões, além de socos, chutes, gritos no ouvido, palavrões e xingamentos. De acordo com o relato da família no processo, em virtude dos acontecimentos, configurados como bullying, a criança acabou adquirindo fobia de ir à escola.

A aluna teria também apresentado sintomas de insônia, terror noturno e sintomas psicossomáticos, como enxaqueca e dores abdominais, tendo que se submeter a tratamento com antidepressivos e, no fim do ano letivo, mudou de escola.

A entidade de ensino defendeu-se alegando ter tomado todas as medidas pedagógicas merecidas pelo caso, porém não entendeu ser conveniente o afastamento dos alunos da escola, sendo os mesmo acompanhados por psicólogos, bem como os responsáveis chamados ao colégio.

De acordo com o TJRJ, documentos apresentados comprovam reclamações formuladas não só pelos pais da menina como de outros alunos, que também sofriam o bullying. Para a 13ª Câmara Cível do TJ do Rio, o dano moral ficou configurado e a responsabilidade é da escola, pois, na ausência dos pais, a mesma detém o dever de manutenção da integridade física e psíquica de seus alunos.



Polícia prende suspeito de matar mulher a pedradas em Niterói, no RJ


Segundo polícia, homem seria caseiro de um vizinho da vítima. Crime ocorreu no dia 23 de março; mulher foi morta a pedradas.


Agentes da 81ª DP (Itaipu) prenderam, na tarde desta sexta-feira (1º), um jovem suspeito de ter matado a pedradas uma mulher de 59 anos, em Piratininga, em Niterói, na Região Metropolitana do Rio. O suspeito foi encontrado em uma obra em Pendotiba, também em Niterói.

Segundo informações do delegado da 81ª DP (Itaipu), Adilson Palácio, o suspeito seria caseiro de um vizinho da vítima e foi encontrado após investigação. Ainda não há informações sobre as causas do crime.


Como aconteceu

No dia 23 de março, a mulher foi encontrada morta em sua residência, onde morava sozinha há dois anos. Parentes avisaram a polícia, que foi até o local. No dia do crime, uma pedra com marcas de sangue foi localizada no quintal da casa dela.




Pais rejeitam trigêmeas de inseminação artificial


Casal queria levar no máximo dois bebês para casa


Um casal de Curitiba que teve trigêmeas através de um processo de reprodução assistida rejeitou as crianças. Os pais queriam apenas uma criança e admitiam no máximo levar duas.

O hospital onde nasceram as crianças acionou o Ministério Público que obteve a guarda das crianças na Justiça.

As trigêmeas foram encaminhadas ao conselho tutelar.

A ação corre em segredo de Justiça e por isso o nome do casal não foi divulgado. De acordo com relatos do hospital, o pai das crianças, nascidas em 24 de janeiro, recusava-se a ver uma das três crianças, afirmando que levaria somente duas.

Por serem trigêmeas, as crianças nasceram prematuras e estavam sob observação no hospital. Ao observar que uma das crianças escolhidas apresentava problemas no desenvolvimento, o pai quis trocar pela terceira.

O implante dos embriões foi realizado pelo geneticista Karen Abou Saad, que afirmou em entrevista ao G1 que os pais sabiam desde o princípio que o tratamento havia resultado em trigêmeos. "Pra mim é uma novidade, nunca vi um casal rejeitar um filho após um tratamento para engravidar", afirmou o médico. O advogado de defesa do casal afirmou que já entrou com recurso na Justiça para que seus clientes recuperem a guarda das crianças.

quinta-feira, 31 de março de 2011

Cunha: Suspeito de assassinar irmãs não agiu sozinho, diz polícia


SÃO PAULO - A Polícia de Guaratinguetá, cidade a 177 quilômetros de São Paulo, que investiga o assassinato das irmãs Josely Laurentina Oliveira, de 16 anos, e Juliana Vania Oliveira, de 15 anos, em Cunha, a 217 quilômetros de São Paulo, informou nesta quinta-feira, que o principal suspeito do crime, Ananias dos Santos, de 27 anos, não agiu sozinho.

De acordo com a polícia, o suspeito teve ajuda de 2 ou 3 pessoas para levar os corpos para um local de mata fechada, onde foram encontrados. A polícia ainda não sabe o local exato onde as jovens foram mortas. A enfermeira Maria José, apontada como namorada do suspeito da morte das irmãs, também é investigada.

Ananias passou a integrar a lista dos criminosos mais procurados do estado. Natural de Cachoeira Paulista, Ananias é descrito como um homem branco, olhos e cabelos crespos castanhos escuros, 1m60 de altura, com tatuagens no braço direito e nas costas. A polícia acredita que ele esteja escondido no Vale do Paraíba.

Nesta quinta-feira, milhares de moradores de Cunha saíram às ruas em passeata pedindo justiça e mais segurança. O pai das irmãs assassinadas, José Benedito de Oliveira, acompanhou a manifestação.

- Precisamos de paz e homens de coragem para o Brasil se transformar num Brasil de paz e de amor - disse Oliveira. A enfermeira, que teve a prisão temporária negada pela Justiça, afirmou que não tem qualquer ligação com o crime e que só omitiu a informação sobre a morte das meninas porque ficou com medo de Ananias.

A informação é do advogado da enfermeira, Fábio Fernando Caetano de Araújo. Segundo ele, Maria José não sabe se Ananias matou as adolescentes. Segundo Araújo, na última terça-feira, depois que os corpos foram localizados, Ananias voltou a telefonar para Maria e a polícia presenciou a ligação. O advogado disse desconhecer o teor da conversa.

- Ela omitiu a informação por medo, porque Ananias estava sumido. Maria não sabe se é ele (o autor dos crimes), se ele pode fazer alguma coisa contra ela. Ela mora sozinha na roça. Ele nunca foi violento com ela. Ela teve medo do que podia acontecer, de a população se voltar contra ela. Ela não ia conseguir a proteção da polícia - diz o advogado.

O primeiro telefonema de Ananias à enfermeira ocorreu no dia 24, uma quinta-feira, dia seguinte ao desaparecimento das irmãs. Na conversa, ele teria dito a Maria que viu os corpos.

De acordo com Araújo, na noite em que as meninas desapareceram, dia 23, uma quarta-feira, Ananias dormiu na casa de Maria, para lhe fazer companhia, já que eram amigos e ela é uma mulher morando sozinha num sítio. Neste dia, Ananias não teria contado nada a sua cliente. Segundo o advogado, na quinta-feira Ananias saiu para ajudar a procurar as irmãs e não voltou mais para a casa de Maria.

À noite, teria telefonado e dito à Maria José que, ao fugir da polícia, viu os corpos das meninas no meio do mato. Ele teria fugido da polícia por ser foragido da Justiça. Os corpos de Josely e Juliana só foram encontrados pela polícia na última segunda-feira, dia 28, cinco dias após o desaparecimento.

Segundo a polícia, Maria fingiu não saber que as meninas estavam mortas. Só contou sobre o telefonema de Ananias para os policiais depois que os corpos foram localizados. Fábio Araújo disse que sua cliente é inocente e que ela não sabia que Ananias era foragido da Justiça e cumpria pena no presídio de Tremembé.

Ele recebeu o benefício da saída temporária em março de 2009 e não retornou. - Ela não tem nenhum envolvimento no crime. Pediram a prisão dela só porque ela omitiu a informação sobre a morte. Ela é primária, e tem bons antecedentes - disse o advogado.

Segundo Fábio Araújo, Maria José tem 49 anos e conheceu o acusado quando Ananias e o pai dele passaram a prestar serviço na roça do pequeno sítio da enfermeira.

- Surgiu uma amizade entre eles. Eles ficaram juntos algumas vezes, eram "ficantes", mas ela achou que não ia dar certo por causa da diferença de idade. Eles chegaram a um consenso que não dava para continuar. Eles terminaram o relacionamento, mas continuaram amigos - disse o advogado.

Para a polícia, uma crise de ciúme entre Maria e Ananias pode ter motivado o crime. O advogado nega. Afirma que Maria José não tinha ciúmes de Ananias e era amiga das adolescentes mortas. - Ela não tinha ciúmes, porque não tinha mais um relacionamento amoroso com ele. Haviam terminado há cinco meses.

Ela era amiga das meninas, elas frequentavam a casa dela e a Maria frequentava a casa das meninas - disse. O advogado ressaltou que a perícia feita no carro de Maria José não constatou nada que ligasse ela ao crime, como marcas de sangue ou de barro nos pneus. Por orientação do advogado, Maria José não retornou para casa, e está numa cidade próxima, com o acompanhamento de psicólogos, pois está abalada. Araújo afirmou que sua cliente tem colaborado com a polícia.

O pai das meninas, José de Oliveira, tenta entender o motivo que levou ao crime: - Meu Deus, que coração de pedra, que coração duro - diz ele. Ele conta que conversava muito com as filhas.

- A gente conversava muito. Elas faziam a gente rir num momento de tristeza, quando eu estava chateado por alguma coisa - lembra o pai. Boas alunas, a mais velha queria abrir um salão de beleza e a mais nova pretendia ser modelo. - Só espero que minhas filhas estejam bem. Deus está nos protegendo - desabafa o pai.



Caso Lavínia: Novo inquérito para apurar participação de terceiros no crime


Rio - A investigação sobre a morte da menina Lavínia, assassinada em Duque de Caxias, em março, entra numa nova fase. O delegago da 60ª DP (Duque de Caxias), Robson da Costa, abriu, nesta quinta-feira, um novo inquérito para apurar uma possível participação de terceiros no crime. O objetivo é saber de que forma Lavínia foi retirada de casa.
Ainda segundo o delegado, não está descartada uma reconstituição do crime. Nesta quarta-feira, o Ministério Público do Estado do Rio, ofereceu à 4ª Vara Criminal de Duque de Caxias, denúncia, com pedido de prisão preventiva, contra Luciene Reis Santana, por homicídio triplamente qualificado e por ocultação do cadáver da menina Lavínia, de 6 anos.
O corpo da criança foi encontrado no dia 2 de março em um quarto de um hotel de Caxias. A vítima, que foi retirada da casa de sua família pela assassina, acompanhou Luciene até o local do crime – como revelaram imagens do circuito de segurança do ônibus que pegaram juntas.
A denunciada, que confessou sua culpa, foi presa no mesmo dia em que o corpo foi encontrado. Segundo a denúncia, o homicídio foi cometido por motivo torpe (sentimento de vingança pelo pai da vítima, que era amante de Luciene e terminara o relacionamento com ela) e com emprego de meio cruel (asfixia por estrangulamento).
Além disso, o crime contou com recursos que dificultaram a defesa da vítima (dissimulação ao ocultar seu propósito homicida durante o período em que ficou com a menina em seu poder; ataque inesperado quando a vítima jamais poderia supor a brutal agressão; bem como ter impedido que a criança gritasse por socorro, envolvendo sua cabeça em uma toalha de forma a não ser ouvida por outras pessoas no hotel).
Após estrangular Lavínia, Luciene escondeu o corpo dentro da estrutura de alvenaria da cama, cobrindo-o com o estrado de madeira e o colchão, ocultando, assim, o cadáver – encontrado, dias depois, em avançado estado de putrefação.
Os três funcionários do hotel reconheceram a denunciada como a pessoa que ocupou um quarto no dia 28 de fevereiro e que tentou sair sem pagar a conta. “Macula a ordem pública a agressividade desmedida da denunciada e indicia sua periculosidade exacerbada, seja pelo fato de ter sido o crime praticado contra uma indefesa criança, que teve sua vida atenuada de forma prematura pela cruel vingança da denunciada, seja pela sórdida e repugnante motivação do crime, o que exige uma pronta e eficaz resposta da Justiça”, afirmou a subscritora da denúncia, Promotora de Justiça Simone Sibílio do Nascimento.

O DIA ONLINE

Gêmeos conversam como adultos em vídeo no Youtube



O vídeo de dois bebês conversando como adultos é um hit no YouTube. Eles parecem estar travando um diálogo importantíssimo. O vídeo com a conversa de grunhidos dos pequenos, que são irmãos gêmeos, já teve mais de seis milhões de acesso. Incompreensível, o papo chega num momento em que se torna uma discussão ferrenha, onde cada um parece defender seus argumentos.


Estadão

Mônica Bergamo: Presídio apura punição de Alexandre Nardoni


A penitenciária de Tremembé (147 km de São Paulo) abriu sindicância para apurar o episódio que levou por dez dias à solitária Alexandre Nardoni, condenado a 31 anos de cadeia pela morte de sua filha Isabella, de 5 anos.
A informação é da coluna Mônica Bergamo, publicada na Folha desta quinta-feira . Os advogados suspeitam que houve arbitrariedade, mas dizem aguardar o fim da investigação. Nardoni foi colocado de "castigo" no fim de fevereiro último e passou dez dias isolado na penitenciária como punição por reclamar sobre problemas durante as visitas.
Ele foi condenado em março do ano passado pela morte de Isabella. A menina morreu em março de 2008, ao ser jogada do sexto andar do prédio onde moravam o pai e a madrasta, Anna Carolina Jatobá --também condenada--, na zona norte da cidade de São Paulo. O pai foi condenado a 31 anos, um mês e dez dias de prisão por homicídio triplamente qualificado: por ter sido usado meio cruel, recurso que dificultou a defesa da vítima, e para garantir a ocultação de crime anterior. Já Anna Carolina foi condenada a 26 anos e oito meses de prisão.


Folha OnLine

Estudioso dos maias nega fim do mundo em 2012


O subdiretor do Instituto Nacional de Antropologia e História do México, Luis Romero, apresentou ontem em Tabasco, no sudeste daquele país, a pedra do calendário maia que, segundo ele, foi interpretada erroneamente como um anúncio do fim do mundo marcado para dezembro de 2012.

A peça, que está incompleta, é formada de pedra calcária e esculpida com martelo e cinzel. "No pouco que se pode ler, os maias se referem à chegada de um senhor dos céus, coincidindo com o encerramento de um ciclo numérico. Em nenhum de seus lados diz que em 2012 o mundo vai acabar", afirmou Romero.


Na pedra está escrita a data de 23 de dezembro de 2012, o que gerou rumores de que os maias teriam previsto o fim do mundo para esse dia. Para Romero, a data marca o início de uma nova era.




Roraima sitiada - O FUTURO DO PAÍS


Segue abaixo o relato de uma pessoa conhecida e séria, que passou recentemente em um concurso público federal e foi trabalhar em Roraima. Trata- se de um Brasil que a gente não conhece.

As duas semanas em Manaus foram interessantes para conhecer um Brasil um pouco diferente, mas chegando em Boa Vista (RR) não pude resistir a fazer um relato das coisas que tenho visto e escutado por aqui. Conversei com algumas pessoas nesses três dias, desde engenheiros até pessoas com um mínimo de instrução.


Para começar, o mais difícil de encontrar por aqui é roraimense. Pra falar a verdade, acho que a proporção de um roraimense para cada 10 pessoas é bem razoável, tem gaúcho, carioca, cearense, amazonense, piauiense, maranhense e por aí vai. Portanto, falta uma identidade com a terra.


Aqui não existem muitos meios de sobrevivência, ou a pessoa é funcionária pública, (e aqui quase todo mundo é, pois em Boa Vista se concentram todos os órgãos federais e estaduais de Roraima, além da prefeitura é claro) ou a pessoa trabalha no comércio local ou recebe ajuda de Programas do governo.


Não existe indústria de qualquer tipo. Pouco mais de 70% do território roraimense é demarcado como reserva indígena, portanto restam apenas 30%, descontando- se os rios e as terras improdutivas que são muitas, para se cultivar a terra ou para a localização das próprias cidades.


Na única rodovia que existe em direção ao Brasil (liga Boa Vista a Manaus, cerca de 800 km ) existe um trecho de aproximadamente 200 km reserva indígena (Waimiri Atroari) por onde você só passa entre 6:00 da manhã e 6:00 da tarde, nas outras 12 horas a rodovia é fechada pelos índios (com autorização da FUNAI e dos americanos) para que os mesmos não sejam incomodados.


Detalhe: Você não passa se for brasileiro, o acesso é livre aos americanos, europeus e japoneses. Desses 70% de território indígena, diria que em 90% dele ninguém entra sem uma grande burocracia e autorização da FUNAI.


Outro detalhe: americanos entram à hora que quiserem. Se você não tem uma autorização da FUNAI mas tem dos americanos então você pode entrar. A maioria dos índios fala a língua nativa além do inglês ou francês, mas a maioria não sabe falar português.


Dizem que é comum na entrada de algumas reservas encontrarem- se hasteadas bandeiras americanas ou inglesas. É comum se encontrar por aqui americano tipo nerd com cara de quem não quer nada, que veio caçar borboleta e joaninha e catalogá-las, mas no final das contas, pasme, se você quiser montar uma empresa para exportar plantas e frutas típicas como cupuaçu, açaí, camu-camu etc., medicinais ou componentes naturais para fabricação de remédios, pode se preparar para pagar 'royalties' para empresas japonesas e americanas que já patentearam a maioria dos produtos típicos da Amazônia... Por três vezes repeti a seguinte frase após ouvir tais relatos: Os americanos vão acabar tomando a Amazônia. E em todas elas ouvi a mesma resposta em palavras diferentes.


Vou reproduzir a resposta de uma senhora simples que vendia suco e água na rodovia próximo de Mucajaí:


'Irão não minha filha, tu não sabe, mas tudo aqui já é deles, eles comandam tudo, você não entra em lugar nenhum porque eles não deixam. Quando acabar essa guerra aí eles virão pra cá, e vão fazer o que fizeram no Iraque quando determinaram uma faixa para os curdos onde iraquiano não entra, aqui vai ser a mesma coisa'.


A dona é bem informada não? O pior é que segundo a ONU o conceito de nação é um conceito de soberania e as áreas demarcadas têm o nome de nação indígena. O que pode levar os americanos a alegarem que estarão libertando os povos indígenas.


Fiquei sabendo que os americanos já estão construindo uma grande base militar na Colômbia, bem próximo da fronteira com o Brasil numa parceria com o governo colombiano com o pseudo objetivo de combater o narcotráfico.


Por falar em narcotráfico, aqui é rota de distribuição, pois essa mãe chamada Brasil mantém suas fronteiras abertas e aqui tem estrada para as Guianas e Venezuela. Nenhuma bagagem de estrangeiro é fiscalizada, principalmente se for americano, europeu ou japonês, (isso pode causar um incidente diplomático).

Dizem que tem muito colombiano traficante virando venezuelano, pois na Venezuela é muito fácil comprar a cidadania venezuelana por cerca de 200 dólares.


Pergunto inocentemente às pessoas: porque os americanos querem tanto proteger os índios ? A resposta é absolutamente a mesma, porque as terras indígenas além das riquezas animal e vegetal, da abundância de água, são extremamente ricas em ouro - encontram-se pepitas que chegam a ser pesadas em quilos), diamante, outras pedras preciosas, minério e nas reservas norte de Roraima e Amazonas, ricas em PETRÓLEO.


Parece que as pessoas contam essas coisas como que num grito de socorro a alguém que é do sul, como se eu pudesse dizer isso ao presidente ou a alguma autoridade do sul que vá fazer alguma coisa. É, pessoal... saio daqui com a quase certeza de que em breve o Brasil irá diminuir de tamanho.


Será que podemos fazer alguma coisa??? Acho que sim. Repasse esse e-mail para que um maior número de brasileiros fique sabendo desses absurdos. Mara Silvia Alexandre Costa Depto de Biologia Cel. Mol. Bioag.Patog. FMRP - USP



Informação enviada por e-mail

Menina de 4 anos escreve carta para mãe desaparecida após tsunami

Usando caracteres "hiragana" que acabou de aprender, a menina Manami Kon escreve carta para a mãe ainda desaparecida após a tragédia de 11 de março no Japão 'Querida mãe. Espero que você esteja viva. Você está bem?', diz mensagem. Manami Kon espera pais e irmã desaparecidos desde tragédia no Japão. G1

Suspeito de matar irmãs entra na lista dos mais procurados pela polícia




Ananias dos Santos tem passagem por roubo e formação de quadrilha. Pai das vítimas de Cunha diz que rapaz pediu para esconder revólver.


O suspeito de matar as irmãs Josely Oliveira, de 16 anos, e Juliana Oliveira, de 15, em Cunha, a 231 km de São Paulo, entrou para a lista dos 25 mais procurados pela Polícia Civil paulista. Segundo a Secretaria da Segurança Pública (SSP), Ananias dos Santos, de 27 anos, tem passagem por roubo, porte ilegal de armas, formação de quadrilha e constrangimento ilegal.


Os crimes aconteceram entre 2002 e 2003 em Lorena e Cachoeira Paulista, no Vale do Paraíba, no interior paulista. Ele atuava em uma quadrilha conhecida como "Irmãos Metralha", segundo a polícia. Ananias estava preso na Penitenciária de Tremembé, a 147 km de São Paulo, mas fugiu após receber benefício de saída temporária de Páscoa em 2009.


De acordo com as investigações, o jovem se interessou por Juliana, fato que despertou ciúmes na namorada, vizinha da família das vítimas. Segundo o Bom Dia Brasil, o pai das meninas prestou depoimento e disse que o suspeito do crime foi à casa dele após o desaparecimento e pediu para que ele escondesse um revólver.


O rapaz fugiu no dia seguinte ao crime, de acordo com sua namorada. Além do rapaz, também entrou na lista dos mais procurados Edimar Silvio das Neves, de 39 anos. Considerado de alta periculosidade, o homem fugiu da Penitenciária de Pacaembu, onde respondia por tráfico de drogas.


A prisão dos irmãos Anderson e Luciano dos Reis Vajda, mais conhecidos como Cigano e Ciganinho, possibilitou a atualização da lista. A dupla, que era considerada de alta periculosidade pela polícia, foi presa na cidade de Arcos, em Minas Gerais, na segunda-feira (28), após policiais da cidade reconhecê-la por meio das fotografias publicadas no G1.


A polícia pede para quem tiver alguma informação sobre o paradeiro dos procurados ligar para os números de telefone: 181 (Disque –Denúncia), 197 (Polícia Civil), 190 (PM) ou mandar um e-mail para procurados@policiacivil.sp.gov.br.



Veja mais: Lista dos mais procurados pela polícia de São Paulo G1

quarta-feira, 30 de março de 2011

3 anos sem Isabella Nardoni


29/03/11 - há 3 anos atrás o Brasil conhecia de uma forma trágica uma menininha de sorriso meigo que passava o fim de semana com o pai e foi brutalmente assassinada. foram dois anos e busca por justiça até chegar à condenação segundo a justiça dos verdadeiros culpados. acompanhei este caso do início ao fim, pois mexeu muito comigo e acredito que com 190 milhões de brasileiros também. só queria desejar muita paz, luz e esperança a família Cunha Oliveira; família da mãe de Isabella.



Lei garante visita de avós a netos em casos de divórcio


Avós agora passam a ter o direito, garantido por lei, de visitar os netos em caso de os pais se divorciarem. A determinação foi sancionada ontem pela presidente Dilma Roussef.


O direito de visita se estende a qualquer um dos avós, a critério do juiz, desde que respeitados os interesses da criança ou do adolescente. O juiz também pode determinar que a guarda e a educação das crianças seja transferida aos avós, caso entenda que é o melhor para o bem-estar delas.


O projeto partiu do Senado e foi aprovado no início do mês pela Câmara dos Deputados. Até então, a lei brasileira não previa esse direito. Os avós devem ingressar na Justiça caso queiram solicitar o direito de visita.


A lei ganhou importância depois do caso do menino Sean Goldman. O garoto foi levado para os Estados Unidos pelo pai, o norte-americano David Goldman, em 2009, após uma longa disputa judicial.


Na semana passada, o avô brasileiro de Sean, Raimundo Carneiro, morreu de câncer. Ele afirmava que não via o neto desde que Sean foi levado pelo pai. Até agora a avó também não pôde visitá-lo.




Autoridades comparecem ao velório de José Alencar para prestar última homenagem


BRASÍLIA - O corpo do ex-vice-presidente José Alencar chegou ao Palácio do Planalto por volta das 11h desta quarta-feira. No local, ministros e outras autoridades já aguardavam a chegada do cortejo.




O vice-presidente Michel Temer recebeu a esposa de Alencar, Mariza Gomes da Silva, ainda na Base Aérea de Brasília. Também estavam lá os presidentes da Câmara, Marco Maia (PT-RS), do Senado, José Sarney (PMDB-AP), e do Supremo Tribunal Federal, Cezar Peluso. Eles seguiram da Base Aérea para o Palácio do Planalto, onde acontece o velório .


O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a presidente Dilma Rousseff deixaram Portugal e devem chegar ao Brasil à noite para participar do velório. Nesta quarta-feira, Lula lembrou do amigo , ao receber o título de doutor honoris causa pela Universidade de Coimbra. Estão no palácio os ministros Antonio Palocci (Casa Civil), Nelson Jobim (Defesa), Antonio Patriota (Relações Exteriores), Guido Mantega (Fazenda), Orlando Silva (Esporte), Izabella Teixeira (Meio Ambiente) e Fernando Pimentel (Desenvolvimento, Indústria e Comércio).


Ao chegar ao velório de Alencar, o ministro do Esporte disse que o ex-vice-presidente era um exemplo para os brasileiros e um motivador ao longo dos oito anos do governo Lula. O ministro lembrou a origem humilde de Alencar e disse que sua vida demonstra que é possível vencer pelo trabalho.


- Dia triste, né? - comentou Orlando Silva, tão logo entrou no Planalto. - Perdemos um trabalhador. Segundo Orlando Silva, o ex-vice-presidente era um exemplo de dedicação ao Brasil, um motivador que sempre tinha uma palavra de estímulo nas reuniões ministeriais, durante o governo Lula.


- Até quando divergia, divergia de maneira franca - afirmou o ministro. - Ele é o testemunho de que é possível vencer com base no trabalho. Já a ministra do Meio Ambiente demonstrou forte emoção ao chegar ao velório. Para ela, Alencar foi um grande líder do povo brasileiro.


- Tive a oportunidade de conhecê-lo, e ele mostrou que é possível acreditar em um mundo melhor. Foi um grande amigo do povo brasileiro - disse Izabella Teixeira.


- Aprendi muito com ele. Alencar morreu às 14h41m de terça-feira , em consequência de um câncer no abdômen.


Mulher processa hotel por ser presa após denunciar estupro


Uma mulher australiana que passou oito meses na prisão nos Emirados Árabes após ter ido a polícia sob queixas de sido estuprada e drogada está processando o hotel em que a suposta violação teria ocorrido.

Alciia Gali foi condenada a 12 meses de prisão após ter alegado ter sido violentada por três colegas de trabalho, quando bebia com colegas no bar do Le Meridien Al Aqah Beach Resort, nos Emirados Árabes, em junho de 2008. Após ter relatado o crime à polícia, Alicia Gali acabou sendo presa por adultério e cumpriu uma pena de oito meses, depois de ter sido perdoada em março de 2009 e de ter regressado à Austrália.


A australiana acabou presa por ser ilegal manter relações sexuais fora do casamento nos Emirados Árabes e ela foi acusada e condenada de ter feito ''sexo consensual''. Estupro só é considerado crime no país se quatro homens muçulmanos testemunharem o ocorrido.


Advogados


''O ex-empregador de Alicia abandonou-a da forma mais terrível. Ela foi drogada e em seguida violentada por três ou quatro colegas. Quando a segurança do hotel foi informada do que aconteceu, eles não fizeram nada para ajudá-la. O gerente de recursos humanos do hotel não avisou para a sra. Gali quais seriam as consequências que ela sofreria ao relatar o crime.


Para piorar ainda mais, ela foi presa por ter relatado esse crime hediondo.'', afirmou a advogada Melissa Payne, que representa a australiana. A defesa afirma ainda que o hotel descumpriu obrigações trabalhistas ao não ter em vigor um sistema que protegesse funcionários contra agressões e contra suas consequências legais, além disso, afirmam os advogados, o htoel estimulava seus funcionários a a beber álcool no bar sem uma permissão especial (que é concedida somente aos residentes no país), criando assim um clima que tornava mais fácil salpicar um drinque com drogas''.


Segundo os advogados, entre as medidas que o hotel poderia ter cumprido estão a de contar com áreas isoladas e seguras para suas funcionárias e fornecer treinamento adequado a respeito das leis e costumes dos Emirados Árabes. Alciia Gali conta que não quer que o seu caso seja explorado como um ataque antimuçulmano ou antiárabe, uma vez que ''os homens envolvidos eram estrangeiros.


Eles não eram provenientes do Oriente Médio. Dois deles eram da Índia e outro das Ilhas Maurício''. A australiana conta que ''julgava estar segura e protegida dentro de um grupo hoteleiro internacional, mas eles não me deram o aconselhamento correto e não me ajudaram quando eu fui acusada e presa''.


Mas Alicia Gali afirma que apesar de muitos estrangeiros, como ela, irem aos Emirados Árabes para trabalhar e de o país se vender como um destino turístico, eles ainda contam com leis arcaicas e que a legislação do país não protege as mulheres.


Pesquisa diz que principais alvos de bullying são alunos populares na escola


Estudo ouviu 3.722 alunos e concluiu que bullying é uma forma de competição social


O bullying é praticado como uma forma de ganhar popularidade, e seus alvos nas escolas são garotos com status médio ou alto entre seus colegas. A conclusão é de uma pesquisa da Universidade da Califórnia publicada no American Sociological Review.


Foram ouvidos 3.722 alunos dos últimos anos do ensino fundamental (equivalente ao primeiro grau) de três condados no Estado da Carolina do Norte, nos Estados Unidos. As entrevistas apontam que a violência funciona como um mecanismo de competição para aumentar o status no universo estudantil, mais do que para maltratar nerds ou excluídos. Esses não seriam as maiores vítimas de bullying, segundo o estudo.


Isso não quer dizer que eles estejam totalmente fora da mira dos agressores, afirma o professor de sociologia Robert Faris, responsável pela pesquisa, em entrevista para o jornal New York Times. - [o bullying acontece] talvez com alguém bem à sua frente ou do seu lado, mais do que com crianças isoladas e desprotegidas. Isso não quer dizer que elas não sofram [bullying], porque elas sofrem.


Mas a taxa geral de agressões cresce conforme o status cresce [dentro da escola]. Os que estão no meio e no alto da pirâmide da popularidade, em colégios e escolas, são tanto os que mais sofrem agressões quanto os que mais praticam, ressalta Faris.


- A maior parte do bullying acontece entre os que estão no meio e no topo do status social. Mais do que praticar a violência contra os alunos às margens do círculo escolar, os alvos do bullying são os potenciais rivais em termos de popularidade.


Surpresa


Com o uso de grandes mapas sociais das escolas dos três condados avaliados, pesquisadores toparam com uma surpresa: apesar de a agressividade crescer conforme cresce o status, os 2% mais populares entre os alunos apresentaram menos tendência a serem violentos. - No topo, começa a haver uma reversão.


As crianças entre os 2% [mais populares] são menos agressivas. Eu avalio que chega um momento em que elas não precisam mais competir, porque estão no topo da pirâmide. Mais agressão seria contraprodutivo [para a popularidade].


Desequilíbrio


A pesquisa afirma que o bullying não está ligado necessariamente a um desequilíbrio emocional, mas pode ser um passo calculado como tentativa de obter status. O resultado contradiz a ideia de que o agressor é desajustado ou agressivo por natureza.


Pais e educadores estão quase sempre desinformados sobre o estresse diário e as agressões que os estudantes passam, aponta o autor do estudo. - As pesquisas sobre bullying vêm focando nessa dinâmica de antagonismo crônico contra jovens socialmente isolados, ignorando essas outras formas de agressão.


É bem possível que um ato, um rumor espalhado na internet possa ser devastador [para a popularidade e o psicológico de um aluno].




Orca que matou treinadora em parque da Flórida volta aos shows


Tilikum matou Dawn Brancheau, 40, em apresentação em fevereiro de 2010. Parque Seaworld de Orlando prometeu segurança em novo show.

A orca Tilikum, que matou sua treinadora no parque Seaworld de Orlando, voltará a dar um show nesta quarta-feira (29) pouco mais de um ano depois do trágico incidente, segundo a imprensa local.


O presidente do Seaworld, Jim Atchison, assinou a ordem para que a polêmica orca volte aos espetáculos e espera-se que Tilikum participe na quarta-feira do espetáculo "Believe" (Acredite) às 11h locais (12h de Brasília), informou o "Orlando Sentinel" em sua edição eletrônica.


A apresentação de Tilikum será a primeira diante do público desde 24 de fevereiro de 2010, quando a orca foi notícia em todo o mundo pela morte da treinadora Dawn Brancheau, de 40 anos. "Participar dos shows é apenas uma parte do dia de Tilikum, mas acreditamos que é um componente importante de seu enriquecimento físico, social e mental", disse anteriormente, em um comunicado, Kelly Flaherty Clark, encarregado do treinamento de animais no Seaworld.


O Seaworld adotou uma série de novas medidas de segurança para seus treinadores após a morte de Brancheau e já havia adiantado que o animal voltaria aos espetáculos. A orca "Tilikum" já esteve relacionada a outras duas mortes humanas: um treinador, em 1991, e um homem que caiu em seu tanque, em 1999.


Na morte de Brancheau, seu comportamento foi tão agressivo que as equipes de socorro não conseguiram mergulhar para salvá-la e a treinadora, uma das mais experientes do Seaworld, ficou totalmente indefesa. O terrível incidente, que foi testemunhado por várias pessoas do público que não tinham deixado o local após o final do espetáculo, foi registrado pelas câmeras de vídeo, que o parque se negou a divulgar por serem parte das investigações em andamento.


No momento em que processos ainda estão em curso e que a Agência americana de Segurança no Trabalho impôs multas à companhia por colocar em risco seus trabalhadores, a Seaworld adotou novas medidas de segurança em seus parques de Orlando (Flórida), San Diego (Califórnia) e San Antonio (Texas).


A empresa garantiu que os treinadores ficarão à distância e sem contato direto com Tilikum, e instalou uma vedação no tanque, além de novos sistemas de proteção para casos de emergência.




Desabafo



Amigos, Estou indignada e apavorada. Eu nada entendo de Justiça e apesar das justificativas apresentadas para a decisão da soltura do pai de Joanna, minha filha, eu continuo sem entender como funciona a Justiça.

Primeiro entregam minha filha a ele para ser morta, agora a sepultam novamente dando ao principal responsável, que era o garantidor da vida dela, o pai, o que detinha a guarda, a liberdade para que comemore junto à seus familiares sua liberdade. E eu sigo em dias de luto intermináveis.

Só entendo do que fui tecnicamente e emocionalmente formada. Como mãe sinto uma dor lancinante, de alma sangrando, rasgada, ouço o som do sorriso sem poder vê-la. Como médica, posso entender fisiologicamente o sofrimento de minha filha naquela casa. Estar amarrada pés e mãos sobre fezes e urina num tapete dentro do closet, com uma camisa regata, num chão frio de granito em pleno julho, inverno portanto, é quase Auschwitz para uma criança de 5 anos. Não consigo suportar imaginar a dor que minha filha deve ter sofrido. A essa hora já estava queimada nas nádegas com uma queimadura feita por abrasão segundo os peritos. O corpo já tinha equimoses.

Cheguei ao hospital e a encontrei em morte cerebral clínica com pés e mãos inchadas e o corpo emagrecido com todas essas marcas. Após sua morte seu corpo foi, no IML, aberto de alto a baixo para ser examinado, sua cabeça recortada e seu cérebro fatiado a fim de que descobrissem o que a matou. Os detalhes eu poupo os que não entendem sobre o assunto de saber. Disso eu entendo: de sofrimento, de pavor, de saudades, de indignação. Mas eu não perco a fé e a esperança. Deus trouxe a verdade à tona e ela GRITA diante de nós. Minha filha não será esquecida no cemitério por nenhum de nós, brasileiros que se tornaram pais e mães de Joanna.

“ Nós não somos dos que voltam atrás e retrocedem, ao contrário nós cremos e somos salvos “ Hebreus 10: 39 - Bíblia Sagrada. Meu máximo agradecimento a todos vocês.

Em tempo: Hoje ao chegar para trabalhar encontrei um grupo de pacientes encostados na porta trancada à espera para me apoiar. Eles conhecem a minha dor. São representantes de vocês que se indignaram também!


Cristiane Marcenal



Blog Joanna Marcenal

terça-feira, 29 de março de 2011

Justiça nega pedido de prisão temporária de um dos suspeitos de matar irmãs em Cunha

Corpos de adolescentes foram encontrados na manhã de segunda-feira A Justiça de São Paulo não autorizou o pedido de prisão temporária de um dos suspeitos de matar duas irmãs, de 16 e 15 anos, em Cunha, no interior de São Paulo. Segundo a assessoria de imprensa do TJ-SP, a solicitação foi negada porque "até o momento, não há comprovação da participação e elementos para o indiciamento" da mulher que "mantinha envolvimento amoroso com o principal suspeito". Dois pedidos de prisão temporária foram feitos na segunda-feira (28). A solicitação feita para o homem, considerado principal suspeito, foi aceita pela Justiça. Como ele já era condenado por tráfico de drogas e é considerado foragido do sistema prisional, "sua prisão independe do mandado", afirma nota do TJ. A mulher que está sendo investigada pela polícia foi interrogada nesta terça-feira. A polícia suspeita que ela, com ciúmes das irmãs, tenha pedido ao companheiro para matá-las. A mulher que está sendo investigada pela polícia foi interrogada nesta terça-feira. Outra hipotese é que o traficante acreditava que teria sido denunciado pelo pai das meninas e teria cometido o crime por vingança. A polícia trabalha com a hipótese de o crime ter sido cometido por mais de uma pessoa e por ciúme. Os corpos das meninas foram encontrados em um matagal na manhã de segunda-feira (28). Elas foram vistas pela última vez na quarta-feira (23), quando voltavam da escola. Elas iriam se encontrar com o pai em um cruzamento próximo à casa da família, porém não apareceram. Os corpos foram localizados em uma propriedade de difícil acesso na estrada da Samambaia, no bairro Jacuí, próximo à casa das vítimas. A Delegacia Seccional de Guaratinguetá está investigando o crime. R7

Pena de morte retrocede no mundo


LONDRES, Reino Unido — A pena de morte retrocedeu em escala mundial em 2010, mas continua sendo aplicada em uma minoria de países cada vez mais isolada, entre eles a China e o Irã, que executaram juntos milhares de pessoas, afirma um relatório da Anistia Internacional. Ao menos 527 execuções foram registradas oficialmente no mundo no ano passado, diante dos 724 em 2009, segundo a organização de defesa dos direitos humanos, que diz que "esta cifra não inclui as milhares de penas de morte que podem ter acontecido na China", onde a pena capital é considerada um "segredo de Estado".


A maioria dos 23 países que aplicaram esta pena durante este período, quatro mais que no ano anterior, está na Ásia e no Oriente Médio. O Irã admitiu 252 execuções, que, segundo a Anistia, devem ser somadas às mais de 300 não reconhecidas oficialmente ". A Coréia do Norte, por sua parte, realizou ao menos 60, o Iêmen 53, e a Arábia Saudita 27. Nos Estados Unidos, o único país da América no qual se continua aplicando a pena de morte, foram registradas 46 execuções, frente às 52 no ano anterior, mas ainda há mais de 3.200 pessoas esperando no corredor da morte.


"Os poucos Estados que continuam utilizando de maneira sistemática a pena de morte realizaram milhares de execuções, indo contra a tendência global de abolição da pena capital", assinalou o secretário-geral da Anistia, Salil Shetty, que também lamentou que muitos desses países apliquem a pena de morte para castigar "delitos como os relacionados às drogas, os econômicos, a manutenção das relações sexuais entre adultos com consentimento mútuo e a blasfêmia, contra o que é disposto pelas normais internacionais de direitos humanos".


A tendência abolicionista, no entanto, se consolidou com a supressão da pena de morte no Gabão, que se converteu no 96º país que renuncia a esta pena em qualquer circunstância, e a moratória declarada na Mongólia. Outros 43 países são abolicionistas quanto aos delitos comuns ou na prática, ou seja, não executaram ninguém durante os últimos 10 anos. Além disso, a assembleia geral da ONU adotou em dezembro sua terceira resolução pedindo uma moratória do uso da pena de morte, apoiada por um recorde de 109 países. Outros 41 votaram contra e 35 se abstiveram.


Entre todos estes progressos, também houve atrasos. Um deles aconteceu na Europa, continente que, depois de ter apresentado um expediente em branco pela primeira vez na história em 2009, voltou a registrar duas execuções na Belarus. Este país também condenou outras três pessoas à pena de morte. Bahrein, Guiné Equatorial, Somália, Taiwan e os territórios palestinos também retomaram as execuções no ano passado.


A Anistia destaca que, desde 2003, mais da metade dos países que se opõem à eliminação da pena de morte não realizaram nenhuma execução, e que menos de um terço deles utilizou a pena de morte nos últimos quatro anos.


"Um mundo sem pena de morte não é apenas possível, e sim inevitável", concluiu o indiano Shetty.


Alexandre Nardoni é punido e fica isolado no presídio de Tremembé


Alexandre Nardoni foi condenado a 31 anos, um mês e dez dias de prisão por homicídio triplamente qualificado Condenado pela morte da filha Isabella, Alaxandre Nardoni foi punido no fim de fevereiro e passou dez dias isolado na penitenciária de Tremembé, em São Paulo.


A informação foi divulgada nesta terça-feira (29) pela colunista Mônica Bergamo no jornal Folha de S. Paulo. O castigo, segundo a polícia, teria sido por conta da reclamação de Nardoni sobre problemas durante as visitas ao presídio.


Alexandre Nardoni foi condenado a 31 anos, um mês e dez dias de prisão por homicídio triplamente qualificado. A mulher Anna Carolina foi condenada a 26 anos e oito meses. Ambos cumprem pena pela morte de Isabella, 5 anos, que morreu em março de 2008 após ser jogada do sexto andar do prédio donde moravam o pai e a madrasta.


Justiça nega pedido de prisão contra suspeitos de matar irmãs em Cunha, SP


SÃO PAULO - A Justiça de São Paulo negou o pedido de prisão temporária solicitado pela polícia contra um suspeito da morte de Jocely Laurentina de Oliveira, de 16 anos, e Juliana Vania de Oliveira, de 15, segundo informou há pouco a delegada da Delegacia Seccional de Guaratinguetá, Sandra Vergal.


Os corpos das duas irmãs, que moravam na cidade de Cunha, foram encontrados nesta segunda-feira. A delegada afirmou que há dois suspeitos do crime, mas não deu detalhes de quem são. Um dos suspeitos, segundo a polícia, foragido da polícia e teria trabalhado como ajudante de pedreiro na casa da família.Segundo ela, na casa do pai de um deles foi encontrada uma arma. Contra o outro, Sandra Vergal não achou necessário pedir prisão.


A polícia agora espera conseguir mais provas para pedir novamente a prisão dos suspeitos. - Vamos colher mais provas, fazer perícia em veículos que podemos encontrar, ver se tem fios de cabelo na blusa delas e na do suspeito - disse a delegada. Sandra Vergal disse que a polícia ainda apura o que motivou o crime, mas afirmou que não há nenhum indício de que tenha sido latrocínio (roubo seguido de morte).


- Pode ser violência sexual, não está descartado, embora o médico legista não tenha visto (indícios) a olho nu. Pode ser ciúmes. Pode ser um sentimento assim - disse a delegada, que não esclareceu porque a polícia trabalha com a hipótese de ciúmes. De acordo com a delegada, a polícia levantou a hipótese de crime sexual pelo fato de as vítimas serem jovens e bonitas. Secreções dos corpos das irmãs vão ser analisadas pelo Instituto Médico Legal da capital paulista, para checar a possibilidade de crime sexual. A família das vítimas, segundo ela, não tem inimigos.


Sandra Vergal afirmou que é provável que a família das vítimas conheça os suspeitos e que o crime tenha sido cometido por mais de uma pessoa. - Foram seis tiros, as duas vítimas tiveram que andar muito. Elas devem ter sido colocadas em um carro e para serem colocadas devem ter reconhecido alguém, se não teriam relutado muito - disse a delegada. O pai das adolescentes, José de Oliveira, afirmou logo após o enterro das filhas que perdoa o criminoso.


Oliveira, que é católico, afirmou que as filhas deixarão muita saudade e que a família vai rezar para superar a perda. - Jesus diz para perdoar, por mais que a pessoa tenha cometido uma ofensa, tem de perdoar. Só espero que quem fez isso não faça de novo com outras pessoas - disse ele. Oliveira tinha três filhas. Agora, só resta uma: Betânia, de 17 anos, a mais velha. Betânia disse que sua família não tem ideia de quem cometeu o crime.


- Está nas mãos de Deus e da polícia - disse a jovem, a respeito das investigações sobre a morte das duas irmãs. Betânia completa 18 anos amanhã. A família tem esperança que a polícia vai descobrir o assassino.


- Elas eram muito boas. Eram alegres e divertidas. Não é fácil perder a família assim. Tem que prender, a pessoa tem de pagar - afirmou Cleber Teixeira dos Santos, de 18 anos, primo das meninas.


Moradores da cidade de Cunha pretendem fazer esta semana uma manifestação pedindo justiça, paz e segurança. O ato deve ocorrer na próxima quinta-feira, às 14h, no Alto do Cruzeiro. Os participantes devem levar flores em homenagem às irmãs.


- O promotor, o juiz, o comandante, o delegado não vivem aqui. A cidade está abandonada. Moro há 18 anos em Cunha e a violência começou de dois anos para cá - disse Dulce Maia, uma das organizadoras do ato. O enterro no cemitério da cidade contou com muitos jovens, a maioria amigos de escola das garotas. Mais de mil pessoas participaram do velório e do enterro.


Ana Flávia, apontada como a melhor amiga de Juliana estava aos prantos e sequer conseguia falar. As duas estudaram juntas desde a 5ª série. A irmã dela, Renata Cristina Campos, diz que a morte de Juliana deixou sua família insegura.


- A Ana Flávia pega o mesmo ônibus escolar que a Juliana pegava. Não estamos mais seguros - diz Renata. Os corpos de Josely e Juliana tinham evidências de violência sexual. Segundo a polícia, elas foram mortas a tiros. Josely levou dois tiros, Juliana quatro.



Três anos após morte de Isabella Nardoni, apartamento da família continua vazio em SP


Da rua, é possível ver que as janelas estão fechadas e, a sacada, sem qualquer movimento. Na guarita, a quem pergunta pelos moradores do apartamento 62, o porteiro dá logo o aviso: "está vazio". Hoje, três anos após a morte da menina Isabella Nardoni, o apartamento de onde a garota caiu, localizado na rua Santa Leocádia, 138, zona norte de São Paulo, continua sem ninguém.

Condenados pelo assassinato, o pai de Isabella, Alexandre Nardoni, e a madrasta, Anna Carolina Jatobá, que moravam no edifício London, estão presos. Fotografado exaustivamente na época do crime e palco de várias perícias, o ambiente estaria fechado, sem uso algum. Uma vizinha, que pediu para não ser identificada, informou que o pai de Alexandre, Antonio Nardoni, tentou passar o apartamento 62 adiante, mas não teria tido sucesso. Na rua, não há placa para anunciar o aluguel ou venda do apartamento. Antonio Nardoni foi procurado pelo UOL Notícias, mas não retornou ao telefonema da reportagem.


Condenação

O Tribunal do Júri do Fórum de Santana, na zona norte de São Paulo, condenou Alexandre e Anna Carolina Jatobá em março do ano passado. No total, Nardoni foi condenado a 31 anos, 1 mês e dez dias de prisão e Jatobá a 26 anos e oito meses, ambos em regime fechado. Os jurados –quatro mulheres e três homens– entenderam que os réus cometeram homicídio triplamente qualificado, por usarem meio cruel (asfixia), dificultarem a defesa da vítima, que foi arremessada pela janela inconsciente, e terem cometido um crime para encobrir outro –o que haviam feito no apartamento antes de atirar a criança.

A pena de Alexandre foi aumentada em um sexto porque ele cometeu o crime contra a própria filha e por ter se omitido na condição de pai. Também pesou um agravante contra ambos: a menina ter menos de 14 anos de idade. Somou-se a essa pena a condenação por mais um crime, oito meses e 24 dias-multa por fraude processual (em regime semiaberto), pelo fato de o casal ter alterado o local do crime com o objetivo de enganar as autoridades.

Propaganda homofóbica feita no Brasil vaza e causa polêmica


Divulgada em sites estrangeiros, uma propaganda que sugere aos pais o consumo de cachaça como forma de aceitar a homossexualidade do filho tem causado polêmica. A peça apareceu no portal "Ads Of the World" e no Gawker, um dos maiores sites noticiosos dos EUA, onde foi chamada de "O anúncio mais homofóbico da semana".

Em inglês, a propaganda da cachaça Magnífica, fabricada em Miguel Pereira (RJ), mostra a planta de uma casa. No sofá, quadradinhos coloridos identificam "Your son" (seu filho) e "Your son's buddy" (o camarada do seu filho). Uma legenda indica que os dois estão vendo "O Segredo de Brokeback Mountain", filme sobre o amor entre dois caubóis gays, do cineasta Ang Lee. Abaixo, há uma foto da cachaça Magnífica e a frase: "If you gotta be strong, we gotta be strong" (Se você tem de ser forte, nós temos de ser fortes). Segundo a Agência3, de onde o anúncio partiu, ele foi passado ao site por uma dupla de criadores sem autorização e sem a marca saber.

Para Toni Reis, presidente da ABGLT (Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais), a propaganda promove o preconceito. "A gente não deve usar uma situação que é um problema sério para qualquer família", afirma Reis. A Agência3 disse que não veicula nem aprova a campanha. O fabricante da cachaça Magnífica afirmou que desconhecia o anúncio e que nunca o autorizou, além de desaprovar seu conteúdo. Há alguns anos, a cachaça "Cura Veado" causou controvérsia entre a militância gay.




Programa voltado para gestantes é anunciado pelo governo


A presidente Dilma Rousseff lançou nesta segunda-feira (28), em Belo Horizonte (MG) o projeto Rede Cegonha, programa que visa garantir assistência integral da gestação aos primeiros anos de vida do bebê. A ação prevê investimentos de R$ 9 bilhões. A presidente afirmou que um país pode ser medido pela atenção que dá às mães e aos bebês. Dilma esclareceu que o objetivo é trabalhar com maior antecedência do que o vem sendo feito, antes mesmo do nascimento da criança, para que garantir mais saúde e qualidade de vida para a gestante, propiciando um parto melhor assistido. A Rede Cegonha será ligada ao SUS (Sistema Único de Saúde). A mulher que chegar a uma unidade estadual ou municipal informando que está grávida ou que há suspeita de gestação deverá passar, inicialmente, por um teste rápido. A ideia é que o pré-natal comece nesse momento, no primeiro contato dos profissionais de saúde com a gestante, dando todas as condições e incentivo para que seja feito um pré-natal completo. A principal novidade é que o governo federal vai garantir recursos para o deslocamento da gestante às consultas e exames por meio de um vale-transporte. A mãe também receberá um vale-táxi para ir à maternidade, caso tenha cumprido todo o pré-natal. Atualmente, cerca de 90% das gestantes brasileiras realizam as quatro consultas recomendadas pela OMS (Organização Mundial da Saúde). A Rede Cegonha pretende fazer com que o número de consultas frequentadas pelas gestantes durante o pré-natal passe para seis. O SUS já recomenda 20 tipos de exames às gestantes, mas o programa prevê a inclusão de mais testes ao pré-natal, como a ultrassonografia. Se for detectada uma gravidez de risco, nove tipos de exames complementares também terão recursos garantidos, segundo a presidente. Conforme o programa, a gestante terá condições de conhecer, com antecedência, a maternidade para a qual será encaminhada e vai ser estimulada a fazer parto normal. O governo federal pretende criar ainda casas da gestante e casas do bebê, unidades localizadas dentro de maternidades de alto risco. A iniciativa pretende dar abrigo a mães e bebês em situações em que precisem de acompanhamento e não possam ir para casa. Atenção mamães: aproveite este novo benefício oferecido pelo governo. Portanto, não deixem de participar deste programa, pois o acompanhamento médico durante este período é extremamente importante.

‘Tem como esquecer um filho?’, diz mãe de Isabella, 3 anos após crime

Ana Carolina com a filha Isabella em foto do álbum da família Cunha Oliveira (Reprodução/Arquivo Pessoal)

Em entrevista ao G1, Ana Carolina Oliveira fala sobre data da morte da filha. Túmulo de Isabella vira local de visitação em SP; casal Nardoni está preso.



“Tem como esquecer um filho?”, indaga Ana Carolina Cunha de Oliveira, mãe de Isabella de Oliveira Nardoni, ao responder uma das perguntas feitas pelo G1 sobre os três anos da morte da menina.

“Todos os dias são marcantes, pois ela não voltará nunca, e não apenas em algumas datas.”

A entrevista foi feita por e-mail, por intermédio da advogada dela, Cristina Christo Leite. Isabella foi encontrada caída no terraço do Edifício London, na Zona Norte de São Paulo, já sem sinais vitais, no final da noite de 29 de março de 2008. Informações desencontradas davam conta de um possível assassinato. Ela tinha apenas 5 anos quando foi levada de ambulância a um hospital na tentativa de que fosse reanimada.

Sem sucesso, os médicos informaram à família que o quadro era irreversível já no início da madrugada do dia 30. Por esse motivo, essa última data é a que aparece na cruz da lápide de Isabella ao lado da estrela que traz o seu nascimento: 18 de abril de 2002.

Segundo funcionários do Cemitério Parque dos Pinheiros, no Jaçanã, a visitação ao túmulo beira a peregrinação. A administração do cemitério particular informa que as visitações são permitidas para quem quiser, basta se identificar na portaria. As visitas são diárias. Vasos com flores são deixados por pessoas, muitas delas desconhecidas, no local. Outros visitantes rezam.

É o caso do aposentado Antonio José da Silva, de 80 anos, e seus amigos e familiares, que visitaram o túmulo de Isabella na manhã de segunda-feira (28). “Foi um caso que abalou o Brasil porque ela foi morta por alguém da própria família, alguém que deveria protegê-la. Morreu jovem como um anjinho”, diz.

Desde o início das investigações, a Polícia Civil desconfiou da versão apresentada pelo pai da criança, Alexandre Alves Nardoni, e da madrasta da menina, Anna Carolina Trota Peixoto Jatobá, de que um assaltante havia entrado no prédio e a jogado da janela do sexto andar. Após se tornar suspeito, indiciado, acusado, denunciado e réu, o casal foi condenado pelo crime em 27 de março de 2010.

Alexandre, atualmente com 32 anos de idade, foi sentenciado a 31 anos, um mês e dez dias de prisão sob a acusação de ter atirado Isabella do apartamento ao chão. Anna Carolina Jatobá, com 27 anos, recebeu pena de 26 anos e oito meses de reclusão porque foi tida como a responsável pela esganadura antes da queda. O ciúme que a madrasta tinha do marido com a filha dele, Isabella, e com a mãe da menina, Ana Carolina Oliveira, foi apontada como a motivação do crime.

Os Nardoni estão detidos na Penitenciária de Tremembé, no interior de São Paulo. A defesa deles ainda tenta anular o júri popular para a realização de um novo julgamento. Os dois dizem ser inocentes.

“A maior lição que ficou para sociedade é que a Justiça existe e é eficiente. Independentemente de todas as manobras que a defesa tenha feito, a Justiça se mostrou capaz de trazer à tona a culpa dos réus para que eles fossem condenados”, afirma a advogada Cristina Christo Leite, que também foi assistente da acusação no caso.

Leia abaixo a íntegra da entrevista que Ana Carolina Oliveira, agora com 26 anos, concedeu por escrito ao G1 para falar sobre as datas de três anos da morte da filha Isabella e a de um ano da condenação do casal Nardoni.


Foram mantidas as palavras do mesmo modo que foram escritas no e-mail.


G1 - Quase um ano depois, qual foi o significado da condenação dos réus acusados de matar Isabella para a sociedade?

Ana Carolina Oliveira - Pra mim, foi um sentimento de justiça feita. Ver que neste caso não houve impunidade, ou melhor, muito pelo contrário, pois vimos a dedicação, o profissionalismo do inicio ao fim.


G1- Se existe alguma lição, qual foi a que você aprendeu nesse período?


Ana Carolina - Neste caso existem muitas lições. Hoje ainda é difícil explicar exatamente, mas as feridas, seguidas do amadurecimento, tentam entrar em equilíbrio.

G1 - Você chegou a dar apoio a algumas famílias que tiveram seus parentes assassinados, como a mãe de Mércia Nakashima. Você pretende ajudar mais pessoas que, assim como você, perderam alguém de modo cruel ou violento?

Ana Carolina - Eu não tenho nenhum projeto concreto como uma ONG para esse tipo de ajuda. Eu como todo e qualquer cidadão se comove com tanto casos bárbaros e o descaso das pessoas pela vida humana, seja alguém da família ou alguém de longe, mas o que estiver ao meu alcance e o que eu puder fazer pra ajudar toda e qualquer pessoa que passe por algum sofrimento como o da perda eu farei com toda certeza.

G1 - Na última vez que concedeu uma entrevista ao G1, você comentou que iria retomar a vida. Passa pela sua cabeça como seria voltar a ser mãe, desde a gestação até o parto e a escolha do nome da criança?

Ana Carolina - A minha vida está sendo retomada um dia de cada vez. Com toda certeza e se Deus permitir quero ser mãe novamente. Não sei como vai ser como isso acontecer, mas é certeza que quero realizar esse sonho novamente.

G1 - Pensa em voltar a ter filhos, constituir uma nova família, se casar ou adotar uma criança?

Ana Carolina - Esses são uns dos meus grandes planos de vida.

G1 - Qual o significado dessas três datas para você: dia 27 de março (condenação do casal Nardoni), dia 29 de março (morte de Isabella), e dia 18 de abril (nascimento de sua filha)?

Ana Carolina - Com toda certeza essas datas são marcantes, mas eu diria que TODOS os dias são marcantes, pois ela não voltará NUNCA, e não apenas em algumas datas.

G1 - Quase um ano após a sentença do casal, porque você acha que sua filha foi morta?

Ana Carolina - Continuo com a mesma opinião. Um ciúme gerado, ou algo que tenha lembrado meu nome em algum momento seguido de discussões.

G1 - Em 2010, você afirmou que o pai de Isabella deveria ter zelado pela filha e não fez isso. Tem vontade de dizer algo agora aos parentes dos condenados ou ao casal?

Ana Carolina - Eu penso que tudo que houve desde que tudo aconteceu já disse TUDO. E continuo afirmando que quem deveria zelar pela vida dela seria ele.

G1 - Como está a Ana Carolina um ano após o julgamento e condenação dos acusados de matar sua filha?

Ana Carolina - Eu diria que mais madura, mais firme. Na verdade hoje faz um ano de julgamento seguido de três anos da ausência da minha filha.

G1 - Sua mãe tem uma tatuagem com o nome de Isabella para lembrar da neta dela. E você, como se recorda de sua filha?

Ana Carolina - Tem como esquecer um filho???


Kleber Thomaz




segunda-feira, 28 de março de 2011

Corpos de irmãs mortas em Cunha, SP, tinham marcas de tiros, diz polícia


SÃO PAULO - A polícia informou que foram encontradas marcas de tiros nos corpos das irmãs Laurentina de Oliveira, de 16 anos, e Juliana Vania de Oliveira de 15 anos. Após ter desaparecido na quarta-feira passada, elas foram encontradas mortas nesta segunda-feira em Cunha, cidade a 217 quilômetros de São Paulo. De acordo com a polícia, a mais velha levou dois tiros e a mais nova quatro tiros. Pessoas próximas à família das irmãs afirmaram que os corpos de ambas também tinham sinais de violência. Segundo essas pessoas, elas tinham cortes no pescoço e o mamilo de um dos seios da menina mais velha quase foi arrancado. Elas estavam de roupa, mas tinham sinais evidentes de violência sexual. A polícia de Cunha já tem um suspeito, que está sendo procurado. Ele é foragido de uma cadeia da região de Cunha de prenome Ananias. Segundo a polícia, o suspeito trabalhou como servente de pedreiro na casa da família das meninas, no bairro Jacuí, estava morando na região, mas não é visto desde o desaparecimento as irmãs, na última quarta-feira. Segundo o delegado Marcelo Vieira Cavalcanti, os corpos das irmãs estavam em adiantado estado de decomposição. Só após a conclusão dos exames no Instituto Médico Legal (IML) será possível saber como as irmãs morreram. O boletim de ocorrência do crime ainda nem foi feito. O delegado disse que o pai do suspeito foi preso nesta segunda-feira por porte ilegal de arma. Na casa dele, foram encontradas várias armas de fogo. Os corpos das duas irmãs foram encontrados pela equipe do canil da cidade de Taubaté. As irmãs foram vistas pela última vez quando desciam do ônibus que trazia as duas da escola, na última quarta-feira. - Espero que o suspeito seja preso o quanto antes. Assim como eu sempre quis o bem das minhas filhas, não vou querer o mal de ninguém. Mas quero que se faça Justiça - disse o pai da meninas, o pedreiro José de Oliveira. O pai e a mãe das meninas, que trabalha como empregada doméstica, estão na casa de parentes recebendo apoio. A família, que é muito religiosa, está muito abalada com a tragédia. O pai, a mãe e as três filhas são voluntários de uma igreja católica. À noite, eles costumavam fazer rodas de orações dentro de casa. A delegada seccional de Guaratinguetá, Sandra Maria Pinto Vergal, informou que os corpos das irmãs foram achados em mata fechada, na estrada da Samambaia, no Bairro Jacuí, perto de uma represa, a cerca de 700 metros do local onde desceram do ônibus escolar. Segundo a delegada, o local onde os corpos foram achados fica cerca de 7 a 8 km da casa das adolescentes, que moravam na área rural do município de Cunha. A delegada informou que as irmãs estudavam na escola estadual Paulo Virgínio, em Cunha, e saíram às 18 horas. O pai costumava encontrá-las às 18h30m. De acordo com Sandra, as irmãs desceram do ônibus escolar no local combinado. Porém, o pai chegou e não encontrou as filhas. O motorista do ônibus escolar, Sergio Roberto Toledo, disse que as meninas são sempre as primeiras a descer, de um grupo de 40 alunos. No dia em que elas desapareceram, ele afirmou não ter visto nada de estranho quando elas desceram, já que estava escuro. O diretor da escola onde elas estudavam, Benedito Edson Galvão de França, disse que vai liberar nesta terça-feira os 900 alunos do período da manhã para acompanhar o enterro das colegas. Elas cursavam o segundo e o primeiro ano do ensino médio. Os corpos das adolescentes foram encaminhados para perícia em Guaratinguetá. Eles serão velados na igreja do Rosário e enterrados em Cunha, nesta terça-feira. Após do desaparecimento das irmãs, a polícia intensificou as buscas desde sexta-feira, com cães farejadores e até o helicóptero Águia. Uma equipe da polícia está no local para colher informações e provas que ajudem a identificar a autoria do crime.



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