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sábado, 2 de abril de 2011
Cinco motivos para sentir vergonha
Há um novo nome na lista dos fugitivos mais procurados do Estado de São Paulo: o pedreiro Ananias dos Santos, de 27 anos, principal suspeito de um dos crimes mais tenebrosos de que o país ouviu falar. As vítimas são as irmãs Josely e Juliana, de 16 e 15 anos. No caminho entre o ônibus escolar e a casa, encontraram um monstro.
Se tiver sido mesmo Ananias, era um monstro conhecido delas e da polícia. Tinha saído da prisão numa folga de Páscoa, em 2009, e não voltara. Todos sabiam onde morava. Já era foragido antes. Mas ainda não tinha ficado famoso.
A delegada Sandra Vergal diz com simplicidade que, “pelos antecedentes dele, Ananias não podia ser contrariado em nada”.
Por que nenhuma autoridade policial até agora fez um mea culpa? O preso sai pela porta da frente, não volta para a cela e, por suposta rejeição de uma das meninas, persegue e mata as irmãs a tiros?
Dói demais ver as fotos das adolescentes. Além de muito bonitas, eram conhecidas como educadas, estudiosas e apegadas à família.
Ananias era fugitivo com endereço certo. Quem afinal matou as meninas da aprazível Cunha, uma localidade pacata e verde, que fez passeata de 3 mil por justiça? Somos ou não também culpados pela negligência de nosso sistema penitenciário?
A semana passada foi pródiga em constrangimentos.
Em dezembro, listei nesta coluna dez razões para se indignar. Nos últimos dias, além do crime bárbaro de Cunha, deparei com mais quatro razões para me decepcionar com o ser humano público e privado.
■O vice-presidente José Alencar, herói no combate ao câncer, afetuoso no trato com as pessoas, dizia “não temer a morte, mas a desonra”. E, mesmo assim, foi incapaz de sequer conhecer sua suposta filha com uma enfermeira.
Recusou-se a fazer exame de paternidade e chamou publicamente a mãe de Rosemary de Morais de prostituta:
“Todo mundo que foi à zona um dia pode ser pai. São milhões de casos”. No caso de Alencar, a atitude não combina com a biografia. Onde estava sua coragem? Encarou o câncer e 17 cirurgias, mas Rosemary não. Ela ganhou na Justiça o sobrenome Alencar
Além do crime bárbaro de Cunha, a semana ofereceu quatro outros motivos para nosso constrangimento
■A atriz Cibele Dorsa usou sua depressão e seu suicídio para protagonizar um circo deprimente. O Twitter, a carta para a revista Caras, o vídeo montado para homenagear o noivo que também se matara dois meses antes.
Nesse inacreditável mundo novo, a regra é se expor e ser seguido por milhares, mesmo no Além. Uma moça bonita, mãe de um casal de filhos, desperdiça a vida e dirige um roteiro multimídia para conseguir finalmente a fama após a morte. O suicídio perde o que lhe restava de privacidade, discrição, gravidade e pudor.
■O deputado Jair Bolsonaro também aproveitou a mídia para ser mais Bolsonaro do que nunca. Ofendeu negros quando só queria, segundo ele, ofender gays. Já falou barbaridades piores.
Desta vez, conseguiu a repercussão desejada porque difamou pela televisão uma celebridade, Preta Gil. Reafirmou a uma rádio que Preta “é promíscua” e que o pai da cantora, Gilberto Gil, “é outro que vive dando bitoquinha em homens”.
Como Bolsonaro defende sua liberdade de expressão, eu também poderia escrever que ele não passa de um ignorante. Mas, como isso não é novidade, só pergunto como o deputado foi parar na Comissão de Direitos Humanos da Câmara.
■O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, em visita a Buenos Aires, foi condecorado pela Faculdade de Jornalismo de La Plata por sua “defesa da comunicação popular”.
Chávez tirou do ar uma TV e várias emissoras de rádio. Aprovou leis que tornaram crime as críticas pesadas ao governo. Perseguiu oposicionistas. E ganhou um prêmio que é homenagem a um jornalista importante da Argentina, assassinado pelos militares, Rodolfo Walsh.
O vexame internacional foi ainda maior pela coincidência: a anfitriã, a presidente Cristina Kirchner, é acusada de estar por trás dos sindicalistas que proibiram a circulação do jornal Clarín. Como jornalista e ser humano, senti vergonha e impotência diante desses episódios e seus personagens. Nessas horas, a palavra não é suficiente.
PR: MP quer tirar adolescentes das lavouras de fumo
A partir de agora, o produtor de fumo do Paraná e de Santa Catarina que empregar o filho com idade abaixo de 18 anos na lavoura corre o risco de perder o contrato com a indústria fumageira.
O Ministério Público do Trabalho do Distrito Federal e o Sindicato da Indústria do Tabaco (SindiTabaco) assinaram, no início deste mês, um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) que regra a relação entre os fumicultores e a indústria. Entre as cláusulas do acordo está a obrigação da apresentação da matrícula e da frequência escolar dos filhos dos produtores.
O objetivo é evitar a mão de obra infantil no campo. Não há números sobre quantas crianças e adolescentes trabalham na fumicultura, mas os dados do SindiTabaco indicam que há 90 mil famílias que praticam essa atividade nestes estados.
Protestos contra queima do Alcorão deixam mortos no Afeganistão
Outras 73 pessoas ficaram feridas, diz comunicado do governo afegão. Na sexta, ataque a unidade da ONU deixou oito funcionários mortos.
Subiu para nove o número de mortos neste sábado (2) em Kandahar em novos protestos contra a recente queima de um exemplar do Alcorão nos Estados Unidos, um dia depois da morte de sete funcionários da ONU no ataque mais violento contra as Nações Unidas desde a invasão do Afeganistão em 2001.
Os protestos deste sábado começaram no centro de Kandahar (sul do Afeganistão) e se ampliaram a outros pontos. A polícia enfrentou os manifestantes, que seguiam para os escritórios da ONU e para os edifícios do governo provincial. "Hoje, como resultado das violentas manifestações em Kandahar, 73 pessoas ficaram feridas e nove morreram", afirma um comunicado da administração local.
"Às 9 horas (1h30 de Brasília) teve início uma manifestação pacífica contra a queima do Alcorão nos Estados Unidos. Elementos destrutivos se infiltraram entre a multidão e tentaram gerar violência", declarou Zalmai Ayubi, porta-voz do governo de Kandaha
Universitária é espancada após denunciar bullying em Ribeirão Preto, SP
SÃO PAULO - A estudante de enfermagem Ana Claudia Karen Lauer, de 20 anos, foi espancada por três alunas na tarde de sexta-feira, em frente do Centro Universitário Barão de Mauá, em Ribeirão Preto, a 319 km da capital paulista. Ela teve fratura no nariz.
Segundo a estudante, a agressão teria acontecido porque reclamou à coordenação do Centro Universitário que estaria sofrendo bullying e sendo hostilizada pelos colegas. Ana Cláudia pediu transferência para a faculdade há três meses e cursa disciplinas em diferentes salas.
A universitária relatou ter denunciado que era perseguida por colegas na quinta-feira. Segundo ela, ao chegar na sexta-feira na sala de aula, foi encarada pelos alunos. No final da aula, duas colegas começaram a discutir com ela e uma terceira a agrediu com um capacete de motociclista. Ela disse ainda que ninguém da faculdade interferiu na briga e que foi socorrida por uma aluna que ela não conhecia.
A mãe da estudante, Cláudia Aparecida Rodrigues Lauer, diz que a instituição de ensino foi antiética ao comunicar os alunos sobre a denúncia e que não socorreu sua filha.
- Ela era perseguida desde o início, quando foi transferida, mas fazia os trabalhos sozinha e era participativa - conta. Segundo Cláudia, a filha resolveu comunicar o fato à diretoria porque estaria se tornando insuportável.
- Eles faziam parede quando ela estava no corredor para ela não passar - afirmou. As agressoras foram ouvidas na Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) e liberadas. Segundo o assessor de imprensa da Barão de Mauá, Alécio Scandiuzzi, foi instaurada uma comissão para apurar os fatos e ouvir os envolvidos.
O Globo
sexta-feira, 1 de abril de 2011
Sobrinho do principal suspeito de crime em Cunha diz ter medo de sair de casa por ser parecido com tio
Rapaz também afirmou que acredita na inocência de Ananias dos Santos
O sobrinho do principal suspeito de assassinar as duas irmãs adolescentes de Cunha, cidade a 231 km de São Paulo, Isailton Batista Toledo, disse nesta sexta-feira (1º) acreditar na inocência de seu tio, Ananias dos Santos. Ele contou que, no dia seguinte ao crime, recebeu um telefonema de Santos em que o suspeito afirmou não ser o culpado do assassinato e que não iria pagar por um crime que não cometeu. Toledo confirmou que seu tio era apaixonado por uma das adolescentes e, justamente por isso, não teria capacidade de matar as jovens.
Ele também contou que frequentava a casa das meninas, era muito amigo de uma delas e ficou chocado com o crime. Desde o início da semana, o sobrinho de Ananias diz ter medo de sair de casa e também de voltar para a cidade de Cunha, onde mora sua família. De acordo com o rapaz, o motivo do medo seria a semelhança física que ele tem com seu tio. Os dois foram criados juntos e a diferença de idade entre eles é de apenas um ano.
Toledo ajudou nas buscas e, segundo o delegado responsável pelo caso, o pai das meninas pode ter se confundido na hora de identificar tio e sobrinho.
Depoimento do pai
O pedreiro José Benedito de Oliveira, pai das adolescentes de 15 e 16 anos encontradas mortas na última segunda-feira (28) em um matagal de Cunha, disse à polícia que o principal suspeito do crime, Ananias dos Santos, esteve em sua casa dia 24, um dia após o sumiço das irmãs, pedindo que ele guardasse uma arma. A polícia suspeita que essa pode ter sido uma tentativa do suspeito de incriminar o pai das vítimas, caso a arma fosse encontrada em sua casa. Oliveira afirmou que Santos estava nervoso e pediu para esconder a arma em um monte de lenha.
- Disse a ele que fosse embora.
A auxiliar de enfermagem de 50 anos que namorava o suspeito do duplo homicídio disse, em entrevista, que se arrependeu de não ter avisado a polícia logo que recebeu um telefonema de Santos, também no dia 24, afirmando saber onde estavam os corpos.
A polícia suspeita que a mulher tinha ciúme de uma das irmãs mortas e que Santos matou a garota para mostrar que amava a namorada. Uma irmã do suspeito também foi entrevistada e disse que ele não comentou nada sobre o crime.
Manifestação
Na tarde de quinta-feira (31), cerca de 2.000 pessoas realizaram uma manifestação em Cunha em protesto contra o assassinato das irmãs. O ato teve início na avenida Padre Rodolfo, no bairro Alto do Cruzeiro, perto da Santa Casa da cidade. Os moradores disseram que o crime só ocorreu por causa da falta de segurança na cidade.
Crime
Os corpos das irmãs adolescentes foram encontrados na última segunda-feira em um matagal na zona rural de Cunha. O resultado dos exames do IML (Instituto Médico Legal) de Guaratinguetá apontou que as duas foram baleadas no peito e na cabeça.
R7
As conquistas de uma criança autista
COMENTÁRIO EM DESTAQUE
Comentou em: reporter record revela exploracao
agradeço sinceramente as pessoas que idealizaram o site, o qual foi de suma importância na divulgação do caso, para que chegassemos ao desfecho desse pesadê-lo... Obrigada, guerreiras!
Dia 01 Abr Geanilde
Comentou em: reporter record revela exploracao
Agradeço a todos aqueles que de alguma forma colaboraram comigo na luta para colocar atrás das grades um monstro que abusava de nossas crianças, No dia 06 de maio as 10;30 Jailson Alves Bezerra será julgado em Araripina por crimes cometidos contra várias crianças, e nós que há muito esperamos por justiça estaremos lá para vê-la acontecer
Colégio terá que indenizar estudante em R$ 35 mil por 'bullying'
Polícia prende suspeito de matar mulher a pedradas em Niterói, no RJ
Pais rejeitam trigêmeas de inseminação artificial
quinta-feira, 31 de março de 2011
Cunha: Suspeito de assassinar irmãs não agiu sozinho, diz polícia
Caso Lavínia: Novo inquérito para apurar participação de terceiros no crime
O DIA ONLINE
Gêmeos conversam como adultos em vídeo no Youtube
O vídeo de dois bebês conversando como adultos é um hit no YouTube. Eles parecem estar travando um diálogo importantíssimo. O vídeo com a conversa de grunhidos dos pequenos, que são irmãos gêmeos, já teve mais de seis milhões de acesso. Incompreensível, o papo chega num momento em que se torna uma discussão ferrenha, onde cada um parece defender seus argumentos.
Estadão
Mônica Bergamo: Presídio apura punição de Alexandre Nardoni
Folha OnLine
Estudioso dos maias nega fim do mundo em 2012
Roraima sitiada - O FUTURO DO PAÍS
Menina de 4 anos escreve carta para mãe desaparecida após tsunami
Suspeito de matar irmãs entra na lista dos mais procurados pela polícia
Ananias dos Santos tem passagem por roubo e formação de quadrilha. Pai das vítimas de Cunha diz que rapaz pediu para esconder revólver.
O suspeito de matar as irmãs Josely Oliveira, de 16 anos, e Juliana Oliveira, de 15, em Cunha, a 231 km de São Paulo, entrou para a lista dos 25 mais procurados pela Polícia Civil paulista. Segundo a Secretaria da Segurança Pública (SSP), Ananias dos Santos, de 27 anos, tem passagem por roubo, porte ilegal de armas, formação de quadrilha e constrangimento ilegal.
Os crimes aconteceram entre 2002 e 2003 em Lorena e Cachoeira Paulista, no Vale do Paraíba, no interior paulista. Ele atuava em uma quadrilha conhecida como "Irmãos Metralha", segundo a polícia. Ananias estava preso na Penitenciária de Tremembé, a 147 km de São Paulo, mas fugiu após receber benefício de saída temporária de Páscoa em 2009.
De acordo com as investigações, o jovem se interessou por Juliana, fato que despertou ciúmes na namorada, vizinha da família das vítimas. Segundo o Bom Dia Brasil, o pai das meninas prestou depoimento e disse que o suspeito do crime foi à casa dele após o desaparecimento e pediu para que ele escondesse um revólver.
O rapaz fugiu no dia seguinte ao crime, de acordo com sua namorada. Além do rapaz, também entrou na lista dos mais procurados Edimar Silvio das Neves, de 39 anos. Considerado de alta periculosidade, o homem fugiu da Penitenciária de Pacaembu, onde respondia por tráfico de drogas.
A prisão dos irmãos Anderson e Luciano dos Reis Vajda, mais conhecidos como Cigano e Ciganinho, possibilitou a atualização da lista. A dupla, que era considerada de alta periculosidade pela polícia, foi presa na cidade de Arcos, em Minas Gerais, na segunda-feira (28), após policiais da cidade reconhecê-la por meio das fotografias publicadas no G1.
A polícia pede para quem tiver alguma informação sobre o paradeiro dos procurados ligar para os números de telefone: 181 (Disque –Denúncia), 197 (Polícia Civil), 190 (PM) ou mandar um e-mail para procurados@policiacivil.sp.gov.br.
Veja mais: Lista dos mais procurados pela polícia de São Paulo G1
quarta-feira, 30 de março de 2011
3 anos sem Isabella Nardoni
Lei garante visita de avós a netos em casos de divórcio
Autoridades comparecem ao velório de José Alencar para prestar última homenagem
Mulher processa hotel por ser presa após denunciar estupro
Pesquisa diz que principais alvos de bullying são alunos populares na escola
Orca que matou treinadora em parque da Flórida volta aos shows
Desabafo
Amigos, Estou indignada e apavorada. Eu nada entendo de Justiça e apesar das justificativas apresentadas para a decisão da soltura do pai de Joanna, minha filha, eu continuo sem entender como funciona a Justiça.
Primeiro entregam minha filha a ele para ser morta, agora a sepultam novamente dando ao principal responsável, que era o garantidor da vida dela, o pai, o que detinha a guarda, a liberdade para que comemore junto à seus familiares sua liberdade. E eu sigo em dias de luto intermináveis.
Só entendo do que fui tecnicamente e emocionalmente formada. Como mãe sinto uma dor lancinante, de alma sangrando, rasgada, ouço o som do sorriso sem poder vê-la. Como médica, posso entender fisiologicamente o sofrimento de minha filha naquela casa. Estar amarrada pés e mãos sobre fezes e urina num tapete dentro do closet, com uma camisa regata, num chão frio de granito em pleno julho, inverno portanto, é quase Auschwitz para uma criança de 5 anos. Não consigo suportar imaginar a dor que minha filha deve ter sofrido. A essa hora já estava queimada nas nádegas com uma queimadura feita por abrasão segundo os peritos. O corpo já tinha equimoses.
Cheguei ao hospital e a encontrei em morte cerebral clínica com pés e mãos inchadas e o corpo emagrecido com todas essas marcas. Após sua morte seu corpo foi, no IML, aberto de alto a baixo para ser examinado, sua cabeça recortada e seu cérebro fatiado a fim de que descobrissem o que a matou. Os detalhes eu poupo os que não entendem sobre o assunto de saber. Disso eu entendo: de sofrimento, de pavor, de saudades, de indignação. Mas eu não perco a fé e a esperança. Deus trouxe a verdade à tona e ela GRITA diante de nós. Minha filha não será esquecida no cemitério por nenhum de nós, brasileiros que se tornaram pais e mães de Joanna.
“ Nós não somos dos que voltam atrás e retrocedem, ao contrário nós cremos e somos salvos “ Hebreus 10: 39 - Bíblia Sagrada. Meu máximo agradecimento a todos vocês.
Em tempo: Hoje ao chegar para trabalhar encontrei um grupo de pacientes encostados na porta trancada à espera para me apoiar. Eles conhecem a minha dor. São representantes de vocês que se indignaram também!
Cristiane Marcenal
Blog Joanna Marcenal