Promotor Rodrigo Antunes falou neste sábado ao G1.
Polícia apura hipótese de mandante, executor e colaborador no crime.
Pelo menos três pessoas podem estar envolvidas no assassinato da advogada Mércia Nakashima, informou neste sábado (26) ao G1 o promotor do caso, Rodrigo Merli Antunes. De acordo com o representante do Ministério Público, a Polícia Civil de São Paulo já investiga essa hipótese. Além do ex-namorado da vítima, o advogado e PM aposentado Mizael Bispo de Souza, de 40 anos, e do vigilante Evandro Bezerra Silva, de 38 anos, mais um homem teria participação no crime.
O nome do suspeito não é revelado para não atrapalhar as investigações do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP). Apesar disso, os policiais já têm conhecimento, por meio da quebra dos sigilos telefônicos de Souza e Silva, que mais uma pessoa falou com os suspeitos no dia 23 de maio, quando Mércia desapareceu após sair da casa dos avós em Guarulhos, na Grande São Paulo.
O corpo da advogada foi encontrado em 11 de junho numa represa em Nazaré Paulista, no interior do estado. Um dia antes, seu veículo havia sido achado submerso no mesmo local após a denúncia de um pescador.
“É possível que pelo menos três pessoas colaboraram com o crime. Ainda não é possível individualizar as responsabilidades, quem foi o mandante, quem executou ou quem colaborou auxiliando numa possível fuga dos criminosos. Talvez seja possível que tenha sido um mandante ou dois executores. Quem irá analisar isso será a polícia”, afirmou o promotor Rodrigo Antunes. “O que sabemos é que muitos contatos telefônicos foram feitos entre os suspeitos até o dia do crime [23 de maio].”
Segundo a polícia, dados obtidos a partir do confronto entre celulares e rastreadores de carro, mostram que Silva se encontrou com Souza duas vezes no mesmo dia em que Mércia sumiu. Apontado como o principal suspeito pelo homicídio, ex-namorado da vítima nega o crime. Ele alega que estava com uma outra mulher não identificada na noite daquele domingo. Apesar disso, deverá ser chamado a depor pela quarta vez na próxima semana.
Sem sigilo
Na sexta-feira (25), o juiz Leandro Jorge Bittencourt Cano revogou o sigilo no processo e no inquérito policial que apuram o assassinato da advogada de 28 anos a pedido do Ministério Público.
O promotor Rodrigo Merli Antunes alegou que o caso já ganhou repercussão nacional e o segredo não poderia ser mais imposto à defesa dos suspeitos pelo crime.
Ainda na sexta, a pedido da Polícia Civil e da Promotoria, o mesmo juiz decretou a prisão temporária do vigilante sob a argumentação de que ele não havia comparecido a um depoimento marcado para a tarde do mesmo dia no DHPP, na capital paulista. O prazo da prisão é de 30 dias, prorrogáveis por mais um mês. A divisão de buscas e capturas procura o suspeito.
O promotor Antunes também foi favorável à prisão de Silva por entender que o depoimento dele é imprescindível para o inquérito e que o fato de estar em local incerto atrapalha a investigação policial.
Além disso, a família de Mércia entregou à polícia, na sexta, uma gravação de uma suposta tentativa de extorsão feita por um homem pelo telefone. Na ligação para os parentes da vítima, ele se identificou como ‘Evandro’ e pediu dinheiro para denunciar o assassino da advogada e descrever como foi o crime.
“Foi ele que empurrou o carro. Não teve mais ninguém. Ninguém subiu em cima do carro. Ele saiu do lado dela, soltou o freio de mão e empurrou o carro”, diz a voz ao telefonema.
Testemunha
O DHPP suspeita que o telefonema tenha sido feito pelo vigilante Evandro Bezerra Silva. Ele trabalhava como segurança num posto de combustíveis em Guarulhos, mas fugiu após bombeiros acharem o corpo de Mércia.
A testemunha conta que viu um veículo afundar na represa no mesmo dia em que Mércia sumiu de Guarulhos. Além disso, o pescador relatou à polícia ter visto um homem alto sair do automóvel e ouvidos gritos de mulher.
Até o início de julho, os institutos Médico-Legal (IML) e de Criminalística (IC) devem concluir os laudos sobre a causa da morte da advogada e a análise dos objetos que estavam no interior do Honda Fit prata da vítima.
Polícia apura hipótese de mandante, executor e colaborador no crime.
Pelo menos três pessoas podem estar envolvidas no assassinato da advogada Mércia Nakashima, informou neste sábado (26) ao G1 o promotor do caso, Rodrigo Merli Antunes. De acordo com o representante do Ministério Público, a Polícia Civil de São Paulo já investiga essa hipótese. Além do ex-namorado da vítima, o advogado e PM aposentado Mizael Bispo de Souza, de 40 anos, e do vigilante Evandro Bezerra Silva, de 38 anos, mais um homem teria participação no crime.
O nome do suspeito não é revelado para não atrapalhar as investigações do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP). Apesar disso, os policiais já têm conhecimento, por meio da quebra dos sigilos telefônicos de Souza e Silva, que mais uma pessoa falou com os suspeitos no dia 23 de maio, quando Mércia desapareceu após sair da casa dos avós em Guarulhos, na Grande São Paulo.
O corpo da advogada foi encontrado em 11 de junho numa represa em Nazaré Paulista, no interior do estado. Um dia antes, seu veículo havia sido achado submerso no mesmo local após a denúncia de um pescador.
“É possível que pelo menos três pessoas colaboraram com o crime. Ainda não é possível individualizar as responsabilidades, quem foi o mandante, quem executou ou quem colaborou auxiliando numa possível fuga dos criminosos. Talvez seja possível que tenha sido um mandante ou dois executores. Quem irá analisar isso será a polícia”, afirmou o promotor Rodrigo Antunes. “O que sabemos é que muitos contatos telefônicos foram feitos entre os suspeitos até o dia do crime [23 de maio].”
Segundo a polícia, dados obtidos a partir do confronto entre celulares e rastreadores de carro, mostram que Silva se encontrou com Souza duas vezes no mesmo dia em que Mércia sumiu. Apontado como o principal suspeito pelo homicídio, ex-namorado da vítima nega o crime. Ele alega que estava com uma outra mulher não identificada na noite daquele domingo. Apesar disso, deverá ser chamado a depor pela quarta vez na próxima semana.
Sem sigilo
Na sexta-feira (25), o juiz Leandro Jorge Bittencourt Cano revogou o sigilo no processo e no inquérito policial que apuram o assassinato da advogada de 28 anos a pedido do Ministério Público.
O promotor Rodrigo Merli Antunes alegou que o caso já ganhou repercussão nacional e o segredo não poderia ser mais imposto à defesa dos suspeitos pelo crime.
Ainda na sexta, a pedido da Polícia Civil e da Promotoria, o mesmo juiz decretou a prisão temporária do vigilante sob a argumentação de que ele não havia comparecido a um depoimento marcado para a tarde do mesmo dia no DHPP, na capital paulista. O prazo da prisão é de 30 dias, prorrogáveis por mais um mês. A divisão de buscas e capturas procura o suspeito.
O promotor Antunes também foi favorável à prisão de Silva por entender que o depoimento dele é imprescindível para o inquérito e que o fato de estar em local incerto atrapalha a investigação policial.
Além disso, a família de Mércia entregou à polícia, na sexta, uma gravação de uma suposta tentativa de extorsão feita por um homem pelo telefone. Na ligação para os parentes da vítima, ele se identificou como ‘Evandro’ e pediu dinheiro para denunciar o assassino da advogada e descrever como foi o crime.
“Foi ele que empurrou o carro. Não teve mais ninguém. Ninguém subiu em cima do carro. Ele saiu do lado dela, soltou o freio de mão e empurrou o carro”, diz a voz ao telefonema.
Testemunha
O DHPP suspeita que o telefonema tenha sido feito pelo vigilante Evandro Bezerra Silva. Ele trabalhava como segurança num posto de combustíveis em Guarulhos, mas fugiu após bombeiros acharem o corpo de Mércia.
A testemunha conta que viu um veículo afundar na represa no mesmo dia em que Mércia sumiu de Guarulhos. Além disso, o pescador relatou à polícia ter visto um homem alto sair do automóvel e ouvidos gritos de mulher.
Até o início de julho, os institutos Médico-Legal (IML) e de Criminalística (IC) devem concluir os laudos sobre a causa da morte da advogada e a análise dos objetos que estavam no interior do Honda Fit prata da vítima.