sábado, 26 de junho de 2010

Para promotor, três pessoas podem ter participado da morte de Mércia

Enterro da advogada ocorreu em Guarulhos em 12 de junho; quebra do sigilo telefônico dos suspeitos revelou que um terceiro homem falou com suspeitos (Foto: Roney Domingos/ G1)

Promotor Rodrigo Antunes falou neste sábado ao G1.
Polícia apura hipótese de mandante, executor e colaborador no crime.

Pelo menos três pessoas podem estar envolvidas no assassinato da advogada Mércia Nakashima, informou neste sábado (26) ao G1 o promotor do caso, Rodrigo Merli Antunes. De acordo com o representante do Ministério Público, a Polícia Civil de São Paulo já investiga essa hipótese. Além do ex-namorado da vítima, o advogado e PM aposentado Mizael Bispo de Souza, de 40 anos, e do vigilante Evandro Bezerra Silva, de 38 anos, mais um homem teria participação no crime.
O nome do suspeito não é revelado para não atrapalhar as investigações do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP). Apesar disso, os policiais já têm conhecimento, por meio da quebra dos sigilos telefônicos de Souza e Silva, que mais uma pessoa falou com os suspeitos no dia 23 de maio, quando Mércia desapareceu após sair da casa dos avós em Guarulhos, na Grande São Paulo.
O corpo da advogada foi encontrado em 11 de junho numa represa em Nazaré Paulista, no interior do estado. Um dia antes, seu veículo havia sido achado submerso no mesmo local após a denúncia de um pescador.
“É possível que pelo menos três pessoas colaboraram com o crime. Ainda não é possível individualizar as responsabilidades, quem foi o mandante, quem executou ou quem colaborou auxiliando numa possível fuga dos criminosos. Talvez seja possível que tenha sido um mandante ou dois executores. Quem irá analisar isso será a polícia”, afirmou o promotor Rodrigo Antunes. “O que sabemos é que muitos contatos telefônicos foram feitos entre os suspeitos até o dia do crime [23 de maio].”
Segundo a polícia, dados obtidos a partir do confronto entre celulares e rastreadores de carro, mostram que Silva se encontrou com Souza duas vezes no mesmo dia em que Mércia sumiu. Apontado como o principal suspeito pelo homicídio, ex-namorado da vítima nega o crime. Ele alega que estava com uma outra mulher não identificada na noite daquele domingo. Apesar disso, deverá ser chamado a depor pela quarta vez na próxima semana.

Sem sigilo
Na sexta-feira (25), o juiz Leandro Jorge Bittencourt Cano revogou o sigilo no processo e no inquérito policial que apuram o assassinato da advogada de 28 anos a pedido do Ministério Público.
O promotor Rodrigo Merli Antunes alegou que o caso já ganhou repercussão nacional e o segredo não poderia ser mais imposto à defesa dos suspeitos pelo crime.
Ainda na sexta, a pedido da Polícia Civil e da Promotoria, o mesmo juiz decretou a prisão temporária do vigilante sob a argumentação de que ele não havia comparecido a um depoimento marcado para a tarde do mesmo dia no DHPP, na capital paulista. O prazo da prisão é de 30 dias, prorrogáveis por mais um mês. A divisão de buscas e capturas procura o suspeito.
O promotor Antunes também foi favorável à prisão de Silva por entender que o depoimento dele é imprescindível para o inquérito e que o fato de estar em local incerto atrapalha a investigação policial.
Além disso, a família de Mércia entregou à polícia, na sexta, uma gravação de uma suposta tentativa de extorsão feita por um homem pelo telefone. Na ligação para os parentes da vítima, ele se identificou como ‘Evandro’ e pediu dinheiro para denunciar o assassino da advogada e descrever como foi o crime.
“Foi ele que empurrou o carro. Não teve mais ninguém. Ninguém subiu em cima do carro. Ele saiu do lado dela, soltou o freio de mão e empurrou o carro”, diz a voz ao telefonema.

Testemunha
O DHPP suspeita que o telefonema tenha sido feito pelo vigilante Evandro Bezerra Silva. Ele trabalhava como segurança num posto de combustíveis em Guarulhos, mas fugiu após bombeiros acharem o corpo de Mércia.
A testemunha conta que viu um veículo afundar na represa no mesmo dia em que Mércia sumiu de Guarulhos. Além disso, o pescador relatou à polícia ter visto um homem alto sair do automóvel e ouvidos gritos de mulher.
Até o início de julho, os institutos Médico-Legal (IML) e de Criminalística (IC) devem concluir os laudos sobre a causa da morte da advogada e a análise dos objetos que estavam no interior do Honda Fit prata da vítima.

Roger, agora ex-médico


Longe da clínica Abdelmassih: renuncia à medicina

Sem alarde, Roger Abdelmassih, acusado de 56 estupros cometidos em sua própria clínica, protocolou na sexta-feira passada, no Conselho Regional de Medicina de São Paulo, um documento em que renuncia à sua condição de médico.

Por Lauro Jardim


Veja.com

Quilombolas sobem em jaqueiras para sobreviver a cheia em Alagoas


Cerca de 60 moradores da comunidade quilombola de Muquém, em Alagoas, tiveram que subir em dois grandes pés de jaca para sobreviver a uma grande enchente que atingiu a região na semana passada.

“Foi horrível. Passei a noite inteira rezando para que clareasse porque eu não sabia se meus pais estavam bem. Morria de medo de pensar que nunca mais eu ia vê-los”, disse, sem conseguir segurar o choro, Mauricéia Nunes, que é professora na escola da comunidade.
“Para me acalmar uns meninos disseram que tinham visto meus pais em cima do telhado de casa, mas não era verdade. Eles passaram a noite inteira em cima de uma pilha de lenha que estava no quintal.”
“O que dava mais medo era quando batiam uns paus (outras árvores arrancada pela água) na jaqueira em que a gente estava. Tremia tudo e parecia que a gente ia cair”, contou o agricultor Manoel Nunes.
Aos 66 anos, ele é um dos decanos da vila. Ele lembra bem da jaqueira que lhe salvou a vida quando ambos eram ainda jovens. “A árvore não é muito antiga não. Tem uma base de uns 45 a 50 anos. Lembro dela pequenininha e nunca imaginei que um dia ela teria tanta importância na minha vida.”
“Essa árvore é de ouro. Salvou”, disse, com um sorriso, enquanto dá uns tapinhas carinhosos no tronco de sua salvadora.
Mas a satisfação de Nunes por ter sobrevivido parece desaparecer de sua face quando a pergunta é sobre o futuro. “Foi bom que eu me salvei e toda minha família também mas futuro eu não vejo não. É só pedir a Deus e esperar o que vier”, diz cabisbaixo e com lagrimas empoçadas nos olhos.

A comunidade
Há séculos, a comunidade de Muquém – descendente direta do Quilombo dos Palmares – sobrevive na zona da mata alagoana, isolada do resto do mundo de um lado pela precariedade da estradas, de um lado, e a forte correnteza do Rio Mundaú, do outro.
Mas as águas do Mundaú que protegem e alimentam a comunidade mostraram que também são uma ameaça a sua sobrevivência. Não foi a primeira vez que o rio invadiu as casas, ruas e terreiros dos quilombolas mas os moradores não se lembram de nenhum episódio tão violento como o da semana passada.
Os moradores estão com medo de continuar ocupando as terras baixas e próximas do Rio em que vivem hoje, mas dizem que não há áreas mais seguras na região para onde todos possam ser transferidos e viver em segurança.
“A gente não tem para onde ir. Se o governo ajudar a gente a sair daqui a gente sai, pelo menos pra parte mais alta porque aqui não dá mais”, disse Mauricéia.
“A gente não sabe o que é que faz. Estamos aqui de mãos atadas esperando a boa vontade de alguém vir ajudar.”
Por conta do isolamento do quilombo, os moradores foram dados como desaparecidos nos dias seguintes à enchente.
Só na última quarta-feira a primeira equipe de resgate chegou ao local e constatou que todos os cerca de 700 moradores da vila do Muquém haviam sobrevivido.

A jaqueira
O cortador de cana Gilvan Nunes diz que vai se dedicar à jaqueira.
“Se qualquer um tentar cortar um galho dessa jaqueira agora, a gente vai dar uma pisa (surra) para ele nunca mais esquecer. Essa árvore salvou a vida de muita gente.”
Favorecido pelos 21 anos de idade e pela força adquirida na lida com a cana, Gilvan ocupou um dos galhos mais altos da jaqueira e ficou a cavaleiro sobre um galho e abraçado ao tronco “das seis da tarde até as três da manhã.”
“Fui buscar um pacote de bolacha que ainda não estava molhado e um refrigerante para o pessoal comer. Estávamos quase sem água nem comida. Era horrível”, diz.
O jovem conta que aqueles que estavam nos galhos mais baixos monitoravam a água e passavam o relato aos demais. “De vez em quando a gente ouvia 'tá abaixando' e vinha alguma esperança. Mas ai pouco depois vinha alguém dizendo 'tá subindo' e vinha aquele desespero todo de novo.”
Também foi ele um dos primeiros a descer da árvore quando a água acalmou um pouco para buscar comida e bebida para os companheiros. “Aqui todo mundo é unido. Passamos a noite inteira juntos rezando e conversando para dar coragem.”

Futuro
A união em Muquém é reforçada pelos laços de sangue: a grande maioria dos moradores da comunidade é de uma mesma família e em quase todos os casamentos há algum grau de parentesco entre marido e mulher. São raros os moradores que não carregam o sobrenome Nunes.
Gilvan Nunes fala com orgulho das origens de sua comunidade. “Nossa história é muito importante para nós e é algo que a gente não pode perder. Tem que passar de pai para filho”, diz.
O jovem quilombola teme que a destruição provocada pela enchente leve muita gente a se decidir por ir embora da comunidade. Mas diz que nem assim o quilombo vai acabar.
“Mesmo que vá todo mundo embora, isso aqui não acaba. No mínimo vai continuar vivendo na nossa memória.”

Paulo Cabral


Brasileiras são 40% das vitimas de tráfico de pessoas em Portugal


Cerca de 40% das vítimas de tráfico de pessoas em Portugal são mulheres de nacionalidade brasileira. Este é o resultado do Relatório Anual de 2009 do Observatório do Tráfico de Seres Humanos, órgão ligado ao Ministério da Administração Interna (Interior) português.

"Podemos traçar um perfil da vítima. É mulher, brasileira e o tráfico destina-se à exploração sexual. É solteira, com mais de 25 anos, e vem para Portugal com uma proposta de trabalho", afirma Joana Daniel Wrabetz, responsável pelo estudo. Ela conta que a maior parte das brasileiras vítimas de tráfico vêm de Goiás, Minas Gerais e de Estados do Nordeste.
O estudo foi feito baseado em 84 casos sinalizados durante o ano de 2009, dos quais sete já foram levados a julgamento. Em relação aos agressores, também foi estabelecido um perfil.
"Geralmente é um português que conhece os prostíbulos onde pode colocar as vítimas, muitas vezes em parceria com um estrangeiro", relata Joana.
Ela distingue o tráfico da imigração ilegal para a prostituição. "No tráfico, depois de entrar no país, as vítimas perdem seus direitos, estão a ser violentadas e ficam reduzidas a uma situação de escravatura. O fato de que muitas brasileiras tenham vindo sabendo que iam trabalhar na prostituição não pode servir de desculpa para justificar o tráfico."
Muitas vezes, além de situações de cárcere privado, as vítimas de tráfico ficam sem documentos. Normalmente, para impedir que as vítimas de tráfico fujam, os documentos da vítima são retirados.
"O tráfico de seres humanos põe em causa a dignidade dos seres humanos. Por isso, o código penal estabeleceu como crime grave a ocultação de documentos ou sua destruição", afirmou o ministro da Administração Interna, Rui Pereira.
Não há dados em Portugal sobre o total de vítimas. "Este é o segundo ano que fazemos o relatório. Não tenho meios para dar uma estimativa do universo total de vítimas de tráfico. Ainda não foi possível reunir dados históricos para elaborar modelos para predizer a realidade", relata Paulo João, da Direção Geral da Administração Interna, órgão ligado ao Ministério da Administração Interna.

Maior comunidade
Para o diretor do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, Manuel Jarmela Paulus, o maior número de brasileiros entre as vítimas está relacionado apenas à dimensão da comunidade – com 100 mil pessoas, mais de 20% do total de imigrantes no país.
"Isso não tem nada a ver com nenhuma particularidade do país. Apenas é a comunidade mais numerosa em Portugal", afirma.
O segundo grupo mais numeroso de vítimas é proveniente de países do Leste Europeu.
Segundo Paulus, para combater o tráfico de pessoas, o Serviço de Estrangeiros está trabalhando com as autoridades brasileiras. "As parcerias com a Polícia Federal êm sido exemplares. No Brasil, a questão do tráfico de pessoas também preocupa as autoridades brasileiras."
Sem dar números de operações e de pessoas que teriam sido detidas por tráfico, ele indica como resultados da parceria com a Polícia Federal a presença de agentes brasileiros em Portugal, tomando parte de operações do SEF e de portugueses no Brasil, em operações realizadas pela Polícia Federal.

Jair Rattner


Caso Mércia: Justiça decreta prisão de vigia suspeito de envolvimento no crime


SÃO PAULO - A Justiça decretou há pouco a prisão do vigia Evandro Bezerra Silva, de 38 anos, suspeito de envolvimento no assassinato da advogada Mércia Nakashima, de 28 anos. Silva conversou com Mizael Bispo dos Santos, ex-namorado de Mércia e considerado pela polícia o principal suspeito do crime, duas vezes no dia 23 de maio, data em que a advogada foi assassinada.
O vigia trabalha em um posto de combustíveis no bairro Bonsucesso, em Guarulhos, na Grande São Paulo. Ele é procurado pela polícia há 10 dias, mas está desaparecido desde o dia do crime. No último dia 26, a polícia apreendeu um computador com imagens do posto de combustíveis para tentar identificar o momento em que Silva e Mizael estiveram juntos.
Um cunhado de Silva, que trabalha como caseiro em um sítio em Nazaré Paulista vizinho a represa onde o corpo e o carro de Mércia foram encontrados, confirmou que o vigia esteve por uns dias em sua casa, mas desapareceu em seguida.
Nesta sexta-feira, a família da advogada entregou à polícia uma gravação. Por telefone, um homem identificado como Evandro pediu dinheiro para denunciar o assassino de Mércia.
- Foi ele quem empurrou o carro, tá? Ninguém subiu em cima do carro. Ele saiu pela porta dela (Mércia), soltou o freio de mão e empurrou o carro - diz o homem na gravação.
A polícia considera a próxima semana decisiva para o caso que continua sob segredo de Justiça. Na quinta-feira devem sair os laudos dos exames feitos pelo Instituto de Criminalística (IC). Mizael Bispo dos Santos também é aguardado para prestar um novo depoimento.


sexta-feira, 25 de junho de 2010

Após mais de três meses, Sean Goldman fala com avó materna


Família brasileira reclama do pouco contato com criança que teve a guarda entregue ao pai norte-americano há seis meses

Há exatos seis meses, no dia 24 de dezembro, Sean Goldman foi entregue ao pai norte-americano David Goldman, após uma disputa pela guarda do menino com Silvana Bianchi, a avó, e João Paulo Lins e Silva, o viúvo da mãe de Sean, Bruna Bianchi – que morreu na mesa de parto no nascimento da filha. De lá para cá, segundo a avó, a família brasileira só conseguiu falar com Sean seis vezes.
As últimas foram nos dias 11 e 22 de junho. Nas duas vezes foi Sean quem ligou para a avó. Antes disso, ele havia ligado no dia 2 de março. A ligação do dia 11 foi a primeira em 101 dias. O padrasto, contudo, ainda não conversou com o menino, desde que ele saiu do Brasil.
O primeiro telefonema neste mês durou cerca de cinco minutos e o segundo quase 16 minutos. Segundo contou João Paulo, ambas as ligações foram feitas a partir de um telefone nos Estados Unidos que não eram o da casa de David Goldman. Silvana Bianchi afirma que o celular do David está sempre em secretária eletrônica e o número da casa deles foi trocado assim que Sean foi para lá.
“Nossos advogados aqui no Rio estão com um pedido na Justiça para que haja pelo menos uma ligação semanal. Espero que Sean mantenha contato com a irmã dele e com a família brasileira”, disse o padrasto.
A avó contou como foi a última conversa. “Ele falava em inglês e eu em português. Era um papo pouco espontâneo, mais uma coisa de eu perguntando e ele respondendo. Eu queria saber como ele estava, se estava de férias, o que anda fazendo, se está indo ao cinema, qual era a programação dele... E ele me respondia. Falei da irmãzinha (de 1 ano e 10 meses), que ela está gordinha, falando muito.... E disse a ele que quero ir o mais rápido possível lá para dar seu beijo do aniversário. Ele escutava calado”, relatou a avó do menino.
O pouco que o menino falou, segundo a avó, foi a respeito das atividades que tem exercido. “Diz que vai ao cinema, tem pescado, ia entrar de férias... Não é uma coisa de emoção, é papo travado. Ele falou que tem amigos na escola, que tem ido à piscina, que iria para o camping, que equivale a nossa colônia de férias aqui”, disse ela.

Mensagens por email
Uma pessoa próxima à família Lins e Silva conta que Sean mantinha um email, criado enquanto esteve morando no Rio. Era através desse email que ele conseguia trocar algumas mensagens com o padrasto e a avó. “Ele dizia que amava todos aqui, que estava com saudades, mandava beijos... coisas de criança”, contou a pessoa que teve acesso às mensagens e pediu para não ser identificada. Na última ligação que Sean fez para a avó, ele teria dito que o pai descobriu a conta de email e trocou a senha.
João Paulo Lins e Silva não falou com a criança. “Se eu tentar ligar ou se a avó dele falar no meu nome, desligam na cara”, justifica. Ele também reclama das consequências do clima belicoso criado entre a família brasileira, o pai norte-americano e a opinião pública nos dois países. Ele diz que costuma receber emails com insultos e xingamentos em inglês. “Criou-se, nos Estados Unidos, uma mobilização enorme em torno do caso. Qualquer coisa que eu fale, recebo em seguida recados agressivos me chamando de mentiroso”, contou.
Hoje, João Paulo já não tem tanta certeza se ainda espera reaver a guarda de Sean. “Quero que ele, independentemente de onde estiver, esteja sendo bem cuidado da melhor forma possível. Só quero o bem dele. Se ele estiver bem e feliz, não me incomodo”, disse.

Vida em Nova Jersey
Paulo Roberto Andrade, advogado de David no Brasil, contou à reportagem do iG que estas ligações feitas à família brasileira são exemplos da “boa conduta” por parte de seu cliente. “Isso só demonstra que jamais houve qualquer resistência por parte do David do contato do Sean com a família no Brasil. É um delírio achar que o David deixou o menino enclausurado. Ele deixou bem claro que não colocaria resistências a este contato.
O advogado contou ainda que esteve com David e Sean há um mês e meio, em Nova Jersey, onde pai e filho moram atualmente. “Sean vive com o pai numa boa casa. Ele está super bem, integrado à escola, aos amigos. Mora num bairro típico de cidadezinha americana, onde há casas sem portão, sem muro e grade, com quintal.
Sem o conforto de uma família de alta classe brasileira, mas vivendo dignamente nos Estados Unidos”, afirmou.


Quem dorme até tarde não é vagabundo, diz ciência


Segundo neurologistas, o que essas pessoas têm é distúrbio do sono atrasado

Alvo de críticas de familiares e amigos, quem gosta de ficar na cama até a hora do almoço pode ter um motivo científico para a "vagabundagem": o distúrbio do sono atrasado. O assunto foi um dos temas abordados no 6º Congresso Brasileiro do Cérebro, Comportamento e Emoções, que aconteceu recentemente em Gramado.
O organismo humano tem um ciclo diário, de modo que os níveis hormonais e a temperatura do corpo se alteram ao longo do dia e da noite. Depois do almoço, por exemplo, o corpo trabalha para fazer a digestão e, conseqüentemente, a temperatura sobe, o que pode causar sonolência.
Quando dormimos, a temperatura do corpo diminui e começamos a produzir hormônios de crescimento. Se dormirmos durante a noite, no escuro, produzimos também um hormônio específico chamado melatonina, responsável por comandar o ciclo do sono e fazer com que sua qualidade seja melhor, que seja mais profundo.
Pessoas vespertinas, que têm o hábito de ir para a cama durante a madrugada e dormir até o meio dia, por exemplo, só irão começar a produzir seus hormônios por volta das 5 da manhã. Isso fará com que tenham dificuldade de ir para a cama mais cedo no outro dia e, consequentemente, de acordar mais cedo. É um hábito que só tende a piorar, porque a pessoa vai procurar fazer suas atividades durante o final da tarde e a noite, quando tem mais energia.
O pesquisador Luciano Ribeiro Jr. da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), especialista em sono, explica que esse distúrbio pode ser genético: "Pessoas com o gene da ‘vespertilidade’ têm predisposição para serem vespertinas. É claro que fator social e educação também podem favorecer”. Mas não se sabe ainda até que ponto o comportamento social pode influenciar o problema.
A questão, na verdade, é que o vespertino não se encaixa na rotina que consideramos normal e acaba prejudicado em muitos aspectos. O problema surge na infância. A criança prefere estudar durante a tarde e não consegue praticar muitas atividades de manhã. Na adolescência, a doença é acentuada, uma vez que os jovens tendem a sair à noite e dormir até tarde com mais frequência.
A característica vira um problema quando persiste na fase adulta. “O vespertino é aquele que já saiu da adolescência. Pessoas acima de 20 anos de idade que não conseguem se acostumar ao ritmo de vida que a maioria está acostumada”, diz Luciano. Segundo ele, cerca de 5% da população sofre do transtorno da fase atrasada do sono em diferentes graus e apenas uma pequena parcela acaba se adaptando à rotina contemporânea.
O pesquisador conta também que, além do preconceito sofrido pelos pais, professores e, mais tarde, pelos colegas de trabalho, o vespertino sofre de problemas psiquiátricos com maior frequência: depressão, bipolaridade, hiperatividade, déficit de atenção são os mais comuns. Além disso, a privação do sono profundo, quando sonhamos, faz com que a pessoa tenha maior susceptibilidade a vários problemas de saúde: no sistema nervoso, endócrino, renal, cardiovascular, imunológico, digestivo, além do comportamento sexual.
O tratamento não envolve apenas remédios indutores do sono, como se fosse uma insônia comum. É necessária uma terapia comportamental complexa, numa tentativa de mudar o hábito, procurando antecipar o horário do sono. Envolve estímulo de luz, atividades físicas durante a manhã e principalmente um trabalho de reeducação.
E as pessoas que têm o hábito de acordar às 4 ou 5 horas da manhã? “O lado oposto do vespertino é o que a gente chama de avanço de fase. Só que esse não tem o problema maior no sentido social. Ele está mais adaptado aos ritmos sociais e profissionais. Os meus pacientes deste tipo têm orgulho, já ouvi mais de uma vez eles dizendo ‘Deus ajuda quem cedo madruga’”, diz o neurologista.


Mônica Bergamo: Médico Roger Abdelmassih será pai mais uma vez


O médico Roger Abdelmassih, 66, vai ser pai mais uma vez. A mulher dele, a procuradora Larissa, 31, está grávida, segundo a coluna Mônica Bergamo, publicada na edição desta sexta-feira da Folha (íntegra da coluna está disponível para assinantes do jornal e do UOL).
De acordo com o texto, a gestação de Larissa tem sete semanas. Ela e o médico se casaram em fevereiro. Roger já tem cinco filhos (o mais novo, de 28 anos) do primeiro casamento, ele ficou viúvo há cerca de dois anos. "Maria passa", costuma dizer o médico aos amigos, invocando Nossa Senhora para o que pretende que seja uma nova fase em sua vida. Em agosto, Abdelmassih deve ser julgado pelas acusações de molestar pacientes em sua antiga clínica de reprodução assistida.

Acusações
Segundo o Ministério Público de São Paulo, Abdelmassih é acusado de 56 crimes sexuais. Em geral, as mulheres o acusam de tentar beijá-las ou acariciá-las quando estavam sozinhas --sem o marido ou a enfermeira presente. Algumas disseram ter sido molestadas após a sedação.
Desde que foi acusado pela primeira vez, Abdelmassih negou por diversas vezes ter praticado crimes sexuais contra ex-pacientes. O médico afirma que vem sendo atacado há aproximadamente dois anos por um "movimento de ressentimentos vingativos".


Baloeiros atacam helicóptero da Record a tiros em São Gonçalo

Funcionário mostra balão de 30 metros que caiu no Zoológico do Rio. Foto: Berg Silva
RIO - Baloeiros de São Gonçalo atacaram a tiros um helicóptero da TV Record que fazia imagens, na manhã desta sexta-feira, de um grupo que se preparava para soltar um balão no bairro Jardim Catarina, em São Gonçalo. O balão levava uma cangalha com a inscrição Chapadão.
O comandante do Batalhão Florestal da PM, coronel Mário Fernandes, sobrevoa, na manhã desta sexta, a cidade num helicóptero do Grupamento Aeromarítimo da Polícia Militar, com o objetivo de localizar outros grupos de baloeiros.

Balão cai no zoo do Rio
Já no Rio, um balão caiu no Zoológico, em São Cristóvão, na Zona Norte. Ele tinha aproximadamente cinco metros de comprimento e caiu apagado, em cima de uma palmeira de cerca de 30 metros de altura, ao lado do local onde ficam as cobras.
Funcionários tiveram que utilizar uma escada de contenção de incêndio para resgatar o balão. Segundo Marcos Delgado, zootecnista do zoológico, nesta época do ano, e principalmente em dias de jogos do Brasil, aumenta o risco de quedas de balão no zoológico.

Irena Sendler


Uma senhora de 98 anos chamada Irena faleceu há pouco tempo.

Durante a 2ª Guerra Mundial, Irena conseguiu uma autorização para trabalhar no Gueto de Varsóvia, como especialista de canalizações.
Mas os seus planos iam mais além... Sabia quais eram os planos dos nazistas relativamente aos judeus (sendo alemã!)
Irena trazia crianças escondidas no fundo da sua caixa de ferramentas e levava um saco de sarapilheira na parte de trás da sua caminhoneta (para crianças de maior tamanho). Também levava na parte de trás da caminhoneta um cão a quem ensinara a ladrar aos soldados nazis quando entrava e saia do Gueto.
Claro que os soldados não queriam nada com o cão e o ladrar deste encobriria qualquer ruído que os meninos pudessem fazer.
Enquanto conseguiu manter este trabalho, conseguiu retirar e salvar cerca de 2500 crianças.
Por fim os nazistas apanharam-na e partiram-lhe ambas as pernas, braços e prenderam-na brutalmente.
Irena mantinha um registo com o nome de todas as crianças que conseguiu retirar do Gueto, que guardava num frasco de vidro enterrado debaixo de uma árvore no seu jardim.
Depois de terminada a guerra tentou localizar os pais que tivessem sobrevivido e reunir a família. A maioria tinha sido levada para as câmaras de gás. Para aqueles que tinham perdido os pais ajudou a encontrar casas de acolhimento ou pais adotivos.
No ano passado foi proposta para receber o Prêmio Nobel da Paz... mas não foi selecionada. Quem o recebeu foi Al Gore por uns dispositivos sobre o Aquecimento Global.
Não permitamos que alguma vez esta Senhora seja esquecida!!

Colaboração recebida por e-mail da leitora e amiga Professora Nélia Regina Gomes Pereira

Vídeo feito pela polícia mostra tráfico de drogas no Leblon



Polícia diz que Cruzada São Sebastião é o segundo maior ponto de drogas.
Preso suspeito de tráfico que agia em conjunto com a família.

Imagens gravadas pela polícia com uma câmera escondida mostram a venda de drogas na Cruzada São Sebastião, no Leblon, na Zona Sul do Rio. Desde maio, os policiais se infiltraram no local com microcâmeras e fingiam estar interessados em drogas e pediam informações para chegar às bocas de fumo. Lá eram vendidos cocaína, crack e maconha.
Durante toda a operação para reprimir o tráfico de entorpecentes no conjunto foram presos 16 suspeitos.
Os criminosos reagiram à chegada dos agentes com uma bomba artesanal. Vários homens foram presos, a maioria em casa. Durante a ação, os policiais também fizeram vários flagrantes à luz do dia: um dos chamados "vapores" do tráfico negocia com um comprador. No diálogo, o traficante oferece cocaína a valores entre R$ 5 e R$ 15.
De acordo com os investigadores, a cruzada São Sebastião é o segundo maior ponto de venda de drogas na zona sul, atrás apenas da Rocinha. O organograma apresentado pela polícia mostra que o criminoso Nem, chefe do tráfico na Rocinha, também comanda a venda de drogas na comunidade. Abaixo dele, havia cinco homens, que seriam os chefes na Cruzada, entre eles um jovem que contava com a ajuda da família: a companheira, a mãe e uma irmã.
Numa das escutas telefônicas autorizadas pela Justiça, o jovem pede que a mãe tente encontrar, em casa um papelote de droga que teria sumido.
A mãe do traficante está entre os presos. Com ela foram apreendidos cadernos do tráfico, além de droga e dinheiro. Outros cinco traficantes acusados de controlar a venda de drogas na Cruzada estão foragidos. Os policiais acreditam que eles estão escondidos na Rocinha. As operações para prender o grupo vão ser intensificadas.
“Eles não ficam na Cruzada, eles se aproveitam do local, e da facilidade que ela tem e pela localização dela. Vamos intensificar as ações e com a divulgação das imagens desses foragidos, até mesmo outras delegacias vão poder capturar essas pessoas”, disse o delegado Fernando Veloso, da 14ª DP (Leblon).


G1

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Páraná: Rapaz preso confessa ter abusado de sobrinha de seis anos


Homem de 22 anos levava menina para escola e no caminho entrava em casa abandonada para molestá-la

Menos de seis horas depois de uma denúncia anônima feita à Polícia de Luiziana, na região noroeste do Estado, um rapaz de 22 anos, suspeito de abusar sexualmente de três sobrinhos, foi preso. A prisão preventiva foi decretada pela Justiça a pedido da Promotoria da Infância e Juventude de Campo Mourão. Assim que teve conhecimento das denúncias anônimas, a Promotoria entrou em contato com o Conselho Tutelar de Luiziana, ouviu testemunhas e pediu a preventiva do rapaz, que é acusado de abusar de uma criança de 9, outra de 6 e a mais nova de 4 anos.
O tio pedófilo tem passagem por furto na delegacia de Luiziana. Ele morava com a família das crianças e era encarregado de buscá-las na escola. Em seu depoimento à polícia, ele admitiu que abusava da sobrinha de 6 anos, em uma casa abandonada no trajeto da escola para casa. Mas a Promotoria de Justiça investiga a prática de abuso e exploração sexual também em relação aos outros dois sobrinhos.
De acordo com o Ministério Público, os pais das crianças também foram ouvidos e afirmaram que não sabiam dos abusos. Mesmo assim, elas foram levadas para um abrigo, como medida protetiva, até que o inquérito seja concluído. Também foram submetidas a exames periciais e já estão recebendo acompanhamento psicológico.
Assim que os laudos dos exames estiverem prontos e o inquérito for concluído, o MP-PR oferecerá a denúncia contra o pedófilo. Enquanto isso, o rapaz deverá permanecer preso.
“A ação rápida do Ministério Público, da Polícia, do Conselho Tutelar e da Justiça impediu que ele agredisse ainda mais as crianças. E isto só foi possível porque a comunidade de Luiziana não se calou diante desse crime absurdo e denunciou o agressor às autoridades”, disse a promotora de Justiça da Infância e Juventude da comarca, Michele Nader.

Bem Paraná

Abdias: Se pudessem, colocavam o negro de novo na escravidão


Defensor fervoroso do sistema de cotas raciais em universidades públicas, o ex-senador e deputado federal, Abdias do Nascimento, 96 anos, um dos líderes negros de maior expressão no país, considerou "uma coisa lamentável" as alterações no texto original do projeto de lei que institui o Estatuto da Igualdade Racial, aprovado nesta quarta-feira (16), no Senado.
Um dos pontos mais criticados foi, justamente, a retirada do trecho que falava sobre a regulamentação da reserva de vagas para a população negra na educação. O estatuto, que tramitou no Congresso durante sete anos, entra em vigor após a sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
-As cotas são absolutamente importantes. São um passo adiante da degradação que o negro tem sofrido durante tantos séculos.

Confira a entrevista

Terra Magazine - O Senado aprovou ontem projeto de lei que institui o Estatuto da Igualdade Racial. O texto original sofreu alterações, como a retirada do trecho que previa cotas para negros na educação e a criação de uma política de saúde pública para negros. O que o senhor achou das mudanças?
Abdias do Nascimento - Uma coisa lamentável, porque se há uma população que necessita de um apoio específico em todos os sentidos, em todos os níveis das atividades nacionais são os negros. São os únicos que foram escravos. As pessoas falam que não precisa de uma proteção, mas ninguém foi escravo aqui, a não ser os africanos.

Então, na avaliação do senhor, as mudanças foram lamentáveis.
É claro. Lamentável, porque é uma injustiça a mais. Uma injustiça que se repete.
O relator do texto, senador Demóstenes Torres (DEM-GO), substituiu o termo "raça" por "etnia", alegando que não existe outra raça além da humana.
Isso é aquela história brasileira de adoçar as coisas. Adoçam o racismo específico contra os africanos e descendentes. Isso mostra, mais uma vez, o gérmen... A alma do Brasil que manda é essa. É contra os africanos, contra os negros. Acho lamentável. Mostra que o Brasil continua o mesmo desde a escravidão. Mostra que, na verdade, ninguém queria que o negro fosse liberto. Mostra que, se pudessem, colocavam, outra vez, a escravidão.

O senhor ainda considera que a Abolição da Escravatura no Brasil não passa de uma mentira cívica e que ainda há um hiato entre negros e brancos no país?É isso aí: uma mentira cívica. Uma "bela" mentira cívica. E ainda existe um hiato entre negros e brancos. Há dois "Brasis": um dos brancos e outro dos negros. Sem dúvida nenhuma.
O autor da proposta, senador Paulo Paim (PT-RS), afirmou que o estatuto está longe do ideal, mas que a aprovação foi uma vitória? O senhor concorda?
Não concordo, porque é a continuidade do racismo, da discriminação, do desprezo pela herança africana. Essas leis, esses disfarces para não chamar o Brasil de racista continuam. Desculpe, mas isso é odioso e, no meu entender, vai realçar a separação, a diferença e a possibilidade dos negros terem uma integração perfeita.

Especialmento sobre o trecho que fala das cotas, que foi suprimido do texto original. O que o senhor acha sobre isso?
As cotas são absolutamente importantes. São um passo adiante da degradação que o negro tem sofrido durante tantos séculos.

Ana Cláudia Barros
Abong

CPI da Câmara vai investigar tráfico de crianças em Encruzilhada


Salvador - A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) instituída pela Câmara de Deputados para investigar as causas, consequências e responsáveis pelo desaparecimento de crianças e adolescentes no Brasil discutirá, no próximo dia 30, no município baiano de Encruzilhada (distante 645km de Salvador), a prática de aliciamento e intermediação irregular de crianças para adoção, denunciada pelo promotor de Justiça Márcio de Oliveira Neves à Justiça. A audiência pública acontecerá às 9h30, na Câmara de Vereadores, oportunidade em que o promotor de Justiça irá expor o trabalho do Ministério Público no combate ao ‘tráfico de crianças’ no município, que, no último mês de março, teve casos de intermediação de crianças expostos em matéria jornalística produzida pelo SBT.
Segundo Márcio Neves, a repercussão da matéria exibida em cadeia nacional, aliada à gravidade das práticas nela evidenciadas, motivaram a realização da audiência pública, que contará também com a presença da juíza da comarca, de vereadores e de diversas mães que compõem a investigação. No início do último mês de maio, o promotor de Justiça denunciou a vereadora Maria Elizabete de Abreu Rosa pelo oferecimento de recompensa a gestantes convencidas a lhe entregar os filhos após o nascimento. A vereadora, que está foragida desde que a Justiça, a pedido do MP, decretou sua prisão preventiva, aliciou várias mulheres. Em abril de 2009, ela, também conhecida como “Bete”, dizendo-se sabedora dos problemas de saúde de Adeides Santos, ofereceu-lhe recompensa e pediu que, quando o bebê nascesse, ele lhe fosse entregue, informa Márcio Neves, esclarecendo que, em troca, Adeides (também denunciada), que estava grávida de oito meses e sofria de problemas cardíacos, receberia ajuda para realização de laqueadura e dos exames necessários ao tratamento do coração. Cedendo à recompensa oferecida por Bete, que também exerce a função de técnica de enfermagem, Adeides entregou a filha, lamenta o representante do MP.
Grávida de cinco meses, Cláudia Ramos foi mais uma das grávidas aliciadas pela vereadora, que procurou a gestante informando-lhe que um casal “de fora”, que não podia ter filhos, tinha interesse em criar a criança quando esta nascesse. Segundo o promotor, como recompensa, Bete prometeu a Cláudia (também denunciada) que o casal, “por ser bem de vida”, ajudaria ela e permitiria que a mesma sempre pudesse ver a criança e ter notícias suas. Em abril de 2007, cedendo à proposta da vereadora, Cláudia Ramos entregou seu filho. Outra grávida abordada por Bete foi Amanda da Silva que, aos oito meses de gestação, recebeu proposta para entregar o filho que estava prestes a nascer, lembra Márcio Neves. De acordo com ele, Bete procurou Amanda prometendo-lhe um emprego de doméstica em São Paulo, chegando a apresentar a Amanda duas mulheres, das quais uma disse que ali estava por causa da criança. Nessa ocasião, ressalta o membro do MP, foi oferecido dinheiro à gestante para que ela realizasse os exames médicos necessários e comprasse tudo que necessitasse. Mas o objetivo da promessa de ajuda em dinheiro, destaca o promotor, era a efetivação da entrega da criança a elas. Isso não aconteceu porque Amanda desistiu.

Jornal da Mídia

Livros de ensino religioso estimulam preconceitos


As aulas de ensino religioso nas redes públicas de ensino do País utilizam livros com conteúdo preconceituoso e intolerante, afirma um estudo da Universidade de Brasília (UnB) que analisou as 25 obras temáticas mais usadas nas escolas

Pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação, o ensino religioso nas escolas deveria garantir "o respeito à diversidade cultural religiosa, vedadas quaisquer formas de proselitismo". Segundo a pesquisa, "Laicidade e o Ensino Religioso no Brasil", ocorre o contrário: as publicações estimulam homofobia; impõem o cristianismo (em especial o catolicismo); não destacam religiões afro-brasileiras e indígenas; ignoram pessoas sem religião e estigmatizam a pessoa com deficiência.
De acordo com a pesquisa, alguns livros relacionam o nazismo com falta de religião, afirmam que a ciência só é legítima quando "ligada à ética e a Deus" e criticam o homossexualismo.
Alguns números do levantamento comprovam o cenário alarmante. Das 192 vezes em que algum líder religioso e secular foi citado nas obras, Jesus Cristo apareceu em 81 delas. Líderes indígenas e Moisés, por exemplo, apareceram apenas uma vez cada um. As referências aos grupos religiosos também não apresentam equilíbrio. Predominam as religiões cristãs (65%).
Para Debora Diniz, coordenadora da pesquisa, falta controle do Ministério da Educação sobre os livros de ensino religioso. "O MEC avalia livros de todas as disciplinas, por que não avaliar esses? Isso abre espaço para discriminação religiosa e interfere na formação dos cidadãos."

Mariana Mandelli - O Estado de S.Paulo

Família brasileira consegue falar com o menino Sean após 101 dias


DO RIO

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Depois de mais de três meses sem notícias do neto, Sean Goldman, 10, alvo de uma disputa judicial que culminou com sua mudança para os EUA há seis meses, a avó materna Silvana Bianchi conseguiu conversar com o menino. Nos dias 11 e 22 de junho, os dois se falaram por telefone.
Ela contou que nesse intervalo ligou dezenas de vezes e chegou a ir aos EUA, mas não teve autorização para falar com ele. A família brasileira tenta na Justiça dos EUA autorização para visitas regulares a Sean.
Sean nasceu nos Estados Unidos e aos 4 anos veio com a mãe, Bruna Bianchi Goldman, passar férias no Rio. Dias depois da chegada, Bruna comunicou a David que pedira o divórcio pelas leis brasileiras. Casou-se, pouco depois, com o advogado João Paulo Lins e Silva e em 2008 morreu durante o parto da filha.
Desde então, as famílias brasileira e norte-americana disputam a guarda do menino. O assunto chegou a ser tratado em encontro entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a secretária de Estado Hillary Clinton, no ano passado.
Em dezembro, David Goldman obteve a guarda do filho, por decisão do ministro Gilmar Mendes, do STF (Supremo Tribunal Federal).


Folha Online

Arte fora do esquadro


Vasculhando as pinturas feitas na oficina de criatividade do Hospital Psiquiátrico São Pedro, na Capital, as organizadoras do acervo depararam com uma imagem assinada pelo morador Paulo Josué. É um sujeito com uma enigmática frase: “Eu sou você”.
Não houve dúvida. Foi o título escolhido para a exposição que será inaugurada hoje, com obras de quatro frequentadores da oficina, além de intervenções criadas por 10 artistas convidados.
O evento é uma parceria da instituição com o Museu da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). As curadoras da mostra chegaram a cogitar utilizar o espaço do museu, mas decidiram, por fim, montar no próprio Hospital Psiquiátrico, mais especificamente no pavilhão onde os frequentadores realizam seus trabalhos.
– No museu, a exposição poderia ficar “artificial”. Queremos propor uma integração, na medida do possível – explica Blanca Brites, professora do Instituto de Artes da UFRGS.
Em 2001, ela foi convidada por Tania Galli Fonseca, professora de Psicologia da mesma universidade, para um trabalho conjunto de pesquisa no acervo criado pelos moradores do local. Bolsistas das duas áreas – artes e psicologia social – têm trabalhado na organização, catalogação e digitalização dos cerca de 100 mil trabalhos. Coisa de louco? Nada disso.
– Queremos visualizar uma linguagem possível em pessoas consideradas impotentes ou incapazes – afirma Tania.
A “força expressiva”, como as curadoras dizem, foi o principal critério de escolha dos nomes que figuram na mostra. Dos quatro, dois já morreram: Frontino Vieira, em 1993, e Cenilda Ribeiro, em 1999. O assunto é apaixonante, impossível não se envolver. O repórter pergunta se pode conversar com os dois que ainda moram no hospital. As curadoras dizem que é difícil, mas que pode tentar. Já havia entrevistado, em outras ocasiões, gente das artes que se diz – com uma ponta de irreverência – fora da casinha. Mas seria a primeira vez que sentaria em frente a artistas que os outros julgam loucos.

Uma poética diferente
Blanca Brites, uma das curadoras da exposição, aponta orgulhosa para as pinturas de Luiz Guides – o “Seu Luiz” – dispostas lado a lado no chão de uma sala:
– Viu o que a gente quis dizer com “força expressiva”?
Ao redor, bolsistas de Artes e Psicologia da UFRGS organizam o acervo da oficina de criatividade do Hospital Psiquiátrico São Pedro. Estudantes de História da Universidade Luterana do Brasil (ULBRA) completam a equipe. Ali perto, Tania Galli Fonseca, a outra curadora, puxa de uma pilha um trabalho de Natália Leite, que também terá sua produção representada na mostra. As obras dos frequentadores da oficina são feitas com os materiais mais básicos – tinta têmpera, giz, lápis de cor e papel, como as crianças nas aulas de educação artística no colégio. Mas o resultado é, muitas vezes, surpreendente.
Provas disso são as 80 pinturas do acervo (além de bordados assinados por Natália) da exposição Eu Sou Você, que fica em cartaz até o dia 20 de agosto no hospital. Não é a primeira vez que a produção dos moradores é levada ao público. Em 2003, o Margs recebeu uma mostra de Luiz Guides com curadoria de Blanca. Mas quando é o Hospital Psiquiátrico que recebe o público, como agora, a arte toma um significado ainda mais especial.
– Nem todos os trabalhos produzidos aqui são ótimos ou esplendorosos. Mas sobretudo os quatro pacientes – ou artistas, como gosto de chamar – cuja produção está na mostra se sustentam frente a um olhar crítico. Não há condescendência – afirma Blanca.
Em seus 126 anos de história, o hospital chegou a ter 5 mil moradores. Hoje abriga cerca de 300. Com as mudanças no protocolo do tratamento psiquiátrico, ninguém mais é interditado, como era praxe antigamente. Os moradores compõem a minoria dos pacientes. A maior parte passa por lá para atendimentos pontuais – durante uma crise, por exemplo – e depois volta para casa. O título da exposição, Eu Sou Você, reflete um momento em que é preciso se desarmar de estigmas.
– Não há como negar que eles são diferentes – pondera Tania. – Mas preferimos dizer que existem pessoas diagnosticadas e outras que ainda não foram, como nós – completa, espirituosa.
Como a mostra está instalada no espaço da oficina de criatividade, as atividades foram temporariamente deslocadas para outra sala no mesmo pavilhão. Seu Luiz, que nasceu em 1922 e teve sua primeira internação em 1950, frequenta a oficina há 20 anos, quando foi criada. Costumava ser um dos mais assíduos – e talentosos. Agora, tem cada vez mais dificuldade de locomoção e visão. Sentado em um banco em um dos prédios do hospital, não responde às perguntas da reportagem. Mal toma conhecimento.
Situação diferente é a de Natália, plenamente ativa aos 67 anos. Ao lado dos colegas da oficina de criatividade, ela está concentrada, pincel em uma das mãos e a outra segurando o papel. O repórter senta ao lado e pergunta o que ela está pintando. Logo se delineia uma casa em meio a duas figuras humanas. Como quem devolve a questão, ela se dirige às pessoas em volta:
– Quem é que mora nessa casa aqui?
Então, Natália pede a uma das funcionárias que coloque para secar. E pede um novo papel, em que pinta uma flor. É um de seus temas preferidos. Como os artistas profissionais, estes talentos intuitivos têm, à sua maneira, poéticas particulares.

Artistas convidados criam intervenções
A exposição Eu Sou Você é dividida em três momentos. A primeira sala é dedicada a um histórico do Hospital Psiquiátrico São Pedro. No salão principal, estão as obras de Luiz Guedes, Frontino Vieira, Natália Leite e Cenilda Ribeiro, moradores do local. Nos dois espaços externos do pavilhão – na frente e atrás do prédio – haverá intervenções de 10 artistas convidados. Leandro Selister é um deles.
Além de contribuir com uma intervenção, envolveu-se com o projeto como um todo. Criou o site http://www.eusouvoce.com.br/ , programado para entrar no ar hoje, com reproduções das obras da exposição (o catálogo impresso será lançado em agosto).
– Os trabalhos deles conservam uma espontaneidade, uma pureza que nós perdemos com o tempo. Atualmente, a arte está mais voltada para o umbigo dos artistas do que para a expressão – avalia Selister.
Também são artistas convidados Adriana Daccache, Cylene Dallegrave, Marcos Sari, Mayra Martins Redin, Paola Zordan, Rodrigo Nunez, Luis Flávio Trampo, Sérgio Dório e Vitor Butkus de Aguiar. Paralelamente à mostra, será realizado, de amanhã a quinta, na Sala 2 do Salão de Atos da UFRGS, o seminário Vidas do Fora – Habitantes do Silêncio. As inscrições estão esgotadas. Informações sobre o livro homônimo podem ser obtidas no site www.ufrgs.br/corpoarteclinica.

Terapia pela arte
A oficina de criatividade do Hospital Psiquiátrico São Pedro foi inspirada no trabalho da psiquiatra Nise da Silveira (1905 – 1999). Alagoana radicada no Rio, foi pioneira no país na utilização da arte como alternativa às terapias agressivas em voga até a primeira metade do século 20. Em 1952, ela criou na capital carioca o Museu de Imagens do Inconsciente, referência no tema. Tanto que o nome oficial do espaço para a criatividade no hospital gaúcho é Núcleo de Atividades Expressivas Nise da Silveira. As atividades da oficina tiveram início há 20 anos e ocorrem todas as manhãs. Psicólogas, pesquisadores e voluntários que trabalham no local não direcionam de qualquer forma a produção – nem quanto ao material, nem quanto à técnica. A expressão é livre. Os trabalhos são guardados para serem posteriormente catalogados.
– É um lugar para dar vazão ao mundo interno. A linguagem oral é mais difícil para os pacientes. Assim temos acesso ao que eles querem expressar – explica Barbara Neubarth, coordenadora do acervo da oficina.
Ela mesma se curvou à sedução da arte. Formada em Psicologia com doutorado em Educação, ingressou este ano na graduação em Artes Visuais na UFRGS. A oficina não é um meio, mas um fim em si. Giselle Sanches, uma das psicólogas que trabalham na oficina, esclarece:
– Não nos preocupamos em interpretar os trabalhos. A atividade é terapêutica independentemente disso.
Uma das palestrantes do seminário que ocorre paralelamente à exposição, a artista Elida Tessler compara a forma de expressão dos pacientes com o trabalho do dramaturgo e escritor irlandês Samuel Beckett (1906 – 1989), especialmente o livro O Inominável, em que ele radicaliza o experimento com a linguagem.
– Isso não desqualifica esses trabalhos. Muito pelo contrário, os qualifica. São formas de dizer algo de outra maneira – argumenta Elida


Progressão para semiaberto não dá direito automático a visita ao lar, esclarece 2ª Turma


A progressão de regime de reclusão do fechado para o semiaberto não implica automaticamente na concessão de outros benefícios, como a autorização de visita periódica à família. Com base neste entendimento, a Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) negou Habeas Corpus (HC 102773) a Elton Gago da Costa, condenado a 22 anos de reclusão em regime inicial fechado por latrocínio (roubo seguido de morte).
Desde 24 de setembro de 2008, Elton cumpre sua pena em regime semiaberto. Ele requereu autorização para fazer visitas periódicas ao lar, mas o pedido foi negado em primeiro e segundo graus de jurisdição, sob o argumento de que ele estava no regime semiaberto há pouco tempo, por isso havia o risco de sua saída temporária servir como estímulo para eventual fuga.
Foi impetrado habeas corpus no STJ, que também negou o direito. No Supremo, a Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro alegou, sem sucesso, que se o apenado foi considerado apto a ingressar no semiaberto, é porque está dotado de responsabilidade. A Defensoria alegou que a gravidade do delito, por si só, não pode servir como fundamento para se negar direito, assim como a longevidade da pena e a possibilidade abstrata de evasão, sem a apresentação de dado concreto que a motive.
Para a relatora do HC, ministra Ellen Gracie, o fato de o paciente ter sido beneficiado com a progressão de regime não leva automaticamente à concessão de outro benefício, no caso o de visita à família. “É o juízo de execuções criminais que deverá avaliar, em cada caso, a pertinência e a razoabilidade da pretensão, observando os requisitos objetivos e subjetivos do paciente”, afirmou a ministra relatora.
Segundo Ellen Gracie, informações do juiz de direito da Vara das Execuções Criminais do Rio de Janeiro dão conta de que o apenado obteve progressão, mas só obterá lapso temporal para livramento condicional em 13/06/2019, estando o término de sua pena previsto para 2026. O juiz considerou “temerária” a concessão do benefício, tendo em vista o requisito previsto no inciso III do artigo 123 da Lei de Execuções Penais, que preceitua a necessidade de análise da compatibilidade do benefício com os objetivos da pena.
O juiz justificou sua decisão afirmando que “a reprimenda penal possui como objetivo precípuo, além do caráter de prevenção geral e repressão a prática de crimes, a ressocialização do indivíduo visando torná-lo adaptado ao convívio em sociedade, dissuadindo-o da prática de condutas perniciosas a terceiros e aos bens relevantes juridicamente tutelados na esfera penal”.
A ministra Ellen Gracie citou trecho da decisão do juiz no sentido de o indeferimento da visita periódica ao lar (VPL) não representar a transformação do regime semiaberto em fechado. A ministra relatora acrescentou que para que o STF reverter esta decisão, seria necessário rever fatos e provas, o que não é possível em sede de habeas corpus. “O pedido de visitas temporárias ao lar exige essa análise”, afirmou.
Ao acompanhar a relatora, o ministro Celso de Mello afirmou que o ingresso no regime penal semiaberto é apenas o pressuposto que pode, eventualmente, legitimar a concessão das autorizações de saída, em qualquer de suas modalidades – permissão de saída ou saída temporária –, mas não garante, necessariamente, o direito subjetivo à obtenção desse benefício”, concluiu. A decisão foi unânime.

VP/CG

Supremo Tribunal Federal


Revista Jus Vigilantibus

Consumidor terá direito à troca imediata de celulares com defeito de fabricação


O aparelho celular é um bem indispensável ao atendimento das necessidades do consumidor e, portanto, essencial. Com base nesse entendimento, o Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor (DPDC) do Ministério da Justiça publicará amanhã Nota Técnica que ampliará os direitos daqueles que adquirirem aparelho celular com defeito (vício) de fabricação ou resultante de má manipulação ou acondicionamento por parte do revendedor. De acordo com o parecer, quem estiver nessa situação poderá procurar a loja em que o produto foi comprado ou a operadora e exigir a troca imediata, abatimento proporcional do preço ou o valor pago atualizado.
Isso significa que, nesta situação (aparelho com defeito de fábrica ou resultante de má manipulação ou acondicionamento por parte do revendedor), o consumidor não terá mais que levar o celular para uma assistência técnica e esperar até 30 dias para que ele seja substituído ou consertado. Ainda não é possível ter o conhecimento integral do documento, mas acredito que a determinação de troca imediata deverá valer para os produtos que apresentem defeito dentro do prazo de garantia legal, ou seja, até 90 dias após a compra.
De acordo com o parecer técnico, elaborado pelo Ministério da Justiça, a telecomunicação é qualificada como serviço essencial pela Lei Federal nº 7.783/89 ou seja, é indispensável ao atendimento das necessidades do consumidor, bem como para a proteção de sua dignidade, saúde e segurança.
Com base nesse parecer, o Sistema Nacional de Defesa do Consumidor (SNDC), órgão que integra todos os Procons do país, passará a utilizar essa determinação nos casos de reclamação sobre aparelhos celulares.
Vale lembrar que o artigo 18, parágrafo 3º, do Código de Defesa do Consumidor deixa claro que a substituição ou troca de produtos essenciais que apresentam algum dano de fabricação deve ser imediata. O mesmo artigo 18 estabelece que os fornecedores de produtos de consumo duráveis e não duráveis — portanto os revendedores — respondem solidariamente pelos defeitos que os tornem impróprios para o consumo, ou seja, tanto fornecedores quanto fabricantes têm responsabilidade em reparar os danos decorrentes de defeitos dentro do prazo de garantia legal, que no caso de produtos duráveis, como os celulares, é de 90 dias.

Correio Braziliense


Médicos testam sistema que alerta epilético antes de ataques


Médicos australianos estão testando um sistema com sensores elétricos dentro do crânio para alertar pacientes epiléticos antes que eles tenham ataques.

Os sensores enviam mensagens a um dispositivo implantado no peito do paciente, que por sua vez manda sinais a um pager que alerta o paciente sobre o ataque iminente.
Segundo Mark Cook, um dos integrantes da equipe do Melbourne St Vincent Hospital, em Melbourne, se funcionar, o sistema representará um “avanço impressionante”.
"Nunca imaginamos que seríamos capazes de prever ataques epiléticos dessa maneira", disse.
"Se funcionar como esperamos, (o sistema) vai transformar a vida de muitas pessoas."

Eletricidade
A epilepsia é um distúrbio neurológico crônico que pode provocar convulsões repentinas, perda de consciência e outros sintomas.
Os eletrodos instalados dentro do crânio do paciente comunicam quaisquer mudanças na atividade elétrica do cérebro ao dispositivo no peito.
A ideia é que o aviso do pager dê ao paciente tempo suficiente para tomar remédios ou alertar amigos e a família.
A primeira pessoa a testar a nova técnica é Jason Dent, de 26 anos, que mora na cidade de Hobart, na Austrália.
Dent sofre de uma forma grave de epilepsia que não pode ser controlada com remédios ou procedimentos cirúrgicos.
Sua mãe, Helen Crossin, está esperançosa.
"Se soubesse que ele estava seguro, eu poderia relaxar um pouco mais", ela disse.
Crossin acrescentou que seria maravilhoso, para o filho, poder ter algum controle sobre a condição que o aflige a vida toda.
A companhia americana que está desenvolvendo o novo sistema disse esperar que ele esteja disponível no mercado dentro de cinco anos.


Autoridades nigerianas minimizam ameaças de morte a Kaita


Durban - A Nigéria minimizou as ameaças de morte dirigidas contra o futebolista Sani Kaita, sugerindo que tudo pode ter sido um mal entendido envolvendo uma língua do país.
Kaita foi expulso no primeiro tempo do jogo de quinta-feira última contra a Grécia, depois de agredir um adversário. Logo em seguida, a Grécia fez o primeiro golo e venceu por 2 x 1, resultado que deixou os nigerianos em situação delicada no Grupo B do Mundial.
No domingo, Peterside Idah, porta-voz da delegação, afirmou que o jogador havia recebido "mais de mil ameaças no seu email vindo de dentro da Nigéria", e que a equipa considera "essas ameaças muito a sério".
"Não há nada de oficial que tenha realmente surgido que seja uma ameaça à vida de Kaita", disse Idah a jornalistas na segunda-feira. "São só rumores e os amigos dele estão a falar a respeito”, acrescentou.
“Na nossa língua, se dizemos 'Vamos te matar', significa que não estamos contentes com você. Se um alemão ouve 'Vou te matar', significa que você vai morrer na semana que vem. Precisamos realmente esclarecer esse assunto", declarou.

Boliviana é presa por manter pessoas em condição de escravidão



Vítima afirma que trabalhava 18 horas e comia restos de comida em SP.
Polícia procura irmão da dona de oficina.


Uma boliviana foi presa em flagrante na quarta-feira (23) por manter funcionários em condições precárias de trabalho no Bom Retiro, na região central de São Paulo. A oficina de costura funcionava no andar de baixo de uma casa, a poucos metros de uma delegacia.
A polícia chegou até a residência depois de receber denúncia de uma boliviana. Ela contou que trabalhava 18 horas por dia sem ganhar nada e tinha que se alimentar com restos de comida.
Outros três compatriotas da vítima que estavam na mesma situação não quiseram depor contra a dona da oficina. Ela, que também é boliviana, foi presa em flagrante e indiciada por manter os funcionários em condições de trabalho escravo.
A polícia está agora atrás do irmão da dona da oficina. Ele estaria na Bolívia atrás de mais mão de obra para trabalhar na capital paulista.


G1

Operação detém dependentes de crack em frente à Uerj, no Maracanã


RIO - Cerca de 20 jovens, entre eles quatro menores, dependentes químicos de crack foram detidos na noite desta quarta-feira num buraco aberto numa parede na Avenida Radial Oeste, no sentido Zona Norte, em frente à Uerj, no Maracanã. Uma mulher grávida de aproximadamente 25 anos foi levada numa ambulância do Samu para o Hospital Souza Aguiar com sintomas de parto. O local é conhecido como esconderijo de ladrões que agem na região. Eles foram encontrados fumando a droga e, revoltados com a operação, atearam fogo em objetos que estavam na abertura. A ação foi feita por agentes da Secretaria Especial da Ordem Pública (Seop) e da Guarda Municipal. O Corpo de Bombeiros também esteve no local. Os detidos serão levados para a 18ª DP (Praça Bandeira).

Caso Ana Karina


VIAGEM DA MÃE DE ANA KARINA A SÃO PAULO

Prezados,

Conforme e-mail enviado anteriormente sobre o caso Ana Karina, o qual atuo na qualidade de assistente de acusação e advogada da família da vitíma, venho em nome destes solicitar um suporte maior para o caso, que não temos aqui.
Eu e a mãe, gostariamos de nos encontramos em São Paulo, na próxima terça-feira ou quarta, justamente para , se for possível, estar com a família de Mércia, os pais de Ivis Ota, a mãe de Isabella Nardoni, Glória Perez, peço inclusive para quem tiver acesso aos telefones de contato de Glória, me repassarem por favor, através do e-mail.
Dona Maria Iris, deseja muito falar com ela, em razão da semelhança dos casos de suas filhas.
Seria extremamente proveitoso, além de ser um gesto de extrema compaixão e caridade, estás famílias acima citadas, não se limitando aos casos que tiveram mais repercussão, pois a dor da perda nestas circunstâncias é imensamente cruel, se estas pessoas pudessem disponibilizar um tempo, mesmo que reduzido, para nos receber e principalmente prestar solidariedade a mãe de Ana Karina, que tem feito greve de fome.
Adiantei este assunto a Dona Iracy, do movimento Ivo Ota, pois não conhecemos as fontes que podem nos ajudar, então, pedimos para que cada um na medida do seu possível, entre em contato com a imprensa nacional,com aquela pessoa ou autoridade que lhe prestou auxilio, quando perdeu seu filho(a), e que simplesmente nos ajude, intermediando e facilitando estes contatos e o encontro, que se for possível e viável, eu sugeriria que acontecesse no Movimento Ivis Ota, que tanto tem nos ajudado.
Precisamos também do auxilio de uma perita criminal, como a Dra. Rosangela que atuou brilhantemente no caso Isabella, pois o estado é carente, e os meios insuficientes.
Fato é que, não tenho na verdade, como montar este encontro, e principalmente buscar as fontes certas e colaborativas, estando daqui de longe, e depois acompanhando a mãe ai em São Paulo, então seria um gesto de extrema bondade e caridade se pudéssemos contar com este apóio de vocês.
Já se passaram 44 dias e nada acontece, o corpo não aparece, a noiva Graziela Barros continua foragida, não se sabe se o bebê está vivo e com que poderia estar?
Enfim, gostaríamos de contar com a solidariedade de todos vocês, que sabem o que está mãe vem sofrendo, agendando com a mídia nacional, pois a repercussão precisa ser neste nível, pois a noiva sequer foi exposta em rede nacional, é evidente que se ela estiver na companhia do recém nascido, chamaria a atenção das pessoas.
Faz muito sentido sim, pois se ele confessou, porque a ocultação deste corpo?seria porque o bebê não estaria morto?
Porque, esperaram 09 meses completos da gestação de Ana Karina, para só então executá-la? Sendo que ele sempre soube, chegando a comprar parte do enxoval da criança.
O que dizer da noiva dele estar foragida há tanto tempo, escondendo o que ou quem?
Acho prudente, esperarmos para abrir o caso na mídia nacional no momento em que estivermos ai, para um melhor resultado.

Podemos marcar?Conto com vocês?
Vocês, pais e mães guerreiros, além da imprensa nacional são a única esperança que resta na vida desta mãe.
Para maior desespero, as buscas nunca mais retomaram.

Aguardo retorno.
Obrigada.
Atenciosamente

Não conseguimos receber nenhum retorno de alguém da imprensa.

Dra. Amanda M. Saldanha
Advogada.
AM&S Advogados

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Nova York encontra mais restos mortais de vítimas do 11 de Setembro



Fragmentos estavam em área que vinha sendo rastreada desde abril.
Trinta e sete deles estavam sob a West Street, próximo às antigas torres.

Autoridades municipais de Nova York afirmaram que uma nova busca nos destroços no local do World Trade Center e nos arredores achou 72 restos mortais humanos, que seraiam de vítimas dos atentados do 11 de Setembro.
O rastreamento começou em abril, em uma área de 700 metros cúbicos no chamado Marco Zero, e terminou na sexta-feira passada.
Trinta e sete dos fragmentos estavam sob a West Street, que passava ao lado das Torres Gêmeas. Eles só foram achados agora porque uma obra tornou o local acessível.
A cidade começou as novas buscas em 2006, e 1.845 cadáveres foram achados.
As autoridades disseram que muitos corpos estão em bom estado de conservação, o que permitirá que eles sejam submetidos a exames de DNA para que sejam reconhecidos.
Até janeiro de 2010, o instituto médico legal havia recuperado 21.744 restos humanos dos destroços, 12.768 dos quais foram identificados.
No mesmo período, foram identificadas 1.626 vítimas, ou 59% das 2.752 que teriam morrido nos ataques.


G1

Resgatados cães que haviam sido roubados na Capital

Animais estavam em Pet Shop na Região Metropolitana

Quatro dias depois de serem levados durante assalto no bairro Moinhos de Vento, em Porto Alegre, dois cachorros voltaram para casa no fim da manhã de hoje. Com o auxílio de agentes da 3ª DP de Porto Alegre, o empresário Theo Germano conseguiu recuperar os animais de estimação após pagar resgate.
Os cães estavam em uma Pet Shop em Esteio. Segundo Germano, o resgate foi negociado com uma mulher, e pago a um motociclista. O valor não foi revelado. Aliviado, o empresário afirmou que os animais estão bem e que o reencontro foi "maravilhoso".



Entenda o caso:
Num assalto no bairro Moinhos de Vento, em Porto Alegre, criminosos abandonaram um carro de luxo, deixaram para trás objetos de valor, mas decidiram levar dois dos quatro cachorros do proprietário do veículo.
O caso ocorreu na manhã de sábado, quando o motorista do empresário Theo Germano saiu para levar os cães para tomar banho numa pet shop. Dois criminosos armados renderam o funcionário e seguiram em direção à Praça Maurício Cardoso, onde soltaram o refém e dois cachorros.
Horas depois, o Fusion de Germano foi encontrado na Rua André Puente, no bairro Independência. Basco, um pug de quatro anos, e Lady, uma cadela que não tem idade e raça definidas, foram levados pelos criminosos.

Alagoas tem 100 mil pessoas sem água e 25 mil casas sem luz


Pelo menos 15 municípios decretaram calamidade pública.
Chuva já matou 29 pessoas no estado.

Moradores das cidades afetadas pelas chuvas em Alagoas enfrentam a falta de água e de energia elétrica. Nesta quarta-feira (23), segundo as companhias estaduais de abastecimento, pelo menos 100 mil pessoas estão sem água e mais de 25 mil casas estão sem luz no estado.
De acordo com a Companhia de Saneamento de Alagoas (Casal), seis cidades enfrentam problemas com o abastecimento de água: São José da Laje, União dos Palmares, Branquinha, Palmeira dos Índios, Murici e Capela.
Só em Palmeira dos Índios, cerca 70 mil pessoas estão sem água, o que equivale, segundo a Casal, a toda a população da cidade. Em Murici, são 12 mil afetados. Na cidade de Capela, onde cerca de 10 mil pessoas estão sem água, a situação deve ser normalizada ainda nesta quarta-feira.
Todas as cidades, segundo a companhia, contam com o apoio de fontes alternativas de abastecimento, como poços e carros-pipa.
A Casal não possui dados sobre a população afetada nas cidades de União dos Palmares, Branquinha e São José da Laje porque o abastecimento é de responsabilidade das administrações municipais.

Cidades sem energia
O fornecimento de energia elétrica, segundo a Eletrobras Distribuição Alagoas, está completamente interrompido em Santana do Mundaú, Branquinha, São José da Laje e Ibateguara. Ao todo, segundo a companhia, são mais de 25 mil casas sem luz.
Já as cidades de União dos Palmares e Murici têm parte do fornecimento de energia com problemas, mas não há estimativa do número de afetados. Ainda não há previsão para que a situação seja normalizada, segundo a Eletrobras, devido à dificuldade de acesso às regiões afetadas.
Em Alagoas e Pernambuco, a chuva dos últimos dias já matou 44 pessoas. Só em Alagoas foram 29. Pelo menos 15 municípios alagoanos decretaram calamidade pública. No total, 177 mil pessoas foram afetadas.


35% dos brasileiros ainda não se alimentam o suficiente


Dados do IBGE mostram, entretanto, que essa fatia era de 46,7% no levatamento de 2002/2003 e que a fome diminuiu em todas as regiões do País

RIO - A fome zero ainda não é realidade no País, embora o acesso das famílias brasileiras à comida tenha aumentado significativamente em sete anos. Ainda que 35,5% das famílias vivam em situação de "insuficiência da quantidade de alimentos consumidos", segundo a POF 2008/2009, o porcentual é bem inferior ao apurado na pesquisa anterior, referente ao período 2002/2003, quando os alimentos eram insuficientes para 46,7% das famílias consultadas. No Norte, mais de 50% das famílias ainda não comem o que necessitam.
Segundo o levantamento, houve redução da fome em todas as regiões brasileiras. Os destaques ficaram com o Sudeste - onde os alimentos eram insuficientes para 43,4% das famílias em 2003, enquanto em 2009 essa situação baixou para 29,4% - e o Norte (de 63,9% para 51,5%).
Apesar de comerem mais, as famílias brasileiras ainda não conseguem escolher sempre os alimentos consumidos, também mostra a pesquisa. Apenas 35,2% delas consomem sempre os alimentos "do tipo preferido", enquanto 52% nem sempre conseguem comer o que querem. Outras 12,9% das famílias "raramente" consomem o tipo preferido de comida.

Jacqueline Farid, da Agência Estado


Estadão

Lugares sagrados para indígenas podem receber a proteção do Iphan


O pedido de tombamento foi apresentado pelas etnias dos Waurá, Kalapalo e Kamayurá, buscando garantir a realização de rituais.

Mais do que reconhecer o valor histórico, social e simbólico de locais sagrados para as comunidades indígenas do Alto Xingu, em Mato Grosso, o Conselho Consultivo do Patrimônio Histórico poderá garantir a continuidade de uma tradição de nove etnias. No encontro do dia 24 de junho, os conselheiros avaliarão a proposta apresentada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) para o tombamento dos lugares sagrados Sagihengu e Kamukuwaká. A reunião será às 10h, na Sala dos Archeiros do Paço Imperial, que fica na Praça XV de novembro, no centro do Rio de Janeiro.
Os dois lugares que fazem parte do Kwarup, a maior festa ritualística entre os povos do Alto Xingu – partilhada pelas nove etnias que formam seu complexo cultural – ficaram fora da demarcação do Parque Indígena. O pedido ao Iphan para tombamento dos lugares sagrados foi apresentado em 2008 pelas etnias Waurá, Kalapalo e Kamayurá. A intenção era garantir a conservação e o direito de acesso às comunidades indígenas ao local, além de preservar a cultura nos seus aspectos espirituais e religiosos das comunidades que participam do rito.
Os técnicos do Iphan que trabalharam no inventário e na elaboração do dossiê de tombamento confirmam os riscos para Sagihengu e Kamukuwaká. De acordo com o documento, é necessário garantir a preservação desses espaços que vêm sofrendo com desmatamento, erosão, pesca predatória, manejo inadequado e atividades agropecuárias. Com a redução dos limites originais do Parque, inferiores ao território histórico de ocupação indígena, as nascentes do rio Xingu foram ocupadas por pólos agropecuários. Hoje, o Parque possui aproximadamente 30 mil km² e abriga 14 povos indígenas, espacialmente divididos entre povos do alto, do médio e do baixo Xingu.
Ao longo do trabalho de pesquisa desenvolvido durante quatro anos, o Iphan realizou registros textuais, fotográficos e videográficos para obter uma documentação capaz de refletir o patrimônio estudado, que abrange bens de natureza material e imaterial.

O Kwarup e os lugares sagrados
Embora os integrantes do Alto Xingu sejam de etnias diversas, eles formam uma unidade cultural maior, compartilhando mitos, ritos, cerimônias, um sistema de trocas
de bens materiais e especialidades artesanais mas, sobretudo, um sentimento comum de identidade e pertencimento cultural. O Kwarup é um deles. Trata-se de uma cerimônia com duração de alguns dias, de homenagem póstuma a chefes e lideranças. Os indígenas choram, cantam, rendem homenagem aos mortos, dançam, tocam seus instrumentos e lutam. As palavras Kwarup ou Quarup são formas aportuguesadas da palavra kwaryp kamayurá.


O Rito anual estabelece o fim do luto e da tristeza, ao mesmo tempo em que restaura a alegria, a vida, sendo o início de um novo ciclo vital. Acontece sempre no final da estação seca, ou seja, durante o mês de agosto; às vezes, em setembro. Ocorre normalmente em uma das aldeias que tiver perdido um parente importante, cuja família consente e promova, então, a cerimônia, tornando-se o "dono" da festa. O dono, o "convidador" tem que alimentar os seus convidados. Isto significa que ele tenha feito uma reserva para servir a todos os convidados no dia da festa sob pena de sentirem-se ofendidos ou ser mal interpretado como pessoa mesquinha.
Segundo antropólogos, a melhor maneira de encontrar a lógica interna de uma cultura é conhecendo a sua mitologia, pois ela carrega a coerência de cada cultura, dotando-a de sentido, justificando os comportamentos sociais, compondo as tradições e se reatualizando através dos ritos. Assim o Primeiro Kwarup, realizado por Sol e Lua para a mãe deles, fornece às comunidades indígenas do alto-Xingu o modelo exemplar da festa ritualística mais importante.
Neste ritual, Sagihengu é o lugar onde começa a cerimônia do kwarup e onde as comunidades indígenas afirmar ter ocorrido o Primeiro Kwarup em homenagem a uma mulher: a Mãe. O lugar também tem remédio para ficar forte e bonito, e para sonhar com vida longa. A cerimônia neste local homenageia, efetivamente, a vida, apesar de ser uma cerimônia funerária. O kwarup é uma festa para espantar a tristeza, para acabar com uma situação de luto e encaminhar o espírito para o outro lado, para o lado de cima. No Sagihenhu tem peixe, tem água, tem choro e tem alegria, tem morte que acaba e tem vida que começa, dá início a um novo ciclo de vida.
Outro local sagrado é o abrigo rochoso Kamukuwaká, que fica fora do Parque e tornou-se propriedade particular apesar da sua importância para a comunidade xinguana. Os dois locais foram mapeados em 2005 e em 2006, durante a primeira etapa do Programa de Patrimônio Cultural, por meio de pesquisas transdisciplinares que envolveu a participação direta das próprias comunidades indígenas. Em 2008, o Prêmio Rodrigo Melo Franco teve como vencedor na categoria apoio institucional e financeiro ações voltadas para estes lugares sagrados.

O Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural
Formado por 22 conselheiros, especialistas em diversas áreas, como cultura, turismo, arquitetura e arqueologia, é presidido pelo presidente do Iphan Luiz Fernando de Almeida. Ao Conselho Consultivo compete examinar, apreciar e decidir sobre questões relacionadas ao tombamento, ao registro de bens culturais de natureza imaterial e à autorização de saída temporária do país de patrimônio cultural protegido por legislação federal e opinar acerca de outras questões relevantes do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.
As outras propostas de tombamento que serão discutidos na reunião do dia 24 de junho, no Rio de Janeiro, são: Bens da imigração Japonesa no Vale do Ribeira em São Paulo e Teatro Oficina, também em São Paulo.


Taxista é flagrado com menina de 13 anos no Rio


Suspeito de 58 anos já tinha 11 passagens pela polícia

Um taxista de 58 anos de idade foi preso na noite de terça-feira (22) em um apartamento na rua Pinheiro Machado 51, Laranjeiras, zona sul do Rio de Janeiro, por pedofilia.
Após denúncias, a polícia esteve no local e descobriu que o suspeito estava com uma menina de aproximadamente 13 anos. Ele foi levado para a delegacia e autuado por estupro de incapaz. Além disso, a polícia descobriu que o homem tem 11 anotações criminais.
O táxi em que ele trabalhava é "pirata", estava com a documentação irregular e foi apreendido. Dentro do carro policiais encontraram estimulantes sexuais e fotos do suspeito com algumas menores.


R7

Caso Mércia: Advogado da família diz que inquérito tem indícios suficientes contra ex-namorado


SÃO PAULO - O advogado da família da advogada Mércia Nakashima, Alexandre de Sá Domingues, disse nesta terça-feira que o inquérito policial que apura a morte da advogada tem indícios suficientes contra Mizael Bispo de Souza, ex-namorado e ex-sócio da vítima. Mizael, segundo a Polícia Civil, é o principal suspeito da morte da advogada, em 23 de maio.
Nesta terça-feira, Domingues e familiares de Mércia estiveram reunidos com os dois promotores designados pelo Ministério Público para acompanhar a investigação do crime, Rodrigo Merli Antunes e Raquel Eli Stein.
- Já há elementos suficientes para que o Ministério Público ofereça a denúncia contra ele (Mizael), pela minha experiência em processos. Mas a investigação quer fazer um quadro mais completo.

Para o promotor Rodrigo Merli Antunes, ainda é necessário cautela.

- Indícios existem, mas ainda é prematuro dizer que efetivamente existe uma prova contundente. Estamos aguardando o resultado dos laudos, já que nem o exame necroscópico foi concluído.
O assassinato de Mércia completa um mês nesta quarta-feira. A irmã da advogada disse nesta terça-feira que Mizael retirou os cartazes informando sobre o desaparecimento da advogada antes do corpo da vítima ser encontrado em uma represa de Nazaré Paulista, a 59 km de São Paulo.
- Nós colocamos fotos dela no bairro e ele mesmo retirou enquanto ela estava desaparecida. Nós tivemos informações de que os cartazes não estavam mais no comércio e nas lojas onde colocamos - diz Cláudia Nakashima.
A irmã de Mércia ainda contesta o depoimento de Mizael, dizendo que a advogada estava no sábado, um dia antes de desaparecer, comendo pizza com a família. À polícia, Mizael disse que saiu com Mércia e juntos foram a um cinema em Guarulhos, no sábado. No domingo em que Mércia sumiu, Mizael afirmou que ele não conseguiu ver a advogada. Na hora do desaparecimento, o ex-namorado de Mércia disse que estava com uma garota de programa, dentro de seu carro, que estava no estacionamento de um hospital. Mas o suspeito não soube identificar a garota e ela não foi encontrada pela polícia.
O advogado de Mizael Bispo de Souza contesta a versão de Cláudia Nakashima e nega que seu cliente tenha retirado os cartazes durante o tempo em que Mércia esteve desaparecida.
A Polícia Civil também informou nesta terça-feira que a reconstituição do crime, marcada para o próximo dia 29, deve acontecer em uma data. Na próxima terça-feira, a luminosidade da lua não seria a mesma do dia 23 de maio, quando um pescador que estava na represa presenciou o carro da advogada afundando e também disse ter ouvido gritos antes de ser coberto pela água.


Câmera de segurança flagra assalto em ônibus da Viação Mauá



Sindicato das Empresas de Ônibus diz que crime foi no domingo (20).
Suspeitos flagrados rendem cobrador e roubam passageiros.

Imagens cedidas Sindicato das Empresas de Transporte Rodoviário do Estado mostram o flagrante de um assalto a um ônibus na Região Metropolitana do Rio. O caso ocorreu num ônibus da Viação Mauá. Toda a ação foi gravada pelas câmeras de segurança do veículo.
O assalto foi na madrugada de domingo (20). Dois homens embarcam no ônibus e rendem o cobrador. Um deles saca uma arma e anuncia o assalto. O outro vai para o fundo do veículo. O assaltante que ficou na roleta recolhe todo o dinheiro das passagens.
Depois, ele passa a roleta e recolhe os pertences e dinheiro dos passageiros. Em seguida, ele aborda um homem, que tem a bolsa revirada. O passageiro chega a ser ameaçado pelo assaltante.
Na sequência das imagens, o segundo assaltante volta para a parte da frente do ônibus e se senta como se fosse um passageiro comum. Logo depois os dois assaltantes desembarcam.
Os assaltantes ainda não foram identificados. O sindicato não informou qual linha de ônibus foi assaltada.


G1

terça-feira, 22 de junho de 2010

Aumenta para 54 o número de municípios afetados pelas chuvas em PE



Também subiu para 30 a quantidade de municípios em situação de emergência e para nove os em estado de calamidade pública, informou a Codecipe

Aumentou para 54 o número de municípios afetados pelas chuvas em Pernambuco. Também subiu para 30 a quantidade de municípios em situação de emergência e para nove os em estado de calamidade pública. Os dados foram atualizados pela Cordenadoria da Defesa Civil de Pernambuco (Codecipe) nesta terça-feira (22).
A Codecipe também informou que 17.719 pessoas estão desabrigadas no Estado, enquanto 24.331 ficaram desalojadas. Ainda não há número oficial de desaparecidos. O número de mortos permanece em 12.
Os últimos números revelam que o Governo distribuiu mais de 243 toneladas de donativos. Entre eles, 191 toneladas de alimentos.
Clique aqui e saiba onde doar.
Na manhã desta segunda (21), secretários de estado e outros representantes de órgãos públicos estaduais reuniram-se no Palácio do Campo das Princesas para discutir novas ações. Durante o encontro, foram designados dez coordenadores do Governo do Estado para dedicar-se exclusivamente ao combate dos efeitos das chuvas.
Eles ficarão responsáveis por coordenar as ações de emergência, limpeza e reconstrução em cada um dos dez municípios onde foi decretado estado de calamidade pública - Palmares, Água Preta, Cortez, Barreiros, Correntes, Vitória de Santo Antão, Barra de Guabiraba, Jaqueira, Escada e Nazaré da Mata.
À noite, o Governo Federal garantiu R$ 300 milhões para que Pernambuco e Alagoas – que também está sofrendo com os estragos da chuva - iniciem obras de recuperação dos atingidos.


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