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sábado, 2 de junho de 2012
‘Bullying’ pode virar crime com pena de até quatro anos de prisão
Os juristas que integram comissão especial designada pelo Senado para elaborar proposta para um novo Código Penal aprovaram nesta segunda-feira (28) sugestão para a criminalização do bullying, prática de assédio moral que vitima crianças e jovens dentro do ambiente escolar. Tipificada com o nome de “intimidação vexatória”, a conduta pode ser punida com prisão de um a quatro anos de prisão, se o autor for maior de idade.
Quando o bullying for praticado por um adolescente, será considerado ato infracional, que, segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente, corresponde aos crimes ou contravenções da esfera penal. Aos atos infracionais não se aplica pena, mas medidas socioeducativas, como prestação de serviços, acompanhamento e internação.
– O bullying não é brincadeira. É coisa muito séria, uma ameaça permanente e contínua – comentou o professor Luiz Flávio Gomes, ao defender o novo tipo penal.
A prática nunca foi tipificada na legislação brasileira, apesar de ser tema de debate recorrente, com diversos projetos de lei em tramitação nas duas Casas do Congresso. Como destacado pelo professor, o bullying no ambiente escolar é praticado até por professores.
Pela proposta dos juristas, a intimidação vexatória se caracterizará pela produção de sofrimento físico, psicológico ou dano patrimonial, por meio dos seguintes atos: intimidar, constranger, ameaçar, assediar sexualmente, ofender, castigar, agredir ou segregar, seja assédio contra criança, adolescente ou grupo de indivíduos, valendo-se o autor ou autores de “pretensa situação de superioridade”. A intimidação poderá ser de forma direta ou indireta – quando o autor mobiliza terceiros para obter o resultado pretendido.
Perseguição obsessiva
A tipificação do bullying ocorreu em reunião onde os juristas finalizaram o exame dos crimes contra a liberdade individual. Outra inovação foi a previsão do crime de “perseguição obsessiva ou insidiosa”, um tipo sugerido para enquadrar o ato de perseguir alguém, de forma continuada e reiterada, ameaçando sua integridade física e psicológica, com restrição da sua capacidade de locomoção, ou que se destine de alguma forma a invadir, perturbar ou restringir a liberdade ou privacidade de outra pessoa. Para o delito, foi sugerida prisão de dois a seis anos.
Fonte: Agência Senado
promenino
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As TVs onipresentes matam a conversa?
Amadas por muitos e odiadas por outros, as tevês dividem as atenções. Veja como lidar com elas sem entrar em pé de guerra com seu interlocutor
A televisão chegou ao Brasil em 18 de abril de 1950. Os aparelhos, caros e raros, eram a atração do bairro: a casa com um televisor geralmente era onde os vizinhos se reuniam no horário nobre para assistirem juntos às poucas horas da programação noturna.
Em apenas 50 anos telas de TV de todos os tipos e tamanhos se espalharam pelos cômodos de quase todas as casas do planeta, ocuparam espaços públicos, como bares, restaurantes e praças, estão dentro dos carros, nos elevadores, nas salas de espera de médicos e hospitais, tornaram-se o ponto focal de ambientes privados e públicos e reinam, absolutas, no cotidiano das pessoas.
Isso não significa que o papel agregador da televisão tenha se perdido. Qualquer final de campeonato importante está aí para provar que ela ainda une pessoas por afinidades.
“ Jogos, posse de presidente da república, todo mundo gosta de assistir junto”, diz a consultora de etiqueta Célia Leão. “Nessas circunstâncias, a tevê ligada num canal de notícias em escritórios ou numa sala de espera é inclusive de utilidade pública”, diz a consultora.
Mas fora de situações de interesse específico, o que leva amigos ou casais a saírem para jantar e deixarem o papo morrer diante do estímulo da tela?
Antonio Carlos Amador Pereira, psicólogo, psicoterapeuta e professor no Departamento de Psicologia da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, acredita que, se as vozes calam enquanto o olhar gruda na tela, a culpa não é da tevê. “O problema não é um aparelho de televisão no local. As pessoas não se falam no elevador, mal se cumprimentam. O aparelho de tevê só potencializa algo que já existe”, acredita o professor.
Ele compara esse silêncio diante da TV ao de um casal que lê jornais ou revistas no café da manhã de um domingo. “As pessoas tendem a se isolar, principalmente em cidades grandes. Vivem em função dos próprios problemas, de forma individualista. Elas têm seu computador, seu iPad, seu smartphone, sua televisão; se isolam. Vivemos como em um automóvel, em bolhas.”
Apesar da presença maciça, a tevê está longe de ser uma unanimidade, pelo menos nos espaços públicos. Como resolver o conflito entre os fãs de ambientes com tevês e os que não as suportam? Preparamos um pequeno manual para a tevê não se tornar motivo de guerra.
1 – Evite o silêncio
“Sempre que estiver na presença de outras pessoas, o ideal é interagir”, acredita a consultora de boas maneiras Lígia Marques. Claro que numa sala de espera, entre desconhecidos, não tem problema focar na tevê. Mas convidar alguém para um chope e perder o rumo da conversa por causa dela é desagradável.
2 – Marcando: com ou sem tevê?
Se você foi convidado para um lugar com telas por toda parte e não gosta delas, escolha seu lugar estrategicamente. Sentar de costas para elas ajuda. “Sua prioridade tem que ser quem está à mesa, então tente ficar longe da dita. Se não for possível, você vai ter que se esforçar para manter a atenção na pessoa com quem está”, diz Lígia.
3 - Pode pedir para mudar de canal?
De jeito nenhum! “É falta de educação. Só se muda o canal da tevê da própria casa”, diz Célia. Se você não mudaria por conta própria a decoração de um bar, não faz sentido pedir ao dono do estabelecimento para escolher a programação. Já Lígia acredita que se a pessoa estiver sozinha numa sala de espera ou se ninguém mais estiver acompanhando o conteúdo da tevê, o constrangimento é menor.
4 – Pode pedir para desligar ou abaixar o volume?
Se estiver incomodando demais, atrapalhando as conversas ou causando um desconforto no ambiente, pode. “Diga que está alto demais e não está conseguindo conversar. Mudar de lugar é uma boa opção”, afirma Lígia.
5 – A TV dispersa o grupo
O papo começa animado, mas os gols da rodada, a abertura da novela ou até o começo do jornal disputam a atenção com a conversa. O que fazer? Célia Leão sugere dar um toque. “Viemos para beber e conversar ou ver tevê? É você que tem que dar um toque no parceiro – com sutileza”, recomenda. “Ser humano bom de papo é bom ouvinte. Que deselegância você falar e a pessoa estar ligada no futebol, no Faustão”, diz Célia.
6 – Mudar de endereço
Se o foco for mesmo a convivência e a conversa e não for possível conciliar com o lugar escolhido, propor uma mudança de endereço pode salvar a reunião. Nada pior do que não estar no clima do ambiente... “É uma ótima ideia se a TV está fazendo o encontro ficar dividido”, diz Lígia.
7 – E na hora de reunir os amigos em casa? TV or not TV?
Na intimidade do lar, cada família tem suas regras. A programação da tevê pode se tornar o assunto central do bate-papo ou exterminar de vez a conversa. Uma boa solução são DVDs de shows, que dão um clima agradável à reunião, tanto com a tela da tevê ligada quanto desligada. “Outros programas dispersam a conversa. Se ligar a tevê no futebol, não conte com a participação dos homens na festa!”, brinca Lígia.
Gazetaweb
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Caso de mulher que teve língua cortada por marido choca Afeganistão
Mesmo após o fim do regime do Talebã, o recente crescimento no número de mulheres vítimas de violência doméstica voltou a assustar o Afeganistão.
Nesta semana, um homem de 22 anos foi preso no norte do país após cortar a língua da esposa durante uma discussão.
A agressão ocorreu na casa do casal no vilarejo de Jangory, na região de Balkh, no norte do Afeganistão.
Policiais identificaram o nome do agressor como Saleh e afirmaram que a mulher, de apenas de 20 anos, estava grávida de sete meses. Segundo as autoridades, ela perdeu o bebê por causa do ataque.
Ela foi encaminhada imediatamente a um hospital da região, onde os médicos de plantão conseguiram reimplantar a língua. Ainda não se sabe, contudo, se ela poderá voltar a falar.
A jovem, que está sendo tratada em um abrigo para mulheres, apareceu em uma coletiva de imprensa em Balkh na última quarta-feira com sua mãe e autoridades locais.
Um repórter da BBC disse que ela estava em choque e não podia falar, mas que queria "mostrar sua repugnância" ao ocorrido.
Na mesma ocasião, a mãe da vítima disse que Saleh agredia repetidamente sua filha durante os 12 meses em que eles permaneceram casados.
"Ele já chegou a incendiar o quarto dela, além de agredi-la por pelo menos três vezes. Os mais velhos, entretanto, diziam que se tratava de uma típica briga de casal e que não deveriam interferir", disse ela aos repórteres.
"Da última vez, ele cortou a língua dela e eu percebi que ele havia ultrapassado todos os limites", acrescentou.
'Pressão mental extrema'A agressão em Jangory é o episódio mais recente de uma série de incidentes de violência doméstica que vêm ocorrendo no Afeganistão.
No início deste mês, os padrastos de Sahar Gul, de 15 anos, da província de Baghlan, no norte do país, foram condenados a 10 anos de prisão depois de serem acusados de torturá-la, aparentemente porque ela se recusava a trabalhar como prostituta.
Há duas semanas, duas meninas de 10 e 13 anos se enforcaram na província central de Ghor depois de serem vistas vestidas como meninos para que pudessem visitar um vilarejo próximo.
Em algumas partes das zonas rurais do Afeganistão, mulheres são proibidas de viajar sozinhas ou sair de casa sem permissão. Autoridades afirmaram que as duas meninas foram submetidas a uma "pressão mental extrema" de seus parentes por, supostamente, envergonharem suas famílias.
Freba Majidi, responsável pelo escritório de proteção à mulher na região do Balkh, disse à BBC que ela lida diariamente com vários casos semelhantes de violência doméstica. Segundo ela, o que rendeu destaque internacional ao caso de Jangory foi a maneira como a mulher foi atacada.
"Trata-se da primeira vez em que vemos um homem cortar a língua de sua mulher", disse ela à BBC.
Apesar de a Constituição da era pós-Talebã promulgada no Afeganistão conferir direitos iguais a homens e mulheres, a ONU estima que a grande maioria das afegãs já foi submetida a algum tipo de violência doméstica.
Grupos feministas já realizaram seguidos protestos nos últimos meses para expressar preocupação sobre o fato de que as melhorias conquistadas até agora nos direitos das mulheres podem sofrer uma reviravolta com a eventual inclusão de representantes do Talebã em um futuro governo.
Na última quarta-feira, na capital do país, Cabul, representantes da Rede de Mulheres Afegãs - uma organização nacional de ativistas feministas - afirmaram estar preocupadas sobre o que poderia acontecer com as mulheres após a saída das tropas internacionais em 2014.
Elas reivindicaram ao governo uma proteção mais ampla às estudantes das escolas do país após uma série de misteriosos envenenamentos, que teriam sido cometidos pelo Talebã.
BBC Brasil
Morre menina queimada em centro radioterápico na Tijuca, no Rio
Maria Eduarda se tratava de leucemia grave e foi queimada em outubro.
Pais entraram com ação judicial contra o Centro San Peregrino.
Pais de Maria Eduarda, de 7 anos, estão inconformados com a morte da menina na quarta-feira (30). A menina, que tinha uma forma rara de leucemia diagnosticada em 2010, foi vítima de queimaduras graves durante tratamento da doença, no Centro Radioterápico San Peregrino, na Tijuca, na Zona Norte do Rio, como informa o RJTV.
Segundo os pais, Maria Eduarda começou a fazer as sessões de quimioterapia logo após o diagnóstico. Mas os médicos informaram que seria necessário complementar o tratamento com radioterapia.
As sessões foram feitas no centro radioterápico, que funciona dentro do Hospital Venerável da Ordem Terceira da Penitência, na Tijuca, em outubro do ano passado. A família percebeu que a pele da menina escureceu, mas segundo o pai de Maria Eduarda, a médica responsável pelo tratamento disse que era um dos efeitos colaterais.
“Quando começaram a se manifestar as lesões na cabeça no couro cabeludo, ainda estava no início e eu ainda levei foto, expliquei a ela que não era normal. Inclusive os médicos nunca viram coisa igual”, disse o pai de Maria Eduarda, Ronaldo Rodrigues Rosa.
As sessões continuaram e a menina começou a apresentar queimaduras na orelha, na cabeça e danos cerebrais, que levaram a dificuldades para falar e andar.
Os pais de Maria Eduarda a levaram ao hospital para fazer curativos. Segundo a equipe médica que atendeu a menina, ela desenvolveu a Síndrome Cutânea da Radiação, que acontece quando o paciente é exposto a radioterapia. No caso da menina, ela apresentou o grau mais profundo do problema. O lobo direito frontal do cérebro foi afetado. Esta parte é responsável, entre outras funções, pelo comportamento e capacidade de locomoção.
O pai entrou com uma ação na 4ª Vara Cível de Bangu, na Zona Oeste. O juiz responsável pelo caso nomeou um médico do Instituto Nacional do Câncer (Inca) para fazer uma perícia no equipamento de radioterapia usado na menina durante as sessões.
De acordo com o laudo, a máquina não tinha nenhum defeito na regulagem. Mas o perito não pode analisar a dose ministrada na paciente, porque as informações ficam na ficha de tratamento. As fichas que já tinham sido enviadas para o advogado de defesa do centro radioterápico.
O perito concluiu que o protocolo de atendimento foi seguido, mas não descartou a possibilidade de ter havido erro humano no cálculo ou na aplicação da dose durante o tratamento.
Segundo a família de Maria Eduarda, o centro radioterápico propôs um acordo para resolver a questão. Mas eles preferiram o levar o caso adiante e esperam que os culpados sejam punidos.
Homicídio culposo
O caso está na 19ª DP (Tijuca), de acordo com a polícia, a física Lídia Cristina Salzberg e os técnicos Hosana Pereira Cirino e Richardson Magno Medeiros de Moura responder homicídio culposo. O caso foi encaminhado à Justiça.
Lídia é a física que calculou a quantidade das sessões de radioterapia, e os outros dois são as pessoas que operavam a máquina de radioterapia.
O Centro Radioterápico San Peregrino foi interditado no dia 17 de fevereiro e continua interditado até hoje. Em nota, a Clínica San Peregrino disse que, assim que as causas das lesões foram identificadas, começou a prestar tratamento especializado. Ainda determinou a seus médicos e advogados que se prontificassem a oferecer toda a ajuda necessária e solicitada pelos pais da menina.
Sobre os funcionários que vão responder por homicídio culposo, a clínica disse que espera o pronunciamento das autoridades para definir a condução do caso.
O Tribunal de Justiça, em nota, disse que, até agora, não houve comunicação oficial sobre a morte de Maria Eduarda. Ainda segundo o TJ-RJ, também não houve petição e a juíza tomou conhecimento do caso pela imprensa.
G1
Pais entraram com ação judicial contra o Centro San Peregrino.
Pais de Maria Eduarda, de 7 anos, estão inconformados com a morte da menina na quarta-feira (30). A menina, que tinha uma forma rara de leucemia diagnosticada em 2010, foi vítima de queimaduras graves durante tratamento da doença, no Centro Radioterápico San Peregrino, na Tijuca, na Zona Norte do Rio, como informa o RJTV.
Segundo os pais, Maria Eduarda começou a fazer as sessões de quimioterapia logo após o diagnóstico. Mas os médicos informaram que seria necessário complementar o tratamento com radioterapia.
As sessões foram feitas no centro radioterápico, que funciona dentro do Hospital Venerável da Ordem Terceira da Penitência, na Tijuca, em outubro do ano passado. A família percebeu que a pele da menina escureceu, mas segundo o pai de Maria Eduarda, a médica responsável pelo tratamento disse que era um dos efeitos colaterais.
“Quando começaram a se manifestar as lesões na cabeça no couro cabeludo, ainda estava no início e eu ainda levei foto, expliquei a ela que não era normal. Inclusive os médicos nunca viram coisa igual”, disse o pai de Maria Eduarda, Ronaldo Rodrigues Rosa.
As sessões continuaram e a menina começou a apresentar queimaduras na orelha, na cabeça e danos cerebrais, que levaram a dificuldades para falar e andar.
Os pais de Maria Eduarda a levaram ao hospital para fazer curativos. Segundo a equipe médica que atendeu a menina, ela desenvolveu a Síndrome Cutânea da Radiação, que acontece quando o paciente é exposto a radioterapia. No caso da menina, ela apresentou o grau mais profundo do problema. O lobo direito frontal do cérebro foi afetado. Esta parte é responsável, entre outras funções, pelo comportamento e capacidade de locomoção.
O pai entrou com uma ação na 4ª Vara Cível de Bangu, na Zona Oeste. O juiz responsável pelo caso nomeou um médico do Instituto Nacional do Câncer (Inca) para fazer uma perícia no equipamento de radioterapia usado na menina durante as sessões.
De acordo com o laudo, a máquina não tinha nenhum defeito na regulagem. Mas o perito não pode analisar a dose ministrada na paciente, porque as informações ficam na ficha de tratamento. As fichas que já tinham sido enviadas para o advogado de defesa do centro radioterápico.
O perito concluiu que o protocolo de atendimento foi seguido, mas não descartou a possibilidade de ter havido erro humano no cálculo ou na aplicação da dose durante o tratamento.
Segundo a família de Maria Eduarda, o centro radioterápico propôs um acordo para resolver a questão. Mas eles preferiram o levar o caso adiante e esperam que os culpados sejam punidos.
Homicídio culposo
O caso está na 19ª DP (Tijuca), de acordo com a polícia, a física Lídia Cristina Salzberg e os técnicos Hosana Pereira Cirino e Richardson Magno Medeiros de Moura responder homicídio culposo. O caso foi encaminhado à Justiça.
Lídia é a física que calculou a quantidade das sessões de radioterapia, e os outros dois são as pessoas que operavam a máquina de radioterapia.
O Centro Radioterápico San Peregrino foi interditado no dia 17 de fevereiro e continua interditado até hoje. Em nota, a Clínica San Peregrino disse que, assim que as causas das lesões foram identificadas, começou a prestar tratamento especializado. Ainda determinou a seus médicos e advogados que se prontificassem a oferecer toda a ajuda necessária e solicitada pelos pais da menina.
Sobre os funcionários que vão responder por homicídio culposo, a clínica disse que espera o pronunciamento das autoridades para definir a condução do caso.
O Tribunal de Justiça, em nota, disse que, até agora, não houve comunicação oficial sobre a morte de Maria Eduarda. Ainda segundo o TJ-RJ, também não houve petição e a juíza tomou conhecimento do caso pela imprensa.
G1
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sexta-feira, 1 de junho de 2012
Polícia investiga morte de bebê de 6 meses em creche de SP
Um bebê de seis meses morreu na tarde de quinta-feira (31) após passar mal em uma creche da zona norte de São Paulo. O menino foi socorrido, mas já chegou com parada cardiorrespiratória ao Hospital 21 de Junho, na região de Pirituba.
Segundo informações do boletim de ocorrência, a criança foi deixada na creche no período da manhã e, no decorrer do dia, teria passado mal. Há registro que o garoto tinha escoriações na região do nariz, mas ainda não foi confirmado o que teria provocado o hematoma.
A dona da creche afirmou à polícia que o local estava em reforma e em processo de regularização com a Prefeitura de São Paulo.
Ela foi detida, solta após pagamento de fiança e deve responder por homicídio culposo (quando não há intenção de matar). O nome da dona da creche não foi informado pela polícia.
Folha OnLine
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Suspeito de matar adolescente de 12 anos é preso no Vale do Rio Pardo
Marciele Freitas Pinheiro foi morta com 15 facadas no dia 17, quando ia para a escola
A Polícia Civil de Rio Pardo prendeu nesta quinta-feira um suspeito de matar a adolescente Marciele Freitas Pinheiro. Ele foi localizado depois que a investigação rastreou e localizou o telefone celular da vítima, roubado no dia do crime, e que estava com uma mulher que disse ter comprado o aparelho de um jovem de 22 anos.
Na casa desse jovem, no bairro Ramiz Galvão, em Rio Pardo, a polícia encontrou uma faca suja de sangue. O suspeito, que não estava em casa, foi localizado e preso por volta do meio-dia.
Segundo o delegado Anderson Faturi, o jovem prestou, ao longo da tarde, três depoimentos contraditórios. No primeiro, negou qualquer envolvimento com o assassinato e com o telefone celular. No segundo, disse ter comprado o aparelho de um usuário de drogas. E, no terceiro, acusou outra pessoa de cometer o assassinato, dando, segundo Faturi, detalhes que só poderiam ser conhecidos por alguém que estivesse na cena do crime.
O suspeito, que teve decretada prisão temporária de 30 dias, foi encaminhado ao presídio de Rio Pardo.
O corpo de Marciele foi encontrado em um matagal próximo à travessia que usava como atalho para chegar à escola onde cursava a 7ª série, no dia 17. Ela havia saído pela manhã para ir ao colégio e foi encontrada com a mochila nas costas.
O laudo da necropsia revelou que a adolescente foi atingida com 15 facadas entre a região do peito e o pescoço. Segundo o documento, a garota não sofreu outro tipo de agressão, não foi vítima de crime sexual nem entrou em luta corporal com o assassino. O caso causou comoção na comunidade de Rio Pardo.
Zero Hora
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Polícia encontra ossada em terreno de faculdade
Segundo Maria Aurélia Varella, corpos pertenciam ao laboratório de anatomia há 20 anos
A reitora da Universidade São Marcos, Maria Aurélia Varella, afirmou que os ossos encontrados no terreno da instituição de ensino na quinta-feira (31) eram de cadáveres usados para estudo. A polícia descobriu os restos mortais após uma denúncia anônima. Ao todo, foram localizados 15 crânios, quatro fetos e partes de corpos.
De acordo com a reitoria, os corpos pertenciam ao laboratório de anatomia da instituição há 20 anos, mas estavam contaminados por fungos por falta de manutenção, porque o local já havia sido desativado há dois anos. A reitora teria pedido que os ossos fossem enterrados em um cemitério, em abril deste ano.
...—Na minha concepção, enterro é em cemitério. Enterro em cemitério é pago. Alguém precisaria viabilizar a verba. Quem faz esta parte? Quem faz a parte administrativa. Quem é que faz isso? Em regra, a mantenedora. No caso da São Marcos, o representante legal dela, que é a intervenção judicial.
Só o Instituto de Criminalística poderá dizer há quanto tempo os ossos estavam ali. A polícia já ouviu o depoimento de cinco pessoas, entre elas, o zelador que teria enterrado os restos mortais. O DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa) vai investigar se os corpos chegaram à universidade de forma lícita. O diretor do departamento, delegado Jorge Carrasco, quer saber quem deu a ordem para que as ossadas fossem enterradas no terreno da instituição de ensino.
—A investigação vai prosseguir para saber os responsáveis e como eles adquiriram esses corpos, se vieram em nível de universidade ou como esses corpos estavam lá para estudo.
Uma vizinha da universidade contou que vinha sentindo cheiro forte vindo da instituição, mas pensou que fosse o bueiro. Uma aluna da instituição, que estuda em uma sala em frente aonde os ossos foram enterrados ficou escandalizada com a história. Ela já não tem mais certeza se vai conseguir o diploma.
A Universidade São Marcos foi descredenciada pelo Ministério da Educação. A instituição contava com cerca de 1.300 alunos em São Paulo e 800 em Paulínia (no interior), e estava sob intervenção judicial e em processo de readequação às normas do ministério.
R7
20,9 milhões de pessoas no mundo são vítimas de trabalho forçado
3 em cada mil pessoas estão presas em empregos que lhes foram impostos por meio de coração ou de engano, diz estudo da Organização Internacional do Trabalho (OIT)
Há hoje 20,9 milhões de pessoas no mundo vítimas de trabalho forçado. Ou seja, cerca de três em cada mil cidadãos estão presos em empregos que lhes foram impostos por meio de coação ou de engano. Nessas situações também podem ser incluídos o tráfico de seres humanos ou práticas análogas à escravidão. Os dados são de um estudo divulgado nesta sexta-feira (1º) pela Organização Internacional do Trabalho (OIT).
"O tráfico de seres humanos também pode ser considerado trabalho forçado e, assim, essa estimativa capta o tráfico de seres humanos para exploração laboral e sexual ou o que alguns chamam de escravidão moderna", descreve o estudo. O último relatório da organização sobre o assunto havia sido divulgado em 2005.
Quem são os trabalhadores encontrados em situação de escravidão no Brasil
De acordo com o levantamento, o sexo feminino representa 55% (11,4 milhões) do total de trabalhadores forçados, enquanto o masculino soma 9,5 milhões (45%). Além disso, os adultos são mais afetados do que as crianças: 74% (15,4 milhões) das vítimas são maiores de 18 anos e 26% (5,5 milhões) estão abaixo dessa faixa etária.
Região
A região da Ásia e do Pacífico apresenta o número mais alto de trabalhadores forçados no mundo: 11,7 milhões (56%). Em seguida vem a África, com 3,7 milhões (18%), e a América Latina, com 1,8 milhão de vítimas (9%). Nos países da Europa Central e do Leste Europeu são registrados 1,6 milhão (7%) de pessoas trabalhando de forma forçada. Nas economias desenvolvidas e na União Europeia há 1,5 milhão (7%), enquanto no Oriente Médio, o número de vítimas é estimado em 600 mil (3%).
Campo de trabalho
O estudo mostra ainda que 90% dos trabalhadores (18,7 milhões) são explorados na economia privada, por indivíduos ou empresas. Desses, 4,5 milhões (22%) são vítimas de exploração sexual forçada e 14,2 milhões (68%) são forçados em atividades econômicas como agricultura, construção civil, trabalho doméstico ou industrial.
Além disso, 2,2 milhões (10%) são vítimas de trabalho forçado imposto pelo Estado – como nas penitenciárias, o que viola as normas da OIT – ou por forças armadas rebeldes ou exércitos nacionais.
Migração
O documento também aborda a migração. Há 9,1 milhões de vítimas (44%) que estão presas no trabalho forçado após um processo migratório, ou seja, um deslocamento dentro de seus países ou para o exterior. A maioria dessas pessoas, 11,8 milhões (56%), está submetida a trabalho forçado em seus países de origem ou residência.
"Os deslocamentos entre fronteiras estão estreitamente vinculados à exploração para fins sexuais. Em contrapartida, a maioria dos trabalhadores forçados em atividades econômicas e quase todos os que são vítimas de trabalho forçado imposto pelo Estado não se afastaram de suas áreas de origem”, mostra o estudo.
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Curada de uma depressão que a fez perder 17 quilos
Como vidente de Chayene (Cláudia Abreu) em ‘Cheias de charme’ , atriz conta que teve um branco e esqueceu quem era na hora de gravar
RIO - Lady Francisco quase não cabe em si de tanta alegria. Após atravessar um período de sete anos de “vacas mais que magras” - como ela própria define - e enfrentar uma depressão profunda, a atriz está de volta à TV. No capítulo deste sábado de “Cheias de charme”, Lady aparece como um vidente que faz previsões para Chayene (Cláudia Abreu).
- Fiquei dois anos de cama, fui a 18 médicos, fiz 55 exames, mas ninguém sabia o que eu tinha e eu não queria tomar remédios. Cheguei a pesar 50 quilos (17 a menos que seu peso normal). Minha filha que mora nos Estados Unidos teve uma crise de choro quando me viu. Até que um dia bati forte no peito e falei: ‘Chega’. Comecei a dizer uma frase abençoada, ‘Maria, passa na frente’, e meu caminho foi ficando iluminado - festeja ela, aos 76 anos, que foi convidada para a novela pela diretora Denise Saraceni.
O dia da gravação, na quarta-feira passada, foi “glorioso”, ela revela. Ao chegar no Projac, conta que logo se deparou com uma árvore que plantou há 15 anos. Em seguida, ganhou uma recepção calorosa da equipe, principalmente de Cláudia Abreu, com quem trabalhou em “Barriga de aluguel”, em 1990.
- Claudinha me deu um abraço muito gostoso, fez a maior festa. Chorei de emoção ao vê-la - empolga-se Lady, acrescentando que se sentiu como uma estrela diante de tanto paparico.
Porém, na hora do “gravando”, Lady confessa que a emoção falou mais alto.
- Eu fiquei confusa, me deu um branco, não sabia quem eu era. Pedi desculpas a Denise - relembra.
Embora por enquanto seja de apenas um capítulo - “ uma formiguinha já falou que vou fazer mais cenas”- , a participação já rendeu frutos para a Lady. Ela já está envolvida com mais dois projetos: o primeiro é o longa “Ódio”, em que fará par romântico com Luciano Szafir. O segundo é o documentário “Nunca fui santa”, baseado em seu livro homônimo.
- Vou contar tudo. Sou muita verdadeira e não importa o que vão pensar de mim. Digo mesmo que não gosto de relação sexual e de beijo. Tem gosto de cuspe, você não acha? - indaga ela, que também não bebe, não fuma e não usa drogas: - Nunca fiz isso. Sou uma pessoa muito sadia. No momento tenho malhado.
Arrependida por ter negado papéis e ter permanecido tanto tempo longe da TV, Lady Francisco conta que a partir de agora os “nãos” estão proibidos em sua vida.
- O (Federico) Fellini me convidou para trabalhar com ele, mas não aceitei com medo de deixar meus animais sozinhos. A Denise, quando trabalhava na Manchete, me chamou para um papel ótimo, mas recusei porque estava com uma crise de hemorroida. Agora eu digo “sim” pra tudo. Prefiro me arrepender do que fiz.
O Globo
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quinta-feira, 31 de maio de 2012
Estudo causa polêmica ao comparar Doença de Chagas à Aids
O artigo científico Doença de Chagas: A Nova HIV/Aids das Américas causou polêmica ao sugerir que o mal transmitido pelo inseto popularmente conhecido como barbeiro esteja em franca expansão no continente.
O estudo diz que a doença ameaça até os Estados Unidos, onde imigrantes latino-americanos seriam um dos potenciais focos de infecção.
Escrito por dez cientistas baseados nos EUA e no México, o artigo foi publicado no Journal of Neglected Tropical Diseases (focado em doenças tropicais negligenciadas por políticas de saúde pública) na última terça-feira.
Para os cientistas a situação da doença tropical no continente hoje em dia tem semelhanças com a epidemia de HIV registrada no início dos anos 1980. Falta de medicamentos, alto custo de tratamento (que se estende durante anos) e a transmissão por transfusão sanguínea seriam parecidos.
Também seria parecido o estigma em torno de grupos atingidos: pobres, agricultores e imigrantes, no caso da Doença de Chagas atualmente, e homossexuais, no caso da Aids há 30 anos.
O estudo destaca o fato de que em alguns países como Paraguai e Bolívia o estágio de controle e tratamento da doença continua sendo muito deficiente.
Leia: Clique No Brasil, 95% dos casos se concentram no Pará e Amapá
'Alarmismo'
Especialistas consultados pela BBC Brasil dizem que vários pontos da comparação não se aplicam a grande parte da região e que o cenário alarmante estaria restrito a países como México e Bolívia, onde a doença ainda não foi controlada.
João Carlos Pinto Dias, que já chefiou o Programa Nacional de Combate à Doença de Chagas brasileiro e é membro do Comitê de Doenças Tropicais Neglicenciadas da Organização Mundial da Saúde (OMS), diz que o "trabalho é válido e provocador", embora hajam comparações "forçadas".
"São formas de chamar a atenção para algo geralmente muito negligenciado", diz o pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz, que tem mais de 220 artigos científicos e sete livros publicados sobre o assunto.
Pinto Dias diz que é a comparação é "forçada" sobretudo por se referir aos anos iniciais da epidemia do HIV, quando a contaminação aumentava de forma exponencial. "No caso da doença de Chagas estamos longe disso. Não se trata de um momento de expansão".
Ele acrescenta que o Brasil está numa situação "bastante confortável", com uma diminuição drástica do contágio. "Nos anos 1970 tínhamos mais de 100 mil novos casos por ano. Hoje temos entre 150 e 200 novas contaminações anuais".
Em toda a América Latina são atualmente 8 a 9 milhões de infectados e no Brasil cerca de 2 milhões. Nos Estados Unidos vivem cerca de 300 mil pessoas com o mal de Chagas, em sua maioria imigrantes latino-americanos vindos de regiões mais pobres.
Bolívia e México
O especialista explica que países como Brasil, Chile, Uruguai e partes da Argentina encontram-se em situação avançada de controle da doença. Outros como Colômbia, Equador, Honduras e Peru estão em estágio intermediário.
A situação descrita pelo estudo americano, de descontrole sobre as transfusões sanguíneas, falta de medicamentos e de políticas públicas e aumento dos casos, no entanto, se aplica à Bolívia e ao México.
"No caso boliviano, no final dos anos 1990 o governo obteve recursos do Banco Mundial e montou uma equipe ótima, mas com o passar dos anos as administrações subsequentes abandonaram o programa nacional", diz Pinto Dias.
"No México, desde 1949 cientistas e pesquisadores de renome vêm alertando o governo sobre a necessidade de se montar um programa consistente para conter a doença. Uma histórica falta de vontade política, no entanto, fez com que o país jamais montasse ações públicas para conter o problema", acrescenta.
O artigo americano aponta ainda o Paraguai como um dos países onde o combate à doença é deficiente, sobretudo pela falta do medicamento que pode levar à cura nos três primeiros meses após o contágio.
'Doença rara'
Para João Barbosa, secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, o mal de Chagas já é considerado "doença rara" no Brasil.
"O que falta é a alguns países é alcançar o que o Brasil já fez. Precisam acelerar o processo de eliminação da transmissão vetorial e depois pela transmissão de sangue", disse em entrevista à BBC Brasil.
Barbosa diz que o contágio vetorial (por diferentes espécies do inseto barbeiro) foi considerado oficialmente eliminado no Brasil pela OMS em 2006.
Quanto às contaminações por transfusão sanguínea e congênita, de mãe para filho, os especialistas apontam para a idade média de 35 a 40 anos entre as mulheres, fora de idade fértil, e para um controle em bancos de sangue há mais de 20 anos, o que coloca o Brasil em posição confortável.
No país a principal forma de contágio atualmente é pela via oral, quando o barbeiro ou suas fezes contendo o parasita são moídas junto a sucos e alimentos.
Doença de Chagas
A doença foi descoberta em 1909 pelo médico brasileiro Carlos Chagas. Causada por um parasita transmitido pelo inseto barbeiro (Trypanosoma cruzi e suas variações), pode ser letal mas apresenta grande taxa de cura se tratada nos três meses seguintes à contaminação.
Embora muito rara, há uma variação da doença que pode ser fatal pouco tempo após o contágio.
Atualmente entre 60% e 70% das pessoas infectadas pelo parasita vivem em média de 65 a 70 anos. Na década de 1970 a expectativa de vida era de 30 a 40 anos.
Entre 70% e 80% dos infectados tratados não desenvolvem problemas causados pelo mal de Chagas, mas de 20% a 30% podem desenvolver doenças cardíacas e intestinais. Deste segundo grupo, até 20% podem ter morte súbita devido ao inchaço exacerbado do coração ou intestinos.
A eliminação total do parasita é praticamente impossível para os infectados. Medicamentos existentes só conseguem obter a cura se administrados até três meses após o contágio. Pacientes mais jovens têm mais chances de sucesso.
BBC Brasil
Bebê de um ano sofre queimaduras durante banho em creche
O bebê de apenas um ano sofreu queimaduras de segundo grau em várias partes do corpo. A direção da creche alega que a resistência do chuveiro queimou causando o acidente.
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Cadastro tem 5,2 mil crianças
O Brasil comemorou nesta sexta-feira (25/5) o Dia Nacional da Adoção com 5.240 crianças e adolescentes ainda à espera de uma nova família. É o que mostra o Cadastro Nacional da Adoção (CNA), criado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para reunir informações sobre crianças e jovens disponíveis para a adoção e pessoas interessadas em adotar. O banco de dados acelera procedimentos, facilitando o desenvolvimento de políticas públicas nesta área e também permite o conhecimento da realidade dessas crianças e adolescentes. Além disso, propicia maior transparência e segurança nos processos e o melhor cumprimento dos melhores interesses das crianças e adolescentes.
Segundo levantamento da última terça-feira (22/5), o número de pretendentes continua cinco vezes maior que o de crianças e adolescentes aptos a serem adotados, com um total 28.041 inscritos em todo o país. Nicolau Lupianhes, juiz auxiliar da Corregedoria Nacional de Justiça e coordenador do CNA, lembrou que o perfil exigido pelos inscritos no cadastro ainda é a principal barreira para a inserção das crianças e jovens em uma nova família.
De acordo com o levantamento, das crianças e adolescentes disponíveis para a adoção, 45,92% são pardas, 33,8% brancas e 19,06% negras. Um total de 77,16% dessas crianças têm irmãos – sendo 35,99% com o familiar também inscrito no Cadastro Nacional de Adoção. O relatório dos pretendentes, por sua vez, mostra que apenas 18,08% estão dispostos a adotar irmãos. A maioria dos cadastrados (82,45%) deseja apenas uma criança. Com relação à raça, 90,91% dos interessados aceitam adotar brancos, 61,87% pardos e 34,99% negros.
Segundo o levantamento, 33,04% dos pretendentes querem adotar apenas meninas. A maioria dos interessados também anseia por crianças com até três anos de idade – eles chegam a somar 76,01% dos cadastrados. “A diferença entre o número de pretendentes e o de crianças disponíveis é grande justamente por causa do perfil exigido”, constatou Nicolau Lupianhes. De acordo com o juiz, esse quadro vem se alterando, sobretudo a partir da nova Lei da Adoção (Lei 12.010), de agosto de 2009. A norma introduziu uma série de instrumentos que visam à conscientização dos interessados.
“A adoção no Brasil não é a ideal, mas é satisfatória. Precisamos estruturar melhor as varas da infância e juventude (responsáveis pelo procedimento), com mais equipes técnicas e interdisciplinares. Precisamos também promover mais cursos com os pretendentes com vistas a conscientizá-los. O maior entrave para a adoção hoje é a exigência”, reforçou.
Nova Família - O Cadastro Nacional da Adoção foi criado pelo CNJ em 2008. Desde então essa ferramenta possibilitou a inserção de 989 crianças e adolescentes em uma nova família. É o que mostra a última consulta ao banco de dados. Atualmente, 228 processos de adoção se encontram em andamento.
Fonte: Agência CNJ de Notícias
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31 DE MAIO – DIA MUNDIAL CONTRA O CIGARRO
Neste 31 de maio o planeta se mobiliza para lutar contra o vício do cigarro.
É o Dia Mundial Anti-Tabaco.
Especialistas do mundo inteiro afirmam que o hábito é tão nocivo que depois de uma tragada de cigarro o corpo humano leva 20 minutos recuperar o equilíbrio.
Somente depois de uma hora é que a nicotina sai do organismo. Sem a nicotina no corpo a respiração, o paladar, o prazer em comer e o fôlego apresentam melhoras significativas e aquela canseira ao subir uma escada, por exemplo, também melhora.
Em 48 horas sem fumo a respiração começa a apresentar sinais de melhora. Neste tempo a capacidade de sentir cheiros e sabores também melhora.
Ao vencer o primeiro mês sem cigarro, o ex-fumante apresenta melhoras no comportamento e memória. Um período de paz surge depois dos temidos primeiros 15 dias sem o tabaco, considerados os piores por quem está largando o vício.
Se a rotina atrapalha quem quer parar de fumar, o jeito é mudá-la, segundo médicos especialistas.
Atitudes simples resolvem o problema. Mudar comportamentos que lembrem o ato de acender o cigarro é a alternativa. Ler, evitar tomar café, praticar uma atividade física, ou qualquer outro tipo de ação que distraia o pensamento do ato de fumar são os desafios a serem encarados na luta contra o antigo hábito.
Depois de um ano sem fumar o risco de doença cardíaca diminui pela metade; de 5 a 15 anos após parar de fumar, o risco de derrame é reduzido ao nível das pessoas que jamais colocaram um cigarro na boca.
Após a primeira década sem cigarro, os riscos de desenvolver câncer caem pela metade comparado entre os que continuam fumando.
E passados 15 anos, o risco de doença cardíaca ou de morte por ela é semelhante ao das pessoas que nunca fumaram.
O número de fumantes no Brasil vem diminuindo a cada ano. As medidas para acabar com o vício como as proibições das propagandas, o aumento de preço dos cigarros e a proibição do fumo em locais fechados têm contribuído para essa queda.
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quarta-feira, 30 de maio de 2012
Justiça determina que filho de Eliza Samudio deve ficar com a avó
Foragido, o avô reivindicava a guarda da criança na Justiça.
Caso foi apreciado pela 1ª Vara da Família de Foz do Iguaçu, no Paraná.
A Justiça determinou nesta quarta-feira (30) que o filho da modelo Eliza Samudio, desaparecida desde junho de 2010, com o goleiro Bruno Fernandes deve ficar definitivamente com a avó materna, Sônia de Fátima Moura.
No processo que tramitou em segredo de Justiça na 1ª Vara da Família de Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná, o avô materno, Luíz Carlos Samudio, também reivindicava a guarda da criança, que hoje tem dois anos. Sônia já era responsável por Bruninho graças a uma decisão liminar. Os dois residem no distrito de Anhanduí, a 50 quilômetros de Campo Grande, capital de Mato Grosso do Sul.
Ao G1, a advogada da avó, Maria Lúcia Borges Gomes, afirmou que por meio do advogado o avô reconheceu que o neto está bem e concordou que a avó permanecesse com a guarda da criança. A jurista declarou também que Luíz Carlos Samudio não tem condições de criar a criança uma vez que possui débitos com a Justiça. Ele foi condenado por abusar sexualmente da filha mais nova. A prisão preventiva foi decretada em maio de 2011 e desde então ele é considerado foragido.
A briga pela guarda da criança começou após o desaparecimento da modelo. Eliza Samudio foi vista pela última vez no sítio de Bruno, em Esmeraldas, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Desde então o atleta cumpre prisão provisória.
Nesta terça-feira (29), a Justiça mineira concedeu liberdade condicional a Bruno. O benefício refere-se ao processo de cárcere privado e lesão corporal cujo atleta foi condenado a quatro anos e seis meses de prisão. Mesmo assim, ele não pode sair da prisão. Isso só poderá ocorrer após o julgamento de um pedido de habeas corpus pelo Supremo Tribunal Federal (STF) relacionado ao desaparecimento e morte de Eliza Samudio.
Relembre o caso Eliza Samudio
O goleiro Bruno Fernandes e mais sete réus vão a júri popular no processo sobre o desaparecimento e morte de Eliza Samudio, ex-namorada do jogador. Para a polícia, Eliza foi morta em junho de 2010 na Região Metropolitana de Belo Horizonte, e o corpo nunca foi encontrado. Em fevereiro de 2010, a jovem deu à luz um menino e alegava que o atleta era o pai da criança.
O goleiro, o amigo Luiz Henrique Romão – conhecido como Macarrão –, e o primo Sérgio Rosa Sales vão a júri popular por sequestro e cárcere privado, homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver. Sérgio responde ao processo em liberdade. O ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, também está preso e vai responder no júri popular por homicídio duplamente qualificado e ocultação de cadáver.
Dayanne, ex-mulher do goleiro; Wemerson Marques, amigo do jogador, e Elenílson Vítor Silva, caseiro do sítio em Esmeraldas, respondem pelo sequestro e cárcere privado do filho de Bruno. Já Fernanda Gomes de Castro, outra ex-namorada do jogador, responde por sequestro e cárcere privado de Eliza e do filho dela. Eles foram soltos em dezembro de 2010 e respondem ao processo em liberdade. Flávio Caetano Araújo, que chegou a ser indiciado, foi inocentado.
Segundo o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), não há previsão de data para o julgamento do caso Eliza Samudio.
G1
terça-feira, 29 de maio de 2012
Dia Mundial da Energia: confira dicas para economizar
Criado em 1981, numa iniciativa da Direção Geral de Energia (em Portugal), o Dia Mundial da Energia é comemorado em 29 de maio. Esta comemoração tem por finalidade sensibilizar e motivar as pessoas quanto à necessidade de poupar energia e a importância de preservar os recursos naturais.
Dicas
Muitos consumidores têm o hábito de dormir com a televisão ligada, usar lâmpadas incandescentes e abrir a geladeira diversas vezes em um curto espaço de tempo. Pode não parecer, mas atitudes como estas e muitas outras podem elevar, e muito, o consumo de energia elétrica dentro de uma residência.
Tomar banho com a água bem quente é bom. No entanto, manter a chave do chuveiro elétrico na posição “Verão” economiza 30% mais energia do que se estiver na posição “Inverno”. Os consumidores devem evitar, ainda, deixar os equipamentos eletrônicos em modo stand by, pois eles também consomem energia. Se a casa ficar vazia por um longo espaço de tempo, o recomendado é desligar todos os aparelhos. O mesmo vale para aqueles que gostam de dormir com o televisor ligado. O ideal é programar o equipamento para desligar automaticamente por meio do timer.
Além dessas dicas, o gestor Executivo da EDP Escelsa, Amadeu Wetler, orienta, ainda, a troca das lâmpadas e o aproveitamento da luz solar, quando o assunto é a iluminação de ambientes. “Mais duráveis e econômicas, as lâmpadas fluorescentes podem ser usadas na cozinha, garagem, área de serviço e em qualquer outro cômodo da casa. Além disso, durante o dia, evite deixar as luzes acesas, abra as janelas, persianas e cortinas. A economia será certa”, destaca Wetler.
Os consumidores devem ficar atentos também ao uso da máquina de lavar roupa e o ferro de passar. Se a máquina tem capacidade para bater até dez quilos, não há necessidade de ligá-la apenas para trabalhar pela metade da carga. A mesma dica vale para as secadoras. Lavar ou secar poucas peças é desperdiçar energia. Com o ferro de passar roupas também não é diferente. Evite usá-lo diversas vezes ao dia para desamassar apenas uma peça do vestuário. Acumule grande quantia de roupas e passe todas de uma única vez. Além disso, comece pelas roupas mais leves até que o ferro esteja na temperatura ideal e quente para as demais peças. Pode demorar mais tempo para concluir o serviço, mas o gasto será menor.
Em dias de muito calor, nada melhor do que usufruir de um ar-condicionado. Para que o equipamento não consuma mais energia do que o necessário, o recomendado é deixar todas as portas, janelas, persianas e cortinas fechadas, para evitar a entrada do calor no ambiente e forçar a capacidade do aparelho.
Fonte: EDP Escelsa
Site de Linhares
Inclusão: 7 professoras mostram como enfrentam esse desafio
Educadoras compartilham a experiência de ensinar alunos com necessidades educacionais especiais. As soluções sempre envolvem o trabalho em equipe
Ensinar crianças e jovens com necessidades educacionais especiais (NEE) ainda é um desafio. Nos últimos dez anos, período em que a inclusão se tornou realidade, o que se viu foi a escola atendendo esse novo aluno ao mesmo tempo que aprendia a fazer isso. Hoje ainda são comuns casos de professores que recebem um ou mais alunos com deficiência ou transtorno global do desenvolvimento (TGD) e se sentem sozinhos e sem apoio, recursos ou formação para executar um bom trabalho. Dezenas de perguntas recebidas por NOVA ESCOLA tratam disso. Mas a tendência, felizmente, é de mudança - embora lenta e ainda desigual. A boa-nova é que em muitos lugares a inclusão já é um trabalho de equipe. E isso faz toda a diferença.
A experiência de Roberta Martins Braz Villaça, da EMEB Helena Zanfelici da Silva, em São Bernardo do Campo, na região metropolitana de São Paulo, comprova isso. Entre seus 24 alunos da pré-escola está Isabelly Victoria Borges dos Santos, 5 anos, que tem paralisia cerebral. Apesar do comprometimento motor, a menina tem a capacidade cognitiva preservada. Na escola desde o ano passado, ela participa de todas as atividades. "Os conteúdos trabalhados em sala são os mesmos para ela. O que eu mudo são as estratégias e os recursos", explica a professora.
Isabelly se comunica por meio da expressão facial. Com um sorriso ela escolhe as cores durante uma atividade de pintura. No parque, com a ajuda das placas de comunicação, decide se quer brincar de blocos de montar ou no escorregador. Nas atividades de escrita, indica quais letras móveis quer usar para formar as palavras e já reconhece o próprio nome. "Ela tem avançado muito e conseguido acompanhar a rotina escolar", comemora a professora.
Roberta não está sozinha nesse trabalho. Ela conta com o apoio diário de uma auxiliar, que a ajuda na execução das atividades, na alimentação e na higiene pessoal de Isabelly. Outra parceira é a professora do atendimento educacional especializado (AEE). Num encontro semanal de uma hora, elas avaliam as necessidades da menina, pensam nas estratégias a utilizar e fazem a adaptação dos materiais.
Inaugurada em 2001, a escola em que Roberta leciona já foi construída levando em conta a inclusão: o projeto previa um elevador e um espaço para uma futura sala de recursos. Mas daí a funcionar com qualidade, com materiais diversos e uma equipe afinada, foi um longo caminho. "Somente em 2005 passamos a contar com estagiários e auxiliares em sala", lembra a diretora, Maria do Carmo Tessaroto.
Gestores preocupados com a questão e que buscam recursos e pessoal de apoio fazem da inclusão um projeto da escola. Dessa forma, melhoram as condições de trabalho dos professores, que passam a atuar em conjunto com um profissional responsável pelo AEE, a contar com diferentes recursos tecnológicos e a ter ciência de que o aluno com deficiência ou TGD não é responsabilidade exclusivamente sua. Com a parceria da família, as possibilidades de sucesso são ainda maiores, como você verá nas páginas a seguir. Com base nas experiências de professoras que atendem alunos com NEE, respondemos às seis perguntas mais recorrentes enviadas à redação. Essas educadoras certamente indicarão caminhos para você que, como elas, trabalha para fazer a inclusão de verdade.
Veja mais:
2 - O que fazer quando recebo um aluno com deficiência em uma turma numerosa?
3 - Como conseguir recursos quando a escola não tem sequer infraestrutura adequada?
4 - Como deve ser a articulação entre o professor da sala e o responsável pelo AEE?
5 - Qual a melhor maneira de lidar em sala de aula com situações-limite?
6 - Como a tecnologia pode melhorar a aprendizagem de alunos com deficiência?
7 - Como explicar às famílias que é preciso adequar o currículo às necessidades dos filhos?
Nova Escola
Brasil tem 4ª maior população carcerária do mundo e deficit de 200 mil vagas
Com cerca de 500 mil presos, o Brasil tem a quarta maior população carcerária do mundo e um sistema prisional superlotado. O deficit de vagas (quase 200 mil) é um dos principais focos das críticas da ONU sobre desrespeito a direitos humanos no país.
Ao ser submetido na semana passada pela Revisão Periódica Universal - instrumento de fiscalização do Alto Comissariado de Direitos Humanos da ONU -, o Brasil recebeu como recomendação "melhorar as condições das prisões e enfrentar o problema da superlotação".
Segundo a organização não-governamental Centro Internacional para Estudos Prisionais (ICPS, na sigla em inglês), o Brasil só fica atrás em número de presos para os Estados Unidos (2,2 milhões), China (1,6 milhão) e Rússia (740 mil).
De acordo com os dados mais recentes do Depen (Departamento Penitenciário Nacional), de 2010, o Brasil tem um número de presos 66% superior à sua capacidade de abrigá-los (deficit de 198 mil).
"Pela lei brasileira, cada preso tem que ter no mínimo seis metros quadrados de espaço (na unidade prisional). Encontramos situações em que cada um tinha só 70 cm quadrados", disse o deputado federal Domingos Dutra (PT-MA), que foi relator da CPI do Sistema Carcerário, em 2008.
Falta de condiçõesSegundo ele, a superlotação é inconstitucional e causa torturas físicas e psicológicas.
"No verão, faz um calor insuportável e no inverno, muito frio. Além disso, imagine ter que fazer suas necessidades com os outros 49 pesos da cela observando ou ter que dormir sobre o vaso sanitário".
De acordo com Dutra, durante a CPI, foram encontradas situações onde os presos dormiam junto com porcos, no Mato Grosso do Sul, e em meio a esgoto e ratos, no Rio Grande do Sul.
Segundo o defensor público Patrick Cacicedo, do Núcleo de Sistema Carcerário da Defensoria de São Paulo, algumas unidades prisionais estão hoje funcionando com o triplo de sua capacidade.
Em algumas delas, os presos têm de se revezar para dormir, pois não há espaço na cela para que todos se deitem ao mesmo tempo.
"A superlotação provoca um quadro geral de escassez. Em São Paulo, por exemplo, o que mais faz falta é atendimento médico, mas também há (denúncias de) racionamento de produtos de higiene, roupas e remédios", disse à BBC Brasil.
VigilânciaPorém, abusos de direitos humanos não ocorrem somente devido ao déficit de vagas.
Em todo país, há denúncias de agressões físicas e até tortura contra detentos praticadas tanto por outros presos quanto por agentes penitenciários.
"No dia a dia, recebemos muitas denúncias de agressões físicas, mas é muito difícil provar, pelo próprio ambiente (de isolamento). Quando a denúncia chega e você vai apurar, as marcas (da agressão na vítima) já sumiram e não há testemunhas", afirmou Cacicedo.
O número de mortes de detentos nos sistemas prisionais não é divulgado pelos Estados, segundo o assessor jurídico da Pastoral Carcerária, José de Jesus Filho.
"O sistema penitenciário é opaco, uma organização (não-governamental) já tentou fazer esse levantamento, mas não conseguiu."
Segundo o deputado Dutra, o ambiente geral desfavorável aos direitos humanos no sistema prisional do país foi o que possibilitou o surgimento de facções criminosas.
Entre elas estão o Comando Vermelho e o Terceiro Comando, no Rio de Janeiro, e o Primeiro Comando da Capital, em São Paulo, que hoje operam as ações do crime organizado dentro e fora dos presídios.
Defensores
Outra recomendação explícita feita pelo grupo de 78 países-membros durante a sabatina na ONU foi a disponibilização permanente de defensores públicos em todas as unidades prisionais do país.
Uma das funções deles seria acelerar a apuração de abusos de direitos humanos contra presos.
Outros papeis seriam oferecer assistência jurídica para que os detentos não fiquem encarcerados após acabar de cumprir suas penas ou tenham acesso mais rápido ao sistema de progressão penitenciária (regime semiaberto ou liberdade assistida) - o que ajudaria a reduzir a superlotação.
Mas o país ainda está longe dessa realidade. Só em São Paulo, um dos três Estados com maior número de defensores, o atendimento a presos nas unidades prisionais é feito por meio de visitas esporádicas.
De acordo com Cacicedo, apenas 29 das 300 comarcas do Estado têm defensoria. Além disso, só 50 dos 500 defensores se dedicam ao atendimento dos presos.
O Estado, no entanto, possui 151 unidades prisionais da Secretaria de Administração Penitenciária (sem contar as cadeias públicas subordinadas à Secretaria de Segurança Pública.)
SoluçõesSegundo Jesus Filho, os problemas não são resolvidos em parte devido ao perfil da maioria dos detentos.
Um levantamento da Pastoral Carcerária mostra que a maior parte tem baixa escolaridade, é formada por negros ou pardos, não possuía emprego formal e é usuária de drogas.
Domingos Dutra diz que uma possível solução para reduzir a população carcerária seria o emprego de detentos em obras públicas e estímulo para que eles estudem durante a permanência na prisão.
A legislação já permite que a cada três dias de trabalho um dia seja reduzido da pena total. Mas, segundo Dutra, nem todos os governos estaduais exploram essa possibilidade.
Esta é a primeira de uma série de reportagens da BBC Brasil sobre as deficiências do país na área de direitos humanos que serão publicadas ao longo desta semana.
BBC Brasil
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Fila da adoção não anda por causa das exigências dos futuros pais
Nesta quinta-feira, 25 de maio,foi comemorado o Dia Nacional da Adoção. No Brasil, quase 30 mil casais estão na espera pela adoção, bem mais que as cinco mil crianças cadastradas.
Que felicidade pode ser maior do que ter o amor de um filho? Para milhares de brasileiros, esta sexta-feira foi um dia muito especial, porque o dia 25 de maio é o Dia Nacional da Adoção.
Três filhos vieram ao mesmo tempo. Os irmãos Ana, Léo e Paola encantaram os pais adotivos. Eles mudaram os planos da família de adotar apenas uma criança. “A gente decidiu que, pode não caber na planilha, mas cabe lá em casa, cabe no coração”, afirma Thaíse Nardelli, mãe adotiva.
Mas, para a Justiça, história como essa são raras. No Brasil, quase 30 mil casais estão na espera pela adoção, bem mais que as cinco mil crianças cadastradas. Ainda assim, a fila não anda, por causa das exigências dos futuros pais. “Não fecha a intenção de quem quer adotar com as crianças que estão no abrigo”, declara a juíza Lídia Munhoz Mattos.
São poucos os casais que aceitam mais que uma criança. São muitas as crianças tem irmãos e não podem se separar. As exigências continuam na cor da pele. Ao todo, 35% só querem criança branca. E a maioria prefere bebês. “Se a gente vê que vai demorar muito, pode mudar a idade no processo, mas a gente quer bebê”, diz uma jovem.
Desde 2009, a lei exige que quem quer adotar faça um curso preparatório. Nas aulas, se aprende, por exemplo, que a prioridade para a Justiça não é encontrar a criança ideal para cada família inscrita, mas a melhor família para cada criança.
No curso, em Curitiba, os casais recebem até bonecas para treinarem em casa. Quem coordena é Hália de Souza, que se tornou mãe adotiva há 40 anos. “A gente mostra no curso que este bebe que eles querem hoje, daqui a 5 anos, vai ter 5 anos. Então, porque não levar uma de 5 anos de uma vez?”, sugere Hália que também é presidente da ONG Adoção Consciente.
Bom Dia Brasil
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Crianças quebram posto de saúde no interior paulista
Meninos tinham idade entre 6 e 9 anos; há uma semana, eles depredaram outro posto
Três meninos, com idades entre seis e nove anos, depredaram um posto de saúde em Serra Azul, região de Ribeirão Preto, no interior de São Paulo. Eles quebraram uma porta, estilhaçaram vidros e deixaram medicamentos e seringas espalhados pelo chão. Funcionários descobriram que a invasão havia sido feita por crianças em razão de um desenho deixado na parede.
Os meninos são os mesmos que, há uma semana, invadiram outro posto de saúde na cidade. Eles vão precisar fazer exames, porque manusearam seringas e agulhas. As crianças já foram devolvidas aos pais, que terão que arcar com o prejuízo.
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Professora desenha alunos em moldes de jornal
Nas aulas de Matemática do 5º ano da Escola Humberto Cordeiro os jovens aprenderam sobre medidas em atividade prática onde todos foram contornados
Na Escola Municipal Humberto Cordeiro (Ponta Grossa), a professora da turma do 5º ano, Elaine Hauer Dias, utiliza o jornal em todas as aulas, inclusive quando o assunto é ‘Construção e Análise de Gráficos’, na disciplina de Matemática. Com isso, ela está conseguindo estimular a leitura como instrumento que viabilize o acesso à informação e melhor compreensão da realidade social, promovendo a reflexão e discussão do processo do conhecimento. “O trabalho contemplou os estilos de representações gráficas e abordou também a construção de hipóteses e soluções para problemas propostos, bem como novas formas de representação”, explica a professora.
Nesta atividade, Elaine pediu que todos deitassem em folhas de jornal onde foi feito o contorno do corpo de cada um e, em seguida, tiradas as medidas. Em seguida, foi criado um gráfico com nome e agrupamentos por aproximação de altura. Conhecendo sua altura, cada aluno pôde perceber e comparar com os demais a diferença que há entre eles. “Após o agrupamento houve várias manifestações referente à idade e a altura dos pais. Ao final da atividade todos levaram para casa o boneco para buscar informações e perceber, através da hereditariedade, a base de sua altura”, conta.
A aprendizagem contextualizada, defendida pelos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs), visa que o aluno aprenda a mobilizar competências para solucionar problemas em contextos apropriados. Para Elaine, “a socialização dos resultados apurados mostrou a importância do uso de metodologias diferenciadas, proporcionando um aprendizado significativo em um ambiente onde o aluno reconheça as várias possibilidades de reformular novos conceitos para seu melhor desempenho e compreensão”.
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Polícia resgata Zeca, cachorro roubado em arrastão
Cão da raça Staffordshire Terrier tinha sido levado por criminosos no último dia 22, após roubo em condomínio na Aclimação
A Polícia Civil de São Paulo informou ter encontrado na tarde desta segunda-feira o cachorro Zeca, da raça Staffordshire Terrier, em uma favela no bairro Monte Kemmel. O animal tinha sido roubado durante um arrastão num condomínio na Aclimação, Zona Sul da capital, no último dia 22.
De acordo com a Secretaria de Segurança Pública do estado, os policiais da 4ª Delegacia do Patrimônio do Deic prenderam no sábado três suspeitos de participar do arrastão que estavam escondidos na favela do Violão, no Parque Novo Mundo, na Zona Norte. Os responsáveis pela operação também apreenderam um automóvel da marca Gol utilizado no roubo.
Zeca foi encontrado pelos policiais, nesta segunda-feira, próximo ao local onde os criminosos mantinham sua base de operações, no bairro do Monte Kemmel. O cachorro estava acompanhado de crianças.
Campanha - Depois do arrastão, o dono do cachorro, o personal trainer Cristiano Maffra, começou uma campanha para encontrar o animal. Um blog foi criado e a foto de Zeca foi compartilhada por diversas pessoas através do Facebook.
No último domingo, o programa Pânico na Band também aderiu à campanha e levou o dono do cachorro ao vivo ao palco para pedir a ajuda do público. Após o anúncio da polícia desta segunda-feira, Maffra escreveu em seu perfil na rede social: “Zeca voltando para casa!!!!!! Polícia achou nosso cão, Brasil!”.
Veja
Paciente com Mieloma Múltiplo não consegue comprar remédios para tratar câncer
Raimundo Bruzzi luta contra o Mieloma Múltiplo, uma doença que prejudica a imunidade. Estima-se que 30 mil brasileiros sofram com o mal, que ataca idosos, na maioria dos casos
Mieloma múltiplo é uma doença hematológica (do sangue) que se caracteriza pela proliferação descontrolada de células plasmáticas. A incidência da doença ocorre a partir da sétima década da vida, sendo rara antes dos 40 anos. Atinge, preferencialmente, o sexo masculino e os pacientes de raça negra.
Os portadores de mieloma têm uma produção aumentada de células plasmáticas e, portanto, um número aumentado dessas células na medula óssea, que pode variar de 10% a 90% – normalmente, as células plasmáticas constituem menos de 5% das células da medula óssea. Tais acúmulos de células plasmáticas são denominados plasmocitomas. O aumento das células plasmáticas pode acontecer na medula óssea (acúmulo intramedular) ou em outras localizações (acúmulo extramedular), portanto os pacientes com mieloma múltiplo podem apresentar plasmocitomas intra ou extramedulares.
Sinais e Sintomas
Anemia, fadiga e dores ósseas constituem a tríade que sugere o diagnóstico de mieloma múltiplo, embora outros achados sugiram também a doença, como fraturas patológicas, hipercalcemia, insuficiência renal e proteinúria de Bence-Jones.
Dor óssea: um sintoma característico do mieloma múltiplo é a dor que não responde a tratamento analgésico.
Fraturas ósseas: as fraturas ósseas costumam ser patológicas, o que significa que podem ocorrer por pequenos traumas. A dor óssea e as fraturas são os primeiros sintomas do mieloma múltiplo.
Hipercalcemia: é uma alteração da bioquímica do sangue caracterizada pelo aumento dos níveis de cálcio na corrente sanguínea. Se não for controlada, pode causar outros efeitos colaterais como, por exemplo, insuficiência renal.
Lesões osteolíticas: podem aparecer lesões ósseas disseminadas parecidas com a osteoporose, uma vez que as células plasmáticas ultrapassam 30% do valor normal. Essas lesões enfraquecem o osso, podendo provocar dor óssea e/ou fraturas patológicas.
Proteinúria de Bence-Jones: as células plasmáticas produzem anticorpos (imunoglobulinas) que fazem parte do sistema imunológico e que, na realidade, são proteínas. O aumento dessas proteínas pode ser detectado no sangue. As proteínas são denominadas proteínas M. Fragmentos dessas proteínas, denominadas proteínas de Bence-Jones, são evidenciados em exames de urina.
Muitos pacientes confirmam o diagnóstico de mieloma após a realização de exames de rotina de sangue e urina, nos quais são encontradas alterações mostrando níveis elevados de proteínas.
Alterações hematológicas: o aumento das células plasmáticas e do cálcio e o excesso de proteínas no sangue podem danificar os glóbulos vermelhos, brancos e plaquetas, provocando anemia (diminuição de glóbulos vermelhos) e trombocitopenia (diminuição no número de plaquetas), o que pode causar sangramentos, e também alterando o sistema imunológico, predispondo o paciente à infecções.
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segunda-feira, 28 de maio de 2012
Dia 28 de Maio tem Mobilização Nacional pela Saúde da Mulher e Redução da Morte Materna
Data marca o Dia Internacional de Luta Pela Saúde da Mulher e o Dia Nacional de Redução da Mortalidade Materna; principal objetivo é chamar a atenção da sociedade brasileira para o problema das mortes maternas e ampliar o debate público sobre os direitos das mulheres.
Hoj, segunda-feira, 28 de maio, redes e organizações da sociedade civil de diversos estados estarão unidas em uma campanha nacional em prol dos direitos das mulheres à saúde e à maternidade segura. A Mobilização pela Promoção dos Direitos das Mulheres e Redução da Morte Materna, que é realizada desde 2009, contará este ano com atividades que vão desde seminários, oficinas, rodas de conversas e debates até a organização de marchas com distribuição de materiais relacionados aos temas.
As atividades estão sendo realizadas desde o início do mês, com encontros de preparação dos eventos que acontecerão nos estados de Alagoas, Bahia, Paraíba, Paraná, Rio de Janeiro, São Paulo e Distrito Federal, entre outros.
Atividades programadas
Na Bahia, ocorrerão um seminário e uma vigília, organizada por mulheres feministas, ambos sobre a redução da morte materna, além da distribuição dos materiais durante a Marcha das Vadias, no centro da capital, Salvador. Para Deise Queiroz, da Articulação de Jovens Negras Feministas, a Mobilização é estratégica para reiterar o perfil das mulheres que perdem a vida por causas relacionadas à gravidez no estado. “A Bahia é um dos lugares que têm índices muitos expressivos de morte materna, apesar dos avanços que a política tem surtido. E, em sua maioria, é o perfil racial, social e econômico que mapeia quais são as mulheres que falecem”, destacou.
No Rio de Janeiro, jovens da Rede Estadual de Jovens Vivendo e Convivendo com HIV/AIDS realizarão uma oficina da temática; o terreiro Ilê Omolú e Oxum, localizado em São João de Meriti, realizará uma discussão ampliada sobre o tema. Ainda no Rio, estudantes universitários distribuirão os materiais da campanha pela redução da mortalidade materna na Estação de Metrô em São Cristóvão. Em São Paulo, será realizada no bairro do Campo Limpo uma atividade com foco em gestores/as de educação. Na Paraíba, uma roda de conversas vai movimentar a juventude e, no Rio Grande do Sul, haverá um seminário voltado para estudantes universitários.
Para Ângela Brito, da Rede Controle Social e Saúde da População Negra, a Mobilização é de “extrema importância para colocar as mulheres em evidência”. “As pessoas não têm acesso à educação, à informação, e essa falta influi diretamente na saúde (…) É preciso mostrar para essas mulheres quais são os seus direitos em relação à saúde e à doença”, disse a mobilizadora de Alagoas. Ela comentou ainda o fato de que, apesar do estado ser um dos menores do Brasil em extensão, é também um dos que têm os menores Índices de Desenvolvimento Humano (IDHs), o que afeta a população tanto do ponto de vista cultural quanto socioeconômico.
Para saber se a sua cidade está participando, acesse o Mapa de Atividades da Mobilização no link http://bit.ly/Lmkx76 ou acompanhe as informações atualizadas sobre a ação na página do Facebook “Mobilização pelos direitos das mulheres e redução da morte materna”. Para mais informações e também para que a sua atividade seja incluída no mapa, envie os seus contatos (e-mails, telefones, organização que pertence, local/região) através da rede social ou porreducaomortematerna@gmail.com e promocaodosdireitos@gmail.com .
Mobilização
A Mobilização foi idealizada em 2009 pelo UNFPA, Fundo de População das Nações Unidas, e pela Prefeitura do Município de Salvador, com apoio do Ministério da Saúde, e vem ganhando adesões desde então. Em 2010, a campanha contou também com a Rede Nacional Feminista de Saúde, Direitos Sexuais e Direitos Reprodutivos e passou a ser apoiada pelo Programa Interagencial de Promoção da Igualdade de Gênero, Raça e Etnia e pelo Fundo para o Alcance dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio.
Este ano, após uma atividade realizada pelo UNFPA e a ONG Criola sobre saúde das mulheres, passaram a integrar a iniciativa a Rede Nacional de Controle Social e Saúde da População Negra, RNAJVHA – Rede de Jovens Vivendo com HIV/Aids, Articulação Negras Jovens Feministas, CEAFRO - Educação para Igualdade Racial e de Gênero da Universidade Federal da Bahia, Odara – Instituto da Mulher Negra, Associação Cultural de Mulheres Negras – ACMUN, Rede Lai Lai Apejo: População Negra e Aids, Núcleo de Jovens de Criola em Magé, Fórum Nacional de Juventude Negra, Fórum de Ações Afirmativas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Rede de Comunidade Saudável, Movimento Nacional das Cidadãs Posithivas, Rede Mulheres Negras do Paraná, Rede Nacional Afro-Atitudes, Sapatá – Rede Nacional de Promoção e Controle Social das Lésbicas Negras, Rede Nacional de Religiões Afro-Brasileiras e Saúde, Articulação de Organizações de Mulheres Negras Brasileiras – AMNB e Rede Nacional Feminista de Saúde, Direitos Sexuais e Direitos Reprodutivos. Participam também da Mobilização a Prefeitura do Município de Salvador e o Departamento Nacional de Saúde do SESC.
28 de maio
A Mobilização ocorre no 28 de maio, Dia Internacional de Luta Pela Saúde da Mulher e Dia Nacional de Redução da Mortalidade Materna. O primeiro evento que marcou a data foi o IV Encontro Internacional Mulher e Saúde, que ocorreu na Holanda, em 1984. Três anos depois, na 5ª edição do Encontro, realizada na Costa Rica, foi proposto que, daquele momento em diante, fosse escolhido um tema relacionado à saúde da mulher para ações políticas, a serem realizadas sempre no 28 de maio. Desde então, a data tornou-se referência para a reflexão internacional sobre saúde da mulher.
No ano seguinte, em 1988, houve a Campanha de Prevenção da Mortalidade Materna, coordenada pela Rede Mundial de Mulheres pelos Direitos Reprodutivos e pela Rede de Saúde das Mulheres Latino-Americanas e Caribenhas, com envolvimento da Rede Feminista de Saúde, Direitos Sexuais e Direitos Reprodutivos, do Brasil. A partir dessa ação, o governo brasileiro determinou, por meio da Portaria 663/94 do Ministério da Saúde, que o dia fosse instituído como data nacional para redução da morte materna.
Redução das mortes maternas: desafio para o Brasil e para o mundo
O relatório “Tendências sobre a Mortalidade Materna: 1990 a 2010″, divulgado no último dia 16 de maio, mostra que entre 1990 e 2010 o número de mortes maternas por ano diminuiu de mais de 543 mil para 287 mil em todo o mundo, uma queda de 47%. Enquanto foram registrados grandes progressos em quase todas as regiões, existem muitos países, particularmente na África Subsaariana, que não irão alcançar o Objetivo de Desenvolvimento do Milênio (ODM) de redução das mortes maternas em 75% entre 1990 e 2015.
De acordo com o documento, elaborado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA), Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) e Banco Mundial, a cada dois minutos uma mulher morre por complicações na gravidez. As quatro causas mais comuns de morte são hemorragias graves após o parto, infecções, hipertensão durante a gravidez e abortos inseguros, realizados em más condições. Noventa e nove por cento das mortes maternas ocorrem nos países em desenvolvimento; a maioria poderia ser evitada por meio de intervenções de eficácia comprovada.
Segundo o relatório, a estimativa de razão de morte materna no caso do Brasil caiu para 56 por 100 mil nascidos vivos; entre 1990 e 2010, o país registrou uma redução de 51% nas mortes maternas, superior à média mundial (47%) e latino-americana (41%) para o período, mas ainda insuficiente para alcançar a meta do Objetivo de Desenvolvimento do Milênio 5, de saúde materna, que estabelece uma redução de 75% em relação aos dados de 1990.
As estimativas apresentadas no Relatório “Tendências sobre a Mortalidade Materna: 1990 a 2010” foram computadas segundo um modelo de regressão multinível de duas etapas, metodologia que permite a comparabilidade entre os vários países. Entretanto, tais estimativas não refletem necessariamente as estatísticas oficiais dos países, que podem usar métodos diferentes; no caso do Brasil, o Ministério da Saúde divulgou recentemente que o dado oficial para a razão de morte materna é de 68 por 100 mil nascidos vivos.
Embora o país apresente uma tendência de redução das mortes maternas bastante expressiva, é necessário seguir investindo na ampliação do acesso ao planejamento reprodutivo voluntário, na melhoria da qualidade da atenção pré-natal, na formação de profissionais para o atendimento adequado, humanizado e não discriminatório, no fornecimento de serviços e na ampliação do acesso aos cuidados obstétricos de emergência quando surgem complicações.
AFRICAS
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Preso pai acusado de abusar da própria filha
Mãe percebeu o comportamento estranho e fez a denúncia
RIO - Policiais da Delegacia da Criança e Adolescente e Vítima (DCAV) prenderam hoje Alexandre Paula de Abreu, de 40 anos, acusado de abusar sexualmente da filha. Contra ele, havia um mandado de prisão expedido pelo Juízo da 38ª Vara Criminal da Capital pelo crime de estupro de vulnerável.
Segundo o delegado Marcelo Braga Maia, a mãe da menina disse que havia notado que o companheiro apresentava um comportamento estranho em relação à filha e passou a observá-lo, quando então o viu acariciando a criança. A vítima foi ouvida por psicólogos e confirmou os abusos, dizendo ainda que o pai deu ordens a ela para que não contasse nada a ninguém.
Ainda segundo o delegado, Alexandre confessou o crime e disse ter perdido o controle. Ele alegou que estava contaminado por pornografia, pois assistia filmes com conteúdo sexual todas as noites.
Casos de abusos sexuais contra crianças e adolescentes, como os sofridos pela apresentadora Xuxa Meneghel, são comuns, e as denúncias aumentam a cada ano. O Disque-Denúncia Nacional (Disque 100) recebeu, nos quatro primeiros meses deste ano, 30 mil ligações, sendo 11% delas sobre violência sexual contra crianças dentro do lar — um aumento de 71% em relação ao mesmo período do ano passado. Segundo Itamar Gonçalves, gerente de programas da Childhood Brasil, entidade que luta pela proteção da infância, em 38% dos casos, o pai da vítima é o responsável pelo abuso. O envolvimento de outros parentes e de pessoas conhecidas da família também é frequente.
O abuso sexual de crianças de 0 a 9 anos é o segundo tipo de violência mais frequente nessa faixa etária. O número de notificações só fica atrás dos registros de negligência e abandono. Levantamento do Ministério da Saúde, divulgado na semana passada, mostra que, em 2011, foram registrados 14.625 casos de violência doméstica, sexual, física e outras agressões contra crianças menores de dez anos. A violência sexual representa 35% das notificações. Já a negligência e o abandono tem 36% dos registros.
Há duas semanas, em entrevista ao Fantástico, Xuxa contou que as violências só acabaram quando completou 13 anos e que os agressores era também próximos da família: um amigo do pai, que seria seu padrinho, um homem que iria casar com sua avó e um professor. Xuxa disse ainda que, como a maioria das vítimas, a vergonha e o medo a impediram de procurar ajuda.
O Globo
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Advogado do goleiro Bruno acredita que julgamento do habeas corpus será logo: ‘Não há razão para ele permanecer preso’
Bruno de Souza ainda não assinou o registro do nascimento de Bruninho, seu filho com a modelo Eliza Samúdio. Segundo o advogado Rui Pimenta, o tabelião ainda não teve tempo de ir à Penitenciária Nelson Hungria, em Minas Gerais, onde o jogador está preso, com a papelada para o goleiro assinar.
- Isso acontece porque é um cartório muito movimentado, com muita documentação acumulada. Mas a assinatura deve ser feita ainda esta semana - disse Rui.
O advogado contou ainda aguardar que a data para o julgamento do habeas corpus - solicitado para o mandado de prisão pelo desaparecimento de Eliza Samúdio no Supremo Tribunal Federal (STF) - seja marcada. Ele acredita que isso deve acontecer logo:
- Não há razão para o Bruno permanecer preso. Logo, logo ele sairá da prisão e dará as entrevistas que todos vocês, da imprensa, tanto pedem.
Extra Online
Investigação da BBC desvenda sacrifício ritual de crianças em Uganda
Uma investigação da BBC revelou que rituais envolvendo o sacrifício de crianças em Uganda são muito mais frequentes do que se imaginava e, segundo autoridades do país, estariam aumentando.
Um curandeiro levou a equipe de jornalistas ao seu altar secreto e disse que tinha clientes que regularmente capturavam crianças e traziam seu sangue e órgãos para serem oferecidos aos espíritos.
Também falando à BBC, um ex-curandeiro que hoje faz campanha para o fim dos sacrifícios confessou, pela primeira vez, que matou 70 crianças, incluindo o próprio filho.
O governo de Uganda disse que a prática de sacrifícios humanos está aumentando no país.
Segundo o chefe da Força-Tarefa Contra o Tráfico e Sacrifício de Humanos, Moses Binoga, os crimes estão diretamente vinculados a um maior desenvolvimento e prosperidade e a uma crença cada vez maior de que a feitiçaria pode ajudar a pessoa a enriquecer rápido.
Depoimento
Segundo um curandeiro envolvido na prática, os clientes vão até ele em busca de dinheiro.
"Eles capturam filhos de outras pessoas e depois trazem sangue e órgãos direto para cá para oferecer aos espíritos", disse o homem à BBC.
"Eles trazem (as oferendas) em latas pequenas e as colocam sob a árvore de onde vêm as vozes dos espíritos".
Quando indagado com que frequência o sangue e os órgãos eram trazidos, o feiticeiro respondeu: "Em média três vezes por semana".
No altar, a reportagem da BBC viu um jarro com sangue e o que parecia ser um fígado de tamanho grande. Não foi possível determinar se se tratava ou não de material humano.
Durante as investigações, o altar deste curandeiro, situado na região norte de Uganda, foi queimado por militantes que fazem campanha contra os sacrifícios humanos.
O homem negou estar envlvido em ou ter incitado assassinatos, dizendo que os espíritos falam diretamente aos clientes.
Ele disse que recebe cerca de US$ 260 por consulta mas acrescentou que a maioria do dinheiro vai para seu "chefe".
O diretor da organização criada para combater os sacrifícios humanos, comissário-assistente Moses Binoga, da polícia de Uganda, disse conhecer o chefe mencionado pelo curandeiro.
Segundo o comissário, o homem estaria envolvido em cinco ou seis cartéis de proteção a curandeiros operando no país.
Binoga disse que em 2009 a polícia abriu 26 inquéritos sobre assassinatos onde havia sinais de sacrifícios rituais, em comparação com apenas três casos desse tipo em 2007.
"Também temos cerca de 120 crianças e adultos desaparecidos cujo destino ainda não foi estabelecido. Não podemos excluir a possibilidade de que tenhamr sido vítimas dos rituais de feitiçaria".
Entidades de campanha pela proteção de crianças dizem, no entanto, que o número é muito maior, já que alguns desaparecimentos não são comunicados à polícia.
Militância
O ex-curandeiro e hoje militante pelo fim dos sacrifícios humanos Polino Angela disse que conseguiu persuadir 2.500 pessoas a abandonar a prática desde que ele próprio deixou a atividade, em 1990.
Angela disse que foi iniciado em uma cerimônia no país vizinho Quênia. Na ocasião, um menino de 13 anos foi sacrificado.
"A criança foi cortada no pescoço com uma faca, depois, todo o comprimento, desde o pescoço até embaixo, foi aberto e a parte aberta foi colocada sobre mim", disse o ex-curandeiro.
Ao retornar a Uganda, o feiticeiro foi ordenado a matar seu próprio filho.
"Enganei minha esposa, me certifiquei de que todos tinham saído e de que estava à sós com meu filho. Uma vez que ele estava de bruços no chão, usei uma faca grande como uma guilhotina".
Hoje, Angela acredita estar se redimindo do que fez.
"Estive em todas as igrejas e sou conhecido como um guerreiro na luta para pôr fim à feitiçaria que envolve o sacrifício humano, acho que isso me ‘compensa’ e me exonera", disse Angela.
O ministro da Ética e Integridade do país, James Nsaba Buturo, disse que "punir retrospectivamente causaria problemas… se pudermos persuadir os ugandenses a mudar, acho muito melhor do que voltar ao passado".
Entidades de proteção à criança vêm tentando chamar a atenção para casos recentes de sacrifícios rituais e pedem que novas leis sejam criadas para regulamentar as atividades dos curandeiros.
Sobrevivente
Em um processo contra um suposto feiticeiro que deve ser julgado neste ano em Uganda, a polícia contará com o depoimento de um menino que sobreviveu ao sacrifício.
Mukisa tem três anos de idade e quase morreu após seu pênis ter sido decepado.
Ele sobreviveu graças à ação rápida dos cirurgiões e mais tarde disse à polícia que tinha sido mutilado por um vizinho que, segundo relatos, possui um altar de sacrifícios.
Falando à BBC, a mãe de Mukisa disse: "Toda vez que olho para ele, me pergunto como será seu futuro, um homem sem um pênis, e como ele será visto na comunidade".
Fonte: BBC
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Criança diz que a professora enfiou sua cabeça na privada
Mãe de menina de 5 anos denuncia o suposto crime, que não teria sido o primeiro na creche
Rio - O suposto castigo sofrido por uma menina de 5 anos na Creche Comunitária Cidadão do Futuro, no bairro Porto da Pedra, em São Gonçalo, virou caso de polícia. Os pais registraram queixa na 73ª DP (Neves), acusando a professora da criança de ter enfiado a cabeça da garota dentro de um vaso sanitário, para puni-la por mau comportamento na última quarta-feira.
A mãe da menina, a funcionária pública Renata de Jesus Lima, de 37 anos, contou que no dia 23 notou que a filha — aluna do pré-escolar da creche, administrada por uma ONG — estava muito agitada. “Em casa, ela pedia para tirá-la da escola. Ao perguntar o motivo, falou: ‘A tia disse que eu fiz bagunça e botou minha cara dentro da privada para eu ver bactérias de perto’”.
Acompanhada do marido, Caíque de Oliveira, 33, Renata foi à creche. “A professora disse que minha filha era muito levada e que tinha mesmo que sofrer aquele tipo de castigo. Procurei a polícia na hora”, afirmou Renata. “Encaminhamos o assunto ao Conselho Tutelar e ao Ministério Público. Vamos processar a professora e a direção”, completou Caíque.
Outro possível crime, de abuso sexual, que teria sido praticado por uma professora contra um menino de 4 anos, no dia 7 deste mês, na mesma escola, também foi registrado na delegacia. O garoto teria sofrido lesão no pênis, supostamente puxado pela agressora.
Diretora da instituição nega a acusação
Procurada ontem pelo DIA, a diretora da creche, Luzia Simões, não foi encontrada. Em entrevista à TV Record, porém, negou que a menina tenha sofrido qualquer tipo de castigo e disse que “era tudo mentira” da aluna. “De maneira nenhuma uma professora cometeria essa barbaridade. A mãe esteve aqui e admitiu que a criança tem o hábito de mentir”, argumentou a diretora.
Os pais e algumas testemunhas já prestaram depoimentos. O delegado da 73ª DP, Luiz Antônio Ferreira, disse estar apurando rigorosamente indícios de dois tipos de crimes: de injúria e maus tratos, no caso da menina, e estupro de vulnerável, em relação ao garoto. “São duas acusações gravíssimas em menos de 20 dias. Agora vamos ouvir as professoras supostamente envolvidas e os diretores da creche”, avisou o delegado.
O DIA ONLINE
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Motorista de carro que perdeu roda na ponte será indiciado por homicídio culposo
Acidente provocou a morte de homem que seguia na pista em direção ao Rio. Uma faixa da via está fechada para perícia
RIO - O motorista do carro que soltou a roda, atingindo outro veículo na Ponte Rio-Niterói, na manhã desta segunda-feira, será indiciado por homicídio culposo, informou a Polícia Civil. Jorge Luiz Ferreira Flor, que dirigia o Kadett cinza, ano 1990, seguia para o Rio, às 5h15m, quando a roda traseira esquerda do seu veículo se soltou, atravessou a pista e atingiu o Fiat Uno azul, dirigido por Ricardo Daltro de Castro Filho, de 31 anos, que não resistiu aos ferimentos e morreu. Uma faixa da via está interditada para a realização de perícia.
Segundo a polícia, logo após o acidente, Jorge encostou seu veículo e foi em direção ao carro atingido, mas foi impedido por funcionários da Ponte, que já estavam atendendo à vítima. Em depoimento na 17ª DP (São Cristóvão), ele contou que havia feito reparos, trocando várias peças de seu carro, no último dia 24, em uma loja mecânica na localidade de Cabuçu, em Nova Iguaçu. Jorge vai responder em liberdade pelo crime de homicídio culposo. A Polícia Rodoviária Federal informou que os dois veículos estavam com a documentação em dia.
Duas pistas chegaram a ser interditadas e foram liberadas às 6h10m, após a retirada do corpo. O trânsito no sentido Rio ficou congestionado desde os acessos até a Reta do Cais, o que significou aproximadamente 12 quilômetros de trânsito parado - quase toda a extensão da via, que tem 13. Por volta das 10h, havia lentidão desde a descida do Vão Central até a saída para a Rodoviária Novo Rio e para o Elevado da Perimetral.
Mau tempo prejudica o trânsito e fecha aeroporto para pousos
Os motoristas tiveram que redobrar a atenção na via, não só pelo excesso de veículos como também pela visibilidade, que ficou muito ruim na manhã desta segunda-feira. O nevoeiro também prejudicou quem seguia pela Estrada Grajaú-Jacarepaguá e pelo trecho da BR-040, na Serra. Quem passava pela BR-101 também teve que reduzir a velocidade por causa da neblina.
Por causa do mau tempo, o Aeroporto Santos Dumont está fechado para pousos e opera com auxílio de instrumentos para decolagens. No Aeroporto Internacional Tom Jobim, as manobras de pousos e decolagens também estão sendo realizadas por auxílio de instrumentos.
Vazamento forma bolsões d’água na Avenida Ayrton Senna
Um grande vazamento formou bolsões d’água na pista central da Avenida Ayrton Senna, sentido Linha Amarela, na altura do Casa Shopping. Segundo o Centro de Operações da prefeitura, o problema começou por volta das 5h30m. De acordo com a Cedae, o vazamento foi controlado às 8h, mas uma equipe ainda permanece no local efetuando o reparo na tubulação de 15 centímetros que se rompeu.
A concessionária informou que ainda não sabe o motivo do rompimento, que deverá ser conhecido, após avaliação técnica, apenas daqui a 30 dias. O abastecimento na região não foi afetado. Apesar de ter sido controlado o vazamento, a pista central continua molhada e os motoristas devem optar pela lateral.
E por conta de outro vazamento, que ocorreu ontem por volta das 23h, o asfalto na Rua das Laranjeiras cedeu, na altura da Rua General Glicério, sentido Cosme Velho. Uma faixa está interditada para o reparo e o tráfego segue lento.
O Globo
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