Alunos queimam cama de suposto estuprador durante protesto - Foto de leitor
Aluno do curso de física é acusado de ter forçado jovem de 18 anos a fazer sexo
RIO — A Polícia Civil investiga uma denúncia de estupro dentro do alojamento da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), no campus da Ilha do Fundão, na madrugada de quinta-feira. A vítima, que não é aluna da instituição e tem 18 anos, foi ao local encontrar uma amiga, estudante de psicologia. Ela acusa o namorado, um estudante de física, de ter forçado relações sexuais. Em protesto, alunos da universidade atearam fogo à cama do acusado. Na madrugada desta sexta-feira, a jovem foi à 37ª DP (Ilha do Governador) para registrar a ocorrência.
O suspeito do estupro é Rodrigo dos Santos Freire, aluno do curso de física da universidade. Esta não seria a primeira vez que ele se envolve em confusão. Em abril de 2013, o estudante participou de uma briga que terminou num acidente de ônibus, na Avenida Brasil. Ele agrediu o motorista e o veículo acabou despencando do viaduto. Rodrigo mora no alojamento da federal.
A vítima, que é moradora de Petrópolis, foi encaminhada para exame de corpo de delito. Na tarde desta sexta-feira, ela, o acusado e testemunhas prestaram depoimento na delegacia. A jovem contou que conheceu o rapaz na segunda-feira, quando começaram a se relacionar. Na noite de quarta-feira, após uma festa no alojamento, o casal foi para um dos quartos do prédio. Os dois, de acordo com ela, começaram a ter relações sexuais, mas o rapaz não teria aceitado quando ela decidiu parar. De acordo com o delegado que investiga o caso, José Otílio Bezerra, a vítima contou que Rodrigo insistiu.
— A relação sexual foi iniciada com o consentimento de ambos. Num determinado momento, a jovem desistiu. É esse momento entre a desistência e a insistência do acusado que será analisado. A princípio, é um suposto caso de estupro. Ainda vou ouvir pessoas que estavam com eles na festa — explicou o delegado.
Na delegacia, a jovem contou ainda que decidiu abrir a ocorrência graças à insistência de algumas amigas. Outros depoimentos estão marcados para segunda-feira. Enquanto isso, agentes trabalham na busca de informações que possam ajudar a solucionar o caso.
PROTESTO NO CAMPUS
Alunos da universidade, ao saberem do caso, realizaram um protesto. Conforme informou o Jornal Extra, eles invadiram o quarto onde o suposto autor do crime dorme, no interior do alojamento, e levaram a cama dele para fora do prédio, onde atearam fogo. Próximo ao objeto, estava um cartaz com os dizeres “Aqui jaz o leito de um estuprador".
Alunos queimam cama de suposto estuprador durante protesto - Foto de leitor
Por meio de nota, a universidade informou que a Superintendência Geral de Políticas Estudantis da UFRJ acompanha o caso desde o momento que tomou conhecimento da denúncia.
OUTROS TRÊS REGISTROS POR AGRESSÃO
Nove pessoas morreram e sete ficaram feridas quando um ônibus da linha 328 (Castelo-Bananal) despencou de uma altura de oito metros do Viaduto Brigadeiro Tromposwski, na Avenida Brasil, na saída da Ilha do Governador. O acidente foi provocado por uma agressão praticada por Rodrigo dos Santos Freire, no dia 2 de abril de 2013. Revoltado porque o motorista não havia parado no ponto, ele o chutou, fazendo com que o coletivo ficasse desgovernado.
Acusado de lesão corporal qualificada, lesão seguida de morte e atentado contra a segurança do transporte viário, Rodrigo se exaltou durante a primeira audiência do caso: falou palavrões, mas acabou admitindo a agressão.
Ele também aparece em outros dois registros de ocorrência na delegacia da Ilha do Governador, ambos por agressão. Um deles se refere a uma briga num condomínio em 2012, onde o estudante teria agredido o cunhado. No outro, de 2010, Rodrigo teria participado de uma confusão em que sua irmã foi acusada de jogar um vaso contra a dona do apartamento onde eles moravam com os pais.
Apesar desse histórico, professores, amigos e a família disseram que Rodrigo era bom aluno e bem-humorado. Na época do acidente na Avenida Brasil, ele trabalhava como técnico de relojoaria com o pai.
Fonte: O Globo
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sábado, 28 de novembro de 2015
terça-feira, 24 de novembro de 2015
Surto de microcefalia vai se espalhar para outros Estados, diz ministro da Saúde
Ministério tem quase 100% de certeza de que a má-formação é causada pelo zika virus]
O ministro da Saúde, Marcelo Castro (PMDB), diz já trabalhar com a possibilidade de que o surto de microcefalia, que causa a má-formação no cérebro de bebês no período de gestação, se espalhará para outros Estados do Brasil. Ele apresentou dados sobre a perspectiva do problema nesta terça-feira (24).
A hipótese encontra base na provável ligação da microcefalia com o zika. De acordo com o Castro, pesquisadores afirmam “com mais de 90% de certeza” que o vírus é o causador do surto epidêmico recente no Brasil. Por conta disso, o ministério já comunicou o problema à OMS (Organização Mundial da Saúde) e à OPAS (Organização Pan-Americana de Saúde).
Governo não vai poupar recursos para conter surto de microcefalia, diz ministro
"Estamos diante de algo desconhecido" diz especialista, sobre surto de bebês com má-formação
— Por enquanto, os casos estão restritos ao Nordeste, mas o que todos os infectologistas dizem, ou pelo menos os que eu tenho conversado, é que não ficará restrito ao Nordeste. Se é um vírus que está causando a microcefalia e este vírus está espalhado por outros estados do Brasil, ele vai causar em todos os outros Estados. E mais, devido a mobilização que tem hoje no mundo, ele vai se espalhar por outros países.
Com relação ao zika, o ministério registrou um aumento no número de estados que registraram casos da doença, de 14 para 18.
Já a microcefalia tem 739 casos suspeitos em nove unidades da federação, sendo que, pela primeira vez neste ano, um Estado fora do Nordeste (Goiás) registrou suspeita da má-formação.
Proliferação do mosquito
O Ministério da Saúde elaborou levantamento de índices do mosquito Aedes aegypti, que indica 199 municípios brasileiros em situação de risco para surto de dengue, chikungunya e zika. O estudo foi realizado nos últimos dois meses, e divulgado pela pasta nesta terça-feira (24).
O levantamento identificou 665 municípios que devem ficar em alerta sobre as doenças, pois têm até 3,9% dos imóveis com focos do mosquito. Dentre as capitais brasileiras, somente o Rio de Janeiro está em situação de risco, enquanto outras seis estão em alerta (Aracaju, Recife, São Luis, Cuiabá, Belém e Porto Velho).
Por conta da proliferação do mosquito, o número de casos de dengue aumentou 176% em relação ao mesmo período do ano passado, e 7% na comparação com 2013, com mais de 1,5 milhão de casos prováveis em todo o País.
Em 2015, também foram registrados 17 mil casos suspeitos de chikungunya, sendo que 6.700 foram confirmados. O ministério avalia que os números mostram um fortalecimento do mosquito, que estaria se adaptando às condições climáticas do Brasil.
Por isso, a pasta reforça que o combate ao Aedes aegypti precisa ser feito de forma a impedir que ele nasça, e em todas as épocas do ano.
Resultados de exames em fetos com malformação no Nordeste revelam infecção por zika vírus
Constrangimento de mães de bebês microcéfalos demanda auxílio terapêutico
Fonte: R7
O ministro da Saúde, Marcelo Castro (PMDB), diz já trabalhar com a possibilidade de que o surto de microcefalia, que causa a má-formação no cérebro de bebês no período de gestação, se espalhará para outros Estados do Brasil. Ele apresentou dados sobre a perspectiva do problema nesta terça-feira (24).
A hipótese encontra base na provável ligação da microcefalia com o zika. De acordo com o Castro, pesquisadores afirmam “com mais de 90% de certeza” que o vírus é o causador do surto epidêmico recente no Brasil. Por conta disso, o ministério já comunicou o problema à OMS (Organização Mundial da Saúde) e à OPAS (Organização Pan-Americana de Saúde).
Governo não vai poupar recursos para conter surto de microcefalia, diz ministro
"Estamos diante de algo desconhecido" diz especialista, sobre surto de bebês com má-formação
— Por enquanto, os casos estão restritos ao Nordeste, mas o que todos os infectologistas dizem, ou pelo menos os que eu tenho conversado, é que não ficará restrito ao Nordeste. Se é um vírus que está causando a microcefalia e este vírus está espalhado por outros estados do Brasil, ele vai causar em todos os outros Estados. E mais, devido a mobilização que tem hoje no mundo, ele vai se espalhar por outros países.
Com relação ao zika, o ministério registrou um aumento no número de estados que registraram casos da doença, de 14 para 18.
Já a microcefalia tem 739 casos suspeitos em nove unidades da federação, sendo que, pela primeira vez neste ano, um Estado fora do Nordeste (Goiás) registrou suspeita da má-formação.
Proliferação do mosquito
O Ministério da Saúde elaborou levantamento de índices do mosquito Aedes aegypti, que indica 199 municípios brasileiros em situação de risco para surto de dengue, chikungunya e zika. O estudo foi realizado nos últimos dois meses, e divulgado pela pasta nesta terça-feira (24).
O levantamento identificou 665 municípios que devem ficar em alerta sobre as doenças, pois têm até 3,9% dos imóveis com focos do mosquito. Dentre as capitais brasileiras, somente o Rio de Janeiro está em situação de risco, enquanto outras seis estão em alerta (Aracaju, Recife, São Luis, Cuiabá, Belém e Porto Velho).
Por conta da proliferação do mosquito, o número de casos de dengue aumentou 176% em relação ao mesmo período do ano passado, e 7% na comparação com 2013, com mais de 1,5 milhão de casos prováveis em todo o País.
Em 2015, também foram registrados 17 mil casos suspeitos de chikungunya, sendo que 6.700 foram confirmados. O ministério avalia que os números mostram um fortalecimento do mosquito, que estaria se adaptando às condições climáticas do Brasil.
Por isso, a pasta reforça que o combate ao Aedes aegypti precisa ser feito de forma a impedir que ele nasça, e em todas as épocas do ano.
Resultados de exames em fetos com malformação no Nordeste revelam infecção por zika vírus
Constrangimento de mães de bebês microcéfalos demanda auxílio terapêutico
Fonte: R7
Marcadores:
saúde infantil
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