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sábado, 11 de julho de 2009
Saiba mais sobre a Psicopatia - Parte I
Ele é um profissional bem sucedido, reconhecido no seu meio. E se orgulha da família que construiu. Mas o passado traz lembranças muito pesadas. Esse homem prefere não se identificar, mas conta que desde criança percebeu que havia algo errado com sua família de origem.
Quando tinha nove anos, ao fugir correndo da mãe agressiva, derrubou um balde no corredor de casa. Quando voltou, na frente do pai e dos irmãos, a mãe chamou a empregada grávida e fez uma acusação ao filho.
"Ela, olhando cruelmente e friamente pra mim, falou: 'diz como ele chutou a sua barriga'. Essa empregada estava de nove meses. Enfim, eu não acreditei. Até hoje quando eu falo, vou ficando rouco e vai sumindo minha voz, você não tem o que falar. É como um louco sem loucura, você não percebe que ele é louco."
Ele lembra que a história começou muito tempo antes, com a avó. O hábito de fazer chantagens e ameaças para conseguir dinheiro foram passando de mãe pra filha.
Ele conta que sua avó, sua mãe e dois de seus irmãos têm comportamento doentio, e os exemplos de atitudes agressivas são incontáveis. Ele conta que o irmão mais próximo de sua mãe apresenta traços de psicopatia desde pequeno.
"O irmão que é psicopata, desde de os cinco anos mata bichinho, transfixa coelhinho pela boca e pelo ânus com taquara, desde cinco anos de idade. Nem andava de bicicleta ainda e fechava o corredor, soltava os pintinhos e ia com o triciclo esmagando, pra frente e pra trás. É esse irmão que está com ela até hoje."
O que antes era conhecido apenas como defeito de caráter, hoje é analisado como defeito cerebral.
O especialista em neurofisiologia do comportamento, Renato Sabbatini, explica que existe uma parte do cérebro que é responsável pelos processos de socialização.
As conexões entre alguns neurônios fazem com que tenhamos empatia com o outro ou, falando de forma mais direta, que a gente se importe com o outro.
Quem tem um transtorno de personalidade anti social não faz esse processamento cerebral normalmente.
"Imagina uma pessoa que tem um defeito de conexão no cérebro. Ela não consegue sentir emoções relacionadas ao arrependimento, relacionadas à punição por ter feito coisas erradas. Essa pessoa não se emociona com cenas de sangue, de pessoas sofrendo, ela não tem os chamados neurônios espelho, em que você sofre por procuração, por assim dizer, se você vê uma pessoa sofrendo, você também sofre."
Renato Sabbatini confirma a experiência do personagem que ouvimos no início dessa reportagem.
Os sociopatas começam a dar sinais desde a infância. Começam sendo crianças hiperativas, mais agitadas e agressivas que o normal. A violência pode aparecer primeiro com animais ou com os colegas da escola.
"O sociopata que tem tendências violentas, que vai cometer crime, quando adolescente jovem ou criança pré-adolescente, comete pequenas agressões contra animais. Gosta de arrancar asa de mosca, tacar fogo nas coisas, torturar gatos e se diverte com isso. Ou então é daquele tipo que faz o bullying, que atormenta os coleguinhas, bate neles e dá risada com isso, se diverte com isso."
A doutora em psiquiatria fosenre Hilda Morana é a maior especialista brasileira em psicopatia. Ela explica que o transtorno de personalidade é um defeito cerebral que tem um forte
componente genético.
É muito comum que as famílias consigam identificar várias pessoas que agem de forma semelhante. Só que a ciência não sabe ainda o que faz a psicopatia se manifestar ou não.
Para Hilda Morana, os psicopatas não são construídos por um ambiente violento, ainda que experiências agressivas na infância e adolescência possam fazer com que a psicopatia aflore de forma mais rápida.
"Se ela tiver tendência genética pra tal, vivendo naquele ambiente, oba, é tudo que precisa pra um psicopata se formar. Se ela não tiver a tendência, o ambiente pode ser o pior possível, ela não vai manifestar essa psicopatia."
Hilda Morana aponta que a característica principal de quem carrega um transtorno de personalidade é ter os seus interesses em primeiro lugar o tempo todo.
Como são muito individualistas, essas pessoas precisam se sentir estimuladas todo o tempo, e não se importam com as pessoas que estão ao redor.
"Então, ele só tem a individualidade e tem que ser satisfeita a todo minuto; eles são muito exagerados. Eles comem demais, sexo demais, droga, e é só festa, não tem responsabilidade, não trabalham e quando vão trabalhar é só pra sacanear os outros, só pra conseguir grana, poder, posição, é só ele, ele, ele. O outro só serve pra uso dele. E você pode bater, espancar, trancar, dar beijinho, pedir, ser legal, que não vai mudar, ele não tem cérebro pra responder. É como eu pedir pra alguém sem perna correr, não pode."
E o que diferencia um transtorno leve de um psicopata assassino é a consideração que se tem pelo outro.
"O que diferencia é o grau de consideração que a pessoa tem pelo outro. Uma pessoa que tem um defeitinho, um transtorno leve da personalidade, ele pode simplesmente ser meio enganador, meio individualista, mentir de vez em quando, sacanear um pouco, tomar umas vantagens pra ele, mas ele não vai fazer nenhuma crueldade maior com você. E isso dentro de todo um espectro, até chegar no psicopata, perverso, cruel, violento, onde ele mata os outros ou destrói a vida dos outros pra satisfazer uma necessidade própria dele."
O homem que ouvimos no início dessa reportagem é médico, mas somente há dois anos percebeu que as maldades que viu em sua família são classificadas como psicopatia.
Ele ainda receia se expor, mas está escrevendo um livro junto com a psiquiatra Hilda Morana e pretende abrir uma ong para apoiar familiares de psicopatas.
Nesse momento, ele está juntando provas do que a mãe e os irmãos já fizeram para se resguardar juridicamente ao expor os fatos.
Afastado da família há 40 anos, ele explica que resolveu falar porque se sente no dever de jogar luz sobre fatos tão difíceis.
"Isso se perpetua. A minha mãe não conviveu com a minha avó, e o comportamento dela é igualzinho. E eles não vêem nada do que fazem como um problema. Dormem bem, comem bem, se justificam com a maior frieza. Não, para eles quem os combatem é que não presta."
Para as pessoas que tem um familiar que costuma mentir com frequencia, que busca vantagens financeiras prejudicando outras pessoas sem qualquer remorso, pessoas que normalmente são descritas como "mau caráter", Hilda Morana aconselha que se procure um médico especialista em transtorno de personalidade.
Segundo ela, o defeito cerebral não tem cura, mas pode ser atenuado com o tratamento correto. E o que vamos conhecer nas reportagens desta série.
Escute a reportagem na Rádio Câmara Rádio Câmara
Colaboração: Maria Célia Ruiz
O que é o Tráfico de Pessoas
O tráfico de pessoas é um fenômeno complexo e multidimensional. Atualmente, esse crime se confunde com outras práticas criminosas e de violações aos direitos humanos e não serve mais apenas à exploração de mão-de-obra escrava. Alimenta também redes internacionais de exploração sexual comercial, muitas vezes ligadas a roteiros de turismo sexual, e quadrilhas transnacionais especializadas em retirada de órgãos.
A definição aceita internacionalmente para tráfico de pessoas encontra-se no Protocolo Adicional à Convenção das Nações Unidas contra o Crime Organizado Transnacional relativo à Prevenção, Repressão e Punição do Tráfico de Pessoas, em especial de Mulheres e Crianças (2000), instrumento já ratificado pelo governo brasileiro. Segundo o referido Protocolo, a expressão tráfico de pessoas significa:
“o recrutamento, o transporte, a transferência, o alojamento ou o acolhimento de pessoas, recorrendo à ameaça ou uso da força ou a outras formas de coação, ao rapto, à fraude, ao engano, ao abuso de autoridade ou à situação de vulnerabilidade ou à entrega ou aceitação de pagamentos ou benefícios para obter o consentimento de uma pessoa que tenha autoridade sobre outra para fins de exploração.”
O mesmo Protocolo define a exploração como sendo “no mínimo, a exploração da prostituição de outrem ou outras formas de exploração sexual, o trabalho ou serviços forçados, escravatura ou práticas similares à escravatura, a servidão ou a remoção de órgãos”.
O tráfico de pessoas é uma das atividades criminosas mais lucrativas. Segundo dados da Organização Internacional do Trabalho (OIT), o lucro anual produzido com o tráfico de pessoas chega a 31,6 bilhões de dólares. Levantamento do Escritório das Nações Unidas contra Drogas e Crimes mostra também que, para cada ser humano transportado de um país para o outro, o lucro das redes criminosas pode chegar a US$ 30 mil por ano.
Estimativas da OIT assinalam que durante o ano de 2005 o tráfico de pessoas fez aproximadamente 2,4 milhões de vítimas. A OIT estima que 43% dessas vítimas sejam subjugadas para exploração sexual e 32% para exploração econômica.
Ainda há poucos dados disponíveis que permitam uma aproximação real da dimensão do problema no Brasil. Um dos estudos mais importantes para a compreensão desse fenômeno no Brasil foi a Pesquisa sobre o Tráfico de Mulheres, Crianças e Adolescentes para Fins de Exploração Sexual (Pestraf), realizada em 2002. A Pestraf mapeou 241 rotas de tráfico interno e internacional de crianças, adolescentes e mulheres brasileiras, indicando a gravidade do problema no país. A Pestraf permanece ainda como a única pesquisa de abrangência nacional sobre o tema.
Muitas das informações contidas na Pestraf foram incluídas no material que serviu de ponto de partida para a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Congresso Nacional, instituída em 2003, com o propósito de investigar as situações de violência e redes de exploração sexual de crianças e adolescentes no Brasil. Em pouco mais de um ano, a CPMI percorreu todas as regiões do país, realizou diversas reuniões e audiências, ouvindo representantes de entidades da sociedade civil, do Poder Público, bem como acusados e vítimas de exploração sexual. Em seu relatório final, a CPMI sugeriu alterações à legislação brasileira, algumas das quais já foram contempladas na alteração do Código Penal feita em março de 2005. A CPMI também avaliou políticas públicas e recomendou ações ao governo federal, muitas das quais já se encontram em execução.
É importante apontar que, embora muitos casos referentes ao tráfico de pessoas envolvam vítimas brasileiras, o Brasil também tem sido o destino de muitas mulheres e meninas de países da América do Sul que são traficadas para fins de exploração sexual comercial, bem como de homens e meninos que são trazidos ao país para a exploração de trabalho escravo.
Fonte: Ministério da Justiça
Foto: Bruno Neves
A falta de cuidado da mãe biológica com as crianças permite que elas sejam adotadas
Guarda provisória:
A falta de cuidado da mãe biológica com as crianças permite que elas sejam adotadas. Com esse entendimento, a 1ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Mato Grosso deu a guarda provisória de duas irmãs a um casal inscrito no programa de adoção. Os desembargadores não aceitaram o recurso da mãe biológica contra liminar concedida em primeira instância.Segundo o relator, desembargador Jurandir Florêncio de Castilho, ficou comprovada a conduta negligente da mãe, que não demonstrou responsabilidade e cuidado com as filhas. Para ele, ficou configurada a situação de grave risco e abandono, o que autoriza a destituição do poder familiar, possibilitando a guarda provisória da criança por uma família substituta. O relator foi acompanhado pelos desembargadores Rubens de Oliveira Santos Filho e pelo juiz convocado Paulo Sérgio Carreira de Souza.No recurso, a mãe biológica alegou que morava com as duas filhas na casa de sua mãe. Como foi colocada para fora e não tinha onde morar, foi acolhida num local onde funciona uma lanchonete. Ela afirmou que nunca descumpriu seus deveres de mãe e, por isso, as crianças não poderiam ser adotadas. Pediu que as filhas fossem para a Casa do Menor ou ficassem a seus cuidados.Em seu voto, o relator destacou o fato de o Conselho Tutelar ter recebido pedido de providência da avó das crianças, que estava inconformada com abandono de suas netas. Consta dos autos que em diligência ao local foi constatado que as menores estavam em companhia de um adolescente, que informou que a mãe das meninas saía todas as noites, só retornando embriagada e, por consequência, não cuidava das crianças. O que as levou para a Casa do Menor.A partir desse fato foi promovida uma ação de extinção do poder familiar contra a mãe, com estudo social, oportunidade em que foram ouvidas a avó, que confirmou o fato aos conselheiros; e as monitoras do abrigo, que relataram o estado emocional e a saúde precária das crianças quando lá chegaram. Elas disseram, ainda, que a mãe nunca foi visitá-las.“Restou evidenciado que quando a mãe saía para os passeios noturnos, as infantes ficavam sob os precários cuidados do adolescente (15 anos), sem alimentação adequada, levando ao estado de saúde deficitário”, destacou o relator, ao ressaltar que atualmente as crianças encontram-se sob guarda e cuidados de um casal devidamente habilitados para adoção e que, segundo o laudo psicológico, demonstra maturidade, relacionamento conjugal estável e convivência harmônica, com motivação e condições afetivas para ter uma criança em seu convívio. Ainda conforme o desembargador, as crianças já estão totalmente ambientadas à família substituta. Com informações da Assessoria de Imprensa do Tribunal de Justiça de Mato Grosso.
Fonte: Blog da Defensora Pública Sebastiana Gaíva
Crianças são mais sujeitas a sofrer acidentes domésticos
Entre os incidentes mais recorrentes estão quedas, intoxicação por meio de medicamentos e produtos químicos, afogamentos e queimadurasSegundo pesquisa realizada pelo Ministério da Saúde, a cada ano, 140 mil crianças sofrem acidentes dentro de casa e são internadas em hospitais da rede pública. Isso representa para o Serviço Único de Saúde (SUS) um custo anual de R$ 63 milhões. O controle é questão de saúde pública e depende de informação e atenção dos pais e educadores. Entre os incidentes mais recorrentes estão quedas, intoxicação por meio de medicamentos e produtos químicos, afogamentos e queimaduras. Conforme a pediatra Berenice Pontes de Avelar, da Clínica Carlos Avelar, em Caruaru, pequenos com até dois ou três anos de idade não sabem ainda o que estão colocando na boca e por isso são vítimas de envenenamento. “Eles veem medicamentos e produtos de limpeza coloridinhos e acabam ingerindo sem se dar conta do perigo, disse a médica”, aconselhando os pais a guardarem produtos que oferecem risco em locais altos do armário, de preferência, trancados. Objetos pequenos, soltos pela casa, também oferecem riscos. “É comum pacientes que se engasgam depois de engolir pedaços de brinquedo ou até moedas”, relata a especialista. Para evitar problemas, é bom observar que existem brinquedos específicos para cada idade, que devem ter selo de aprovação do Inmetro. As meninas, muitas vezes, engolem os brincos. Mas a médica ensina uma dica antiga, e que funciona. “As mães podem colocar esmalte incolor na tarraxa, pois isso dificulta a retirada”, garante. Quanto mais as crianças ganham confiança, mais querem mostrar que são capazes de se aventurar pelo meio da casa. Segundo o médico Luiz Bandim, responsável pelo setor de pediatria do Hospital Santa Efigênia, machucados e fraturas decorrentes de quedas lideram os acidentes entre crianças e são responsáveis por 3% a 4% das internações no setor de urgência. “Os adultos devem estar sempre em alerta, mesmo a criança estando em casa, pois há quedas que podem provocar fraturas e traumatismo craniano”, alerta Bandim. O médico diz que é preciso isolar escadas, janelas e qualquer local cuja altura ponha os pequenos em risco. As precauções servem para crianças e adolescentes até os 12 anos. “A atenção deve ser ainda maior com relação às queimaduras. Ferros de passar devem ser mantidos longe e quando o fogão estiver aceso, os cabos das panelas precisam ficar virados para dentro, além disso, é recomendável usar as bocas de trás, que dificultam o acesso”, completa Berenice Pontes.
[Jornal do Commercio (PE) – 06/07/2009]
Aumento da lista de crimes hediondos divide especialistas
Marcelo Lemos Dornelles, representante do Ministério Público, disse considerar relevante a classificação como hediondos da prática de trabalho análogo ao de escravo e de crimes contra a administração pública. No entanto, ele alertou para a necessidade de que também sejam alteradas as penas dos crimes que passarem a ser classificados como hediondos, para evitar contradições na legislação.
Em posição contrária, Rafael Alves, representante da Associação dos Defensores Públicos do DF, disse que o aumento de pena previsto para crimes hediondos não garante a redução da criminalidade, principalmente devido às condições precárias do sistema carcerário do país. Conforme informou, a Lei de Crimes Hediondos não contribuiu para a redução de crimes, lembrando inclusive que as redes de organizações criminosas comandadas de dentro de presídios surgiram depois de a lei ter entrado em vigor.
- Somos contra toda proposta que aumente o tempo de permanência do condenado na prisão - frisou Rafael Alves.
Para o representante da Associação dos Magistrados Brasileiros, Cláudio Luiz Braga DellOrto, o país deveria ampliar medidas de apoio às pessoas que já cumpriram pena e voltaram à sociedade, e àqueles que cumprem pena em regime aberto, como forma de reduzir a reincidência de criminalidade.
Falando em nome da Associação Nacional dos Procuradores da República, Eugênio Aragão também manifestou preocupação com o alargamento da lista de crimes hediondos, defendendo, no entanto, a classificação de hediondo para crime de exploração de trabalho em situação análoga à de escravo.
Os especialistas participaram de debate realizado na manhã desta quinta-feira na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), concluído há pouco pelo presidente da CCJ, senador Demóstenes Torres.
Fonte: Agência Senado
Câmara aprova cadastro nacional de crianças desaparecidas
Base de dados será mantida com recursos do Fundo Nacional de Segurança Pública
A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania aprovou nesta quinta-feira, em caráter conclusivo, a proposta de criação do Cadastro Nacional de Crianças e Adolescentes Desaparecidos. O Projeto de Lei 1842/07, da deputada Bel Mesquita (PMDB-PA), recebeu parecer favorável do relator, deputado Gonzaga Patriota (PSB-PE). A matéria segue agora para análise do Senado.
A proposta já havia sido aprovada nas comissões de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado; e de Seguridade Social e Família. Nesta última, houve a inclusão dos adolescentes no cadastro originalmente sugerido para incluir apenas as crianças.
O cadastro deverá conter as características físicas e os dados pessoais das crianças e adolescentes cujo desaparecimento tenha sido registrado em órgão de segurança pública federal ou estadual.
A base de dados será mantida com recursos do Fundo Nacional de Segurança Pública, e a União firmará convênio com estados e com o Distrito Federal para definir a forma de acesso às informações e o processo de atualização e validação dos dados.
Localização
A proposta tem por objetivo facilitar o acesso a informações que permitam a identificação desses desaparecidos, agilizando o trabalho da polícia na busca e localização e evitando que as crianças e adolescentes sejam submetidos a abusos.
Para a deputada Bel Mesquita, o cadastro, com consulta pública, vai permitir que uma criança desaparecida em um estado seja mais facilmente localizada em outra parte do País. Segundo a autora do projeto, já existem cadastros em diversos estados, mas não há uma integração entre eles. "Muitas vezes, fica difícil para os pais localizar os seus filhos; e aqueles que estão com as crianças, como os conselhos tutelares, não sabem onde estão os pais", observa.
Segundo dados da Associação Brasileira de Busca e Defesa das Crianças Desaparecidas (ABCD), desaparecem cerca de 40 mil crianças e adolescentes por ano no Brasil. Desse total, de 10% a 15% jamais retornam para seus lares. Segundo a instituição, contudo, os números não são confiáveis, porque muitas famílias não registram o desaparecimento.
Entre as causas para os desaparecimentos estão os conflitos familiares, o desacordo entre mães e pais separados, a negligência dos responsáveis, o sequestro e o tráfico para exploração sexual.
Por Cristiane Bernardes, da Agência Câmara
Portal dos Direitos da Criança e do Adolescente
CPI da Pedofilia: Salan diz estar doente
“O Adriano Salan só não vai depor na CPI, na próxima terça-feira, 14 julho, se ele ou eu estivermos mortos. E virá sob condução coercitiva pela Polícia Federal”. A declaração é do presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), do Senado, que investiga os crimes de pedofilia na Internet e a relação com crime organizado, senador Magno Malta (PR-ES). A manifestação indignada do parlamentar se deu porque soube ontem à tarde que o ex-secretário de Administração da Prefeitura Municipal de Coari-AM conseguiu um atestado médico afirmando que está muito doente, em Manaus, e não poderá comparecer ao Senado para prestar depoimento.
Salan é investigado pelo envolvimento na intermediação e contratação de meninas menores de idade para o ex-prefeito de Coari, Adail Pinheiro. O “negócio do sexo” foi descoberto pela Polícia Federal, na Operação Vorax, em maio de 2008.
O presidente da CPI da Pedofilia disse ter informações que Adriano Salan não tem doença alguma e que pedirá à Polícia Federal do Amazonas que investigue a procedência do atestado médico e das condições de saúde do depoente. Magno Malta citou a clínica Salus, localizada na avenida Senador Álvaro Maia, 1580, próximo ao Puraquequara e Colônia Antônio Aleixo. “Isso é mais uma manobra para não comparecer à CPI, como ele o Adail fizeram em Coari. Mas, podem usar todos os meios, todas as artimanhas porque não boto o galho dentro (afrouxar na decisão). Somente a minha morte ou a dele impedirá esse depoimento”, declarou.
Sobre a estratégia do ex-prefeito Adail Pinheiro em se apresentar “voluntariamente” à CPI, na quarta-feira passada, 8 de julho, a fim de evitar a escolta da PF no dia do depoimento, Magno Malta foi incisivo: “Nem quero saber disso. Ele pode chegar sozinho no Senado, mas na sala de audiências ele só entra acompanhado da Polícia Federal”.
Além do ex-prefeito Adail Pinheiro e do ex-secretário de Administração, Adriano Salan, mais seis pessoas serão ouvidas, em sessão pública, na próxima terça-feira.
Crônicas de Coari
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Russo mata namorada após descobrir que ela era ele
A história de amor entre Vladimir F. e Camilla, de Volgogrado, acabou de forma trágica. Vladimir matou a amada com vários tiros após descobrir que Camilla nascera homem. Os dois viviam juntos havia dois anos!!! O russo de 33 anos já havia ficado arrasado depois de Camilla, de 30, ter dito "não" para o seu pedido de casamento, contou o jornal "Tvoi Den". Vladimir desconfiava de que ela tivesse um amante. Pouco depois veio a descoberta: em cartas, os amigos de Camilla o chamavam de Kirill. O mundo de Vladimir caiu!Revoltado com a descoberta, Vladimir abriu fogo contra as partes do corpo de Camilla alteradas na cirurgia de mudança de sexo, dois anos antes de o casal se conhecer, em São Petersburgo...
Vladimir deixou o corpo de Camilla na linha do trem e tentou o suicídio. Não conseguiu e acabou preso.
Vladimir deixou o corpo de Camilla na linha do trem e tentou o suicídio. Não conseguiu e acabou preso.
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violência
Brasil tem 238 espécies aquáticas ameaçadas de extinção
SÃO PAULO - O estado de São Paulo apresenta a pior situação entre os estados que têm espécies aquáticas - de mares e rios - ameaçadas de extinção do país. Segundo uma mapa divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) há 86 espécies em risco em São Paulo. Em todo o país, são 238 espécies ameaçadas. Logo depois de São Paulo vem o estado do Rio de Janeiro, com 76; Rio Grande do Sul, com 55; Bahia, com 51; e Paraná, onde o perigo atinge 43 espécies.
Esse universo cheio de cores, de vida, de variedades nos mares e rios do país está sendo destruído pela pesca sem critério, poluição, caça submarina predatória. O mapa do IBGE foi feito com base nas listas de ameaça do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Na lista estão 79 invertebrados, como as estrelas do mar. Corais, lagostas, caranguejos, esponjas, ostras e até alguns tipos de mariscos estão em risco entre os invertebrados.
Os peixes que podem desaparecer para sempre chegam a 159. São desde tubarões e raias até bagres e lambaris.
- Essas espécies foram estudadas e catalogadas, mas existem muito mais espécies, que podem ser extintas antes mesmo de ser conhecidas - alertou Lucia Leoni Couto, bióloga do IBGE.
Os peixes que podem desaparecer para sempre chegam a 159. São desde tubarões e raias até bagres e lambaris.
- Essas espécies foram estudadas e catalogadas, mas existem muito mais espécies, que podem ser extintas antes mesmo de ser conhecidas - alertou Lucia Leoni Couto, bióloga do IBGE.
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ecologia
Maringá: Conselheiro terá de possuir terceiro grau
O cargo de conselheiro tutelar em Maringá terá exigência de curso superior completo, prevê o Conselho Municipal dos Direitos da Criança e Adolescente (CMDCA). A ideia de mudar a lei que trata da escolaridade exigida para atuar no Conselho Tutelar ganhou mais força depois que documentos sigilosos da entidade foram parar no lixo, mês passado.
Hoje a função exige ensino médio, ficha limpa na polícia e experiência prática reconhecida na defesa dos direitos da criança e do adolescente, por três anos, no mínimo. Maringá possui dez conselheiros, todos eleitos pela comunidade e com mandato de três anos. O salário gira em torno de R$ 2 mil.
“Isso (a exigência do diploma) já era uma bola cantada. Tendo em vista vista os acontecidos, há uma forte pressão da sociedade para rever a exigência aos candidatos para o conselho”, diz Célia Weffort, presidente do CMDCA. A próxima eleição para o Conselho Tutelar em Maringá acontece dentro de um ano.
Esta não é a primeira tentativa de exigir formação universitária dos conselheiros tutelares de Maringá. Em 1994, foi proposta uma lei municipal que dividia o conselho em cinco postos de trabalho: uma vaga para um profissional da área de Direito, duas para a área de Serviço Social, uma para a área de Psicologia, e uma para Pedagogia Educacional. A proposta não foi aprovada.
Para mudar a lei, o CMDCA pretende concluir um estudo que sustente a importância de um curso superior para os conselheiros. O trabalho será oferecido para que algum dos 15 vereadores maringaenses proponha um projeto de lei — a intenção é implantar a exigência da formação acadêmica antes das próximas eleições.
“Acreditamos que um profissional formado, como psicólogo, assistente social ou advogado poderia lidar melhor com alguma situações”, diz Célia. “O diploma universitário possibilita o conselheiro a trabalhar de forma mais técnica com assuntos tão delicados.” Ela conta que a entidade buscará que, no mínimo, seja obrigatório um curso de capacitação para os conselheiros eleitos.
Para o conselheiro tutelar Vandré Fernando, que trabalha no conselho da Zona Norte — o mais movimentado da cidade, com média de 400 atendimentos por mês —, a exigência de diploma pode resultar em uma ‘elitização’ do conselho.
“Por que ela (Célia) não pede exigência de nível superior para presidente da República?”, diz. Fernando avalia que o assunto é polêmico e possui potencial para abalar as relações entre as entidades “em um momento delicado como este”. “Acho que o ideal é darmos as mãos (Conselho Tutelar e CMDCA), ao invés de entrarmos em conflito”, diz.
O inquérito aberto pela Polícia Civil sobre os documentos sigilosos que foram parar no lixo deve ser concluído ainda este mês.
Hoje a função exige ensino médio, ficha limpa na polícia e experiência prática reconhecida na defesa dos direitos da criança e do adolescente, por três anos, no mínimo. Maringá possui dez conselheiros, todos eleitos pela comunidade e com mandato de três anos. O salário gira em torno de R$ 2 mil.
“Isso (a exigência do diploma) já era uma bola cantada. Tendo em vista vista os acontecidos, há uma forte pressão da sociedade para rever a exigência aos candidatos para o conselho”, diz Célia Weffort, presidente do CMDCA. A próxima eleição para o Conselho Tutelar em Maringá acontece dentro de um ano.
Esta não é a primeira tentativa de exigir formação universitária dos conselheiros tutelares de Maringá. Em 1994, foi proposta uma lei municipal que dividia o conselho em cinco postos de trabalho: uma vaga para um profissional da área de Direito, duas para a área de Serviço Social, uma para a área de Psicologia, e uma para Pedagogia Educacional. A proposta não foi aprovada.
Para mudar a lei, o CMDCA pretende concluir um estudo que sustente a importância de um curso superior para os conselheiros. O trabalho será oferecido para que algum dos 15 vereadores maringaenses proponha um projeto de lei — a intenção é implantar a exigência da formação acadêmica antes das próximas eleições.
“Acreditamos que um profissional formado, como psicólogo, assistente social ou advogado poderia lidar melhor com alguma situações”, diz Célia. “O diploma universitário possibilita o conselheiro a trabalhar de forma mais técnica com assuntos tão delicados.” Ela conta que a entidade buscará que, no mínimo, seja obrigatório um curso de capacitação para os conselheiros eleitos.
Para o conselheiro tutelar Vandré Fernando, que trabalha no conselho da Zona Norte — o mais movimentado da cidade, com média de 400 atendimentos por mês —, a exigência de diploma pode resultar em uma ‘elitização’ do conselho.
“Por que ela (Célia) não pede exigência de nível superior para presidente da República?”, diz. Fernando avalia que o assunto é polêmico e possui potencial para abalar as relações entre as entidades “em um momento delicado como este”. “Acho que o ideal é darmos as mãos (Conselho Tutelar e CMDCA), ao invés de entrarmos em conflito”, diz.
O inquérito aberto pela Polícia Civil sobre os documentos sigilosos que foram parar no lixo deve ser concluído ainda este mês.
Fábio Linjardi
O Diário do Norte do Paraná
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Conselho Tutelar
No aniversário de 100 anos Theatro Municipal, Cinelândia sofre com abandono
RIO - Devido ao atraso nas obras de reforma, o Theatro Municipal do Rio vai comemorar 100 anos, no próximo dia 14, com uma festa programada para acontecer na Praça Floriano, na Cinelândia. Um grande palco está sendo montado bem em frente ao teatro. Mas a pompa e circunstância deverá ficar restrita aos músicos e convidados. Com inúmeras falhas no tradicional piso de pedras portuguesas, algumas dezenas de moradores de rua e um problema já crônico de urina no local, a impressão que fica é que os anfitriões se esqueceram de arrumar o salão para a festa.
- Tudo isto é muito simbólico. Restauram o teatro, palco de dramas e comédias, e deixam caindo aos pedaços e abandonada a praça que sempre foi o grande tambor de manifestações culturais e políticas da cidade - criticou o historiador Milton Teixeira, coordenador de um curso sobre a Cinelândia, que será realizado em agosto pelo Centro Cultural da Justiça Federal.
De palco das grandes manifestações políticas que marcaram a história do País - como a Passeata dos Cem Mil e as Diretas Já - e espaço mais concorrido nas campanhas eleitorais, a Cinelândia se tornou um banheiro público a céu aberto. Os comerciantes que trabalham no local amanhecem o dia jogando desinfetante no entorno de bancas de jornal, monumentos e prédios que cercam a Praça Floriano.
- Tudo isto é muito simbólico. Restauram o teatro, palco de dramas e comédias, e deixam caindo aos pedaços e abandonada a praça que sempre foi o grande tambor de manifestações culturais e políticas da cidade - criticou o historiador Milton Teixeira, coordenador de um curso sobre a Cinelândia, que será realizado em agosto pelo Centro Cultural da Justiça Federal.
De palco das grandes manifestações políticas que marcaram a história do País - como a Passeata dos Cem Mil e as Diretas Já - e espaço mais concorrido nas campanhas eleitorais, a Cinelândia se tornou um banheiro público a céu aberto. Os comerciantes que trabalham no local amanhecem o dia jogando desinfetante no entorno de bancas de jornal, monumentos e prédios que cercam a Praça Floriano.
O Globo On Line
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variedades
Polícia apreende droga rara em bairro nobre da Porto Alegre
PORTO ALEGRE - Agentes do Departamento Estadual de Investigações do Narcotráfico (Denarc) fizeram a apreensão de uma droga considerada rara no país nesta sexta-feira. Os policiais encontraram 35 gramas de skank em um apartamento na Rua General Couto de Magalhães, bairro Higienópolis, zona nobre de Porto Alegre, um tipo maconha mais pura e potente, difícil de ser encontrada no país, sendo mais consumida na Europa.
Segundo o delegado Cléber Lima, o entorpecente era vendido por telentrega para clientes com maior poder aquisitivo.
Rafael Luís de Souza, 25 anos, que não tinha antecedentes criminais, foi preso em flagrante e encaminhado ao Presídio Central.
Rafael Luís de Souza, 25 anos, que não tinha antecedentes criminais, foi preso em flagrante e encaminhado ao Presídio Central.
O Globo On Line
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drogas
Diversão e aprendizado nas aventuras de dois irmãos
Sucesso nos palcos ingleses e nas telinhas de todo o mundo, os irmãos Charlie e Lola chegam ao Brasil
Charlie tem sete anos e sua irmã, Lola, quatro. Os dois vivem as voltas com dilemas da infância e se divertem em aventuras imaginárias dentro da própria casa. O paciente irmão mais velho passa os dias desvendando o mundo para a inquieta e independente Lola. Ela, por sua vez, se diverte em fantasias criadas a partir das mirabolantes explicações de Charlie. Os personagens do desenho animado lançado em 2005 na Inglaterra acabam de ganhar uma montagem teatral em São Paulo e prometem encantar pais e filhos com retratos lúdicos de importantes etapas da infância.
Criados pela inglesa Lauren Child, Charlie e Lola protagonizaram uma das séries infantis de maior sucesso da televisão britânica. No Brasil, os dois irmãos também conquistaram o público infantil, com suas fantasias e aventuras educativas na TV. Em uma visita a Londres, os apresentadores Luciano Huck e Angélica levaram os filhos, Joaquim, de 4 anos, e Benício, de apenas 1, para a peça Charlie and Lola's Bestest Best Play. Encantado, o casal comprou os direitos da produção e contratou o diretor inglês Roman Stefanski para montar a peça no Brasil.
Criados pela inglesa Lauren Child, Charlie e Lola protagonizaram uma das séries infantis de maior sucesso da televisão britânica. No Brasil, os dois irmãos também conquistaram o público infantil, com suas fantasias e aventuras educativas na TV. Em uma visita a Londres, os apresentadores Luciano Huck e Angélica levaram os filhos, Joaquim, de 4 anos, e Benício, de apenas 1, para a peça Charlie and Lola's Bestest Best Play. Encantado, o casal comprou os direitos da produção e contratou o diretor inglês Roman Stefanski para montar a peça no Brasil.
Um dos primeiros desafios para a produção de “Charlie e Lola, A Peça – Da TV para o Teatro” foi selecionar os manipuladores dos fantoches confeccionados em Londres. Para levar o efeito de desenho animado ao palco, os produtores criaram bonecos 2D e realizaram uma audiência com cerca de 250 candidatos. Uma das preocupações foi familiarizar o elenco com esta técnica de manipulação, que exige delicada movimentação das mãos. Além disso, a trilha sonora do espetáculo conta com as vozes dos dubladores do desenho exibido no Brasil.
Na peça, os pais da dupla pedem que Lola arrume o quarto e encarregam Charlie de verificar se ela realmente está colocando tudo em ordem. A tarefa se transforma em uma verdadeira aventura para a fantasiosa garota. Entram em cena personagens como o cruel Sr. Frog, o Super Gato e a amiga Eli, capazes de educar e entreter pessoas de realidades tão distintas quanto pais e filhos.
Na peça, os pais da dupla pedem que Lola arrume o quarto e encarregam Charlie de verificar se ela realmente está colocando tudo em ordem. A tarefa se transforma em uma verdadeira aventura para a fantasiosa garota. Entram em cena personagens como o cruel Sr. Frog, o Super Gato e a amiga Eli, capazes de educar e entreter pessoas de realidades tão distintas quanto pais e filhos.
“Charlie e Lola, A Peça – Da TV para o Teatro”
Até 1 de novembro. Sábados e domingos, às 11h e 16h.
Teatro das Artes/Shopping Eldorado: Av. Rebouças 3970, Cerqueira César.
Ingressos: R$50 e R$25 (meia-entrada). Recomendado para crianças de 3 a 9 anos.
Época SP
Direto da Índia: conheça a massagem ayurvédica
Toda noite, os espectadores que assistem à novela “Caminho das Índias” são apresentados a algum costume indiano. E um deles é a massagem ayurvédica. No spa, Guto, interpretado pelo ator Marcelo Brou, utiliza diversas técnicas desta terapia.
A ayurvédica, originária da Índia, ganha cada vez mais adeptos. E também adaptações. “O ayurveda é um sistema de conhecimento que busca o equilíbrio do corpo humano”, explica a massoterapeuta Claudia Godard. “É uma ferramenta terapêutica que tem um entendimento mais vasto, que inclui , além da massagem, a medicina”, conta.
Segundo ela, a massagem é apenas uma dos instrumentos da prática. Mas eles vão além. “Eu sou massoterapeuta e não médica. Mas um médico pode receitar óleos para uso externo e interno, compressas”, explica. São receitas criadas individualmente, criadas para cada paciente. “A ayurveda trata das pessoas e não do tipo de pessoas”, ressalta. Já nas massagens, existem alguns óleos que são usados com mais freqüência e que podem ajudar em cansaço, insônia e com as queixas mais freqüentes .
Dentro da massagem ayurvédica existem técnicas distintas”E quase todas são feita à base de óleos”, diz Cláudia. Não se trata de uma massagem estética, muito menos modeladora. “Não visa a estética e sim o indivíduo.”. Mas claro que o equilibro do corpo reflete no exterior. “A massagem nutre o corpo, ajuda a liberar toxinas, estimula a circulação – periférica, linfática e energética. Com ela, o metabolismo revive. Ajuda a desintoxicar e a auxilia na nutrição dos tecidos”, diz.
As mais comuns, que são mostradas na novela, são a Abhyanga e a Shirodhara. A primeira é realizada com óleo medicinal em todo o corpo e estimula a circulação. Já a shirodhara, é aquela em que um fluxo contínuo de óleo é derramado sobre um ponto”. Em geral, no centro da testa, pois isso ajuda a harmonizar a circulação”, explica.
Onde fazer tratamentos ayurvédicos:
São Paulo
Instituto de Cultura Hindu Naradeva ShalaRua Coriolano, 169/171 - São Paulo. (11) 3862.7321
naradeva.com.br
Spa L'OccitaneRua Bela Cintra, 2.023 - Jardim Paulistano. (11) 3088-0794Spa Shishindo Holiday Inn Parque Anhembi: Rua Prof. Milton Rodrigues, 100. (11) 2107-7744
Rio de Janeiro
Nirvana Spa
Praça Santos Dumont, 31, tribuna A, Gávea (Jockey Club)
(21)2187-0116
enirvana.com.br
Levitate
Estrada da Barra da Tijuca, 1636, sala 210, bloco E, Itanhangá, Barra da Tijuca. (21) 2494-7595
Massagem Claudia Godartmassagemayurvedica.com.br
GNT
A ayurvédica, originária da Índia, ganha cada vez mais adeptos. E também adaptações. “O ayurveda é um sistema de conhecimento que busca o equilíbrio do corpo humano”, explica a massoterapeuta Claudia Godard. “É uma ferramenta terapêutica que tem um entendimento mais vasto, que inclui , além da massagem, a medicina”, conta.
Segundo ela, a massagem é apenas uma dos instrumentos da prática. Mas eles vão além. “Eu sou massoterapeuta e não médica. Mas um médico pode receitar óleos para uso externo e interno, compressas”, explica. São receitas criadas individualmente, criadas para cada paciente. “A ayurveda trata das pessoas e não do tipo de pessoas”, ressalta. Já nas massagens, existem alguns óleos que são usados com mais freqüência e que podem ajudar em cansaço, insônia e com as queixas mais freqüentes .
Dentro da massagem ayurvédica existem técnicas distintas”E quase todas são feita à base de óleos”, diz Cláudia. Não se trata de uma massagem estética, muito menos modeladora. “Não visa a estética e sim o indivíduo.”. Mas claro que o equilibro do corpo reflete no exterior. “A massagem nutre o corpo, ajuda a liberar toxinas, estimula a circulação – periférica, linfática e energética. Com ela, o metabolismo revive. Ajuda a desintoxicar e a auxilia na nutrição dos tecidos”, diz.
As mais comuns, que são mostradas na novela, são a Abhyanga e a Shirodhara. A primeira é realizada com óleo medicinal em todo o corpo e estimula a circulação. Já a shirodhara, é aquela em que um fluxo contínuo de óleo é derramado sobre um ponto”. Em geral, no centro da testa, pois isso ajuda a harmonizar a circulação”, explica.
Onde fazer tratamentos ayurvédicos:
São Paulo
Instituto de Cultura Hindu Naradeva ShalaRua Coriolano, 169/171 - São Paulo. (11) 3862.7321
naradeva.com.br
Spa L'OccitaneRua Bela Cintra, 2.023 - Jardim Paulistano. (11) 3088-0794Spa Shishindo Holiday Inn Parque Anhembi: Rua Prof. Milton Rodrigues, 100. (11) 2107-7744
Rio de Janeiro
Nirvana Spa
Praça Santos Dumont, 31, tribuna A, Gávea (Jockey Club)
(21)2187-0116
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Levitate
Estrada da Barra da Tijuca, 1636, sala 210, bloco E, Itanhangá, Barra da Tijuca. (21) 2494-7595
Massagem Claudia Godartmassagemayurvedica.com.br
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Prefeitura distribuirá kit enxoval para gestantes, que contarão com ambulâncias especiais
RIO - O prefeito Eduardo Paes anunciou neste sábado de manhã uma série de projetos para melhorar o atendimento às gestantes. Quem fizer as seis consultas do pré-natal ganhará um kit enxoval e a maternidade na qual será realizado o parto será definida com antecedência, durante a gravidez. Paes prometeu, ainda, a criação de um sistema semelhante ao do Samu, mas apenas para gestantes. De acordo com o prefeito, será chamado de Cegonha.
- Vamos criar um Samu especial para gestante, que vamos chamar de Cegonha. Sou pai, sei o que significou para minha mulher e para mim ter sabido direitinho a maternidade em que meu filho iria nascer. Toda mãe do Rio de Janeiro vai ter o direito de saber onde seu filho vai nascer - disse Paes
Eduardo Paes disse ainda que está equilibrando as finanças da cidade e afirmou que a prefeitura do Rio teve o maior superávit entre todos os governos municipais, estaduais e federal. Além disso, disse que a licitação de vans e ônibus na Zona Oeste será o primeiro passo para a implementação do bilhete único. O prefeito declarou ser mais difícil organizar o sistema de transportes do que o de saúde.
O prefeito ficará reunido até às 17h com seu secretariado e presidentes de empresas de serviços públicos municipais. Na pauta, a análise dos seis primeiros meses e governo e os próximos projetos que serão implementadas. Esta é a terceira reunião geral do prefeito com o primeiro escalão do governo.
- Vamos criar um Samu especial para gestante, que vamos chamar de Cegonha. Sou pai, sei o que significou para minha mulher e para mim ter sabido direitinho a maternidade em que meu filho iria nascer. Toda mãe do Rio de Janeiro vai ter o direito de saber onde seu filho vai nascer - disse Paes
Eduardo Paes disse ainda que está equilibrando as finanças da cidade e afirmou que a prefeitura do Rio teve o maior superávit entre todos os governos municipais, estaduais e federal. Além disso, disse que a licitação de vans e ônibus na Zona Oeste será o primeiro passo para a implementação do bilhete único. O prefeito declarou ser mais difícil organizar o sistema de transportes do que o de saúde.
O prefeito ficará reunido até às 17h com seu secretariado e presidentes de empresas de serviços públicos municipais. Na pauta, a análise dos seis primeiros meses e governo e os próximos projetos que serão implementadas. Esta é a terceira reunião geral do prefeito com o primeiro escalão do governo.
O Globo On Line
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Polícia flagra trabalho escravo e exploração infantil em fazenda no interior de São Paulo
SÃO PAULO - Policiais flagraram trabalho escravo e exploração de mão-de-obra infantil em uma fazenda que produz limão em Cabreúva, a 70 quilômetros da capital paulista. Uma denúncia levou a polícia até a fazenda. Um lavrador estava na propriedade há quatro meses e conta que não recebeu nenhum pagamento. Os responsáveis pela contratação devem responder por exploração de trabalho infantil.
- Às vezes o povo dá um pouco de comida. Tem vez que nós não comemos, não almoçamos e nem jantamos.
Os funcionários contaram para os policiais que havia crianças trabalhando na colheita de limão. O Conselho Tutelar foi chamado e flagrou seis menores trabalhando no local. Um deles, um menino de 12 anos.
- Às vezes o povo dá um pouco de comida. Tem vez que nós não comemos, não almoçamos e nem jantamos.
Os funcionários contaram para os policiais que havia crianças trabalhando na colheita de limão. O Conselho Tutelar foi chamado e flagrou seis menores trabalhando no local. Um deles, um menino de 12 anos.
- Não tem luvas nem tinha equipamento, nem água. Eu ganho R$ 2 reais - diz o menino.
Uma adolescente conta que os patrões pediram para todos fugirem assim que ficaram sabendo que a polícia ia chegar.
- Nós dissemos que não fugiríamos - afirmou.
Mesmo assim, segundo a Conselheira Tutelar, Renata Cintra, cerca de 30 menores foram retirados às pressas da propriedade.
O ônibus que leva os trabalhadores também estava em situação precária. O advogado da fazenda, Alceu Jorge Vieira, afirmou que não sabia que crianças trabalhavam na colheita.
- O que nós estamos sabendo é que havia alguns menores acompanhando os seus pais - disse.
Oito pessoas foram trazidas para a delegacia para prestar depoimento.
Uma adolescente conta que os patrões pediram para todos fugirem assim que ficaram sabendo que a polícia ia chegar.
- Nós dissemos que não fugiríamos - afirmou.
Mesmo assim, segundo a Conselheira Tutelar, Renata Cintra, cerca de 30 menores foram retirados às pressas da propriedade.
O ônibus que leva os trabalhadores também estava em situação precária. O advogado da fazenda, Alceu Jorge Vieira, afirmou que não sabia que crianças trabalhavam na colheita.
- O que nós estamos sabendo é que havia alguns menores acompanhando os seus pais - disse.
Oito pessoas foram trazidas para a delegacia para prestar depoimento.
O Globo On Line
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trabalho infantil
Amazonas: Cultura da pedofilia
Tio Branquinho gosta de meninas – quanto mais novas, melhor. Ele mora na pequena Tefé, no interior do Amazonas, cidade de 65 000 habitantes esquecida no meio da selva, onde só se chega por barco, numa aventura que se prolonga por 4 horas partindo de Manaus. Tio Branquinho, como é chamado pelas alunas da Escola Estadual Frei André da Costa, comunga de uma mentalidade tristemente comum nos estados do Norte e do Nordeste, a qual tolera, quando não incita, a iniciação sexual de meninas, sejam crianças ou adolescentes, por homens mais velhos. Todo mundo em Tefé conhece há anos os hábitos sexuais de Tio Branquinho.
No Brasil, contudo, não importa em qual estado, fazer sexo com menores de idade chama-se pedofilia – e, embora não tenha esse nome nas leis do país, é crime, passível de prisão. Tio Branquinho, ou Antônio Carlos Branquinho, sabe bem disso. Ou deveria saber: ele um homem da lei, juiz do Trabalho em Tefé. Deveria saber que não pode fazer sexo com meninas, muito menos, creia, nas dependências da Justiça em Tefé, como o Ministério Público Federal descobriu. Há duas semanas, o tempo fechou para Tio Branquinho. Ele foi preso pela Polícia Federal – numa demonstração de que a força dessa mentalidade não é mais a mesma.
A permanência na prisão do magistrado foi de meros cinco dias. Ele foi solto na segunda-feira da semana passada, depois que a polícia ter cumprido os mandatos judiciais em busca de mais provas contra ele. As primeiras evidências sobre os abusos sexuais cometidos por Branquinho surgiram em março deste ano. Uma moradora de Tefé enviou um email ao Tribunal Regional do Trabalho, em Manaus. Nele, além de fazer a denúncia de pedofilia, ela anexou fotos tiradas pelo próprio Branquinho, nas quais crianças estão nuas e o magistrado aparece fazendo sexo com algumas delas, na sede da vara de Trabalho de Tefé.
As fotos acabaram no Ministério Público Federal, que detém a prerrogativa de investigar o juiz – ele tem foro privilegiado no Tribunal Regional Federal da 1ª Região, que fica em Brasília. Assim que perceberam a gravidade do caso, os procuradores de Brasília viajaram até Tefé. Ao lado de policiais federais, descobriram duas testemunhas, antigos funcionários da justiça trabalhista, que confirmaram a constância e a natureza das práticas sexuais do juiz. Um deles, que teme represálias (Branquinho tem sete armas registradas em seu nome), narrou que via frequentemente, nas dependências da justiça de Tefé, as meninas que eram recrutadas por funcionários de confiança do juiz.
Na terça-feira da semana passada, Branquinho prestou depoimento ao desembargador Carlos Olavo, relator do caso. Admitiu a autenticidade das fotos, mas disse que as meninas, ao que sabia, eram maiores de idade. Agora, Branquinho será denunciado criminalmente pelo Ministério Público Federal. Enquanto isso não ocorre, ele conta com o corporativismo dos colegas de tribunal, a quem pediu autorização para se aposentar. A julgar pelo modo como os desembargadores de Manaus trataram seu caso até o momento, Branquinho pode ficar esperançoso. A desembargadora Luiza Maria Veiga, presidente do TRT do Amazonas, recebeu as fotos do juiz em abril – e nada fez.
Sua única decisão consistiu em convocar os demais desembargadores do tribunal, para discutir o assunto numa reunião extraordinária de “caráter reservado”. Nesse encontro, os desembargadores limitaram-se a abrir um “procedimento interno” para investigar o caso.
No Brasil, contudo, não importa em qual estado, fazer sexo com menores de idade chama-se pedofilia – e, embora não tenha esse nome nas leis do país, é crime, passível de prisão. Tio Branquinho, ou Antônio Carlos Branquinho, sabe bem disso. Ou deveria saber: ele um homem da lei, juiz do Trabalho em Tefé. Deveria saber que não pode fazer sexo com meninas, muito menos, creia, nas dependências da Justiça em Tefé, como o Ministério Público Federal descobriu. Há duas semanas, o tempo fechou para Tio Branquinho. Ele foi preso pela Polícia Federal – numa demonstração de que a força dessa mentalidade não é mais a mesma.
A permanência na prisão do magistrado foi de meros cinco dias. Ele foi solto na segunda-feira da semana passada, depois que a polícia ter cumprido os mandatos judiciais em busca de mais provas contra ele. As primeiras evidências sobre os abusos sexuais cometidos por Branquinho surgiram em março deste ano. Uma moradora de Tefé enviou um email ao Tribunal Regional do Trabalho, em Manaus. Nele, além de fazer a denúncia de pedofilia, ela anexou fotos tiradas pelo próprio Branquinho, nas quais crianças estão nuas e o magistrado aparece fazendo sexo com algumas delas, na sede da vara de Trabalho de Tefé.
As fotos acabaram no Ministério Público Federal, que detém a prerrogativa de investigar o juiz – ele tem foro privilegiado no Tribunal Regional Federal da 1ª Região, que fica em Brasília. Assim que perceberam a gravidade do caso, os procuradores de Brasília viajaram até Tefé. Ao lado de policiais federais, descobriram duas testemunhas, antigos funcionários da justiça trabalhista, que confirmaram a constância e a natureza das práticas sexuais do juiz. Um deles, que teme represálias (Branquinho tem sete armas registradas em seu nome), narrou que via frequentemente, nas dependências da justiça de Tefé, as meninas que eram recrutadas por funcionários de confiança do juiz.
Na terça-feira da semana passada, Branquinho prestou depoimento ao desembargador Carlos Olavo, relator do caso. Admitiu a autenticidade das fotos, mas disse que as meninas, ao que sabia, eram maiores de idade. Agora, Branquinho será denunciado criminalmente pelo Ministério Público Federal. Enquanto isso não ocorre, ele conta com o corporativismo dos colegas de tribunal, a quem pediu autorização para se aposentar. A julgar pelo modo como os desembargadores de Manaus trataram seu caso até o momento, Branquinho pode ficar esperançoso. A desembargadora Luiza Maria Veiga, presidente do TRT do Amazonas, recebeu as fotos do juiz em abril – e nada fez.
Sua única decisão consistiu em convocar os demais desembargadores do tribunal, para discutir o assunto numa reunião extraordinária de “caráter reservado”. Nesse encontro, os desembargadores limitaram-se a abrir um “procedimento interno” para investigar o caso.
Na próxima reunião extraordinária, os senhores desembargadores deveriam convidar a moradora de Tefé, aquela que expôs o juiz. Ela poderia lembrá-los que as leis do país servem para todos.
Revista Veja
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Meninas que querem ser más
BARRA-PESADA
A fachada do colégio Domingos João Batista Spinelli, em Ribeirão Preto, onde meninas de 7ª série formaram um grupo para ameaçar e agredir colegas estudiosas
A agressão numa escola do interior de São Paulo revela a crescente participação de meninas em gangues violentas
No prédio do Ministério Público Estadual de Ribeirão Preto, no interior de São Paulo, 13 meninas com idade entre 11 e 15 anos esperam sentadas, ao lado dos pais, uma audiência com o promotor de justiça. Com semblante assustado e cabisbaixas, algumas roem as unhas. Outras, com fones no ouvido, ouvem música como se estivessem no sofá de casa. Todas são suspeitas de integrar o “Bonde do Capeta”, um grupo de alunas da 7ª série da Escola Estadual Domingos João Batista Spinelli, na periferia da cidade, que se juntou para ameaçar e estapear colegas mais bonitas e com notas melhores.
A agressão começou a tomar forma em março deste ano, quando os alunos marcaram um dia para ir à escola com suas melhores roupas. As “patricinhas” assistiram às aulas empetecadas e orgulhosas. No mesmo dia, outra turma de meninas combinou de aparecer de pijama. Impedidas de entrar no colégio, se revoltaram. E passaram a ameaçar as colegas bem-vestidas com mensagens agressivas no site de relacionamento Orkut. O enredo virou violência em junho. No intervalo entre as aulas, as encapetadas reuniram o “bonde” para bater em G., de 12 anos, cabelos loiros, média escolar 9. Perseguida no corredor da escola, foi agarrada, chutada e socada pelas colegas. Ganhou hematomas pelo corpo e perdeu uma mecha de cabelos, arrancado e colado pelas agressoras no portão da escola como prova de força e ameaça para outras meninas. “Não queria mais ir às aulas, mas meus pais procuraram a polícia, a direção transferiu parte das meninas e me mudou para o período da manhã”, diz G. Pais de outras oito alunas registraram boletim de ocorrência, temerosos das ameaças virtuais do grupo. A polícia tirou a página do “Bonde do Capeta” do ar e o Ministério Público agiu. “As meninas vão ser ouvidas, e por esse comportamento violento podem até ser acusadas de formação de quadrilha”, afirmou o promotor de justiça Naul Luiz Felca, que apura a história.
A participação social da mulher aumentou em todos oscampos, inclusive dentro das gangues”, diz uma socióloga
Mais que um caso pontual de violência escolar, a agressão em Ribeirão Preto aponta para um fenômeno mais amplo: garotas briguentas que tomam a iniciativa de formar ou liderar gangues. “É como se elas tivessem ficado mais corajosas, e essa valentia fosse reconhecida como um valor”, diz a socióloga Miriam Abramovay, coordenadora da Rede de Informação Tecnológica Latino-Americana (um organismo internacional que municia os governos com estudos) e responsável por uma pesquisa de dois anos sobre gangues femininas no Distrito Federal. Casos similares aos de Ribeirão Preto são mais comuns do que parece. No fim do ano passado, a briga de duas alunas na Escola Estadual Amadeu Amaral, na Zona Leste de São Paulo, desencadeou uma minirrebelião. Entre arremessos de carteiras e arrombamentos de porta, o prejuízo de R$ 180 mil aos cofres públicos só foi estancado pela intervenção da Polícia Militar. Meses depois, uma emissora de TV de Belém, no Pará, flagrou alunas de um colégio se estapeando no centro de uma roda de meninos que formavam uma espécie de ringue humano. “As meninas querem reconhecimento da sociedade e acreditam que vão se firmar pela postura de garotas más”, diz Miriam. “Ser a mulherzinha ou a namorada do valentão não serve.”
Em muitos lugares, a belicosidade das garotas ultrapassa os muros da escola. “A presença feminina em gangues aumentou substancialmente, e o papel delas está mais importante”, diz Glória Diógenes, socióloga e secretária de Direitos Humanos de Fortaleza. “Antes, as meninas entravam nas gangues para servir de isca, atrair garotos para a briga com os rapazes. Agora entram para rivalizar com eles, dispostas a um enfrentamento contra outros grupos.”
No Distrito Federal, onde mais de 30 gangues disputam espaço há alguns anos em cidades-satélites como Ceilândia e Taguatinga, elas formam facções femininas que repetem a rivalidade e a agressividade dos rapazes. São garotas de 13 a 20 anos que picham, destroem orelhões, depredam pontos de ônibus e arranjam brigas públicas com as rivais. Muitas vezes furtam ou roubam para conseguir dinheiro e comprar sprays, bebidas e drogas. Com a mesma postura provocativa dos rapazes das gangues, posam para fotos com armas em punho, em imagens depois exibidas no Orkut. “As mulheres passaram a participar de forma ativa nas gangues, a ter mais presença”, diz a socióloga Miriam. “É uma reprodução do que aconteceu na sociedade: a participação social da mulher aumentou em todos os campos, inclusive dentro das gangues.” A afirmação é corroborada pelo promotor de justiça da Infância e da Juventude de São Paulo, Thales Cezar de Oliveira, responsável por parte dos casos que envolvem menores infratores na maior cidade do país. “Faltam pesquisas, mas na minha percepção houve um aumento sensível de meninas que praticam infrações em geral. Antes eu atendia em meu escritório uma ou duas meninas por mês, hoje atendo de cinco a seis por semana”, afirma Oliveira.
O fenômeno é mundial. Nos Estados Unidos, em cidades famosas por suas gangues de rapazes, como Nova York, Boston, Detroit e Los Angeles, o envolvimento de meninas e jovens mulheres também cresce. “Os dados estatísticos são escassos, mas é visível que as jovens se tornaram autônomas dentro das gangues: gostam de expor sua agressividade e se orgulham de passar pelos violentos rituais de iniciação para provar resistência e lealdade”, afirma o sociólogo Carl S. Taylor, autor de livros como Girls, gangs, women and drugs (Garotas, gangues, mulheres e drogas) e Dangerous society (Sociedade perigosa). Em países da América Central e da Europa, principalmente Inglaterra e Alemanha, meninas também participam de gangues e frequentemente as lideram.
Apesar das semelhanças entre os grupos que agem nas escolas e aqueles atuantes fora delas, os especialistas preferem ressaltar suas diferenças – com base no que se sabe sobre as gangues masculinas. Em geral, as gangues formadas fora da escola são longevas e constituídas por jovens com idade média entre 13 e 18 anos, em busca de diversão e lazer. Os passatempos variam de ir a bailes e pichar muros a atacar gangues rivais. Essas gangues podem ter de 200 a 500 integrantes, que as consideram uma segunda família. As “minigangues” escolares não ultrapassam os 30 integrantes, com idade de 11 a 15 anos e atuação muito mais pontual. “No colégio não se está numa gangue de verdade, é uma ‘ganguinha’”, diz Miriam. “São estudantes que se unem por alguma questão de intolerância ou rebeldia, mas com apenas alguns elementos de gangues, porque os estudantes têm atração por essa ideia.” O promotor Oliveira, de São Paulo, não tem simpatia por essa tipologia rígida apresentada pela socióloga. “Esse envolvimento na escola pode ser uma porta de entrada para coisas piores. Às vezes damos sorte de detectar esse comportamento cedo. E aí não se pode passar a mão na cabeça”, afirma. Ele defende a aplicação de penas aliada a acompanhamento psicológico e social dos menores.
Formar turmas e se agregar é um processo natural de afirmação dos adolescentes. Yvette Piha Lehman, psicóloga social e professora da Universidade de São Paulo, afirma que se juntar a um grupo, qualquer que seja, é a forma encontrada pelos jovens para crescer e começar a deixar a família de lado. A diferença, diz ela, está na postura do grupo. “Gangues e microgangues são formadas pelo pessoal que não quer apenas agregar, e sim confrontar. É uma forma de catalisar a raiva e o inconformismo”, diz Yvette.
Para especialistas, a melhor forma de evitar que os jovens, mulheres ou homens, se envolvam com gangues é dar visibilidade social a eles. “O jeito é canalizar a energia e a vontade de identificação com um grupo para outros lugares”, diz a socióloga Glória Diógenes. Ela participa do Projeto Enxame, que permitiu a jovens de um bairro da periferia de Fortaleza trocar a pichação e as brigas pela cultura hip-hop. “A arte é um desses lugares que garantem visibilidade e servem de comunicação com a sociedade”, diz Glória.
Rodrigo Turrer
Ribeirão Preto
Época
A fachada do colégio Domingos João Batista Spinelli, em Ribeirão Preto, onde meninas de 7ª série formaram um grupo para ameaçar e agredir colegas estudiosas
A agressão numa escola do interior de São Paulo revela a crescente participação de meninas em gangues violentas
No prédio do Ministério Público Estadual de Ribeirão Preto, no interior de São Paulo, 13 meninas com idade entre 11 e 15 anos esperam sentadas, ao lado dos pais, uma audiência com o promotor de justiça. Com semblante assustado e cabisbaixas, algumas roem as unhas. Outras, com fones no ouvido, ouvem música como se estivessem no sofá de casa. Todas são suspeitas de integrar o “Bonde do Capeta”, um grupo de alunas da 7ª série da Escola Estadual Domingos João Batista Spinelli, na periferia da cidade, que se juntou para ameaçar e estapear colegas mais bonitas e com notas melhores.
A agressão começou a tomar forma em março deste ano, quando os alunos marcaram um dia para ir à escola com suas melhores roupas. As “patricinhas” assistiram às aulas empetecadas e orgulhosas. No mesmo dia, outra turma de meninas combinou de aparecer de pijama. Impedidas de entrar no colégio, se revoltaram. E passaram a ameaçar as colegas bem-vestidas com mensagens agressivas no site de relacionamento Orkut. O enredo virou violência em junho. No intervalo entre as aulas, as encapetadas reuniram o “bonde” para bater em G., de 12 anos, cabelos loiros, média escolar 9. Perseguida no corredor da escola, foi agarrada, chutada e socada pelas colegas. Ganhou hematomas pelo corpo e perdeu uma mecha de cabelos, arrancado e colado pelas agressoras no portão da escola como prova de força e ameaça para outras meninas. “Não queria mais ir às aulas, mas meus pais procuraram a polícia, a direção transferiu parte das meninas e me mudou para o período da manhã”, diz G. Pais de outras oito alunas registraram boletim de ocorrência, temerosos das ameaças virtuais do grupo. A polícia tirou a página do “Bonde do Capeta” do ar e o Ministério Público agiu. “As meninas vão ser ouvidas, e por esse comportamento violento podem até ser acusadas de formação de quadrilha”, afirmou o promotor de justiça Naul Luiz Felca, que apura a história.
A participação social da mulher aumentou em todos oscampos, inclusive dentro das gangues”, diz uma socióloga
Mais que um caso pontual de violência escolar, a agressão em Ribeirão Preto aponta para um fenômeno mais amplo: garotas briguentas que tomam a iniciativa de formar ou liderar gangues. “É como se elas tivessem ficado mais corajosas, e essa valentia fosse reconhecida como um valor”, diz a socióloga Miriam Abramovay, coordenadora da Rede de Informação Tecnológica Latino-Americana (um organismo internacional que municia os governos com estudos) e responsável por uma pesquisa de dois anos sobre gangues femininas no Distrito Federal. Casos similares aos de Ribeirão Preto são mais comuns do que parece. No fim do ano passado, a briga de duas alunas na Escola Estadual Amadeu Amaral, na Zona Leste de São Paulo, desencadeou uma minirrebelião. Entre arremessos de carteiras e arrombamentos de porta, o prejuízo de R$ 180 mil aos cofres públicos só foi estancado pela intervenção da Polícia Militar. Meses depois, uma emissora de TV de Belém, no Pará, flagrou alunas de um colégio se estapeando no centro de uma roda de meninos que formavam uma espécie de ringue humano. “As meninas querem reconhecimento da sociedade e acreditam que vão se firmar pela postura de garotas más”, diz Miriam. “Ser a mulherzinha ou a namorada do valentão não serve.”
Em muitos lugares, a belicosidade das garotas ultrapassa os muros da escola. “A presença feminina em gangues aumentou substancialmente, e o papel delas está mais importante”, diz Glória Diógenes, socióloga e secretária de Direitos Humanos de Fortaleza. “Antes, as meninas entravam nas gangues para servir de isca, atrair garotos para a briga com os rapazes. Agora entram para rivalizar com eles, dispostas a um enfrentamento contra outros grupos.”
No Distrito Federal, onde mais de 30 gangues disputam espaço há alguns anos em cidades-satélites como Ceilândia e Taguatinga, elas formam facções femininas que repetem a rivalidade e a agressividade dos rapazes. São garotas de 13 a 20 anos que picham, destroem orelhões, depredam pontos de ônibus e arranjam brigas públicas com as rivais. Muitas vezes furtam ou roubam para conseguir dinheiro e comprar sprays, bebidas e drogas. Com a mesma postura provocativa dos rapazes das gangues, posam para fotos com armas em punho, em imagens depois exibidas no Orkut. “As mulheres passaram a participar de forma ativa nas gangues, a ter mais presença”, diz a socióloga Miriam. “É uma reprodução do que aconteceu na sociedade: a participação social da mulher aumentou em todos os campos, inclusive dentro das gangues.” A afirmação é corroborada pelo promotor de justiça da Infância e da Juventude de São Paulo, Thales Cezar de Oliveira, responsável por parte dos casos que envolvem menores infratores na maior cidade do país. “Faltam pesquisas, mas na minha percepção houve um aumento sensível de meninas que praticam infrações em geral. Antes eu atendia em meu escritório uma ou duas meninas por mês, hoje atendo de cinco a seis por semana”, afirma Oliveira.
O fenômeno é mundial. Nos Estados Unidos, em cidades famosas por suas gangues de rapazes, como Nova York, Boston, Detroit e Los Angeles, o envolvimento de meninas e jovens mulheres também cresce. “Os dados estatísticos são escassos, mas é visível que as jovens se tornaram autônomas dentro das gangues: gostam de expor sua agressividade e se orgulham de passar pelos violentos rituais de iniciação para provar resistência e lealdade”, afirma o sociólogo Carl S. Taylor, autor de livros como Girls, gangs, women and drugs (Garotas, gangues, mulheres e drogas) e Dangerous society (Sociedade perigosa). Em países da América Central e da Europa, principalmente Inglaterra e Alemanha, meninas também participam de gangues e frequentemente as lideram.
Apesar das semelhanças entre os grupos que agem nas escolas e aqueles atuantes fora delas, os especialistas preferem ressaltar suas diferenças – com base no que se sabe sobre as gangues masculinas. Em geral, as gangues formadas fora da escola são longevas e constituídas por jovens com idade média entre 13 e 18 anos, em busca de diversão e lazer. Os passatempos variam de ir a bailes e pichar muros a atacar gangues rivais. Essas gangues podem ter de 200 a 500 integrantes, que as consideram uma segunda família. As “minigangues” escolares não ultrapassam os 30 integrantes, com idade de 11 a 15 anos e atuação muito mais pontual. “No colégio não se está numa gangue de verdade, é uma ‘ganguinha’”, diz Miriam. “São estudantes que se unem por alguma questão de intolerância ou rebeldia, mas com apenas alguns elementos de gangues, porque os estudantes têm atração por essa ideia.” O promotor Oliveira, de São Paulo, não tem simpatia por essa tipologia rígida apresentada pela socióloga. “Esse envolvimento na escola pode ser uma porta de entrada para coisas piores. Às vezes damos sorte de detectar esse comportamento cedo. E aí não se pode passar a mão na cabeça”, afirma. Ele defende a aplicação de penas aliada a acompanhamento psicológico e social dos menores.
Formar turmas e se agregar é um processo natural de afirmação dos adolescentes. Yvette Piha Lehman, psicóloga social e professora da Universidade de São Paulo, afirma que se juntar a um grupo, qualquer que seja, é a forma encontrada pelos jovens para crescer e começar a deixar a família de lado. A diferença, diz ela, está na postura do grupo. “Gangues e microgangues são formadas pelo pessoal que não quer apenas agregar, e sim confrontar. É uma forma de catalisar a raiva e o inconformismo”, diz Yvette.
Para especialistas, a melhor forma de evitar que os jovens, mulheres ou homens, se envolvam com gangues é dar visibilidade social a eles. “O jeito é canalizar a energia e a vontade de identificação com um grupo para outros lugares”, diz a socióloga Glória Diógenes. Ela participa do Projeto Enxame, que permitiu a jovens de um bairro da periferia de Fortaleza trocar a pichação e as brigas pela cultura hip-hop. “A arte é um desses lugares que garantem visibilidade e servem de comunicação com a sociedade”, diz Glória.
Rodrigo Turrer
Ribeirão Preto
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Os avanços e as deficiencias do ECA
Os 19 anos do ECA foram discutidos durante um seminário na Uece. Trabalho infantil e violência sexual ainda são alguns dos problemas que persistem no Estado. Especialistas acreditam que são necessárias mais políticas públicas para a criança e o adolescente
Há avanços, sobretudo, nas áreas da educação e da saúde. Algumas deficiências, no entanto, ainda persistem, como o trabalho infantil e a violência sexual. Por isso, representantes dos órgãos que cuidam da criança e do adolescente acreditam que são necessárias mais políticas públicas. No Ceará, são mais de 296 mil em trabalho infantil. As denúncias de violência sexual aumentaram, mas o problema está em tratar da questão e em saber o que fazer com a vítima e o agressor.
Os assuntos foram discutidos ontem em seminário que lembra o aniversário de 19 anos do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), promovido pela Fundação Demócrito Rocha e Universidade Estadual do Ceará (Uece). O evento foi realizado no campus do Itaperi, da Uece.
Um dos dados preocupantes divulgados foi de que o Ceará é o terceiro estado do País no quesito pior índice de indigência. E a faixa em que a pobreza mais se concentra é entre 15 a 17 anos, revela Graça Gadelha, socióloga e consultora do Instituto Aliança.
Ela cita os números da pesquisa Mapa da Indigência do Ceará, elaborada pela Pós-Graduação em Economia (Caen), da Universidade Federal do Ceará (UFC). A socióloga reconhece que tem havido uma maior mobilização da sociedade nas questões da criança e do adolescente, mas a violação dos direitos ainda é um dos entraves. “A gente precisa cobrar mais.”
A socióloga analisou dados de 1991 a 2000 e comparou as informações com os dados de 2007 e 2008. No primeiro período, a taxa de analfabetismo em pessoas com mais de 15 anos de idade era de 37,4%. O percentual diminuiu para 19,2% no segundo período. Outro ponto positivo vai para a mortalidade infantil, que chegava a 72,45 por mil caiu para 17,8 por mil. O acesso à educação básica também cresceu.
Graça cita que, nessas quase duas décadas de ECA, o acesso à cultura e ao lazer se concentrou, principalmente, entre as crianças e os adolescentes de Fortaleza e da Região Metropolitana. Para ela, também precisam ser desenvolvidos os indicadores sociais que envolvem crianças e adolescentes em situação de risco pessoal e social. Ana Maria Bandeira, do Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente, considera que foram poucos os avanços nesses 19 anos de ECA. Ela defende que haja mais recursos estaduais e municipais para a área da criança e do adolescente, complementados com verba federal.
Fonte: O Povo Online (Fortaleza)
Foto: "Apenas uma Criança" Por Marco Couto (Olhares - Fotografia Online)
Crianças obesas usam cães para trapacear em teste físico
Um grupo de crianças britânicas que participou de um estudo sobre exercícios físicos trapaceou colocando em seus cachorros os medidores que eles mesmos deveriam carregar como parte do levantamento.
Os pesquisadores do Centro de Medicina Esportiva Mile End distribuiu a cerca de 200 crianças do bairro de Whitechapel (zona leste de Londres) pedômetros, aparelhos que medem quantos passos elas dão ao andar ou correr.
As crianças, com 11 ou 12 anos, foram instruídas a levar os pedômetros na cintura para que fosse medido o nível de atividade física diário delas.
No entanto, quando os pesquisadores mediram o nível de atividade de algumas crianças obesas, ficaram espantados ao constatar o nível de atividade delas.
“Depois de uma semana, nós descobrimos que algumas crianças eram extremamente ativas, mas ainda assim obesas”, disse Nicola Maffulli, um dos estudiosos responsáveis pela pesquisa.
“Então percebemos que eles estavam colocando os pedômetros nas coleiras de seus cachorros.”
Uma vez ajustado para corrigir a “ajudinha” dos cachorros, o estudo revelou que os garotos pesquisados andam ou correm 12.620 passos por dia, menos do que os 15 mil recomendados diariamente. As meninas andaram ainda menos: 10.150 passos por dia, quando o recomendado para elas são 12 mil.
Os pesquisadores pensam agora ampliar o estudo, incluindo mais crianças na mesma região.
Os pesquisadores do Centro de Medicina Esportiva Mile End distribuiu a cerca de 200 crianças do bairro de Whitechapel (zona leste de Londres) pedômetros, aparelhos que medem quantos passos elas dão ao andar ou correr.
As crianças, com 11 ou 12 anos, foram instruídas a levar os pedômetros na cintura para que fosse medido o nível de atividade física diário delas.
No entanto, quando os pesquisadores mediram o nível de atividade de algumas crianças obesas, ficaram espantados ao constatar o nível de atividade delas.
“Depois de uma semana, nós descobrimos que algumas crianças eram extremamente ativas, mas ainda assim obesas”, disse Nicola Maffulli, um dos estudiosos responsáveis pela pesquisa.
“Então percebemos que eles estavam colocando os pedômetros nas coleiras de seus cachorros.”
Uma vez ajustado para corrigir a “ajudinha” dos cachorros, o estudo revelou que os garotos pesquisados andam ou correm 12.620 passos por dia, menos do que os 15 mil recomendados diariamente. As meninas andaram ainda menos: 10.150 passos por dia, quando o recomendado para elas são 12 mil.
Os pesquisadores pensam agora ampliar o estudo, incluindo mais crianças na mesma região.
BBC Brasil
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sexta-feira, 10 de julho de 2009
Uma criança morre a cada dez horas no País
Nem os bebês de até 1 ano escapam da brutalidade. Só em 2002, foram assassinados 90 bebês no Brasil
Em seis anos, o Ministério da Saúde registrou 5.049 homicídios de meninos e meninas com idades até 14 anos. Os números foram levantados pelo Jornal ´O Globo´ na base de dados do SIM (Sistema de Informações sobre Mortalidade) e correspondem aos seis últimos anos divulgados entre 2000 e 2005.
A pequena Isabella de Oliveira Nardoni, morta aos 5 anos, está na faixa mais atingida pelo crime: a de crianças entre 5 e 14 anos. Em 2005, por exemplo, 662 vítimas nessa faixa de idade foram mortas por agressão. Mas bebês de até 1 ano não escapam da brutalidade. Só em 2002, foram assassinados 90 bebês.
Jogada pela janela do apartamento do pai, Alexandre Nardoni, Isabella comoveu o país. Sua morte ainda é um mistério. Nardoni e sua mulher, Anna Carolina Jatobá, estão presos sob suspeita do crime.
Em 2007, João Hélio Fernandes Vieites, também com 6 anos, morreu arrastado pelos ladrões do carro de sua mãe.
Eles levaram o veículo, e o menino estava preso ao cinto de segurança. A agonia do garoto não os deteve. Também não deteve a mãe adotiva Silvia Calabresi o olhar de pavor da menina L., de 12 anos, amordaçada enquanto era torturada por ela em Goiânia.
Especialistas afirmam que, diante desses crimes, os adultos temem até não terem sido amados quando pequenos e perdem a crença na Humanidade. Se nem a criança é sagrada, o que será? "Ver uma criança assassinada é a experiência mais terrível que existe, porque fala do respeito que os adultos devem às crianças. A criança é sagrada, a criança é tabu. E o tabu nos protege. A gente tem limite para a maldade. Mas veja a morte de João Hélio, por exemplo, quando nem a criança impediu a fuga, o crime que já estava em andamento" afirma o psicanalista Mário Eduardo Pereira, coordenador do Laboratório de Psicopatologia Fundamental, da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas).
Segundo Pereira, esses crimes desafiam as crenças da sociedade: "Os próprios laços sociais ficam em risco, a crença na Humanidade. Ficamos com medo de não termos sido amados quando crianças, de não termos sido bem-vindos. Por outro lado, vemos que nem a criança está acima da nossa maldade e sequer a família e o lar são seguros".
PESQUISA - Maioria dos casos no ambiente familiar
A pesquisadora Maria Fernanda Tourinho Peres, do NEV (Núcleo de Estudos da Violência, da USP), analisou o crescimento da taxa de homicídios entre crianças e adolescentes até 19 anos de 1980 até 2002. Ela aponta para algo que a sociedade sempre teme ver e ouvir: ´Enquanto na faixa entre 15 e 19 anos o homicídio era cometido com arma de fogo, quanto menor a idade, menor era o uso dessas armas. Na idade até 4 anos, as crianças foram mortas de outras maneiras: por sufocamento, armas brancas (facas, por exemplo), estrangulamento. Isso pode apontar que esses crimes ocorreram dentro de um contexto familiar e não nas ruas´ disse a pesquisadora.
Na pesquisa do NEV, a morte de crianças e adolescentes até 19 anos significou 16% do total de homicídios do país. Em 2002, o coeficiente de mortalidade por homicídios na faixa etária de 0 a 19 anos para o Brasil foi de 12,56 para cada grupo de 100 mil habitantes, acima do maior coeficiente registrado em 1980, que era o do Rio (8,83). Os números de 2002, no entanto, caíram pouco ou se estabilizaram nos últimos anos em razão da queda geral no número de homicídios, segundo Maria Fernanda.
"O número de mortes por agressão de crianças pequenas é alto, mas acaba ´perdido´ diante do grande número de mortes entre os jovens. É preciso prestar mais atenção a esses dados" alerta a pesquisadora.
Para o psicanalista Mário Eduardo Pereira, uma tragédia como a de Isabella traz à tona a discussão sobre a violência contra a criança, mas deve-se ter cuidado,´ é muito importante este momento para fazermos uma discussão. Mas não podemos buscar um culpado a qualquer preço e muito menos uma razão para esse crime a qualquer custo, como uma doença. A pessoa que comete um crime assim eu não diria que é um doente, é um sujeito não tem mais limite´, disse.
Fonte:NEV - Núcleo de Estudos da Violencia
Um terço dos casos de câncer detectados por mamografias pode ser inofensivo, diz pesquisa
A mamografia aponta também cânceres que não seriam descobertos
Uma pesquisa feita com dados de cinco países concluiu que um em cada três casos de câncer de mama detectados por mamografias pode ser inofensivo, não exigindo o tipo de tratamento destinado a casos de câncer que ameaçam a vida das pacientes.
O estudo do centro Nordic Cochrane, na Dinamarca, analisou informações sobre mulheres de Grã-Bretanha, Austrália, Canadá, Noruega e Suécia que se submeteram aos exames.
A mamografia detecta a ocorrência do câncer no tecido mamário, mas não estabelece seu grau de ameaça à saúde. Nem todos os casos da doença representam ameaça imediata à vida – alguns tumores encolhem e outros podem permanecer dormentes, por exemplo.
A conclusão da pesquisa foi que, depois que os programas foram introduzidos, aumentou o diagnóstico de casos de câncer de mama, mas também aumentou o número de mulheres que receberam tratamento para a doença desnecessariamente.
“Exames podem levar a detecção de casos letais de câncer ainda em seus estágios iniciais, mas também detecta os inofensivos que não vão causar morte ou mesmo sintomas”, disseram os pesquisadores em artigo na publicação científica BMJ.
“A detecção destes casos de câncer, que não ocorreria clinicamente, é apenas prejudicial a estas pessoas”, disseram eles.
Em defesa das mamografias
O professor Gilbert Welch, do instituto britânico de políticas de saúde de Dartmouth, sudoeste da Inglaterra, escreveu um artigo sobre o estudo no BMJ dizendo que “a mamografia é mais incerta do que se pensava”.
“Ela ajuda algumas mulheres, mas também tem a consequência de levar outras a tratamentos desnecessários”, disse ele.
Mas defensores da mamografia defendem o exame como vital para a detecção de células cancerígenas.
A pesquisa foi criticada pela diretora do programa britânico para prevenção do câncer, Julietta Patnick, que sugeriu que os cientistas tenham feito um uso altamente seletivo das estatísticas coletadas e ignoraram mudanças nos estilos de vida das mulheres que estão associados a um aumento nos casos de câncer de mama.
Ela disse que, apenas na Inglaterra, a mamografia salva a vida de 1,4 mil vidas anualmente.
“De cada oito mulheres diagnosticadas com câncer de mama, a vida de uma outra mulher é salva graças à mamografia”, disse.
Estatísticas recentes sugerem que os índices de mortalidade nos três tipos mais comuns de câncer na Grã-Bretanha são os mais baixos desde 1971 por causa de melhorias no tratamento e formas de detecção da doença.
Fonte: BBC
PR: Cidades paranaenses adotam toque de recolher
Meninas e meninos não podem mais frequentar estabelecimentos comerciais que exploram diversão eletrônica, como lan houses, nem permanecer na rua desacompanhados de um responsável após às 22 horas
Algumas cidades do Paraná começam a adotar o toque de recolher destinado a restringir a circulação de crianças e adolescentes à noite. A entrada e a permanência de pessoas com menos de 16 anos desacompanhados dos pais ou responsáveis nas ruas, em clubes, bailes, festas e restaurantes já sofre restrições em Cambará, no Norte Pioneiro, desde junho. A mesma medida está sob discussão em Palotina, Marechal Cândido Rondon e Paranavaí. Apesar de ser contrária à orientação do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda), em Cambará, o toque de recolher é amparado por uma portaria assinada pela juíza Beatriz Fruet de Moraes, com o objetivo de frear os índices de envolvimento de adolescentes em atos infracionais. Pela portaria, eles não podem mais frequentar estabelecimentos comerciais que exploram diversão eletrônica, como lan houses, depois das 22 horas e durante o horário escolar. A regra vale também para os que têm entre 16 e 18 anos, com limite estendido às 23 horas. Os pais que não colaborarem terão de se explicar à Justiça. Já os estabelecimentos podem ser advertidos, multados ou fechados, e, os responsáveis, presos. Para o subcomandante da PM em Cambará, cabo Reinaldo Antônio dos Santos, a medida está surtindo efeito. Ele conta que no primeiro fim de semana de julho não houve qualquer ocorrência envolvendo adolescentes. Antes da nova regra, segundo ele, metade dos atos infracionais era cometida por adolescentes. Hoje, a proporção é de uma ocorrência para cada 30 casos registrados. Em Palotina, a Polícia Civil pediu a implantação do toque de recolher alegando preocupação com o aumento de 30% na criminalidade entre 2008 e o primeiro semestre deste ano. De acordo com a proposta, meninas e meninos não poderão circular pelas ruas a partir das 23 horas sem a companhia dos pais ou ofício concedido pelo Conselho Municipal de Segurança. O delegado Roberto Camargo conta com o apoio da prefeitura e da Câmara. “Não queremos usurpar o direito de ir e vir de ninguém, apenas impor regras de proteção”, diz. O Ministério Público é contra a iniciativa. “Antes de uma ideia dessa vingar, é preciso implementar um estatuto e uma estrutura com educadores sociais capazes de atender os jovens em situação de risco”, observa o promotor de Justiça Régis Sartori. No Oeste, a proposta encampada pelo Instituto Pais e Filhos, de Marechal Cândido Rondon, está sendo avaliada pelos municípios às margens do Lago de Itaipu. A presidente do Conselho Estadual da Criança e do Adolescente, Telma de Oliveira, afirma que a limitação de horários e locais é inconstitucional. O assunto será debatido nos dias 16 e 17, quando deve ser elaborado um documento em repúdio ao toque de recolher. A juíza da Vara de Infância e Juventude de Foz do Iguaçu, Sueli Fernandes da Silva, acredita que as portarias são desnecessárias e que cabe aos pais orientar os filhos sobre os horários e lugares adequados. De acordo com o Conanda, cinco estados aplicam a restrição: São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Bahia e Paraíba. Em Minas Gerais, promotores estão pedindo ao Tribunal de Justiça a revogação das portarias. A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) estuda entrar com uma ação civil pública contra as portarias.
[Gazeta do Povo (PR) – 10/07/2009]
Cristovam critica tese da reparação financeira para descendentes de escravos
Mesmo admitindo que o tema deva ser abertamente debatido, o senador Cristovam Buarque (PDT-DF) deixou claro, nesta sexta-feira (10), que é contrário à ideia da reparação financeira a todos os brasileiros descendentes de escravos. Em Plenário, ele disse que essa forma de reparação, além de financeiramente insustentável, seria também moralmente condenável, já que não seria lícito pagar o "pecado" da escravidão com dinheiro.
- Esse não é o caminho porque, moralmente, acho que degrada uma compensação em dinheiro para comprar o sofrimento brutal em que viveram os antepassados. Além disso, não tem dinheiro que chegue - disse.
Ao abrir o pronunciamento, o senador informou que o tema da reparação foi debatido em audiência pública, nessa semana, na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH). A ideia é pagar, em parcela única, pelo menos R$ 200 mil a todo brasileiro que comprovar ascendência negra. Considerando que existem no país cerca de 80 milhões de afrodescentes, a medida poderia custar aos cofres públicos valor superior a R$ 16 quatrilhões.
- Esse dinheiro não vai sair dos donos de escravos, porque eles já morreram. Vai sair do Estado; portanto, vai sair do povo, vai sair dos próprios descendentes dos escravos - criticou.
Cristovam lembrou que o país já vem pagando indenizações aos perseguidos políticos do regime militar de 1964, o que ele considera negativo. Como consequência, afirmou, os torturadores podem ficar soltos, já que o Estado "remunerou o sofrimento" dos que lutaram contra a ditadura. Agora, disse o senador, os torturadores se sentem no direito de dizer que "já pagaram o seu pecado".
- Quem lutou, quem enfrentou regime militar, quem sofreu tem que ser sim reparado com nomes de rua, com nomes na História em letras maiúsculas, com o reconhecimento público, com os aplausos pelo heroísmo- afirmou o senador, ressalvando que as indenizações são justificáveis para viúvas e órfãos dos que foram assassinados.
Como lembrou Cristovam, ainda não foi erguido no país um grande monumento em homenagem aos escravos brasileiros, pela contribuição que deram à construção do país. Em sua opinião, esse monumento, no entanto, não deve ser apenas "pedras ou uma escultura", mas também um centro de pesquisas e estudos sobre a experiência da escravidão e de políticas para a superação de seus efeitos.
Mas a verdadeira reparação, conforme o senador, só poderá ocorrer por meio de uma "visão de futuro", com a garantia de educação pública de qualidade para os descentes dos escravos - como salientou, com a vantagem de se tratar de uma política que não discriminaria nenhum outro brasileiro. O que ele disse ser inadmissível é o país continuar considerando como algo normal as grandes diferenças entre negros e brancos - citou que, na média, os negros possuem salários menores, escolaridade inferior e compõem a maior parte da população dos presos nas cadeias e dos analfabetos.
- Se tivéssemos, em 1889, começado um programa de educação para todos, com a inauguração da República, hoje não haveria no Brasil essa imoralidade; não haveria essa vergonha de escondermos, inclusive debaixo do tapete, que não somos racistas, quando o Brasil é um país que trata as raças de uma maneira diferente.
Da Redação / Agência Senado
Foto: Luis Mileu (Olhares)
Comissão discute Estatuto da Criança e do Adolescente e maioridade
Uma cobrança pela efetivação do Estatuto da Criança e do Adolescente e o debate da proposta de redução da maioridade penal são os temas de audiência pública que será realizada pela Comissão de Participação Popular da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, na segunda-feira (13/7/09), às 14h30, no Auditório da ALMG. A reunião acontecerá a requerimento do presidente da comissão, deputado André Quintão (PT).
O deputado acredita que a implantação de políticas que efetivem o Estatuto são prioridade, mesmo diante da discussão relativa à maioridade penal. Só essa implantação, para André Quintão, irá permitir uma avaliação adequada da lei, que completa 19 anos neste 13 de julho. Entre as políticas que precisam ser efetivadas ou ampliadas, ele cita a Escola de Tempo Integral, o combate à desnutrição infantil, criação de oportunidades de profissionalização, apoio sociofamiliar e implantação do sistema de medidas socioeducativas.
Já a sugestão de se discutir o rebaixamento da idade penal de 18 para 16 anos partiu da Associação Brasileira de Magistrados, Promotores de Justiça e Defensores Públicos da Infância e da Juventude (ABMP), que discute a questão em Minas e em outros cinco estados: São Paulo, Rio de Janeiro, Paraíba, Rio Grande do Sul e Santa Catarina. A associação sugeriu o tema porque a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que trata do assunto está pronta para ser votada pela Comissão de Constituição e Justiça do Senado Federal.
Estão convidados a participar da audiência pública o presidente do Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais, desembargador Sérgio Resende; os senadores Eduardo Azeredo (PSDB-MG), Wellington Salgado (PMDB-MG) e Eliseu Resende (DEM-MG); o secretário de Estado de Defesa Social, Maurício de Oliveira Campos Júnior; a promotora de Justiça e coordenadora do Centro de Apoio Operacional às Promotorias da Infância e da Juventude de Minas Gerais, Andréa Mismotto Carelli; a presidente do Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente de Minas Gerais, Fernanda Flaviana de Sousa Martins; e a coordenadora da Frente de Defesa dos Direitos Humanos da Criança e do Adolescente, Karla Nunes.
O deputado acredita que a implantação de políticas que efetivem o Estatuto são prioridade, mesmo diante da discussão relativa à maioridade penal. Só essa implantação, para André Quintão, irá permitir uma avaliação adequada da lei, que completa 19 anos neste 13 de julho. Entre as políticas que precisam ser efetivadas ou ampliadas, ele cita a Escola de Tempo Integral, o combate à desnutrição infantil, criação de oportunidades de profissionalização, apoio sociofamiliar e implantação do sistema de medidas socioeducativas.
Já a sugestão de se discutir o rebaixamento da idade penal de 18 para 16 anos partiu da Associação Brasileira de Magistrados, Promotores de Justiça e Defensores Públicos da Infância e da Juventude (ABMP), que discute a questão em Minas e em outros cinco estados: São Paulo, Rio de Janeiro, Paraíba, Rio Grande do Sul e Santa Catarina. A associação sugeriu o tema porque a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que trata do assunto está pronta para ser votada pela Comissão de Constituição e Justiça do Senado Federal.
Estão convidados a participar da audiência pública o presidente do Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais, desembargador Sérgio Resende; os senadores Eduardo Azeredo (PSDB-MG), Wellington Salgado (PMDB-MG) e Eliseu Resende (DEM-MG); o secretário de Estado de Defesa Social, Maurício de Oliveira Campos Júnior; a promotora de Justiça e coordenadora do Centro de Apoio Operacional às Promotorias da Infância e da Juventude de Minas Gerais, Andréa Mismotto Carelli; a presidente do Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente de Minas Gerais, Fernanda Flaviana de Sousa Martins; e a coordenadora da Frente de Defesa dos Direitos Humanos da Criança e do Adolescente, Karla Nunes.
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Policiais defendem investimento na informatização de registros criminais
A informatização do registro de ocorrências criminais nas delegacias policiais é fundamental para a prevenção de crimes futuros, mas ainda é pequeno o número de estados brasileiros que dispõem da tecnologia necessária para esse serviço. A conclusão é de pesquisadores, gestores públicos e policiais brasileiros e estrangeiros que participam, desde segunda-feira (6), em Brasília, do 18° Simpósio Internacional sobre Criminologia de Ambientes e Análise Criminal.
De acordo com os participantes do simpósio, que termina hoje (10), os departamentos policiais na maior parte do país não têm informações precisas no levantamento de boletins de ocorrência, porque aindanão foram feitos os investimentos necessários na tecnologia apropriada , nem foram capacitados profissionais em número suficiente para lidar com ferramentas informatizadas.
Segundo Alex Canuto, técnico da Secretaria Nacional de Segurança Pública e um dos organizadores do simpósio, isso impede a polícia de realizar uma análise espacial do crime no país. “Precisamos criar a cultura da informatização na polícia. Em muitos estados, a polícia ainda lida com os casos de crimes oralmente, não tomando nota deles”, disse o técnico.
Canuto ressaltou que, quando há informações criminais catalogadas e informatizadas nas delegacias policiais, há precisão no levantamento de boletins de ocorrência, que torna possível a criação de um mapa de “mancha criminal” – um mapeamento que indica os locais e situações onde cada tipo de crime ocorre com mais frequência.
Na opinião de Alex Canuto, isso fornecerá elementos para planejar melhor as políticas de segurança pública no país. “Permitirá executá-las com mais rapidez e mais precisão”, afirmou.
A informatização dos registros criminais é uma das propostas que os organizadores do simpósio pretendem encaminhadas para discussão na 1° Conferência Nacional de Segurança Pública (Conseg), de 27 a 30 de agosto, em Brasília.
Agência Brasil
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Casa, separa, casa, separa. As decisões nunca foram tão rápidas
Apesar de apontado como uma instituição falida, o casamento ainda é muito valorizado. Com mulheres mais independentes e homens menos poderosos, entretanto, as crises estão mais comuns e a tolerância, menor. Muitas vezes, desiste-se do laço na hora da raiva e logo partese para outra, sem dar o tempo necessário para refletir se há amor e se vale a pena insistir.
Muitas pessoas criticam o casamento, mas depois de se separarem casam-se novamente. São otimistas. Não acreditam que o problema esteja na instituição, mas sim na pessoa escolhida. Aí, não desistem de tentar, achando que vão encontrar a felicidade por intermédio do outro e sempre apostando no parceiro seguinte.
A cada tentativa, fazem festas superproduzidas, com bolos incríveis, vídeos, shows. Alguns insistem porque valorizam o simbolismo da cerimônia, outros, porque querem garantir os direitos legais que provêm do matrimônio.
Sejam quais forem os motivos, o fato é que, apesar dos divórcios e complicações, e de se repetir incansavelmente que o casamento está falido, ele continua forte. Os parceiros é que já não são os mesmos.
Antigamente se casava pensando que era para sempre, e muitas vezes convivia-se com a infelicidade eternamente, mas ninguém pensava em separar-se.
Como diz a comédia, para a mulher era assim: "Não sou feliz, mas tenho marido".
Hoje, com a independência financeira das mulheres, as coisas mudaram. Se ela ganha o próprio dinheiro, tem casa, amigos, hobbies, pode sair com amigas, só precisa se casar se encontrar alguém que a complete afetivamente, por quem tenha atração sexual, que seja carinhoso, cúmplice, leal.
O homem, por sua vez, precisa aprender a lidar com a perda de poder.
Mas, mesmo quando tudo se encaixa, há momentos de crise em um casamento.
Os motivos? Um dos dois se interessa por outra pessoa ou se cansa da rotina, há falta de dinheiro, doença, mentiras, traição. Sem falar na perda de liberdade.
Quando tudo está bom, não se pensa nela, mas se há uma crise volta o desejo de estar só, aparece a vontade de se separar. Alguns entram em depressão.
Por um lado, acham que devem jogar tudo para o ar, querem ficar sós, encontrar outro parceiro.
Por outro, pensam no que vão perder: o amor, se ele existe, a casa organizada (ou não), a família do outro, o convívio com os filhos e por último, mas não menos importante, tem a parte financeira.
Quem se separa (a não ser que seja muito rico), sempre fica mais pobre.
Afinal, o valor das contas dobra.
Então, o que seria um motivo legítimo para uma separação? Bem, em algumas situações, pelo perigo que representam, ela é necessária.
Falo de violência física ou psicológica, de parceiros alcoólicos ou drogados.
Para outras circunstâncias o desfecho depende do limite pessoal dos envolvidos.
Há casais que, juntos, conseguem resolver casos de traição, de falta de dinheiro, de diferenças de opinião, até de desinteresse sexual.
Os dois abrem o coração e encontram o jeito de se reaproximar.
Às vezes, procuram uma terapia de casal.
O que nunca se deve fazer é separar-se no momento da raiva, por impulso ou por vingança.
A decisão deve ser pensada e discutida com um amigo, um terapeuta. Quando estamos tomados pela raiva, pela humilhação, pelo ciúme, devemos esperar a cabeça esfriar e depois nos dar um tempo para refletir sobre as consequências da escolha.
Depois de um ou dois meses teremos condição de saber o que é melhor. Se concluirmos que ainda há amor, que podemos perdoar, ou nos desculpar, então é voltar atrás e reatar sem mágoas, podendo renovar o amor e sabendo que na presença dele dá para sobreviver a qualquer crise.
Leniza Castello Branco, psicóloga e analista junguiana na capital paulista, é membro da Sociedade Brasileira de Psicologia Analítica (SBPA).
E-mail: leniza@castellobranco.com
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Programa Participação Popular debate o toque de recolher para adolescentes
Em São Paulo, três cidades já adotam o toque de recolher para adolescentes: Ilha Solteira, Fernandópolis e Itapura. Os juízes da Infância e da Juventude das cidades, que ficam na região noroeste do estado, estão adotando a medida para diminuir o número de ocorrências com crianças e adolescentes nas ruas da cidade. A portaria determina que, sem a companhia dos pais, crianças e adolescentes de até 13 anos só poderão ficar nas ruas e em locais públicos até as 20h30. Os jovens entre 14 e 15 anos terão que se recolher até as 22 horas e os que tiverem entre 16 e 17 terão que voltar para casa até as 23 horas. Além disso, os menores de 16 anos estão proibidos de frequentar lan houses. Quem for flagrado fora do horário estipulado será levado para o Conselho Tutelar e entregue aos responsáveis. Já quem for pego praticando delito poderá ser condenado a prestação de serviço público e até ser recolhido para a Fundação Casa, uma espécie de Febem.
Os jovens das cidades consideram a decisão muito enérgica, ditatorial, mas os pais apoiam. O que vai acontecer se a moda pegar? Os pais perderam a autoridade sobre os filhos, por isso, a decisão judicial? Esta é a discussão do Participação Popular.
As perguntas foram respondidas pelos deputados Dr. Paulo César (PR-RJ) e Alice Portugal (PCdoB), Evandro Pelarin (Juiz de Direito da 1.ª Vara Criminal e da Infância e da Juventude de Fernandópolis/SP), Mario Volpi (Coordenador do programa Cidadania dos Adolescentes – UNICEF Brasil), os estudantes Lucas Monteiro e Natália Pereira.
Os jovens das cidades consideram a decisão muito enérgica, ditatorial, mas os pais apoiam. O que vai acontecer se a moda pegar? Os pais perderam a autoridade sobre os filhos, por isso, a decisão judicial? Esta é a discussão do Participação Popular.
As perguntas foram respondidas pelos deputados Dr. Paulo César (PR-RJ) e Alice Portugal (PCdoB), Evandro Pelarin (Juiz de Direito da 1.ª Vara Criminal e da Infância e da Juventude de Fernandópolis/SP), Mario Volpi (Coordenador do programa Cidadania dos Adolescentes – UNICEF Brasil), os estudantes Lucas Monteiro e Natália Pereira.
Fabrício Rocharn
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Ibatiba: mãe morre de desgosto pelo falecimento do filho
Foi sepultada nesta quinta-feira (09), em Ibatiba, a mãe de um rapaz que morreu há dez dias. Familiares dizem que a aposentada morreu de desgosto, inconformada com a morte do filho, de 26 anos. Amigos e parentes dizem que ele não teve o atendimento adequado, nem da polícia e nem dos médicos. No velório, familiares e amigos da aposentada Dercy da Silveira estavam emocionados. Ela morreu na quarta (08), por causa de problemas no coração. Era mãe de Marco Antônio de Amorim, morto aos 26 anos, por espancamento depois de uma discussão. Para o irmão de Marco Antônio, a mãe morreu de tanta tristeza. "A mamãe adorava o meu irmão, éramos só dois filhos. Quando ela soube que ele tinha falecido, ficou em desgosto completo", lamenta João Antônio Sodré, que, agora, luta por justiça. Ele não quer que a morte de irmão caia no esquecimento: "Não foi só com meu irmão, não. Já aconteceu várias vezes e ninguém toma providência para que outras famílias não sofram o que a gente esá passando", argumenta. Marco Antônio foi morto em um estacionamento de ônibus escolares. No dia da morte, acontecia uma festa, "a festa da paz". O inquérito policial aponta que dois homens, um deles menor de idade, teriam jogado a vítima no chão e agredido-a com socos e chutes na cabeça. Um amigo de Marco viu a briga e diz que a Polícia Militar e os funcionários do Pronto Atendimento da cidade não atenderam a vítima da melhor maneira./"O Marco foi espancado. Fomos pedir socorro e o policil disse: 'não posso sair daqui agora, não'. Cheguei no pronto socorro e expliquei para enfermeira que Marco não estava só bebado, mas espancado. Aí o doutor falou: 'ele foi medicado sobre o alcoolimso e sobre os hematomas das agressões que sofreu'. Marco ficou uns quarenta minutos no pronto-socorro e depois foi liberao pelo doutor", conta o pedreiro Valter Pacheco. O coordenador do Pronto Atendiemtno de Ibatiba nega. "Isso não foi relatado. Foi relatado simplesmente que Marco Antônio teria jogado uma latinha de cerveja na cabeça. Tanto que não havia hematonas nem perfurações nem nada até então", contestou João Batista do Amaral. Mas o boletim do paciente indica: Marco Antônio deu entrada à meia noite e vinte do último dia 28. O motivo do antendimento é claro: agressão física. "Ninguém está tentando esconder nada .Tosdos os procedimetnos foram feitos", defende-se o coordenador do PA. Investigações A polícia investiga o caso. "Todos estão sendo investigados, desde a segurança da festa até o atendimento no pronto-atendimento. Se não atuaram conforme as regras técnicas, poderão ser responsabilizados", afirma o delegado de Ibatiba, Luiz Carlos Pascoal. O major Welington, da Polícia Militar de Iúna, disse que já abriu uma apuração interna para descobrir se os policiais negaram atendimento a Marco Antônio Batista ou não. Quanto à agressão, o menor que teria participado do espancamento foi apreendido e um homem maior de idade está foragido. Sobre a causa da morte, o laudo da perícia ficou pronto. Marco Antônio morreu por conta de traumatismo craniano. Crescem homicídios em Ibatiba O número de homícidios de batiba aumentou este ano. Dados da Polícia Civil do município mostram que foram dois homicídios no primeiro semestre de 2008 e cinco no mesmo período deste ano.
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Rapaz é morto pelo padrasto da noiva na véspera do casamento, diz polícia
José Ronaldo de Oliveira, 28 anos, foi morto com um tiro de garrucha na nuca, nesta quinta-feira (9), véspera de seu casamento, em Uberaba (MG).
Segundo a polícia, o principal suspeito seria o padrasto da noiva. O sepultamento da vítima estava programado para esta sexta-feira (10), no Cemitério da Medalha Milagrosa, na mesma cidade.
A vítima celebraria sua união no cartório de Uberaba, na manhã desta sexta-feira, data em que os convidados e padrinhos do casamento participaram do velório dele.
De acordo com a polícia, o crime aconteceu na casa onde mora a sogra da vítima. Oliveira foi morto após uma discussão com o padrasto da noiva, que está foragido. O motivo do crime ainda está sendo investigado, mas a suspeita é de ciúmes, pois a noiva está grávida.
Ainda segundo a polícia, existe a suspeita da relação do crime com magia negra, pois foram encontrados, na casa do padrasto, bonecos representando noivos em meio a uma mesa de búzios. Os bonecos estariam cobertos de alfinetes e cercados de velas.
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