sábado, 19 de dezembro de 2009

Médicos retiram agulhas do coração e do pulmão de menino de 2 anos internado na Bahia


SÃO PAULO e SALVADOR - Após mais de quatro horas de cirurgia, os médicos retiraram quatro - duas no coração e duas no pulmão - das dezenas de agulhas espalhadas pelo corpo do menino de dois anos que está internado no Hospital Ana Neri, em Salvador (BA). Uma das agulhas havia transfixado o coração, provocando endocardite, uma infecção no órgão, detectada por causa da febre que o garoto teve durante a madrugada. A outra havia perfurado o pulmão. Participaram da intervenção cinco médicos, entre eles cardiologistas e pediatras. Boletim médico será divulgado neste sábado.

(Leia também: No Maranhão, criança de 2 anos vive com cinco agulhas pelo corpo )

Segundo a assessoria de imprensa do hospital, além da cirurgia desta sexta-feira, os médicos pretendem fazer outras duas operações para retirar agulhas, em dias ainda a serem definidos: uma no abdômen e uma terceira na coluna cervical.
O que preocupa mais os especialistas não é a quantidade de agulhas, mas a localização delas.
- A trajetória da agulha no coração indica que houve intenção de atingir um órgão vital - disse o diretor médico do Hospital Ana Néri, Roque Aras.
A mãe dele, segundo os médicos, não tem percepção da gravidade da situação do filho.
As agulhas foram colocadas pelo padrasto da criança, por vingança .
Nesta quinta-feira, o padrasto do menino, que confessou ter colocado as agulhas , deu detalhes sobre o crime. Roberto Carlos Magalhães, 30 anos, disse que comprava as agulhas e entregava a Angelina Capistana Ribeiro dos Santos, de 47 anos. A orientação para introduzir agulhas na criança teria sido dada por uma mulher que se diz mãe de santo, Maria dos Anjos do Nascimento, de 56 anos. Angelina nega e diz que está sendo acusada injustamente. Os três tiveram prisão preventiva decretada.
- A criança permanecia consciente e chorava muito - disse o delegado responsável pelo caso, Hélder Fernandes Santana.
O ritual teria sido feito porque Magalhães queria se vingar da companheira, a mãe do menino, com quem vivia há seis meses. Ele disse que levava o menino para a casa de Angelina, onde as agulhas eram introduzidas. O garoto era ainda obrigado a beber a água que tinha sido usada para lavar as agulhas. O padrasto disse que as agulhas foram introduzidas num período de um mês.
Os três acusados tiveram prisão decretada e serão indiciados por tentativa de homicídio. O menino, porém, corre o risco de morrer e poderá ter de passar o resto da vida com algumas das agulhas no organismo.
Além dos órgãos vitais, os médicos devem retirar agulhas do abdômen. Apenas as que não ameaçam a vida da criança devem ser mantidas, para evitar o risco de alguma complicação.
Professora do departamento de cirurgia da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), a médica Simone de Campos Vieira Abib contou que já atendeu uma criança que sobreviveu a um caso semelhante.
Mas a médica afirma que, se o objeto estiver perto de um grande vaso ou órgão, deve ser removido. Ela ressalta que é preciso avaliar o dano que as agulhas causaram, não necessariamente a presença delas no corpo.
- É possível que a retirada delas seja muito mais traumática. É preciso mover tecidos até chegar à agulha, o que danifica as estruturas na tentativa de achá-la dentro de um músculo, por exemplo. Não é só puxar - afirma.


O Globo

Cientistas acham cratera submarina que pode ser de meteorito

Imagens foram feitas com sistema de sondagem especial (imagem: EMEPC)


Cientistas portugueses encontraram uma depressão no fundo do Oceano Atlântico, ao sul das ilhas de Açores, que dizem poder se tratar de uma formação resultante do impacto de um meteorito.

A depressão tem um formato circular, com seis quilômetros de diâmetro e uma ampla cúpula e, devido ao seu formato, foi chamada de "Ovo Frito".
Os cientistas calculam que a colisão ocorreu em algum momento nos últimos 17 milhões de anos.
"Para termos certeza, precisamos coletar amostras e fazer um perfil das camadas de sedimento para determinar se as formações são resultantes de um impacto", afirmou o cientista Frederico Dias, do grupo de pesquisa Estrutura de Missão Para a Extensão da Plataforma Continental (EMEPC).
"Precisamos também verificar todos os sinais que são consistentes com um impacto de alta velocidade, como vidro gerado no derretimento e, claro, escombros; e os chamados cones estilhaçados (rochas que sofreram choque)", acrescentou o pesquisador em entrevista à BBC.
Os cientistas também encontraram outra formação semelhante, porém menor, a oeste da primeira formação.
Dias apresentou a descoberta do suposto impacto na Reunião de Outono da União Geofísica Americana em San Francisco, Estados Unidos, a maior reunião anual de cientistas especializados em geofísica.

Picos centrais
A cratera, identificado pela primeira vez durante uma análise para mapeamento da plataforma continental portuguesa, em 2008, está a uma profundidade de dois quilômetros abaixo do nível do mar, a cerca de 150 quilômetros do arquipélago de Açores.
A cúpula no centro da cratera - que seria a "gema" do Ovo Frito - tem cerca de três quilômetros de diâmetro e cerca de 300 m de altura.
Ela é cercada por uma vala em anel que fica de cerca 110 m abaixo do solo ao redor da cratera.
Os cientistas portugueses já descartaram a possibilidade de a formação ter origem vulcânica, pois eles não encontraram vestígio de fluxo de lava dentro da estrutura ou em seus arredores.
A segunda cratera encontrada pelos cientistas fica a oeste da primeira formação, entre três e quatro quilômetros de distância, e é bem menor.
"Fica bem ao lado. Se o 'Ovo Frito' é uma cratera, esta (formação) também pode ser uma", afirmou Frederico Dias.
A equipe de cientistas portugueses já tem uma terceira expedição à região marcada para o começo de 2010 e, nesta viagem, vão usar um veículo operado por controle remoto para tentar recolher amostras do fundo do mar para análise.
A apresentação dos detalhes a respeito da formação perto de Açores na reunião em San Francisco dividiu os cientistas participantes a respeito da teoria do impacto de um meteorito, de acordo com Dias.
"Mesmo se não for uma cratera formada por um impacto, ainda assim é uma formação interessante", afirmou o cientista português.

Jonathan Amos


BBC Brasil

Pai é condenado por matar a filha em crime de honra na Grã-Bretanha

Um homem turco radicado na Grã-Bretanha foi condenado a pelo menos 22 anos de prisão pelo assassinato de sua filha de 15 anos, que mantinha uma relação amorosa com um homem com a qual sua família não concordava.

Tulay Goren desapareceu em janeiro de 1999 após iniciar um relacionamento com um colega de trabalho 15 anos mais velho e de uma corrente diferente do islamismo que sua família.
O corpo da adolescente, que teria dito a uma amiga que estava grávida pouco antes de desaparecer, nunca foi encontrado.
Durante o julgamento o promotor Jonathan Laidlaw disse que Mehmet Goren, de 49 anos, matou a filha adolescente “para restaurar a chamada honra da família”, mas advertiu que o termo “honra” é uma “maneira espantosa e inapropriada” para “dignificar” o crime.
Dois tios da adolescente, Cuma Goren, de 42 anos, e Ali Goren, de 55, que eram acusados de conspirar com Mehmet para assassiná-la, foram absolvidos.
Os três foram ainda absolvidos da acusação de conspirar para assassinar o namorado de Tulay, Halil Unal, entre maio de 1998 e fevereiro de 1999. Mehmet já havia cumprido três anos de prisão por um ataque frustrado a Unal 13 dias após o desaparecimento da filha.
A acusação contou com a ajuda da mãe da adolescente, Hanim, que testemunhou contra o marido.

‘Personalidade violenta’
O juiz do caso disse que as tentativas de Goren de se caracterizar como “um homem de família moderno e iluminado” não convenceram o júri.
“A realidade é que seu sorriso enigmático esconde uma personalidade dominadora e violenta”, disse ele ao assassino.
“Sua mulher, Hanim, finalmente teve a coragem de se libertar da dominação e de revelar o que ela sabia sobre o que você fez em janeiro de 1999”, afirmou o juiz.
Segundo ele, Goren dispôs do corpo da filha “com tal engenhosidade que ele talvez nunca seja encontrado”.
“Não há nada honroso em uma prática tão horrenda ou sobre as pessoas que a praticam”, disse.

Beijo de adeus
Segundo o relato ouvido pelo júri, Mehmet Goren pediu no dia 7 de janeiro de 1999 ao filho Tuncay que desse um beijo de adeus à irmã Tulay na casa da família no norte de Londres, porque ele não a veria mais.
Mehmet seria contrário ao relacionamento da filha com Halil Unal, então com 30 anos, a quem ela havia conhecido na fábrica em que foi fazer um estágio.
Segundo o relato ao tribunal, Unal é um muçulmano sunita, enquanto a família Goren é da comunidade muçulmana alevi.
Apesar das diferenças, as duas famílias eram originárias de duas localidades na Turquia distantes apenas cerca de cem quilômetros uma da outra.

Suspeitas
Apesar da prisão de Mehmet pelo ataque a Unal, a polícia só começou a suspeitar do pai sobre o desaparecimento da filha dois meses após o crime.
Durante o julgamento, a mãe da adolescente, Hanim, de 45 anos, gritou com o marido e pediu que ele conte o que fez com a filha.
A irmã mais velha de Tulay, Nuray, de 28 anos, também pediu ao pai que conte à família onde a garota foi enterrada.
“Para o meu pai, eu tenho apenas um pedido. Peço que ele finalmente revele onde está minha irmã”, afirmou Nuray.
“Eu acordo todas as noites imaginando onde Tulay pode estar. Em momentos mais tranquilos durante o dia, fico me perguntando se ela sofreu ou se sabia o que a esperava”, disse.


Copenhague: Países pobres se recusam a endossar ‘acordo’


Horas depois do anúncio de um acordo em Copenhague feito na televisão pelo presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, diversos países em desenvolvimento afirmaram, de madrugada, na plenária da conferência das Nações Unidas sobre mudança climática, que não vão endossar o documento.

Isso quer dizer que o documento acertado entre Estados Unidos, China, Brasil, Índia e África do Sul no início da noite de sexta-feira não deve ser reconhecido como resultado da 15ª conferência da ONU sobre o clima.
Tuvalu foi a primeira delegação a pedir a palavra, pouco depois de o presidente da reunião, o primeiro-ministro dinarquês, Lars Loekke Rasmussen, ter suspendido a plenária por uma hora, “para apreciação do texto”.
“Em termos bíblicos, parece que estão nos oferecendo 30 peças de prata para trair o nosso povo. Nosso futuro não está à venda. Lamento informá-lo de que Tuvalu não pode aceitar este documento”, disse o representante do pequeno país insular.

Irritação
Em seguida, discursaram representantes da Venezuela, Bolívia, Cuba, Costa Rica e Nicarágua – todos criticando duramente o processo que levou à criação do acordo anunciado por Obama e afirmando que não pretendem aceitá-lo.
O clima de irritação ficou ainda mais evidente quando o representante dos Estados Unidos, Jonathan Pershing, pediu a palavra.
Ele se preparava para falar quando representantes da Nicarágua, de pé e com as mãos abanando, o interromperam, exigindo a atenção de Rasmussen.
Depois de quase cinco minutos de indecisão e trocas de explicações, a Nicarágua acabou discursando, antes do representante americano.
O país centro-americano apresentou documentos da convenção do clima da ONU e pediu a suspensão da reunião e a reconvocação dela em junho de 2010.
Por volta das 4h de sábado (1h, em Brasília), o presidente da conferência a suspendeu “por alguns minutos”.

Consenso
O protocolo das Nações Unidas aceita apenas decisões por unanimidade, de forma que o anúncio de apenas um país já seria suficiente para inviabilizar um acordo em Copenhague.
Pouco antes da retomada dos trabalhos na plenária, o presidente da Comissão Europeia, Manuel Durão Barroso, também se disse frustrado com o documento anunciado como acordo de Copenhague.
“Este acordo é melhor do que nenhum acordo. Tem coisas boas e coisas não tão boas”, sintetizou Durão Barroso.
Uma reunião de mais de duas horas selou a posição conjunta entre americanos e os chamados países BASIC (Brasil, África do Sul, Índia e China), defendendo ações para limitar o aumento da temperatura a 2ºC, sem no entanto, prever metas para países desenvolvidos.
“O que nós fizemos, foi procurar resgatar alguma coisa daqui, desbloquear essa questão do MRV (“mensurável, reportável e verificável”, no jargão), que estava bloqueando qualquer entendimento”, afirmou o embaixador extraordinário para mudança climática do Itamaraty, Sérgio Serra, acrescentando que Lula teve um papel de “protagonismo”.
A operação de “resgate”, no entanto, acabou revoltando representantes de diversas delegações do bloco dos países em desenvolvimento, o G77.
“Os eventos de hoje representam o pior acontecimento na história das negociações sobre mudança do clima. O Sudão não vai assinar esse acordo”, afirmou o embaixador Lumumba Di-Aping, negociador-chefe sudanês, um dos primeiros a manifestar a insatisfação com o documento publicamente.

Eric Brücher Camara

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Ministério da Saúde lança Campanha contra o Crack

Crianças e adolescentes ultrapassam tempo recomendado em frente à TV

Rio de Janeiro - A Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar divulgada hoje (18) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostra que os estudantes passam mais horas do dia em frente à TV do que recomenda a Organização Mundial da Saúde (OMS). Cerca de 490 mil alunos entre 13 e 15 anos, das redes pública e particular, foram entrevistados durante o levantamento.
De acordo com o estudo do IBGE, 79,5% deles assistiam à TV por duas ou mais horas, enquanto a OMS recomenda que esse tempo não ultrapasse uma hora diariamente. O hábito de assistir à TV por mais de duas horas foi citado por 74% dos estudantes de Boa Vista e por 83% de Cuiabá.
Embora gastem horas em atividades sedentárias, a pesquisa do IBGE constatou que nem a metade dos entrevistados (43,1%) praticava atividade física regularmente (mais de cinco horas por semana). O percentual de homens ativos é maior que o das mulheres, 56,2% contra 31,3%.
Na rede privada, os alunos também são considerados mais adeptos às atividades físicas. Considerado um fator desestimulante para a prática esportiva, o aumento do tempo em frente à TV, ao computador e videogame podem provocar o sobrepeso e obesidade. “Esse tempo está associado ao consumo de alimentos calóricos, refrigerante e baixo consumo de frutas e vegetais, além de pouco gasto de energia”, alerta a pesquisa.

Isabela Vieira


Agência Brasil

IBGE: mais de 70% dos estudantes entre 13 e 15 anos já consumiram bebida alcoólica


Rio de Janeiro - Mais de 70% dos estudantes entre 13 e 15 anos já experimentaram bebida alcoólica, cerca de 24,2% já fumaram cigarro e 8,7% usam droga ilícita. Os dados constam da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE), feita com cerca de 490 mil estudantes, divulgada nesta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A cidade de Curitiba (PR) apresenta o maior percentual (9,9%) de estudantes que consumiram cigarros nos últimos 30 dias antes da pesquisa (independentemente da frequência ou intensidade) e também de adolescentes que já experimentaram o produto uma vez na vida (35%). Em seguida, está Campo Grande (MS) onde 32,7% declararam ter experimentado o cigarro, e 9,3%, ter fumado nos últimos 30 dias.
A pesquisa também relaciona a atitude das crianças que fumaram à influência exercida pelos pais fumantes e constatou que 31% dos estudantes tinham responsáveis que fumavam. "A adoção de comportamentos prejudiciais à saúde é influenciada por uma série de fatores, dentre os principais está o exemplo vindo da família", diz o texto. O estudo destaca que o tabaco é "um dos determinantes para o desencadeamento de doenças crônicas" e que, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), é líder nas causas de mortes evitáveis em todo o mundo. Segundo estimativas, o tabaco deve provocar cerca de 8 milhões de mortes nos próximos 20 anos.
Em relação à bebida alcoólica, a PeNSE mostra que 22,1% já se embriagaram e revela que as meninas (73,1%) experimentam mais as bebidas que os meninos (69,5%). Além disso, o consumo é maior entre os alunos de escolas privadas, 75,7% contra 70,3% das escolas públicas.
Os estudantes conseguiram a bebida alcoólica em festas (36,6%), em supermercado, loja ou bar (19,3%). Mais 15,8% admitiram que beberam com amigos e 12,6%, em casa.
Entre as capitais pesquisadas, Curitiba também tem o maior percentual de adolescentes que já se embriagaram (30%) e que já consumiram algum tipo de droga ilícita (13,2), tais como maconha, cocaína, crack, cola, loló, lança perfume, ecstasy.


Uma Carta Aberta ao João Paulo Lins e Silva.


Dezembro 17, 2009 às 10:20 pm

Prezado Dr. João,

Parabens.

Parabens por ter, pela sua influência no sistema de justiça brasileira (e hoje uso a palavra “justiça” com certa ironia), guarantido que o Sean Goldman passe mais um Natal longe de seu pai.
Parabens por ter, mais uma vez, demonstrado ao mundo que o sistema judiciário deste grande país pode ser manipulado pelos ricos e poderosos. Sei que, para fazer isto, teve que arrazar novamente a vida do David Goldman, deixando-o voltar ao seu país mais uma vez sem o seu filho. Mas, com certeza este é um sácrifício que precisava ser feito.
Com certeza haverá celebração na sua casa hoje a noite. Espero que o som das rizadas, o “pop” do abrir das garrafas de chamaigne, o tom da música alta, possam esconder o grito de sua consciência. E depois que todos os convidados, os colaboradores, os familiares forem embora, talvez seja bom tomar uns remédios para não ficar pensando no pai que você deixou sozinho, desolado, chorando no quarto do hotel.
Seria interessante saber quais as desculpas que passam pela sua cabeça nesses momentos de refelxão pessoal. Podemos adivinhar algumas, pois devem ser as mesmas que você e seus colaboradores coloquem na mídia.
É pelo bemdo menino. Mas como explicar que o bem do menino é involve ficar longe de seu pai? Você não pensou no bem do menino quando ajudou a mãe dele o sequestrar. E agora quer usar essa desculpa esfarrapada. É melhor procurar outra.
Os familiares dele estão aqui. Fora um–o pai. E esse um é mais importante do que todos os outros. Vá, tente outra.
O Brasil precisa dizer “não” aos Estados Unidos. Sério? Você vai tentar se esconder atrás do patriotismo? Talvez isso teria funcionado no tempo do odiado “georgebooshe”, mas agora estamos na época do Obama, os EUA estão em pleno crise financeira é não pode mais cumprir seu papel de “Evil Empire”. Na verdade, você está estragando a imagem de seu país (e meu, por adoção). No futuro, quando você quer saber porque o Brasil não se livra da imagem de terceiro mundo, você pode olhar no espelho e encontrar a resposta.
O fato inescapavel é este: por todo o seu dinheiro, influência familiar e reputação de carreira, você não passa de um sequestrador–do mesmo nível daqueles que atualmente assolam a cidade de Rio de Janeiro.
Mas já que este site é de tema teológico, vamos colocar um contexto bíblico nesta história toda. Pensamos no rei Davi. Ele cobiçou a Batseba, esposa de outro homem. Depois de ter feito o inexcusável com ela, ele precisou tirar o marido do quadro. Para fazer isso ele usou os meios “legais” ao seu dispor para se livrar do coitado do Urias–ele o matou. (Se por acaso você não conhecer essa história, pode ler aqui.)
Os paralelos são fascinantes. Daví roubou a esposa de outro homem, e tirou-lhe a vida. Você roubou a esposa de outro homem, e tirou-lhe o filho. Tem, porêm, uma diferênça pequena: Daví matou Urias de vez. Você está matando David Goldman aos poucos.
Quando Davi–profundamente arrependido–refletiu sobre seu pecado, ele fez a seguinte súplica a Deus:

Contra ti, contra ti somente, pequei, e fiz o que é mau diante dos teus olhos; de sorte que és justificado em falares, e inculpável em julgares.

E aquí nós temos o que representa, para você, o seu problema maior. Você está pecando contra Sean Goldman, David Goldman, o sistema de justiça, o acordo de Haia, a nação americana e a nação brasileira. Mas, no final das contas, o seu pecado maior é diante de Deus–o Criador e Mestre do Universo. Ele não representa a justíca, Ele é a justiça. Veja Deutoronômio 10:17-18:

Pois o Senhor vosso Deus, é o Deus dos deuses, e o Senhor dos senhores, o Deus grande, poderoso e terrível, que não faz acepção de pessoas, nem recebe peitas, que faz justiça ao órfão e ã viúva, e ama o estrangeiro, dando-lhe pão e roupa.

Diante de um Deus desse, meu caro J0ão Paulo Lins e Silva, você está ferrado. Eu não sei quais as “contribuições” que você anda dando para os juizes e legisladores, mas com Deus não existe isso. E a causa de David Goldman é a causa dEle.
É claro que existe saída. Você pode fazer que nem o Daví–se arrepender diante de Deus. Você pode conhecer o perdão oferecido a todos os homens através de Jesus Cristo. E, com essa nova perspectiva da vida, você pode entregar amanhã o Sean Goldman ao seu pai.
Você pode…mas desconfio que não vai.
Então, parabens por ter mais uma vez vencido (ou subornado) a justiça brasileira.

E boa sorte com a justiça divina.

Atenciosamente:
Andrew Comings


Menina morre após ser feita de 'escudo humano' por padrasto em Natal


NATAL - Uma menina de 4 anos morreu depois de ser obrigada pelo padrasto a servir como "escudo humano" em Felipe Camarão, em Natal, no Rio Grande do Norte. O homem colocou a criança em sua frente para se proteger de disparos feitos por um desafeto. A menina brincava com a irmã em casa na noite de quarta-feira, quando o padrasto a colocou no colo para se defender dos tiros. Os moradores do bairro estão revoltados com o caso.
Segundo policiais, um rapaz conhecido como "Djon" teria atirado contra o padrasto da menina, Aldecir Virgílio da Silva, que tem passagens pela polícia. De acordo com os policiais, "Djon" atirou em Silva por causa de uma antiga rixa entre os dois.
- Depois que ele levou um tiro na perna, para não levar outro, colocou a menina na frente. Aí o tiro foi e pegou no peito dela. Matou na hora - disse um tio da criança.


quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Frente Nacional pela Legalização do Aborto realiza Assembleia


A ABONG acompanha e participa, por meio de suas associadas, da luta pela legalização do aborto e pela não criminalização das mulheres que recorrem à essa prática.

Entre os dias 6 e 7 de dezembro, 150 mulheres, vindas de todos os cantos do país, participaram da I Assembleia da Frente Nacional pelo fim da criminalização das mulheres e pela legalização do aborto, realizada em São Paulo, no sindicato dos químicos.
Durante a atividade, foram discutidas perspectivas e estratégias da luta para o ano de 2010, além de meios para mobilizar demais movimentos e organizações para a causa.
A Assembleia produziu uma declaração final (veja abaixo) e quatro moções e apoio ao MST, pela laicidade do ensino público (a ser direcionada à Conferência Nacional de Educação), pela construção de uma campanha pela legalização do aborto pelo Conselho Nacional de Direitos da Mulher e contra a criminalização das mulheres na mídia (a ser direcionada à Conferência Nacional de Comunicação).

DECLARAÇÃO FINAL DA ASSEMBLEIA DA FRENTE NACIONAL PELO FIM DA CRIMINALIZAÇÃO DAS MULHERES E PELA LEGALIZAÇAO DO ABORTO.

Recrudesce no Brasil um processo de criminalização dos movimentos sociais, organizações e militantes. Isto para bloquear o avanço das lutas por direitos e transformação social. No caso da luta das mulheres não é diferente.
Forças patriarcais tradicionais, constituídas pelas oligarquias, a ultra direita fascista e setores fundamentalistas das igrejas cristãs, nos últimos anos deslancharam um processo de perseguição e criminalização da luta das mulheres por autonomia e autodeterminação reprodutiva atingindo em primeiro lugar as mulheres que recorreram a prática do aborto e aqueles/as que as apóiam.
Numa perversa aliança entre neoliberais e conservadores, vivemos uma conjuntura de cerceamento do direito ao debate democrático sobre a problemática do aborto, ao mesmo tempo em que cresce no Estado o poder e influência destas forças. Ocupam o parlamento, os espaços de controle social e avançam no controle da gestão da rede pública de educação e de saúde, e nesse caso, ameaçando os princípios do SUS com impacto negativo na qualidade do atendimento às mulheres. Dados de estudos e pesquisas sobre a mortalidade de mulheres comprovam que, pela magnitude da proporção de mulheres negras mortas nos serviços de saúde, configura-se num verdadeiro genocídio perpetrado pelo Estado brasileiro contra esta população.
As forças patriarcais, religiosas ou não, atuam também na base dos partidos políticos e movimentos sociais, disputando ideologicamente o debate de projeto de sociedade junto à juventude e à ampla parcela cristã dos/as militantes e dirigentes. Por este estratagema tentam impor sua doutrina religiosa, visão de mundo e visão sobre as mulheres, a sexualidade e a reprodução humana.
A adesão ao ideário conservador no campo da sexualidade e reprodução construiu as contradições que hoje enfrentamos nos partidos de esquerda e nos movimentos do campo democrático popular, que, construindo um projeto libertador, recuam em propostas libertárias quanto à autonomia das mulheres.
Hoje no Brasil, parte dos algozes da inquisição com suas vestes e capuzes tem uma nova face: o paletó, o jaleco branco, a toga, que no legislativo, nos tribunais, serviços de saúde, delegacias se arvoram a prender, julgar, punir e condenar as mulheres que, em situação limites de sua vida, optaram pela prática do aborto como ultimo recurso diante de uma gravidez indesejada.
Temos hoje uma das piores e mais reacionária legislatura no Congresso Nacional desde a ditadura, que ataca os movimentos sociais pela via das CPIs, entre elas a CPI do Aborto, ao mesmo tempo em que aprova a concordata entre o Brasil e o Vaticano, uma ameaça ao princípio da laicidade do Estado brasileiro.
Nesta conjuntura, nós integrantes da Frente Nacional pelo Fim da Criminalização das Mulheres e pela Legalização do Aborto reafirmamos:

nosso compromisso com a construção da Frente formada por movimentos sociais e setores democráticos brasileiros;

nosso compromisso com a defesa radical das mulheres e movimentos sociais engajados nas lutas sociais;

nosso compromisso de não abandonar e prestar solidariedade a todas as mulheres que precisaram recorrer ao aborto,

nosso compromisso com a construção de um Brasil justo e democrático.

Convocamos todas as mulheres a mobilizarem sua inquietude, rebeldia e indignação na luta feminista em defesa das mulheres;

Convocamos os setores democráticos a somarem-se em aliança contra a criminalização das mulheres e dos movimentos sociais;

Não aceitamos qualquer proposta de plebiscito sobre o tema do aborto. Esta prática não pode ser transformada em questão plebiscitária. Esta é uma questão de foro íntimo de cada uma de nós mulheres. As mulheres devem ter garantida a sua capacidade moral e soberana de tomar decisões sobre suas vidas.

Exigimos dos poderes da República a observância dos Tratados internacionais dos quais o Brasil é signatário e observância das resoluções das Conferências de Políticas para Mulheres, cumprindo a revisão, coordenada pela SPM em 2005, da legislação que pune o aborto e avançando na sua legalização nos termos da proposta consensuada no âmbito da Comissão Tripartite formada pela sociedade civil, executivo e legislativo.

Nenhuma mulher deve ser presa, punida, maltratada ou morrer pela prática do aborto.

Pela autonomia e cidadania de todas as mulheres!

Pelo fim da criminalização das mulheres!

Pela legalização do aborto!

Pai só no contracheque


Por Silvia Emiliano
Mestre em Letras e professora adjunta de Linguística e Língua Portuguesa da Faculdade Alvorada, em Maringá

Você já parou para pensar na definição da palavra pai? Entre outras, o dicionário Aurélio define-a como aquele que exerce as funções de pai. Ocupar-me-ei, aqui, de uma que se faz presente na atual conjuntura sociocultural: o pai contracheque. Explico.
Sim. Pai é o que paga pensão ao seu filho. Com isso, não quero render louvores aos que cumprem seu dever perante a lei, muito menos desmerecer os que não o fazem. Mas, se um pai cumpre seu dever mensal e impreterivelmente, por que não pode exercer o direito de ver a criança?
Em Maringá, conheço o caso de um genitor que não vê o filho há quase dois anos porque o seu direito de visita não é respeitado. Apesar disso, todos os meses, o valor de três salários mínimos e meio é descontado em seu contracheque.
Parece-me existir uma contradição no interior da justiça, pois, embora a legislação brasileira seja bem clara ao afirmar que não existem mais privilégios da mãe em relação à guarda dos filhos, o que tem acontecido é a guarda monoparental, a que resulta em um ganhador e em um perdedor e de maneira tão rígida que, ao pai, não sobrou nem o direito de visita.
Aliás, quando se trata de Vara de Família, é comum ouvirmos homens que já enfrentaram ou estão enfrentando processos judiciais pela guarda dos filhos queixarem-se pela discriminação e até descaso por parte dos juízes. É fato que hoje o mundo mudou e que os homens sabem e podem cuidar de uma criança.
Porém, se apenas a mãe tem privilégios sobre a guarda do filho, para que serve o pai então? Só para pagar pensão alimentícia? Corrijam-me, se estiver errada!
Evandro Luis Silva, psicanalista e mediador em processos de Vara de Família, explica que a palavra visita já é por si restritiva. Assim, o genitor que detém a guarda será considerado mais importante, pois tomará as decisões na vida da criança, o que pode induzi-la ao afastamento do outro.
Conforme explica, o filho tem que formar sua própria verdade na relação com seus pais. Para isso, não bastam algumas horas de visita. Como fica então o pai que não consegue, ao menos, visitar o filho? A advogada Sandra Vilela diz ser muito comum o detentor da guarda usar o filho como forma de vingar-se do outro, que acredita ser o responsável pelo rompimento do lar conjugal.
Cenário ideal para ocorrer A Síndrome de Alienação Parental - “The Parental Alienation Syndrome” – conceito desenvolvido pelo médico e psiquiatra infantil norte-americano Richard Gardner, em 1985, que consiste em programar uma criança para que odeie um de seus genitores sem justificativa.
A Síndrome se manifesta, em geral, no ambiente da mãe das crianças, porque normalmente ela tem a guarda. Uma vez instalada, a falta de contato com um dos genitores por um longo período destrói irreversivelmente o vínculo entre a criança e o genitor alienado.
Dificultar o direito regulamentado de visita, o contato da criança com o outro e desqualificá-lo no seu papel de pai ou de mãe são alguns dos sintomas da síndrome. Vítima disso, a criança pode apresentar depressão crônica, transtornos de identidade e de imagem, sentimento de culpa incontrolável, dupla personalidade, suicídio e outros.
Hoje, fala-se tanto da necessidade da prática do equilíbrio. Por que não colocá-la em exercício também em questões de Vara de Família? É necessário exigirmos pais compromissados com as imposições constitucionais, com o dever de resguardar a saúde mental das crianças envolvidas e juízes que os façam cumprir a lei.
Alienação Parental, a partir deste ano, é considerada crime e o genitor que usar disso pode perder a guarda e, se descumprir mandados judiciais, alcançar até dois anos de prisão. Esperamos que a Justiça olhe para essas questões com lentes justiceiras e que a principal função do pai não se restrinja ao seu contracheque.

Fonte: O Diário de Maringá

Consultório de Rua contra as drogas


Uma experiência bem-sucedida em Salvador (BA), que tenta reduzir os danos provocados pelas drogas aos usuários, vai ser multiplicada em 13 municípios do país, inclusive no Distrito Federal.
Batizado de Consultório de Rua, o programa consiste no atendimento de dependentes sem lar ou que passam grande parte do tempo em locais públicos, como praças, viadutos e avenidas.
A ideia é colocar equipes multidisciplinares — compostas por integrantes da área de saúde mental, atenção básica e assistência social da prefeitura ou governo — para fazer a primeira abordagem a essa população. Cada projeto selecionado pelo governo federal, via edital público, receberá R$ 50 mil.
No Distrito Federal, o Núcleo de Apoio ao Usuário de Álcool e outras Drogas de Brasília, mantido pela Secretaria de Saúde, foi selecionado para colocar em prática o projeto.
Para o coordenador nacional da área de saúde mental do Ministério da Saúde, Pedro Gabriel, tal tipo de abordagem é fundamental para chegar aos moradores de rua que, devido às próprias condições, dificilmente procuram o sistema de saúde.
“A principal característica dessa intervenção é oferecer cuidados no próprio espaço da rua, preservando o respeito ao contexto sóciocultural da população”, explica.
Ele ressalta que a missão das equipes, num primeiro momento, é oferecer o cuidado básico aos moradores de rua. “Para cada um, é oferecido um kit, que pode ser composto por folhetos informativos, camisinhas, protetor labial para quem tem feridas na boca (muito comum entre os usuários de crack devido ao contato com o cachimbo).
Também podem ser feitos testes rápidos de HIV”, explica Pedro Gabriel. Em Salvador, a experiência existe há dois anos e, desta vez, receberá recursos do governo federal.

Fonte: Brasília em Tempo Real

Regras para viagens de crianças e adolescentes ao exterior


A Corregedoria do Conselho Nacional de Justiça enviou a 14 mil cartórios brasileiros uma solicitação para que eles divulguem as novas regras para autorização de viagem de menores ao exterior. A mudança foi introduzida pela Resolução nº 74 de CNJ, de abril deste ano.
Agora para que uma criança ou adolescente saia do Brasil, os pais ou responsáveis devem comparecer pessoalmente ao cartório para assinar a autorização de viagem, pois o documento deve ser reconhecido por autenticidade (pessoalmente) e não mais por semelhança.
"A idéia é fazer com que os cartórios sejam agentes de divulgação das regras, para evitar incômodos na hora do embarque", destacou o juiz auxiliar da Corregedoria, Nicolau Lupianhes.
Para dar maior visibilidade à resolução no exterior, a Corregedoria também enviou uma solicitação à Divisão das Comunidades Brasileiras no Exterior do Ministério das Relações Exteriores, pedindo a divulgação das normas para a emissão do documento que autoriza a saída de menores do Brasil.
A Corregedoria solicita que o MRE informe sobre as novas exigências as associações e organizações de brasileiros no exterior, cadastradas no portal do ministério "Brasileiros no Mundo".
O objetivo é fazer com que brasileiros que moram em outros países também fiquem cientes das mudanças, e providenciem o documento para evitar problemas nos casos em que crianças e adolescentes precisarem sair do território brasileiro.
A exigência do reconhecimento por autenticidade (pessoalmente) da autorização visa dar maior segurança ao documento e foi solicitada pelo Departamento de Polícia Federal devido às dificuldades no controle de entrada e saída de pessoas do território nacional. O objetivo também é evitar a falsificação do documento nos casos onde há disputa entre os pais ou responsáveis.
Além de ter a firma reconhecida, o documento de autorização deverá conter uma fotografia recente da criança ou adolescente e ser apresentado em duas vias. Sendo assim, uma das vias ficará com o agente de fiscalização da Polícia Federal no momento do embarque - acrescido de cópia do documento de identificação da criança ou adolescente, ou do termo de guarda ou de tutela.
A outra via do documento de autorização deverá permanecer com a criança ou adolescente ou, ainda, com o adulto maior e capaz que o acompanhe na viagem. Além disso, o referido documento deverá ter prazo de validade, a ser fixado pelos pais ou responsáveis. (Com informações do CNJ).

Íntegra da Resolução nº 74
RESOLUÇÃO N° 74, DE 28 DE ABRIL DE 2009

Dispõe sobre a concessão de autorização de viagem para o exterior de crianças e adolescentes.
O PRESIDENTE DO CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA, no uso das atribuições atribuídas pelo art. 103-B da Constituição Federal,
CONSIDERANDO as dificuldades enfrentadas pelas autoridades que exercem o controle de entrada e saída de pessoas do território nacional, em especial com relação a crianças e adolescentes;
CONSIDERANDO as diversas interpretações existentes a respeito da necessidade ou não de autorização judicial para saída de crianças e adolescentes do território nacional pelos Juízos da Infância e da Juventude dos Estados da Federação e do Distrito Federal;
CONSIDERANDO a insegurança causada aos usuários em decorrência da diversidade de requisitos e exigências;
CONSIDERANDO necessidade de uniformização na interpretação dos artigos 83 a 85 do Estatuto da Criança e do Adolescente;
CONSIDERANDO o que ficou decidido no Pedido de Providências 200710000008644 e PP 200810000022323,
RESOLVE:

Art. 1º É dispensável a autorização judicial para que crianças e adolescentes viajem ao exterior:

I - sozinhos ou em companhia de terceiros maiores e capazes, desde que autorizados por ambos genitores, ou pelos responsáveis, por documento escrito e com firma reconhecida;

II - com um dos genitores ou responsáveis, sendo nesta hipótese exigível a autorização do outro genitor, salvo mediante autorização judicial;

III - sozinhos ou em companhia de terceiros maiores e capazes, quando estiverem retornando para a sua residência no exterior, desde que autorizadas por seus pais ou responsáveis, residentes no exterior, mediante documento autêntico.

Parágrafo único. Para os fins do disposto neste artigo, por responsável pela criança ou pelo adolescente deve ser entendido aquele que detiver a sua guarda, além do tutor.

Art. 2º O documento de autorização mencionado no artigo anterior, além de ter firma reconhecida por autenticidade, deverá conter fotografia da criança ou adolescente e será elaborado em duas vias, sendo que uma deverá ser retida pelo agente de fiscalização da Polícia Federal no momento do embarque, e a outra deverá permanecer com a criança ou adolescente, ou com o terceiro maior e capaz que o acompanhe na viagem.

Parágrafo único. O documento de autorização deverá conter prazo de validade, a ser fixado pelos genitores ou responsáveis.

Art. 3º Ao documento de autorização a ser retido pela Polícia Federal deverá ser anexada cópia de documento de identificação da criança ou do adolescente, ou do termo de guarda, ou de tutela.

Art. 4º Esta Resolução entra em vigor na data da sua publicação, ficando revogadas as Resoluções nos 51, de 25 de março de 2008 e 55, de 13 de maio de 2008.

Ministro Gilmar Mendes
Presidente

Fonte: Espaço Vital

Palestras discutem bullying nas escolas


Vinte e sete palestras sobre bullying e outros assuntos relacionados aos direitos de crianças e adolescentes foram promovidas, entre setembro e dezembro deste ano, pelo Ministério Público da Paraíba, nos municípios de João Pessoa, Campina Grande e Guarabira. A iniciativa faz parte do projeto “O MP com a escola”, desenvolvido pela Promotoria de Justiça da Infância e Juventude da Capital.
Em três meses, técnicos da promotoria e promotores de Justiça visitaram 12 escolas (dez particulares e duas municipais) na Capital para divulgar as leis antibullying em vigor no município e no Estado e para esclarecer pais, funcionários e educadores sobre o problema que afeta 45% dos estudantes brasileiros, segundo a educadora Cleo Fante, uma das poucas especialistas que pesquisam o assunto no País.
Das 23 palestras realizadas, seis foram proferidas no Centro Municipal de Capacitação de Professores (Cecapro) aos educadores que atuam na rede municipal de ensino de João Pessoa; seis foram realizadas na 3a Gerência Regional de Educação e Cultura (Grec), em Campina Grande, e três, na 2a Grec, em Guarabira. O público alvo nos dois últimos casos foram os professores que atuam na rede estadual de ensino.
Segundo o promotor da Infância e Juventude, Alley Escorel, o enfoque especial dado pela promotoria ao bullying faz parte do termo de ajustamento de conduta assinado por vários proprietários de escolas particulares para dar efetividade à legislação antibullying. “Nesse contato, estabelecemos prazos para a notificação do Estatuto e para a elaboração de cronogramas por parte das escolas, sugerimos um livro paradidático sobre o bullying e colocamos a promotoria à disposição para participar dessas reuniões que os colégios realizariam com os pais e alunos para discutir o assunto. O projeto é permanente e as palestras serão ministradas em 2010”, disse o promotor.

Experiência positiva

Para o promotor de Justiça Alley Escorel, as palestras “antibullying” representam uma estratégia eficaz no combate à violência escolar. “A experiência foi extremamente positiva! Ficamos impressionados com os trabalhos realizados pelos alunos. Antes das palestras, algumas escolas apresentaram vídeos, peças de teatro, cartilha, livro e pintura sobre o assunto. As atividades envolveram todas as crianças e adolescentes, o que mostra que já estamos colhendo frutos dessas medidas protetivas. As pessoas estão mais conscientes de seus direitos e os casos que antes não chegavam ao nosso conhecimento; hoje, já são denunciados”, comemorou.
Além de falar sobre o combate ao bullying, a Promotoria de Justiça também proferiu uma palestra sobre trabalho infantil a pais e coordenadores do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (Peti). A reunião aconteceu em agosto deste ano no auditório da OAB, no Centro de João Pessoa. No mês passado, a violência contra a mulher e a Lei Maria da Penha também foram discutidas com pais, alunos e professores do Colégio Pio X, na Capital.
Para a pedagoga da Promotoria da Infância e Juventude da Capital, Terezinha Aparecida de França Barros, o projeto “MP com a escola” dá mais visibilidade às ações do MPPB. “O projeto mostra que o MP está fazendo seu papel de defesa e de fiscal da lei de forma muito presente. Não é uma ação de birô; é uma ação que ocorre olho no olho”, disse.

O que é bullying?

O bullying é um conjunto de atitudes agressivas, intencionais e repetitivas, que ocorrem sem motivação evidente e que ocorrem dentro de uma relação desigual de poder, de forma a intimidar a vítima. Essas ações são adotadas por um ou mais alunos contra outro(s), causando dor, angústia e sofrimento.

Fonte:

Pedofilia em Catanduva: Erros de delegadas ajudam rede de pedofilia


Chico Siqueira
Direto de Araçatuba
Depois de nove meses de investigações, a corregedoria da Polícia Civil afirmou que as delegadas Maria Cecília de Castro Sanches e Rosana da Silva Vanni falharam na condução dos inquéritos policiais que apuraram as denúncias de abuso sexual contra 50crianças da periferia de Catanduva (SP) por uma suposta rede de pedófilos. Segundo a corregedoria, entre as falhas está a contribuição para a destruição de provas contra suspeitos.
As falhas, segundo a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pedofilia, facilitaram para que suspeitos escapassem da prisão e teriam contribuído para que possíveis provas contra acusados fossem destruídas ou não chegassem às mãos das autoridades. Até agora, apenas dois acusados - um borracheiro e seu sobrinho - estão presos. Um médico e um empresário da cidade chegaram a ter prisão decretada, mas conseguiram habeas corpus.
As investigações da Corregedoria culminaram num relatório de mil páginas, entregue nesta quinta-feira ao corregedor-chefe em São José do Rio Preto, Emílio Paschoal, que abrirá processo administrativo para apurar as responsabilidades das duas delegadas. "Ao final do processo, a Corregedoria poderá sugerir a punição das duas, caso conclua que são culpadas; ou sugerir a absolvição, se achar que são inocentes", disse Paschoal.
De acordo com o relatório, a delegada Maria Cecília, que presidiu o primeiro inquérito sobre as denúncias, falhou ao deixar de investigar suspeitos apontados pelas crianças. Ela também teria deixado de apurar a identidade de dois suspeitos que aparecem numa fotografia apreendida pela polícia. Os dois seriam um ex-funcionário do empresário e o filho de um conhecido comerciante da cidade.
Essas falhas levaram pais das crianças para o fórum da cidade. Depois de não conseguir falar com representante do Ministério Público, os pais tiveram uma audiência com a juíza da Infância e da Juventude de Catanduva, Sueli Juarez Corrêa. Depois de ouvir as denúncias, a juíza determinou a abertura de um segundo inquérito para corrigir os erros do primeiro.
Escolhida para presidir o segundo inquérito, a delegada Rosana Vanni ouviu novamente as crianças, mas no dia 20 de fevereiro teria falhado ao avisar, com antecedência, o advogado do médico suspeito de que faria buscas na casa deste. Quando os policiais chegaram à casa do médico, o CPU do computador havia sido retirado, impedindo assim a coleta de supostas provas. Somente cinco dias depois é que o computador foi apreendido.
Em depoimento à CPI, Rosana disse ter falhado ao avisar o advogado sobre a diligência que faria em seguida. A situação levou o senador Magno Malta (ES-PR) a afirmar, em sessão da CPI realizada em Catanduva, que o erro da delegada poderia ter comprometido todas as investigações para prender os integrantes ricos da suposta rede de pedofilia.
Procurada ontem, delegada Maria Cecília não quis comentar o assunto. "Não tenho nada a declarar. Acho que você pode procurar a corregedoria, pode ser que eles tenham (alguma informação)", disse ela. Já a delegada Rosana não foi localizada nem em seu celular, que estava desligado, nem no 2º Distrito Policial de Catanduva, onde trabalha. Um agente e um escrivão disseram que a delegada, que estivera de plantão na noite anterior, não tinha hora para retornar ao trabalho.
As apurações sobre os abusos contra as crianças ainda continuam no Ministério Público Estadual, onde o Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) trabalha na conclusão de perícias em computadores apreendidos e na análise de interceptações telefônicas feitas durante as investigações. No entanto, nenhum relatório conclusivo foi divulgado.

Fonte: Portal Terra

Pai de Sean, David Goldman, chega ao Brasil para encontrar o filho


Voo chegou de Nova York às 13h25 no Aeroporto Internacional Tom Jobim.
David foi recebido por representantes do consulado americano.

David Goldman, pai biológico do menino Sean Goldman, de 9 anos, chegou ao Brasil no início da tarde desta quinta-feira (17). Ele desembarcou às 14h no Aeroporto Internacional Tom Jobim, na Ilha do Governador, no Rio, vindo de Nova York, e pretende encontrar logo o filho. Na chegada, foi recebido por representantes do consulado americano e escoltado por policiais.
David, que evitou comentários sobre o caso, ficará hospedado em um hotel em Copacabana, na Zona Sul do Rio.
Na quarta-feira (16), o Tribunal Regional Federal da 2ª Região decidiu que o menino Sean Goldman, de 9 anos, seja devolvido ao pai biológico, o americano David Goldman. De acordo com a decisão, a criança tem até 48 horas para retornar aos Estados Unidos.
A criança tem que ser entregue ao Consulado americano no Rio. A informação foi confirmada pelo advogado de David, Ricardo Zamariola.
A guarda do menino é disputada pelo pai americano e pela família de sua mãe, a brasileira Bruna Bianchi, que morreu em 2008 durante o parto de sua filha com o advogado João Paulo Lins e Silva.
Da decisão cabe recurso no Superior Tribunal de Justiça. No caso de matéria constitucional, o recurso deve ser encaminhado ao Supremo Tribunal Federal.
O caso foi examinado por três desembargadores da 5ª Turma de Julgamento, no Rio.
A avó do menino Sean Gondman, Silvana Bianchi, protocolou na última segunda-feira (14), no Supremo Tribunal Federal (STF), um pedido de habeas corpus para que o neto ficasse no Brasil. Segundo o STF, no entanto, o pedido ainda não foi julgado.

Briga judicial
No dia 1º de junho, a Justiça Federal determinou que Sean seja devolvido ao pai biológico que mora nos Estados Unidos, David Goldman. No entanto, dias depois, o Tribunal Regional Federal no Rio de Janeiro suspendeu a decisão em caráter liminar (provisório), até que o caso fosse julgado de maneira definitiva pela Justiça Federal.
No habeas corpus, a defesa de Silvana Bianchi pede que seja concedida uma liminar em vista "ao perigo na demora da apreciação judicial". No mérito do pedido, a avó materna pede que a Justiça tome depoimento do menino para que ele próprio decida entre deixar o país com seu pai biológico ou ficar no Brasil com a família brasileira. O relator do processo é o ministro Marco Aurélio Mello.
Sean mora no Brasil há quase 5 anos, quando veio dos Estados Unidos com a mãe. Já no Brasil, Bruna Bianchi se separou de David e se casou com o advogado João Paulo Lins e Silva. Em 2008, após a morte de Bruna, o padrasto ficou com a guarda provisória da criança. David Goldman, no entanto, entrou na Justiça e pede o retorno da criança aos Estados Unidos.
Desde então, pai e padrasto travam uma batalha jurídica pela guarda do menino. O caso começou na Justiça estadual do Rio e depois passou para a competência federal.
Goldman alega que o Brasil viola uma convenção internacional ao negar seu direito à guarda do filho. Já a família brasileira do garoto diz que, por “razões socioafetivas”, ele deve permanecer no país.



Depoimento


"Pedofilia é um transtorno do desenvolvimento da psico-sexualidade que resulta em uma pessoa experimentar atração erótica predominante ou exclusiva por crianças. A pedofilia pode ser homossexual ou hetero-sexual, conforme a pessoa afetada se sinta atraída por pessoa do mesmo sexo ou do sexo oposto.
Como sucede em todas as parafilias (perturbações qualitativas da psicossexualidade) é importante diferenciar a pedofilia, como tendência erótica, das condutas pedofílicas manifestas, situações concretas nas quais a pessoa afetada por este transtorno realizam sua tendência perturbada.
Algumas pessoas com transtornos da personalidade podem exercer condutas pedofílicas sem que tenham aquela tendência como traço importante de seu caráter (como acontece com pessoas deficientes, neuróticas, psicóticas, demenciadas ou sociopatas).
No outro extremo, convém não confundir as condutas pedofílicas manifestas com a satisfação ou, até, a adicção à pornografia pedofílica (como muitos jornalistas vêm fazendo de modo um tanto irresponsável). Ainda que seja importante ressaltar que o consumo de material pornográfico de natureza pedofílica, desde que empregue como modelos ou protagonistas crianças ou adolescentes, constitua na prática um incentivo às condutas criminosas, que não existiriam ou aconteceriam em muito menor quantidade não existisse o
comprador daquele material.
Contudo, parece necessário afirmar que a pedofilia e as condutas pedofílicas, em sua maior parte, são ocasionadas por uma condição psicopatológica que pode ser tratada. Esta deve ser a tônica das medidas educativas e sanitárias que deve fundamentar e nortear todas as campanhas sobre esta matéria. Mas pode haver condutas pedofílicas sem patologia, como se dá na maior parte dos casos de exploração erótico-sexual de crianças e adolescentes".

Dr. Luiz Salvador de Miranda Sá Júnior
Psiquiatra

Serviços voluntários ajudam a prevenir demência na velhice


RIO - Participar de serviços voluntários, como cuidar de crianças, ajuda a retardar ou reverter a perda de função cognitiva na velhice, segundo estudo de pesquisadores da Escola de Saúde Pública da Johns Hopkins Bloomberg.
A partir da análise de exames de ressonância magnética, os autores observaram que idosos que participaram de um programa de acompanhamento de crianças tiveram ganhos em regiões-chaves do cérebro que atuam em habilidades cognitivas importantes para o planejamento e organização da vida cotidiana.
O estudo é o primeiro de seu tipo a demonstrar que trabalhar em programas sociais estimula a capacidade cognitiva. Ele foi publicado na edição deste mês da revista "Journals of Gerontology: Medical Sciences". Cerca de 78 milhões de americanos nasceram entre 1946 e 1964. Esse indivíduos em idade de se aposentar estão no grupo que mais cresce nos Estados Unidos. Daí o grande interesse de trabalhos nessa área.
- Descobrimos que os participantes da experiência apresentaram melhora no funcionamento cognitivo, e isso foi associado com mudanças significativas nos padrões de ativação cerebral - disse a pesquisadora Michelle C. Carlson, professora-adjunta no Departamento de Saúde Mental e Centro de Envelhecimento e Saúde da Universidade.
Os participantes eram voluntários idosos treinados para ajudar crianças em escolas públicas em Baltimore. O estudo acompanhou 17 mulheres com idade a partir de 65 anos, avaliadas no momento da admissão e novamente seis meses mais tarde. Passaram por investigação com ressonância e testes de função cognitiva.
- Embora os resultados deste estudo sejam preliminares, eles indicam que é possível estimular e manter o bom funcionamento do cérebro em idades mais avançadas, especialmente entre os indivíduos sedentários. Eles podem se beneficiar com mais urgência de intervenções comportamentais - disse Michelle.
À medida que se aumenta a expectativa de vida, é importante do ponto de vista da saúde pública atrasar o aparecimento de doenças associadas ao envelhecimento, afirmou a principal autora da pesquisa, Linda P. Fried, da Escola Mailman de Saúde Pública da Universidade de Columbia:
- Este estudo sugere que novos papéis para idosos em nossa sociedade podem trazer ganhos para os dois lados.


O Globo

Menino com agulhas no corpo chega a Salvador



Ele deve passar por avaliação para definir retirada de objetos.
Segundo polícia, ex-padrasto e duas mulheres participaram de ritual.

O menino que está com dezenas de agulhas no corpo chegou a Salvador no início da tarde desta quinta-feira (17). Ele deve passar por uma avaliação médica. O garoto viajou em uma UTI aérea, com a mãe e os médicos.
O menino iria passar por uma cirurgia de retirada de objetos metálicos no hospital onde estava internado, em Barreiras (BA), nesta manhã, mas os médicos decidiram cancelar o procedimento e buscar acompanhamento de um especialista em cirurgia cardíaca. Ainda não há data marcada para a operação.
As investigações do caso são feitas em Ibotirama (BA), onde a família mora. Segundo a polícia, o ex-padrasto confessou que colocou agulhas na criança e teve ajuda de duas mulheres. Elas negaram envolvimento. A Justiça decretou a prisão temporária dos supostos envolvidos.
De acordo com o delegado, o ex-padrasto disse que ele e a suposta amante receberam orientações de uma mãe de santo para os rituais. Os objetivos seriam vingança contra a mãe da criança e um pedido para o casal ficar junto. O suspeito teria afirmado que participou de diversas sessões, durante um mês. Ainda conforme o depoimento, a cada dia, eram colocadas de três a quatro agulhas.

Leia também:
Pediatra conta como retirou agulha de corpo de criança em 1993


G1

Sean Goldman aguarda a Justiça


Após tomar conhecimento da sentença da Justiça brasileira, o americano David Goldman disse que agradecia a Deus e ao juiz responsável pela decisão. De acordo com o Estadão, em entrevista à TV Globo, ele afirmou que o menino finalmente voltará para a vida que tinha e a adaptação será feita no dia a dia. A secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, antes de embarcar para Dinamarca, onde acompanhará os trabalhos da conferência do clima, comemorou a decisão. Emissoras de TV americanas também noticiaram a volta do menino Sean.



TJ mostra pesquisa sobre imagem do Judiciário

Na Capital, entrevistas foram feitas no Foro Central, da Tristeza e da Restinga

Uma pesquisa inédita que avaliou a imagem do Poder Judiciário no Rio Grande do Sul mostra que a instituição é a quarta colocada em termos de confiança. O trabalho, que consultou 1.800 pessoas, foi realizado entre os dias 25 de março e 2 de abril de 2009. Uma primeira amostra foi composta de mil questionários aplicados nos domicílios sorteados a partir das unidades censitárias do IBGE em 35 cidades de todas as regiões do Estado.
Uma segunda amostra foi composta de 500 usuários entrevistados diretamente nas comarcas. No caso da Capital, as entrevistas foram realizadas no Foro Central e no Foro da Tristeza e da Restinga. A terceira avaliação foi representativa dos profissionais (advogados e estagiários de Direito), composta de 300 entrevistas realizadas nas comarcas.
O presidente do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJ), Arminio José Abreu Lima da Rosa, destacou que a ideia de realizar o levantamento foi saber como a sociedade gaúcha pensa e vê a atuação do Poder Judiciário. "As instituições brasileiras, em diferentes graus, vivem nos últimos anos um certo desgaste, especialmente em função das sucessivas crises", comenta.
De acordo com Arminio, a pesquisa revela a imagem e, sobretudo, aquilo que a sociedade espera da Justiça estadual, e servirá para o planejamento da instituição.

A Pesquisa de Avaliação do Poder Judiciário no Estado mostra que a população busca informações sobre a Justiça através da televisão (74,5%), de usuários do sistema (66,4%) e de advogados (35,7%). Os jornais são outra modalidade de informação para 39,6% da população, para 31,8% dos usuários e de 41,7% para advogados. Já a internet é utilizada por 79% dos advogados.
A população entrevistada nos domicílios e os usuários apontaram o caso Isabela Nardoni e as notícias relativas ao caso Daslu como as informações mais recentes sobre o Poder Judiciário que assistiram. Já 63,2% da população desconhece a página do Poder Judiciário do Rio Grande do Sul na internet. Os usuários do sistema (60,8%) também não conhecem o site. No entanto, 95,7% dos advogados conhecem e já acessaram a página eletrônica do TJ.
Arminio disse que a demanda por serviços no Estado é crescente e contestou a crítica do presidente da Federasul, José Paulo Cairoli, que afirmou durante o balanço que o Judiciário gaúcho não colabora para o ajuste fiscal.


Jornal do Comércio

Menina sofre traumatismo craniano em brinquedo em parque no interior de SP


Criança bateu a cabeça numa barra de ferro em atração em Paulo de Faria.
Dono do parque afirma que tem alvará de funcionamento.

Uma menina de 11 anos teve traumatismo craniano após sofrer um acidente em um parque de diversões em Paulo de Faria, a 537 km de São Paulo, na noite de terça-feira (15). A Polícia Civil abriu inquérito para investigar o acidente.
Segundo testemunhas, a criança estava em um brinquedo conhecido como barco viking. Ela passou mal, se levantou enquanto o brinquedo se movia e bateu a cabeça numa barra de ferro. Ela foi socorrida e encaminhada a um hospital em São José do Rio Preto, onde está internada. Segundo a assessoria do hospital, seu estado de saúde é estável, ela não corre risco de morte e deve ter alta ainda nesta semana.
O parque foi instalado na cidade há quatro dias. O dono informou que tem autorização para funcionar. Ao G1 o prefeito Herley Torres Rossi (PDT) confirmou que o parque tem alvará de funcionamento, mas disse que o local foi fechado temporariamente “até que um novo alvará seja apresentado”.


G1

Empresário descobre o Natal após infartos


Para cumprir uma promessa, morador de Três Coroas distribui brinquedos

Frente a frente com aquele homem vestido de vermelho e de barba branca, Kaique da Silva, três anos, hesitava em se aproximar. Ele era um dos integrantes do passeio que a turma da Escola Recanto das Travessuras fez, ontem à tarde, para ver de perto como é aquela casa cheia de brinquedos que virou assunto na cidade inteira.
Assim que chegou ao local, Kaique descobriu: a residência é de Waldemar Dreher, 76 anos. Fica no centro de Três Coroas, do Vale do Paranhana. Waldemar não é o Papai Noel, mas para isso só falta mesmo a roupa. Um amigo se veste com as roupas do personagem. Quando aparece, é a alegria de uns, mas o temor de outros.
– Ele não morde! – avisa o pequeno Lucas Land, também de três anos, aos colegas.
Após passar por dois infartos, o empresário Waldemar decidiu deixar a empresa do setor calçadista nas mãos do filho e descansar. Quando viu a morte de perto assumiu um compromisso:
– Eu prometi que, se saísse daquela, ajudaria as pessoas – relata.
Neste ano, aposentado arrecadou 5 mil presentes
Foi assim que tudo começou, em 1997. Sem nunca ter trabalhado com madeira, iniciou a produção de carrinhos para presentear crianças no Natal. Passados 12 anos, ele já não pega no serrote, mas está por trás da arrecadação este ano de 5 mil brinquedos.
Amigos empresários, comerciantes, donos de atacados, todos se mobilizam pela causa. Para organizar as entregas, ele reformou o que era o galpão de sua casa e abre as portas para a criançada. Mas só para elas.
– Aqui só entra criança. De adultos, só minhas ajudantes mesmo. Porque as crianças escolhem o que elas realmente querem. Se entram junto, os pais é que escolhem – diz.
No decorrer desta semana, cerca de 1,5 mil crianças passaram pela casa e ainda há brinquedos em quantidade. Ontem foram mais 300 beneficiados.
Depois do circuito montado pelas cinco escolas de Educação Infantil do município e dos projetos sociais, os brinquedos serão organizados em lotes e seguirão para o interior da cidade, com ajuda da prefeitura.
Diante de tantos olhares curiosos e reações inusitadas das crianças, existe uma que não deixa a lembrança do Papai Noel três-coroense.
– Já era tarde da noite quando um dia um menino chegou no portão e perguntou se era aqui a casa dos brinquedos. Eu disse que sim e ofereci a ele quantos presentes ele quisesse levar, mas ele pegou só um. Disse que um só era o suficiente – recorda Waldemar.


Pai dá dinheiro a traficantes para não aliciarem seu filho de 21 anos


Funcionário público aposentado paga os traficantes para que não vendam crack ao filho

Aos 52 anos, o empresário Roberto chorou ao descobrir que o vício havia domado o mais novo de seus dois filhos, Leonardo. Um metro e setenta e cinco “de pura inteligência”, segundo o orgulhoso pai, um aplicado estudante de Direito com 21 anos de idade. O “guri”, como a família o chama, não fraquejou para uma droga qualquer. Fuma de tudo e cheira de tudo. Principalmente crack e cocaína. O pai percebeu logo. Reconheceu os sinais: a agitação constante, a falta de concentração, os olhos avermelhados, os objetos de valor sumindo da casa.
Foi como um tiro. A vida de Roberto ia bem. Funcionário público aposentado, ele ainda recebe uma renda mensal pelo aluguel de um terreno. Mora em uma casa de dois andares, piscina, com sala de piano e sala de estudos, além de sete quartos. Cercada com muros altos e gradeados, ainda recebe a proteção de quatro cães.
Aí veio o crack “e tomou de assalto” o guri, descreve o pai extremoso, daqueles que nunca negou colégio e faculdade particular aos filhos.
O mais inusitado é a forma como Roberto encontrou para tentar afastar Leonardo das drogas. Ele paga os traficantes para que não vendam crack ao filho. Oferece o mesmo valor da “pedra”, desde que eles não coloquem o produto na mão do jovem. E eles aceitam.
– Gastei R$ 15 mil com ele num ano, um carro zero em um ano e meio. Só nessa vidinha de pagar dívidas contraídas em função da droga, subornar bocas de fumo, financiar tratamento em clínicas privadas – recorda Roberto.
O empresário repete as palavras que o próprio traficante disse ao seu filho, quando Roberto foi buscá-lo na boca de fumo pela quarta vez:
– Vai te embora, guri. Tu é de família boa, estudante, tem futuro. O que tá fazendo aqui, se perdendo na vida?
O traficante virou informante do pai desesperado. Cada vez que Leonardo pisa na vila, o telefone de Roberto toca. É um vaposeiro (vendedor varejista de droga), avisando que o guri está mendigando uma dose de crack pela vizinhança. Aí Roberto pega seu carro do ano e vai na boca de fumo, arrasta o filho pelo braço e, com o outro, paga pela droga não usada. R$ 20, R$ 50, varia conforme o traficante e conforme a fissura do filho. Tem dias em que ele consome cinco pedras de R$ 5, outros dias são 10.
O traficante também denuncia quando Leonardo está na boca de fumo rival, na mesma vila. Os amigos não se espantam. Jeito de surfista, fala mansa, Roberto conhece as drogas. Filho de policial civil, foi usuário quando era jovem em Alvorada. Parou aos 35 anos, “naquelas promessas de Réveillon”.

Jovem está internado em fazenda terapêutica
Agora pai, Roberto teme perder o filho para as drogas. Magro, quase franzino, perdeu a paciência ao saber que o filho tinha trocado por droga um abrigo recém-presenteado, no valor de R$ 200. Entregou por R$ 5 numa boca de fumo.
Leonardo viu o pai irromper furioso na casa que funciona de quartel do tráfico. Exigiu a jaqueta, o traficante não quis, ele se atracou a socos com o criminoso e o deixou sangrando no chão. Arrastou a jaqueta e ainda um óculos escuro que o filho tinha deixado ali, em outra ocasião. A valentia teve um custo. O bandido está atrás de Roberto. O empresário, para se defender, comprou um revólver e circula armado pela cidade. A paz virou loteria.
Mas Roberto teve, nas últimas semanas, momentos de alegria. Foi quando o filho decidiu, por conta própria, buscar ajuda numa fazenda terapêutica. Leonardo está internado em Sapucaia do Sul, carpindo de sol a sol, contando os minutos longe da droga, como quem se benze ao conseguir mais um minuto longe de Satanás. É a terceira vez que o jovem tenta se livrar do prazer que escraviza. Nas outras duas, médicos o doparam, para esquecer a fissura do crack. Ficou longe por 30 dias, numa. Por 45 dias, na segunda tentativa. Voltou à pedra.
As idas e vindas em busca do filho drogado ajudaram a branquear o cabelo de Roberto. Nessa entrevista, concedida ontem a Zero Hora, o empresário desabafa, se lamenta, alterna momentos de comemoração e de frustrações. E detalha a tortura que é lutar contra a epidemia do século.

Leia a entrevista em:

Supremo tira o livre arbítrio de Lula no caso Battisti


O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta quarta-feira retificar a proclamação do resultado do julgamento de extradição do ex-ativista italiano Cesare Battisti. Com a nova proclamação, ficou estabelecido que o Supremo autorizou a extradição, e que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pode ou não entregar Battisti para o governo da Itália.
Foi retirada da proclamação uma afirmação de que Lula teria o poder discricionário para se recusar ou não a entregar Battisti. Esse poder permitiria o livre arbítrio para decidir se o italiano ficaria ou não no Brasil.
Com a nova proclamação, o governo terá de observar o que está no tratado firmado entre o Brasil e a Itália sobre a extradição. O presidente pode vir a ser responsabilizado se decidir manter Battisti no Brasil - e dessa forma descumprir o tratado assinado com a Itália. Esse tratado, por outro lado, prevê algumas exceções que impedem a entrega imediata do estrangeiro. Entre elas o fato de Battisti responder a um processo no Brasil.
Itália - O advogado do governo italiano Nabor Bulhões afirmou na tarde desta quarta-feira que Lula está obrigado a entregar Battisti para a Itália. Segundo ele, essa obrigação ficou clara no julgamento da questão de ordem ocorrido pouco antes, no qual a maioria dos ministros afirmou que o presidente Lula tem de cumprir o tratado de extradição.
Para Nabor Bulhões, com essa decisão, Lula pode apenas adiar a entrega de Battisti, sob a alegação de que ele responde a um processo no Brasil, mas nunca se negar a entregá-lo.

(Com Agência Estado)

Veja

Doença rara impede menino britânico de comer


Um garoto britânico de cinco anos de idade terá de passar a vida se alimentando pelo estômago após ser diagnosticado com um tipo raro de doença genética que afeta um paciente em cada 135 milhões.

Keaton Foale, que vive em Sunderland, no norte da Inglaterra, sofre de uma doença congênita de glicosilação (CDG, sigla pela qual esse grupo de doenças é conhecido) tipo 2, o que faz com que seu estômago rejeite qualquer alimento que ele venha a ingerir.
Aos seis meses de idade, para salvar a vida do garoto, os médicos do hospital geral de Sunderland precisaram colocar um um tubo no estômago de Keaton.
Desde então, ele recebe uma mistura de leite altamente calórica quatro vezes por dia em sessões de 50 minutos.
Quando Keaton nasceu, com apenas 24 semanas de gestação, ele tinha cerca de 10 cm. Mas os médicos não veem relação entre esse fato e o posterior desenvolvimento da sua condição.
Já no primeiro ano, o menino lutou contra icterícia, anemia e infecções sanguíneas e precisou de uma cirurgia a laser para prevenir a cegueira.
O garoto foi diagnosticado com CDG pouco depois de começar a rejeitar leite, aos três meses e meio de idade.
"Fiquei muito preocupada quando ouvi falar dessa condição pela primeira vez", disse à agência Caters News a mãe, Claire Plummer, 29, que divide seu tempo entre Keaton, sua irmã de dez anos e seu irmão de oito.
"Durante anos os médicos não conseguiram diagnosticar o que estava errado com ele. Mesmo agora, saber que ele sofre de uma condição tão singular oferece pouco consolo, na verdade."
Como a ciência conhece muito pouco sobre a doença de Keaton – os cientistas ainda não conseguiram estabelecer com precisão quais os genes defeituosos na CDG tipo 2 –, o garoto continuará tendo de conviver com o tubo no estômago.
Ele tem dificuldades de falar, subir e descer escadas e sofre de sangramentos internos regularmente.

As expectativas de vida para alguém com sua doença congênita variam de três meses a 60 anos.


Melhorar o íntimo das pessoas mais que mudar o Direito


A Medicina surgiu ligada à Religião, mantendo essa característica até hoje nas culturas mais primitivas, por exemplo, nas tribos indígenas através da figura dos pajés.
Divulga-se cada vez mais, no Ocidente, a tese do ser humano como ser imaterial (alma) que dirige um hardware (corpo) por intermédio de um software de alta qualidade.
A Medicina tem evoluído no sentido do tratamento da mente como meio de curar o corpo, na linha ideológica de BERBIE S. SIEGEL e muitos outros.
Há quem tente antecipar o futuro afirmando que a Medicina se tornará Psicologia.
Quanto ao Direito, também surgiu ligado à Religião, somente se desvinculando, no Ocidente, no geral após a Revolução Francesa.
Tem funcionado, em outros termos, como regulador das “quedas de braço” entre pessoas e nações, umas e outras com fortes tendências ao abuso e desrespeito aos direitos alheios.
Na regulação dos contatos interpessoais e internacionais cada vez menos se concedem privilégios a uma aristocracia dotada de habilidade para dominar as populações.
As desigualdades vêm sendo reduzidas lenta e cautelosamente, mas cada vez mais.
O Direito criou um membro executor que é a Justiça, até hoje voltada sobretudo para a inflição de castigos aos infratores. Com sua evolução, esse membro deverá caracterizar-se mais pelo aspecto pedagógico.
Pode-se acreditar que o Direito passará a ser Pedagogia.
A evolução do Direito e da Medicina (e dos demais ramos do Conhecimento) dependem da melhor compreensão da essência do ser humano, deixando de tratá-lo, no mundo ocidental, como mera “casualidade física” para ser visto e reconhecido como “ser espiritual” com todas as consequências que essa constatação acarreta.
Deixamos de ter como objetivo unicamente a conquista de bens materiais e passamos a interessar-nos pelo nosso aperfeiçoamento moral e espiritual.
As experimentações capitalistas e socialistas não deram certo porque não mudaram a intimidade do ser humano, permanecendo egoísta e muitas vezes desonesto.
Somente com a melhoria interior, teremos cidadãos vocacionados para as causas públicas, com pouca necessidade de contenções e punições e inclinados a servir à coletividade.
Não se trata de utopia, mas sim de uma realidade que, aos poucos, vai-se desenhando.
O trabalho de conscientização é mais importante do que o aperfeiçoamento das técnicas regulatórias dos conflitos interpessoais e internacionais.
Em suma, tudo começa pelo próprio ser humano e nele termina.

Luiz Guilherme Marques

Médicos levam dois meses para detectar cisto de 8 kg

Uma britânica esperou cerca de dois meses até conseguir que médicos diagnosticassem um cisto de quase oito quilos em seu ovário, na grande Manchester.

A barriga de Janet Delaney estava tão grande que conhecidos perguntavam para quando era o bebê, mas quando ela consultou seu clínico geral, ele diagnosticou síndrome do intestino irritável e receitou um remédio.
Os cistos ovarianos são tumores que se formam dentro do ovário, contendo um líquido fluido ou uma substância semi-sólida. Sua ocorrência é relativamente comum entre mulheres em idade fértil - muitas vezes eles não precisam ser removidos - e na maioria das vezes são assintomáticos.
Já Janet Delaney sofria de desconforto provocado pelo tamanho do cisto e de fortes dores.
“Os médicos me perguntaram quão forte era a dor, em uma escala de zero a dez, sendo que dez era o equivalente à dor do parto. Era dez”, disse a paciente.
“Meu marido não entendia nada, eu chorava de dor o tempo todo.”
Janet Delaney tomou os remédios receitados mas a dor piorou, disse ela, que então procurou um hospital.
Lá, os médicos também não identificaram o cisto e disseram que o clínico geral provavelmente estava certo, e que a melhor opção seria voltar a consultá-lo e trocar a medicação.
A primeira consulta de Janet Delaney foi no início de dezembro passado e até o fim de janeiro ela teve pelo menos três consultas no hospital Wythenshawe, na grande Manchester, além de consultas com seu clínico. Os médicos continuaram a diagnosticar síndrome do intestino irritável.

Cisto
Desesperada com a falta de progresso, ela começou a fazer buscas na internet, pouco antes de o cisto ser identificado em um exame de ultrassom.
“A mulher que fez o ultrassom disse que eu tinha um cisto enorme no ovário. ‘É tão grande que eu não consigo medi-lo’, disse ela.”

“Imediatamente respondi: Eu consigo senti-lo. E não acredito que até agora ninguém tinha conseguido identificá-lo”, disse Janet Delaney.
Os médicos disseram que a paciente teria que fazer uma histerectomia (cirurgia para retirada do útero), já que o cisto poderia ser cancerígeno.
A cirurgia foi feita seis semanas depois, em outro hospital. Quando foi retirado, o cisto pesava 7,7 kg, peso equivalente ao de dois bebês recém-nascidos. Na ocasião, foram necessários dois cirurgiões para retirá-lo.
O médico de Janet Delaney se recusou a comentar o caso, mas o serviço de saúde público de Manchester disse que ela pode apresentar uma queixa formal, para que seja iniciada uma investigação.
O hospital Wythenshawe também declarou que seus funcionários estão prontos para discutir o caso com a paciente, caso ela ache necessário.
Por agora, Janet Delaney está livre de câncer, mas terá que fazer exames a cada seis meses.


Padrasto confessa ter introduzido agulhas no corpo de menino internado na Bahia


SÃO PAULO - O padrasto do menino de 2 anos internado com cerca de 50 agulhas espalhadas pelo corpo confessou ter introduzido os objetos na criança. Ele foi detido pela polícia da Bahia na tarde desta quarta-feira. Segundo as primeiras informações, ele teve a ajuda de duas mulheres, uma delas pertencente a uma seita religiosa. A mãe da criança disse que acredita que o filho foi usado num ritual de magia negra.
A polícia começou a desconfiar do padrasto depois do depoimento da mãe do menino. Ela contou à polícia, que sempre que o padrato convidava a criança para passear, ela ficava com comportamento estranho, nervosa, e aparentava ter medo.
O delegado da cidade de Ibotirama, Hélder Fernandes Santana, disse nesta quarta-feira que o padrasto, Roberto Carlos Magalhães, era o principal suspeito. Ele havia desaparecido desde segunda-feira após a divulgação do caso.
- Quando a pessoa não deve, não sai assim, sem atender o celular, sem dizer para a família onde vai. Achei estranho - disse o delegado.
O delegado informou que Magalhães costumava sair com o enteado nos finais de semana e levá-lo para a casa de parentes seus. A polícia agora pretende ouvir os familiares do padrasto do garoto.
Maria e Magalhães vivem juntos há seis meses, em um relacionamento tranquilo, segundo a polícia. Com o casal, moram a mãe de Maria, a aposentada Adeli Santos, o menino de 2 anos e mais cinco irmãos dele, sendo que a mais velha tem cerca de 13 anos. Todas as crianças são filhas de Maria com Gessivaldo Alves. O delegado Hélder Santana havia descartado a possibilidade de os irmãos terem colocado as agulhas no corpo do menino de 2 anos, pois isto teria feito a criança chorar e chamado a atenção da avó. Uma das agulhas perfurou o pulmão da criança e os médicos dizem que nem todas serão retiradas. Quando perguntam quem fez isso com ele, o garoto chora e não responde. Não há sinais de infecção.
Os médicos decidiram na noite de quarta-feira que vão retirar nesta manhã as agulhas que ameaçam órgãos vitais do menino, como o coração.. A equipe médica passou mais de três horas reunida, avaliando os riscos de uma cirurgia para retirar algumas das agulhas espalhadas pelo corpo do garoto. Mais cedo, os médicos fizeram novas radiografias e afirmaram que são 42 e não 50 agulhas que ele tem espalhadas pelo corpo.
Na terça-feira, a avó do menino, que fica com ele enquanto a mãe dele trabalha, Adeli Santos, disse que só tem uma agulha em casa e que ela fica guardada, longe das crianças. Ela é costureira.
O médico que atendeu o menino pela primeira vez e descobriu a existência das agulhas acredita que elas não foram introduzidas de uma só vez, mas ao longo de um tempo. Desta vez, porém, o menino passou mal porque a agulha atingiu o pulmão e ele começou a sentir dores.
- Isso vinha progressivamente sendo feito, sendo colocado em várias partes do corpo. E desta vez houve o comprometimento do pulmão, perfurado por algum grupo de agulhas, que fez com que ele viesse para o hospital, que fez com que o caso viesse à tona, para todo mundo saber - disse o médico Gilmar Calazans.
O menino não apresenta marcas ou hematomas na pele. Ele está consciente, respira sem aparelhos e ainda reclama de dores, e pede para ir para casa. A criança está sendo alimentada por uma sonda. Os médicos dizem que o estado dele ainda é grave, mas estável.


quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Apresentação da campanha

Banner de campanha contra a pedofilia do Star Bits blogspot


Esta campanha tem por objetivo trazer ao contexto de Mato Grosso do Sul a discussão qualificada sobre a pedofilia na Internet. A gravidade da situação convoca-nos a participar ativamente do enfrentamento desse crime, fortalecendo a rede de proteção de nossas crianças e adolescentes. O Brasil ocupa, segundo fontes da Policia Federal, o primeiro lugar no ranking mundial da venda de imagens de crianças e adolescentes pela Internet. Nos últimos cinco anos esse crime movimentou cerca de 10 bilhões de dólares em todo o mundo, alem de alimentar o tráfico de crianças, pois são inúmeras as denuncias de desaparecimentos.
A proteção de crianças e adolescentes só será possível por meio do acesso a informação a pais, educadores e multiplicadores sociais no intuito de que as denuncias de sites, salas de bate-papo e o comércio de imagens de crianças e adolescentes via Internet sejam feita às autoridades competentes.
Outro aspecto importante ao combate a pedofilia na Internet está relacionado à legislação que não trata de forma explicita os crimes feitos no mundo virtual.
Há grande dificuldades, por exemplo, de se romper o sigilo dos provedores em relação aos clientes que realizam atividades pedófilas por meio da Internet.
Hoje, se pune a exploração comercial de imagens de crianças e adolescentes, mas o simples porte de fotos e imagens não se caracteriza um crime. Portanto, se conseguimos chegar num pedófilo e apenas tiver o porte das fotos nada acontecerá. Faz-se necessário, portanto, mudar esta realidade na legislação.
Dessa forma, todos estão convocados para refletir sobre um grave problema que muitas vezes ocorre de forma silenciosa dentro dos lares de cada um de nós, especialmente as diversas autoridades capazes de materializar mudanças necessárias na legislação.
É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-las a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.
(Artigo 227 da Constituição Federal)


Lindemberg vai a júri popular pela morte de Eloá, determina TJ de São Paulo


SÃO PAULO - A 16ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo decidiu que o motoboy Lindemberg Alves Fernandes, de 23 anos, vai a júri popular pela morte da ex-namorada Eloá Cristina Pimentel, de 15 anos . A jovem foi assassinada em 17 de outubro de 2008, após Lindemberg mantê-la refém por cem horas, em um apartamento de Santo André, ABC paulista. No desfecho, o Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) invadiu o local e prendeu o motoboy, mas, durante a invasão, ele atirou em Eloá. A outra refém, Nayara Rodrigues, amiga de Eloá, foi atingida na boca e sobreviveu.
A decisão do TJ foi tomada nesta terça-feira. Segundo o Tribunal de Justiça, ainda não há previsão de quando Lindemberg será julgado pelo Tribunal do Júri de Santo André, pois isto depende da agenda de julgamentos. A defesa de Lindemberg havia entrado com recurso para que o Tribunal revisse a decisão da Vara do Júri de Execuções Criminais de Santo André , que determinou que o acusado fosse julgado pelos jurados. Mas a 16ª Câmara Criminal negou o recurso.
Em outubro deste ano, o Ministério Público disse já ter uma série de bons argumentos para convencer o júri a condenar o motoboy. A Promotoria quer provar que ele premeditou o crime . Na ocasião, o promotor Antonio Nobre Folgado disse que Lindemberg já entrou no apartamento decidido a matar Eloá. A tese, disse, é comprovada pelo depoimento da Nayara, pela reconstituição da invasão do Gate; pela perícia no local; pelo laudo necroscópico das vítimas, e pela negociação com o Gate.
O Instituto de Criminalística confirmou que Lindemberg se escondeu para dar os tiros. Na parede e na cortina onde ele foi preso havia vestígios de pólvora. Na negociação com o Gate, disse o promotor, Lindemberg afirmou diversas vezes que ia matar Eloá e Nayara. Lindemberg permanece preso.

O crime
Eloá levou dois tiros, um na cabeça e outro na virilha. Ela não resistiu aos ferimentos e morreu horas depois. Nayara foi baleada no rosto e sobreviveu sem sequelas. ( veja as imagens do fim do sequestro )
O fim do sequestro ocorreu em meio a críticas sobre a ação da polícia. Um dia antes dele terminar, Nayara Silva voltou ao prédio e se tornou novamente refém. A adolescente, rendida no primeiro dia, ao lado da amiga, havia passado 33 horas refém e tinha sido liberada. Ela passou pouco mais de 24 horas em liberdade, até que Lindemberg exigiu que a Polícia Militar a chamasse. Ele afirmava que, em troca, libertaria Eloá.
A Polícia Militar chegou a negar que ela estivesse de novo na condição de refém e informou que a presença da menina era "estratégia de negociação". O próprio coronel Eduardo José Félix, que comandava a operação, disse que os pais da adolescente concordaram que ela voltasse ao prédio e que a garota poderia sair do apartamento quando quisesse. No entanto, em depoimento à polícia, a menina negou que tivesse recebido qualquer orientação para não retornar à porta do apartamento.
Não foi a única confusão em torno do caso. Os policiais alegam que só entraram no cativeiro depois de ouvir um disparo. A informação é negada por Nayara. A menina, em depoimento à polícia e à Justiça, afirma que os disparos foram feitos depois que a porta do apartamento foi implodida pelos policiais. Para especialistas, a polícia cometeu pelo menos três falhas: demora, devolução de refém e acesso irrestrito ao telefone, pelo qual o criminoso chegou a dar entrevistas.
A última exigência de Lindemberg atendida pela polícia foi apresentar um documento por escrito, entregue por um promotor do Ministério Público, garantindo sua integridade física. O documento foi levado pelo promotor Augusto Eduardo de Souza Rossini. Neste caso, não ocorreu falha: Lindemberg saiu ileso. Ele está preso desde 20 de outubro na Penitenciária de Tremembé, onde também está Alexandre Nardoni, acusado pela morte da filha Isabella Nardoni.

Desdobramentos
Confirmada a morte cerebral de Eloá, os órgãos dela foram doados pela família, beneficiando pelo menos cinco pessoas . O pai da menina, Everaldo Pereira dos Santos, durante o sequestro, foi reconhecido como um dos integrantes da "Gangue Fardada", um grupo de extermínio que atuava em Alagoas. Ex-policial militar, Everaldo é apontado pela polícia alagoana como autor de pelo menos três homicídios. Ele ainda terá de responder também pelo crime de falsidade ideológica, já que em São Paulo passou a adotar o nome de Aldo José da Silva.


O Globo
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