sábado, 12 de setembro de 2009

Itamaraty rejeita relatório dos EUA sobre trabalho infantil


O Ministério das Relações Exteriores disse que “não reconhece a legitimidade” do relatório sobre trabalho infantil publicado hoje pelo Departamento de Trabalho dos Estados Unidos e rejeitou seu possível uso “com fins protecionistas” para limitar o comércio.
Um comunicado da Chancelaria brasileira questiona a “transparência” das fontes e os critérios utilizados no relatório, assim como de qualquer outro feito por outros países de forma unilateral.
O relatório de 450 páginas foi apresentado hoje pelo Departamento de Trabalho ao Congresso dos EUA para denunciar a existência de trabalho infantil em 58 países, entre eles o Brasil.
No documento, foi detalhada uma lista de 29 bens em cuja produção se constatou que eram usadas práticas de semi-escravidão, na qual está incluída a produção de carvão vegetal no Brasil.
A lista não impedirá a importação por parte de empresas americanas, mas o Governo exigirá, na hora de adquirir algo, que a companhia de origem certifique que não emprega crianças.
A Chancelaria lembrou que o Brasil é um dos membros da Organização Internacional do Trabalho (OIT) que mais normas ratificou dentro do organismo, incluindo as quatro convenções contra o trabalho forçado e infantil que os EUA não legalizaram.
Também assinala que a comissão de especialistas em normas trabalhistas da OIT fez diversos elogios às políticas públicas implantadas no país para combater o trabalho infantil.
No Brasil, trabalham cerca de 4,8 milhões de crianças, segundo números oficiais referentes a 2007 publicados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A porcentagem de crianças trabalhadoras caiu dos 19,6% registrados em 1992, para 10,8% da população de entre 5 e 17 anos em 2007.



G1

"Madrasta não tem atenuante"

Muitas nos procuraram depois do assassinato da Isabella Nardoni
Há sete anos, a psicóloga Roberta Palermo fundou
uma associação de madrastas, categoria à qual pertence.
Sua entidade tem 2 750 filiadas. Há uma semana, elas se
reuniram no Rio para discutir seus infortúnios


Raquel Salgado

O que a levou a fundar essa associação?
Na cabeça das pessoas, há três vilões: babás, mordomos e madrastas. Ora, nem todas as babás batem, nem todos os mordomos assassinam e nem todas as madrastas fazem malvadezas. Sou uma madrasta e queria lutar contra esse preconceito.

O que faz sua associação?
Ouve, aconselha e tenta resgatar a imagem das madrastas. Queria até convencer os autores de dicionários a mudar a definição de madrasta, que inclui a descrição de uma mulher má e ingrata.

Mas madrastas más existem.
Claro, eu fui vítima de uma delas, que, depois, se arrependeu. O problema é que ninguém as desculpa.

Por quê?
O perdão está reservado às mães. Para elas, sempre há justificativa. Se uma mãe maltrata um recém-nascido, é por depressão pós-parto. Se perde a paciência, está estressada. Madrasta não tem atenuante.

Quais são as queixas das suas associadas?
Muitas nos procuraram depois do assassinato da Isabella Nardoni (de 5 anos, cuja madrasta é acusada de asfixiá-la). Foi o que bastou para muita gente dizer: "Madrasta é tudo de ruim".

Que outros problemas elas enfrentam?
O mais comum é a dificuldade de lidar com o ciúme em relação aos filhos e à ex-mulher do marido. Elas precisam de ajuda do marido para superar isso. Ele tem de mostrar aos filhos quanto sua atual mulher é importante.

Seria melhor arranjar outro nome para madrasta?
Não, o nome é madrasta, e ponto. A palavra não é negativa só porque começa com "má". Macaco e maçã começam com a mesma sílaba e não são ruins.


Revista Veja

Dois sexos em um mesmo corpo


Cura para o hermafroditismo é na maioria das vezes cirúrgica

Rio - A polêmica em torno do sexo da atleta sul-africana Caster Semenya, que venceu a prova dos 800m no Mundial de Atletismo de Berlim mês passado, colocou em evidência um problema cercado por muito tabu: o hermafroditismo ou a anomalia do desenvolvimento sexual, como dizem os especialistas. A atleta de 18 anos passou por inúmeros testes e exames a pedido da Federação Internacional de Atletismo, que indicaram que ela não tem ovários, mas tem testículos internos, que produzem grande quantidade de testosterona, o hormônio masculino.
“Na maioria dos casos, o individuo tem um pênis pouco desenvolvido ou um clitóris aumentado. Ou seja, um órgão sexual ambíguo. Nos casos em que não é possível se afirmar o sexo do bebê facilmente, equipe multidisciplinar, em conjunto com os pais, opta pelo melhor sexo que deve ser escolhido para aquela criança após uma série de exames”, explica Gerson Carakushansky, geneticista clínico e professor da Faculdade de Medicina da UFRJ.

RETIRADA DE PÊNIS
Em março, outra esportista teve sua vida exposta após revelar ter nascido com órgãos sexuais feminino e masculino. A tenista alemã Sarah Gronert, 22 anos, foi submetida a uma cirurgia para extrair o pênis há cerca de dois anos. Um ano antes da cirurgia, Sarah, que é acusada por suas rivais por ter uma força descomunal para uma mulher, chegou a pensar em abandonar o esporte.
“A forma mais frequente da anomalia, também conhecida como pseudo- hermafrodita feminino, ocorre devido a doença genética que acomete a glândula supra-renal, que fica aumentada e secreta hormônio masculino em grande quantidade. O teste genético mostra que as pacientes são meninas”, diz Carakushansky.
Segundo o psiquiatra Fábio Barbirato, da Santa Casa de Misericórdia, uma das maiores dificuldades é definir o momento certo da cirurgia para a escolha do sexo que permanecerá.

Corredora desistiu de prova
Um dia após ter o hermafroditismo revelado, Semenya desistiu ontem de disputar os 4.000m no Campeonato de Cross Country da África do Sul. Segundo o treinador Michael Seme, ela “não estava se sentindo bem”. O governo de seu país irá “às últimas instâncias” contra a Federação Internacional de Atletismo se a entidade a excluir das competições. O ministro de Esportes, Makhenkesi Stofile, vai procurar advogados para saber se os direitos humanos de Semenya foram violados.

POR PÂMELA OLIVEIRA, RIO DE JANEIRO


O DIA ONLINE

Esforço para retomar o amor pelo magistério


Estado e prefeitura anunciam incentivos, como curso inédito de diretores e concurso

Rio - O que motiva profissionais da Educação em um tempo em que se enfrentam a polícia na rua por salário melhor, a violência na região onde trabalha e o desinteresse de estudantes pela carreira? A Secretaria Estadual de Ciência e Tecnologia quer saber o que anima professores a seguir no ramo e a estudantes a sonhar em tornar um.
Para isso, prepara pesquisa com 4.500 alunos do Ensino Médio da Faetec, conforme adiantou ontem o ‘Informe do DIA’. Além disso, anunciou a criação de curso inédito para a formação de diretores de escolas. Já a prefeitura vai premiar profissionais de destaque.
Mesmo com tantas dificuldades, Deise Castro, 43, é uma entusiasta. “Esse colégio é um oásis na comunidade. É a prova de que é possível acreditar na educação, pois graças a ela nunca sofremos represálias”, comenta Deise, que leciona há 22 anos na Escola Afonso Várzzea, no Complexo do Alemão, uma das 150 unidades em área de risco do Projeto Escolas do Amanhã, da prefeitura.
Segundo o secretário estadual de Ciência e Tecnologia, Alexandre Cardoso, a pesquisa deverá estar pronta em outubro, e o curso terá a duração de seis meses a um ano. A intenção da pesquisa é detectar as razões que levam os estudantes a desistir da profissão.
Ele conta que há três anos, quando a Faetec abria inscrição para professores de Física, Química e Matemática pela Internet, apareciam 30 interessados. Hoje, não passam de três.
“A intenção da consulta e do curso de diretores é melhorar a qualidade de quem ensina”, afirmou Cardoso. A formação de professores tem levado nota baixa. Pesquisa divulgada pela Fundação Escola de Serviços Públicos ano passado, com base no concurso de 2005, mostrou que 52% dos docentes do Rio foram reprovados em Português e Matemática.

Medalha para professores inovadores
Pelo terceiro ano, a prefeitura concederá a Medalha Carioca de Educação aos professores que se destacam. É necessário ser indicado para participar desta edição, que aceita inscrições até dia 14. Candidatos devem ter pelo menos 10 anos de magistério. Dois mestres levarão a comenda. O resultado sai dia 12.
A União dos Professores Públicos do Rio aponta que, em 2008, de 5.646 afastamentos, 535 foram a pedido — a maioria por insatisfação com salário. Destes, 425 saíram de janeiro a agosto. Este ano, no mesmo período, o número subiu para 1.296.

Reportagem de Celso Oliveira e Francisco Edson Alves


O DIA ONLINE

A relação poder - responsabilidade na Guarda Unilateral



Trailler do filme "A Morte Inventada"

Gente não é "coisa" para se exercer o pretenso "poder", o exercício desmedido do "controle" e do "poder" estam ligado a todas as patologias de perversidade, e narcísicas .
Bem como é fato mais que batido, que todo o conflito pós - litígio e durante o mesmo, só existe porque as pessoas não sabem usar o poder corretamente; pervertem-no, abusando completamente deste.
Quando o sistema judiciário , exerce seu "trato" unicamente baseiando-se no exercício de delegação de poder unilateral e parcial, desequilibrado na maioria das vezes, o que vemos é a pura patologização da familia.
Ou seja, isto comprova que o sistema judiciário é a maior "fábrica" irresponsável de patologias humanas.
CARL GUSTAVE JUNG, psiquiatra suíço e fundador da psicologia analítica, disse:
"Não é o ódio como todos pensam, a sombra (o oposto) do amor, mas sim o poder"
"Aonde existe poder não pode existir amor"
Vejam que lindo e profundamente sábio isto, que este grande mestre da humanidade nos ensinou. O verdadeiro amor é o da mais pura redenção, e entrega desinteressada.
Por que humanidade não acorda para estas questões????
Acho que já se passou e muito dessa hora, principalmente entre aqueles que deveriam ser técnicos especialistas, no assunto poder e trato humano; os operadores do Direito e da Justiça , ou seja os Magistrado, Promotores e Psicólogos Judiciários.
O primeiro erro, completamente equivocado da psicologia judiciária, é acreditar que é pelo poder que se gera a responsabilidade , bem como o respeito das crianças.
A experiencia nos ensina que isto, o respeito, só pode ser conseguido pelo trato respeitoso mútuo equilibrado pelo exemplo, bem como pela consquista e manutenção de um vínculo positivo, saudável. Ou seja, é pelo afeto e não pelo poder, que se consegue o respeito e o verdadeiro poder.
Exercício de poder significa, opressão pelo medo, e isso não é amor e sim coerção.
Não é de poder que as crianças precisam, e sim de afeto e respeito.E só esta conquista respeitosa e equilibrada, é que é sim, RESPONSABILIDADE PARENTAL.

Por Fernando Cotic


O "PODER", no caso da guarda unilateral, vem fomentar a prática da tirania desmedida e não estimular a responsabilidade, uma vez que, na grande maioria das vezes, existe um clima de confrontação natural decorrente da separação que, em regra geral ocorre acompanhada de um forte ressentimento de uma das partes, principalmente quando houve traição ou abandono intempestivo. Tenho a convicção de que, ainda que não haja ressentimentos no momento da separação, atribuir um poder absoluto, como é feito pelo judiciário, constitui-se em um péssimo exemplo para os próprios filhos, do ponto de vista de equilíbrio e de justiça, pois denota um desapreço pela figura do genitor de quem o poder foi suprimido, ficando para o filho uma imagem depreciativa do modelo em quem a criança deveria se espelhar.
Isso serve de péssimo exemplo para a criança, tanto psicologicamente, quanto no que se refere aos valores morais, já que ela não irá perceber na conduta do tutor convivente o equilíbrio e a ética que se espera de um verdadeiro educador.
Pode ocorrer que, ainda que haja um bom entendimento entre as partes, ao aparecer a eventual figura de uma nova companheira, o litígio possa surgir e então o "PODER" passa a ser utilizado como arma de batalha, onde até mesmo os filhos são usados covardemente para atingir o genitor não tutor.
Com relação à responsabilidade, esse é um valor intrínseco ao ser humano,independente de ele ter "PODER" ou não.
Adolf Hitler tinha muito "PODER" mas não teve responsabilidade no seu uso ficando claro que ele só fez a guerra porque se achou poderoso demais.
Não é por outro motivo que, até mesmo no âmbito das relações internacionais, o equilíbrio do "PODER" bélico das nações é fator primordial para a manutenção da "PAZ".
No caso que nos aflige, a Tutela Parental Compartilhada seria a solução absoluta para todos os problemas inerentes ao convívio e manutenção dos filhos.
Na prática haveria uma paz compulsória, sob a pena de se perder parte do "PODER", coisa em que as pessoas nem querem pensar.
Somente o nosso despreparado poder judiciário não consegue enxergar no equilíbrio do poder, a verdadeira justiça de família, fato que é tão óbvio.
Até que me provem o contrário, a não adoção do modelo proposto só pode ser atribuída à existência de intere$$es pouco confe$$ávei$ da "máfia de família".

Por Luiz Carlos Rodrigues Coelho

Estas postagens foram retiradas do grupo de discussão APASE (apase-br@yahoogrupos.com.br )
Apase - Associação de Pais e Mães Separados

O poder positivo: uma reflexão sobre a violencia


O poder positivo
Professora da UFMG diferencia a violência externa da indisciplina decorrente da busca dos alunos por sua identidade. E defende o diálogo para o exercício da autoridade no ambiente escolar

Rubem Barros
http://revistaeducacao.uol.com.br/textos.asp?codigo=12743

Especialista na obra do filósofo francês Michel Foucault, sobre a qual publicou Poder, normalização e violência(Autêntica, 2008), a professora Izabel Friche Passos, da Universidade Federal de Minas Gerais, defende que é preciso separar a questão da violência no âmbito da educação em duas dimensões. Uma delas é inerente às relações entre educadores e estudantes; outra é oriunda de problemas sociais externos à escola e nela se manifestam.
Avalia, ainda, que é possível um exercício do poder de forma menos controladora e mais construída em função dos interesses diversos que agem na escola. E recrimina a adoção do toque de recolher como forma de proteger os jovens. Leia, a seguir, a entrevista.

As escolas particulares fazem dos aparatos de segurança um diferencial de marketing. Agora, a rede pública paulista lançou um pacote que prevê, entre outras medidas, a instalação de 11 mil câmeras em escolas. A ideia do panóptico de Bentham está tomando o lugar disciplinar dos educadores?
Parece… Mas teríamos de ver a questão da violência nas escolas de duas maneiras, porque a questão talvez seja mais complexa. A primeira é do ponto de vista do interior da escola, as questões que aparecem para os educadores no cotidiano no interior da instituição educacional. Não é uma coisa nova. Esses confrontos que acontecem entre professores e alunos têm adquirido uma dimensão maior, mais evidente, mas é uma questão que está posta pelo próprio discurso da instituição, que é uma instituição disciplinar, normalizadora. Nesse sentido, o panóptico aparece como modelo idealizado de disciplina. Não que tivesse sido realizado por completo, como Bentham pensou para as prisões, para favorecer o olhar do vigia, de quem está ali controlando os prisioneiros. É uma estrutura circular, uma torre colocada no centro da prisão, em que quem está vigiando tem a visão de todas as celas, colocadas ao redor desse olho, continuamente acionado e fiscalizando o que se passa em todo o espaço prisional. Por isso é considerado um modelo de fiscalização e controle quase absoluto.
Sugerimos o paralelo porque, no panóptico, quem controla não está sendo visto e quem é controlado é visto o tempo todo.
Exatamente. Quem está sendo controlado não sabe se em algum momento não está sendo vigiado. É censurado continuamente. A tentativa de estar a par do controle é infrutífera para esse prisioneiro. É o modelo da disciplina absoluta, e a instituição escolar é disciplinar, conforme a teorização de Foucault sobre as instituições da modernidade. É o momento em que esse tipo de instituição prolifera: além da escola, a família torna-se cada vez mais disciplinar; o exército, configurado como uma instituição do Estado, armada; a prisão etc. Todas elas têm como base inicial o modelo dos conventos, das instituições religiosas. Por quê? O que se pretende das instituições sociais na modernidade? Normalizar os indivíduos, produzir indivíduos mais conformes às normas e aos valores sociais da sociedade. Essas instituições têm um papel fundamental de socialização e de normalização. Dada essa condição de instituição civilizadora da escola, vinculada à ordem social, os conflitos sociais se manifestam dentro dela - o preconceito de classe, de raça, as desigualdades sociais. As instituições disciplinares implicam uma hierarquização de poder e de saber, e os alunos nessa situação são submetidos ao poder da escola.

E qual o segundo ponto?
A escola também deve ser pensada como alvo de uma violência externa que a tem atingido de maneira exacerbada, num crescente que acompanha a violência urbana e social. Daí, talvez, a justificativa desse uso excessivo de câmeras, para tentar controlar a violência que tem invadido as escolas. É preciso diferenciar essa violência da relação de poder de normalização. A violência é uma coisa da ordem da destruição, do massacre, do desrespeito absoluto ao outro. Nesse caso, as escolas têm sido vítimas de uma violência proveniente do uso de drogas, do tráfico de armas, do pouco valor dado à vida humana nesse contexto. Situações e atos absurdos, com índices às vezes mais altos que aqueles de países em guerra.
Mas não é inerente ao exercício do poder no âmbito da escola que haja um sentido positivo, não restrito ao controle, que contemple o diálogo?
Quando falo de relações de poder e do papel civilizatório da instituição escolar, refiro-me exatamente a pensar o poder de uma outra maneira, não apenas como controle e subjugação, mas algo em que se baseiam todas as relações sociais. E que é positivo, porque não se produz nada se não houver certos limites, se não houver normas e regras. Nessa questão de se formar um cidadão está implícito um jogo de forças. O poder que é só negativo, que só controla, é pouco eficaz porque pressupõe um poder absoluto por parte de quem está submetendo o outro. E nas sociedades que se reinventaram na democracia, a partir da sociedade grega, o valor da liberdade, da igualdade entre os indivíduos é um valor básico. E é exatamente por isso que o poder disciplinar é o poder típico da sociedade moderna, pois pressupõe indivíduos livres e uma adesão desses indivíduos às normas. Não é uma questão de violência, de força bruta, como nos regimes absolutistas, totalitários, que são paradoxos da história, porque o poder disciplinar traz nele também a potência da deformação de seu exercício.


De que forma a senhora ilustraria o exercício desse poder positivo?

O filme Entre os muros da escola - que deveria ser visto por professores, pais e estudantes -, por exemplo, trata de uma questão do cotidiano que é o confronto entre professores e alunos. Aqueles adolescentes estão vivendo uma fase em que a agressividade é fundamental. O tempo todo eles confrontam a coerência do professor, os valores que tenta passar, reproduzir para os alunos. É uma forma de resistência salutar, pois é formadora. Não se trata de mera rebeldia, os estudantes estão tentando encontrar os seus referenciais morais e éticos para vida. Estão num momento de passagem para a idade adulta, e fazem isso por meio da contestação, de um teste dos valores que os adultos querem lhes impor. E há uma ética entre eles. Quando um aluno briga com o outro, eles se xingam. Mas na hora que aquele com quem ele briga é desafiado pelo professor, eles se aliam. É a ética do companheirismo, da camaradagem, em meio a um conflito geracional inevitável.

Mas no filme o universo do saber é posto em questão pelos alunos, que não veem utilidade na linguagem culta, tomando-a como um mero artifício de poder. A escola perdeu a capacidade de produzir discursos formadores de saber e indutores do prazer na relação com o conhecimento?
Será que algum dia ela teve esse poder dessa maneira? Desconfio de avaliações que dizem que o que estamos vivendo é consequência da falência das instituições. Segundo esse discurso, a escola estaria falida como instituição formadora, a família como referência moral. Será que a escola ou qualquer outra instituição consegue realizar de maneira tão harmônica os princípios a que se propõe? Porque a sociedade é cheia de conflitos, contradições e lutas. Não vivemos numa sociedade harmônica. A escola antiga era mais rígida e mais presa a esse modelo disciplinar mais tradicional. A partir dos anos 60, vivemos uma transformação das instituições, que tem um lado positivo importante, de crítica a essa estrutura hierárquica rígida, em que o saber está de um lado, e as faltas estão de outro. Esse filme é bonito porque mostra o esforço dos professores de uma escola da periferia de Paris, cuja maioria dos alunos é de filhos de imigrantes, pessoas pobres sem o mesmo acesso à sociedade francesa, para compreender esses meninos, dialogar com eles.

Escola e família tinham modelos de autoridade que foram superados. Mas depois disso não se chegou a novos modelos que conseguissem legitimar-se.
A autoridade não está assegurada a priori por regimentos, por normatização, por um diploma ou por um cargo de autoridade. As famílias têm tido dificuldade de exercer essa autoridade sobre os jovens e crianças porque, para construí-la, é preciso ser um sujeito consistente, autônomo, ciente das próprias limitações. Os pais e famílias das classes mais pobres estão em condições de sobrevivência terríveis, que impedem qualquer forma de parar e pensar nos cuidados de seus filhos. E as famílias de classe média e média alta têm abandonado esse trabalho de construir sujeitos autônomos. Então, existe um problema que está nas margens mais elementares do tecido social. A autoridade é algo que se constrói nas relações, que não existe a priori, não existe modelo. É claro que antes as sociedades eram mais estáveis em termos de conflito social, como por exemplo o Brasil dos anos 50. Mas a custa de quê? De uma exclusão enorme de jovens e crianças.

Mas não lhe parece que os caminhos para essa construção não estão sendo encontrados?
O caminho não pode vir de uma política centralizada, imposta. Não conheço o programa que está sendo implantado no Estado de São Paulo, não li o manual. Parece uma tentativa nesse sentido, de achar estratégias que ajudem a construir esse sistema de autoridade para minimizar essa violência exacerbada.

Pela via da norma universal…
O problema é que essas políticas costumam ser planejadas em gabinetes, por especialistas. Fazem pesquisas que subsidiam as estratégias, mas existe pouca articulação com as bases, com quem terá de implementar a política e vive os problemas da violência em seu trabalho. Talvez uma das formas de construir melhor essas ações fosse permitir que as escolas e as comunidades pensem essas estratégias. Tudo bem haver cartilhas e manuais gerais que indiquem como agir em algumas situações ou que tragam alguns princípios e valores, mas só isso não funciona. As pessoas precisam estar realmente engajadas em um projeto. Uma das formas é o Estado disponibilizar recursos, estrutura, material para divulgação, ou seja, fornecer os meios, para que as comunidades locais construam os seus modos de atuação, tentando valorizar os recursos que têm. Quem vive na comunidade é que sabe por onde passa a violência em potencial. Mas não se trata de crítica ao programa de São Paulo, que não conheço.

Muitas cidades estão adotando o toque de recolher, tendo como justificativa a proteção de crianças e adolescentes. Como a senhora vê essa medida?
É impressionante como quando as coisas fogem ao controle se apela à medida repressiva. Temos de enfrentar a questão da violência, mas, quando a violência atinge de uma forma muito próxima, as pessoas normalmente pensam numa revanche. Ou seja, a resposta violenta contra a violência, como a pena de morte. O toque de recolher é uma espécie de policiamento da vida, da família, da população em geral. Caímos em outro conceito que Foucault desenvolveu que é o do biopoder, tipicamente uma estratégia de controle da vida urbana, da população. Tendo a ser contra esse tipo de medida. Primeiro porque não adianta nada. Não é botando hora para o adolescente estar em casa e aumentando o policiamento, ou levando para o Conselho Tutelar que se vai resolver a situação. Tornar o Conselho Tutelar cada vez mais policialesco não vai nos ajudar. Quem tem responsabilidade sobre as crianças e os jovens são os pais, isso é da nossa ordem social. Isso é que deve ser reforçado, e não um artifício como esse. Se o jovem está na rua se drogando, não é o toque de recolher que vai evitar que isso aconteça. Sou contra porque acho que atinge a liberdade de ir e vir de todo cidadão. Já existem leis e normatizações suficientes, não é preciso apelar para uma prática policialesca desse tipo.

Fonte: Aconselhando

USP: Pesquisa aponta que cocaína é a nova droga dos caminhoneiros


Entre os entrevistados, o consumo foi até quatro vezes maior do que o identificado na população brasileira

A cocaína é o novo "rebite" dos caminhoneiros. Pesquisa divulgada nesta quinta-feira (10) pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo aponta que a droga vem sendo usada no lugar das anfetaminas para manter os motoristas acordados por mais tempo. Entre os entrevistados, o consumo foi até quatro vezes maior do que o identificado na população brasileira.
O levantamento ouviu aleatoriamente 308 motoristas que circulavam por quatro rodovias federais no Rio e São Paulo e constatou que 3,5% deles haviam usado cocaína. A urina foi analisada e os dados mais alarmantes foram encontrados na Fernão Dias, região de Atibaia, interior de São Paulo: 4,5% dos caminhoneiros abordados haviam consumido a droga.
Entre os brasileiros em geral, 0,3% admitiu ter usado a droga no último mês, consumo mapeado pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) em entrevista com 7 mil pessoas. "É evidente que esse motorista vai colocar em risco a vida de outras pessoas", afirma a médica Vilma Leyton, coordenadora da pesquisa da USP. A cocaína e a anfetamina atuam no sistema nervoso central, alterando a percepção do motorista, reduzindo a atenção e os reflexos.
Para Flávio Pechansky, pesquisador do Núcleo de Estudo e Pesquisa em Trânsito e Álcool da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, o consumo de cocaína entre caminhoneiros é ainda mais grave porque esses condutores passam 70% do tempo nas estradas. "Ele faz coisas que não faria se estivesse sóbrio, age impulsivamente."
A substituição da anfetamina pela cocaína tem explicações na estratégia usada pelo tráfico. "Os caminhoneiros são presas fáceis. São iludidos pelas promessas dos efeitos mais fortes da cocaína do que do rebite, que dizem deixar a pessoa acordada por mais tempo", afirma o presidente da Associação Brasileira de Logística e Transporte de Carga, Newton Gibson. A droga é apresentada como fórmula para fazer com que 90 horas dirigindo pareçam mais curtas.
"Não é um uso generalizado, mas está ligado às condições de trabalho, principalmente entre os que não têm vínculos com a empresa", afirma José da Fonseca Lopes, presidente da Associação Brasileira de Caminhoneiros. "Tanto é que as drogas são mais presentes no setor de transporte de carga de eletroeletrônicos, formado por motoristas com menos de 30 anos, que fazem do caminhão uma espécie de bico", diz. "Uma parte é obrigada a fazer a rota São Paulo/Belém, antes de seguir para Manaus, em 64 horas. O mínimo suportável seriam 96 horas", completa Lopes, que já ouviu relatos de um motorista que deixou de fazer trajetos mais longos, até o Rio, porque não suportava ficar tanto tempo sem a droga.
A carga horária excessiva é criticada pelo diretor da Associação Brasileira de Medicina de Tráfego, Alberto Sabaag. "Prefiro que ele consuma alguma substância e chegue vivo, do que durma ao volante." Marcelo Pereira, consultor da Associação Brasileira de Educação no Trânsito, cita as características da profissão como outro fator para o vício. "Caminhoneiro vive sozinho, não consegue participar da vida familiar. Este perfil social os deixa mais vulneráveis à sedução da droga."
A lei seca prevê as mesmas punições para o motorista que dirigir embriagado ou sob o efeito de droga, mas o bafômetro só detecta álcool. "O poder público teria que encontrar uma nova forma de fiscalização", afirma o inspetor-chefe da Polícia Rodoviária Federal, Márcio José Pontes.

Fonte: Bem Paraná

Legislativo uruguaio autoriza adoção por casais homossexuais


A Folha de S.Paulo informa nesta quinta-feira (10) que o Uruguai aprovou legislação que permite a adoção de crianças por casais homossexuais. Leia a matéria reproduzida a seguir.

Reforma patrocinada pela coalizão governista teve rejeição da Igreja Católica e de setores da oposição

O Uruguai tornou-se ontem o primeiro país latino-americano a aprovar legislação que permite a adoção de crianças por casais homossexuais depois de o Senado dar o seu aval à reforma do Código da Infância e da Adolescência.
Rejeitada fortemente pela Igreja Católica e por setores da oposição, a reforma une-se à série de mudanças realizadas nesse âmbito pelo governo da coalizão Frente Ampla, formada por setores de centro e de esquerda e que tem maioria no Legislativo desde 2005.
Aprovada por 17 dos 23 senadores presentes -ao todo são 30-, a nova lei não se refere diretamente aos direitos dos homossexuais, mas autoriza a adoção de crianças por casais com união civil, que passou a ser reconhecida entre pessoas do mesmo sexo em 2008, após aprovação dos parlamentares.
À espera de sanção presidencial para entrar em vigor, a lei que autoriza a adoção teve apoio do opositor Partido Colorado, de direita, além do bloco governista. O também opositor Partido Nacional votou contra.
Em maio, o presidente Tabaré Vázquez já havia revogado uma norma que proibia o ingresso de homossexuais nas Forças Armadas e, ainda neste ano, a Câmara dos Deputados deve votar um projeto de lei que autoriza a troca de nome e de sexo a partir dos 12 anos.
A reforma aprovada ontem também regulou o processo de adoção do país, que até então não era descrito em lei claramente. As adoções eram oficializadas pela Justiça depois de as crianças morarem algum tempo com os pais adotivos.
A igreja reclamou das mudanças no código, que deram mais poder ao Executivo no controle das adoções, e rejeitou a ampliação dos direitos civis dos homossexuais. "A adoção deve ser feita por um homem e uma mulher, naturalmente capacitados para ter uma relação plena", disse Pablo Galimbertti, presidente da Conferência Episcopal Uruguaia.
O primeiro caso oficial de adoção de criança por um casal homossexual no mundo é de 1986, quando duas americanas adotaram um menino na Califórnia. O caso desencadeou reformas legislativas em 14 Estados dos EUA, ainda que parte deles apenas permita a adoção no caso de um dos parceiros ser pai biológico da criança.
Do ano 2000 em diante, países europeus, como Holanda, Alemanha e Suécia, além de Austrália e África do Sul, também aprovaram leis para conceder o direito de adoção.

Com agências internacionais

Conservadorismo: Brasil resiste a ampliar direitos civis de homossexuais

No país, casais homossexuais não têm direito à adoção, apesar de a lei permitir que um dos parceiros adote uma criança individualmente. O Congresso e a sociedade veem o tema de maneira conservadora, segundo o professor de direito civil da USP Álvaro Villaça Azevedo, e resistem em aprovar tanto a união civil como a adoção. No entanto, tribunais do Sul do país já autorizaram a adoção por homossexuais.

Fonte: Folha de S.Paulo

Fonte: Agencia Aids

MP pede internação de jovens que agrediam e cobravam “pedágio”


A promotoria de Américo Brasiliense vai solicitar à Justiça a internação de quatro adolescentes acusadas de integrar um grupo que agride alunos de uma escola estadual. Além das agressões, as meninas cobravam um pedágio para que as vítimas não apanhassem mais.

A mãe de uma das vítimas, que por medo preferiu não se identificar, diz que a filha foi muito agredida. “Puxaram o cabelo. Chutaram ela demais nas costas, no peito. Deram muitos murros”, explicou. A briga aconteceu na saída da escola que fica no centro da cidade. “Não tinha nenhuma ronda escolar. Tinha mil alunos na escola e ninguém ligou para a polícia”, reclamou a mãe.

Próximo à mesma escola, outras ocorrências envolvendo as quatro meninas também foram registradas. Muitos pais tiraram os filhos da escola. Além de agredir, as acusadas cobravam uma espécie de “pedágio” para que as vítimas não apanhassem mais.

Os casos chegaram até o promotor Carlos Alberto Melluso Júnior ouviu as meninas e pedirá a internação provisória para as quatro. O juiz tem cinco dias para aceitar o pedido. “Trata-se de um fato praticado com violência e grave ameaça à vítima. Em razão disso e de outros antecedentes, essa será a medida solicitada ao juiz. As adolescentes dizem que nada pode acontecer a elas, mas todas estão sujeitas a processo infracional”, destacou.

Ainda segundo o promotor, serão instaurados procedimentos contra os pais das agressoras.

O Conselho Tutelar de Américo Brasiliense já estava ciente do comportamento agressivo das adolescentes. “Elas brigam por causa de meninos, por causa de roupa”, disse a coordenadora do conselho, Laura Maria Marcili.

A Polícia Militar informou que a ronda escolar é feita nas oito escolas públicas da cidade e que, durante todo este mês, nenhuma escola pediu para reforçar a ronda. Já a secretaria de Educação informou que vai apurar o caso.

Outros casos
Em Rincão, o Ministério Público também investiga agressões praticadas por uma gangue de adolescentes. Preocupados com a violência, os pais denunciaram os casos ao Conselho Tutelar. Um adolescente de 12 anos foi uma das vítimas.



EPTV.com

Mais nove ex-pacientes acusam Abdelmassih de abuso sexual


Desde a prisão preventiva do médico Roger Abdelmassih (foto), em 17 de agosto, mais nove mulheres se apresentaram à polícia acusando-o de abuso sexual. Uma delas veio dos Estados Unidos para registrar queixa na Delegacia da Mulher em São Paulo. Pelo menos outras sete ex-pacientes deverão comparecer à policia nos próximos dias.

A informação é da Band.

Abdelmassih é o especialista em reprodução humana assistida mais conhecido do país. Ele fez fama por alardear uma elevada taxa de êxito de fertilizações da sua clínica e por tratar de mulheres de ricos e famosos, como Roberto Carlos (foto abaixo).
No começo deste ano explodiu um dos maiores escândalos do país envolvendo atendimento médico: dezenas de ex-pacientes denunciaram o especialista de abusos sexuais, incluindo desde beijos de língua na boca à penetração vaginal. Abdelmassih se diz inocente.
Antes que o MPE (Ministério Público Estadual) de São Paulo o denunciasse formalmente à Justiça por estupro de 56 pacientes, o médico por três vezes deixou de comparecer à polícia para depor. Numa das vezes, em março, ele obteve do STF (Supremo Tribunal Federal) liminar para não se apresentar com o argumento de que desconhecia a íntegra dos depoimentos do inquérito policial e quem o acusava. Ainda assim na época ele dizia que tudo não passava de fofocas.
Abdelmassih teria começado a abusar de pacientes no inicio de sua carreira, em Campinas (SP), nos anos 70, quando ainda não tinha se especializado em reprodução humana e dava atendimento como urologista.
Em 1999, uma ex-funcionária o denunciou ao Ministério Público de ter sofrido abuso quando estava sedada. Na época, a juíza Kenarik Boujikian Felippe não aceitou a apuração do MP porque, no entendimento dela, o órgão não tem poder de investigação, mas só a polícia, para a qual foi enviado o caso. (Trata-se de uma questão de competência que surgiu com a Constituição de 1988 e que divide os juízes.)
Algo estranho ocorreu ao final de 2008 e que até agora não se esclareceu: os documentos das investigações despareceram do Fórum da Barra Funda, em São Paulo. Depois de refeitos com cópias, os originais foram encontrados em um banheiro do fórum.
Agora, o caso Abdelmassih, encorpado por muito mais denúncias, volta à juíza Kenarik. Caberá a ela decidir se atende ao pedido dos advogados do médico de reconsideração da ordem de prisão preventiva, de modo que ele possa responder à Justiça em liberdade.
Kenarik pediu um parecer do Ministério Público, que se manifestou pela manutenção da prisão com o argumento de que, se for solto, Abdelmassih poderá inibir o surgimento de novas denúncias. Ex-pacientes temem que ele fuja do país.
A juíza tomará sua decisão até o final da próxima semana.
Márcio Thomaz Bastos e José Luís Lima, advogados do médico, vão recorrer à instância superior, caso Abdelmassih continue na Penitenciária de Tremembé.



Paulopes Weblog

Grupo Girassol de Solidariedade


GRUPO GIRASSOL de Solidariedade

DIA DAS CRIANÇAS 2009

"No amor de uma criança tem tanta canção pra nascer, carinho e confiança, vontade e razão de viver."

*** 455 CRIANÇAS APADRINHADAS ***


Data das entregas nas instituições:
* CASA DA SOPA - dia 03 outubro

* CASA SORRISO DA CRIANÇA - dia 04 outubro

* CRECHE CASULO - dia 06 outubro

* TIA LÚCIA - dia 07 outubro

* CASA DA TIA EDITH - dia 08 outubro

* ABRIGO e CRECHE STELLA MARIS - dia 09 outubro

* ASILO GETSEMAI - dia 15 outubro


*** TODAS AS MADRINHAS QUE NÃO PUDEREM COMPARECER AS ENTREGAS, RECEBERÃO A FOTO DE SEU AFILHADO ***


(Campanha com o prazo de entrega até o dia 30 de Setembro para a embalagem padronizada)

KIT PRESENTE:
01 - BRINQUEDO
01 - ROUPA (completa)
01 - CHINELO OU SANDÁLIA
02 - CALCINHAS OU CUECAS
01 - SHAMPOO E CONDICIONADOR
01 - CREME DENTAL E ESCOVA DENTE
02 - SABONETES
01 - CAIXA DE BOMBOM


PONTOS VOLUNTÁRIOS PARA ENTREGA DOS KITS PRESENTES:

*Ilha do Governador (sede)

* Tijuca

* Nova Iguaçu 1 e 2
*Glória

* Irajá

* Botafogo


grupogirassol@yahoo.com.br

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Comunidade árabe se organiza para superar preconceito


Após o 11 de setembro, a discriminação a muçulmanos perde só para a sofrida por gays, diz pesquisa

NOVA YORK - Os árabes começaram a desembarcar em Nova York no fim do século 19. Eram cristãos vindos do Império Otomano, do qual surgiriam, anos depois, Síria e Líbano. Por décadas, foram apenas mais uma comunidade estrangeira nos EUA. Após o 11 de Setembro, porém, se organizaram para vencer o preconceito e para fortalecer a imagem de uma comunidade coesa, como judeus, italianos e irlandeses.
Livros e filmes de sucesso lançados recentemente mostram um grupo de imigrantes ignorado até bem pouco tempo. Reunindo uma série de comediantes e professores universitários, o grupo já ganha mais dinheiro do que a média dos americanos - um caso raro entre as minorias - e é mais integrado à vida local do que na Europa.
Entre as principais figuras estão o ex-senador John Edward Sununu e seu pai, John Henry Sununu, chefe de gabinete de George H. Bush; Philip Habib, enviado de Ronald Reagan ao Oriente Médio; George Mitchell, enviado de Barack Obama à mesma região; John Abizaid, que comandou as tropas do país no Iraque; e Ralph Nader, ex-candidato presidencial.
Além de os muçulmanos americanos serem minoria, muitos vieram de países não árabes, como Paquistão, Bangladesh e Quênia, como o pai de Obama. A vida desses árabes e muçulmanos se transformou com os atentados de 11 de Setembro. Os 19 responsáveis pelos ataques pertenciam à Al-Qaeda e eram de países árabes, especialmente a Arábia Saudita, que não tem uma comunidade nos EUA. Os americanos árabes, cristãos e muçulmanos, se depararam então com a necessidade de "pedir desculpas por um ato que não cometeram", como escreveu Moustafa Bayoumi, autor do livro How Does it Fell to Be a Problem? ("Como é se sentir um problema?"), sobre como é ser jovem e árabe nos EUA.
Segundo pesquisa do Instituto Pew publicada esta semana, 58% dos americanos afirmam que os muçulmanos sofrem preconceito nos EUA - índice que supera o de todas religiões e perde apenas para gays e lésbicas. Histórias de problemas em aeroportos são conhecidas: pessoas com sobrenome árabe são detidas e submetidas a longos interrogatórios.
Ainda existem, contudo, outras dificuldades. Nuray Inal, muçulmana de origem turca (não árabe), diz que teve problemas até em relacionamentos amorosos. "A família de um namorado não me aceitava porque eu era muçulmana", diz a jovem, que já trabalhou para o governo.
Jihan Abdallah, palestina que estudou nos EUA e hoje vive em Jerusalém, diz que muitos americanos ficam surpresos quando ela lhes contava sua origem. "Eles não conseguem entender que eu posso ser árabe e cristã ao mesmo tempo."
A experiência dos árabes nos EUA chegou ao cinema. Neste mês, foi lançado o filme Amreeka, que conta a epopeia de uma família palestina cristã que vive perto de Chicago. O cotidiano da comunidade também tem sido escancarado por comediantes, que organizam festivais e contam piadas sobre como é ser árabe nos EUA.
Livros sobre o islamismo também se tornaram comuns. O árabe virou uma das línguas mais procuradas em universidades do país. A ofensiva cultural vem dando resultados. Segundo pesquisas, mais da metade dos americanos sabe hoje que o livro sagrados dos muçulmanos é o Alcorão e Alá significa Deus em árabe, um índice bem superior ao registrado antes do 11 de Setembro.
Para James Zogby, presidente do Instituto Árabe-Americano, os problemas da comunidade são anteriores ao 11 de Setembro e estão relacionados à questão palestina. Cristão, filho de libaneses, Zogby afirma que os árabes têm sido erroneamente ligados ao terrorismo.
"O conflito árabe-israelense criou esse estereótipo", explicou Zogby em entrevista ao Estado. "Após o 11 de Setembro, houve um crescimento dos ataques contra árabes. Três pessoas foram presas por me ameaçarem. A maioria dos americanos, contudo, se levantou para nos defender."

Fonte: Estadão.com.br

Suicídio afeta todas as culturas


Por Gustavo Capdevila

Genebra, 10/09/2009, (IPS) - Um problema frequentemente considerado tabu, o suicídio adquire relevância em todos os níveis da sociedade, desde quem o comete até os seres queridos que sofrem a perda, passando pelo Estado, que deve agir para enfrentar a questão.
Um enfoque ainda mais amplo, a ideia de que a morte pelas próprias mãos afeta todas as culturas, dominará hoje a celebração do Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio, promovido pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Quase um milhão de pessoas tiram a própria vida a cada ano.
A OMS afirmou que esse número equivale a 1,5% de todas as mortes, o que converte o suicídio na décima causa de morte no mundo e a terceira entre pessoas com idade entre 15 e 44 anos. As tentativas são de 10 a 20 vezes mais freqüentes, segundo a instituição. Nos últimos 45 anos, as taxas de suicídio cresceram 65% em todo o mundo. O número de homens que se matam supera de maneira marcante o de mulheres, embora estas executem uma quantidade maior de tentativas. O único país que registra mais suicídios femininos do que masculinos é a China, embora as cifras sobre esse país não estejam atualizadas.
Dados da OMS obtidos em áreas rurais e urbanas selecionadas da China, correspondentes a 1999, indicam que quase 15 em cada cem mil mulheres cometeram suicídio, em contra 13 em cada cem mil homens. Nesse informe da OMS, o país com maior porcentagem de suicídios para cada grupo de cem mil habitantes era a Lituânia, com 68/100 mil para os homens e 12/100 mil para as mulheres. Em seguida vinham Belorússia (com 63,3 e 10,3), Rússia (com 58 e 9,8), Cazaquistão (com 45 e 8) e Sri Lanka (com 44,6 e 11).
A especialista do departamento de saúde mental da OMS, Alexandra Fleischmann, observou que as distintas culturas mostram comportamentos diferentes diante do suicídio. Nos países europeus, as principais causas são as desordens mentais, como depressão e excesso de ingestão de álcool, afirmou. Já na Ásia, têm um papel mais importante os impulsos, o que significa que as pessoas chegam a esse ato movidas pelo desespero de um momento.
A OMS, em colaboração com o Fórum Permanente para as Questões Indígenas da Organização das Nações Unidas convocou uma reunião para 2010 a fim de examinar os dados que atribuem aos membros das comunidades aborígines uma taxa de suicídios superior ao resto da população. Essa tendência se observa entre os aborígines da Austrália, osmaores da Nova Zelândia e nas populações originarias dos territórios atualmente ocupados por Estados Unidos e Canadá.
Um fato significativo é que um terço dos suicídios registrados anualmente tem origem na ingestão intencional de pesticidas. Até há pouco tempo, o papel dessas substancias era praticamente ignorado, reconheceu a OMS. Fleischmann disse à IPS que ainda falta determinar quais são os pesticidas mais usados. “Temos de realizar estudos ara identificar quais desses tóxicos são os mais usados para esses fins”, afirmou. Na China, onde os suicídios femininos são mais abundantes nas áreas rurais, a organização valia a hipótese de essa tendência responder à maior disponibilidade e acesso a esses venenos. Com freqüência, esses tóxicos são armazenados nas casas dos camponeses, disse Fleischmann.
Tanto na China como no resto da Ásia e em outros continentes a instituição patrocina projetos sanitários para estabelecer condições mais seguras de armazenamento de pesticidas. A indústria agroquímica, responsável por colocar esses produtos no mercado, “responde de maneira positiva ao problema”, assegurou a especialista. “É uma questão deconvergência de interesses”, afirmou. “O interesse desse setor também coincide com a prevenção. Por isso apresentam uma reação positiva”, ressaltou Fleischmann. “Também vemos que na América Central e do Sul, como nos países do Caribe, o recurso do envenenamento com pesticidas para cometer suicídio adquire maior freqüência”, prosseguiu. Por exemplo, em El Salvador, Guiana, Trinidad e Tobago, e Suriname esse método pode cobrir até 60% dos casos.
A OMS também defende uma conduta responsável dos meios de comunicação quando informam sobre suicídios e suicidas. “Trata-se de tirar o que tem de atrativo nos artigos sobre o tema e de não lhes dar um espaço de destaque, nem tampouco descrever em detalhes os métodos usados”, disse Fleischmann. Essas precauções da OMS se relacionam com a tendência à identificação e à imitação que pode despertar a morte pelas próprias mãos, recordou a especialista. Esses efeitos são estudados há muito tempo, e um exemplo é a novela “As desventuras do jovem Werther”, ou simplesmente “Werther”, como é mais conhecida na versão em espanhol.
A obra de 1774, do famoso escritor Johann Wolfgang von Goethe (1749-1832) fala das infelicidades e do triste destino de Werther, presa de uma paixão proibida por Carlota (Lotte), que já estava comprometida com outro homem. Na época, após ler a novela de Goethe, alguns jovens se matavam e em certos casos o faziam segurando um exemplar do livro. Desde então, numerosos estudos científicos demonstram que a leitura ou o relato de casos de suicídios podem levar àidentificação e à imitação, disse Fleischmann. Por isso devemos agir com cautela ao nos ocuparmos dos suicídios, insistiu. IPS/Envolverde

(FIN/2009)

Polícia conclui inquérito de italiano acusado de abuso sexual


SÃO PAULO - A polícia concluiu o inquérito do italiano acusado de abuso sexual por beijar na boca a filha de 8 anos em uma barraca de praia em Fortaleza, no Ceará. O processo vai agora para a análise do Ministério Público, que decidirá se o turista será denunciado ou se vai arquivar o processo. O caso corre em segredo de Justiça. O turista já foi solto e voltou à Itália nesta sexta-feira . Um casal de Brasília acusou o italiano de mau comportamento. A defesa estuda entrar com uma ação por reparação de danos .
Para o Ministério Público, o que influenciou a decisão de conceder a liberdade ao turista foram os depoimentos dos funcionários da barraca. Nas imagens, ele aparece saindo do local abraçado com a filha.
- Chegaram a mencionar que só presenciaram brincadeiras entre pai e filha - diz Amsterdan de Lima Ximenes, promotor de Justiça.
A juíza substituta da 12ª Vara Criminal do Fórum de Fortaleza, Cristiane Maria Martins Pinto de Faria, impôs algumas condições para a concessão do habeas corpus, entre elas o retorno imediato do acusado à Itália, onde ele possui residência fixa.
Ele também não poderá mudar de endereço sem a autorização da Justiça e não poderá se ausentar por mais de 8 dias da casa, além de comparecer a todos os autos processuais até o dia do julgamento.
Depois que foi solto, o italiano deixou o hospital onde estava internado e foi para a casa de parentes da mulher dele em Fortaleza. Segundo o advogado, quando soube da decisão da Justiça, a primeira atitude foi ligar para a família na Itália. O turista está providenciando a compra da passagem de volta para casa.
O advogado do italiano, Flávio Jacintho, considerou que a Justiça corrigiu um erro ao conceder nesta quinta-feira a liberdade a seu cliente. Segundo o advogado, houve um grande erro no caso.
- A Justiça corrigiu um grande erro. O pai estava beijando a filha, como é comum na Europa. Essa decisão (de libertar o italiano) já era esperada. Agora, a expectativa é que o inquérito seja arquivado - disse Jacintho na tarde desta quinta-feira.

Fonte: O Globo Online

Menina de nove anos é estuprada por tio viciado em crack

Mais um caso de abuso sexual contra menor foi registrado na noite desta quarta-feira (09).

Dessa vez foi em Anchieta, litoral Sul capixaba. O crime aconteceu no bairro Ponta dos Castelhanos por volta das 18h40. Uma menina de nove anos de idade foi estuprada dentro de casa, pelo tio, que é viciado em crack.
Segundo a família da menina, o acusado, de 22 anos, chegou em casa muito alterado por causa da droga, pegou a menina, arrastou para o quarto e se trancou. A família entrou em desespero e chamou a polícia. De acordo com informações do boletim de ocorrência, o acusado é um rapaz grande e forte, o que evitou que a família pudesse intervir no crime.
Quando a polícia chegou ao local foi preciso arrombar a porta do quarto. O acusado já havia praticado o ato. Ele foi preso em flagrante e encaminhado ao DPJ de Guarapari, onde foi autuado e deve permanecer preso. Já a menina agredida foi encaminhada ao hospital para realização de exames. O Conselho Tutelar acompanhou a família.

Acusado já tem passagem pela polícia

Segundo os policiais de Anchieta, o homem preso ontem já tem várias passagens pela polícia. Ele é acusado de agressão e tentativa de homicídio. Informações da Polícia Militar de Anchieta dão conta de que ele agredia o pai, que é portador de deficiência física, frequentemente.
"Ele é uma pessoa muito violenta, principalmente quando sob o efeito de drogas. Agora ele deve ficar preso por muito tempo", diz um policial, que preferiu não se identificar.

Fonte: Gazeta On line

Rádio e TV devem cumprir classificação no horário de verão


Cerca de 26 milhões de crianças e adolescentes residentes onde não vigora o horário de verão ou onde há fuso horário diferente ficam expostas a cenas de sexo e de violência em desacordo com o ECA

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) deferiu ontem (10), por unanimidade, suspender a permissão dada pelo Ministério da Justiça (MJ) às emissoras de televisão para exibirem programação sem observar a classificação indicativa nos estados brasileiros durante o horário de verão e nos casos de diferentes fusos horários. O STJ concedeu mandado de segurança ao Ministério Público Federal (MPF), determinando que seja cumprida portaria do Ministério que regulamenta o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA - Lei n. 8.069/90). A decisão da Primeira Sessão do STJ obriga empresas de radiodifusão a cumprirem, já a partir do horário de verão deste ano, a classificação indicativa em todos os estados brasileiros. Na prática, a decisão atinge diretamente cerca de 26 milhões de crianças e adolescentes que residem em estados não atingidos pelo horário de verão ou com fuso horário com diferença de uma a duas horas de Brasília, garantindo-lhes o direito a uma programação televisiva que leve em consideração sua proteção integral, conforme anuncia os artigos 74 e 76 do Estatuto da Criança e do Adolescente, e artigos 17 e 19 da portaria nº 1.220/2007, de autoria do Ministro da Justiça. Para o Ministério Público é dever das emissoras exibir no horário recomendado para o público infanto-juvenil programas com finalidades educativas, artísticas, culturais e informativas. Em parecer, o MP opinou que as crianças e os adolescentes são “consumidores vulneráveis”, como vulneráveis são os valores que orientam a sua proteção. Para o MP, uma das formas de compatibilizar essa proteção com o negócio da comunicação é restringir a programação a horários por faixa etária. A opinião da instituição é pela concessão do pedido.

[Folha de Boa Vista (RR), O Globo (RJ) – 11/09/2009]

Fonte: Andi

Decisão do STJ impede utilização de meios cruéis em sacrifício de animais


Decisão da Segunda Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) determina que eliminação de animais em Centro de Controle de Zoonose não seja feita de modo cruel. Em situações extremas em que o sacrifício de animais seja imprescindível para proteger a saúde humana, deverão ser utilizados métodos que amenizem ou inibam o sofrimento dos animais.
O entendimento da Segunda Turma foi firmado em julgamento de recurso interposto pelo município de Belo Horizonte (MG), que recorreu ao STJ contra acórdãos do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG). O caso envolve o sacrifício de cães e gatos apreendidos por agentes públicos para o controle da população de animais de rua. O Centro de Controle de Zoonose atua com o objetivo de erradicar doenças como a raiva e a leishmaniose, que podem ser transmitidas a seres humanos.
O ministro relator Humberto Martins reconhece que, em situações extremas, como forma de proteger a vida humana, o sacrifício dos animais pode ser necessário. No entanto, conforme entendeu o TJMG em seus acórdãos, devem ser utilizados métodos que amenizem ou inibam o sofrimento dos animais, ficando a cargo da administração a escolha da forma pela qual o sacrifício deverá ser efetivado.
Humberto Martins chama a atenção para o limite dessa discricionariedade, ao se referir ao posicionamento do TJMG: “Brilhante foi o acórdão recorrido quando lembrou que não se poderá aceitar que, com base na discricionariedade, o administrador público realize práticas ilícitas”, afirmou Humberto Martins.
No caso, Humberto Martins avalia que a utilização de gás asfixiante pelo Centro de Controle de Zoonose do município é medida de extrema crueldade, que implica violação do sistema normativo de proteção dos animais, não podendo ser justificada como exercício do dever discricionário do administrador público.
O município mineiro sustentou que o acórdão do TJMG, ao decretar que deve ser utilizado outro expediente para sacrificar cães e gatos vadios, como a injeção letal (entre outros que não causem dor ou sofrimento aos animais no instante da morte), teria violado de forma frontal o princípio da proibição da reformatio in pejus (impossibilidade de haver reforma da decisão para agravar a situação do réu).
Ao avaliar a alegação, Humberto Martins, considerou que não houve gravame maior ao município. Para o ministro, os acórdãos apenas esclareceram os métodos pelos quais a obrigação poderia ser cumprida. “O comando proferido pelo tribunal de origem, em dois acórdãos, é bastante claro: deve o município, quando necessário, promover o sacrifício dos animais por meios não cruéis, o que afasta, desde logo, o método que vinha sendo utilizado no abate por gás asfixiante”, esclareceu o ministro.
Na avaliação do relator, o tribunal de origem apenas exemplificou a possibilidade da utilização da injeção letal, sem, contudo, determinar que essa seria a única maneira que atenderia ao comando da decisão. Ao contrário, o TJMG abriu espaço para outros meios, desde que não causassem dor ou sofrimento aos animais.
Entre sua argumentação, o município alegou ainda que, nos termos do artigo 1.263 do Código Civil, os animais recolhidos nas ruas – e não reclamados no Centro de Controle de Zoonose pelo dono, no prazo de 48 horas –, e os que são voluntariamente entregues na referida repartição pública, são considerados coisas abandonadas. Assim, a administração pública poderia dar-lhes a destinação que achar conveniente.
Ao avaliar a argumentação do município, o ministro Humberto Martins apontou dois equívocos: primeiro, considerar os animais como coisas, de modo a sofrerem a influência da norma contida no artigo 1.263 do CC; segundo, entender que a administração pública possui discricionariedade ilimitada para dar fim aos animais da forma como lhe convier.
A tese recursal, na avaliação de Humberto Martins, colide não apenas com tratados internacionais dos quais o Brasil é signatário. Afronta, ainda, a Constituição Federal, artigo 255, parágrafo 1º, VII; o Decreto Federal 24.645/34, em seus artigos 1° e 3°, I e VI; e a Lei n. 9.605/98, artigo 32.

Recomendação da OMS

Muitos municípios buscam o controle de zoonoses e da população de animais, adotando, para tal, o método da captura e de eliminação. Tal prática era recomendada pela Organização Mundial de Saúde (OMS), em seu Informe Técnico n. 6, de 1973.
Após a aplicação desse método em vários países em desenvolvimento, a OMS concluiu ser ele ineficaz, enunciando que não há prova alguma de que a eliminação de cães tenha gerado um impacto significativo na propagação de zoonoses ou na densidade das populações caninas. A renovação dessa população é rápida e a sobrevivência se sobrepõe facilmente à sua eliminação.
Por essas razões, desde a edição de seu 8º Informe Técnico de 1992, a OMS preconiza a educação da comunidade e o controle de natalidade de cães e gatos, anunciando que todo programa de combate a zoonoses deve contemplar o controle da população canina como elemento básico, ao lado da vigilância epidemiológica e da imunização.
Ocorre, porém, que administrações públicas alegam a falta de recursos públicos para adotar medidas como vacinação, vermifugação e esterilização de cães e gatos de rua. A eliminação dos animais aprendidos acaba ocorrendo por meio de câmara de gás.
Fonte: Superior Tribunal de Justiça - Resp 1115916 >>

Revista Jus Vigilantibus, Quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Trânsito mata 10% dos jovens no mundo, aponta estudo


Complicações na gravidez, suicídio e violência também figuram entre as principais causas, diz OMS

GENEBRA - Acidentes de trânsito são a causa de 10% das mortes de jovens entre 10 e 24 anos, de acordo com um estudo realizado por pesquisadores da Austrália, Grã-Bretanha e Suíça a pedido da Organização Mundial da Saúde (OMS). A pesquisa também indica que taxa de mortalidade por acidentes de trânsito é bem mais alta entre homens (15%) do que entre mulheres (5%).
A segunda causa de morte mais comum entre jovens, segundo o estudo, é a violência (6,3%), seguida de perto pelo suicídio (6%). O estudo, publicado pela revista médica The Lancet, afirma que levando em consideração todas as causas de morte, todo ano 2,6 milhões de pessoas morrem a cada ano nessa faixa etária, e que 97% dessas mortes ocorrem em países de média ou baixa renda (o Brasil está incluído neste grupo).
Esse é o primeiro estudo a investigar tendências globais para a causa de morte entre jovens, e os pesquisadores concluíram que a maior parte delas poderia ser evitada ou tratada. Os índices de mortalidade nos países de média e baixa renda são quase quatro vezes maiores do que os de países ricos. Quase dois terços dessas mortes (1,67 milhão) ocorrem em países da África subsaariana e no sudeste da Ásia, apesar de a região abrigar apenas 42% da população nesta faixa etária.
No total, morrem mais homens do que mulheres nesta faixa etária, com exceção de regiões na África e no sudeste asiático, onde o alto número de mortes entre jovens mulheres se dá por conta de complicações durante a gravidez e o parto. Atualmente há 1,8 bilhões de jovens nesta faixa etária em todo o mundo, o equivalente a 30% da população mundial.
Segundo a OMS, a intenção do estudo é informar os governos sobre as principais causas de morte para assistir no desenvolvimento de políticas e programas de prevenção. "A partir dessas conclusões fica claro que é necessário considerável investimento - não apenas do setor de saúde, mas de setores que incluem educação, bem-estar, transporte e Justiça - para melhorar o acesso a informação e serviços e ajudar os jovens a evitar comportamentos arriscados que podem levar à morte", disse Daisy Mafubelu, diretora-geral assistente para a Saúde da Família e Comunidade na OMS.

Recomendações
A OMS recomenda algumas intervenções para promover a segurança, melhorar a saúde e evitar mortes entre os jovens, entre elas, fiscalizar a velocidade de carros para evitar acidentes, e impor leis mais rígidas de limite de álcool para motoristas. A OMS ainda recomenda o aumento do uso de capacetes e cintos de segurança no trânsito.
A saúde sexual e reprodutiva, diz a organização, também pode melhorar com uma melhor educação sexual, acesso a preservativos e outros anticoncepcionais, acesso a práticas seguras de aborto permitidas por lei, acompanhamento pré-natal, testes de HIV e aconselhamento e tratamento para Aids.
Para diminuir o índice de suicídios, a OMS recomenda incentivos ao envolvimento positivo dos pais na vida dos filhos e acesso a treinamentos para lidar com problemas do dia-a-dia, além da redução do uso de álcool entre jovens e do acesso a objetos letais (inclusive armas de fogo, facas, pesticidas e sedativos).
A organização também afirma que o número de mortes por ferimentos e violência pode ser reduzido de forma significativa com a melhoria de acesso a cuidados dentro da própria comunidade e a tratamento médico de emergência.


Estadão

Escândalo médico vai virar CPI


O escândalo do médico especialista em reprodução assistida Roger Abdelmassih, preso no mês passado em São Paulo acusado de crimes sexuais contra pacientes, deve virar CPI na Assembleia Legislativa paulista. Os deputados não pretendem investigar as denúncias de estupro e assédio, mas sim os procedimentos adotados na clínica de reprodução. Nessa e em diversas outras. Segundo a Folha (para assinantes), serão convocadas associações de médicos e pacientes para falar sobre práticas polêmicas como a sexagem (definição do sexo do bebê) e a turbinagem (quando o citoplasma de óvulos de mulheres jovens é colocado em óvulos de mulheres mais velhas).

Os deputados acreditam que a clínica de Abdelmassih, que foi suspenso pelo Conselho Regional de Medicina por estas e outras questões éticas, é apenas a ponta do iceberg.



O Filtro

Coral de Niterói é único representante do Brasil em festival internacional na Argentina


RIO - O grupo vocal 'Boca Que Usa', de Niterói, será o único representante do Brasil no concurso Internacional de Coros em Trelew, na Argentina, um dos mais importantes da América Latina. Com uma proposta inovadora, o coral formado há 12 anos por amigos se destaca pelo repertório diferenciado e pelo fato de não ter um regente fixo.
- Normalmente os corais possuem uma figura centralizadora, que é o regente. No nosso grupo, essa figura não é fixa, a função na verdade flutua entre algumas pessoas - explicou Roberto Fabri, um dos fundadores do grupo.
O grupo atualmente possui 15 cantores, e não possui uma especialidade. Segundo Fabri, eles procuram apresentar sempre um repertório diferente do que costuma ser feito.
- A gente faz do Erudito ao popular, Tudo com voz. A nossa preocupação básica é tentar um repertório que não é feito normalmente aqui. O mais importante para a gente é a qualidade do repertório. A gente procura fazer semprepeças geralmente desafiadoras e que tenham um bom resultado sonoro - afirmou.
A ousadia do grupo já rendeu frutos como três medalhas de ouro no 5º Concurso Internacional de Coros de La Plata, também na Argentina. O reconhecimento internacional do coral, no entanto, não tem a mesma intensidade dentro de seu próprio país.
- A gente não tem tido apoio nenhum, por isso nós somos muito mais conhecidos fora do Brasil. Até mesmo em outros estados nós temos mais fama do que aqui no Rio - lamentou Fabri, que lembrou ainda que todas as viagens que eles fazem para participar de festivais e concursos são bancadas principalmente com os shows e a venda das camisas do grupo.
Para o cantor, no entanto, a falta de investimento dificulta, mas não é impedimento. Segundo ele, hoje o maior desafio dos corais é coinciliar as diferenças entre seus componentes. O grupo viaja para a Argentina no próximo dia 12 de setembro. Quem quiser conhecer melhor o grupo ou comparecer a alguma apresentação, pode conferir a agenda do Boca Que Usa no site www.bocaqueusa.com.


O Globo

O silêncio no caso Goldman e as Olimpíadas de 2016



O que significa o atual silêncio no caso Goldman?

Para o pai do menino retido no Brasil, David Goldman, significa mais dias afastado do próprio filho. Mas para o processo, a calmaria não é sinal de que as cartadas jurídicas não estejam sendo dadas nos bastidores.
Em entrevista ao programa de Sean Hannity, na Fox News, David disse que espera que uma sentença sobre o recurso impetrado contra a volta do seu filho aos EUA saia ainda em setembro.
Mas uma fonte envolvida com o caso no Brasil disse que os autos do processo acabaram de retornar do Ministério Público Federal. No entanto, um julgamento da apelação pode demorar até, no máximo, a primeira quinzena de outubro, disse a fonte.
Só para que o leitor compreenda em que ponto está o processo, desde que no dia 1º de junho o juiz federal Rafael Pereira Pinto deu ordem para que Sean Goldman fosse retornado a Nova Jersey em 48 horas, a defesa da família brasileira do garoto entrou com pelo menos 20 recursos.
Hoje o processo corre no Tribunal Regional Federal da 2ª Região no Rio de Janeiro. Uma equipe de apenas 3 desembargadores está analisando o julgamento da apelação nos autos da ação de busca e apreensão, da apelação nos autos da ação de reconhecimento de paternidade sócio-afetiva e dos demais recursos que ainda esperam apreciação.
Embora após esse julgamento do TRF2-RJ ainda caibam recursos no Tribunal Superior de Justiça e no Supremo Tribunal Federal, ambos em Brasília, o julgamento do Rio de Janeiro é importante porque na prática, diz a fonte, “será difícil reverter uma decisão daqui por diante.”
Visivelmente esgotado após mais de 5 anos de espera por uma decisão da Justiça brasileira, David Goldman revelou a Hannity que seu filho chegou a ser impedido pela família brasileira de “chamá-lo de pai.” (Veja o vídeo acima).
Segundo a Convenção de Haia, o tratado internacional assinado pelo Brasil, as autoridades brasileiras deveriam ter retornado Sean aos EUA até 6 semanas depois que foi constatada a sua retenção ilegal no país.
O caso (veja uma linha do tempo) ganhou contorno de saia-justa internacional quando foi citado pela secretária de Estado, Hillary Clinton, e pelo presidente dos EUA, Barack Obama, ambos disseram acreditar que o o Brasil “vai tomar a decisão certa.”
Apoiadores de David nos EUA não estão brincando em serviço. Eles dizem ter enviado diversas cartas ao Comitê Olímpico Internacional (COI) se manifestando contra a candidatura do Rio de Janeiro para ser sede das Olimpíadas de 2016.
“Nenhum país que permite que sequestradores de crianças inocentes permaneçam dentro das suas fronteiras, um país sem regras, leis ou punições contra aqueles que cometem atos hediondos deveria ser recompensado,” escreveu um apoiador.
No entanto, um relatório preliminar do COI classificou o Rio de Janeiro como a melhor das quatro capitais concorrentes, superando Madri, Tóquio e Chicago. O resultado oficial sairá no dia 2 de outubro.



Brasil com Z

Engenheiro processa Juiz da Infância de Fernandópolis


O engenheiro Luiz Eduardo Bottura, morador de Anaurilândia, (MS) ingressou com uma ação no CNJ (Conselho Nacional de Justiça) contra o juiz da Infância e da Juventude de Fernandópolis, Evandro Pelarin. Ele acusa o magistrado fernandopolense de “prender ilegalmente pobres e negros”.
Segundo a acusação, o juiz “manda policiais, com armas em punho, correr atrás de jovens que fogem marotamente da polícia para não serem humilhados, e que, nas cidades do interior, a polícia sabe quem é filho de quem”.
Em setembro, o conselheiro do CNJ Ives Gandra Martins Filhos, manteve a medida consignando que “o direito de ir e vir do menor não é absoluto” e que a “experiência está demonstrando o caráter salutar das medidas adotadas, devolvendo o sono aos pais e contribuindo para a não deformação dos jovens”.
Ouvido pelo BOM DIA, o Juiz Evandro Pelarin disse que não sabe quem é o autor do processo e acredita que ele não conhece Fernandópolis. “Se eu tiver medo de decidir, vou buscar outra profissão. O Toque de Recolher continua combatendo o mau caminho que oferecem à nossa juventude”, acrescentou.


Fonte: Rede Bom Dia


Veja também:
http://anjoseguerreiros.blogspot.com/2009/08/cnj-afirma-que-toque-de-recolher.html

Controle da natalidade e proteção do meio ambiente


Um estudo divulgado pela London School of Economics (LSE) sugere que o controle da taxa de natalidade é uma forma muito mais eficiente de cortar as emissões de carbono que poluem o meio ambiente.
No trabalho intitulado “Menos emissores, menos emissões, menos gastos”, a equipe de especialistas da universidade britânica conclui que o planeta ficará mais protegido se o número de nascimentos diminuir.
A pesquisa indica que para cada 4 libras (R$ 12) gastas com planejamento familiar e métodos contraceptivos, é possível diminuir a emissão de gases em uma tonelada. Em contrapartida, para obter o mesmo resultado investindo em tecnologias ecológicas, são necessárias 19 libras (R$ 57).
Ao mesmo tempo, nesta quinta-feira, o presidente da França, Nicolas Sarkozy, anunciou a criação de um novo imposto sobre a emissão de dióxido de carbono.
Com a medida, a França passa a ser a primeira grande economia do mundo a introduzir o imposto. A nova taxa vai incidir sobre petróleo, gás e carvão. O governo deverá cobrar 17 euros (o equivalente a cerca de R$ 45) por tonelada de dióxido de carbono (CO2) emitida.
O imposto se aplicará a residências e a empresas, mas não a indústrias pesadas e do setor energético que estão incluídas no esquema de comércio de emissões da União Europeia.



Fórum BBC Brasil

«Tempo não diminui dor infligida por atentados do 11 de Setembro», diz Obama

Foto AP


Barack Obama assinalou pela primeira vez os atentados terrorista do 11 de Setembro enquanto presidente dos EUA. Oito anos depois, os atentados são assinalados sob o signo da guerra no Afeganistão, uma guerra que Obama considera necessária. O presidente norte-americano fez um minuto de silêncio nos jardins da Casa Branca à hora do embate do primeiro avião nas torres gémeas e depois discursou no Pentágono.
Nova Iorque parou, esta manhã, quando se iniciou o minuto de silêncio, às 8:46 (hora local), hora em que o primeiro avião atingiu a torre Norte do World Trade Center. Outro minuto de silêncio deu-se às 9:03, hora em que o segundo avião embateu contra a segunda torre num ataque que provocou a morte de 2752 pessoas.
Nos arredores de Washington, um outro minuto de silêncio foi realizado às 9:37, hora em que um terceiro avião embateu contra o edifício do Pentágono.
No estado da Pensilvânia, onde um quarto avião se despenhou antes de atingir o seu alvo desconhecido em Washington, realizou-se também uma cerinmónia de homenagem aos 40 passageiros.
Este é o primeiro aniversário dos ataques do 11 de Setembro com Barack Obama na presidência. Nos jardins da Casa Branca, Obama e a sua mulher observaram o primeiro minuto de silêncio, para depois seguir para o edíficio do Pentágono para presenciar a cerimónia de homenagem às vítimas.


Foto AP


«Oito setembros vieram e foram embora. Quase três mil dias passaram, praticamente um por cada pessoa que nos foi tirada, mas nenhuma mudança de estação pode diminuir a dor e a perda daquele dia. Nenhuma passagem do tempo, nem nenhum céu mais negro pode apagar o significado deste momento», afirmou o presidente norte-americano.
Oito anos após os ataques do 11 de Setembro, forças americanas e de outros países continuam a combater no Afeganistão, país onde a Al-Qaeda planeou os ataques e tinha a sua base.
«Não iremos deixar de defender a nossa nação e perseguir a Al-Qaeda e os seus aliados. O trabalho para defender a América nunca terminará, iremos fazer tudo o que estiver ao nosso alcance para que a América seja uma nação segura», sublinhou Obama.
O número de americanos que acredita, actualmente, na possibilidade de um ataque terrorista aos EUA está a diminuir. As últimas sondagens indicam que apenas 34 por cento dos americanos acreditam poder estar iminente um ataque contra solo americano.



TSF Rádio Notícias - Portugal

Novas espécies de coral são achadas em Galápagos

Anêmonas povoam corais no arquipélago de Galápagos (Foto: Universidade de Southampton)

Cientistas descobriram até seis novas espécies de coral perto das Ilhas Galápagos, na costa do Equador, alimentando esperanças de que as formações podem ser mais resistentes ao aquecimento dos oceanos do que se acreditava.

Estas algas cresceram sobre os corais na Ilha de Darwin (Foto: Universidade de Southampton)

O pesquisador Terry Dawson, da Universidade de Southampton, na Grã-Bretanha, que realizou a pesquisa marinha, disse à BBC Brasil que foram encontradas "cinco ou seis espécies novas para a ciência", além de "três outras que são novas para as Galápagos e são semelhantes a espécies encontradas em lugares como o Panamá e a Costa Rica".

Os pesquisadores acreditam que algumas espécies de coral podem ser mais resistentes do que se pensava. (Foto: Universidade de Southampton)

Dawson acrescentou que também foi achada uma espécie que os cientistas acreditavam ter desaparecido após a última grande manifestação do fenômeno El Niño, entre 1997 e 1998.
O projeto de três anos, que procura auxiliar o governo do Equador na preservação do ecossistema das Galápagos, concentrou-se em duas ilhas - Wolf e Darwin - no noroeste do arquipélago.

Lesmas do mar ou nudibrânquios são uma das mais de 3 mil espécies de molusco marinho. (Foto: Universidade de Southampton)

El Niño
A descoberta levanta duas questões, disse Dawson. A primeira hipótese é que os corais seriam mais resistentes ao aquecimento das águas decorrente do El Niño do que se acreditava.
A segundo é que os corais podem estar se adaptando e se tornando mais resistentes ao fenômeno.

Esta lagosta espinhosa foi fotografada em uma área de Wolf Island. (Foto: Universidade de Southampton)

O pesquisador admite, contudo, que há pessimismo no mundo científico quanto ao futuro dos corais. Em longo prazo, se os corais não forem destruídos pelo aquecimento das águas, podem acabar vítimas da acidificação dos mares.
Esse fenômeno é provocado pela concentração de dióxido de carbono na atmosfera, que também provoca o aquecimento global.

Moreias-zebras podem atingir até 1,5 metro de comprimento quando adultas.
(Foto: Universidade de Southampton)

Recifes de coral são formados por depósitos de carbonato de cálcio deixados ao longo de milhares de anos por bilhões de pequenos organismos chamados pólipos de coral



BBC Brasil

Abdelmassih é suspenso de rede latina de reprodução assistida



Roger Abdelmassih, médico que teve seu registro suspenso pelo Conselho Federal de Medicina após ser condenado pelo abuso sexual de 56 mulheres, foi suspenso da Rede Latino-Americana de Reprodução Assistida, segundo a Rádio CBN. A rede reúne cerca de 90% das clínicas de reprodução assistida do continente.

Segundo o representante da Rede no Brasil, Selmo Geber, a entidade analisava a questão no primeiro semestre, quando foi enviada uma carta denunciando as condutas antiéticas do médico. Depois da prisão preventiva e da suspensão do registro de médico pelo Conselho Federal, a instituição decidiu afastá-lo temporariamente. "Como não houve resposta, suspendemos temporariamente. Se for comprovado em 4 meses que não houve falha ética, ele pode voltar", comentou Geber à Rádio CBN.

Abdelmassih está preso desde o dia 26 de agosto, acusado de abusar sexualmente de 56 mulheres, a maior parte delas dentro da clínica de reprodução assistida na qual trabalhava. Uma sindicância do Conselho Regional de Medicina de São Paulo (Cremesp) indica procedimentos que feriam a ética médica, como aborto seletivo e exames genéticos para escolher o sexo do bebê.



Redação Terra

Compartilhar a cama faz mal para a saúde, diz estudo


Dormir em camas separadas pode ser bom para a saúde e o relacionamento de um casal, de acordo com estudiosos do sono.

O especialista britânico Neil Stanley, da Universidade de Surrey, disse no Festival Britânico de Ciência, que se realiza neste mês na cidade de Guildford, que compartilhar a cama com o parceiro pode causar brigas por ronco ou disputa pelo cobertor, e levar, assim, à perda de preciosas horas de sono.
Um estudo constatou que, em média, os casais sofrem 50% ou mais problemas ao dormir se compartilham a cama.
Stanley disse que foi estabelecida uma ligação entre dormir mal e depressão, doenças cardíacas, derrame, distúrbios pulmonares, acidentes de trânsito e industriais, e divórcio. Mas, apesar disso, o tema não é visto como um aspecto importante da saúde.
O especialista, que dorme separado da mulher, destacou que historicamente não era para as pessoas dormirem na mesma cama. Segundo ele, a tradição moderna do leito conjugal só começou com a Revolução Industrial, quando as pessoas que se mudavam para cidades superpopulosas enfrentaram escassez de espaço.
Antes da era vitoriana, era raro os casais casados dormirem em leitos conjugais. Na Roma Antiga, o leito conjugal era um lugar mais usado para relações sexuais, mas não para dormir.
Stanley, que criou um dos principais laboratórios para o estudo do sono na Grã-Bretanha, disse que as pessoas hoje deveriam pensar em fazer a mesma coisa.
"Depende do que satisfaz as pessoas. Se elas dormem juntas e ambas dormem muito bem, não devem mudar isso, mas elas não devem ter medo de agir de maneira diferente."
"Todos nós sabemos como é ficar abraçado e depois dizer 'agora eu vou dormir' e ir para o lado oposto da cama. Então, por que não levantar e ir para outro quarto?"

Revirando na cama
Robert Meadows, sociólogo da Universidade de Surrey, disse: "Na verdade, as pessoas sentem que dormem melhor quando estão com um parceiro, mas as evidências sugerem o contrário."
Ele realizou um estudo para comparar o quão bem os casais dormiam quando compartilhavam a cama e comparou aos que não compartilhavam.
A pesquisa envolveu 40 casais e Meadows descobriu que quando os casais dormem na mesma cama e um dos parceiros se mexe durante o sono há uma possibilidade de 50% de perturbar o outro.


BBC Brasil

RJ: O drama das famílias de crianças desaparecidas na Baixada

Kássia Cristina Rodrigues de Oliveira, de 5 anos; Breno Freire de Carvalho, de 8; Erick Guedes, de 12; e Vitória Claudiano Nogueira, de 12 — eles fazem parte de uma longa lista de menores desaparecidos na Baixada Fluminense. Na região, famílias de 19 jovens aguardam alguma informação sobre o paradeiro de suas joias. De Miguel Couto, em Nova Iguaçu, a Vilar dos Teles, em Meriti, passando pelo Parque das Missões, em Duque de Caxias, trajetórias diferentes se juntam oscilando entre dois sentimentos: esperança e desespero.
Nos últimos oito anos, 74 crianças e adolescentes sumidos foram reencontrados na Baixada, segundo estatísticas da Fundação para a Infância e Adolescência (FIA). Baseada nestes números, a dona de casa Cláudia de Queiroz Mello, de 36 anos, sonha rever o filho Rodrigo de Mello Silva, de 16 anos, desaparecido desde maio de 2008. O adolescente saiu do bairro Lagoinha, em Nova Iguaçu, para o primeiro dia de trabalho, em uma fábrica de gesso de Nilópolis, e nunca mais voltou.
— Minha dor é infinita. A falta de resposta é pior do que a morte. Deus que me perdoe, mas seria melhor achar meu filho morto do que nunca mais encontrar com ele — revelou Cláudia.
Exausta pela rotina de caminhadas em busca de Rodrigo, ela conta que o rapaz foi visto, pela última vez, ao lado de um adulto identificado como Deco, que seria usuário de maconha. Temendo a morte do garoto por bandidos, Cláudia encarou madrugadas em comunidades dominadas pelo tráfico.
— Ele era companheiro e me ajudava a cuidar da família. Nunca havia dormido fora de casa — contou Cláudia, que foi abandonada pelo marido e que ainda cuida de outros três filhos.

O instalador de bomba de combustível Edson de Oliveira e Silva, de 45 anos, chora a ausência do único filho. Ele é viúvo e pai de Uillian de Lima, de 14 anos. Em novembro do ano passado, o jovem chegou da escola, colocou o material no quarto, e sumiu do bairro Parada Angélica, em Duque de Caxias.

— Ainda tenho amor a dar pra ele. É muita tristeza não saber o que aconteceu com um filho — ressaltou Edson.



Extra Online

VIVER É COMPARTILHAR.....



Uma empresa de telefonia móvel inglesa promoveu essa mobilização na Trafalgar Square, em Londres,reunindo mais de 13 mil pessoas.

A empresa simplesmente mandou um convite pelo celular:
"Esteja na Trafalgar Square tal dia, tal horário". E nada mais foi dito.
Os que foram acharam que iam dançar, como tem acontecido em outras mobilizações desse tipo.
Mas, na hora, distribuiram microfones, muitos, muitos, muitos mesmo,
e fizeram um karaokê gigante, de surpresa!!!
E todo mundo que estava na praça, quem estava passando, quem nem sabia do convite, cantou junto.
A versão 4 minutos exclusivos do momento, 13.500 pessoas cantaram Hey Jude juntos em Trafalgar Square.
Todos os envolvidos chegaram a pensar que poderiam ter ido para dançar - ninguém tinha idéia de como o evento iria acontecer.

Se você um dia curtiu os Beatles, vai se emocionar.


Enviado por e-mail pela amiga, leitora e colaboradora Sonia Correa Di Marino
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