Irmão da vítima diz que encontrou impressão digital do autor do crime
O irmão de Bianca Consoli, Bruno, afirmou neste sábado (17) que a família se mudou da casa onde a jovem estudante de 19 anos foi assassinada. Ela foi estrangulada em casa. A residência não tinha sinais de arrombamento, o que pode significar que era uma pessoa conhecida da vítima.
A família está vivendo com parentes, de acordo com Bruno, que ainda acrescentou que os planos são de não voltar nunca mais para o local do assassinato.
Em entrevista, Bruno disse que foi encontrada uma impressão digital, que possivelmente é do autor do crime.
– Vi algumas digitais no vidro da porta da sacada (...). Chamamos a polícia para que fizesse uma perícia mais detalhada.
R7
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sábado, 17 de setembro de 2011
Garoto de 10 anos vive como se fosse uma menina
Samuel, que agora é Livvy, tem o consentimento dos pais por mudar seu jeito de ser
À primeira vista, Livvy é como todas as garotas de sua idade, cabelos loiros na altura dos ombros, saia curta, meia calça colorida, botas e blusa cheia de estampas. A única coisa que difere Livvy James, de Worcester, Inglaterra, da maioria das meninas é que é um menino. Ele, que até pouco tempo se chamava Samuel, se veste e age como uma garota com o consentimento dos pais.
Antes do início das férias escolares, James ia para a escola com roupas tipicamente masculinas, mas, em entrevista ao jornal britânico Daily Mail, ele revelou não se sentia bem vestido dessa forma. “Na volta às aulas, eu estava tão animado que nem me importei com o que as pessoas pensariam de mim. Mesmo quando me olharam e disseram coisas desagradáveis, não me importei. Estava muito feliz por não ter que fingir mais”, disse James à publicação.
Os pais do garoto, Saffron e Phillip, não só concordam com a decisão do filho como o apoiam. Eles até convocaram uma reunião com o diretor da escola para falar sobre a nova condição do filho, ou melhor, filha. “Essa é a Livvy. Ela nasceu assim, sempre foi desse jeito. Não acordou numa manhã e disse ´quero ser uma menina´, afirma Saffron.
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sexta-feira, 16 de setembro de 2011
Polícia deve ouvir recepcionista que conhecia estudante encontrada morta dentro de casa
Mulher passou em frente à residência de Bianca Consoli, na zona leste
A Polícia Civil de São Paulo deve ouvir nesta sexta-feira (16) a recepcionista da academia frequentada por Bianca Consoli, encontrada morta dentro de casa, na zona leste de São Paulo. A estudante de Finanças de 19 anos foi assassinada na noite de terça-feira (13) e localizado por um primo.
De acordo com os agentes do DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa), a mulher passou em frente à casa de Bianca no dia do seu assassinato e ouviu um som alto vindo do local. Além dela, quem também deve prestar depoimento é a namorada de um ex-namorado de Bianca.
Ainda segundo informações da polícia, pelo menos oito pessoas já foram ouvidas durante o inquérito, entre elas um ex-namorado, o namorado atual e o cunhado, que foi levado pro IML (Instituto Médico Legal) devido aos hematomas encontrados no braço e na perna – ele alega que foram provocados devido a uma queda de escada.
Cunhado
O cunhado da estudante prestou depoimento no DHPP na quinta-feira (15). Segundo informações preliminares, ele falou sobre os últimos dias de Bianca e do relacionamento com a família. Após as declarações, ele foi encaminhado pare o IML.
Como apresentava alguns ferimentos no corpo, foi submetido a exame de corpo de delito. A polícia não o encara como principal suspeito e ainda não tem indícios da autoria do crime.
O IML retirou vestígios de pele debaixo das unhas da Bianca e a polícia acredita que isso é prova de que houve luta corporal antes de a garota ser morta com sinais de asfixia mecânica – ela foi encontrada com um saco plástico na cabeça.
Os peritos coletaram muitas impressões digitais na casa de Bianca, além de colher informações do seu computador. A polícia também trabalha com a possibilidade de crime de vingança ou passional.
O crime
A estudante Bianca Consoli Ribeiro foi encontrada morta dentro de casa na noite de terça-feira (13). De acordo com a SSP (Secretaria de Segurança Pública), a mãe e o padrasto da jovem estavam trabalhando no momento do crime.
A tia da estudante, que mora numa casa vizinha, estranhou ao ver as janelas da casa abertas com todas as luzes acesas e os televisores ligados.
Quando a mãe de Bianca chegou ao local, a porta estava trancada e ela pediu para que um primo da jovem pulasse o muro. O menino, de dez anos, foi quem encontrou Bianca morta na sala. O Corpo de Bombeiros foi acionado e ainda tentou reanimar a jovem, sem sucesso.
A jovem foi enterrada na quinta-feira (15) no cemitério do Curuçá, em Santo André.
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Anvisa proíbe a comercialização de mamadeiras com bisfenol A no Brasil
A decisão, baseada em estudos recentes que apontam os riscos da exposição ao BPA, visa proteger crianças de 0 a 12 meses
Mamadeiras que contenham bisfenol A não poderão mais ser fabricadas e comercializadas no Brasil. As empresas terão 90 dias, a partir da publicação no Diário Oficial da União, para paralisar a fabricação e até o dia 31 de dezembro de 2011 para vender os produtos que estão estocados.
Essa determinação foi baseada em estudos recentes que indicam que o BPA, substância presente no policarbonato, o material mais utilizado na fabricação de mamadeiras, oferece diversos riscos à saúde. Crinças de 0 a 12 meses são as maiores vítimas potenciais, porque, no primeiro ano de vida, o organismo delas ainda não é capaz de eliminar a subtância. Enquanto o mercado brasileiro não se adequa a determinação, você tem como opções as mamadeiras de vidro ou de polipropileno.
Embora ainda não existam resultados conclusivos a respeito dos riscos oferecidos pelo BPA, diversos países já proibiram seu uso, entre eles o Canadá, Costa Rica, alguns estados americanos e toda a União Europeia. De acordo com a Anvisa, os países do Mercosul devem adotar a mesma medida em breve.
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Mamadeiras que contenham bisfenol A não poderão mais ser fabricadas e comercializadas no Brasil. As empresas terão 90 dias, a partir da publicação no Diário Oficial da União, para paralisar a fabricação e até o dia 31 de dezembro de 2011 para vender os produtos que estão estocados.
Essa determinação foi baseada em estudos recentes que indicam que o BPA, substância presente no policarbonato, o material mais utilizado na fabricação de mamadeiras, oferece diversos riscos à saúde. Crinças de 0 a 12 meses são as maiores vítimas potenciais, porque, no primeiro ano de vida, o organismo delas ainda não é capaz de eliminar a subtância. Enquanto o mercado brasileiro não se adequa a determinação, você tem como opções as mamadeiras de vidro ou de polipropileno.
Embora ainda não existam resultados conclusivos a respeito dos riscos oferecidos pelo BPA, diversos países já proibiram seu uso, entre eles o Canadá, Costa Rica, alguns estados americanos e toda a União Europeia. De acordo com a Anvisa, os países do Mercosul devem adotar a mesma medida em breve.
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Policial civil que se envolveu em atropelamento de bebê chora na delegacia
A policial civil Edna Nascimento Silva, de 45 anos, prestou depoimento, na tarde desta quinta-feira, na 24ª DP (Piedade). Emocionada e chorando muito, Edna disse que o motorista que bateu em seu veículo estava em alta velocidade. Isso teria feito com que ela fosse jogada na calçada onde estavam Renata Cibelli e seu filho de 1 ano e oito meses. A criança morreu e a mãe está internada no Hoispital Salgado Filho, no Méier.
- Eu estava com a velocidade reduzida para virar a direita, na rua onde moro (Rua Padre Hidelfonso Penalba) para ir pra casa. Ele (o outro motorista) deve ter cortado um ônibus e se deparou comigo. Quando vi, já estava no muro - desabafou Edna,
Extra Online
- Eu estava com a velocidade reduzida para virar a direita, na rua onde moro (Rua Padre Hidelfonso Penalba) para ir pra casa. Ele (o outro motorista) deve ter cortado um ônibus e se deparou comigo. Quando vi, já estava no muro - desabafou Edna,
Extra Online
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Reitor diz que fechou PUC por causa de 'ousadia preocupante' de alunos
Festival sobre maconha foi pivô da suspensão das aulas em SP nesta sexta.
Associação de professores critica falta de diálogo entre reitor e comunidade.
O reitor da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) afirmou, em entrevista ao SPTV nesta sexta-feira (16), que decidiu fechar o campus Perdizes porque "a ousadia [dos estudantes] foi crescendo de uma forma que criou situação sumamente preocupante". Ele disse ainda que permite festas "evidentemente dentro daqueles padrões razoáveis".
A medida foi tomada após estudantes divulgarem a realização do 1º Festival de Cultura Canábica. Por intermédio do ato nº 127/2011, publicado no portal de internet da PUC, o reitor proibiu a circulação de pessoas não autorizadas pelos edifícios Cardeal Motta e Bandeira de Mello.
A Associação de Professores da PUC (Apropuc) criticou a forma como o reitor Dirceu de Mello suspendeu as aulas no campus Perdizes. Para a entidade, ele deveria ter conversado com os estudantes antes de tomar a decisão.
"Qualquer medida que tem que ser tomada na universidade tem que ser dialogada”, afirmou ao G1 a presidente da Apropuc, Maria Beatriz Abramides. “Ela é um espaço democrático, os professores, os alunos e os funcionários fazem parte da universidade”, disse.
A professora citou a ex-reitora da PUC, Nadir Kfouri, que morreu na noite da terça-feira (13), ao afirmar que “numa universidade, o que deve prevalecer é justamente o aspecto educacional”.
Segundo Maria Beatriz, Nadir, que foi reitora da universidade entre 1977 e 1964, durante a ditadura militar, defendia que os professores sempre reagissem de forma pedagógica quando a juventude tentasse “enfrentar determinadas normas estabelecidas”.
A presidente da Apropuc afirmou que, segundo Nadir, só assim seria possível “contribuir para o crescimento e para a afirmação de nossa juventude. E não é pela repressão que vai se alcançar esses objetivos”.
Nadir Kfouri foi a primeira reitora mulher do Brasil. Antes de morrer, ela ainda era professora da Faculdade de Ciências Sociais da PUC. Na quinta-feira (15), apenas as aulas dessa faculdade haviam sido suspensas em homenagem à ex-reitora. Ela foi enterrada na quarta-feira (14).
Ato pela liberdade
Em protesto contra a decisão da reitoria, os estudantes que organizavam o evento decidiram realizar um ato pela liberdade. O protesto está marcado para as 16h20 também desta sexta-feira na Rua Monte Alegre, em Perdizes, Zona Oeste de São Paulo, onde fica o principal campus da universidade.
A entrada do campus está fechada. Estudantes e funcionários que não sabiam da determinação da reitoria e foram para a PUC-SP encontraram os portões fechados e um comunicado da reitoria colado na entrada explicando as razões do fechamento.
Apesar de os portões do campus estarem fechados, alguns serviços seguem funcionando normalmente. Entre eles estão a Clínica Psicológica "Ana Maria Poppovic" e o Núcleo de Prática Jurídica Escritório Modelo “D. Paulo Evaristo Arns”, onde alunos de diversas carreiras, supervisionados por professores, oferecem serviço gratuito à população.
‘Condutas reprováveis’
A medida foi tomada pelo reitor Dirceu de Mello após estudantes divulgarem a realização do 1º Festival de Cultura Canábica.
Por intermédio do ato nº 127/2011, publicado no portal de internet da PUC, o reitor proibiu a circulação de pessoas não autorizadas pelos edifícios Cardeal Motta e Bandeira de Mello. O reitor cita em sua decisão uma série de determinações que visam combater o consumo de álcool e drogas.
Dirceu de Mello alega que as festas nas noites de sexta-feira na PUC ganharam “proporções inadmissíveis” por causa do barulho, do “não dissimulado uso de bebidas alcoólicas e entorpecentes, afora outras condutas reprováveis”.
(*) Com informações do SPTV
G1
Promotor diz que perfil psicológico de Suzane Von Richthofen impede progressão para semiaberto
Promotor diz que possibilidade de Suzane voltar a cometer crimes é alta
Acusada de matar os pais teve habeas corpus negado pelo STJ neste ano
Cinco anos após a condenação de Suzane Von Richthofen e de Daniel e Cristian Cravinhos, pelo homicídio dos pais da jovem, o promotor Roberto Tardelli diz acreditar que o perfil psicológico da acusada é o que dificulta a sua progressão para o regime semiaberto. O STJ (Superior Tribunal de Justiça) negou habeas corpus a Suzane para progressão ao regime semiaberto neste ano.
- O que está dificultando a saída dela é o seu perfil psicológico. É um perfil que deixa os psicólogos, os juízes, os desembargadores e os ministros inseguros. Porque as pessoas percebem que ela tem o que chamamos de potencial criminogênico, e que a possibilidade dela reincidir é extremamente alta.
A decisão, do ministro Og Fernandes, foi divulgada em junho e faz com que Suzane continue presa em regime fechado. Ela cumpre pena de 39 anos de reclusão pelo homicídio triplamente qualificado de seus pais: por motivo torpe, meio cruel e impossibilidade de defesa das vítimas. A defesa dela conseguiu que a pena fosse reduzida a 38 anos.
A progressão para o regime semiaberto pedida por Suzane foi negada pelo juízo de primeira instância. O recurso ao Tribunal de Justiça de São Paulo também foi negado, sob o argumento de que o exame criminológico mostrou imaturidade, egocentrismo, impulsividade, agressividade e a ausência de remorso por parte de Suzane. Apesar disso, Tardelli não descarta a possibilidade dela conseguir a progressão.
Os advogados dela afirmam que o bom comportamento, a espontânea apresentação à Justiça, o exercício de atividades e o parecer favorável à progressão são elementos que seriam suficientes para obter a liberdade parcial. O ministro do STJ, porém, destacou que a liminar em habeas corpus exige a demonstração de sua necessidade e urgência, o que não aconteceu.
Roberto Tardelli esteve na Rede Record nesta quinta-feira (15), onde participou do programa piloto Cartão de Visita, da Record News, com direção de Marcos José Rombino e apresentação de Debora Santilli.
R7
Cinco anos após a condenação de Suzane Von Richthofen e de Daniel e Cristian Cravinhos, pelo homicídio dos pais da jovem, o promotor Roberto Tardelli diz acreditar que o perfil psicológico da acusada é o que dificulta a sua progressão para o regime semiaberto. O STJ (Superior Tribunal de Justiça) negou habeas corpus a Suzane para progressão ao regime semiaberto neste ano.
- O que está dificultando a saída dela é o seu perfil psicológico. É um perfil que deixa os psicólogos, os juízes, os desembargadores e os ministros inseguros. Porque as pessoas percebem que ela tem o que chamamos de potencial criminogênico, e que a possibilidade dela reincidir é extremamente alta.
A decisão, do ministro Og Fernandes, foi divulgada em junho e faz com que Suzane continue presa em regime fechado. Ela cumpre pena de 39 anos de reclusão pelo homicídio triplamente qualificado de seus pais: por motivo torpe, meio cruel e impossibilidade de defesa das vítimas. A defesa dela conseguiu que a pena fosse reduzida a 38 anos.
A progressão para o regime semiaberto pedida por Suzane foi negada pelo juízo de primeira instância. O recurso ao Tribunal de Justiça de São Paulo também foi negado, sob o argumento de que o exame criminológico mostrou imaturidade, egocentrismo, impulsividade, agressividade e a ausência de remorso por parte de Suzane. Apesar disso, Tardelli não descarta a possibilidade dela conseguir a progressão.
Os advogados dela afirmam que o bom comportamento, a espontânea apresentação à Justiça, o exercício de atividades e o parecer favorável à progressão são elementos que seriam suficientes para obter a liberdade parcial. O ministro do STJ, porém, destacou que a liminar em habeas corpus exige a demonstração de sua necessidade e urgência, o que não aconteceu.
Roberto Tardelli esteve na Rede Record nesta quinta-feira (15), onde participou do programa piloto Cartão de Visita, da Record News, com direção de Marcos José Rombino e apresentação de Debora Santilli.
R7
quinta-feira, 15 de setembro de 2011
Governo defende parceria de escolas públicas com lan houses para ampliar acesso à internet
Brasília – O secretário executivo do Ministério das Comunicações, Cezar Alvarez, avalia como “acertada” a estratégia do governo de querer ampliar o acesso à internet de alta velocidade na zona rural por meio da frequência de 450 mega-hertz (MHz), em vez do uso de satélites. Ele disse que o Estado tem “uma dívida com o Brasil rural” por ainda não ter concretizado a inclusão digital nessas áreas e acenou com a possibilidade de o governo criar mecanismos para as aproximar lan houses das escolas públicas e dos cursos técnicos promovidos pelo Sebrae.
Ele credita esse atraso a uma decisão estratégica do governo, que optou pela migração da frequência de rádio usada pela Polícia Federal (450 MHz) a fim de abrir espaço para a interiorização da internet. “Atrasarmos em dois anos [aguardando a liberação da frequência, pela PF, e a licitação para uso] com o objetivo de evitar preços maiores na transmissão de internet por satélites”, disse Alvarez. O governo ainda está aguardando a migração da PF para outra faixa de frequência para abrir a licitação da faixa de 450 MHz.
Ele acenou também com a possibilidade de usar os recursos do Fundo de Universalização de Serviços de Telecomunicações (Fust) para facilitar o acesso de mais de 15 milhões de pessoas do meio rural à banda larga.
O secretário propôs, ainda, a ampliação dos telecentros e a qualificação das lan houses para torná-las um ambiente de acesso ao conhecimento e à informação. “As lans muitas vezes são vistas de forma preconceituosa, como ambiente de jogo. Isso pode ser mudado e elas podem, inclusive, prestar serviços para o Sistema S”, disse Alvarez. O Sistema S é um conjunto de entidades que representam o interesse de categorias econômicas como comércio, indústria e transportes.
Alvarez acrescentou que estão sendo analisadas parcerias com o Ministério da Educação com o objetivo de incluir as lan houses no Programa Nacional de Tecnologia Educacional (ProInfo), para usar dessas estruturas na rede pública de ensino.
Fonte: Agência Brasil
prómenino
Ele credita esse atraso a uma decisão estratégica do governo, que optou pela migração da frequência de rádio usada pela Polícia Federal (450 MHz) a fim de abrir espaço para a interiorização da internet. “Atrasarmos em dois anos [aguardando a liberação da frequência, pela PF, e a licitação para uso] com o objetivo de evitar preços maiores na transmissão de internet por satélites”, disse Alvarez. O governo ainda está aguardando a migração da PF para outra faixa de frequência para abrir a licitação da faixa de 450 MHz.
Ele acenou também com a possibilidade de usar os recursos do Fundo de Universalização de Serviços de Telecomunicações (Fust) para facilitar o acesso de mais de 15 milhões de pessoas do meio rural à banda larga.
O secretário propôs, ainda, a ampliação dos telecentros e a qualificação das lan houses para torná-las um ambiente de acesso ao conhecimento e à informação. “As lans muitas vezes são vistas de forma preconceituosa, como ambiente de jogo. Isso pode ser mudado e elas podem, inclusive, prestar serviços para o Sistema S”, disse Alvarez. O Sistema S é um conjunto de entidades que representam o interesse de categorias econômicas como comércio, indústria e transportes.
Alvarez acrescentou que estão sendo analisadas parcerias com o Ministério da Educação com o objetivo de incluir as lan houses no Programa Nacional de Tecnologia Educacional (ProInfo), para usar dessas estruturas na rede pública de ensino.
Fonte: Agência Brasil
prómenino
MP denuncia policiais acusados de envolvimento na morte do menino Juan
Rio - O Ministério Público do Rio (MP-RJ) denunciou, nesta quinta-feira, os policiais pilitares Isaias Souza do Carmo, Edilberto Barros do Nascimento, Ubirani Soares e Rubens da Silva. Eles são acusados de matar a tiros Igor de Souza Afonso, o menino Juan Moraes Neves, e ferir outros dois jovens, em junho deste ano, em Nova Iguaçu.
Os PMs foram denunciados por dois homicídios duplamente qualificados e duas tentativas de homicídio duplamente qualificado, com as agravantes referentes ao fato de uma das vítimas ser menor de idade e a abuso de poder por parte dos agentes públicos.
A denúncia foi oferecida pelas promotoras de Justiça Júlia Costa Silva Jardim, Titular da 1ª Promotoria de Justiça junto à 4ª Vara Criminal – Júri de Nova Iguaçu, e Adriana Lucas Medeiros, Titular da 7ª Promotoria de Justiça que atua junto às Delegacias Especializadas. No documento entregue ao Juízo da 4ª Vara Criminal de Nova Iguaçu, as promotoras detalharam o crime de acordo com o inquérito policial e requereram a prisão preventiva dos quatro policiais.
O MP pediu, ainda, que o Instituto Médico Legal (IML) apresente, no prazo de 72 horas, os originais dos laudos de necropsia e do laudo de exame de DNA de Juan. Entre outras medidas, também foi requerida a determinação para que todas as operadoras de telefonia informem os dados cadastrais do usuário responsável pelo número de celular que entrou em contato inúmeras vezes com os denunciados na hora do crime.
Relembre o caso
As promotoras relataram à Justiça detalhes do caso que provocou comoção nacional. Elas lembraram que na noite do dia 20 de junho, os PMs Isaias Souza e Edilberto Barros atiraram contra as vítimas Igor de Souza Afonso, o menor Juan Moraes Neves, que morreram, e outras duas, que ficaram feridas, na saída de um beco no bairro Danon, em Nova Iguaçu, Baixada Fluminense.
De acordo com a denúncia, Ubirani e Rubens participaram dando “cobertura” à execução do crime. Juan tinha 11 anos na data do crime. O corpo do menino teria sido deixado por PMs às margens do Rio Botas, no Município de Belford Roxo, o que está sendo investigado em outro inquérito, que também apura o envolvimento de outros Policiais Militares nos homicídios e a formação de quadrilha armada.
Júlia Jardim e Adriana Lucas também ressaltaram à Justiça que a decretação de prisão preventiva dos denunciados é necessária “não só para garantir a ordem pública sob o prisma da necessidade de preservar a credibilidade da instituição que presta relevante serviço à nação brasileira através da maioria de seus membros que honram suas fardas, mas também porque o povo brasileiro exige respostas e não aceita que seus cidadãos, incluindo jovens e crianças, sejam mortos sem qualquer chance de defesa por agentes públicos que agem ao arrepio da lei quando deveriam lhes proteger e que ainda recebem vencimentos pagos por todos.”
“O crime foi praticado por motivo torpe, pois os denunciados, imaginando que as vítimas eram traficantes de drogas, pretendiam executá-las, atividade típica de extermínio”, afirmaram as Promotoras no texto da denúncia.
Investigação revela que não houve confronto, mas ação de extermínio
As investigações concluíram que não houve confronto no Danon, mas uma ação de extermínio para tomar território praticada por PMs, apontados no relatório como ‘pessoas que não têm apreço pela vida’.
Para os investigadores, o local do crime foi preparado para os agentes justificarem a ação que não aconteceu como o planejado. PMs tomaram medidas para ocultar os fatos.
Um fuzil usado no crime não foi apresentado e só foi descoberto após perícia nas armas do 20º BPM.
“Depoimentos e a perícia provaram que não houve confronto. Descobrimos uma arma usada no crime após análise em 16 fuzis”, explicou o delegado-titular da DHBF, Ricardo Barboza.
A ossada do menino foi achada em Belford Roxo 10 dias depois de ele ter desaparecido. Exame de DNA provou que se tratava de Juan após corpo ser identificado como de menina. No entanto, é aguardado um novo exame de DNA pedido pela Defensoria Pública.
Sequência de falhas no caso que chocou o Rio
Operação
Dia 20 de junho, policiais do 20º BPM (Mesquita) vão à comunidade Danon checar informação sobre traficantes. Na ação, Juan desaparece, um rapaz é morto e dois são baleados, entre eles um irmão do menino.
Auto de resistência
Logo após a ação, PMs registram o caso como auto de resistência na 56ª DP (Comendador Soares). Apresentam armas e drogas e não falam sobre Juan.
Demora
O sumiço do menino só vem à tona no dia seguinte após denúncia da família de que ele fora baleado. Uma série de falhas na investigação da 56ª DP, entre elas a demora em pedir perícia para o local, faz o caso ser transferido, uma semana depois, para a Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense.
Afastamento
Afastados da rua cinco dias após a operação, os PMs vão para serviços internos no mesmo batalhão. Só ontem eles foram transferidos para a ‘geladeira’ da corporação.
Perícia
A primeira perícia no local só ocorreu oito dias após o sumiço, dia 28. O chinelo que o menino usava no dia 20 foi encontrado. Só então começaram as buscas pelo corpo.
Testemunha
W., baleado no confronto, foi apontado como traficante e ficou cinco dias algemado no hospital. A família comprovou que o rapaz trabalha e ele é incluído no Programa de Proteção à Testemunha só duas semanas após o confronto.
Ossada
Dez dias após o sumiço, dia 30, foi achada a ossada que a perita atestou ser de uma menina. As buscas a Juan continuaram por 4 dias. Muito tempo depois, após dois exames de DNA, a Polícia Civil admitiu o erro.
O DIA ONLINE
Os PMs foram denunciados por dois homicídios duplamente qualificados e duas tentativas de homicídio duplamente qualificado, com as agravantes referentes ao fato de uma das vítimas ser menor de idade e a abuso de poder por parte dos agentes públicos.
A denúncia foi oferecida pelas promotoras de Justiça Júlia Costa Silva Jardim, Titular da 1ª Promotoria de Justiça junto à 4ª Vara Criminal – Júri de Nova Iguaçu, e Adriana Lucas Medeiros, Titular da 7ª Promotoria de Justiça que atua junto às Delegacias Especializadas. No documento entregue ao Juízo da 4ª Vara Criminal de Nova Iguaçu, as promotoras detalharam o crime de acordo com o inquérito policial e requereram a prisão preventiva dos quatro policiais.
O MP pediu, ainda, que o Instituto Médico Legal (IML) apresente, no prazo de 72 horas, os originais dos laudos de necropsia e do laudo de exame de DNA de Juan. Entre outras medidas, também foi requerida a determinação para que todas as operadoras de telefonia informem os dados cadastrais do usuário responsável pelo número de celular que entrou em contato inúmeras vezes com os denunciados na hora do crime.
Relembre o caso
As promotoras relataram à Justiça detalhes do caso que provocou comoção nacional. Elas lembraram que na noite do dia 20 de junho, os PMs Isaias Souza e Edilberto Barros atiraram contra as vítimas Igor de Souza Afonso, o menor Juan Moraes Neves, que morreram, e outras duas, que ficaram feridas, na saída de um beco no bairro Danon, em Nova Iguaçu, Baixada Fluminense.
De acordo com a denúncia, Ubirani e Rubens participaram dando “cobertura” à execução do crime. Juan tinha 11 anos na data do crime. O corpo do menino teria sido deixado por PMs às margens do Rio Botas, no Município de Belford Roxo, o que está sendo investigado em outro inquérito, que também apura o envolvimento de outros Policiais Militares nos homicídios e a formação de quadrilha armada.
Júlia Jardim e Adriana Lucas também ressaltaram à Justiça que a decretação de prisão preventiva dos denunciados é necessária “não só para garantir a ordem pública sob o prisma da necessidade de preservar a credibilidade da instituição que presta relevante serviço à nação brasileira através da maioria de seus membros que honram suas fardas, mas também porque o povo brasileiro exige respostas e não aceita que seus cidadãos, incluindo jovens e crianças, sejam mortos sem qualquer chance de defesa por agentes públicos que agem ao arrepio da lei quando deveriam lhes proteger e que ainda recebem vencimentos pagos por todos.”
“O crime foi praticado por motivo torpe, pois os denunciados, imaginando que as vítimas eram traficantes de drogas, pretendiam executá-las, atividade típica de extermínio”, afirmaram as Promotoras no texto da denúncia.
Investigação revela que não houve confronto, mas ação de extermínio
As investigações concluíram que não houve confronto no Danon, mas uma ação de extermínio para tomar território praticada por PMs, apontados no relatório como ‘pessoas que não têm apreço pela vida’.
Para os investigadores, o local do crime foi preparado para os agentes justificarem a ação que não aconteceu como o planejado. PMs tomaram medidas para ocultar os fatos.
Um fuzil usado no crime não foi apresentado e só foi descoberto após perícia nas armas do 20º BPM.
“Depoimentos e a perícia provaram que não houve confronto. Descobrimos uma arma usada no crime após análise em 16 fuzis”, explicou o delegado-titular da DHBF, Ricardo Barboza.
A ossada do menino foi achada em Belford Roxo 10 dias depois de ele ter desaparecido. Exame de DNA provou que se tratava de Juan após corpo ser identificado como de menina. No entanto, é aguardado um novo exame de DNA pedido pela Defensoria Pública.
Sequência de falhas no caso que chocou o Rio
Operação
Dia 20 de junho, policiais do 20º BPM (Mesquita) vão à comunidade Danon checar informação sobre traficantes. Na ação, Juan desaparece, um rapaz é morto e dois são baleados, entre eles um irmão do menino.
Auto de resistência
Logo após a ação, PMs registram o caso como auto de resistência na 56ª DP (Comendador Soares). Apresentam armas e drogas e não falam sobre Juan.
Demora
O sumiço do menino só vem à tona no dia seguinte após denúncia da família de que ele fora baleado. Uma série de falhas na investigação da 56ª DP, entre elas a demora em pedir perícia para o local, faz o caso ser transferido, uma semana depois, para a Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense.
Afastamento
Afastados da rua cinco dias após a operação, os PMs vão para serviços internos no mesmo batalhão. Só ontem eles foram transferidos para a ‘geladeira’ da corporação.
Perícia
A primeira perícia no local só ocorreu oito dias após o sumiço, dia 28. O chinelo que o menino usava no dia 20 foi encontrado. Só então começaram as buscas pelo corpo.
Testemunha
W., baleado no confronto, foi apontado como traficante e ficou cinco dias algemado no hospital. A família comprovou que o rapaz trabalha e ele é incluído no Programa de Proteção à Testemunha só duas semanas após o confronto.
Ossada
Dez dias após o sumiço, dia 30, foi achada a ossada que a perita atestou ser de uma menina. As buscas a Juan continuaram por 4 dias. Muito tempo depois, após dois exames de DNA, a Polícia Civil admitiu o erro.
O DIA ONLINE
Marido é suspeito de matar mulher e arrancar orelha no bairro da Jatiúca
Vítima foi morta na cama do casal e o suspeito foi detido pela Polícia Militar
A dona de casa Zenaide de Souza Silva, 58 anos, foi assassinada a golpes de faca e teve uma orelha arrancada, na madrugada desta quarta-feira (14), quando se encontrava no interior de sua residência, localizada na Rua São Francisco, na Jatiúca.
O marido, identificado como Benedito Gaudêncio do Nascimento, 61, foi apontado como suspeito e detido pela Polícia Militar (PM), quando tentava se evadir do local, levando a orelha da mulher no bolso. O suspeito não se sentiu bem e foi levado pelos militares para o Hospital Geral do Estado (HGE).
A vítima foi encontrada deitada na cama do casal com ferimentos em diversas partes do corpo. Os militares não revelaram maiores detalhes do local do crime.
Segundo a Polícia, Benedito Gaudêncio apresentava visíveis sinais de embriaguez e não conseguiu explicar os motivos do crime. Os vizinhos disseram, porém ter ouvido uma discussão. Por isto, a Polícia foi chamada ao local.
O crime será investigado por policiais da Delegacia do 2° Distrito (Jatiúca). O suspeito deve ser interrogado sobre o crime, ainda hoje.
Gazetaweb
Bonecos ensinam respeito a vagas de deficientes e idosos em SP
Bonecos coloridos, em tamanho real, estão sendo usados pela Prefeitura de Guarulhos (Grande São Paulo) para mostrar aos motoristas a importância do respeito às vagas para idosos e deficientes.
A campanha leva os bonecos, que retratam um menino cadeirante e uma idosa, para shoppings e supermercados e os posiciona justamente nas vagas reservadas. Uma placa que diz "obrigado por respeitar as vagas exclusivas" dá o recado.
Além de utilizar os bonecos, a prefeitura também está distribuindo folhetos educativos e colocando avisos nos carros já parados nas vagas reservadas, questionando se o motorista está agindo corretamente.
A iniciativa nasceu em 23 de agosto, durante a Semana da Pessoa com Deficiência do município, e não tem prazo para acabar. Já ocorreu em nove pontos da cidade e atingiu, segundo a prefeitura, cerca de 8.000 pessoas.
Ela é focada, especialmente, em estacionamentos de locais particulares.
"Na via pública a prefeitura pode autuar o motorista [que para na vaga sem ter um selo que comprove o direito], mas em mercados e shoppings, não. Por isso, é importante conscientizar a população", diz Fernanda Mayumi, gerente de educação para o trânsito da Secretaria Municipal de Transportes e Trânsito de Guarulhos.
MULTAS
Nas vias públicas, quem estaciona em local reservado sem ter um selo que comprove a necessidade pode levar multa de R$ 53,20, além de três pontos na carteira.
Na capital paulista, o desrespeito às vagas exclusivas rende 88 multas diárias.
A infração teve alta de 52,6%, segundo dados da CET. Entre março e dezembro do ano passado, a companhia registrou 20.736 autuações.
Só no primeiro semestre deste ano, foram 15.825. O balanço mostra que a média mensal de multas passou de 1.728 para 2.638.
Folha Online
Arroz preto ajuda a combater câncer e doenças cardíacas
Cereal traz benefícios à saúde por conter baixos níveis de açúcar e ter mais fibras e antioxidantes
O arroz preto é um grande aliado para combater doenças cardíacas e o câncer. Uma pesquisa realizada por cientistas da Universidade Estadual da Louisiana mostra que o cereal, consumido principalmente em países asiáticos, traz grandes benefícios à saúde em geral.
Em análises feitas em amostras do farelo do arroz preto foram encontrados níveis elevados de antocianina, o antioxidante responsável pela cor do grão. Apenas uma colher desse farelo contém mais antocianina do que em uma colher de mirtilo ou qualquer outra fruta de pigmento escuro.
O arroz ainda traz mais benefícios por conter baixos níveis de açúcar, além de ter mais fibras e antioxidantes.
O autor do estudo, Zhimin Xu, afirma que a antocianina protege as artérias e impede danos no DNA. Xu acredita que valeria a pena investir no produto como corante natural ou, ainda, como ingrediente para cereais, bolos e outros alimentos.
BEM-ESTAR
O arroz preto é um grande aliado para combater doenças cardíacas e o câncer. Uma pesquisa realizada por cientistas da Universidade Estadual da Louisiana mostra que o cereal, consumido principalmente em países asiáticos, traz grandes benefícios à saúde em geral.
Em análises feitas em amostras do farelo do arroz preto foram encontrados níveis elevados de antocianina, o antioxidante responsável pela cor do grão. Apenas uma colher desse farelo contém mais antocianina do que em uma colher de mirtilo ou qualquer outra fruta de pigmento escuro.
O arroz ainda traz mais benefícios por conter baixos níveis de açúcar, além de ter mais fibras e antioxidantes.
O autor do estudo, Zhimin Xu, afirma que a antocianina protege as artérias e impede danos no DNA. Xu acredita que valeria a pena investir no produto como corante natural ou, ainda, como ingrediente para cereais, bolos e outros alimentos.
BEM-ESTAR
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Cientistas desenvolvem detector de mentiras a partir de análise facial
Um novo sistema de câmeras pode detectar mentiras ao analisar rostos, segundo cientistas na Grã-Bretanha.
O sistema usa uma câmera comum, um sensor térmico de alta resolução e um software. Os pesquisadores dizem que o método pode ser de grande valia para serviços secretos.
O pesquisador-chefe do estudo, Hassan Ugail, da Universidade de Bradford, disse que o sistema consegue distinguir verdade de mentiras em dois terços dos casos.
O sistema foi desenvolvido em conjunto com a Universidade de Aberystwyth e apresentado nesta terça-feira no festival de ciência de Bradford.
Funcionamento
O estudo utiliza pesquisas anteriores sobre como as pessoas revelam involuntariamente emoções por meio de sutis mudanças de expressão e do fluxo de sangue para o rosto.
Sinais de mudanças de emoção captados por câmeras comuns incluem movimentos de olhos, pupilas dilatadas, morder ou apertar os lábios, coçar o nariz, respiração acelerada, piscadelas rápidas e assimetria visual.
Os sensores termais detectam o acúmulo de sangue ao redor dos olhos.
O método tradicional de detecção de mentiras depende do polígrafo, instrumento desenvolvido em 1921, mas este é invasivo, com fios grudados na pele. O novo sistema pode ser usado mesmo sem o conhecimento da pessoa analisada.
"Juntamos todo o trabalho já consagrado sobre as expressões, os desenvolvimentos recentes em termos de imagens termais, as técnicas para análises de imagens e os nossos novos algoritmos em um sistema operacional", disse ele.
Um software que usa algoritmos é usado para monitorar sutis mudanças nas expressões faciais.
Margem de acerto
Os testes até agora foram feitos apenas em voluntários, mas, até o final do ano, os pesquisadores esperam aplicá-lo em um aeroporto britânico, possivelmente durante entrevistas conduzidas por experientes oficiais de imigração.
O software pode ser usado para comparação com as conclusões dos oficiais.
"Em uma situação real, de estresse, podemos conseguir uma margem de acerto ainda maior", disse Ugail, que espera chegar aos 90% de acerto, margem semelhante ao do polígrafo.
Mas os pesquisadores admitem que os testes não podem nunca chegar a 100% de acerto, já que eles detectam emoções como estresse, medo ou desconfiança e não a mentira em si.
O medo pode significar o temor de não ser acreditado, e não necessariamente o de ser pego mentindo.
BBC Brasil
O sistema usa uma câmera comum, um sensor térmico de alta resolução e um software. Os pesquisadores dizem que o método pode ser de grande valia para serviços secretos.
O pesquisador-chefe do estudo, Hassan Ugail, da Universidade de Bradford, disse que o sistema consegue distinguir verdade de mentiras em dois terços dos casos.
O sistema foi desenvolvido em conjunto com a Universidade de Aberystwyth e apresentado nesta terça-feira no festival de ciência de Bradford.
Funcionamento
O estudo utiliza pesquisas anteriores sobre como as pessoas revelam involuntariamente emoções por meio de sutis mudanças de expressão e do fluxo de sangue para o rosto.
Sinais de mudanças de emoção captados por câmeras comuns incluem movimentos de olhos, pupilas dilatadas, morder ou apertar os lábios, coçar o nariz, respiração acelerada, piscadelas rápidas e assimetria visual.
Os sensores termais detectam o acúmulo de sangue ao redor dos olhos.
O método tradicional de detecção de mentiras depende do polígrafo, instrumento desenvolvido em 1921, mas este é invasivo, com fios grudados na pele. O novo sistema pode ser usado mesmo sem o conhecimento da pessoa analisada.
"Juntamos todo o trabalho já consagrado sobre as expressões, os desenvolvimentos recentes em termos de imagens termais, as técnicas para análises de imagens e os nossos novos algoritmos em um sistema operacional", disse ele.
Um software que usa algoritmos é usado para monitorar sutis mudanças nas expressões faciais.
Margem de acerto
Os testes até agora foram feitos apenas em voluntários, mas, até o final do ano, os pesquisadores esperam aplicá-lo em um aeroporto britânico, possivelmente durante entrevistas conduzidas por experientes oficiais de imigração.
O software pode ser usado para comparação com as conclusões dos oficiais.
"Em uma situação real, de estresse, podemos conseguir uma margem de acerto ainda maior", disse Ugail, que espera chegar aos 90% de acerto, margem semelhante ao do polígrafo.
Mas os pesquisadores admitem que os testes não podem nunca chegar a 100% de acerto, já que eles detectam emoções como estresse, medo ou desconfiança e não a mentira em si.
O medo pode significar o temor de não ser acreditado, e não necessariamente o de ser pego mentindo.
BBC Brasil
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21 mil crianças com menos de 5 anos morreram por dia em 2010
Região da África subsaariana é considerada crítica pelo Unicef
Metade das mortes se concentram na Índia, Nigéria, Congo, Paquistão e China
O Unicef, braço da ONU para a infância, divulgou, na madrugada desta quinta-feira (15), um relatório sobre a mortalidade de crianças abaixo de 5 anos no mundo. Os números mostram que, no último ano, 21 mil crianças dessa faixa etária morreram diariamente no mundo – quase 15 crianças por minuto.
E de cada 10 crianças mortas, 7 nem chegaram a completar seu primeiro ano de vida.
O número, apesar de alto, representou uma melhora significativa em relação ao último estudo da entidade, de 1990. Há 20 anos, 33 mil crianças morriam a cada dia no mundo. A redução foi de 35%.
Os maiores índices de mortalidade infantil se concentram na região da África subsaariana, assolada pela miséria e a seca. Uma em cada 8 mortes ocorre naquela região. Globalmente, as principais causas de morte são pneumonia (18%), diarreia (15%), complicações na gravidez (12%) e asfixia ao nascer (9%). Cerca de um terço dos casos é agravado pela ocorrência também de quadros de desnutrição.
Contraste entre países
Cinco países, considerados em situação crítica pelo Unicef, concentram metade das mortes de crianças: Índia, Nigéria, Congo, Paquistão e China. Na Índia, líder do ranking, 1,7 milhão de crianças morreram em 2010 antes dos 5 anos.
O Brasil, que em 1990 registrava 59 mortes em cada 1.000 nascimentos, reduziu este número para 19 a cada 1.000 em 2010, atingindo a meta estabelecida pela Unicef de ficar abaixo de 20 mortes até o ano 2015
R7
O Unicef, braço da ONU para a infância, divulgou, na madrugada desta quinta-feira (15), um relatório sobre a mortalidade de crianças abaixo de 5 anos no mundo. Os números mostram que, no último ano, 21 mil crianças dessa faixa etária morreram diariamente no mundo – quase 15 crianças por minuto.
E de cada 10 crianças mortas, 7 nem chegaram a completar seu primeiro ano de vida.
O número, apesar de alto, representou uma melhora significativa em relação ao último estudo da entidade, de 1990. Há 20 anos, 33 mil crianças morriam a cada dia no mundo. A redução foi de 35%.
Os maiores índices de mortalidade infantil se concentram na região da África subsaariana, assolada pela miséria e a seca. Uma em cada 8 mortes ocorre naquela região. Globalmente, as principais causas de morte são pneumonia (18%), diarreia (15%), complicações na gravidez (12%) e asfixia ao nascer (9%). Cerca de um terço dos casos é agravado pela ocorrência também de quadros de desnutrição.
Contraste entre países
Cinco países, considerados em situação crítica pelo Unicef, concentram metade das mortes de crianças: Índia, Nigéria, Congo, Paquistão e China. Na Índia, líder do ranking, 1,7 milhão de crianças morreram em 2010 antes dos 5 anos.
O Brasil, que em 1990 registrava 59 mortes em cada 1.000 nascimentos, reduziu este número para 19 a cada 1.000 em 2010, atingindo a meta estabelecida pela Unicef de ficar abaixo de 20 mortes até o ano 2015
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Corpo de jovem encontrada morta em casa na zona leste é enterrado nesta quinta
Sepultamento ocorreu na manhã de hoje; Bianca Consoli pode ter morrido por asfixia
O corpo da estudante Bianca Ribeiro Consoli, de 19 anos, foi enterrado por volta das 9h20 desta quinta-feira (15) no cemitério do Curuçá, em Santo André. As informações são dos funcionários do local. A jovem foi encontrada morta pela mãe e pela tia em sua casa, na zona leste, na noite de terça-feira (13). Ela tinha um saco plástico na cabeça e marcas de enforcamento no pescoço. Uma tesoura que não seria da família também foi encontrada no local do crime.
Em entrevista à Rede Record, Marta Ribeiro, mãe de Bianca, disse acreditar que a filha morreu porque reconheceu a pessoa que invadiu o imóvel, na zona leste de São Paulo. De acordo com Marta, na casa havia vários objetos de valor que não foram levados.
Para começar a esclarecer os fatos, a Polícia Civil convocou, nesta quinta, os familiares e conhecidos da estudante de finanças. Um ex-namorado e o namorado atual devem prestar depoimento.
Também foi chamada pelo DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa), que é responsável pelo caso, uma balconista da academia que a estudante frequentava. A mulher mora perto de Bianca e teria dito à polícia que passou perto da casa da garota, no momento em que ela supostamente teria sido atacada, e escutou um som alto.
Crime
A estudante Bianca Consoli Ribeiro foi encontrada morta dentro de casa na noite da última terça-feira. A Polícia Científica identificou sinais de luta na casa onde a estudante foi encontrada, com parte dos móveis revirados. Além disso, a região abdominal da jovem possuía marcas. Nada foi levado da casa.
...De acordo com a SSP (Secretaria de Segurança Pública), os pais da jovem estavam trabalhando no momento do crime. A tia da estudante, que mora numa casa vizinha, estranhou ao ver as janelas da casa abertas com todas as luzes acesas e os televisores ligados.
Quando a mãe de Bianca chegou ao local, ela e a tia entraram na casa e encontraram Bianca morta na sala. O Corpo de Bombeiros foi acionado e ainda tentou reanimar a jovem, sem sucesso.
R7
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Edmundo: 'Fim do processo é ponto final no que me atormenta há 15 anos'
Ex-jogador se diz aliviado com a decisão do STF de reconhecer a prescrição do caso do acidente de 1995, que matou três pessoas
A notícia veio pela internet. Depois de mais de 15 anos, Edmundo soube pela mídia que seu processo pelo acidente de carro em dezembro de 1995, que matou três pessoas, foi extinto por prescrição pelo Superior Tribunal Federal. Antes mesmo de conversar com seus advogados, o ex-jogador disse que o encerramento do caso traz um alívio para sua vida depois de mais de uma década.
- É o ponto final em algo que me atormenta há 15 anos. Uma coisa que eu nunca esqueci, nunca me desliguei disso. Agora acabando, é outra história. Fico contente. Mas tenho consciência de que o sofrimento das famílias nunca vai acabar. Então, tenho que seguir em frente, mas sem nunca esquecer do que aconteceu - disse o ex-atacante, por.telefone
Edmundo contou que ainda não conversou com calma com seu advogado para entender exatamente o que significa a decisão do STF. Eles devem se encontrar ainda nesta quinta-feira. No entanto, um dos representantes do ex-jogador no processo, Arthur Lavigne não deixou dúvidas e afirmou que essa foi a etapa final do caso.
- Acabou tudo. Não cabem mais recursos. Estava prescrito desde 2007, faltava apenas esse reconhecimento da Justiça, que veio agora. Não houve vitória ou derrota para ninguém. Foi apenas a solução natural. Caso encerrado - afirmou o advogado.
Entenda o caso
O ex-jogador foi condenado em março de 1999 a quatro anos e seis meses de prisão, em regime semiaberto, pelos homicídios culposos de três pessoas e lesões corporais também culposas em outras três vítimas do acidente ocorrido na Lagoa, Zona Sul do Rio, na madrugada do dia 2 de dezembro de 1995.
Durante o período em que o processo era julgado, Edmundo chegou a ser preso em São Paulo, em 16 de junho deste ano. Um dia após ser localizado e detido, foi beneficiado por um habeas corpus e deixou a prisão. Na ocasião, o advogado Arthur Lavigne já alegava prescrição do caso.
No último dia 9 de setembro, o ministro Joaquim Barbosa, do STF, declarou "extinta a punibilidade" por considerar que houve prescrição do crime há quase quatro anos. Confira parte da decisão:
“Do exposto, declaro extinta a punibilidade do agravante, em decorrência da prescrição da pretensão punitiva, com base nos arts. 107, IV, e 109, IV, ambos do Código Penal, e julgo prejudicado o presente recurso (art. 21, IX, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal). Ainda que se considerasse o acórdão que confirmou a condenação como marco interruptivo, mesmo assim teria se operado a prescrição em 25.10.2007, antes mesmo, portanto, do protocolo do presente recurso nesta Corte, pois a publicação do acórdão recorrido deu-se em 26.10.1999 (fls. 4 e 8) não houve interposição de recurso por parte do Ministério Público”.
G1
quarta-feira, 14 de setembro de 2011
Adolescentes são internados após tomarem calmante em escola
Três adolescentes, de 11 e 12 anos de idade, foram internados no Hospital Escola de São Carlos (232 km de São Paulo) após tomarem um calmante dentro de uma escola municipal.
O caso aconteceu na manhã desta quarta-feira na escola Afonso Fioca Vitalli (Caic), na Vila Marina. Segundo a prefeitura, uma das alunas, de 12 anos, levou de casa o calmante (diazepam), tomou um comprimido e deu o remédio a um menino de 12 e outra garota de 11.
A professora viu que os três estudantes estavam sonolentos em classe e chamou a diretoria. Uma ambulância do Samu levou os alunos para o Hospital Escola de São Carlos. Às 12h, os três foram liberados.
Em nota, a prefeitura disse que a direção da escola percebeu que um dos alunos levou o medicamento de casa e "tomou as medidas cabíveis imediatamente". Também foram acionados os pais dos estudantes e o Conselho Tutelar.
Ainda segundo a prefeitura, os alunos e os pais receberão orientação da direção da escola.
Folha OnLine
O caso aconteceu na manhã desta quarta-feira na escola Afonso Fioca Vitalli (Caic), na Vila Marina. Segundo a prefeitura, uma das alunas, de 12 anos, levou de casa o calmante (diazepam), tomou um comprimido e deu o remédio a um menino de 12 e outra garota de 11.
A professora viu que os três estudantes estavam sonolentos em classe e chamou a diretoria. Uma ambulância do Samu levou os alunos para o Hospital Escola de São Carlos. Às 12h, os três foram liberados.
Em nota, a prefeitura disse que a direção da escola percebeu que um dos alunos levou o medicamento de casa e "tomou as medidas cabíveis imediatamente". Também foram acionados os pais dos estudantes e o Conselho Tutelar.
Ainda segundo a prefeitura, os alunos e os pais receberão orientação da direção da escola.
Folha OnLine
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Homem é condenado por matar cão Pit bull que não impediu furto em Pelotas
Dono do cachorro utilizou uma barra de ferro para dar golpes na cadela até a sua morte
Um homem foi condenado a cumprir 5 meses e 10 dias de detenção por ter matado a pauladas sua cadela da raça Pit bull, porque ela não impediu o furto em sua residência, em Pelotas, no sul do Estado. Segundo o Tribunal de Justiça, o homem utilizou uma barra de ferro para dar golpes na cadela até a sua morte.
Além da prisão pelo delito, considerado crime contra a fauna, ele terá que pagar uma multa. O caso ocorreu no dia 8 de julho de 2008, quando a polícia foi acionada para atender a ocorrência de assalto e ao chegar à residência viram o animal da raça pit bull morto. O dono da cadela informou ao policial militar que tinha sido vítima de um furto e ficou com raiva do animal, que não foi capaz de afugentar os ladrões.
Já que não prestava para cuidar da casa, afirmou, matou-a com golpes de barra de ferro. Denunciado pelo Ministério Público, não compareceu à Justiça, apesar de intimado. Dessa forma, foi condenado à revelia. A defesa apelou da sentença, alegando insuficiência de provas, pois a condenação teria se baseado tão-somente na palavra do policial que atendeu à ocorrência, e que sequer presenciou o crime.
A relatora do recurso, juíza Cristina Pereira Gonzáles, considerou as provas suficientes para condenar o dono do animal. Apontou que o crime está demonstrado por boletim de ocorrência e que o policial militar apresentou relato seguro e consistente sobre o fato. A decisão é da Turma Recursal Criminal, que manteve decisão do Juizado Especial Criminal de Pelotas.
Zero Hora
Um homem foi condenado a cumprir 5 meses e 10 dias de detenção por ter matado a pauladas sua cadela da raça Pit bull, porque ela não impediu o furto em sua residência, em Pelotas, no sul do Estado. Segundo o Tribunal de Justiça, o homem utilizou uma barra de ferro para dar golpes na cadela até a sua morte.
Além da prisão pelo delito, considerado crime contra a fauna, ele terá que pagar uma multa. O caso ocorreu no dia 8 de julho de 2008, quando a polícia foi acionada para atender a ocorrência de assalto e ao chegar à residência viram o animal da raça pit bull morto. O dono da cadela informou ao policial militar que tinha sido vítima de um furto e ficou com raiva do animal, que não foi capaz de afugentar os ladrões.
Já que não prestava para cuidar da casa, afirmou, matou-a com golpes de barra de ferro. Denunciado pelo Ministério Público, não compareceu à Justiça, apesar de intimado. Dessa forma, foi condenado à revelia. A defesa apelou da sentença, alegando insuficiência de provas, pois a condenação teria se baseado tão-somente na palavra do policial que atendeu à ocorrência, e que sequer presenciou o crime.
A relatora do recurso, juíza Cristina Pereira Gonzáles, considerou as provas suficientes para condenar o dono do animal. Apontou que o crime está demonstrado por boletim de ocorrência e que o policial militar apresentou relato seguro e consistente sobre o fato. A decisão é da Turma Recursal Criminal, que manteve decisão do Juizado Especial Criminal de Pelotas.
Zero Hora
Polícia vê sinais de luta em casa de estudante assassinada na zona leste
Jovem foi encontrada morta dentro da própria casa com marcas de esganadura
A Polícia Científica identificou sinais de luta na casa onde a estudante de Finanças, Bianca Ribeiro Consoli, de 19 anos, foi encontrada morta na noite desta terça-feira (13). Segundo os peritos, os móveis de um dos cômodos estavam revirados. Além desse indício de crime, a região abdominal da jovem possuía marcas, o que pode indicar que ela tenha sido agarrada por trás, de surpresa.
Bianca tinha um plástico na boca e marcas de esganadura quando foi encontrada no primeiro andar da casa onde morava com a família, na estrada da Servidão, nº 16, Parque São Rafael, na zona leste de São Paulo. A polícia também encontrou uma tesoura no local do crime, que a família não reconheceu como sendo um objeto da residência.
Como a estudante estava vestida com roupa de ginástica, ela pode ter sido abordada no caminho da academia, segundo informou a polícia. Por isso, imagens de segurança já foram solicitadas para o estabelecimento.
O caso vai ser investigado pelo DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa).
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Cresce número de casos de mães que perderam a guarda dos filhos em São Paulo
SÃO PAULO - Levantamento da Secretaria Estadual de Saúde mostra que o número de mães que perdem a tutela dos filhos durante a gestação ou logo após o parto têm crescido anualmente na cidade de São Paulo. Na maior maternidade da Zona Leste da capital, região mais populosa da cidade, 99 mães perderam a tutela dos filhos desde 2007.
Naquele ano, houve um caso em que a Vara da Infância decidiu pela perda da tutela. Em 2008, foram 15 casos. Em 2009, 26 casos. No ano passado, 43 crianças foram tiradas das mães que não tinham condições de criá-las, devido à dependência química.
- Temos percebido que há uma tendência clara de aumento desses casos, de mães dependentes químicas que não têm como criar os filhos - diz Graziella Pacheco Velloni, diretora do serviço de Neonatalogia da Maternidade Leonor Mendes de Barros.
Graziella lembra que a perda da tutela é a medida mais extrema tomada pelo juiz. A medida vem após análise do relatório de uma equipe interdisciplinar formada por médicos, enfermeiros e assistentes sociais.
- Nesses casos, a Justiça considerou que a mãe não tinha como criar a criança e nenhum outro membro da família poderia ficar com a guarda - explica.
Em 2011, somente nos três primeiros meses do ano, foram registrados 14 casos de perda de tutela. A Secretaria não tem dados completos de toda a rede de Saúde, mas há uma indicação de que o fenômeno se repita nas demais regiões da cidade. Dados de outras tês maternidades indicam 50 casos do mesmo tipo no primeiro trimestre de 2011.
- Infelizmente são pacientes que se encontram em uma grave situação de vulnerabilidade social, com rompimento dos laços com familiares e a comunidade, e até estão em situação de moradia de rua - afirma o diretor da maternidade Leonor Mendes de Barros, Corintio Mariani Neto.
O estudo mostra o perfil das mães que acabam perdendo a guarda dos filhos. São jovens, com idade entre 15 e 25 anos, têm baixa escolaridade e sem profissão estabelecida. As drogas usadas são, principalmente, o crack e a cocaína. O estudo na maternidade mostra também que a dependência acaba atrapalhando o acompanhamento médico das gestantes. Quase metade delas não aderiram ao total de consultas de pré-natal oferecidas.
Além do problema com as mães, as próprias famílias não têm estrutura para criar os recém-nascidos.
- No geral, essas mulheres possuem companheiros que também são usuários de drogas. E elas acabaram perdendo a relação com tias, mães e a família no geral.
A perda da tutela é apenas um dos problemas que os recém-nascidos irão enfrentar. De acordo com Graziella, o uso das drogas durante a gestação pode provocar a ocorrência de deslocamento prematuro de placenta, parto prematuro, anomalias congênitas, retardo do crescimento, baixo peso do recém-nascido, morte neonatal, entre outros problemas
De acordo com a secretaria, existe a previsão de dobrar, até 2012, o número de leitos de internação para dependentes químicos (álcool e drogas) em todo o Estado, que passará de 400 para 800. O acompanhamento ambulatorial é feito nos Caps Ad (Centros de Atenção Psicossocial - Álcool e Drogas) municipais.
O Globo
Naquele ano, houve um caso em que a Vara da Infância decidiu pela perda da tutela. Em 2008, foram 15 casos. Em 2009, 26 casos. No ano passado, 43 crianças foram tiradas das mães que não tinham condições de criá-las, devido à dependência química.
- Temos percebido que há uma tendência clara de aumento desses casos, de mães dependentes químicas que não têm como criar os filhos - diz Graziella Pacheco Velloni, diretora do serviço de Neonatalogia da Maternidade Leonor Mendes de Barros.
Graziella lembra que a perda da tutela é a medida mais extrema tomada pelo juiz. A medida vem após análise do relatório de uma equipe interdisciplinar formada por médicos, enfermeiros e assistentes sociais.
- Nesses casos, a Justiça considerou que a mãe não tinha como criar a criança e nenhum outro membro da família poderia ficar com a guarda - explica.
Em 2011, somente nos três primeiros meses do ano, foram registrados 14 casos de perda de tutela. A Secretaria não tem dados completos de toda a rede de Saúde, mas há uma indicação de que o fenômeno se repita nas demais regiões da cidade. Dados de outras tês maternidades indicam 50 casos do mesmo tipo no primeiro trimestre de 2011.
- Infelizmente são pacientes que se encontram em uma grave situação de vulnerabilidade social, com rompimento dos laços com familiares e a comunidade, e até estão em situação de moradia de rua - afirma o diretor da maternidade Leonor Mendes de Barros, Corintio Mariani Neto.
O estudo mostra o perfil das mães que acabam perdendo a guarda dos filhos. São jovens, com idade entre 15 e 25 anos, têm baixa escolaridade e sem profissão estabelecida. As drogas usadas são, principalmente, o crack e a cocaína. O estudo na maternidade mostra também que a dependência acaba atrapalhando o acompanhamento médico das gestantes. Quase metade delas não aderiram ao total de consultas de pré-natal oferecidas.
Além do problema com as mães, as próprias famílias não têm estrutura para criar os recém-nascidos.
- No geral, essas mulheres possuem companheiros que também são usuários de drogas. E elas acabaram perdendo a relação com tias, mães e a família no geral.
A perda da tutela é apenas um dos problemas que os recém-nascidos irão enfrentar. De acordo com Graziella, o uso das drogas durante a gestação pode provocar a ocorrência de deslocamento prematuro de placenta, parto prematuro, anomalias congênitas, retardo do crescimento, baixo peso do recém-nascido, morte neonatal, entre outros problemas
De acordo com a secretaria, existe a previsão de dobrar, até 2012, o número de leitos de internação para dependentes químicos (álcool e drogas) em todo o Estado, que passará de 400 para 800. O acompanhamento ambulatorial é feito nos Caps Ad (Centros de Atenção Psicossocial - Álcool e Drogas) municipais.
O Globo
Pai biológico não consegue alterar certidão de menor registrada pelo pai afetivo
Após sete anos de disputa judicial entre pai biológico e pai de criação, a Terceira Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu que o registro civil de uma menina deverá permanecer com o nome do pai afetivo. Os ministros entenderam que, no caso, a filiação socioafetiva predomina sobre o vínculo biológico, pois atende o melhor interesse do menor.
A criança nasceu da relação extraconjugal entre a mãe e o homem que, mais tarde, entraria com ação judicial pedindo anulação de registro civil e declaração de paternidade. A menina foi registrada pelo marido da genitora, que acreditava ser o pai biológico. Mesmo após o resultado do exame de DNA, ele quis manter a relação de pai com a filha.
Em primeira instância, o processo foi extinto sem julgamento de mérito por ilegitimidade do pai biológico para propor a ação. Mas o juiz deu a ele o direito de visita quinzenal monitorada. No julgamento da apelação, o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro determinou a alteração do registro civil da menor, para inclusão do nome do pai biológico, e excluiu a possibilidade de visitas porque isso não foi pedido pelas partes.
Seguindo o voto da ministra Nancy Andrighi, relatora do recurso do pai afetivo, os ministros reconheceram a ilegitimidade do pai biológico para propor a ação. O Código Civil de 2002 atribui ao marido o direito de contestar a paternidade dos filhos nascidos de sua mulher e dá ao filho a legitimidade para ajuizar ação de prova de filiação.
A relatora destacou que o próprio código abre a possibilidade de outras pessoas com interesse jurídico na questão discutirem autenticidade de registro de nascimento. Segundo ela, o pai biológico pode contestar a veracidade de registro quando fica sabendo da existência de filho registrado em nome de outro. “Contudo, a ampliação do leque de legitimidade para pleitear a alteração no registro civil deve ser avaliada à luz da conjunção de circunstâncias”, afirmou a ministra.
Analisando as peculiaridades do caso, a relatora constatou que o pai afetivo sempre manteve comportamento de pai na vida social e familiar, desde a gestação até os dias atuais; agiu como pai atencioso, cuidadoso e com profundo vínculo afetivo com a menor, que hoje já é adolescente. Ele ainda manteve o desejo de garantir o vínculo paterno-filial, mesmo após saber que não era pai biológico, sem ter havido enfraquecimento na relação com a menina.
Por outro lado, a relatora observou que o pai biológico, ao saber da paternidade, deixou passar mais de três anos sem manifestar interesse afetivo pela filha, mesmo sabendo que era criada por outra pessoa. A ministra considerou esse tempo mais do que suficiente para consolidar a paternidade socioafetiva com a criança. “Esse período de inércia afetiva demonstra evidente menoscabo do genitor em relação à paternidade”, concluiu Nancy Andrighi.
Em decisão unânime, a Terceira Turma deu provimento ao recurso para restabelecer a sentença na parte que reconheceu a ilegitimidade do pai biológico para ajuizar ação de alteração do registro de nascimento. No futuro, ao atingir a maioridade civil, a menina poderá pedir a retificação de seu registro, se quiser.
Fonte: Superior Tribunal de Justiça
Revista Jus Vigilantibus
A criança nasceu da relação extraconjugal entre a mãe e o homem que, mais tarde, entraria com ação judicial pedindo anulação de registro civil e declaração de paternidade. A menina foi registrada pelo marido da genitora, que acreditava ser o pai biológico. Mesmo após o resultado do exame de DNA, ele quis manter a relação de pai com a filha.
Em primeira instância, o processo foi extinto sem julgamento de mérito por ilegitimidade do pai biológico para propor a ação. Mas o juiz deu a ele o direito de visita quinzenal monitorada. No julgamento da apelação, o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro determinou a alteração do registro civil da menor, para inclusão do nome do pai biológico, e excluiu a possibilidade de visitas porque isso não foi pedido pelas partes.
Seguindo o voto da ministra Nancy Andrighi, relatora do recurso do pai afetivo, os ministros reconheceram a ilegitimidade do pai biológico para propor a ação. O Código Civil de 2002 atribui ao marido o direito de contestar a paternidade dos filhos nascidos de sua mulher e dá ao filho a legitimidade para ajuizar ação de prova de filiação.
A relatora destacou que o próprio código abre a possibilidade de outras pessoas com interesse jurídico na questão discutirem autenticidade de registro de nascimento. Segundo ela, o pai biológico pode contestar a veracidade de registro quando fica sabendo da existência de filho registrado em nome de outro. “Contudo, a ampliação do leque de legitimidade para pleitear a alteração no registro civil deve ser avaliada à luz da conjunção de circunstâncias”, afirmou a ministra.
Analisando as peculiaridades do caso, a relatora constatou que o pai afetivo sempre manteve comportamento de pai na vida social e familiar, desde a gestação até os dias atuais; agiu como pai atencioso, cuidadoso e com profundo vínculo afetivo com a menor, que hoje já é adolescente. Ele ainda manteve o desejo de garantir o vínculo paterno-filial, mesmo após saber que não era pai biológico, sem ter havido enfraquecimento na relação com a menina.
Por outro lado, a relatora observou que o pai biológico, ao saber da paternidade, deixou passar mais de três anos sem manifestar interesse afetivo pela filha, mesmo sabendo que era criada por outra pessoa. A ministra considerou esse tempo mais do que suficiente para consolidar a paternidade socioafetiva com a criança. “Esse período de inércia afetiva demonstra evidente menoscabo do genitor em relação à paternidade”, concluiu Nancy Andrighi.
Em decisão unânime, a Terceira Turma deu provimento ao recurso para restabelecer a sentença na parte que reconheceu a ilegitimidade do pai biológico para ajuizar ação de alteração do registro de nascimento. No futuro, ao atingir a maioridade civil, a menina poderá pedir a retificação de seu registro, se quiser.
Fonte: Superior Tribunal de Justiça
Revista Jus Vigilantibus
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terça-feira, 13 de setembro de 2011
Projeto permite adoção direta de criança sem seguir ordem em cadastro
A Câmara analisa do Projeto de Lei 1212/11, do deputado Carlos Bezerra (PMDB-MT), que permite a adoção direta de crianças e de adolescentes entregues pelos pais a conhecidos ou que tenham sido acolhidos por pessoas interessadas em adotá-los, independentemente da ordem de registro no cadastro de adoção. A proposta altera o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA – Lei 8.069/90)
Atualmente, o ECA estipula que a adoção deve seguir a ordem de um cadastro nacional de famílias interessadas. O acolhimento da criança por interessado não garante a guarda definitiva. “Se, por um lado, a obediência à ordem de inscrição tem o mérito de coibir discriminações negativas, por outro impede a adoção em situações especiais, em prejuízo do adotando”, argumenta.
Carlos Bezerra afirma que precisam ser consideradas as peculiaridades da denominada “adoção à brasileira” – em que determinada criança é entregue pelos pais, geralmente por razões econômicas, a determinada pessoa para adoção – e do acolhimento, por determinada família, de criança abandonada e encontrada ou acolhida, que passa a ter interesse na adoção.
“O estatuto prevê que a afinidade e a afetividade devem ser levadas em consideração na apreciação do pedido, e o deferimento deve ser dado quando apresentar reais vantagens para o adotando e fundar-se em motivos legítimos”, afirma.
Tramitação
A proposta, que tramita em caráter conclusivo, será analisada pelas comissões de Seguridade Social e Família; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.
Fonte: Agência Câmara de Notícias - 09/09/2011
prómenino
Atualmente, o ECA estipula que a adoção deve seguir a ordem de um cadastro nacional de famílias interessadas. O acolhimento da criança por interessado não garante a guarda definitiva. “Se, por um lado, a obediência à ordem de inscrição tem o mérito de coibir discriminações negativas, por outro impede a adoção em situações especiais, em prejuízo do adotando”, argumenta.
Carlos Bezerra afirma que precisam ser consideradas as peculiaridades da denominada “adoção à brasileira” – em que determinada criança é entregue pelos pais, geralmente por razões econômicas, a determinada pessoa para adoção – e do acolhimento, por determinada família, de criança abandonada e encontrada ou acolhida, que passa a ter interesse na adoção.
“O estatuto prevê que a afinidade e a afetividade devem ser levadas em consideração na apreciação do pedido, e o deferimento deve ser dado quando apresentar reais vantagens para o adotando e fundar-se em motivos legítimos”, afirma.
Tramitação
A proposta, que tramita em caráter conclusivo, será analisada pelas comissões de Seguridade Social e Família; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.
Fonte: Agência Câmara de Notícias - 09/09/2011
prómenino
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Anfetaminas são a segunda droga mais consumida no mundo
Os estimulantes do tipo anfetamínicos, como o ecstasy e a metanfetamina, droga estimulante do sistema nervoso central, são o segundo tipo mais consumido no mundo, atrás apenas da maconha. O dado está no relatório Relatório Global de Estimulante do Tipo Anfetamínico, divulgado hoje (13) pelo Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (Unodc).
O texto aponta que enquanto as apreensões de maconha, heroína e cocaína permaneceram praticamente estáveis em todo o mundo entre 2005 e 2009, nesse período houve claro aumento das apreensões de anfetaminas, com exceção do ecstasy que se manteve constante.
De acordo com o relatório, o mercado de produção de anfetaminas evoluiu de uma indústria caseira, com produção em pequena escala, para um mercado com maior integração e grupos de crime organizado envolvidos ao longo da cadeia de produção e abastecimento.
“Acessíveis e fáceis de fabricar, são drogas de escolha atraente para usuários em todas as regiões do mundo e oferecem aos criminosos uma entrada a mercados ainda não explorados. Ao contrário das drogas à base de plantas, as sintéticas podem ser fabricadas em qualquer lugar, com baixo investimento inicial por parte dos criminosos”, explica o texto.
O relatório da Unodc mostra que a fabricação das metanfetaminas está sendo cada vez mais relatada na América Central e do Sul, com laboratórios sendo desmantelados no Brasil, na Guatemala e Nicarágua.
Dados do relatório mostram que as autoridades brasileiras encontraram laboratórios de ecstasy em 2008 e 2009 e um laboratório de metanfetamina em 2009. Em 2010, o Brasil apreendeu 2.740 comprimidos de ecstasy e 5.910 unidades de metanfetamina.
O Brasil, ao lado da Venezuela e da Argentina, são os países com as maiores taxas de consumo de anfetaminas na América do Sul.
O uso das anfetaminas por meio injetável é apontado pela Unodc como uma preocupação emergente devido à ligação desse tipo de uso com a propagação do vírus HIV. O uso intravenoso dessas drogas vem ocorrendo notavelmente no Leste e Sudeste Asiático e em partes da Europa Oriental e Ocidental.
Jornal do Brasil
O texto aponta que enquanto as apreensões de maconha, heroína e cocaína permaneceram praticamente estáveis em todo o mundo entre 2005 e 2009, nesse período houve claro aumento das apreensões de anfetaminas, com exceção do ecstasy que se manteve constante.
De acordo com o relatório, o mercado de produção de anfetaminas evoluiu de uma indústria caseira, com produção em pequena escala, para um mercado com maior integração e grupos de crime organizado envolvidos ao longo da cadeia de produção e abastecimento.
“Acessíveis e fáceis de fabricar, são drogas de escolha atraente para usuários em todas as regiões do mundo e oferecem aos criminosos uma entrada a mercados ainda não explorados. Ao contrário das drogas à base de plantas, as sintéticas podem ser fabricadas em qualquer lugar, com baixo investimento inicial por parte dos criminosos”, explica o texto.
O relatório da Unodc mostra que a fabricação das metanfetaminas está sendo cada vez mais relatada na América Central e do Sul, com laboratórios sendo desmantelados no Brasil, na Guatemala e Nicarágua.
Dados do relatório mostram que as autoridades brasileiras encontraram laboratórios de ecstasy em 2008 e 2009 e um laboratório de metanfetamina em 2009. Em 2010, o Brasil apreendeu 2.740 comprimidos de ecstasy e 5.910 unidades de metanfetamina.
O Brasil, ao lado da Venezuela e da Argentina, são os países com as maiores taxas de consumo de anfetaminas na América do Sul.
O uso das anfetaminas por meio injetável é apontado pela Unodc como uma preocupação emergente devido à ligação desse tipo de uso com a propagação do vírus HIV. O uso intravenoso dessas drogas vem ocorrendo notavelmente no Leste e Sudeste Asiático e em partes da Europa Oriental e Ocidental.
Jornal do Brasil
EUA batem recorde em número de pobres
País tem 46,2 milhões abaixo da linha da pobreza
Dados divulgados nesta terça-feira pelo escritório responsável pelo censo dos Estados Unidos revelam que o número de americanos vivendo na pobreza chegou a 46,2 milhões no ano passado, o número mais alto desde que os dados começaram a ser coletados, em 1959. A taxa de pobreza no país aumentou de 14,3% em 2009 para 15,1% no ano passado, a mais alta desde 1993.
Segundo o censo, quase um em cada seis americanos vive na pobreza – definida como renda anual individual de até US$ 11,13 mil (aproximadamente R$ 18,8 mil) ou renda de até US$ 22,31 mil (cerca de R$ 37,68 mil) para uma família de quatro pessoas.
Os dados refletem a lenta recuperação da economia americana após a crise mundial, em um momento em que aumentam os temores de que o país mergulhe em uma nova recessão.
A taxa de desemprego nos Estados Unidos é atualmente de 9,1%, patamar que vem se mantendo há cerca de dois anos e que, segundo o próprio governo, é elevado e não tem perspectivas de melhora no curto prazo. Até agosto, 14 milhões de americanos estavam desempregados.
No ano passado, o número de pobres também já havia chegado a um recorde, de 43,6 milhões de pessoas. Desde então, outros 2,6 milhões de americanos caíram abaixo da linha da pobreza, no quarto ano consecutivo de crescimento. No entanto, os novos dados também revelam o impacto das dificuldades econômicas sobre a classe média americana.
A renda dessas famílias caiu 2,3% em 2010, chegando a US$ 49,44 mil (cerca de R$ 83,51 mil). Com o crescimento em ritmo cada vez menor, o dado reforça as dúvidas sobre a saúde da economia americana, na qual o consumo das famílias é o principal componente do PIB (Produto Interno Bruto).
Segundo o censo, a taxa de pobreza é ainda mais alta entre negros (27,4%) e hispânicos (26,6%) do que entre brancos (9,9%). Entre crianças negras, a taxa de pobreza chega a 39%, mais de três vezes maior do que a registrada entre crianças brancas (12,4%).
O censo também revela que cerca de 50 milhões de americanos não tinham seguro saúde em 2010, mesmo patamar registrado no ano anterior.
Os dados foram divulgados poucos dias depois de o presidente Barack Obama ter proposto ao Congresso um plano de US$ 447 bilhões (cerca de R$ 755 bilhões) para combater o desemprego no país.
Há dúvidas, no entanto, sobre as chances de o plano ser aprovado no Congresso, em um momento de grande divisão política nos Estados Unidos e com a oposição republicana no controle da Câmara dos Representantes (deputados federais).
As dificuldades econômicas do país têm sido usadas como munição para críticas a Obama por parte dos republicanos que buscam a indicação do partido para concorrer à Presidência nas eleições do ano que vem.
Pesquisas de opinião indicam que a economia e o desemprego estão entre as maiores preocupações dos eleitores.
Jornale
Dados divulgados nesta terça-feira pelo escritório responsável pelo censo dos Estados Unidos revelam que o número de americanos vivendo na pobreza chegou a 46,2 milhões no ano passado, o número mais alto desde que os dados começaram a ser coletados, em 1959. A taxa de pobreza no país aumentou de 14,3% em 2009 para 15,1% no ano passado, a mais alta desde 1993.
Segundo o censo, quase um em cada seis americanos vive na pobreza – definida como renda anual individual de até US$ 11,13 mil (aproximadamente R$ 18,8 mil) ou renda de até US$ 22,31 mil (cerca de R$ 37,68 mil) para uma família de quatro pessoas.
Os dados refletem a lenta recuperação da economia americana após a crise mundial, em um momento em que aumentam os temores de que o país mergulhe em uma nova recessão.
A taxa de desemprego nos Estados Unidos é atualmente de 9,1%, patamar que vem se mantendo há cerca de dois anos e que, segundo o próprio governo, é elevado e não tem perspectivas de melhora no curto prazo. Até agosto, 14 milhões de americanos estavam desempregados.
No ano passado, o número de pobres também já havia chegado a um recorde, de 43,6 milhões de pessoas. Desde então, outros 2,6 milhões de americanos caíram abaixo da linha da pobreza, no quarto ano consecutivo de crescimento. No entanto, os novos dados também revelam o impacto das dificuldades econômicas sobre a classe média americana.
A renda dessas famílias caiu 2,3% em 2010, chegando a US$ 49,44 mil (cerca de R$ 83,51 mil). Com o crescimento em ritmo cada vez menor, o dado reforça as dúvidas sobre a saúde da economia americana, na qual o consumo das famílias é o principal componente do PIB (Produto Interno Bruto).
Segundo o censo, a taxa de pobreza é ainda mais alta entre negros (27,4%) e hispânicos (26,6%) do que entre brancos (9,9%). Entre crianças negras, a taxa de pobreza chega a 39%, mais de três vezes maior do que a registrada entre crianças brancas (12,4%).
O censo também revela que cerca de 50 milhões de americanos não tinham seguro saúde em 2010, mesmo patamar registrado no ano anterior.
Os dados foram divulgados poucos dias depois de o presidente Barack Obama ter proposto ao Congresso um plano de US$ 447 bilhões (cerca de R$ 755 bilhões) para combater o desemprego no país.
Há dúvidas, no entanto, sobre as chances de o plano ser aprovado no Congresso, em um momento de grande divisão política nos Estados Unidos e com a oposição republicana no controle da Câmara dos Representantes (deputados federais).
As dificuldades econômicas do país têm sido usadas como munição para críticas a Obama por parte dos republicanos que buscam a indicação do partido para concorrer à Presidência nas eleições do ano que vem.
Pesquisas de opinião indicam que a economia e o desemprego estão entre as maiores preocupações dos eleitores.
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Cracolândia cerca canteiro de obras do PAC em Manguinhos
Traficantes e viciados transformam área próximo à linha do trem em território sem lei
Rio - Numa das regiões mais perigosas do Rio de Janeiro, conhecida como ‘Faixa de Gaza’, em Manguinhos, Zona Norte, o canteiro de obras do PAC está cercado pelo crack. Viciados na ‘droga da morte’, homens, mulheres e até crianças passam o dia se drogando e perambulando pelo local.
Encurralados, operários do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), projeto do governo federal, ainda são obrigados a conviver com o vaivém de traficantes armados, que circulam exibindo fuzis e pistolas. A facilidade de se conseguir a droga, que pode ser comprada por apenas R$ 2, também já levou trabalhadores da obra a experimentar o crack.
Durante três semanas, equipe de O DIA acompanhou a rotina no canteiro de obras onde está sendo construído elevado para passar uma linha de trem, entre as estações de Manguinhos e Bonsucesso. Com uma microcâmera, foi possível caminhar pelo local, alvo de operação da Polícia Militar na sexta-feira. Os trabalhos no canteiro tiveram que ser interrompidos por causa do intenso tiroteio.
Conforto na 'boca'
Seguindo os passos dos viciados, no ‘quintal’ da obra do PAC ainda foi possível descobrir uma boca de fumo, instalada a poucos metros da estação de trem de Manguinhos. No local, como prova da ousadia dos criminosos, eles colocaram até um sofá para garantir a comodidade dos ‘vapores’ que trabalham na boca.
Jogados na linha férrea, sob o efeito devastador do crack, os viciados desafiam a morte. Sem se dar conta do risco de serem atropelados pelos trens da SuperVia, alguns chegam a sentar nos trilhos para consumir a droga
Nem a aproximação das composições intimida os dependentes. Diante do aviso desesperado dos maquinistas dos trens através de buzinas, eles se limitam a mover-se apenas alguns centímetros, enquanto aguardam a passagem das composições. Em seguida, voltam ao lugar e continuam a se drogar com naturalidade. A presença de estranhos também não intimida viciados.
Barraco improvisado os mais assíduos
Frequentadores assíduos do local, alguns usuários do crack improvisam até barracos de madeira, montados às margens da linha férrea. Em outro ponto da cracolândia de Manguinhos, viciados dormem em colchões e até jogados no chão, em meio ao lixo, ratos e insetos.
Especialista no tratamento de dependentes químicos, a psiquiatra Maria Thereza Aquino destacou a necessidade de se acabar com os atalhos que levam às bocas de fumo.
“A facilidade de acesso à droga é um poderoso estímulo para que a pessoa comece a fazer uso dela. No caso do crack, o baixo custo e os efeitos alucinógenos provocados acabam escravizando os usuários em pouco tempo”, ressalta a especialista, que coordena o Núcleo de Estudos e Pesquisas em Atenção ao Uso de Drogas (Nepad), da Universidade do Estado do Rio (Uerj).
Procurada por O DIA para comentar a situação nas proximidades da obra do PAC, a Secretaria de Segurança Pública do Rio enviou apenas declarações do comandante do 22º BPM (Maré), coronel Cláudio Oliveira. No texto, ele destaca as recentes operações policiais realizadas na favela de Manguinhos, e promete intensificar os trabalhos de combate ao tráfico de drogas na região.
MAHOMED SAIGG
O DIA ONLINE
Rio - Numa das regiões mais perigosas do Rio de Janeiro, conhecida como ‘Faixa de Gaza’, em Manguinhos, Zona Norte, o canteiro de obras do PAC está cercado pelo crack. Viciados na ‘droga da morte’, homens, mulheres e até crianças passam o dia se drogando e perambulando pelo local.
Encurralados, operários do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), projeto do governo federal, ainda são obrigados a conviver com o vaivém de traficantes armados, que circulam exibindo fuzis e pistolas. A facilidade de se conseguir a droga, que pode ser comprada por apenas R$ 2, também já levou trabalhadores da obra a experimentar o crack.
Durante três semanas, equipe de O DIA acompanhou a rotina no canteiro de obras onde está sendo construído elevado para passar uma linha de trem, entre as estações de Manguinhos e Bonsucesso. Com uma microcâmera, foi possível caminhar pelo local, alvo de operação da Polícia Militar na sexta-feira. Os trabalhos no canteiro tiveram que ser interrompidos por causa do intenso tiroteio.
Conforto na 'boca'
Seguindo os passos dos viciados, no ‘quintal’ da obra do PAC ainda foi possível descobrir uma boca de fumo, instalada a poucos metros da estação de trem de Manguinhos. No local, como prova da ousadia dos criminosos, eles colocaram até um sofá para garantir a comodidade dos ‘vapores’ que trabalham na boca.
Jogados na linha férrea, sob o efeito devastador do crack, os viciados desafiam a morte. Sem se dar conta do risco de serem atropelados pelos trens da SuperVia, alguns chegam a sentar nos trilhos para consumir a droga
Nem a aproximação das composições intimida os dependentes. Diante do aviso desesperado dos maquinistas dos trens através de buzinas, eles se limitam a mover-se apenas alguns centímetros, enquanto aguardam a passagem das composições. Em seguida, voltam ao lugar e continuam a se drogar com naturalidade. A presença de estranhos também não intimida viciados.
Barraco improvisado os mais assíduos
Frequentadores assíduos do local, alguns usuários do crack improvisam até barracos de madeira, montados às margens da linha férrea. Em outro ponto da cracolândia de Manguinhos, viciados dormem em colchões e até jogados no chão, em meio ao lixo, ratos e insetos.
Especialista no tratamento de dependentes químicos, a psiquiatra Maria Thereza Aquino destacou a necessidade de se acabar com os atalhos que levam às bocas de fumo.
“A facilidade de acesso à droga é um poderoso estímulo para que a pessoa comece a fazer uso dela. No caso do crack, o baixo custo e os efeitos alucinógenos provocados acabam escravizando os usuários em pouco tempo”, ressalta a especialista, que coordena o Núcleo de Estudos e Pesquisas em Atenção ao Uso de Drogas (Nepad), da Universidade do Estado do Rio (Uerj).
Procurada por O DIA para comentar a situação nas proximidades da obra do PAC, a Secretaria de Segurança Pública do Rio enviou apenas declarações do comandante do 22º BPM (Maré), coronel Cláudio Oliveira. No texto, ele destaca as recentes operações policiais realizadas na favela de Manguinhos, e promete intensificar os trabalhos de combate ao tráfico de drogas na região.
MAHOMED SAIGG
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PM flagrado acessando redes sociais dentro do BEP é condenado a 48 anos de prisão por três assassinatos
O ex-PM Raleigh Machado Dias, de 34 anos, foi condenado a 48 anos de prisão por ter matado três jovens, em uma república em Campos dos Goytacazes, no Norte Fluminense. Depois de mais de 9 horas de julgamento, ficou decidido pelo júri popular que Raleigh é considerado culpado pelos homicídios de André Luiz dos Santos Souza, Bruno de Lima Rodrigues e Macsuare Cabral de França. Raleigh foi flagrado pelo EXTRA acessando redes sociais de dentro do presídio de segurança máxima Ary Franco, em agosto.
De acordo com a sentença do juiz Peterson Barroso Simão, da 3ª Vara Criminal de Niterói, Raleigh “quis impor respeito à ordem criminosa no local para ganhar notoriedade do mal. Ao lado de terceiros, sentia-se o dono da lei na respeitável cidade de Campos dos Goytacazes e a justiça em suas mãos”. O magistrado cita ainda que “conforme depoimento hoje prestado pelo delegado de Polícia Luiz Armond, sua personalidade está resumida nesta frase: ´que em Campos, Raleigh é temido como o maior assassino da localidade´”.
Segundo o promotor Leandro Navega, durante o julgamento, Raleigh chegou a confessar que dividia um telefone celular com outros quatro
presos e que isso era “comum” no presídio. O ex-PM confessou ainda que atendeu a ligação do EXTRA no local e que acessava o Facebook, o Twitter e o Orkut através do aparelho.
Extra Online
De acordo com a sentença do juiz Peterson Barroso Simão, da 3ª Vara Criminal de Niterói, Raleigh “quis impor respeito à ordem criminosa no local para ganhar notoriedade do mal. Ao lado de terceiros, sentia-se o dono da lei na respeitável cidade de Campos dos Goytacazes e a justiça em suas mãos”. O magistrado cita ainda que “conforme depoimento hoje prestado pelo delegado de Polícia Luiz Armond, sua personalidade está resumida nesta frase: ´que em Campos, Raleigh é temido como o maior assassino da localidade´”.
Segundo o promotor Leandro Navega, durante o julgamento, Raleigh chegou a confessar que dividia um telefone celular com outros quatro
presos e que isso era “comum” no presídio. O ex-PM confessou ainda que atendeu a ligação do EXTRA no local e que acessava o Facebook, o Twitter e o Orkut através do aparelho.
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Distúrbios da diferenciação sexual: como definir o sexo da criança?
Um recém-nascido com hermafroditismo, um distúrbio da diferenciação sexual (DDS), é um problema urgente que deve ser resolvido de modo rápido e preciso. O cirurgião pediátrico, Uenis Tannuri, do Hospital Santa Catarina, explica que, definida a linhagem (feminina ou masculina), a cirurgia reparadora apresenta resultados estéticos muito bons. Mas como definir o sexo da criança nestes casos?
De acordo com Uenis, o hermafroditismo ocorre quando há uma ação na diferenciação sexual da criança. Em outras palavras, o bebê pode nascer com os dois órgãos sexuais bem formados (hermafroditismo verdadeiro); pode nascer geneticamente como do sexo masculino (cromossomos XY), embora os órgãos sexuais externos não se desenvolvam completamente (pseudo-hermafroditismo masculino); ou nascer geneticamente como do sexo feminino (cromossomos XX), embora o clitóris se desenvolva excessivamente, adquirindo um formato semelhante a um pênis (pseudo-hermafroditismo feminino).
Cirurgia reparadora deve ser feita até os 2 anos de idade
“Para definir o sexo da criança, o primeiro sinal é o exame clínico, logo ao nascimento. Em seguida são realizados exames no laboratório, muito específicos, para determinar a linhagem do bebê”, explica Tannuri. Estes exames irão investigar o cariótipo, os cromossomos do bebê, que irão definir geneticamente se é um menino (XY) ou uma menina (XX). “Definida a linhagem, não há necessidade de esperar a criança crescer para se investigar a orientação sexual. A cirurgia deve ser feita entre 1 ano, até 2 anos de idade”, diz.
Após a cirurgia a criança deve ser acompanhada por outros profissionais. Além do pediatra, caso haja a necessidade de terapia hormonal, é o endocrinologista quem deverá indicar o tratamento.
Por que meu filho nasceu assim?
Uenis explica que as causas da DDS são diversas. “Podem ser metabólicas ou genéticas. A ingestão de drogas pela mãe durante a gestação também pode ter ação direta na diferenciação sexual da criança”, diz.
No hermafroditismo verdadeiro, geralmente o bebê é geneticamente da linhagem feminina, embora desenvolva genitais masculinos. As causas para que isto ocorra ainda são pouco conhecidas.
Um dos casos mais comentados foi o da atleta sul-africana Caster Semenya, campeã dos 800 metros no Mundial de Berlim, em agosto de 2009. De acordo com o jornal australiano The Sydney Morning Herald, exames realizados durante a competição indicaram que a fundista é hermafrodita: ela não possui ovários, apesar de na aparência externa apresentar órgão sexual feminino, e tem testículos internos “escondidos”, que produzem grande quantidade de testosterona.
“Com relação ao comportamento da criança, é um assunto extremamente complexo. No entanto, recomendo a cirurgia levando para uma determinada linhagem, e aos pais, que apoiem seus filhos em tudo. O mais importante para os pais é dar todo o apoio necessário à criança”, conclui Tannuri.
Marina Teles
O que eu tenho?
Cirurgia reparadora deve ser feita até os 2 anos de idade
“Para definir o sexo da criança, o primeiro sinal é o exame clínico, logo ao nascimento. Em seguida são realizados exames no laboratório, muito específicos, para determinar a linhagem do bebê”, explica Tannuri. Estes exames irão investigar o cariótipo, os cromossomos do bebê, que irão definir geneticamente se é um menino (XY) ou uma menina (XX). “Definida a linhagem, não há necessidade de esperar a criança crescer para se investigar a orientação sexual. A cirurgia deve ser feita entre 1 ano, até 2 anos de idade”, diz.
Após a cirurgia a criança deve ser acompanhada por outros profissionais. Além do pediatra, caso haja a necessidade de terapia hormonal, é o endocrinologista quem deverá indicar o tratamento.
Por que meu filho nasceu assim?
Uenis explica que as causas da DDS são diversas. “Podem ser metabólicas ou genéticas. A ingestão de drogas pela mãe durante a gestação também pode ter ação direta na diferenciação sexual da criança”, diz.
No hermafroditismo verdadeiro, geralmente o bebê é geneticamente da linhagem feminina, embora desenvolva genitais masculinos. As causas para que isto ocorra ainda são pouco conhecidas.
Um dos casos mais comentados foi o da atleta sul-africana Caster Semenya, campeã dos 800 metros no Mundial de Berlim, em agosto de 2009. De acordo com o jornal australiano The Sydney Morning Herald, exames realizados durante a competição indicaram que a fundista é hermafrodita: ela não possui ovários, apesar de na aparência externa apresentar órgão sexual feminino, e tem testículos internos “escondidos”, que produzem grande quantidade de testosterona.
“Com relação ao comportamento da criança, é um assunto extremamente complexo. No entanto, recomendo a cirurgia levando para uma determinada linhagem, e aos pais, que apoiem seus filhos em tudo. O mais importante para os pais é dar todo o apoio necessário à criança”, conclui Tannuri.
Marina Teles
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Estudante com deficiência denuncia agressão de seguranças da Bienal no Rio
Géssica Oliveira adora ler e foi à Bienal do Livro, no Riocentro, através de uma excursão da escola. Durante a chegada de uma escritora famosa ao evento, ela teria sido agredida pelos seguranças do evento. Veja os detalhes.
R7
R7
Site ajuda filhos de doadores de sêmen a encontrar pais e meio-irmãos
Famílias com crianças concebidas através de inseminação artificial estão se reunindo nos Estados Unidos por um elo em comum: o doador anônimo de sêmen.
Através de grupos e fóruns na internet, adolescentes tentam conseguir informações sobre seus doadores e encontrar possíveis meios-irmãos dispostos a fazer contato. Em alguns casos, o encontro é surpreendente.
"Temos casos de pessoas que encontram 70, 80 e até mais de 100 irmãos", diz Ryan Kramer, co-fundador do Donor Sibling Registry (DSR), o maior registro de pessoas concebidas através da doação de gametas do país.
O site, criado em 2000 como um grupo de e-mails no Yahoo, permite que filhos busquem seus doadores e meios-irmãos, deixando postagens em uma espécie de mural.
Na maior parte das vezes, a referência para o encontro é o número do doador de sêmen no banco ou clínica, uma das poucas informações fornecidas às famílias.
Estima-se que mais de 30 mil crianças a cada ano sejam concebidas através da compra de sêmen nos Estados Unidos.
Curiosidade
A administradora Michele Jorgenson, de 40 anos, tomou a iniciativa de procurar o pai biológico de sua filha Cheyenne, quando ela tinha 9 anos.
"A principal razão foi curiosidade. Eu queria conhecer a outra parte dela. E também tinha medo de ele ter morrido e ela nunca ter a chance de conhecê-lo", disse à BBC Brasil.
A busca durou dois anos e hoje, Cheyenne se encontra com seu doador anualmente, durante o verão. Mas mesmo antes de encontrá-lo, a menina começou a conhecer seus 13 meios-irmãos, através do Donor Sibling Registry.
Michele diz que já organizou encontros familiares com até oito dos irmãos de Cheyenne e seus pais. "Acho que foi positivo para ela, porque ela não teria outros irmãos e irmãs se não fosse por isso", diz a mãe.
Michele, que vivia com uma parceira quando concebeu Cheyenne, conta que a filha dizia, durante a infância, que queria "uma família normal". Para Michelle, essa foi uma das razões pelas quais quis identificar logo o pai biológico de sua filha.
"Não quis que ela ficasse chateada por não conhecê-lo ou que ela passasse pela dor de não saber quem ele era. Pensei que talvez um dia ela pudesse se ressentir de mim por não saber sobre ele", diz.
Segundo uma pesquisa conduzida por Wendy Kramer com pesquisadores da Universidade Estadual da Califórnia usando a base de dados do site, filhos de casais homossexuais, que correspondiam a cerca de 40% dos visitantes do DSR, tendem a descobrir mais cedo que foram concebidos através da doação de sêmen ou óvulo e a ter mais abertura para falar sobre o assunto com a família.
"A maioria dos filhos de todos os tipos de família deseja ter algum contato com seu doador, mas há menos conforto para discutir isso em famílias com pais heterossexuais", diz o estudo.
'Família estendida'
O DSR foi criado por Wendy Kramer em 2000, quando seu filho Ryan começou a ter curiosidade sobre seu pai biológico.
"Um dia perguntei a minha mãe: 'meu pai está morto ou o quê?'. Ela não estava muito preparada, mas me respondeu o melhor que podia", disse Ryan Kramer à BBC.
Sem ajuda do banco de sêmen, Wendy e Ryan desenvolveram um site onde doadores, filhos e meios-irmãos podem se encontrar e trocar informações médicas e experiências.
"Descobrimos por acidente que ele tinha uma meia-irmã, porque uma pessoa do banco de sêmen nos disse sem querer. Aí começamos o grupo no Yahoo, para procurá-la", disse Wendy à BBC Brasil.
Atualmente, o site recebe 10 mil visitas por mês e já possibilitou o encontro de 8.400 pessoas com irmãos ou doadores.
Mas a dificuldade de falar sobre o tema também impediu que Ryan Kramer fizesse contato com as primeiras meias-irmãs que descobriu através da popularidade do site.
"Na primeira vez, a mãe de irmãs gêmeas me procurou para dizer que elas eram filhas do mesmo doador que eu, mas disse que elas não podiam saber que foram concebidas com uma doação de sêmen", conta.
"Algum tempo depois descobriu outra meia-irmã e começamos a nos corresponder, mas a mãe dela impediu o nosso contato. Nunca mais nos falamos. Foi muito difícil para mim que as primeiras pessoas que encontrei tivessem essa resposta."
Agora, ele encontra regularmente com três irmãs dos sete meios-irmãos que descobriu. "Mas acho que o número real está entre 20 e 30".
Conhecer o pai biológico foi mais difícil para Ryan, que teve que colocar seu DNA em um banco de dados e cruzar as respostas com um registro público da cidade onde sabia que seu doador tinha nascido.
"Quando tinha certeza, escrevi uma carta para ele dizendo que só queria conhecê-lo. Ele me respondeu e desde então desenvolvemos uma relação única e muito boa, nos encontramos ao menos uma vez ao ano. Meus avós biológicos se mudaram para perto de mim e eu os vejo sempre, é como uma família estendida", diz.
Doadores de sucesso
Segundo Wendy Kramer, o grande número de filhos de um mesmo doador pode criar novas famílias, mas também causa problemas.
"Os doadores estão dispostos a encontrarem os filhos porque sabem que é o correto a fazer, mas geralmente se retiram do site depois que encontram 7 ou 10 crianças, porque não conseguem lidar com muito mais do que isso", diz.
"Os bancos prometem que o sêmen do doador não será usado para mais que dez ou 20 crianças, mas é uma piada. Os pais vem ao nosso site e dizem 'Eu encontrei 25 filhos! Como é possível? Eles me prometeram que não seriam mais que dez!'."
A pesquisadora americana Randi Epstein, autora do livro Get me out: A History of Childbirth from the Garden of Eden to the Sperm Bank (Me tire daqui: Uma história do nascimento desde o Jardim do Éden até o Banco de Esperma), diz que nos Estados Unidos, não há registro sobre a comercialização de sêmen nem sobre o número de bebês nascidos de cada doador desde 1988.
"A contagem, assim como os exames médicos, é feita pelos bancos. Então os pais não vão ter o sêmen de alguém com HIV ou com infecções sérias. Mas o doador pode acabar tendo 50 filhos", disse à BBC Brasil.
De acordo com Epstein, a Sociedade Americana de Medicina Reprodutiva recomenda aos bancos de sêmen e clínicas que não permitam mais de 25 nascimentos de um mesmo doador em uma população de 800 mil pessoas, para evitar a ocorrência de casamentos consanguíneos.
"Mas isso nem sempre é obedecido, porque há alguns doadores que fazem mais sucesso nos bancos de esperma, porque são atléticos, inteligentes, etc. Por isso os bancos não querem tirá-los dos seus catálogos", diz.
Movimento
Iniciativas como a criação de sites para ajudar filhos de doadores de sêmen a encontrar familiares biológicos não contam com o apoio ou a colaboração explícitos dos bancos de doação, nem das autoridades americanas.
Através dos sites, os familiares e filhos de doadores anônimos nos Estados Unidos criaram um movimento pedindo a criação de leis que garantam seu acesso a informações sobre a localização e o histórico médico do doador de sêmen.
O Estado de Washington foi o primeiro a conceder aos filhos o direito de conseguir informações sobre seus pais biológicos, no último mês de julho.
De acordo com a nova lei, eles podem consultar as informações a partir dos 18 anos, a não ser que os doadores assinem um termo que proíba expressamente a divulgação de sua identidade.
Países como a Suécia, a Áustria e o Reino Unido aboliram completamente as doações anônimas.
BBC Brasil
Através de grupos e fóruns na internet, adolescentes tentam conseguir informações sobre seus doadores e encontrar possíveis meios-irmãos dispostos a fazer contato. Em alguns casos, o encontro é surpreendente.
"Temos casos de pessoas que encontram 70, 80 e até mais de 100 irmãos", diz Ryan Kramer, co-fundador do Donor Sibling Registry (DSR), o maior registro de pessoas concebidas através da doação de gametas do país.
O site, criado em 2000 como um grupo de e-mails no Yahoo, permite que filhos busquem seus doadores e meios-irmãos, deixando postagens em uma espécie de mural.
Na maior parte das vezes, a referência para o encontro é o número do doador de sêmen no banco ou clínica, uma das poucas informações fornecidas às famílias.
Estima-se que mais de 30 mil crianças a cada ano sejam concebidas através da compra de sêmen nos Estados Unidos.
Curiosidade
A administradora Michele Jorgenson, de 40 anos, tomou a iniciativa de procurar o pai biológico de sua filha Cheyenne, quando ela tinha 9 anos.
"A principal razão foi curiosidade. Eu queria conhecer a outra parte dela. E também tinha medo de ele ter morrido e ela nunca ter a chance de conhecê-lo", disse à BBC Brasil.
A busca durou dois anos e hoje, Cheyenne se encontra com seu doador anualmente, durante o verão. Mas mesmo antes de encontrá-lo, a menina começou a conhecer seus 13 meios-irmãos, através do Donor Sibling Registry.
Michele diz que já organizou encontros familiares com até oito dos irmãos de Cheyenne e seus pais. "Acho que foi positivo para ela, porque ela não teria outros irmãos e irmãs se não fosse por isso", diz a mãe.
Michele, que vivia com uma parceira quando concebeu Cheyenne, conta que a filha dizia, durante a infância, que queria "uma família normal". Para Michelle, essa foi uma das razões pelas quais quis identificar logo o pai biológico de sua filha.
"Não quis que ela ficasse chateada por não conhecê-lo ou que ela passasse pela dor de não saber quem ele era. Pensei que talvez um dia ela pudesse se ressentir de mim por não saber sobre ele", diz.
Segundo uma pesquisa conduzida por Wendy Kramer com pesquisadores da Universidade Estadual da Califórnia usando a base de dados do site, filhos de casais homossexuais, que correspondiam a cerca de 40% dos visitantes do DSR, tendem a descobrir mais cedo que foram concebidos através da doação de sêmen ou óvulo e a ter mais abertura para falar sobre o assunto com a família.
"A maioria dos filhos de todos os tipos de família deseja ter algum contato com seu doador, mas há menos conforto para discutir isso em famílias com pais heterossexuais", diz o estudo.
'Família estendida'
O DSR foi criado por Wendy Kramer em 2000, quando seu filho Ryan começou a ter curiosidade sobre seu pai biológico.
"Um dia perguntei a minha mãe: 'meu pai está morto ou o quê?'. Ela não estava muito preparada, mas me respondeu o melhor que podia", disse Ryan Kramer à BBC.
Sem ajuda do banco de sêmen, Wendy e Ryan desenvolveram um site onde doadores, filhos e meios-irmãos podem se encontrar e trocar informações médicas e experiências.
"Descobrimos por acidente que ele tinha uma meia-irmã, porque uma pessoa do banco de sêmen nos disse sem querer. Aí começamos o grupo no Yahoo, para procurá-la", disse Wendy à BBC Brasil.
Atualmente, o site recebe 10 mil visitas por mês e já possibilitou o encontro de 8.400 pessoas com irmãos ou doadores.
Mas a dificuldade de falar sobre o tema também impediu que Ryan Kramer fizesse contato com as primeiras meias-irmãs que descobriu através da popularidade do site.
"Na primeira vez, a mãe de irmãs gêmeas me procurou para dizer que elas eram filhas do mesmo doador que eu, mas disse que elas não podiam saber que foram concebidas com uma doação de sêmen", conta.
"Algum tempo depois descobriu outra meia-irmã e começamos a nos corresponder, mas a mãe dela impediu o nosso contato. Nunca mais nos falamos. Foi muito difícil para mim que as primeiras pessoas que encontrei tivessem essa resposta."
Agora, ele encontra regularmente com três irmãs dos sete meios-irmãos que descobriu. "Mas acho que o número real está entre 20 e 30".
Conhecer o pai biológico foi mais difícil para Ryan, que teve que colocar seu DNA em um banco de dados e cruzar as respostas com um registro público da cidade onde sabia que seu doador tinha nascido.
"Quando tinha certeza, escrevi uma carta para ele dizendo que só queria conhecê-lo. Ele me respondeu e desde então desenvolvemos uma relação única e muito boa, nos encontramos ao menos uma vez ao ano. Meus avós biológicos se mudaram para perto de mim e eu os vejo sempre, é como uma família estendida", diz.
Doadores de sucesso
Segundo Wendy Kramer, o grande número de filhos de um mesmo doador pode criar novas famílias, mas também causa problemas.
"Os doadores estão dispostos a encontrarem os filhos porque sabem que é o correto a fazer, mas geralmente se retiram do site depois que encontram 7 ou 10 crianças, porque não conseguem lidar com muito mais do que isso", diz.
"Os bancos prometem que o sêmen do doador não será usado para mais que dez ou 20 crianças, mas é uma piada. Os pais vem ao nosso site e dizem 'Eu encontrei 25 filhos! Como é possível? Eles me prometeram que não seriam mais que dez!'."
A pesquisadora americana Randi Epstein, autora do livro Get me out: A History of Childbirth from the Garden of Eden to the Sperm Bank (Me tire daqui: Uma história do nascimento desde o Jardim do Éden até o Banco de Esperma), diz que nos Estados Unidos, não há registro sobre a comercialização de sêmen nem sobre o número de bebês nascidos de cada doador desde 1988.
"A contagem, assim como os exames médicos, é feita pelos bancos. Então os pais não vão ter o sêmen de alguém com HIV ou com infecções sérias. Mas o doador pode acabar tendo 50 filhos", disse à BBC Brasil.
De acordo com Epstein, a Sociedade Americana de Medicina Reprodutiva recomenda aos bancos de sêmen e clínicas que não permitam mais de 25 nascimentos de um mesmo doador em uma população de 800 mil pessoas, para evitar a ocorrência de casamentos consanguíneos.
"Mas isso nem sempre é obedecido, porque há alguns doadores que fazem mais sucesso nos bancos de esperma, porque são atléticos, inteligentes, etc. Por isso os bancos não querem tirá-los dos seus catálogos", diz.
Movimento
Iniciativas como a criação de sites para ajudar filhos de doadores de sêmen a encontrar familiares biológicos não contam com o apoio ou a colaboração explícitos dos bancos de doação, nem das autoridades americanas.
Através dos sites, os familiares e filhos de doadores anônimos nos Estados Unidos criaram um movimento pedindo a criação de leis que garantam seu acesso a informações sobre a localização e o histórico médico do doador de sêmen.
O Estado de Washington foi o primeiro a conceder aos filhos o direito de conseguir informações sobre seus pais biológicos, no último mês de julho.
De acordo com a nova lei, eles podem consultar as informações a partir dos 18 anos, a não ser que os doadores assinem um termo que proíba expressamente a divulgação de sua identidade.
Países como a Suécia, a Áustria e o Reino Unido aboliram completamente as doações anônimas.
BBC Brasil
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segunda-feira, 12 de setembro de 2011
Rede D'Or
"LABS PARA TODOS"
HEMOGRAMA = R$ 2,50
Pensando nas pessoas que não possuem plano de saúde ou são aposentadas, a Rede D'Or criou o programa LABS PARA TODOS.
Pensando nas pessoas que não possuem plano de saúde ou são aposentadas, a Rede D'Or criou o programa LABS PARA TODOS.
DOCUMENTOS NECESSÁRIOS:
Pedido do Médico.
Carteira de Identidade
CPF
Com o programa é possível realizar exames nas unidades Labs D'Or por um preço diferenciado e ainda ter a facilidade de efetuar o pagamento com cartão de crédito
Ao realizar o primeiro exame, você recebe um cartão de identificação e automaticamente torna-se cadastrado no programa.
Os exames laboratoriais podem ser realizados em qualquer unidade Labs D'Or que possua posto de coleta, sem a necessidade de marcação prévia.
Para mais informações, ligue para (21) 2538-3604.
Para realização de exames de imagem, é necessário fazer o agendamento através de nossa Central de Atendimento – (21) 3460-3600.
O Programa Labs Para Todos estende-se também às empresas que queiram oferecer esta facilidade a seus funcionários.
As empresas interessadas devem entrar em contato com nosso setor comercial e solicitar o cadastramento dos funcionários, através do telefone (21) 2539-0062 (ramal 2243) ou do e-mail:
supervisaocomercial@labs.com.brCom o programa Labs Para Todos, todos podem ter acesso a mais alta tecnologia em medicina diagnóstica.
Informação recebida por e-mail
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Mães perdem a guarda de bebês por causa das drogas em São Paulo
Um levantamento da Secretaria de Saúde de São Paulo mostra que o número de mães que perderam a guarda dos filhos por conta do vício em drogas aumentou nos últimos anos nestes locais. É a primeira vez que os dados são analisados.
A informação é da reportagem de Natália Cancian publicada na edição desta segunda-feira da Folha.
Apenas na maternidade Leonor Mendes de Barros, considerada a maior do Estado, o serviço social encaminhou 43 casos à Justiça em 2010. No ano anterior tinham sido encaminhados 26 casos. Já em 2008, esse número foi de 15, e em 2007 foi apenas um.
O diretor da unidade, Corintio Mariani Neto, diz que há mães que não assumem o vício, mas em alguns casos o problema é detectado já na hora do parto. As crianças nascem prematuras, irritadiças, têm problemas respiratórios e até má-formação. Segundo ele, só parte das mães quer ficar com o bebê.
Folha OnLine
A informação é da reportagem de Natália Cancian publicada na edição desta segunda-feira da Folha.
Apenas na maternidade Leonor Mendes de Barros, considerada a maior do Estado, o serviço social encaminhou 43 casos à Justiça em 2010. No ano anterior tinham sido encaminhados 26 casos. Já em 2008, esse número foi de 15, e em 2007 foi apenas um.
O diretor da unidade, Corintio Mariani Neto, diz que há mães que não assumem o vício, mas em alguns casos o problema é detectado já na hora do parto. As crianças nascem prematuras, irritadiças, têm problemas respiratórios e até má-formação. Segundo ele, só parte das mães quer ficar com o bebê.
Folha OnLine
Caso Juíza: PMs suspeitos usaram carro da PM sem GPS para planejar morte
Segundo desembargador, eles circularam pelo bairro onde Patrícia morava
Os três policiais militares do Batalhão de São Gonçalo (7º BPM), que tiveram prisão decretada pela morte da juíza Patrícia Acioli, usaram uma viatura da própria PM para circular pelo bairro onde ela morava e planejar o crime. A informação foi passada pelo desembargador Antônio César de Siqueira, presidente da Amaerj (Associação dos Magistrados do Rio de Janeiro), nesta segunda-feira (12), durante entrevista no Tribunal de Justiça do Rio.
De acordo com o desembargador, o tenente e os dois cabos usaram um carro do Batalhão de Niterói (12º BPM), que não é equipado com sistema de rastreamento por GPS, no dia 11 de julho, um mês antes do assassinato de Patrícia.
Para Siqueira, a circulação dos PMs em uma área na qual não deveriam atuar e em um carro sem rastreamento representa um forte indício de que a morte da juíza já era planejada há pelo menos um mês antes do crime.
- Tudo indica que a morte da Patrícia foi planejada por eles (PMs) um mês antes.
A polícia investiga como os PMs conseguiram usar um carro de outro batalhão, e justamente um que não tinha GPS, para circular pela região onde Patrícia vivia.
Apreensão de armas em batalhão da PM
Policiais da Divisão de Homicídios apreenderam, na manhã desta segunda-feira (12), todas as pistolas calibre 40 e revólveres calibre 38 do Batalhão de São Gonçalo (7º BPM), na região metropolitana do Rio. Os investigadores pretendem descobrir quais armas foram usadas na morte da juíza Patrícia Acioli, assassinada com 21 tiros, há um mês, na porta de casa, em Niterói.
Estojos desse tipo de armamento foram encontrados pela polícia no local do crime. Os agentes da Divisão de Homicídios também cumpriram mandados de busca e apreensão em 15 endereços dos três policiais suspeitos de envolvimento no crime, bem como de familiares deles em busca de pistas que comprovem a participação deles no crime.
A Justiça decretou no último domingo (11) a prisão temporária de três policiais militares suspeitos de envolvimento na morte da juíza Patrícia Acioli, em Niterói, região metropolitana do Estado do Rio de Janeiro, no dia 11 de agosto. A informação foi confirmada pelo plantão judiciário de Niterói. A magistrada foi atingida por 21 tiros quando chegava de carro ao condomínio onde morava, em Piratininga. No pedido de prisão temporária, os policiais - um tenente e dois cabos - são definidos como "membros de uma verdadeira organização criminosa de altíssima periculosidade".
Os três já estão presos na Unidade Prisional da Polícia Militar (antigo BEP) acusados ainda da morte de um jovem de 18 anos, em junho deste ano. As prisões dos PMs foram decretadas por Patrícia no mesmo dia em que ela foi assassinada. O inquérito foi concluído pela Divisão de Homicídios do Rio.
Justiça ouvirá defesa de PMs
O juiz Fábio Uchôa, da 4ª Vara Criminal de São Gonçalo, na região metropolitana, determinou na última sexta-feira (9) que os advogados e defensores públicos dos policiais militares que respondem a processos de homicídio em autos de resistência (como mortes de suspeitos em confronto com a polícia) se manifestem em três dias sobre a determinação do Ministério Público, que pediu, na quinta-feira (8), o afastamento de 34 PMs e a prisão de 28 deles.
De acordo com a assessoria de imprensa do TJ-RJ (Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro), o prazo de três dias começou a ser contado a partir da publicação da determinação no Diário Oficial e da respectiva intimação dos suspeitos.
Os policiais militares em questão respondem a processos na 4ª Vara Criminal de São Gonçalo, onde era titular a juíza Patrícia Acioli.
Segundo o juiz, a intimação da defesa dos envolvidos está prevista no Código do Processo Penal, que diz que "ressalvados os casos de urgência ou de perigo de ineficácia da medida, o juiz, ao receber o pedido de medida cautelar, determinará a intimação da parte contrária, acompanhada de cópia do requerimento e das peças necessárias, permanecendo os autos em juízo".
Juíza linha-dura
Conhecida como linha-dura, a magistrada mandou prender seis PMs suspeitos de forjar autos de resistência no começo do ano.
Em 2010, ela decretou a prisão de pelo menos quatro cabos da Polícia Militar e uma mulher que seriam integrantes de um grupo de extermínio da Marcha de Vans.
Patrícia fazia parte de uma lista com 12 nomes de pessoas supostamente marcadas para morrer encontrada com um integrante de um grupo de extermínio que atua em São Gonçalo.
R7
Os três policiais militares do Batalhão de São Gonçalo (7º BPM), que tiveram prisão decretada pela morte da juíza Patrícia Acioli, usaram uma viatura da própria PM para circular pelo bairro onde ela morava e planejar o crime. A informação foi passada pelo desembargador Antônio César de Siqueira, presidente da Amaerj (Associação dos Magistrados do Rio de Janeiro), nesta segunda-feira (12), durante entrevista no Tribunal de Justiça do Rio.
De acordo com o desembargador, o tenente e os dois cabos usaram um carro do Batalhão de Niterói (12º BPM), que não é equipado com sistema de rastreamento por GPS, no dia 11 de julho, um mês antes do assassinato de Patrícia.
Para Siqueira, a circulação dos PMs em uma área na qual não deveriam atuar e em um carro sem rastreamento representa um forte indício de que a morte da juíza já era planejada há pelo menos um mês antes do crime.
- Tudo indica que a morte da Patrícia foi planejada por eles (PMs) um mês antes.
A polícia investiga como os PMs conseguiram usar um carro de outro batalhão, e justamente um que não tinha GPS, para circular pela região onde Patrícia vivia.
Apreensão de armas em batalhão da PM
Policiais da Divisão de Homicídios apreenderam, na manhã desta segunda-feira (12), todas as pistolas calibre 40 e revólveres calibre 38 do Batalhão de São Gonçalo (7º BPM), na região metropolitana do Rio. Os investigadores pretendem descobrir quais armas foram usadas na morte da juíza Patrícia Acioli, assassinada com 21 tiros, há um mês, na porta de casa, em Niterói.
Estojos desse tipo de armamento foram encontrados pela polícia no local do crime. Os agentes da Divisão de Homicídios também cumpriram mandados de busca e apreensão em 15 endereços dos três policiais suspeitos de envolvimento no crime, bem como de familiares deles em busca de pistas que comprovem a participação deles no crime.
A Justiça decretou no último domingo (11) a prisão temporária de três policiais militares suspeitos de envolvimento na morte da juíza Patrícia Acioli, em Niterói, região metropolitana do Estado do Rio de Janeiro, no dia 11 de agosto. A informação foi confirmada pelo plantão judiciário de Niterói. A magistrada foi atingida por 21 tiros quando chegava de carro ao condomínio onde morava, em Piratininga. No pedido de prisão temporária, os policiais - um tenente e dois cabos - são definidos como "membros de uma verdadeira organização criminosa de altíssima periculosidade".
Os três já estão presos na Unidade Prisional da Polícia Militar (antigo BEP) acusados ainda da morte de um jovem de 18 anos, em junho deste ano. As prisões dos PMs foram decretadas por Patrícia no mesmo dia em que ela foi assassinada. O inquérito foi concluído pela Divisão de Homicídios do Rio.
Justiça ouvirá defesa de PMs
O juiz Fábio Uchôa, da 4ª Vara Criminal de São Gonçalo, na região metropolitana, determinou na última sexta-feira (9) que os advogados e defensores públicos dos policiais militares que respondem a processos de homicídio em autos de resistência (como mortes de suspeitos em confronto com a polícia) se manifestem em três dias sobre a determinação do Ministério Público, que pediu, na quinta-feira (8), o afastamento de 34 PMs e a prisão de 28 deles.
De acordo com a assessoria de imprensa do TJ-RJ (Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro), o prazo de três dias começou a ser contado a partir da publicação da determinação no Diário Oficial e da respectiva intimação dos suspeitos.
Os policiais militares em questão respondem a processos na 4ª Vara Criminal de São Gonçalo, onde era titular a juíza Patrícia Acioli.
Segundo o juiz, a intimação da defesa dos envolvidos está prevista no Código do Processo Penal, que diz que "ressalvados os casos de urgência ou de perigo de ineficácia da medida, o juiz, ao receber o pedido de medida cautelar, determinará a intimação da parte contrária, acompanhada de cópia do requerimento e das peças necessárias, permanecendo os autos em juízo".
Juíza linha-dura
Conhecida como linha-dura, a magistrada mandou prender seis PMs suspeitos de forjar autos de resistência no começo do ano.
Em 2010, ela decretou a prisão de pelo menos quatro cabos da Polícia Militar e uma mulher que seriam integrantes de um grupo de extermínio da Marcha de Vans.
Patrícia fazia parte de uma lista com 12 nomes de pessoas supostamente marcadas para morrer encontrada com um integrante de um grupo de extermínio que atua em São Gonçalo.
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Gatos que brilham vão ajudar na pesquisa sobre a Aids
RIO - Pesquisadores da Clínica Mayo, nos EUA, criaram gatos que brilham para ajudar nas pesquisas sobre a Aids. Os animais transgênicos receberam simultaneamente genes que os tornam fluorescentes e que os permite fabricar uma versão de uma proteína chamada TRIMCyp que protege humanos e macacos da infecção pelo vírus da imunodeficiência felina (FIV). Com isso, os gatos também ficaram imunes ao FIV, que tem ação similar ao HIV. Esta foi ainda a primeira vez que uma manipulação genética do tipo foi bem sucedida com mamíferos carnívoros.
A TRIMCyp é uma proteína de uma grupo conhecido como "fatores de restrição", que os cientistas acreditam ajudar a defender os mamíferos da invasão por vírus. O problema é que tanto humanos quanto felinos não produzem naturalmente fatores de proteção contra seus respectivos vírus da imunodeficiência, o que levou ao aparecimento de uma epidemia da doença nas duas espécies. A ideia dos pesquisadores é, tendo os gatos como modelo, imitar os mecanismos evolutivos que levam ao surgimento destes fatores específicos na busca por novas maneiras de combater a Aids.
- Uma das melhores coisas sobre essa pesquisa é que ela visa beneficiar tanto a saúde humana quanto a felina, ajudando tanto gatos quanto pessoas - diz Eric Poeschla, biólogo molecular da Clínica Mayo e líder da equipe de pesquisadores responsável pelo estudo, publicado na edição desta semana da revista "Nature Methods".
Assim como o HIV, o FIV é um vírus da família dos lentivírus que destrói as chamadas células T, que atuam na linha de frente da luta do organismo contra infecções. Além de ficarem imunes ao FIV, os gatos que receberam os genes para fabricar a proteína TRIMCyp e para ficarem fluorescentes podem repassá-los a sua prole, criando toda uma linhagem de animais protegida da doença.
- Uma das grandes vantagens disso é a eficiência nas pesquisas. Quase toda a prole é transgênica e assim não precisamos analisar centenas de animais para encontrar quais são os efeticamente transgênicos - destacou Poeschla.
O Globo
domingo, 11 de setembro de 2011
Crack: o problema é de todos nós
"Meu maior erro foi ter colocado um cigarro de maconha na boca. Agora, quero nascer de novo", João*, 17 anos
Além de destruir famílias, droga aumenta problemas urbanos
Alucinados, eles vagam pelas ruas e não respeitam ninguém. Suas vidas resumem-se à busca pelo seu único objeto de desejo: o crack. E eles já são tantos, que não é mais possível ignorá-los como se pertencessem a um submundo que não nos atinge. Os "noiados" ganharam áreas nobres e periferias e viraram um problema que, de uma forma ou de outra, toca a sociedade e é de responsabilidade de todos.
Veja aqui onde obter ajuda
Além do sofrimento de famílias e amigos, a epidemia de crack - que já foi a droga dos pobres, mas hoje está em todas as classes sociais - significa aumento dos índices de violência, degradação do espaço urbano e toda uma geração perdida de crianças, que já nascem viciadas ou abandonadas pelos pais.
Somente no ano passado, o Estado gastou mais de R$ 2,3 milhões em 2.817 atendimentos e internações de viciados. Parte da verba foi destinada ao Hospital dos Ferroviários, em Vila Velha, onde funcionam, desde 2009, oito leitos destinados a crianças e adolescentes usuários de drogas.
O serviço é voltado para internação e desintoxicação, e 80% dos pacientes são meninos, com em média 16 anos. São garotos como João*, 17 anos, que aos 14, já fumava maconha e bebia.
Como tantos outros, começou pela curiosidade. E viu a vida mudar de vez quando conheceu o fristo, mistura de crack com maconha. "Eu tinha mais moral, mais conceito. Era popular. Fiquei três semanas sem ir pra escola", conta.
Hoje, depois de duas semanas de internação, o sonho é voltar a ser o menino que era o orgulho da mãe. "Quero estar na igreja, dar um culto e ver minha mãe lá na frente. Ela já sofreu muito comigo", admite.
Do lado do crime
Antes de procurar ajuda, João foi deixando as boas amizades de lado, perdeu a namorada e foi acusado de roubo dentro da escola. Chegou a ser preso, depois de encontrar no tráfico uma alternativa para sustentar o vício.
Na família, não faltaram "parcerias" para o mau caminho. "Meu primo usava pedra, e tenho um tio preso. Quase toda a família do meu pai é viciada ou já cometeu algum crime para usar droga. Queria roupa, queria dinheiro para comprar presente para a namorada. Apelei para o crime."
12 segundos
Tudo acontece em uma velocidade incontrolável. São 12 segundos de alucinação e uma vida inteira de arrependimentos depois. "A pessoa fica na compulsão e faz tudo para obter a droga. Envolve-se em situações de risco, assalto e homicídio. Fica vulnerável, subnutrida, igual a um zumbi", explica Expedito Jorge Tavares, coordenador do Núcleo de Prevenção de Drogas da Polícia Federal no Estado.
Compulsão que Juliano*, 17, sabe bem como é. "Uma vez, tomei uma cartela de diazepan, duas cachacinhas e fumei fristo. Tentei matar meu pai e meu cachorro. Dei um soco na TV. E só me controlaram depois que chamaram a polícia", lembra.
Quando mudou de cidade com a família, o garoto não se adaptou. Parou de ir à escola, começou a usar drogas. Pedro chegou a roubar para conseguir o crack. Não tinha forças, sozinho, para deixar as pedras de lado, mas pôde contar com a família.
Depois de 21 dias de internação, ele deixou o Hospital dos Ferroviários e foi direto para um projeto que conta com tratamento terapêutico. "Minha família me deu apoio quando disse que queria me tratar. Os primeiros dias foram sinistros, queria quebrar tudo."
Apoio essencial
Ter o apoio da família, como Pedro, pode fazer a diferença entre conseguir ou não derrotar o vício. "Nem sempre a família participa, o que seria fundamental para ajudar o usuário a enfrentar o mundo lá fora. Só a internação não é solução", ressalta a coordenadora da UTCA do Hospital dos Ferroviários, Bárbara de Oliveira.
Como explica a socióloga e professora da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) Marcia Rodrigues, a família deveria ser a primeira instância para dar referência a esses jovens. Mas não é isso que está ocorrendo, o que acaba produzindo uma geração perdida.
Como Simone*, 38, que hoje, após várias recaídas, comemora cinco meses sem usar o crack, mas vê seus erros cobrarem um alto preço: usou a droga durante a gravidez, abandonou os filhos pequenos por causa do vício e hoje vê a filha mais velha ir pelo mesmo caminho.
"Perdi meus filhos, né? Eles afastaram-se, e isso é muito triste. Agora vejo minha filha de 15 anos nessa. Ela usava entorpecentes escondida e só soube quando ela foi presa, há três anos", lamenta.
Na primeira vez, a menina foi detida na escola, guardando uma arma para o namorado. Na segunda, estava traficando. Chegou a engolir quatro pedras de crack para não ir para a delegacia. Acabou no hospital.
Filhos: as vítimas
A dependência de filhos de mães viciadas em crack é ainda mais perigosa. O especialista em Dependência Química João Chequer explica que, desde que estava no útero, a filha de Simone já estava acostumada a utilizar o crack.
"Quando ela usou a droga aos 12 anos, se identificou com aquilo de forma maligna. Ela sente que já usou bioquimicamente o crack e a ligação dela com a droga é imediata e definitiva. É incontrolável", diz João Chequer.
Simone espera por dias melhores, apesar de tudo. "Agora minha filha está em tratamento, assim como eu", comemora. Mas a culpa não vai embora: "Se estivesse do lado dela, poderia ter sido diferente, ela se sentiria mais segura. Eu tive culpa, sim", sentencia.
*Os nomes dos entrevistados foram trocados para preservar as identidades
R$ 10 - É o preço de uma pedra de crack, suficiente para três tragadas
33% - dos usuários de crack morrem nos primeiros 5 anos de consumo, segundo estudo da Unifesp
Rede Gazeta lança campanha
Hoje, data em que comemora 83 anos, a Rede Gazeta lança o projeto Rede Contra o Crack. O objetivo é promover o debate, formar parcerias e mobilizar a sociedade e os governos na busca de soluções para reduzir o consumo e o tráfico de drogas, por meio da cobertura jornalística em todos os veículos da rede e da veiculação de campanhas publicitárias.
Gazeta Online
Além de destruir famílias, droga aumenta problemas urbanos
Alucinados, eles vagam pelas ruas e não respeitam ninguém. Suas vidas resumem-se à busca pelo seu único objeto de desejo: o crack. E eles já são tantos, que não é mais possível ignorá-los como se pertencessem a um submundo que não nos atinge. Os "noiados" ganharam áreas nobres e periferias e viraram um problema que, de uma forma ou de outra, toca a sociedade e é de responsabilidade de todos.
Veja aqui onde obter ajuda
Além do sofrimento de famílias e amigos, a epidemia de crack - que já foi a droga dos pobres, mas hoje está em todas as classes sociais - significa aumento dos índices de violência, degradação do espaço urbano e toda uma geração perdida de crianças, que já nascem viciadas ou abandonadas pelos pais.
Somente no ano passado, o Estado gastou mais de R$ 2,3 milhões em 2.817 atendimentos e internações de viciados. Parte da verba foi destinada ao Hospital dos Ferroviários, em Vila Velha, onde funcionam, desde 2009, oito leitos destinados a crianças e adolescentes usuários de drogas.
O serviço é voltado para internação e desintoxicação, e 80% dos pacientes são meninos, com em média 16 anos. São garotos como João*, 17 anos, que aos 14, já fumava maconha e bebia.
Como tantos outros, começou pela curiosidade. E viu a vida mudar de vez quando conheceu o fristo, mistura de crack com maconha. "Eu tinha mais moral, mais conceito. Era popular. Fiquei três semanas sem ir pra escola", conta.
Hoje, depois de duas semanas de internação, o sonho é voltar a ser o menino que era o orgulho da mãe. "Quero estar na igreja, dar um culto e ver minha mãe lá na frente. Ela já sofreu muito comigo", admite.
Do lado do crime
Antes de procurar ajuda, João foi deixando as boas amizades de lado, perdeu a namorada e foi acusado de roubo dentro da escola. Chegou a ser preso, depois de encontrar no tráfico uma alternativa para sustentar o vício.
Na família, não faltaram "parcerias" para o mau caminho. "Meu primo usava pedra, e tenho um tio preso. Quase toda a família do meu pai é viciada ou já cometeu algum crime para usar droga. Queria roupa, queria dinheiro para comprar presente para a namorada. Apelei para o crime."
12 segundos
Tudo acontece em uma velocidade incontrolável. São 12 segundos de alucinação e uma vida inteira de arrependimentos depois. "A pessoa fica na compulsão e faz tudo para obter a droga. Envolve-se em situações de risco, assalto e homicídio. Fica vulnerável, subnutrida, igual a um zumbi", explica Expedito Jorge Tavares, coordenador do Núcleo de Prevenção de Drogas da Polícia Federal no Estado.
Compulsão que Juliano*, 17, sabe bem como é. "Uma vez, tomei uma cartela de diazepan, duas cachacinhas e fumei fristo. Tentei matar meu pai e meu cachorro. Dei um soco na TV. E só me controlaram depois que chamaram a polícia", lembra.
Quando mudou de cidade com a família, o garoto não se adaptou. Parou de ir à escola, começou a usar drogas. Pedro chegou a roubar para conseguir o crack. Não tinha forças, sozinho, para deixar as pedras de lado, mas pôde contar com a família.
Depois de 21 dias de internação, ele deixou o Hospital dos Ferroviários e foi direto para um projeto que conta com tratamento terapêutico. "Minha família me deu apoio quando disse que queria me tratar. Os primeiros dias foram sinistros, queria quebrar tudo."
Apoio essencial
Ter o apoio da família, como Pedro, pode fazer a diferença entre conseguir ou não derrotar o vício. "Nem sempre a família participa, o que seria fundamental para ajudar o usuário a enfrentar o mundo lá fora. Só a internação não é solução", ressalta a coordenadora da UTCA do Hospital dos Ferroviários, Bárbara de Oliveira.
Como explica a socióloga e professora da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) Marcia Rodrigues, a família deveria ser a primeira instância para dar referência a esses jovens. Mas não é isso que está ocorrendo, o que acaba produzindo uma geração perdida.
Como Simone*, 38, que hoje, após várias recaídas, comemora cinco meses sem usar o crack, mas vê seus erros cobrarem um alto preço: usou a droga durante a gravidez, abandonou os filhos pequenos por causa do vício e hoje vê a filha mais velha ir pelo mesmo caminho.
"Perdi meus filhos, né? Eles afastaram-se, e isso é muito triste. Agora vejo minha filha de 15 anos nessa. Ela usava entorpecentes escondida e só soube quando ela foi presa, há três anos", lamenta.
Na primeira vez, a menina foi detida na escola, guardando uma arma para o namorado. Na segunda, estava traficando. Chegou a engolir quatro pedras de crack para não ir para a delegacia. Acabou no hospital.
Filhos: as vítimas
A dependência de filhos de mães viciadas em crack é ainda mais perigosa. O especialista em Dependência Química João Chequer explica que, desde que estava no útero, a filha de Simone já estava acostumada a utilizar o crack.
"Quando ela usou a droga aos 12 anos, se identificou com aquilo de forma maligna. Ela sente que já usou bioquimicamente o crack e a ligação dela com a droga é imediata e definitiva. É incontrolável", diz João Chequer.
Simone espera por dias melhores, apesar de tudo. "Agora minha filha está em tratamento, assim como eu", comemora. Mas a culpa não vai embora: "Se estivesse do lado dela, poderia ter sido diferente, ela se sentiria mais segura. Eu tive culpa, sim", sentencia.
*Os nomes dos entrevistados foram trocados para preservar as identidades
R$ 10 - É o preço de uma pedra de crack, suficiente para três tragadas
33% - dos usuários de crack morrem nos primeiros 5 anos de consumo, segundo estudo da Unifesp
Rede Gazeta lança campanha
Hoje, data em que comemora 83 anos, a Rede Gazeta lança o projeto Rede Contra o Crack. O objetivo é promover o debate, formar parcerias e mobilizar a sociedade e os governos na busca de soluções para reduzir o consumo e o tráfico de drogas, por meio da cobertura jornalística em todos os veículos da rede e da veiculação de campanhas publicitárias.
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Vídeo 'esquecido' pode identificar ladrões de cofres do Itaú
A Polícia Civil de São Paulo analisa dez horas de imagens de duas câmeras de segurança que podem ajudar a identificar os 12 ladrões de cofres particulares do banco Itaú da avenida Paulista.
Até este sábado, apenas dois assaltantes foram identificados.
Quando roubaram joias e dinheiro de cerca de 170 cofres no último dia 28, os assaltantes destruíram as memórias dos computadores que armazenavam as filmagens. Porém, eles não destruíram um computador que tinha imagens de uma câmera.
Os investigadores analisam ainda as gravações de um prédio vizinho que pode ter flagrado o bando entrando no banco usando uniformes de funcionários de uma empresa de manutenção.
O roubo é um dos maiores do país, mas a polícia não soube precisar o quanto foi levado porque nem os clientes nem o Itaú informaram quanto havia em cada cofre.
Poucos clientes procuraram a polícia para registrar o roubo. Um deles disse ter perdido R$ 3 milhões em joias.
Um casal que foi vítima do assalto diz que foram roubados diamantes, dinheiro e documentos nos cofres, que usavam havia mais de 20 anos.Eles calculam que o prejuízo passe de R$ 1 milhão.
Até este sábado, apenas dois assaltantes foram identificados.
Quando roubaram joias e dinheiro de cerca de 170 cofres no último dia 28, os assaltantes destruíram as memórias dos computadores que armazenavam as filmagens. Porém, eles não destruíram um computador que tinha imagens de uma câmera.
Os investigadores analisam ainda as gravações de um prédio vizinho que pode ter flagrado o bando entrando no banco usando uniformes de funcionários de uma empresa de manutenção.
O roubo é um dos maiores do país, mas a polícia não soube precisar o quanto foi levado porque nem os clientes nem o Itaú informaram quanto havia em cada cofre.
Poucos clientes procuraram a polícia para registrar o roubo. Um deles disse ter perdido R$ 3 milhões em joias.
Um casal que foi vítima do assalto diz que foram roubados diamantes, dinheiro e documentos nos cofres, que usavam havia mais de 20 anos.Eles calculam que o prejuízo passe de R$ 1 milhão.
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