sábado, 4 de junho de 2011

Divulgado perfil sobre adolescente em conflito com a lei no DF


Segundo a pesquisa, 31,5% dos adolescentes declararam consumir drogas, 19% bebida alcoólica e 9% consomem ambos, sendo que, a maior parte (49,3%) o faz há mais de um ano

A Promotoria de Justiça de Defesa da Infância e da Juventude acaba de divulgar o "Relatório de Pesquisa - Perfil do Adolescente Infrator". Reaizado ao longo de nove meses, os servidores do Ministério Público acolheram informações durante as oitivas informais e os plantões de adolescentes em conflito com a lei no Distrito Federal. Os dados foram coletados entre março e dezembro de 2010 por meio de questionário eletrônico, respondidos espontaneamente por 504 adolescentes.

O questionário é composto de 4 blocos: Perfil do adolescente (idade, sexo, local e existência de reiteração da prática de ato infracional), estrutura familiar (companhia na residência, ajuda financeira do responsável legal, existência de trabalho e motivo para trabalho), situação escolar (existência de matrícula, meio de locomoção utilizado para ir à escola, evasão escolar e reprovação) e aspectos comportamentais (consumo de bebida alcoólica, substância entorpecente, prática de esportes, existência de planos profissionais para o futuro e de sonhos).

Os adolescentes que responderam à pesquisa têm entre 12 e 20 anos e a idade médica constatada mais recorrentemente é entre 15 e 17 anos. Quase 90% são homens. Dos entrevistados, 46,2% dos adolescentes praticaram o ato infracional na região administrativa de sua residência, enquanto que 46,8% saíram de sua região administrativa, onde moram, para praticar o ato infracional.

Família
A presença da mãe na residência foi indicada por mais da metade (83%), a presença do pai foi apontada em 38,5% dos casos e a presença de ambos os genitores foi indicada por aproximadamente um terço dos participantes. A maioria dos participantes (91%) recebe alguma ajuda financeira dos seus responsáveis e, dentre os adolescentes que não recebem ajuda financeira, mais da metade refere-se à figura paterna.

Quanto ao trabalho, 21% responderam que trabalham e pouco mais de três quartos não trabalham. Dentre os adolescente que não trabalham, 29% responderam já terem trabalhado. Os adolescentes que trabalham ou já trabalharam, afirmaram como motivo para a realização da atividade, primeiramente a necessidade pessoal (47%) e, em segundo lugar, o sustento familiar (21%).

Escolaridade
Em relação ao nível de escolaridade, a maioria (55%) encontra-se no ensino fundamental; 14,4% encontram-se na aceleração; 5,7% no supletivo e apenas 24,4% no ensino médio. 26,8% afirmaram não estar matriculados. Em relação ao motivo de não estarem matriculados na escola, 29,6% apontaram a falta de vaga.

Quanto ao último ano dos adolescentes não matriculados, 44,4% apontam 2009. Isso significa que muitas evasões são recentes. A matrícula, entretanto, não garante a frequência regular do estudante às aulas. Pela pesquisa, 18,2% dos adolescentes não frequentam a escola.

Quanto à localização da escola, 66,4% dos adolescentes estudam na mesma região administrativa onde moram e 33,6% estudam longe do local da residência, sendo que 53% vão à escola à pé e 31% utilizam o transporte coletivo.

Os atos infracionais mais recorrentes são roubo (22%) e tráfico de drogas (16%). A proporção daqueles que cometeram atos graves, como homicídio, roubo, tráfico de drogas, porte de arma de fogo ou estupro, é de 53% e a proporção dos que cometeram atos não graves é de 46%, como falsidade ideológica, pichação, ameaça ou dano. Quase a metade (46%) já afirmou ter praticado outro ato infracional, ou seja, reiteraram em praticar atos infracionais.

A Pesquisa demonstrou alto índice de reprovação escolar (90,5%) entre os adolescentes infratores.

Drogas
A ligação entre infração e uso de drogas também foi investigada pela pesquisa. 31,5% declararam consumir drogas, 19% bebida alcoólica e 9% consomem ambos, sendo que, a maior parte (49,3%) o faz há mais de um ano. Dentre os adolescentes que declararam já ter feito uso desses produtos, 15,9% declararam ter feito uso de droga, 16,3% de bebida alcoólica e 6% de ambos.

Quanto à questão a que levou o adolescente a parar de consumir bebida alcoólica e/ou droga, está 79% como "vontade própria" do jovem. A alternativa "influência dos colegas" (49,3%) foi a mais indicada pelos adolescentes para justificar o uso de entorpecentes e/ou bebida alcoólica. 26% afirmaram não ter planos profissionais para o futuro e 29% não tem sonhos.

A pesquisa demonstrou evidência de associação entre a qualificação do ato infracional (grave e não grave) e a existência de consumo de substância entorpecente e/ou bebida alcoólica. 64% dos adolescentes que praticaram atos graves afirmaram consumir os citados produtos, enquanto que apenas 35,9% dos adolescentes que praticaram atos não graves afirmaram não consumirem tais produtos. A qualificação do ato infracional costuma ser grave nos casos em que existe o consumo de álcool ou drogas.

A Pesquisa não trouxe evidências de associação entre a qualificação do ato infracional e a matrícula e frequência em escola. A porcentagem entre adolescentes que estão ou não matriculados e frequentam ou não a escola é praticamente a mesma. Também não houve evidência de associação entre a frequência regular à escola e a existência de consumo de bebida alcoólica e/ou droga.

Questões como existência entre os locais de residência do fato e qualificação do ato infracional; entre a frequência regular à escola e a existência de proximidade entre os locais de residência e do local do ato infracional; entre o consumo de bebida alcoólica/uso de droga e a existência de proximidade dos locais de residência e do ato infracional; existência de planos profissionais/sonhos e qualificação do ato infracional; frequência regular à escola e existência de sonhos; ajuda financeira do responsável e qualificação do ato infracional; ajuda financeira do responsável e frequência regular à escola também foram abordadas. A prática de esportes, porém, apontou uma diferença inusitada: aqueles que praticam esportes aparecem mais como autores de atos graves do que os que não praticam. O esporte mais indicado foi o futebol, com a incidência de 78% das respostas.

Fonte: Andi Comunicação e Direitos, uma organização integrante da Rede ANDi Bras


prómenino

Menino espancado em MS apanhou com galho de goiabeira, diz delegada

Denunciado por vizinhos, um jovem de 20 anos foi preso na tarde desta quinta-feira (2), suspeito de espancar o enteado de apenas três anos com tapas e usando uma vara feita com galho de árvore. O caso aconteceu na Vila Planalto, em Campo Grande. Segundo informações da Polícia, a criança teve hematomas provocados pela violência em vários locais pelo corpo, até mesmo nas partes íntimas.

Uma mulher de 46 anos, vizinha e uma das testemunhas no caso descreve a vítima como uma criança carente de afeto em um ambiente familiar marcado por constantes discussões e cenas de violência. Ela, que não terá o nome divulgado, diz ter pena do menino pela forma como é criado.

“Eu vi várias vezes a mãe bater nele e o deixar trancado em casa. Quando eu questionava, ela dizia 'eu crio meu filho desse jeito e assim que tem que ser”, relata a testemunha. A família, segundo ela, mudou-se para a residência na Vila Planalto há quase três meses e, apesar da pouca convivência, foi possível notar o comportamento violento do padrasto da vítima, suspeito das agressões. “Ele é bem estúpido, escutei ele brigando várias vezes com ela (a esposa, mãe da criança).

No dia das agressões, segundo ela, outra vizinha foi até a casa da família acionada pelo padrasto, que viu as marcas deixadas pelo espancamento enquanto dava banho no enteado. A Polícia Militar foi acionada e um terceiro morador do bairro levou o menino para a delegacia. “Isso não pode ficar assim, ele não pode ficar impune”, exclama a mulher de 46 anos.

O caso
Segundo a Polícia Civil, o suspeito tem 20 anos e cuidava da criança enquanto a esposa, mãe do menino, viajou para um velório de parentes no interior de Mato Grosso do Sul. Na quinta-feira (2), o menino chorou ao ser acordado para ir à escola e teria provocado a raiva no padrasto.

O caso é investigado na Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca), pela delegada Regina Márcia Rodrigues. Ela relata que o suspeito arrancou um galho de uma goiabeira e agrediu o enteado até ela quebrar. Depois, deu tapas e bateu com o chinelo no menino. “Ele ainda puxou e chegou a arrancar parte do cabelo da criança”, conta a delegada.

O Conselho Tutelar foi acionado e encaminhou a criança para um abrigo. A mãe chegou de viagem nesta quinta-feira. Segundo Rodrigues, já existiam três denúncias de maus tratos contra ela e por causa disso, não conseguiu pegar o filho.

A mulher foi ouvida e disse à delegada que não se importava em passar a guarda da criança para o pai, que mora em outra cidade, desde que o menino saísse do abrigo. A mulher, de acordo com Rodrigues, negou ter batido e presenciado qualquer cena de violência praticada pelo marido contra o menino.

G1

MEC abra sindicância para apurar falha em livro com erros grosseiros de matemática



BRASÍLIA - O Ministério da Educação pediu à Controladoria Geral da União (CGU) para abrir sindicância e apurar os responsáveis por erros encontrados numa publicação distribuída pelo MEC para escolas rurais em todo país no final do ano passado. Técnicos do próprio ministério descobriram textos com frases que não terminam, contas aritméticas com resultado errado e ainda outros problemas de revisão em publicação produzida pela Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad). Um dos erros mais gritantes está no livro de matemática: lá está escrito 10 - 7 = 4 . Foram distribuídos 200 mil exemplares da coleção que tem 35volumes e custou R$ 14 milhões.

Os livros fazem parte de um material de apoio destinado a escolas rurais que reúnem numa mesma sala alunos de 1ª a 4ª série do ensino fundamental. Apesar de a sindicância só ser instalada a partir da próxima segunda-feira, os erros na publicação já provocaram uma baixa no governo: o secretário executivo da Pasta dos Direitos Humanos, André Lazaro, pediu demissão nesta sexta-feira. Ele era o chefe da Secad quando os livros foram editados e distribuídos no ano passado.

O MEC determinou a suspensão do uso do material nas escolas.


O Globo

Professora Amanda Gurgel cala secretária da Educação e deputados.


18 de maio de 2011 às 11:38
A educadora Amanda Gurgel protestou contra as condições de trabalho precária dos professores no Brasil

Parabéns à Professora Amanda Gurgel pela coragem de enfrentar a elite política, que "tenta" enganar a todos nós como aquele chove não molha de que só a educação pode mudar o país e trata nossos professores com desreipeito, o professor que estudou toda a sua vida inteira, muitos mestrados, doutores, que gastou muito dinheiro para aprender e quando vai repassar esse conhecimento para seus seguidores (os alunos), recebe um mísero salário de R$ 950,00 por mês.

Vai só para constar:

Nada contra o cara pois sei que ele é apenas mais um a mamar nas tetas do governo:

O grande parlamentar brasileiro TIRIRICA foi diplomado em 17.12.2010.................
Salário: R$ 26.700,00
Ajuda Custo: R$ 35.053,00
Auxilio Moradia: R$ 3.000,00
Auxilio Gabinete: R$ 60.000,00
Despesa Médica pessoal e familiar: ILIMITADA E INTERNACIONAL (livre escolha de medicos e clinicas).
Telefone Celular: R$ ILIMITADO.
Ainda como bônus anual: R$ (+ 2 salários = 53.400,00)
Passagens e estadia: primeira classe ou executiva sempre
Reuniões no exterior: dois congressos ou equivalente todo ano.
Mensalão: À COMBINAR!!!
Custo médio mensal: R$ 250.000,00
Aposentadoria: total depois de oito anos e com pagamento integral.
Fonte de custeio: NOSSO BOLSO!!!!!!

Fica a minha injuria.
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"Chegará o dia em que o homem conhecerá o íntimo de um animal. E nesse dia, todo o crime contra um animal será um crime contra a humanidade." (Leonardo da Vinci)

"Bendito o homem que confia no SENHOR e cuja esperança é o SENHOR.
Porque ele é como a árvore plantada junto às águas, que estende as suas raízes para o ribeiro e não receia quando vem o calor, mas a sua folha fica verde; e, no ano de sequidão, não se perturba, nem deixa de dar fruto."
Jeremias 17: 7-8


E-mail enviado por Beatriz Carrazzoni

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Número de países com infecção por E.coli sobe para 12


BERLIM - A Organização Mundial da Saúde afirmou nesta sexta-feira que 12 países já registraram casos de infecção da variante da bactéria Escherichia coli e da síndrome hemolítico-urêmica (HUS), que já mataram 18 pessoas no mundo todo. A Noruega foi o último país a confirmar oficialmente a ocorrência da doença.

Ao todo, pacientes adoeceram por contaminação de E.coli em Alemanha, Áustria, República Tcheca, Dinamarca, França, Holanda, Noruega, Espanha, Suécia Suíça, Reino Unido e os Estados Unidos. A região ao redor da cidade de Hamburgo, no norte da Alemanha, é o epicentro da crise, e acredita-se que todos os países tenham sido contaminados no país, provavelmente após comer alfaces, tomates, pepinos ou outros vegetais em saladas cruas.

As autoridades ainda não identificaram a fonte da bactéria e continuam recomendando que seus cidadãos não comam vegetais crus.

O centro de controle de doenças da Alemanha divulgou nesta sexta-feira 199 novos casos nos últimos dois dias do tipo da bactéria E.coli, que até agora causou pelo menos 17 mortes no país. O Instituto Robert Koch disse em comunicado que foram registrados 149 casos de infecção por E.coli e 50 da síndrome hemolítico-urêmica. Os novos dados elevam o total de casos na Alemanha desde 1º de maio para 1.733.

No mundo todo, 552 casos de HUS (12 fatais) e 1.271 casos de E.coli sem HUS (seis fatais) foram notificados oficialmente, levando o número total de casos a 1823, dos quais 18 foram fatais.

Avanço:Cientistas identificam tipo de bactéria causadora do surto de E.coli na Alemanha

O governo alemão criou uma força-tarefa E.coli e a chanceler Angela Merkel conversou com o primeiro-ministro espanhol Jose Luis Rodriguez-Zapatero sobre o impacto do problema sobre os fazendeiros espanhóis, inicialmente responsabilizados pelo surto, informou um porta-voz.

Na última quinta-feira, a Espanha disse que pediria um ressarcimento dos danos causados pelo "erro clamoroso" alemão por associar o surto de E.coli a produtores espanhóis.

- Ficou claro com as análises da Agência Espanhola de Segurança Alimentar que não há a mínima suspeita de que a origem desta infecção tão grave venha de um produto espanhol - disse Zapatero em entrevista à rádio e TV públicas espanhola.

Na quinta-feira, a Rússia anunciou que suspenderia a importação de vegetais da União Europeia, por medo da variante da E.coli. A decisão iniciou uma disputa entre o bloco e o primeiro-ministro Vladimir Putin, que disse nesta sexta-feira que não poria fim ao embargo até as autoridades europeias identificarem a origem da bactéria.

A UE pediu a Moscou que desistisse da medida, argumentando que não há comprovação técnica que sustente a decisão, que contraria as regras da Organização Mundial do Comércio. A Rússia ainda não é membro da OMC, mas tem claras pretensões.

Em sua primeira declaração sobre o caso, Putin tentou explicar a posição russa:
- Estamos esperando nossos parceiros identificarem pelo menos a origem dessa infecção. Eles mesmos não são capazes de entender o que está acontecendo. Não podemos envenenar nosso povo em nome de um espírito - disse, referindo-se às normas da OMC que defendem igualdade das relações comerciais entre os países, sem imposições unilaterais que prejudiquem o comércio.

A agência russa de proteção ao consumidor afirmou em um comunicado que poderia relaxar a proibição se a Alemanha ou a UE fornecessem detalhes sobre as fontes da bactéria, como ela é transmitida e quais atitudes são necessárias para conter o surto.

O Globo

Bahia distribui baralho com fotos de criminosos para a população


Ação é uma campanha para tentar localizar foragidos da Justiça
O governo da Bahia vai distribuir baralhos com fotos de criminosos para a população. O motivo da ação é uma campanha para tentar localizar criminosos foragidos da Justiça.

Cada carta terá a foto e o nome do criminoso com o telefone do Disque-Denúncia. O jogo será distribuído gratuitamente para a população a partir da próxima semana.

Iraque

A medida é igual a tomada pelo ex-presidente dos EUA George W. Bush, durante a invasão das tropas americanas no Iraque. Na época, em 2003, Bush distribuiu um baralho com a foto das pessoas mais procuradas do governo de Saddam Hussein.

R7

Defensoria Pública quer fim do toque de recolher para jovens



A Defensoria Pública quer o fim dos toques de recolher instituídos para crianças e adolescentes em cidades do interior de São Paulo. A informação é da coluna Mônica Bergamo, publicada na edição desta quinta-feira da Folha.

A reportagem completa está disponível para assinantes da Folha e do UOL (empresa controlada pelo Grupo Folha, que edita a Folha).

De acordo com a coluna, o órgão já entrou com pedidos de habeas corpus coletivo em Cajuru (298 km de SP) e Ilha Solteira (660 km de SP). Na primeira, a medida determina o recolhimento de crianças e adolescentes que estejam nas ruas depois das 23h.

Já em Ilha Solteira, a medida limita horários em que os jovens podem participar de festas. Os casos da cidade de Itapira e Fernandópolis também estão sendo acompanhados pelo órgão.


Folha OnLine

Multidão apedreja e queima macaco 'bruxo' na África do Sul

Os moradores do vilarejo de Kagiso, perto de Johanesburgo, na África do Sul, apedrejaram e queimaram vivo um macaco vervet depois de alegarem que o animal estava ligado a algum tipo de bruxaria.

Segundo o jornal sul-africano The Star, a multidão gritava "Mate aquele bruxo", enquanto o macaco era colocado em um balde e encharcado com gasolina. Em seguida, testemunhas relatam que os moradores atearam fogo ao animal.

Os boatos de que o macaco podia falar se espalharam no dia 23 de maio, quando o animal entrou no vilarejo. O bicho foi então capturado, apedrejado e queimado.

Antes de ser colocado dentro do balde e encharcado com gasolina, o animal conseguiu fugir e se refugiar em uma árvore, mas foi agarrado novamente e morto.

Um dos moradores de Kagiso, Tebogo Mswetsi, disse ao The Star que foi acordado por amigos logo pela manhã, que falaram sobre o macaco. Segundo eles o animal andava pelo vilarejo "falando com as pessoas".

Moswetsi se juntou à multidão por curiosidade e, quando o macaco subiu na árvore, foi ele quem o tirou de lá.

"Me sinto culpado, não devia ter tirado ele daquela árvore. Eu o derrubei depois que alguém despejou gasolina nele. Não tive escolha", disse Moswetsi ao jornal.

Traumatizante

A entidade de proteção dos animais locais, Comunity Led Animal Welfare (Claw), descreveu o incidente como "bárbaro" e enviou uma de suas gerentes, Cora Bailey, ao vilarejo, depois de ter sido alertada por um dos moradores, Johannes Bapela.

Bapela chamou a polícia para evitar a morte do animal, mas os policiais não conseguiram evitar a morte do primata.

"Eles bateram no macaco e então o incendiaram. Não consegui dormir naquela noite, pois foi muito traumatizante", disse Bapela ao The Star.

Para Bapela, as alegações de feitiçaria usadas para matar o macaco "não tem fundamento".

Cora Bailey, da Claw, afirma que chegou ao local tarde demais.

"Fiquei arrasada. Você mal podia dizer que (o macaco) tinha sido uma criatura viva. Havia crianças pequenas (no local) que ficaram muito confusas e assustadas", disse.

Bailey afirmou que os animais da região acabam vítimas da superstição devido ao fato de os moradores dos vilarejos não entender que este animais entram em locais habitados pois seu habitat natural foi destruído ou o animal se separou de seu grupo.


BBC Brasil

Estudantes raspam o cabelo para apoiar colega com câncer em MG


Três diretores da escola também aderiram à ação.
‘Não dá pra explicar, não. Me senti acolhido’, falou aluno com câncer.


Estudantes do ensino médio de uma escola em Governador Valadares, na Região do Vale do Rio Doce de Minas Gerais, rasparam o cabelo para apoiar um colega de sala que faz tratamento para curar um câncer. Eles organizaram uma surpresa para o garoto de 17 anos, que acabou de passar pelas primeiras sessões de quimioterapia. A ação foi filmada nesta segunda-feira (30) e postada na internet.

“Fiquei meio sem ação. Só consegui rir. Quem não ficaria?", disse Arthur Gonçalves ao G1, contando o que sentiu ao abrir a porta da sala e encontrar os amigos com os cabelos raspados. Ele elogiou a atitude da turma e disse que se sentiu muito acolhido pelos amigos. “Não dá pra explicar, não. Me senti acolhido”, completou, dizendo que a surpresa trouxe motivação e força para continuar o tratamento.

Gonçalves está no terceiro ano e vai tentar vestibular para Engenharia na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Ele enfrenta a doença com o apoio da família e da namorada.

O gesto foi emocionante, segundo a mãe dele. “A atitude dos meninos não foi comum. Foi uma coisa tão alto astral. Fizeram para que ele não se sentisse excluído por estar careca”, disse a mãe. Ainda segundo ela, as garotas da sala também se mobilizaram e acompanharam os colegas até o salão onde cortaram o cabelo.

O câncer, segundo a família, foi descoberto por acaso numa ida ao cabeleireiro. Ao perceber o caroço, ele foi ao médico e uma biopsia contatou um Sarcoma de Ewing na cabeça. O tratamento começou há 21 dias.

A ação do corte de cabelo coletivo foi toda idealizada pelos estudantes, segundo o diretor da escola Rodrigo Cunha. Mas ele e mais dois diretores também resolveram cortar os cabelos. “Resolvemos entrar pelo espírito de solidariedade, em apoio ao aluno e, principalmente, para ele não se sentir diferente da gente. Principalmente por isso. Para ele sentir um clima harmonioso ao regressar às aulas”, completou. Ainda segundo Cunha, o caso gerou uma boa notícia relacionada à educação. “A gente vê tantas tragédias, coisas ruins”, disse.

O vídeo postado na internet já foi visto por mais de 26 mil internautas em quatro dias. Um ex-aluno da escola assistiu ao vídeo em uma rede social e se emocionou com o caso. “Gostaria muito de partilhar a alegria profunda que senti quando soube da história. É uma motivação para as pessoas”, disse Victor Teixeira Aguiar.


G1

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Violência doméstica obriga crianças e adolescentes a viverem nas ruas


Eles abandonam suas casas por terem sofrido abuso sexual ou algum outro tipo de violência doméstica. São meninos morenos ou pardos com idade entre 12 a 15 anos, que não concluíram nem o primeiro grau e costumam sobreviver nas ruas com cerca R$ 80,00 por semana. Esse é o perfil da maioria dos garotos de rua no país, constatado pela Pesquisa Censitária Nacional sobre Crianças e Adolescentes em Situação de Rua, divulgada pela Secretaria de Direitos Humanos.

As brigas familiares e o abuso sexual são responsáveis por 71,6% dos meninos deixarem a família. Os dados apontam que 32,2% das crianças e adolescentes brigaram com pais e irmãos, 30,6% foram vítimas de violência física e 8,8% sofreram abuso sexual.

A pesquisa realizada com 23,9 mil meninos em 75 cidades brasileiras mostra ainda que há predominância do sexo masculino (71,8%), com idade entre 12 e 15 anos (45,13%). A maioria é parda ou morena (49%) e embora a maior parte deles esteja em idade escolar, 79,1% não concluíram o primeiro grau e 8,8% nunca estudaram.

Entre as crianças e adolescentes que nunca voltam para a família e dormem nas ruas, somente 23,3% buscam abrigo em casa de amparo. Outros 62,1% preferem dormir nas ruas. A falta de liberdade dentro das instituições (59,4%), a proibição do uso de drogas e álcool (38,6%) e a obrigatoriedade em respeitar os horários (26,9%) são apontados como os motivos principais para não frequentar os abrigos.

Eles sobrevivem pedindo dinheiro e alimentos ou trabalhando com a venda de produtos de pequeno valor (balas e chocolates), como engraxate, guardando carros ou na separação de lixo reciclável.

Entre os meninos que costumam dormir nas ruas, 77,1% relataram sofrer algum tipo de preconceito e discriminação, principalmente ao tentarem entrar em comércios (36,6%), no transporte coletivo (31,1%) e em bancos (27,4%).

Fonte: Childhood Brasil - 27/05/2011


prómenino

Aposentadoria especial para donas de casa é aprovada no Senado



As donas de casa que têm 60 anos e renda familiar de até dois salários mínimos (R$ 1.090) poderão se aposentar por idade com 24 meses de contribuição ao INSS, segundo o Projeto de Lei 81/2011 aprovado, ontem, na Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado. Atualmente, são exigidos 180 meses (15 anos). O texto, agora, será enviado para a Câmara dos Deputados e, se for aprovado sem mudanças, seguirá para a sanção da presidente Dilma Rousseff.

Autora do texto, a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) estima que quatro milhões de mulheres poderão ser beneficiadas. Pelo projeto, o prazo de 24 meses de contribuição vale até 2014. A partir de 2015, haverá aumento gradual do tempo exigido até chegar aos 180 meses que são cobrados atualmente. Isso deve ocorrer para quem completar 60 anos a partir de 2027. O texto também define que o tempo de contribuição não precisa ser contínuo para garantir o benefício, bastando completar um total de 24 meses.

Sem alta programada

A CAS do Senado também aprovou ontem o texto que obriga o INSS a fazer perícia médica antes de suspender o pagamento de auxílio-doença de um segurado. Isso pode representar o fim da chamada alta programada, procedimento no qual o trabalhador já começa a receber o benefício sabendo o tempo de duração.

O projeto, assim como o que trata da aposentadoria das donas de casa, foi aprovado sem necessidade de passar pelo plenário. Dessa forma, segue direto para votação na Câmara. O autor da proposta, o senador Paulo Paim (PT-RS), afirma que a medida é necessária porque, muitas vezes, o benefício é cancelado sem que o trabalhador tenha se recuperado totalmente.

Pelas regras atuais, o segurado pode pedir a prorrogação do benefício, desde que agende uma perícia médica antes do fim determinado pela alta programada pelo INSS.



Menina leva cocaína do pai em saco de doces para a escola


Um suspeito de tráfico foi preso na Inglaterra acusado de esconder cocaína em um pacote de balas de goma, que a filha de 10 anos inadvertidamente levou para a escola.

A droga estava escondida em embalagens colocadas dentro de uma sacola de Haribo, bala popular entre as crianças, e foi descoberta quando a garota conversava com as amigas no fim da aula.

A polícia confirmou que o caso originou uma batida policial em uma residência em Newhaven, nas proximidades de Brighton. O homem, de 31 anos, foi preso e indiciado por posse ilegal de droga com intenção de traficar.

"Os policiais encontraram quantidades de pó branco e marrom, e do que se acredita ser folhas de maconha no endereço", disse o comunicado da corporação.

"A substância foi apreendida e a polícia está trabalhando junto à escola para estabelecer as circunstâncias do incidente."

Segundo o jornal The Daily Telegraph, a escola, Southdown Junior School, enviou cartas aos pais informando sobre o incidente, que ocorreu no dia 27 de abril.

"Você ensina seu filho sobre os perigos de aceitar balas de estranhos, mas nunca espera que o perigo esteja em um doce oferecido por outra criança", disse um pai citado pelo jornal, que não quis ser identificado.

"Não quero ficar preocupado com a possibilidade de meu filho consumir drogas fornecidas no recreio."

Segundo a imprensa britânica, o pai foi liberado sob fiança enquanto prossegue a investigação.

A menina, que não é considerada suspeita, está sob os cuidados da mãe, ainda segundo os jornais.


BBC Brasil

Polícia prende pai que foi filmado agredindo filhos em SP


Adolescente de 17 anos gravou lavrador batendo em irmãos.
Homem estava com prisão decretada pela Justiça.


A polícia prendeu nesta quarta-feira (1º) em Registro, no Vale do Ribeira, no interior paulista, o lavrador que foi filmado agredindo os filhos de 7 e 8 anos. O filho dele de 17 anos registrou as imagens da agressão com um celular. O homem estava com a prisão decretada pela Justiça desde o dia 19 de maio. Ele foi levado para a delegacia nesta quarta depois de um cerco de quase 40 policiais.

Para a polícia, ele disse que é usuário de drogas e que estava bêbado no dia que agrediu os filhos. De acordo com os policiais, o lavrador estava escondido em uma área de mata fechada.

O homem havia sido detido no dia 4 de maio após um vídeo em que ele aparece espancando dois filhos de 7 e 8 anos foi entregue à polícia. Ele, porém, foi solto após parentes pagarem fiança de R$ 1 mil.

As imagens mostram o pai no quintal da casa onde mora gritando e dando chutes na barriga e nas costas de um dos meninos. A criança se encolhe e leva mais chutes. O pai chama então o outro filho e começa a gritar. Ele pega a criança e com força a joga no chão.

O adolescente de 17 anos disse não se arrepender de ter gravado o vídeo. “Já era muito tempo que ele já batia nos meus irmãos, batia em mim. Aí chegou uma hora que eu cansei”, disse. Por segurança, ele agora vive com parentes por parte de mãe.

As crianças agredidas chegaram a ser levadas para um abrigo para receber tratamento psicológico.


G1

Homem de 61 anos é preso em motel com menina de 12 anos



RIO - Um homem foi preso em flagrante, na noite desta quarta-feira, dentro do quarto de um motel, na Rodovia que liga São Gonçalo a Itaboraí, com uma menina de 12 anos. Omero Mendes da Silva, de 61 anos, vai responder pelo crime de estupro de vulnerável.

Os policiais chegaram até o acusado após a mãe da adolescente comparecer na unidade policial pedindo ajuda, uma vez que sua filha estava com comportamento estranho e com dinheiro de origem duvidosa.

Na delegacia, a menina contou ter saído com um homem, que lhe pagava após os encontros. Foi feito o exame de corpo delito, confirmado que a adolescente já tinha tido relacionamento sexual. Os agentes, então, armaram o flagrante.


O Globo

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Unicef diz que cerca de 2,5 mil jovens contraem Aids diariamente no mundo


Segundo o documento, 41% dos contágios ocorrem entre pessoas de 15 a 24 anos

Cerca de 2,5 mil jovens contraem o vírus do HIV diariamente no mundo todo, segundo um relatório do Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância), apresentado nesta quarta-feira (01) em Johannesburgo.

Segundo o documento, elaborado pelo Unicef em conjunto com outras agências das Nações Unidas e o Banco Mundial, 41% dos contágios ocorrem entre pessoas de 15 a 24 anos, o que situa este grupo como o de maior risco, com um número de entre 4,3 milhões e 5,9 milhões de casos no mundo.

Calcula-se que cerca de 60% dos jovens soropositivos sejam mulheres; um número que se eleva para 72% na África Subsaariana, a região mais afetada do mundo, segundo o relatório publicado pelo Unicef.

De acordo com o diretor-executivo do Unicef, Anthony Lake, através de comunicado divulgado pela imprensa, para muitas mulheres, a infecção é resultado de maus-tratos, exclusão e estupros.

Segundo os dados da Unaids(Agência das Nações Unidas para a Aids), incluídos no documento, a África do Sul e a Nigéria são os dois países do mundo com um maior número de casos entre jovens de 15 a 25 anos, com um número estimado em meio milhão de pessoas infectadas.

A África do Sul lidera a lista de novos contágios no mundo todo, com cerca de 190 mil novos soropositivos em 2009, segundo dados da Unaids, que revela que a maioria deles não sabe que tem a doença.

"É vital realizar testes antecipados. Nós nos propusemos a realizar 15 milhões de testes até o final de junho, e 11,9 milhões de sul-africanos já sabem se estão infectados ou não", explicou nesta quarta-feira durante a apresentação do relatório a diretora do departamento de Saúde da África do Sul. Elhadj As Sy, diretor do Unicef para o leste e o sul da África, reconheceu que a aids "demonstrou ser a peste de nossas sociedades" e acrescentou que o relatório "não é nada agradável", mas revela o panorama que o mundo enfrenta.

"Copyright Efe - Todos os direitos de reprodução e representação são reservados para a Agência Efe."


R7

Governo iraniano proíbe o acesso ao ensino superior a jovens de minoria religiosa


Proibição visa limitar a atuação profissional dos jovens bahá'ís, enfraquecendo sua comunidade no Irã

As autoridades iranianas invadiram cerca de 30 casas de bahá'ís envolvidos com o Instituto Bahá'í para Educação Superior (BIHE, sigla no inglês) - uma instituição que possibilita o acesso à educação superior a jovens banidos das universidades pelo governo. Cerca de 16 indivíduos foram presos no dia 21 de maio, entre professores e facilitadores. Uma pessoa foi liberada no mesmo dia e outras oito foram interrogadas por oficiais do Ministério da Inteligência e liberadas em seguida.

Desde a revolução islâmica em 1979, os seguidores da Fè Bahá'í - a maior minoria religiosa não muçulmana do Irã - vem sendo sistematicamente privados do acesso ao ensino superior. A criação do Instituto Bahá'í para Educação Superior teve como objetivo oferecer a possibilidade de continuação dos estudos para esses jovens. As aulas ocorriam nas casas de indivíduos bahá'ís, com a ajuda de professores e colaboradores voluntários.

“A atitude do governo iraniano demonstra até onde estão dispostos a ir em sua campanha para inviabilizar a existência da comunidade bahá'í no país, privando os jovens bahá'ís de construirem suas carreiras e participarem da melhora da sociedade”, afirmou Mary Aune, representante da Comunidade Bahá'í do Brasil.

Do Irã para o Brasil, em busca de uma oportunidade de estudar
Aos 46 anos, Nahid Shams, uma iraniana radicada no Brasil graduou-se recentemente em psicologia pela Faculdade de Americana,. Ela conta que, pelo fato de ser bahá'í, teve o acesso à universidade negado nos primeiros anos da revolução islâmica. Para realizar seu sonho de estudar, ela fugiu do Irã adentrando solo paquistanês, onde conheceu o também iraniano Ramin Shams, com quem se casou e veio para o Brasil em 1986.

A religião de Nahid tem a educação universal como um de seus fundamentos, e todos os seus seguidores são estimulados a buscar uma profissão por meio da qual possa contribuir com a melhora da sociedade. A vontade de ajudar as pessoas exercendo uma profissão fez com que Nahid saísse sozinha do Irã, deixando parentes e amigos. “Eu queria estudar. Sabia que se não seguisse uma carreira ficaria limitada à vida doméstica, o que acontece com 90% das mulheres iranianas. Gosto de fazer coisas diferentes e de ajudar as pessoas, e ao mesmo tempo eu também aprendo”, afirma Nahid.

Ela explica os bahá'ís são impedidos de trabalhar em empresas de grande porte, bem como em cargos públicos. "Isso os deixa poucas alternativas: os homens são obrigados a se dedicarem ao comércio e as mulheres à vida doméstica", diz ela.

Durante sua cerimônia de colação de grau, ocorrida em março de 2011, Nahid promoveu um manifesto em homenagem aos milhares de jovens que ainda sofrem perseguição no Irã.


Blog Comunidade Bahá'í no Brasil

Inglesa enfrenta risco de radiação em Fukushima para salvar cães abandonados

Voluntária de 70 anos veste roupa especial e sai à procura de animais de estimação para reuni-los com suas famílias

Desde que as autoridades japonesas estabeleceram uma zona de exclusão ao redor da usina nuclear de Fukushima, as pessoas fazem de tudo para evitar a área. A exceção é uma mulher britânica que deliberadamente caminha pela região em busca de animais abandonados.

Elizabeth Oliver, de 70 anos, já salvou 197 cães e 17 gatos que ela encontrou em suas andanças pela área. Para penetrar na zona de exclusão de 20 quilômetros ao redor da usina, ela usa uma roupa especial e carrega um contador Geiger para monitorar os níveis de radiação.

Logo após o tsunami de 11 de março que atingiu a região de Fukushima, no Japão, as imagens de animais abandonados vagando pelas estradas surgiram nos meios de comunicação. Autoridades tinham receio de que os animais pudessem estar contaminados, após o anúncio de que a usina apresentava vazamento, e determinaram que eles fossem deixados para trás - alegando que seriam coletados mais tarde.

Mas em dez dias, apenas 15 animais foram coletados de um total de 20 mil abandonados pelas famílias.

Elizabeth Oliver, que vive no Japão há mais de 40 anos, ficou consternada. 'Mesmo quando você solta os animais das gaiolas ou dos quintais, eles se recusam a deixar suas casas, achando que seus donos vão voltar', contou ao jornal britânico 'Daily Mail'.

Um dos cães que Elizabeth resgatou é um setter inglês que ela encontrou perto de Nami-choo. O animal estava faminto e sua família o havia deixado solto para que ele ao menos pudesse se defender. Mas sem conseguir encontrar os donos, ele se transformou em uma criatura aterrorizada diante da presença humana.

Elizabeth conseguiu encontrar a família do cachorro, que ela apelidou de Frostbite, mas eles continuam vivendo em um abrigo temporário, portanto o bicho continua sob seus cuidados no centro para animais criado por ela em Osaka.

Quando os animais chegam ao abrigo, ela coloca anúncios e cartazes durante três meses para tentar reunir cães e gatos com suas famílias.

Elizabeth também vem ajudando animais de maior porte. Em suas andanças, ela chegou a uma fazenda em que nove cavalos estavam mortos. O dono, sentado em meio aos corpos dos animais, preparava-se para matar os outros 20 cavalos que haviam resistido à falta de alimentação. A polícia havia proibido que pessoas entrassem na fazenda para alimentá-los. Elizabeth conseguiu alojar os animais em outro lugar, onde eles receberam cuidados e sobreviveram.


Fonte: Época Negócios - Publicado neste site em 31/05/2011


Criador Online

Professora é espancada por mãe de aluna da rede pública .


Educadora sofreu fraturas na face e precisou ser operada

Uma professora foi agredida pela mãe de uma aluna em frente à Escola Municipal João Fernandes de Andrade, em Salto de Pirapora, a 122 quilômetros de São Paulo, na última segunda-feira. Sônia Maria Mendes, 48, sofreu fraturas e ferimentos na face e precisou ser operada em hospital de Sorocaba. Ela passa bem e deve receber alta em breve.

A direção da escola desconhece o motivo da agressão. "Não era uma mãe presente. Sabemos apenas que se trata de uma pessoa agressiva, problemática", diz a diretora Débora de Moura. A aluna tem cinco anos e está matriculada no ensino infantil.

Segundo testemunhas, a agressão ocorreu após a aula. A mãe teria chegado por trás e espancado a professora. Em protesto, pais e educadores decidiram paralisar as aulas na tarde de terça-feira. A direção e a prefeitura registraram boletim de ocorrência contra a mãe por agressão.


Jornale

Estudante punido por bullying começa a prestar serviços em Campo Grande


CAMPO GRANDE - Um estudante de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, começou esta semana a prestar serviços na escola onde estuda por ter praticado bullying contra um colega de 13 anos. Serão quatro horas por semana ajudando nas tarefas da escola e participação em palestras de combate ao bullying. Os pais do adolescente também terão de devolver R$ 500 ao jovem que pagava para não apanhar.

A delegada Aline Sinott Lopes da Delegacia Especializada de Atendimento à Infância e Juventude (Deaij) que concluiu nesta quarta-feira (1º) as investigações. No total, seis alunos estão envolvidos e confirmaram a prática. O resultado da investigação será encaminhado, ainda nesta quarta-feira, para a promotoria da Infância e Juventude de Campo Grande.

A mãe do adolescente punido por cometer bullying disse estar surpresa com o comportamento do menino.

- Eu sempre dei carinho para ele e sempre o eduquei bem. Jamais imaginava que ele ia fazer isso - lamentou a mãe do agressor.

A família da vítima apoiou as medidas.

- Ele errou e acho que ele tem que aprender com o erro. De repente, foi uma situação para que não se torne uma pessoa pior no futuro, mas que se torne uma pessoa melhor a cada dia - diz o tio da vítima Miguel Gomes Filho.

Para o promotor que aplicou medidas punitivas, essa foi a melhor alternativa para o caso.

- A orientação melhor é essa: que ele seja tratado como indisciplinado e não como infrator. O fato de ele não ter sido representado, não significa que isso foi banalizado - explicou o promotor de Justiça Sérgio Harfouche.

O Globo

Jovens entre 18 e 24 anos são os que mais consomem álcool no país


9% deles bebem cinco doses em duas horas, diz relatório da secretaria de drogas

Jovens entre 18 e 24 anos são os que mais consomem álcool no país. De acordo com a secretária nacional de Políticas sobre Drogas, Paulina Duarte, 9% dessa população bebem mais de cinco doses de álcool em menos de duas horas. Desses, 15% consomem bebidas alcoólicas mais de uma vez por semana.

- Nosso grande problema é o exército de jovens entre 18 e 24 anos que bebe desbragadamente. [Esses jovens] Têm uma intensidade de consumo muito alto, afirmou nesta terça-feira e (31) a secretária, durante audiência pública na Comissão Especial sobre Bebidas Alcoólicas da Câmara dos Deputados.

Segundo Paulina Duarte, 52% dos jovens que consomem álcool com frequência apresentam problemas de saúde, psicológicos e familiares. Desse total, 38% têm problemas físicos, 18% têm problemas familiares e 23% relataram que já se envolveram, pelo menos uma vez, em uma situação de violência. “Essa é a população mais vulnerável no Brasil em relação ao álcool.”

Entre os universitários, o consumo é mais intenso. Nos últimos 12 meses, 76% dos estudantes de ensino superior consumiram bebidas alcoólicas e, nos últimos 30 dias, esse percentual chega a 60%.

- A dependência do álcool é uma doença crônica e progressiva, 3% dos jovens estão em altíssimo risco de se tornarem dependentes químicos, disse a secretária.

Estudos feitos pela Senad (Secretaria Nacional de Políticas Sobre Drogas) têm apontado que o início do consumo no Brasil tem ocorrido entre os 11 e 13 anos de idade. “Lamentavelmente, grande parte da população informa que teve o primeiro contato com o álcool dentro de casa”, afirmou Paulina Duarte.

Nas escolas públicas e particulares das 27 capitais brasileiras, 42% dos alunos dos ensinos fundamental e médio consumiram bebidas alcoólicas no último ano. “Isso é muito grave. Quase a metade dos estudantes do país [já tomou bebida alcoólica]”.

Para a secretária de Políticas sobre Drogas, a adoção de medidas isoladas não diminui o impacto do consumo de álcool entre a população.

- Temos trabalhado, no Brasil, na implantação da política nacional sobre álcool, que prevê modificação da legislação, como já fizemos com a Lei Seca, além do aumento do custo da bebida, da fiscalização e da educação [da sociedade].

De acordo com o especialista em dependência química, Walter Coutinho, existem 22 milhões de dependentes de álcool no país. Para ele, é necessário investir primeiro na desintoxicação do paciente, para, depois, vir a ajudá-lo psicologicamente.

- O problema dele não é parar de beber, mas a decisão de não voltar a beber. Isso o governo não tem condições de fornecer de maneira alguma. Existem apenas 186 Caps [Centros de Atenção Psicossocial] para esses 22 milhões de pessoas.

R7

Juizado especial pode julgar casos de estupro no Distrito Federal


Os Juizados Especiais Criminais e os Juizados Especiais de Competência Geral, com exceção da Circunscrição Especial Judiciária de Brasília e das regiões administrativas do Núcleo Bandeirante e Guará, têm competência para processar, julgar e executar causas decorrentes de violência doméstica e familiar contra a mulher. Com esse entendimento, a Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) denegou habeas corpus a um homem condenado a 30 anos de reclusão, pela prática de estupro e atentado violento ao pudor (duas vezes) contra suas filhas, menores de 14 anos, e a um mês e 20 dias de detenção, pela prática do delito de ameaça contra a mãe das vítimas.

O homem foi condenado em primeira instância à pena de 52 anos e seis meses de reclusão, tendo sido a pena reduzida para 30 anos de reclusão e um mês e 20 dias de detenção, pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT). A redução da pena se deu em virtude da conjugação de normas vigentes à época dos fatos e da Lei n. 12.015/2009.

No habeas corpus impetrado no STJ, a defesa alegou a nulidade do julgamento realizado pela 2ª Vara do Juizado Especial Criminal da Circunscrição Especial Judiciária de Brasília, ao argumento de que os crimes imputados ao paciente não pertencem ao rol de crimes de menor potencial ofensivo, de competência dos Juizados Especiais Criminais.

A competência dos juizados especiais criminais do Distrito Federal para julgamento dos casos de violência doméstica e familiar contra a mulher foi determinada pela Resolução n. 7/2006, do TJDFT, mas, segundo a defesa, esse ato estaria em confronto com a Constituição, pois só a União poderia legislar sobre direito penal e processual. Além disso, estaria em conflito com o disposto no artigo 41, da Lei n. 11.340/2006 (Lei Maria da Penha), que veda a aplicação da Lei n. 9.099/1995 aos crimes praticados com violência doméstica e familiar contra a mulher.

A Lei Maria da Penha estabeleceu em seu artigo 33, que "enquanto não estruturados os Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, as varas criminais acumularão as competências cível e criminal para conhecer e julgar as causas decorrentes da prática de violência doméstica e familiar contra a mulher".

De acordo com o relator do caso, ministro Gilson Dipp, o TJDFT “entendeu oportuno e conveniente editar a Resolução n. 7/2006 para regulamentar o disposto na Lei n. 11.340” e ressaltou a possibilidade de designação de mais de uma competência para uma só Vara, observados os critérios de conveniência e oportunidade, nos termos da Lei n. 11.697/2008, que versa sobre a organização judiciária do Distrito Federal e dos Territórios.

O ministro relator destacou ainda que o tema já havia sido objeto de debate na Terceira Seção do STJ, por ocasião do julgamento do Conflito de Competência 97.456, em que se constatou a legalidade da Resolução n. 7/2006. E considerou que a ressalva constante do artigo 2º da citada resolução, acerca da aplicação independente dos ritos previstos na Lei nº 9.099/95 e na Lei n. 11.340/2006, afasta qualquer suposto vício de legalidade do ato.

Processo: HC 187098

Fonte: Superior Tribunal de Justiça


Revista Jus Vigilantibus

Professora canta para acalmar alunos no meio de um tiroteio no México


Uma professora conseguiu acalmar os alunos no meio de um tiroteio que acontecia na região de uma escola pedindo para os estudantes deitarem no chão e cantarem músicas. Ela foi condecorada por bravura.


Globo Vídeos

terça-feira, 31 de maio de 2011

Borboletas fêmeas fecham as asas para evitar sexo, diz estudo


Uma pesquisa japonesa descobriu que as borboletas fêmeas desenvolveram um mecanismo para evitar o assédio sexual dos machos.

Segundo os pesquisadores, as borboletas têm uma forma simples de evitar a atenção indesejada de machos persistentes – elas fecham suas asas.

Ao fechar suas asas brilhantes e com desenhos chamativos, as fêmeas se tornam menos visíveis para os machos, segundo descrevem os cientistas em um artigo publicado na última edição da revista especializada Ethology.

O coordenador da pesquisa, Jun-Ya Ide, do Instituto de Tecnologia Kurume, em Fukuoka, notou que as borboletas da espécie Lycaena phlaeas normalmente fechavam as asas quando outras borboletas da mesma espécie estavam voando muito próximas a elas.

"Eu também descobri que ela fechava as asas com menos frequência quando outras espécies de borboletas estavam voando nas proximidades", disse Ide.

Ele então começou a tentar descobrir por que isso ocorria.

Virgens
Segundo Ide, tentativas persistentes de acasalamento por machos podem machucar as delicadas fêmeas, então ele testou a hipótese de que elas fecham suas asas como uma estratégia para evitar o assédio.

Ele usou um modelo de borboleta macho para gerar a reação nas fêmeas.
“Quando trouxe o modelo de borboleta macho para perto de uma fêmea que já havia copulado, ela normalmente fechava suas asas”, disse o pesquisador à BBC.

As fêmeas virgens, por outro lado, mantinham suas asas abertas.

“Concluí então que, quando as fêmeas não necessitam mais copular, elas fecham suas asas para se esconder”, disse Ide.

No entanto, as fêmeas virgens, que querem copular, “mantêm suas asas abertas para ficarem visíveis”.

“O comportamento evoluiu para evitar o assédio sexual”, disse.


BBC Brasil

Professora é afastada após aluno apresentar maconha em sala de aula


Ele mostrou a droga para ilustrar um trabalho de artes, em Curitiba
Uma sindicância foi aberta e deverá ouvir a educadora sobre o assunto.


Uma professora da rede estadual do Paraná foi afastada depois de permitir que um aluno portasse maconha dentro da sala de aula. A situação ocorreu no dia 26 de maio, quando o estudante da oitava série utilizou a droga como parte da apresentação de um trabalho escolar.

A professora de artes havia requisitado aos alunos que elaborassem uma apresentação com temática livre. O aluno escolheu o tema drogas, e para ilustrar a explicação levou a maconha para dentro da sala. O caso só chegou até a direção da escola quando os pais de outros alunos reclamaram da situação. Um dos pais inclusive solicitou transferência da filha para uma outra instituição de ensino.

A professora foi afastada pela Secretaria Estadual de Educação, e o caso está sendo discutido entre a direção da escola, a Patrulha Escolar e os pais dos alunos. Uma sindicância foi aberta na última sexta-feira (27) e a professora será ouvida sobre o assunto. A diretora, Iara Godoi, acredita que houve inocência do menino. “... acredito que ele não tenha medido, não tenha pensado nas consequências que isso poderia ocasionar”, disse.

Iara também explicou que a escola busca trabalhar o assunto, porém com outro viés. “A gente não deixa de trabalhar o tema, até por saber que é um tema pertinente à faixa etária deles (...). Só que a gente sempre procura trabalhar pelo lado da prevenção”, explicou a diretora.


G1

OMS chama atenção para relação entre o uso de celulares e o desenvolvimento de câncer


RIO - Pela primeira vez desde que estudos começaram a ser feitos, a Organização Mundial da Saúde alertou nesta terça-feira para a existência de uma relação entre o uso de celulares e o desenvolvimento de câncer. A agência agora classifica o uso dos aparelhos na categoria de potencial cancerígeno, a mesma para chumbo e clorofórmio.

Antes do anúncio, a OMS chegou a garantir aos consumidores que nenhum aviso de risco à saúde havia sido estabelecido. Mas uma equipe de 31 cientistas de 14 países tomou a decisão de revisar estudos sobre segurança dos celulares. O grupo descobriu evidências suficientes para classificar a exposição pessoal como "possivelmente cancerígena para humanos".

Isso significa que, até agora, não há pesquisas suficientes para esclarecer se a radiação de celulares é segura, mas há dados o bastante mostrando uma possível relação à qual os consumidores deveriam ficar atentos.

- O maior problema que nós temos é que sabemos que fatores ambientais precisam de décadas de exposição até realmente vermos as consequências - disse à CNN Keith Black, neurologista chefe do Cedars-Sinai Medical Center, em Los Angeles, nos Estados Unidos.

O tipo de radiação emitida por um celular é chamada não ionizante. Não é como um aparelho de Raio-X, mas se parece mais com um forno microondas de muito baixa potência.

- O que as microondas de radiação fazem, nos termos mais simplistas, é parecido com o que acontece com a comida no microondas, só que com o nosso cérebro. Então, além de poder acarretar o desenvolvimento de tumores, elas poderiam causar uma série de outros efeitos, como danificar a função de memória cognitiva, já que os lobos de memória temporal ficam onde seguramos nossos celulares - completa Black.

A Agência Europeia de Meio Ambiente solicitou a realização de novos estudos, afirmando que os celulares podem ser um risco à saúde pública como a fumaça, amianto e gasolina com chumbo. O coordenador de um instituto de pesquisa sobre câncer na Universidade de Pittsburg enviou um memorando a todos os funcionários pedindo a eles que limitassem o uso de celulares, devido ao risco de desenvolver câncer.

- Quando acompanhamos o desenvolvimento de um câncer - particularmente no cérebro - vemos que isso leva um longo tempo. Acho que é uma boa ideia dar ao público algum tipo de aviso de que muito tempo de exposição à radiação do seu celular pode possivelmente causar câncer - disse Henry Lai, professor pesquisador em bioengenharia da Universidade de Washington, que estuda radiação há 30 anos.

Os resultados do mais amplo estudo realizado internacionalmente sobre telefones celulares e câncer foram publicados em 2010. Eles mostraram que os participantes da pesquisa que usaram o celular por dez anos ou mais tinham o dobro das taxas de glioma cerebral, um tipo tumor. Até agora, não há estudos realizados num grande intervalo de tempo sobre os efeitos do uso do celular entre crianças.

- Os crânios e o couro cabeludo das crianças são mais finos. Então, a radiação pode penetrar mais fundo em seus cérebros, assim como nos de jovens. Suas células estão se dividindo a taxa mais rápida, então o impacto da radiação pode ser muito maior - afirmou Black.

Os produtores de muitos celulares populares já alertam os consumidores para manter seus aparelhos afastados de seus corpos. É o caso do iPhone 4 e do Blackberry Bold.

O Globo

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Mulher corta pênis de vizinho e o entrega à polícia no Bangladesh


Uma mulher em Bangladesh entregou à polícia o pênis que cortou de um vizinho a quem acusou de ter tentado estuprá-la.

Monju Begum, de 40 anos, casada e mãe de três filhos, disse que Mozammel Haq Mazi invadiu sua casa e a atacou no vilarejo de Mirzapur, cerca de 200 km ao sul da capital do país, Daca.

Ela alegou que Mazi, também casado e pai de cinco filhos, a assediava havia seis meses.

Um médico do hospital onde Mazi está internado disse que o pênis não pôde ser reimplantado.

"A polícia trouxe o pênis muitas horas após ele ter sido cortado. Estamos tratando-o para que possa urinar normalmente sem o pênis", disse o médico A. Sharfuzzaman, que cuida do caso.

Vingança
Mazi nega as acusações e afirma que o ataque foi motivado por vingança.

"Tínhamos um caso e recentemente ela sugeriu que nós podíamos morar juntos em Daca (capital do Bangladesh)", disse ele no hospital.

"Eu recusei e disse que não podia deixar meus filhos, e ela então se vingou."

O porta-voz da polícia Abul Khaer disse que "ela registrou a queixa de estupro, afirmando que lutou com ele, cortou seu pênis e o levou para a delegacia em um saco plástico como prova".

"Vamos prendê-lo assim que sua condição física melhorar", completou.


BBC Brasil

Rio: menores detidos na cracolândia terão 'internação compulsória'

Mesmo contra vontade, crianças e adolescentes ficarão internados até alta médica

RIO - Regulamentação publicada nesta segunda-feira, 30, no Diário Oficial do Município do Rio determina que as crianças e adolescentes apreendidos nas chamadas cracolândias fiquem internados para tratamento médico, mesmo contra a vontade deles ou dos familiares. Os jovens, segundo a Secretaria Municipal de Assistência Social (Smas), só receberão alta quando estiverem livres do vício.

A "internação compulsória" vale somente para aqueles que, na avaliação de um especialista, estiverem com dependência química. Ainda de acordo com a resolução, todas as crianças e adolescentes que forem acolhidos à noite, "independente de estarem ou não sob a influência do uso de drogas", não poderão sair do abrigo até o dia seguinte.

Entre 31 de março e 25 de maio, nove operações da Smas realizadas em parceria com as Polícias Militar e Civil recolheram 153 jovens. Também foram retirados das ruas 538 adultos.

Na semana passada, a Smas inaugurou a Casa Viva, um espaço para o acolhimento e atendimento de 25 crianças e adolescentes em Laranjeiras, na zona sul do Rio. Com isso, subiu para 105 o total de vagas oferecidas para a recuperação dos jovens na cidade. De acordo com a Smas, serão 130 até julho.


Estadão

MP denuncia seis agentes do Degase por agredir jovem do Padre Severino até a morte


Rio - Seis agentes do Departamento Geral de Ações Socioeducativas (DEGASE) foram denunciados por crime de homicídio doloso pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, nesta segunda-feira. O grupo está envolvido na morte de um interno, ocorrida em janeiro de 2008, no Instituto Padre Severino, na llha do Governador. O Ministério Público propôs também que a Justiça decrete prisão preventiva dos agentes e a imediata suspensão do exercício de suas funções públicas.

De acordo com a denúncia, usando pedaços de madeira, um saco repleto de cocos e uma lata de lixo, os agentes Wilson Santos, o Manguinho, Flávio Renato Alves da Silva Costa e Marcos César dos Santos Cotilha (o Da Provi) dominaram o adolescente Andreu Luiz Silva de Carvalho, à época com 17 anos, e o agrediram por quase uma hora, causando traumatismo craniano e outras lesões. A denúncia relata ainda que os agentes Wallace Crespo Rodrigues (Seu Gaspar), Dorival Correia Teles (Paredão) e Arthur Vicente Filho (Mais Velho ou Coroinha) não só foram omissos em evitar as agressões que resultaram na morte do rapaz como participaram da agressão, dando socos e chutes.

Andreu Luiz Silva de Carvalho, que havia sido apreendido por crime de roubo, morreu no Hospital Municipal Paulino Werneck. Ele chegou à unidade com graves ferimentos provocados por pauladas, socos e chutes desferidos pelos denunciados.

“O MP atuará sempre com rigor nos casos de violação da lei, sobretudo quando praticadas por agentes do Estado”, diz o Promotor de Justiça Sauvei Lai, Titular da 30ª Promotoria de Justiça de Investigação Penal da 1ª Central de Inquéritos. Os agentes, segundo o Promotor, usaram “força desmedida e excesso de violência” para conter a vítima, que havia aplicado golpe conhecido como gravata no agente Wilson Santos, o Manguinho.

Por conta da superioridade numérica (eram seis contra um) e de armas, os agentes foram denunciados por homicídio qualificado (mediante recurso que dificulte a defesa da vítima), com dolo eventual (assumindo risco de as agressões provocarem a morte de Andreu), e com o agravante de o crime ter sido cometido com abuso de autoridade. Caso sejam condenados, poderão cumprir pena que varia entre 12 e 30 anos de reclusão. O caso foi investigado pela 37ª DP (Ilha do Governador).


O DIA ONLINE

Fim de usinas nucleares pressiona Alemanha a usar fontes de energia poluentes

Ativistas protestam soltando balões coloridos na porta da usina nuclear de Unterweser, no norte da Alemanha

Após acidente no Japão, população apoia ainda mais as fontes renováveis

Se no Brasil o colapso da central nuclear japonesa de Fukushima não alterou os planos do Palácio do Planalto de dar continuidade à expansão da energia atômica, na Alemanha o governo local se vê diante de um impasse. Após anunciar o fechamento de todas as 17 usinas do país até 2022, os alemães terão de trocar uma fonte energética que consideram perigosa por outras de origem fóssil, como o carvão. Na contramão da tendência mundial, o país irá recorrer a uma matriz energética "suja", que contribui para o aquecimento global.

A decisão pelo fechamento de todas as centrais foi uma continuidade à suspensão, anteriormente anunciada, das sete usinas mais antigas do país, logo após o acidente no Japão, em março. O plano agora é fechar mais seis no final de 2021, e as outras três, mais modernas, um ano depois. Juntas, elas respondem por 22% da energia alemã.

Ainda na semana retrasada, ao expor a situação da Alemanha ao R7 e a outros veículos latino-americanos, o chefe de Política Energética do Ministério de Economia e Tecnologia, Till Spannagel, disse que não há, no curto prazo, solução que não passe pelas fontes poluentes.

- Não haverá possibilidade de substituição imediata de energia nuclear por renováveis. Precisamos de outras usinas termelétricas com combustíveis fósseis. Tem que haver formas de suprir energia quando não há vento ou sol, como hoje por exemplo.

O carvão se apresenta, segundo Spannagel, como a solução mais viável: é barato em relação ao petróleo, há jazidas garantidas para os próximos 200 anos e tem exploração facilitada.

Ainda assim, as autoridades não admitem, por ora, qualquer alívio nas metas de redução de CO². Até 2020, o objetivo é cortar as emissões em até 40%, com relação a 1990. Até 2050, o país quer cortar os gases em 80%.

De toda a energia consumida na Alemanha, 22% vem dos reatores atômicos, contra apenas 17% de fontes renováveis (eólica, solar, hidrelétrica e biomassa, nesta ordem de importância). O restante, 60%, vem de fontes emissoras de CO², principalmente o carvão, gás natural e petróleo.

O caminho para não descumprir o compromisso, admite Spannagel, poderá estar na compra de certificados de carbono de países vizinhos. Na prática, significa pagar pelo direito de poluir a quem cumpre com folga as metas de emissão.

Pressão
A mudança de rumo do atual governo com relação à energia nuclear é, em boa medida, decorrente da pressão da opinião pública. Pesquisas indicam que até 80% da população é hoje refratária às usinas, após o acidente no Japão.

A decisão final do governo sobre o prazo de funcionamento delas já era esperada para o início de junho. Diante da pressão, o governo decidiu antecipar o anúncio. Nas últimas semanas, o centro de Berlim tem se tornado o centro de manifestações antiatômicas.

ONGs ambientalistas juntaram milhares de jovens nas ruas para protestos. O R7 foi a um deles, na praça Alexanderplatz. Um dos mobilizadores, o diretor da entidade Amigos da Natureza, Uwe Hiksch, diz que a luta agora é pelo fim imediato.

- Nós já ganhamos. Mas queremos acabar com a energia nuclear agora, porque catástrofes como a de Fukushima ou de Chernobil podem ocorrer na Alemanha, onde as usinas estão contratadas por 20 anos. Amanhã elas podem explodir.

O recente corte das usinas é mais um capítulo da reviravolta nos planos do atual governo, comandado pela chanceler, Angela Merkel. Em setembro do ano passado, ela havia abolido uma lei, aprovada em 2001 pelo governo anterior, dos partidos Verde e Social-Democrata, de pôr fim às usinas nucleares da Alemanha até 2020.

A ideia de Merkel era prolongar a produção nuclear por até 14 anos, ou seja, até 2034. Com a enorme repercussão negativa da contaminação no Japão, porém, o governo voltou atrás.

* O jornalista viajou a convite do governo da Alemanha


R7

Cliente registra pânico em shopping durante assalto a joalheria em SP


Cliente gravou tumulto no Shopping Metrô Itaquera durante roubo.
PM aposentado tentou deter ladrão, foi baleado e morreu no sábado.


Imagens feitas por um cliente que estava no Shopping Metrô Itaquera, na Zona Leste de São Paulo, mostram momentos de pânico e correria durante o assalto a uma joalheria ocorrido na tarde deste sábado (28). Durante o roubo, um PM aposentado tentou prender os ladrões e foi baleado. Ele foi socorrido, mas morreu.

Na gravação, as pessoas aparecem correndo, tentando descer as escadas rolantes gritando. As escadas ficam cheias e algumas pessoas tentam descer pela escada rolante de subida. Famílias que passeavam com crianças se desesperam com os tiros.

Segundo o shopping, o PM aposentado que tentou deter o ladrão era segurança da joalheria. Mas a loja negou a informação. Imagens do circuito interno da loja serão entregues nesta segunda-feira (30) à Polícia Civil, que apura o caso.

O tenente Demétrio Nunes, da Polícia Militar, disse que um dos ladrões que tentou assaltar a joalheria estava com um pacote na mão que dizia ser uma bomba e ameaçou detonar o artefato.

Na fuga, um deles foi abordado pelo PM aposentado, que conseguiu desarmá-lo. O policial achou que ele estava sozinho. O outro criminoso, no entanto, saiu logo depois e atacaou o policial. O colega voltou a pegar a arma e atirou, acertando tanto o PM quanto o outro ladrão.

Os dois assaltantes ainda conseguiram fugir. Um deles, ferido, foi atendido em um hospital em Ferraz de Vasconcelos, na Grande São Paulo. A polícia foi, então, acionada. Já o outro assaltante conseguiu roubar um carro, mas foi pego dirigindo o veículo durante a fuga, de acordo com Nunes.


G1

domingo, 29 de maio de 2011

Preso suspeito de manter a mulher presa por oito anos


Caso foi em Pereira Barreto, na divisa entre SP e MS

Um homem foi preso no sábado (28) no interior de São Paulo suspeito de manter a mulher em cárcere privado dentro da própria casa durante oito anos. Na casa simples, muita sujeira. Era uma prisão para uma mulher que durante oito anos viveu no lugar sem poder sair. Segundo a polícia, a ordem vinha do marido, Márcio Ulisses dos Santos, de 36 anos. Ele nega as acusações. O caso foi na cidade de Pereira Barreto, na divisa entre os estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul.

O casal tem quatro filhos. As meninas mais velhas, de 6 e 8 anos, só saiam para ir à escola. Os investigadores afirmam que as crianças tinham medo de falar o que acontecia porque eram ameaçadas. Em depoimento, uma das meninas disse que ela, os irmãos e a mãe apanhavam e passavam fome.

"O que ficou bem claro era a falta de alimento e de higiene", diz o delegado Renato Gomes Camacho.

A polícia ainda não sabe explicar por que Márcio isolou a família. Os vizinhos dizem que não viam movimentação na casa. Uma denúncia anônima chegou ao Conselho Tutelar, que avisou à polícia.

O homem era foragido da Justiça. Contra ele havia um mandado de prisão por furto e receptação. Quando foi preso por policiais militares, em frente à casa, carregava uma bolsa com R$ 19 mil. A polícia investiga a origem do dinheiro.

O homem que privou a família da liberdade vai responder também por cárcere privado e maus-tratos.


Jornale

Mãe canadense defende decisão de manter sexo de filho mais novo em segredo


Em artigo publicado neste sábado, uma canadense defendeu a decisão tomada por ela e por seu marido de manter em segredo o sexo de seu filho mais novo, para dar à criança a oportunidade de desenvolver a sua identidade sexual por conta própria.

A decisão tomada por Kathy Witterick, 38 anos, e David Stocker, 39, de não revelar o gênero de seu bebê Storm, de quatro meses de idade, gerou uma avalanche de reações - positivas e negativas - após reportagem do jornal Toronto Star, publicada nesta semana.

Moradores de Toronto, Kathy e David têm outros dois filhos - Jazz, de cinco anos, e Kio, de dois. Os meninos são encorajados a escolher as suas próprias roupas e cortes de cabelo, mesmo que isto signifique optar por usar peças femininas.

Jazz, por exemplo, usa um cabelo comprido com tranças. Ao Toronto Star, David admitiu que os garotos são "quase exclusivamente tomados por meninas".

O sexo de Storm é mantido em segredo até mesmo dos avós das crianças. Apenas os dois pais e os dois irmãos conhecem o gênero da criança, além de um amigo próximo da família e das duas parteiras que ajudaram Kathy a dar à luz.

Segundo o Toronto Star, os avós ficaram preocupados com a decisão dos pais de Storm, mas acabaram sendo compreensivos.

Pergunta do filho
No artigo publicado pelo jornal Ottawa Citizen, Kathy justifica a decisão tomada por ela e por David, além de criticar o "frenesi da mídia" criado em torno da maneira como decidiu criar seus filhos.

Segundo a mãe, que já trabalhou com casos de abuso e violência contra crianças e se descreve como "tímida e idealista", a ideia de não revelar o sexo de Storm surgiu em uma pergunta feita por Jazz, o filho mais velho.

"Quando Storm estava perto de nascer, Jazz (...) questionou se as pessoas reagiriam diferentemente se elas não soubessem o sexo do bebê. Que presentes elas trariam? Se Storm fosse um menino, seria permitido a ele usar vestidos? Vestir rosa?", diz.

"Existem estes momentos enquanto pai em que você espera que o seu filho possa trazer uma questão diferente à mesa", afirma Kathy.

"Se você realmente diz a verdade sobre ser amável, honrar diferenças, ter uma mente aberta e colocar limites de maneira cuidadosa, ajudando as crianças a desenvolver competências e ser seguras, então é melhor você unir o discurso à prática", diz a canadense no artigo.

"Nós concordamos em manter o sexo do nosso novo bebê na privacidade."

Kathy afirma que a ideia de manter o sexo do bebê em segredo é uma tentativa de "autenticamente tentar conhecer a pessoa, ouvindo a ela com atenção e reagindo a pistas significativas dadas por ela própria".

A mãe acredita que é importante “desafiar ortodoxias” e fazer as pessoas se questionarem se “elas verdadeiramente acreditam que (manter) o status quo é o melhor que podem fazer".

"Será que essas normas vão criar crianças sadias, felizes, amáveis e bem-ajustadas?", ela questiona.

‘Gênero livre’
Kathy afirma que, assim como ela, nenhum dos seus outros dois filhos tem o “gênero livre ou é sem gênero”.

Segundo a mãe, "Jazz tem uma forte percepção de que é um menino, e ele entende que as suas escolhas de vestir rosa e de ter cabelo comprido não são sempre aceitáveis na sua comunidade”.

A canadense diz que Jazz escolhe fazer isto livremente, “porque ele também foi ensinado a respeitar a diferença, a amar a si mesmo e a navegar pelo mundo de uma maneira que é sincera consigo mesmo."

‘Frenesi da mídia’
Em seu artigo, Kathy critica a atenção dada pela imprensa à sua família.

"Para proteger os nossos filhos do frenesi da mídia que nós não previmos, nós rejeitamos mais de cem pedidos de entrevistas de todas as partes do mundo, incluindo ofertas para viajar a Nova York com todas as despesas pagas e para aparecer em quase todos os programas matutinos americanos", afirma.

"Nós temos aprendizados a receber, parques para visitar e borboletas para tomar conta".

Sobre o interesse e a curiosidade das pessoas, ela diz: "A ideia de que o mundo inteiro precisa conhecer o sexo do nosso bebê me atinge como algo doentio, inseguro e voyeurístico."

"Um dia, Storm vai ter algo a dizer sobre isto, então, enquanto isso, eu estou somente ouvindo atentamente", conclui.


BBC Brasil

Ataque à mata amazônica aumentou no rastro das mudanças no Código Florestal


RIO - A discussão do Código Florestal escancarou as portas da Floresta Amazônica para a devastação. Desde janeiro passado, grandes fazendeiros ou especuladores de terras passaram a derrubar florestas na expectativa de criar um fato consumado para se beneficiar de anistia a devastadores na Amazônia Legal ou, simplesmente, pelo medo de que as restrições pudessem ser aumentadas após a aprovação da nova legislação ambiental. Em Mato Grosso, estado que concentra a segunda maior produção de grãos do país, o efeito foi devastador, principalmente depois que o governador Silval Barbosa (PMDB), aliado da presidente Dilma Rousseff, sancionou lei concedendo anistia aos produtores até abril, véspera da aprovação do novo Código, que, pela proposta da Câmara, prevê anistia a quem desmatou até 2008.

Os satélites do Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter) registraram a derrubada de 480 quilômetros quadrados de florestas no estado, boa parte com o uso do impiedoso correntão. Esticada entre dois tratores, uma enorme corrente derruba as árvores pela raiz, ceifando todo tipo de vida pelo caminho. Ao final, as árvores são amontoadas. As toras são vendidas, e o resto é queimado.

Mas o desmatamento não é só com o correntão. Antes dele, passam os mateiros. Às 13h da última quinta-feira, O GLOBO estava diante deles. Seis homens, uns mais velhos e outros quase meninos, preparavam o trator para içar toras e encher um caminhão. Nem de longe pensavam que estavam fazendo algum mal. Cortar a árvore é um trabalho, e cortar a floresta por baixo é o que mais ocorre em Mato Grosso.

Eles trabalham para os madeireiros e odeiam correntões, como os usados na fazenda Santa Catarina, do paranaense Valdemiso Badalotti, e outras cinco. O motivo é simples: chamam a atenção dos fiscais do Ibama. Os mateiros trabalham discretamente, por baixo das copas das árvores, e só são localizados se a equipe de fiscalização voar baixo de helicóptero ou se for feita denúncia, o que é raro. Se por acaso forem flagrados, são presos e soltos.

Para derrubar, não há muito preparativo. O mateiro sabe para que lado o tronco vai cair e manda: "Fica do lado de lá". O barulho da motosserra não é nada. Dura uns dois, três minutos. Duro mesmo é ouvir o baque da árvore que cai sobre os galhos de outras.

Na venda, uma árvore como a iotaúba, escassa em algumas áreas, mas ainda presente nas mais afastadas das cidades, chega a R$ 250. Um madeireiro ouvido pelo GLOBO afirma:

- A árvore vai crescer de novo. Em cinco anos tem outra aí


O Globo

Joumana Haddad: "Há outra mulher árabe, que luta por liberdade"

Joumana Haddad escreve poemas eróticos e edita uma revista censurada em diversos países árabes. Poeta, tradutora e jornalista, ela diz que não deixa o Líbano porque deseja continuar lutando para mudar as condições de vida da mulher árabe

Joumana Haddad não é uma mulher comum. Libanesa, ela luta contra os clichês e estereótipos negativos que o Ocidente criou acerca da mulher árabe, mas jamais aceitou a opressão da cultura muçulmana. Para ela, que teve acesso aos autores mais proibidos do Islã desde criança – como Marquês de Sade, Balzac e Victor Hugo –, patriotismo é absurdo e ingênuo porque as pessoas nascem em um mesmo país por pura coincidência. Ela odeia a unanimidade, a "mentalidade de rebalho", mas acredita que ser diferente só por ser diferente é um folclore bobo. "Não preciso parecer um homem para ser uma mulher. E não preciso estar contra os homens para ser a favor das mulheres", escreve.

Poeta, tradutora e jornalista (é editora do jornal An-Nahar), Joumana criou a revista Jasad (que significa "corpo", em árabe), proibida em quase todos os países árabes. A publicação fala sobre os tabus relacionados ao corpo e à sexualidade, além de cultura, literatura erótica e ensaios fotográficos. Há cerca de dois meses, ela lançou no Brasil o livro Eu matei Sherazade (editora Record, R$ 29,90), no qual conta como se impôs e venceu num mundo opressivo e majoritariamente masculino, da cultura muçulmana. Para ela, "ser árabe é como dar murro em ponta de faca. E não é possível destruir essa faca com o que é de fora. A mudança não é um produto 'importável'", escreve. É por isso, então, que continua a morar no Líbano. Com uma linguagem engraçada e despretenciosa, ela fala sobre o impacto libertador da literatura em sua vida pessoal e intelectual. Joumana lê desde pequena, e também escreve desde pequena. O primeiro poema foi aos 12 anos. Aos 40 anos, publicou vários livros, inclusive de poesia erótica, quatro deles já traduzidos para o francês, italiano e espanhol. Confira a entrevista que esta árabe atrevida, que virá ao Brasil em novembro, para a Fliporto (Festa Literária Internacional de Pernambuco), concedeu a ÉPOCA.

ÉPOCA – Como é a vida da mulher árabe média, a mãe de família que não é subjugada pelo marido nem pela religião, e também a vida de quem luta, critica e tenta se libertar do Islamismo radical?
Joumana Haddad – Há muitos tipos de mulheres árabes que vivem diferentes vidas. Algumas são realmente oprimidas, enquanto outras se esforçam pela emancipação e lutam por uma vida melhor, para elas e outras mulheres. Obviamente, a primeira categoria representa a maioria, infelizmente. Mas isso não anula o fato de que há outra mulher árabe, e que ela está participando de uma luta magnífica. Ela merece a atenção do Ocidente, a fim de equilibrar todos os clichês e estereótipos negativos que existem no mundo sobre a mulher árabe.

ÉPOCA – Você diz que o patriotismo cega, que ele é a expressão de um romantismo ingênuo. Aqui no Brasil, muitas vezes somos acusados – pelo próprios brasileiros – de não sermos patrióticos, de valorizar demais o que é estrangeiro. Qual seria um meio termo positivo no meio desses dois extremos?
Joumana – Eu penso que nós nascemos em um mesmo país por pura coincidência. Nós nascemos sob uma religião em particular também por coincidência. Estas são identidades herdadas, nós não as escolhemos. Então é muito importante que nós as questionemos em um certo ponto de nossas vidas e decidamos por nós mesmos quem e o que queremos ser. Nesse sentido, eu acho que o patriotismo é ingênuo e absurdo. Eu prefiro amar, adotar e pertencer a todo o universo em vez de pertencer apenas a um lugar.

ÉPOCA – O que exatamente é publicado na Jasad? Textos e artigos culturais sobre o corpo em geral? Literatura erótica? Ensaios de foto?
Joumana – Tudo isso que você mencionou é publicado na Jasad, assim como reportagens sobre tabus relacionados ao corpo e à sexualidade nas sociedades e culturas árabes atuais, temas como virgindade, homossexualismo, poligamia etc.

ÉPOCA – Ao lançar a Jasad, em 2008, você disse que recebeu inúmeros emails e cartas com críticas pesadas (dizendo que você era imoral, pecadora, corrupta e corruptora, depravada, decadente, criminosa etc, e até que você deveria ser queimada com ácido...). Mas que essas críticas só serviram para te deixar invulnerável a elas. Que tipo de represália você sofre ou sofreu no meio intelectual e pelo poder político e religioso do Líbano?
Joumana – A resistência à Jasad é muito menor agora, porque ela se provou ser um fato, uma realidade que não por ser cancelada. Obviamente ainda há muitas pessoas que a consideram pecaminosa e imoral, e eu ainda recebo minha dose diária de insultos. Mas desde o começo eu decidi não ser intimidada por esses ataques, porque eu estava apaixonada pelo projeto, e convencida de que ele era necessário. Por outro lado, a revista tem um bom número de apoiadores, talvez não publicamente, porque as pessoas ainda têm medo das condenações sociais e religiosas. Mas muitas mulheres e homens me mandam emails de suporte todos os dias, me agradecendo por ter criado a revista. É daí que vem parte da minha força e perseverança.

ÉPOCA – Por que você acha que a Jasad não foi censurada no Líbano?
Joumana – A Jasad foi censurada em quase todos os países árabes que você possa imaginar, até o site da revista foi bloqueado em alguns países. Mas ela não foi censurada no Líbano por duas razões principais: primeiramente, o Líbano goza uma maior liberdade de expressão do que a maioria dos outros Estados árabes. E, segundo, eu tive a sorte de ter sido protegida pelos ministros da Informação e do Interior, intelectuais iluminados que acreditam nos direitos humanos e os defendem.

ÉPOCA – Você não quer deixar o Líbano, mas vive viajando. Qual é a sua relação com as culturas ocidentais e orientais e como usa isso em sua luta diária contra a condição da mulher árabe em seu país?
Joumana – Eu me considero uma cidadã do mundo no sentido literal da expressão. Eu pertenço a muitos lugares ao mesmo tempo, mas eu pertenço a mim mesma em primeiro lugar. Eu sou meu país e minhas raízes, então eu carrego o mundo comigo e dentro de mim onde quer que eu vá. Eu viajo porque eu estou sempre com sede de descobrir novas pessoas e culturas, e porque eu acredito que essa interação é o que dá verdadeiro sentido à vida. Eu não suporto pessoas que têm a cabeça fechada. Para mim, vida é uma série infinita de janelas abertas e horizontes sem fim. E, se eu estou no Líbano, não é por causa das coisas de que eu gosto, mas por causa das coisas de que eu não gosto e gostaria de contribuir para mudá-las.

ÉPOCA – A sua posição não é contra uma religião, mas contra o radicalismo criado por ela, que castra as liberdades e impõe comportamentos destrutivos...
Joumana – Sou realmente contra religião, e contra a doutrinação, a ideologia e o inevitável integralismo que ela carrega. Meu Deus é minha liberdade. Meu Deus sou eu mesma e as pessoas que amo. Eu sou muito espiritual, mas muito anti-religiosa, especialmente desde que eu me convenci que as três grandes religiões monoteístas não têm feito nada além de dividir as pessoas, e também são muito patriarcais e condescendentes com as mulheres.

ÉPOCA – Para terminar, deixe um recado para as mulheres brasileiras.
Joumana – Eu acredito que seria a mesma mensagem que eu sempre envio a mim mesma e às mulheres em todo o mundo: acredite em você, celebre sua força como mulher. Nunca diga: "Esse mundo é meu também, entregue-me". Em vez disso, "Esse mundo é meu, eu vou tomá-lo".

Época
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