sábado, 2 de outubro de 2010

Brasileira passa cinco horas algemada em voo da Continental Airlines


RIO - Uma confusão envolvendo uma brasileira e quatro policiais federais americanos que faziam a segurança de um voo da Continental Airlines, terminou, nesta sexta-feira, na Delegacia Especial da Polícia Federal no Aeroporto Internacional Tom Jobim do Rio. A brasileira, casada com um juiz federal do Rio, acusou os policiais de agressão, registrou queixa e foi encaminhada ao Instituto Médico Legal (IML) para exame de corpo delito. Os policiais foram apresentados à Justiça Federal.
Testemunhas contaram que a mulher, bastante irritada, discutiu com um tripulante e acabou dominada com violência pelos policiais americanos, passando cerca de cinco horas algemada. Só foi libertada quando chegou ao Rio, ao ser apresentada aos federais do Rio.
O avião decolou de Houston, no estado do Texas (Estados Unidos) às 21h15 de quinta-feira e pousou nesta sexta-feira no Rio por volta das 9h30m.

Antônio Werneck


Contra preconceito, famílias afegãs criam meninas como meninos


Crianças são chamadas de “bacha posh”: ‘vestida como um menino’.
Prática permaneceu basicamente oculta a forasteiros.


Aos seis anos, Mehran Rafaat é como muitas meninas de sua idade. Ela gosta de ser o centro das atenções. Assim como suas três irmãs mais velhas, ela está ávida por conhecer o mundo fora do apartamento de sua família, em seu bairro de classe-média em Cabul. Mas quando sua mãe, Azita Rafaat, membro do parlamento, veste as crianças para a escola pela manhã, há uma importante diferença. As irmãs de Mehran colocam vestidos pretos e véus na cabeça, amarrados firmemente sobre seus rabos-de-cavalo. Para Mehran, são calças verdes, uma camisa branca e uma gravata, seguidos de uma ajeitada de sua mãe em seus curtos cabelos negros. Depois disso, sua filha sai de casa – como um garoto afegão.
Não existem estatísticas sobre quantas meninas afegãs se disfarçam de meninos. Mas quando questionados, afegãos de diversas gerações sempre têm uma história sobre uma amiga, parente, vizinha ou colega de trabalho que cresceu vestida como menino. Para os que sabem, essas crianças não são chamadas nem de “filha” e nem de “filho”, mas de “bacha posh”, que significa literalmente “vestida como um menino” na língua dari.
Com dúzias de entrevistas conduzidas ao longo de diversos meses, onde muitas pessoas preferiram permanecer anônimas ou usar somente seus primeiros nomes – por medo de expor suas famílias –, foi possível investigar uma prática que permaneceu basicamente oculta a forasteiros. Ainda assim, ela atravessa classe social, nível de educação, etnia e geografia, e perdurou até mesmo durante as muitas guerras e governos do Afeganistão.

Razões econômicas
As famílias afegãs possuem muitas razões para disfarçar suas filhas de meninos, incluindo necessidade econômica, pressão social para ter filhos e, em alguns casos, uma superstição de que fazer isso poderia levar ao nascimento de um menino real. Sem um filho homem, os pais decidem criar um, geralmente cortando os cabelos de uma filha e vestindo-a em roupas afegãs tipicamente masculinas. Não existe uma proibição legal ou religiosa específica contra a prática. Na maioria dos casos, o retorno à feminilidade ocorre quando a criança entra na puberdade. Quase sempre são os pais que tomam essa decisão.
Numa terra onde os filhos são mais valorizados, já que na cultura tribal apenas eles podem herdar a riqueza do pai e dar continuidade ao nome, famílias sem garotos são objeto de pena e desdém. Mesmo um filho inventado eleva a posição da família, ao menos por alguns anos. Uma bacha posh também pode mais facilmente obter educação, trabalhar fora de casa e até mesmo acompanhar suas irmãs em público, permitindo liberdades inexistentes para meninas numa sociedade que segrega rigidamente homens e mulheres.
Mas para algumas delas, a mudança pode ser tão desnorteante quanto libertadora, lançando a mulher num limbo entre os sexos.
“Sei que é muito difícil para você acreditar que uma mãe faça isso à sua filha mais nova”, disse Rafaat num inglês por vezes imperfeito, durante uma das muitas entrevistas ao longo de várias semanas. “Mas quero lhe dizer, algumas coisas que acontecem no Afeganistão são realmente inimagináveis para vocês do ocidente”.

Frustração e decepção
A partir daquele fatídico dia em que ela se tornou mãe pela primeira vez – 7 de fevereiro de 1999 –, Rafaat sabia que havia fracassado, segundo ela, mas estava exausta demais para falar, tremendo sobre o chão frio da pequena casa de sua família, na província de Badghis.
Ela havia acabado de parir – ao mesmo tempo – as irmãs mais velhas de Mehran, Benafsha e Beheshta. A primeira gêmea nasceu após quase 72 horas de trabalho de parto, prematura em um mês. A menina pesava apenas 1,2 quilos e inicialmente não respirava. Sua irmã veio 10 minutos depois. Ela também estaca inconsciente.
Quando sua sogra começou a chorar, Rafaat sabia que não era por medo de que suas netas não sobrevivessem. A velha mulher estava decepcionada.
“Por que”, chorava ela, segundo Rafaat, “estamos recebendo mais mulheres na família?”

Submissão
Rafaat havia crescido em Cabul, onde era uma brilhante aluna, falando seis idiomas e nutrindo altos sonhos de se tornar uma médica. Porém, quando seu pai a obrigou a ser a segunda esposa de seu primo em primeiro grau, ela teve de se contentar em ser a esposa de um agricultor analfabeto, numa casa rural sem água corrente ou eletricidade, onde quem mandava era a sogra enviuvada – e onde ela deveria ajudar a cuidar de vacas, ovelhas e galinhas. Ela não se saiu muito bem.
Os conflitos com sua sogra se iniciaram imediatamente, à medida que a jovem Rafaat insistia numa higiene melhor e em ter mais contato com os homens da casa. Ela também pediu que sua sogra parasse de bater na primeira esposa de seu marido com a bengala. Quando Rafaat finalmente quebrou a bengala em protesto, a mulher mais velha exigiu que seu filho, Ezatullah, controlasse sua nova esposa.
E ele começou a fazer isso, com uma vara de madeira ou um fio de metal. “No corpo, no rosto”, lembrou. “Eu tentei fazer com ele parasse. Eu pedia que ele parasse. Algumas vezes não conseguia pedir”.

Família
Logo, ela ficou grávida. A família a tratou um pouco melhor conforme ela crescia.
“Desta vez eles estavam esperando por um filho homem”, explicou ela.
A primeira esposa de Ezatullah Rafaat havia tido duas filhas, uma das quais morrera ainda bebê, e não podia mais engravidar. Azita Rafaat pariu duas meninas, uma decepção em dobro.
Ela enfrentou constantes pressões para tentar novamente, e assim o fez, com mais duas gravidezes, e quando teve mais duas meninas – Mehrangis, hoje com 9 anos, e finalmente Mehran, a menina de seis anos.
Questionada se ela alguma vez havia pensado em deixar seu marido, ela reagiu com completa surpresa.
“Eu pensava em morrer”, disse ela. “Mas nunca pensei no divórcio. Se eu tivesse me separado, teria perdido minhas filhas, e elas não teriam nenhum direito. Eu não sou das que desistem”.

Direitos das mulheres
Hoje, ela está num cargo de poder, pelo menos no papel. Ela é uma das 68 mulheres no parlamento de 249 membros do Afeganistão, representando a província de Badghis. Seu marido está desempregado e passa a maior parte de seu tempo em casa.
Persuadindo-o a se afastar de sua sogra e se oferecendo para contribuir nos rendimentos da família, ela estabeleceu a base para sua vida política. Três anos depois de casada, depois da queda do regime talibã em 2002, ela começou a trabalhar como voluntária de saúde para diversas organizações não-governamentais. Hoje ela ganha US$2 mil por mês como membro do parlamento.
Como política, ela trabalha para aprimorar os direitos das mulheres e o estado de direito. Ela concorreu recentemente à reeleição. Mas ela só podia concorrer com a permissão explícita de seu marido, e pela segunda vez consecutiva, ele não foi persuadido facilmente.
Ele queria tentar novamente ter um filho homem. Seria difícil conciliar a gravidez e um novo bebê com seu trabalho, disse ela – e ela sabia que poderia simplesmente ter outra filha.
Mas a pressão para ter um menino se estendeu além de seu marido. Esse era o único assunto que seus eleitores conseguiam abordar quando vinham a sua casa, disse ela.
“Quando você não tem um filho homem no Afeganistão”, explicou ela, “é como algo faltando em sua vida. Como se você perdesse o motivo mais importante de sua vida. Todos se sentem tristes por você”.

Disfarce
Numa tentativa de preservar seu emprego e acalmar seu marido, além de evitar a ameaça de ele conseguir uma terceira esposa, ela propôs a ele que eles fizessem sua filha mais nova se parecer com um menino.
Eles conversaram com a filha juntos, disse ela, e lhe fizeram uma atraente proposta: “Você quer se parecer com um menino e se vestir como menino, e fazer as coisas mais divertidas como os meninos fazem, como andar de bicicleta, jogar futebol e críquete? E você gostaria de ser como seu pai?”
Mehran não hesitou em responder que sim.
Naquela tarde, seu pai a levou ao barbeiro, onde seu cabelo foi aparado bem curto. Eles seguiram até o mercado, onde ela ganhou roupas novas. Sua primeira vestimenta era “algo como uma roupa de caubói”, disse Rafaat, querendo dizer um par de calças jeans e uma camisa vermelha de algodão com uma estampa nas costas dizendo “superstar”.
Ela ganhou até mesmo um novo nome – originalmente chamada Manoush, seu nome foi ajustado para um que soasse mais masculino: Mehran.
A volta às aulas de Mehran – usando calças e sem o rabo-de-cavalo – transcorreu sem grandes reações de seus colegas de escola. Ela ainda cochila durante as tardes com as meninas, e troca de roupa numa sala diferente da dos meninos. Alguns de seus colegas de sala a chamam de Manoush, enquanto outros usam Mehran. Mas ela sempre se apresenta aos recém-chegados como menino.


G1

Brasil prepara planos contra o turismo sexual durante a Copa de 2014


O governo brasileiro promoverá a partir deste mês uma campanha para combater a exploração sexual de menores e adolescentes durante a Copa do Mundo de 2014. A previsão do ministério do Turismo é que o Brasil receba cerca de 600 mil estrangeiros durante o torneio, cerca de 10% do número anual do país.
Segundo o secretário-executivo do ministério, Mário Moysés, além de melhorar a estrutura para os turistas, é necessário “se preocupar com o fator social” e sensibilizar a sociedade para que combata e condene os abusos sexuais.
Moysés afirmou que o ministério do Turismo já assinou um acordo de colaboração com Itália e Alemanha sobre o tema. O nome do programa é “Um gol para os direitos das crianças”.
O objetivo do projeto é desenvolver planos de ações regionais e formar 390 agentes sociais capacitados para denunciar os casos de abuso, além de orientar os profissionais de saúde, hotelaria e polícia a atuarem contra a exploração sexual.
O secretário comentou ainda que outra parte da campanha estará focada nos adolescentes que vivem em áreas mais pobres e próximas às sedes da Copa do Mundo. Assim, segundo ele, a prostituição não crescerá.
O governo manterá como principal mecanismo de denúncia um número telefônico (Disque 100) que recebe, em média, 418 chamadas por dia, das quais 80% correspondem a vítimas do sexo feminino.


Polícia investiga roubo de 60 cães de raça de canil na zona sul de SP



Ladrões disseram ao criador dos animais que estavam interessados em comprá-los

A polícia investiga o roubo de 60 cachorros das raças yorkshire e maltês ocorrido em um canil em Americanópolis, na zona sul de São Paulo. O crime aconteceu na última terça-feira (28), mas só foi divulgado nesta sexta-feira (1º).
Segundo a polícia, o comerciante que criava os animais foi procurado por um homem que disse estar interessado em comprar um cachorro. Eles combinaram de se encontrar no dia 28. Enquanto o dono mostrava o animal, o suposto comprador, junto com um comparsa, anunciou o roubo.
Os dois homens levaram 60 cachorros, filhotes e adultos. O comerciante e um adolescente de 16 anos foram ameaçados com uma arma. Os assaltantes amordaçaram, vendaram e amarraram os dois. Um deles foi deixado no banheiro e o outro na cozinha da casa.
O caso foi registrado no 43º Distrito Policial da Cidade Ademar. O comerciante disse que alguns dos cachorros pertenciam a clientes seus. A polícia procura os ladrões.


R7

Por que os jovens estão tão violentos?

CECÍLIA* Lutinha dos meninos
Os meninos da escola começam com umas brincadeiras de lutinha... Dão tapa e soco... Ficam passando rasteira uns nos outros. A maioria das meninas acha idiotice, mas eles gostam pq querem mostrar q são homens e aguentam a brincadeira... O vencedor fika se achando o fortão.
BRIGA DE MENTIRA Na adolescência, brincadeiras físicas são um momento exploração do corpo do outro


A agressividade faz parte da adolescência, mas os casos de violência entre os jovens aumentaram e tornaram-se mais graves nos últimos dez anos. Entender o fenômeno é o primeiro passo para preveni-lo
No Rio de Janeiro, um estudante de 12 anos foi espancado por outro de 16 com golpes de porrete. Em Brasília, um aluno de 15 foi internado em estado grave após ser agredido por oito adolescentes na saída da escola. Em Natal, a polícia teve de conter um tumulto entre 60 jovens de gangues de colégios rivais. Em Matinha, a 245 quilômetros de São Luís, um menino de 11 anos matou um colega de 15 com um canivete. A impressão de que casos assustadores como esses (todos retratados pelo noticiário policial do mês de julho deste ano) têm se tornado cada vez mais comuns é confirmada pelas últimas estatísticas. De acordo com o estudo Mapa da Violência 2010, um levantamento do Instituto Sangari, em São Paulo, que toma como base a taxa de homicídios dos 5.564 municípios brasileiros, entre 1997 e 2007 o total de assassinatos entre jovens de 14 e 16 anos aumentou 30% - o maior crescimento entre todas as faixas etárias. Atônitos, pais e professores se perguntam: o que fazer para reduzir
essa escalada?
Mergulhar nas causas do fenômeno é um bom começo para ir além do choque. De início, é preciso lembrar que a agressividade tende a andar com a juventude, uma fase de descoberta também dos impulsos violentos. Na puberdade, o contato físico é uma maneira inconsciente de explorar a pele do outro. Essa atividade envolve uma experimentação que pode ganhar formas mais ríspidas, sem necessariamente indicar descontrole ou intenção de humilhar. Exemplos disso são as lutas simuladas e outras "brincadeiras de mão" típicas da fase, como ilustra o depoimento de Cecília*, 15 anos (leia o destaque acima).
Mudanças fisiológicas também explicam parte da agressividade. Na passagem para a adolescência, o centro de recompensa, área cerebral relacionada à produção de serotonina (neurotransmissor responsável pela sensação de bem-estar), é reduzido à metade. Como os níveis da substância caem, o adolescente tem mais dificuldade em ficar satisfeito - daí vem a irritabilidade que marca o período. Inclinado à impaciência, ele pode se alterar com qualquer contrariedade.
O ambiente social também influi. A começar pelas características de gênero (que se referem aos papéis culturais que a sociedade atribui a homens e mulheres). Um exemplo: a partir do momento em que um garoto desafia o outro numa briga, a recusa é vista como uma falta de virilidade, já que a dominação e o perigo são tidos como características masculinas. Isso ajuda a entender porque 90% das agressões em ambiente escolar são cometidas por meninos.

Continue lendo:
. As meninas também estão mais agressivas na escola e na vida
. A escola deve indicar, com clareza, a necessidade de respeitar o outro


Nova Escola

Polícia diz ter suspeito de atirar contra menino em sala de aula na Grande SP


A Polícia Civil informou nesta sexta-feira que identificou um menino suspeito de ter atirado contra Miguel Cestari Ricci dos Santos, 9, na última quarta (29), em uma sala de aula da Escola Adventista de Embu (região metropolitana de São Paulo). Miguel não resistiu aos ferimentos e morreu no mesmo dia.
"Temos um suspeito muito forte. Se ele fosse maior de idade já teria sido indiciado. Mas, como é criança, não podemos fazer nada", disse o delegado Carlos Cerone, responsável pelas investigações.
Mais cedo, a polícia afirmou que o tiro teria sido disparado acidentalmente. A arma ainda não foi encontrada.
De acordo com o delegado, os pais do garoto suspeito --que também tem 9 anos-- negaram ter arma em casa e afirmaram que o filho não contou nada sobre o caso. Após depor, os pais deixaram a delegacia sem dar entrevistas.
No entanto, segundo policiais, as suspeitas recaem sobre o garoto porque, conforme relatos, apenas ele e Miguel estavam na sala de aula na ocasião. Mais de 40 pessoas --entre crianças, familiares e funcionários da escola-- já foram ouvidas.

TIRO
A polícia já sabe que a bala que atingiu Miguel partiu de um revólver calibre 38 e foi disparada à queima roupa.
As primeiras perícias da Polícia Civil na sala de aula apontam que o local foi lavado antes mesmo da chegada das autoridades. Os testes realizados pelos peritos com o reagente químico luminol confirmam que a sala de aula foi limpa antes da perícia ter sido feita. O luminol revelou o local das manchas, já limpas.
Ainda pela análise dos investigadores da Polícia Civil, peritos e médicos-legistas, é possível afirmar que o projétil que atingiu Miguel era velho, sem a potência de uma munição em estado de conservação normal.
O projétil disparado contra Miguel o atingiu no lado esquerdo do abdômen e ficou alojado perto de seus rins. Para a polícia, um outro aluno da turma de Miguel, que cursava a quarta série, pode ter atirado.
Quem levou Miguel para o hospital foi o diretor da escola, Alan Fernandes de Oliveira. Em depoimento informal, Oliveira afirmou que o garoto não contou o que aconteceu.
No enterro, quinta-feira, familiares questionaram o fato de o colégio não ter acionado o resgate e ter levado o menino em carro particular para hospital a 25 km da escola.
Caso seja comprovado que a arma que matou Miguel pertencia ao pai de algum aluno, ele será responsabilizado por negligência na guarda de armamento e, se condenado, poderá pegar de um a dois anos de prisão.

ESCOLA
O reinício das aulas na Escola Adventista de Embu foi adiado para a próxima terça --a previsão é que as aulas fossem retomadas na segunda.
Em nota divulgada nesta sexta, a escola, por meio de sua assessoria, afirma que aguarda o resultado dos trabalhos da polícia para se pronunciar, "porque informações prematuras podem transformar vítimas da violência urbana em agentes da própria violência".
"Também reiteramos que estamos facilitando ao máximo a elucidação dos fatos. Todos os professores e demais funcionários que têm sido solicitados a prestar depoimento têm contribuído de modo voluntário para o sucesso das investigações. Além disso, todas as informações recebidas são imediatamente repassadas à polícia. Não é só. O prédio escolar tem sido deixado à disposição da perícia para as análises necessárias", diz a nota.
A escola informou ainda que disponibilizou assistência psicológica e socioeconômica para os pais de Miguel e que oferecerá acompanhamento psicológico aos alunos.


MP vai investigar a promotora do caso Joanna


RIO - A Corregedoria-Geral do Ministério Público estadual vai apurar se a promotora Elisa Pittaro cometeu falta disciplinar no caso de Joanna Marcenal Marins, de 5 anos, que morreu em agosto . No mesmo mês, após três anos de investigação, Pittaro pediu o arquivamento do inquérito que apurava se o pai da criança, André Rodrigues Marins, agrediu a filha, conforme denúncia da mãe da menina, Cristiane Marcenal.
O defensor público Antônio Carlos de Oliveira, que representa Cristiane, disse que a promotora deu conselhos a André, durante aulas da Escola de Magistratura do Estado (Emerj), onde é professora do pai da criança. Segundo ele, em uma das aulas, a promotora disse: "essa mulher (Cristiane) está lascada. Comigo, ela vai tomar duas denúncias bonitas".
Em agosto deste ano, a promotora pediu o arquivamento do inquérito, aberto em 2007, que investigava maus-tratos, por considerar que não havia indícios de que o pai seria o autor das lesões. No entanto, o titular do Juizado da Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher em Nova Iguaçu, Otávio Chagas de Araújo Teixeira, negou o pedido e encaminhou o caso ao procurador-geral de Justiça, Cláudio Soares Lopes.
A corregedora-geral do MP, Maria Cristina Menezes de Azevedo, confirmou, por meio da assessoria de comunicação do órgão, que o caso será apurado com rigor, mas não deu informações sobre a investigação. Também por meio da assessoria do MP, Elisa Pittaro disse estranhar o fato de o defensor público pedir seu afastamento, pois já estava afastada.
Em nota, ela explicou que "após a manifestação final (o pedido de arquivamento), o inquérito não retorna mais para o promotor que fez a promoção. Além disso, (...) o juiz que atuou neste inquérito também leciona na Emerj na turma do investigado, mas nem por isso ele tem sua atuação questionada".


O Globo

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Padre condenado por pedofilia é preso no RS


Um padre aposentado foi preso na noite desta segunda-feira por atentado violento ao pudor contra menores na década de 1990, em cidades do oeste do Rio Grande do Sul. Ele havia sido condenado em 2008 pelo TJ-SC (Tribunal de Justiça de Santa Catarina) a sete anos de prisão.
Inicialmente, o réu foi sentenciado ao pagamento de multa por insubordinação ofensiva, mas recorreu à promotora da Comarca de Capinzal.
A denúncia ocorreu depois que alunas, de nove e dez anos, da paróquia onde o religioso atuava no interior do Estado, relataram para os pais que o acusado as chamava para ajeitar as roupas e acariciava seus corpos.
O suspeito está internado no hospital Vida e Saúde de Santa Rosa, no interior gaúcho. Assim que receber alta médica, será encaminhado ao presídio do município, onde ficará sob custódia da Justiça.

Eduardo Djun


Colega ofereceu munição e arma a menino baleado em SP; polícia investiga


Um colega de turma de Miguel Cestari Ricci dos Santos, 9, havia oferecido munição e até uma arma ele, segundo a polícia. Miguel morreu baleado na última quarta-feira (29), em uma sala de aula da Escola Adventista de Embu (região metropolitana de São Paulo). A polícia investiga as circunstâncias do tiro.
De acordo com relato da mãe do garoto à Polícia Civil, o coleguinha ofereceu a munição dias antes da morte do menino. Quando soube, a mãe disse a Miguel para não se envolver, porque ele não precisaria de arma.
O autor do tiro e a arma utilizada contra o menino ainda não foram localizados, mas a polícia já sabe que a bala partiu de um revólver calibre 38 e foi disparada à queima roupa.
As primeiras perícias da Polícia Civil na sala de aula apontam que o local foi lavado antes mesmo da chegada das autoridades. Os testes realizados pelos peritos com o reagente químico luminol confirmam que a sala de aula foi limpa antes da perícia ter sido feita. O luminol revelou o local das manchas, já limpas.

TIRO
Ainda pela análise dos investigadores da Polícia Civil, peritos e médicos-legistas, é possível afirmar que o projétil que atingiu Miguel era velho, sem a potência de uma munição em estado de conservação normal.
O projétil disparado contra Miguel o atingiu no lado esquerdo do abdômen e ficou alojado perto de seus rins. Para a polícia, um outro aluno da turma de Miguel, que cursava a quarta série, pode ter atirado.
Ao todo, a turma de Miguel tinha 37 crianças --20 já foram ouvidas. Nos depoimentos dos alunos, segundo o delegado Carlos Cerone, existem contradições.
Para o delegado Marcos Carneiro Lima, chefe do Demacro (Departamento de Polícia Judiciária da Macro SP), a escola precisa colaborar mais com as investigações.
"A escola está numa situação delicada, mas ela precisa colaborar. O garoto não morreu na hora que foi baleado. Quando foi para o hospital, ele estava consciente. Quem o socorreu deve ter perguntado o que aconteceu", disse.
Quem levou Miguel para o hospital foi o diretor da escola, Alan Fernandes de Oliveira. Em depoimento informal, Oliveira afirmou que o garoto não contou o que aconteceu.
No enterro, ontem, familiares questionaram o fato de o colégio não ter acionado o resgate e ter levado o menino em carro particular para hospital a 25 km da escola.
Caso seja comprovado que a arma que matou Miguel pertencia ao pai de algum aluno, ele será responsabilizado por negligência na guarda de armamento e, se condenado, poderá pegar de um a dois anos de prisão.


Criança não trabalha


Trabalho Infantil Região Sudeste

Minas Gerais
Meio milhão de crianças trabalham como domésticas no Brasil
O trabalho infantil mais difícil de ser combatido está na casa das famílias de classe média. São as 502 mil crianças e adolescentes que trabalham como empregadas domésticas no País.
Cerca de 43,66% têm entre 12 e 15 anos e quase um terço começou a trabalhar entre 5 e 11 anos. Os números foram revelados pela OIT, Unicef e Secreária de Assistência Social.
Entre as crianças que atuam como domésticas no Brasil, 52,8% trabalham por mais de 40 horas semanais e 55,5% não tiram férias. Entre as 73,5% que ganham recompensa em dinheiro, 64,2% recebem menos de meio salário mínimo.
A OIT durante 1 ano, entrevistou 1029 crianças e adolescentes entre 5 e 17 anos, famílias e empregadores em três capitais brasileiras: Belém, Recife, Belo Horizonte. Nesses lugares, o trabalho doméstico infantil é um hábito.
Segundo Creuza Maria Oliveira, presidente da Federação Nacional das Empregadas Domésticas ,essas crianças e adolescentes estão expostos ao assédio sexual, à agressão física,ao cercamento da liberdade e opressão.
"As pessoas procuram jovens que não estudem e morem no emprego, esse é o perfil do trabalhador que a classe média quer. E acham isso normal," afirma ela.
Minas Gerais é o Estado com o maior número de crianças e adolecentes no trabalho doméstico.

Pesquisa do (PNAD), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística(IBGE), revela que 72.879 crianças e adolecentes de 5 a 17 anos, trabalham mais de 40 horas semanais em casas de família recebendo menos de um salário mínimo.
Além disso estão na ilegalidade, sem carteira assinada.
Meninas pobres de regiões rurais deixam suas famílias para enfrentar o trabalho doméstico nos centros urbanos e, acreditam dessa forma, melhorar a qualidade de vida. Os pais raramente são contra.
O estudo mostra que crianças e adolecentes também trabalham para famílias de classse social próxima a delas . Recebe muitas vezes o que essas famílias chamam de um agrado, uma ajuda.

Espiríto Santo
Mais de 30% da renda familiar fica sob a responsabilidade de 16,2% de jovens, no ES
O trabalho infantil resiste no Espírito Santo, das crianças de 5 a jovens de 17 anos que tem alguma ocupação, 46,4% eram de 5 a 15 anos. Em 2007, a maior parte destas pessoas contribuíam com até 10% do orçamento familiar mensal. Neste quadro, 32,4% ajudavam com mais de 10% e até 30% da renda da família. Já 16,2% eram responsáveis por mais de 30% do rendimento da casa, no mês. É o que registra a Síntese de Indicadores Sociais, que avalia as condições de vida da população brasileira, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Pesquisa (IBGE) e divulgada em 24/09/08.

Rio de Janeiro
As crianças que trabalham para o tráfico de drogas
Estudo do progarama Rotas de Fuga, do observatório de Favelas do Rio de Janeiro/2006, através de entrevistas com 230 crianças e adolecentes de 84 comunidades da cidade do Rio, traçou o perfil sócio-econômico, cultural e educacional dos envolvimentos com o tráfico.
Os entrevistados tinham entre 11 e 24 anos e 57,4% ingressaram na atividade quando tinham entre 13 e 15 anos. Dos 230 crianças e adolecentes ao final do estudo de dois anos, 45 havíam morrido, 30 havíam saído voluntáriamente do tráfico, 46 não foram encontrados e 97 continuavam trabalhando com o tráfico.
O interesse pela mão de obra infanto-juvenil no narco tráfico se da às vantagns do custo reduzido das crianças tanto para o pagamento das finanças como para o pagamento de propinas à polícia, também o tempo disponível para o trabalho, 57 % dos entrevistados disseram não ter nenhum dia de folga, os outros que tem direito ainda que de folga, permanecem disponíveis para o tráfico.
As crianças e adolecentes ingressam como forma de adquirir prestígio, vivenciar fortes emoções, e o lucro fácil que proporciona o consumo de bens que não poderiam comprar.
Os fogueteiros, que soltam fogos de artifício para avisar a chegada da polícia, recebem em torno de R$ 50,00 por semana, os "soldados", que fazem a segurança dos pontos de venda, e os "vapores" ou "aviões"( vendedores de droga nas bocas-de-fumo), afirmaram ganhar entre 1 e 3 salários mínimos.
A atividade de "vapor" ou "avião" corresponde a 33% dos entrevistados.
A pesquisa constatou a precariedade da vida desses jovens, 89,57% se declararam usuários de dropgas e 27% começaram antes de 12 anos.
É altoo índece de evação escolar, apenas 5,2% concluíram o ensino médio. A maioria estudou apenas até a 5ª série e apenas 7% ainda tinham vínculo com a escola.
As jovens disseram ser difícil o acesso a espaços públicos fora da comunidade o que restringe o universo sócio-cultural. Os enfrentamentos com a polícia foram a causa de 60,4% das mortes registradas ao longo do estudo.
O fator importante para permanecer nesta atividade se da a ligação com o grupo, depois de um tempo as crianças e adolecentes se tornam conhecidos dos grupos rivais e da polícia. Momento que não é mais possível deixar a rede social da narco tráfico.
Muitos temem a prisão, a morte e a traição dos amigos.

Crianças trabalhando em lixão
Todas as tardes o ritual de Tatiana, de 7 anos, e de Raquel, de 6 anos, é o mesmo: catar lata e papelão no lixão de Campops, no norte fluminense. As duas acompanham as mães que trabalham como catadoras, onde juntas tiram em média R$ 100 por mês, a renda total para o sustento delas e de mais sete crianças.
"Catar lixo não é bom," diz Tatiana que anda descalça em meio as latas, plásticos e vidros.
Para Raquel é a mesma coisa. Em casa ou na escola é muito melhor.
A catadora Angela, de 25 anos, mãe solteira de Tatiana e mais outros quatro filhos, diz já ter procurado auxílio nos projetos sociais.Ângela recentemente sofreu um corte profundo no braço ao trabalhar à noite no lixão. Mesmo com vários pontos, não deixou de trabalhar. Analfabeta, Ângela diz que gostaria de não ver os filhos no lixão.
Ela começou a trabalhar no lixão aos 14 anos e diz que não consegue arrumar coisa melhor

O conselheiro tutelar Ely Araújo, trabalha em contato com as famílias carentes de Campos e diz que a demanda dos que necessitam estar nos projetos sociais é maior que a oferta. Nós não temos acesso aos critérios de avaliação. Muitas vezes, os que necessitam não tem acesso às vagas.
Ely também disse que está difícil segurar algumas crianças longe do trabalho porque mesmo com as bolsas muitas famílias mandam novamente os filhos para o trabalho.
Entre as várias crianças trabalhando no lixão de Campos, M. de 14 anos, foi um dos casos que mais chamou a atenção do conselheiro tutelar.
Dizendo -se homosexual, M. assumiu que tem relações sexuais com os motoristas dos caminhões que levam lixo ao depósito. O menor disse que é a forma que encontrou para ganhar dinheiro.
Ely diz que envia os pedidos de auxílio e cobra as respostas, o mais rápido possível.
"Mas enquanto isso, as crianças continuam trabalhando em condições sub-humanas como no lixão, no tráfico de drogas, quebrando pedra ou em olarias", disse ele.

Crianças que trabalham em São Paulo





Pesquisa da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas(Fipe), mostra que 2000 crianças e adolecentes trabalham em São Paulo . A pesquisa revela seus hábitos, perfil e localização preferida.
Foram recenseados 1842 crianças e adolecentes em 538 pontos localizados em 27 das 31 subprefeituras da capital.
Entre dados obtidos estão, por exemplo, que 58,4% das crianças e adolecentes encontrados pelos pesquisadores nas ruas trabalham com venda de produtos ou prestação de serviços, 64,9%, atuando no centro expandido(especialmente na região da subprefeitura da Sé) e 35% em áreas mais periféricas.
Das crianças encontradas nas ruas 15,7% tem até seis anos de idade. A maioria 54,7% tem entre 12 e 17 anos e uma parcela significativa, 28,8% entre 7 e 11 anos.
Em média, 82,6% das crianças permanecem nas vias e locais públicos, pelo menos cinco dias da semana, sendo que 66,9% também à noite. Apenas 34,3% disseram que estão na escola.
A situação de exploração de trabalho infantil dentre as crianças com menos de 7 anos, 36,9% vendiam produtos e possivelmente eram usadas para facilitar o comércio para adultos.
As subprefeituras que concentram maior número de crianças e adolecentes nas ruas são: Sé, Santo Amaro,Vila Mariana, Lapa e Móoca, locais escolhidos estratégicamente, pois são locais em situação privilegiada, onde há comércio, bares e boas condições viárias.
Principais ações: 38% vendem produtos, 49,6% pedem esmolas sendo a única ativedade ou não, 76% permanecem nas ruas sem a presença de adultos.

9 ANOS É A IDADE
de uma das garotas prostituídas na Ceagesp, na zona oeste de SP.
Jornal da tarde - 15.9.08
Cerca de 30 é o número de adolecentes, algumas ainda crianças a mais nova com 9 anos, se prostituindo na área da Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp).
Um programa custa, em média, R$ 30.
Essas garotas não se sentem exploradas. Dizem que estão trabalhando para sobreviver e muitas com o aval da família.
"Futuro? Nunca penso nisso, não tenho planos. Quero meu dinheiro hoje para sustentar minha filha e comprar minhas coisas," diz C.,de 16 anos, mãe de uma menina de 2, que parou de estudar na 5ª série.
Algumas meninas contam que se prostituíram em consequencia do trabalho de muambar(catar as sobras), levadas pela mã"A gente vinha com as nossa mãe para pegar comida e aí os caras falavam que davam R$ 30 para fazer sexo. É bem mais fácil assim , né?", diz P,de 14 anos, dois abortos este ano.
Ela se prostitui na Ceagesp com três irmãs, a menor com 9 anos, e tem outros sete irA Prefeitura e a empresa firmarem um convênio para instalar uma base com agentes que combaterão a prática.
O desafio dos agentes de proteção que trabalharão na base no entreposto será estabelecer vínculos com essas meninas para resgatá-las da situação de exploração e violência em que se encontram.

Dulcineia - 8 de novembro de 2008


Advogado de Bruno pede paralisação de processo ao STJ


Rio - O advogado do goleiro Bruno, Ércio Quaresma, entrou na quarta-feira com um pedido de habeas-corpus junto ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) solicitando a paralisação do caso do desaparecimento da ex-amante do goleiro Eliza Samudio. O advogado alegou incompetência da juíza responsável pelo caso, em Minas Gerais, Marixa Fabiane Lopes Rodrigues, do 1º Tribunal do Júri de Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte.
"Eu não sei que tipo de paixão ela criou por esse caso que faz com que ela o julgue de forma tão parcial. Ela praticamente decretou a morte da Eliza quando decretou a prisão preventiva do meu cliente. Ela está tomando as dores das partes. A parcialidade dela acabou faz tempo", afirmou o advogado. Para ele, o caso deveria ser julgado em Vespasiano, onde o crime teria ocorrido, segundo as acusações.
O pedido foi feito junto ao desembargador Celso Limongi, do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), que exerce função de ministro no STJ. O pedido de habeas-corpus impetrado por Quaresma não pede a liberdade do goleiro. "Vamos por partes. Primeiro gostaria que esse caso não ficasse a cargo desta juíza", disse.
Procurado, o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJ-MG) informou que a juíza foi declarada competente para julgar o caso. De acordo com o relator do processo da competência da juíza, ministro Doorgal Andrada, da 4ª Câmara Criminal de Belo Horizonte, "a comarca de Vespasiano seria apenas o local onde o delito teria sido consumado, não tendo sido arrolada nenhuma testemunha que resida naquela localidade, não havendo justificativa para que a competência seja para lá deslocada".


O crack e os seus malefícios para a sociedade


Os fatos criminosos em todas as partes e em todos os lugares do país, as desagradáveis conseqüências na área policial, educacional, saúde, social e familiar e o degredo causado pelo crack, comprovam que essa droga trouxe malefícios sem precedências para a nossa sociedade. O crack mata os sonhos das pessoas, aniquila o futuro de tantas outras e aumenta a criminalidade em todo canto que se instala.
De poder sobrenatural, o crack sempre vicia a pessoa quando do seu primeiro experimento e o que vem depois é a tragédia certa. A partir de então a sua nova vítima está condenada a engrossar as fileiras de um gigantesco e crescente exército de dependentes químicos da droga que, em conseqüência passa também a matar e morrer pelo crack.
O crack além de trazer a morte em vida do seu usuário, arruína a vida dos seus familiares e vai deixando rastros de lágrimas, sangue e crimes de toda espécie na sua trajetória maligna.
Faz parte da fórmula absurda do crack que nasceu da borra da cocaína, a amônia, o ácido sulfúrico, o querosene e a cal virgem, produtos altamente nocivos à saúde humana, que ao serem misturados e manipulados se transformam numa pasta endurecida de cor branca caramelizada, que passou a ser conhecida pelos mais entendidos, com toda razão, como sendo a pedra da morte.
Como os efeitos excitantes do crack têm curta duração, o seu usuário faz dele uso com muita freqüência e a sua vida passa a ser somente em função da droga.
Em virtude do dependente do crack pertencer em grande maioria à classe pobre ou média da nossa sociedade e assim não dispor de dinheiro para manter o seu vício, então passa ele a prostituir-se em troca da pedra ou de qualquer migalha em dinheiro, a se desfazer de todos os seus pertences e a cometer furtos em casa dos seus pais, dos seus parentes, dos seus amigos ou noutros lugares quaisquer, para daí logo passar a praticar assaltos, seqüestros e latrocínios, sem contar que também fica nas mãos dos traficantes para cometer homicídios ou demais crimes que lhes for acertado em troca do crack.
Assim, o usuário do crack vende seu corpo, sua alma, seus sonhos para viver em eterno pesadelo.
Na trajetória inglória e desprezível do crack, o seu usuário encontra o desencanto, a dor, a violência, o crime, a cadeia, a desgraça ou o cemitério. O crack traz o ápice da insanidade humana. Alguns que se recuperaram do poder aniquilador do crack disseram que dele sentiram o gosto do inferno.
Concluímos então que o perfil da sociedade se transformou e os problemas da segurança pública mudaram consideravelmente para pior a partir do advento do crack. Aumentaram-se todos os índices de crimes possíveis por conta do crack. Em decorrência do crack também passou a morrer precocemente uma imensidão incontável de pessoas, destarte para os jovens que mais se lançam neste lamaçal. Os seus usuários em grande maioria se transformam em pessoas violentas e, com armas em mãos são responsáveis por mortandade em suicídios, assassinatos dos seus familiares e amigos, homicídios pelo tráfico, para o tráfico ou ainda mortes relacionadas às pessoas inocentes em roubos, nos chamados crimes de latrocínios.
É preciso que as políticas públicas contra o crack, além de promover bons projetos preventivos, repressivos e curativos, considerem os vários aspectos que envolvem os seus dependentes químicos e suas conseqüências, como a conscientização da população voltada para o drama pessoal vivido pelos mesmos e por aqueles que o cercam, as dificuldades de bem vigiar todas as fronteiras como melhor forma de prevenção de evitar a entrada da sua pasta base, as carências das entidades assistenciais e de saúde, assim como da necessidade de recursos para os aparatos policiais, destarte, para a valoração profissional dos seus membros no sentido de melhor combater o trafico, o traficante e o chamado crime organizado que é a fonte de alimentação da droga.
Evidente é que o crack é caso de Polícia, mas é também problema de todos nós e, na medida em que por sua culpa são gerados tantos crimes e disfunções sociais, cresce ainda mais a responsabilidade da própria sociedade e do poder público, principalmente para ser tratado em larga escala como caso de saúde pública.

(Delegado de Policia. Pós-Graduado em Gestão Estratégica de Segurança Publica pela Universidade Federal de Sergipe)

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Sala onde menino foi baleado passou por limpeza antes de perícia chegar



Crime aconteceu em escola particular de Embu, na Grande São Paulo.
Corpo de Miguel Ricci, de 9 anos, foi enterrado nesta quinta-feira (30).

A polícia já ouviu dez funcionários e duas crianças que estudam na Escola Adventista de Embu, na Grande São Paulo, onde o menino Miguel Cestari Ricci, de 9 anos, foi baleado na quarta-feira (29). Peritos precisaram usar um reagente químico na sala de aula onde aconteceu o crime, pois o local passou por limpeza antes da chegada dos técnicos.
O enterro da criança aconteceu na tarde desta quinta-feira (30) no Cemitério São Paulo, na Zona Oeste da capital paulista. Ainda muito abalados, os pais de Miguel preferiram ficar em silêncio durante o velório. Outros parentes dizem que têm muitas dúvidas. Uma delas: por que os responsáveis pela escola, ao encontrar o garoto baleado, decidiram levá-lo para o hospital da cidade vizinha de Taboão da Serra? “A escola foi muito negligente quanto ao socorro. Se eles tivessem chamado o resgate, meu neto poderia estar vivo”, disse o avô Antônio dos Santos.
Na sala onde Miguel passava pelo menos quatro horas por dia, a garrafinha d'água ficou sobre a carteira que ele usava. A mochila do menino, na carteira da frente. Ele foi encontrado sozinho e ferido por funcionários do colégio, caído diante da mesa da professora. A polícia tem certeza de que Miguel levou um tiro dentro da sala de aula. Depois de socorrido, o local foi limpo antes de a perícia chegar. Peritos confirmaram onde tudo aconteceu usando um reagente químico, que apontou, no chão da sala, uma mancha de sangue.
Na madrugada desta quinta-feira (30), uma nova perícia foi feita na escola e, nesta manhã, a polícia recolheu materiais. Segundo a investigação, o tiro partiu de um revólver calibre 38. O tiro foi disparado de cima para baixo, por alguém que estava muito perto de Miguel, com a arma a cinco centímetros do corpo dele. Na camiseta do menino, ficaram manchas de sangue. E, perto do furo, a marca de pólvora que confirma o disparo a queima-roupa.
A polícia vai ouvir pais, estudantes e funcionários do colégio e espera conseguir, rapidamente, respostas para perguntas que estão sem explicação. A arma do crime ainda não foi encontrada, não se sabe quem atirou nem a causa do assassinato. “As equipes estão na rua, estamos colhendo provas, não dá ainda para entrar em detalhes sobre isso”, disse o delegado Carlos Roberto Ceroni.
A Escola Adventista, que suspendeu as aulas até segunda-feira (4), disse que o atendimento ao garoto foi imediato por causa da gravidade do caso. E que apenas a investigação poderá dizer se houve negligência. O G1 procurou a assessoria de imprensa e o advogado da escola para comentar a questão da limpeza da sala, deixou recado nos celulares e aguarda retorno.



G1

Cafetão que atua na ex-casa do goleiro Bruno é preso


O suposto cafetão Rafael Rodrigo Ferreira Lins, de 27 anos, foi preso, nesta quinta-feira, na casa onde morou o goleiro Bruno Souza, no Recreio dos Bandeirantes. Policiais encontraram três cápsulas calibre 40 na residência. No momento em que a polícia chegou ao local, não haviam clientes, apenas Rafael e quatro garotas de programa. O homem já possui passagens por estelionato, furto, roubo e porte de arma.
As prostitutas prestaram depoimento na 42ª DP (Recreio dos Bandeirantes) e assumiram que participavam de festas na casa, mas segundo a delegada Carolina Salomão, elas negaram que eram exploradas sexualmente por Rafael. Ainda de acordo com Carolina, o contrato de aluguel da casa está em nome de uma mulher.
- Precisamos descobrir se essa pessoa realmente existe ou se o contrato apresentado por Rafael é falso. Após o fim dos depoimentos das testemunhas ele será indiciado por favorecimento à protituição e exploração sexual das meninas - declarou Carolina.
Segundo as meninas, a nova atividade na casa onde morou o goleiro Bruno acontecia desde o final de julho, mas foi negado qualquer tipo de relação do goleiro com o caso. Elas alugavam os quartos por R$ 50 a hora. A polícia apreendeu dois cadernos com valores de programas especificados.
Nesta quarta-feira, repórter do EXTRA teve acesso à casa depois de combinar um programa com uma das prostitutas. Outras mulheres foram vistas na casa e um homem, que andava com muletas, chegou a oferecer o local para que o repórter fizesse "festinhas" com os amigos. Segundo a prostituta, cada garota paga R$ 50 ao cafetão para usar o espaço.

Raphael Lima


Avô acusa escola onde menino de 9 anos morreu baleado em SP de agir com negligência no socorro


SÃO PAULO - O avô do menino Miguel Cestari Ricci dos Santos, Antonio dos Santos, afirmou que houve negligência no socorro ao seu neto, baleado dentro da sala de aula na Escola Adventista de Embu das Artes. Segundo ele, a escola não chamou o Resgate. Colocou a criança no carro e levou cerca de uma hora para chegar até o hospital
- A escola foi negligente quanto ao socorro, deveria ter chamado o resgate, nao ter colocado no carro com um funcionário, andado 35 km no trânsito para socorrer - disse ele.
As aulas estão suspensas e só devem ser retomadas na segunda-feira. A escola afirma que nenhum professor viu o menino ser baleado. Todos chegaram depois. A polícia verifica se a cena do crime foi alterada e ouve funcionários e alunos para descobrir quem foi o autor do disparo.
O advogado da escola, Lélio Lellis, afirmou que se houve negligência só a investigação policial esclarecerá.
Segundo informações da polícia, a roupa do menino tem uma enorme marca de pólvora, o que indica que o tiro foi disparado de perto. Atingiu o lado esquerdo do abdômen. A suspeita é que um outro garoto da escola tenha baleado Miguel, que tinha apenas 9 anos e era aluno do 4º ano. Há rumores de que o menino havia sido ameaçado por um colega um dia antes, mas nada está confirmado.
A família de Miguel mora num condomínio fechado na Granja Viana. O garoto era considerado inteligente e alegre, tocava violino e flauta. Ele teria uma irmã de 4 anos.
- Espero que o pai desta criança pague muito. Acabou com uma família inteira - diz Daniele Cestari, tia e madrinha de Miguel.
O enterro está marcado para 16h30m no Cemitério São Paulo, em Pinheiros.
O caso está sendo investigado pela Seccional de Taboão da Serra.


Cerca de 22% de todas as plantas selvagens estão em risco de extinção

Cicadácea, tipo de planta muito usada em paisagismo, está seriamente ameaçada de extinção // Foto: Shutterstock


Pesquisadores fazem lista dos vegetais mais ameaçados para incluir plantas na agenda da conservação ambiental

Elas não são tão fotogênicas como pandas ou cativantes como tigres. As plantas tendem atrair menos atenção do que os animais entre os conservacionistas. Mas isso pode começar a mudar com a publicação da primeira lista de risco de extinção das plantas do mundo.
A lista de plantas em situação de risco (em inglês, "Sampled Red List Index for Plants") indica que 22% de todas as espécies de plantas selvagens estão em risco de extinção, enquanto 21% dos mamíferos e 12% das aves também estão ameaçadas. Das espécies vegetais ameaçadas, 63% são nativas de florestas tropicais.
A intenção da pesquisa é produzir estimativas futuras e dados para incluir as plantas na agenda da conservação ambiental. "Se todas as plantas desaparecerem, animais e pássaros farão o mesmo", afirma a líder do projeto, Eimear Nic Lughadha, do Jardim Botânico Real, em Londres. O Museu de História Natural da Inglaterra e União Internacional para a Conservação da Natureza também estão envolvidos no trabalho.
O que torna essa lista diferente das que foram feitas anteriormente é que ela foi baseada em informações científicas que podem ser defendidas, diz a líder da pesquisa. A equipe concluiu que era impossível avaliar a situação e determinar o destino das mais de 380 mil espécies de vegetais conhecidos – os pássaros são hoje apenas 10 mil espécies. Os pesquisadores decidiram então simular o processo das estimativas das listas de risco existentes para aves, mamíferos e anfíbios.
Eles pegaram uma amostra de plantas baseados em sua classificação e cobertura por região. "Nós queríamos pegar uma amostra de plantas que representasse a diversidade global de plantas", diz Lughadha. O grupo pretende estudar 7 mil espécies vegetais, mas este resultado preliminar é baseado na análise de apenas 4 mil delas.
As plantas foram divididas em cinco grupos: monocotiledôneas (o grupo das palmeiras, orquídeas e gramíneas), briófitas (hepáticas e musgos), pteridófitas (samambaias), gimnospermas (coníferas e cicadáceas) e dicotiledôneas (plantas com flor). As coníferas, pinheiros e as cicadáceas, planta com aspecto de palmeira pequena usada em paisagismo, são as mais ameaçadas, com 36% dos representantes em perigo de extinção.
O objetivo da pesquisa é mostrar que as plantas correm tanto risco quanto os animais, embora eles dominem a propaganda sobre preservação ambiental. "Não é uma questão de escolher plantas celebridades, mas dizer que elas são parte da saúde humana e animal. Nós não sabemos quais plantas dão suporte a cada ecossistema. Estamos jogando fora espécies que ainda não conhecemos completamente", concluiu a chefe do estudo.


New Scientist



Polícia prende idosa que fazia aborto clandestinos na própria casa em Criciúma (SC)



Uma idosa de 75 anos foi presa acusada de cometer abortos clandestinos dentro da própria casa há mais de 15 anos. A suspeita estava sendo investigada há algum tempo e acabou confessando a prática à uma policial disfarçada, que foi até a casa da idosa procurando pelo aborto.



R7

Bebê é encontrado embaixo de pia de casa vazia no interior de SP



Vizinhos do imóvel escutaram choro da criança em Pindamonhangaba.
Recém-nascida teve hipotermia; mãe não foi localizada.

Uma criança recém-nascida foi encontrada abandonada dentro de uma casa vazia em Pindamonhangaba, a 145 km de São Paulo. O bebê foi localizado escondido embaixo de uma pia por vizinhos do imóvel.
A casa fica o bairro Vale das Acácias. O imóvel já estava alugado, mas ninguém morava no local. “A minha filha ouviu o choro e falou que tinha uma criança chorando. Aí o vizinho pulou o muro, eu pedi para chamar a policia, porque a gente não sabia do que se tratava”, contou a empregada doméstica Andréia Galvão.
A criança estava debaixo da pia, atrás de uma tábua. Dois sacos plásticos foram usados para escondê-la. Vizinhos se uniram para cuidar da menina, que foi chamada de Vitória.
“Eu peguei no colo e saí correndo para dar banho, esquentar. Ela estava com muito frio, tremendo, toda roxinha”, contou a empregada doméstica Marlene Rodrigues.
Os primeiros atendimentos foram feitos no pronto-socorro de Moreira César, onde a criança foi diagnosticada com hipotermia. A mãe da menina não foi encontrada.



G1

Vamos praticar segurança!!!!

Dicas de Segurança
Habitue-se a pensar em Segurança no seu dia a dia.

Dicas de um policial enviadas por e-mail de uma leitora e amiga

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Menina Joanna pode ter sido torturada antes de morrer


A menina Joanna Cardoso Marcenal Marins, de cinco anos, morta em 13 de agosto após ficar 26 dias em coma, pode ter sido vítima de tortura.

Marcas de queimaduras e hematomas no corpo da criança apontavam para a possibilidade de maus-tratos, mas uma ex-babá ouvida pela polícia disse ter encontrado a garota amarrada em fita-crepe e suja de urina e fezes na casa do pai, o técnico Judiciário André Rodrigues, que tinha a guarda da filha.
A testemunha teria se oferecido para limpar Joanna, mas Rodrigues teria dito que a criança sujaria tudo de novo e a madrasta, Vanessa Maia, não iria gostar.
A polícia deve concluir o caso e divulgar o laudo com a causa da morte na próxima semana. Um resultado preliminar apontou que ela teria morrido de meningite causada pelo vírus da herpes.

O caso
A criança foi atendida após supostos maus-tratos do pai no hospital Rio Mar, zona oeste do Rio de Janeiro, por um estudante de medicina que usava documentação falsificada e a liberou mesmo desacordada.
Alex Sandro da Cunha Souza está foragido e a médica Sarita Fernandes Pereira, que o teria contratado, foi presa.

Roberto Saraiva

Julgamento de liminar que libertou Mizael e Evandro é adiado para semana que vem


Acusados do assassinato de Mércia Nakashima acompanham o processo em liberdade

O Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo informou nesta quarta-feira (29) que adiou o julgamento do pedido de anulação da liminar que revogou a prisão de Mizael Bispo e Evandro Bezerra Silva, acusados do assassinato da advogada Mérica Nakashima. Agora, a sessão vai acontecer na próxima quarta (6).
O julgamento foi adiado para que os desembargadores possam ter mais tempo para ler o processo. A sessão vai começar às 9h30 no fórum João Mendes, na região central de São Paulo.
O Ministério Público entrou com o pedido de anulação da liminar no último dia 17. O caso será analisado pela 12ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça.

Entenda o caso
A advogada desapareceu no dia 23 de maio deste ano, depois de almoçar com a família na casa da avó, em Guarulhos, na Grande São Paulo. A polícia começou a investigar o sumiço, e o ex-namorado da advogada, Mizael Bispo, foi apontado como principal suspeito do crime.
No dia 10 junho, bombeiros acharam o carro da advogada dentro da represa de Nazaré Paulista, depois que a família recebeu uma denúncia anônima. O corpo de Mércia foi encontrado no dia seguinte e reconhecido por parentes.


Bisfenol pode ser proibido no Brasil


Projeto vetando a venda de mamadeira fabricada com substância cancerígena está em exame na Comissão de Direitos Humanos do Senado

Mamadeiras e chupetas que contenham a substância química bisfenol-A não poderão ser vendidas e nem mesmo oferecidas gratuitamente. A proibição, que objetiva evitar possíveis riscos à saúde das crianças, está contida em projeto (PLS 159/2010) do senador Gim Argello (PTB-DF) em exame na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH).
O bisfenol-A é a substância usada na produção de plásticos e resinas. Produz materiais denominados de policarbonatos, que são moldáveis quando aquecidos e, por isso, muito úteis para a indústria. Tais materiais apresentam também estabilidade e resistência a impactos e ao fogo. No entanto, argumenta o senador, estudos demonstram que o bisfenol-A teria potencial cancerígeno, além provocar efeitos adversos no desenvolvimento físico, neurológico e comportamental de crianças, devido ao fato de o componente químico exercer atividade similar à de hormônio.
Em experimentos com animais, informa Gim Argello, revelou-se que doses altas de bisfenol-A podem causar alterações na próstata e no trato reprodutivo masculino. Foram detectados também, de acordo com o senador, problemas no desenvolvimento cerebral de roedores expostos a concentrações elevadas da substância. Essas evidências têm provocado o debate no meio científico quanto à segurança do uso de produtos à base de bisfenol-A, especialmente para utensílios usados na alimentação de crianças e lactentes.
"Enquanto o emprego do policarbonato em óculos de sol, CDs e cadeiras não traz maiores preocupações, a fabricação de mamadeiras e chupetas com o bisfenol-A enseja a eventual absorção da substância pelo trato gastrintestinal dos lactentes, face à constante exposição destes àqueles produtos", justificou o senador, quando da apresentação da proposta.
Ele informa ainda que, por causa da reação da opinião pública, após divulgação pela imprensa dos potenciais malefícios da exposição de crianças ao bisfenol-A, muitos fabricantes de utensílios infantis têm substituído a substância química por outra matéria-prima para a produção de mamadeiras e chupetas.
O projeto está sendo relatado pela senadora Rosalba Ciarlini (DEM-RN) e, após votação na CDH, vai à Comissão de Assuntos Sociais (CAS), em decisão terminativa - aquela tomada por uma comissão, com valor de uma decisão do Senado. Quando tramita terminativamente, o projeto não vai a Plenário: dependendo do tipo de matéria e do resultado da votação, ele é enviado diretamente à Câmara dos Deputados, encaminhado à sanção, promulgado ou arquivado. Ele somente será votado pelo Plenário do Senado se recurso com esse objetivo, assinado por pelo menos nove senadores, for apresentado à Mesa. Após a votação do parecer da comissão, o prazo para a interposição de recurso para a apreciação da matéria no Plenário do Senado é de cinco dias úteis..

Texto de Denise Costa / Agência Senado
(Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fabiana Dupont e Fernanda Medeiros


Informação recebida por e-mail de O TAO DO CONSUMO

Fantasiado de Raul Seixas, pagodeiro volta a negar culpa em morte de ex


Evandro Correia repetiu versão que havia dado anteriormente. Ele revelou que mora no Nordeste desde que teve a prisão decretada.

De peruca, cavanhaque e óculos escuros, fazendo o estilo Raul Seixas, o pagodeiro Evandro Gomes Correia Filho, atualmente com 38 anos, reapareceu na tarde desta quarta-feira (29) para dar a sua versão do ocorrido com a sua ex-mulher, a operadora de caixa Andréia Cristina Nóbrega, e com o filho. No dia 18 de novembro de 2008, a mulher morreu depois de sofrer uma queda do terceiro andar do prédio onde morava, em Guarulhos, na Grande São Paulo. O menino, então com 6 anos, caiu junto, mas sobreviveu à queda.
Para a polícia, mãe e filho teriam sido jogados pelo pagodeiro. A prisão preventiva dele foi decretada pela Justiça no final de 2008 e, desde, então ele é foragido. O refúgio, no caso, foi um estado do Nordeste, não revelado, onde mora há dois anos, com outro nome. O disfarce de Raul Seixas é para evitar que seja reconhecido quando retornar ao local onde vive no momento. Amparado pela lei, que impede prisões de quem não tem sentença condenatória definitiva em período eleitoral, Evandro Gomes se declarou inocente mais uma vez e repetiu a versão que havia apresentado anteriormente, em entrevista por viva-voz, no dia 17 de dezembro de 2008.
Segundo ele, a ex-mulher se jogou, junto com o filho, pela janela, depois de uma discussão do casal. O advogado do pagodeiro, Ademar Gomes, apresentou nesta quarta-feira, em seu escritório, nos Jardins, onde a entrevista foi realizada, cópias de cartas, com fotos de Andréia, que supostamente comprovariam suas tendências suicidas.

Versão
Segundo Evandro, no dia 18 de novembro de 2008 ele se encontrou à tarde, por volta das 15h, em um shopping de Guarulhos com a ex-mulher. Em seguida, ela teria pedido R$ 250 a ele antes de ir para um salão de beleza. O pagodeiro relatou que não tinha o dinheiro e que isso a teria deixado chateada. Depois, segundo ele, Andréia fez compras em uma loja de departamentos do shopping, antes de retornarem para o apartamento dela. Ela foi que foi dirigindo, algo raro, segundo ele.
Já em frente ao prédio, a operadora de caixa teria subido primeiro, enquanto ele estacionava o carro mais à frente e ido em seguida para o apartamento. Imagens do circuito de segurança mostram o pagodeiro subindo na frente dela. "As imagens estão trocadas", alegou Evandro, nesta quarta.
Já no apartamento, Andréia, segundo o relato do pagodeiro, teria aberto uma garrafa de vinho e começado a perguntar sobre um relacionamento dele, dando início à discussão. "Ela começar a perguntar do meu outro filho, falou que já sabia dele, que tinha certeza de que eu tinha um outro filho. Não falei nada sobre ele para preservar o relacionamento", contou.
Segundo ele, momentos antes de a ex-mulher cortar a mangueira do gás com uma faca, ele havia levado o filho para o quarto. Em seguida, ele retirou a faca da mão dela, tentou conter o vazamento retirando o registro do botijão e, por último, jogou a faca na pia. Neste momento, ele declarou ter ouvido um barulho. "Só vi os delas caindo pela janela", disse. Depois, ele contou que desceu correndo e que, diante da quantidade de pessoas que estavam no local, ficou com medo de ser agredido. Por isso, decidiu ir embora. Evandro declarou que não sabia que o filho tinha caído junto com a mãe. "Eu tinha mandado ele para o quarto e, depois que tudo aconteceu, pensei que ele estava seguro lá. Não fiquei preocupado com ele", afirmou.
Para o pagodeiro, o filho se equivocou ao fazer o desenho de um homem segurando uma faca, dias depois do ocorrido, ao ser indagado por policiais. "Ele deve ter me visto no momento em que eu tirava a faca da mão dela e imaginou outra coisa", justificou.

Marcelo Mora

Escolas têm projetos para estimular a aprendizagem e a convivência



Livros em casa e música no recreio. Os professores de duas escolas em pontos extremos do país incentivam o aprendizado dos alunos. Iniciativas que têm o apoio do projeto Amigos da Escola.

Gabriela é uma contadora de histórias. “Na primeira vez eu ficava gaguejando toda hora. Agora eu me acostumei”, diz Gabriela Silva Costa, de 9 anos.
Os livros também estão na aula de arte da Escola Municipal Vila Aparecida, em Portão, na região metropolitana de Porto Alegre. Eles são feitos pelas próprias crianças com material reciclado.
Para quem ama a leitura, alguns dias são especiais. Uma sacola com livros é sorteada entre os alunos que podem levá-la para casa por uma semana.
A sacola vai ficar uma semana com a Pâmela e a família inteira vai usar o que tem aqui dentro. São jogos, revistas em quadrinhos e livros para as crianças e para os pais. “Tem um momento que a gente tira pra eles, de lazer, e eles crescem e a gente também cresce com isso”, acredita Juliana Cervera, doceira.
“É muito legal porque eu me divirto com a minha família”, diz Pâmela Cervera, de 9 anos.
“Na verdade houve uma grande melhora no desempenho de todos os alunos da escola. Nós temos , estamos trabalhando com 100% de aprovação e nós tivemos um resultado muito significativo pra escola que foi uma avaliação externa. A escola tem a melhor colocação no município”, revela Elza Pereira, diretora.
Informações sobre esportes, música e dicas para melhorar o relacionamento entre os alunos estão na programação da rádio da Escola Orlando Freire, em Porto Velho, Rondônia.
“A ideia é para melhorar o recreio da gente, no nosso intervalo, porque havia muitas confusões, os meninos ficavam naquela questão das brincadeiras pesadas e com a rádio não”, diz Reinaldo Ramos das Neves, professor.
Um projeto que mobiliza os alunos e ajuda muita gente a descobrir uma vocação. Basta ver o entusiasmo da principal locutora. “Tudo começou numa brincadeira, mas essa brincadeira foi ficando séria e eu optei por fazer jornalismo justamente por causa da rádio”, diz Anny Nascimento, estudante.



Jornal Hoje

Brasileiros criam em Paris um restaurante dentro de casa

Os chefs empreendedores recebem seus clientes no próprio apartamento e planejam montar um restaurante sazonal no Brasil em 2012

A ideia é oferecer um restaurante caseiro, mas não pelo tipo de comida, e sim, porque o estabelecimento funciona literalmente em casa. É assim que um casal de empreendedores brasileiros faz sucesso em Paris, uma das capitais mundiais da gastronomia. Celia Miranda Mattos, de 35 anos, e Gustavo Dalla Colletta Mattos, de 34 anos, são proprietários do “Chez Nous Chez Vous”, em português, “Nossa Casa, Sua Casa”, um restaurante que, como o próprio nome diz, funciona no apartamento dos chefs.
Ela era professora de inglês e ele, publicitário. O casal se conheceu na cidade de São Paulo, quando apesar do amor em comum pela gastronomia, ainda não pensavam em montar um negócio na área. “Desde criança, sempre gostei de cozinhar. Eu era aquela menina que todos queriam na cozinha durante as viagens de amigos”, diz Celia. “Eu também sempre gostei muito de cozinhar, mas comecei a desenvolver mais este lado aos 18 anos. Trabalhava até tarde e quando chegava em casa, gostava de preparar algo para comer. Quando conheci a Celia, ela morava sozinha, então sempre que nos encontrávamos, gostávamos de cozinhar juntos”, afirma Gustavo. “Costumo dizer que nos nove anos em que estamos juntos, devemos ter pedido comida pronta umas cinco vezes”, diz Celia.


Como bons amantes da culinária, o casal sempre gostou de receber amigos em casa. E estes convidados é que costumavam sugerir que a dupla montasse um negócio. Quando Celia e Gustavo começaram a pensar mais firmemente nesta ideia, decidiram se especializar e fizeram seu primeiro curso no Brasil. “Eu estava um pouco cansado com o ambiente corporativo e Celia também estava cansada das dificuldades de lecionar inglês. Foi assim que decidimos transformar nosso hobby em trabalho”, afirma Gustavo.
Com a decisão tomada, o casal percebeu que antes de montar qualquer negócio, precisaria estudar mais e decidiram escolher um curso no exterior. Deram prioridade para França ou Itália. “Na Itália, os produtos são excelentes e a comida é maravilhosa. Mas, talvez, falte um pouco de técnica. Na França, técnica tem de sobra e isto foi o que pesou mais em nossa decisão”, afirma Celia. Assim, partiram para Paris, estudar na ‘Le Cordon Bleu’, uma das mais renomadas escolas de gastronomia do mundo.
A ideia era ficar ali por nove meses, tempo que duraria o curso. Mas a qualidade de vida que encontraram em Paris, convidou o casal a permanecer um pouco mais. Instalaram-se num apartamento onde começaram a receber e cozinhar para amigos, como faziam no Brasil. A partir da sugestão deles, construíram uma segunda cozinha no apartamento, desta vez, aberta para sala, para poderem conversar com os convidados que ali chegavam.
Como já haviam feito um investimento na reforma, decidiram que ali seria o empreendimento: um restaurante em casa. O Chez Nous Chez Vous começou a funcionar em novembro de 2008. De lá para cá, o casal conquistou presença de nomes como Fernando Veríssimo e Guilherme Leal (um dos proprietários da Natura e atual candidato a vice-presidente ao lado de Marina Silva), além de um faturamento anual que gira em torno dos 122 mil euros.
O restaurante serve duas opções principais de menu: o tradicional (que inclui entrada, sobremesa e prato principal), que custa 100 euros, e o degustação (com sete pratos no cardápio), que custa 120 euros por pessoa. Os jantares podem ser harmonizados com vinhos na faixa de preço que o cliente desejar, ou o próprio vinho pode ser levado, com a cobrança da ‘taxa de rolha’ de 30 euros.
O cardápio é uma surpresa para o cliente até o último minuto. “Sempre variamos nosso cardápio e gostamos de manter a surpresa até o último minuto. Há um questionário que cada cliente responde para podermos conhecê-lo melhor. Assim, podemos saber, por exemplo, se é uma pessoa que não come carne ou que é alérgica a algum alimento”, diz Celia.
A técnica utilizada na preparação dos pratos é sempre a francesa, mas a culinária do restaurante ‘caseiro’, é internacional e o casal aproveita a variedade de produtos disponíveis em Paris para misturar alimentos como os asiáticos, africanos e brasileiros nas receitas.
“Mas o que mais prezamos aqui é a troca de experiências. Se um cliente quiser acompanhar o preparo dos pratos, ele pode. Se quiser acompanhar o dia de compras, também é possível”, diz Gustavo.
Como não mantém estoque de produtos, o casal nunca prepara mais de duas refeições por semana. No geral, os ‘convidados’ (como eles se referem ao falar dos clientes), preferem jantares, mas o restaurante também serve almoço. O casal recebe sempre grupos de duas a dez pessoas.
Os chefs e empreendedores agora sonham em alçar voos com o conceito de restaurante intimista. Como costumam passar temporadas no Brasil, querem trazer o Chez Nous Chez Vous para São Paulo e planejam que isto aconteça entre 2012 e 2013. Mas a ideia não é montar uma equipe aqui, e sim cozinhar eles mesmos em um ‘restaurante sazonal’.


Brasil tem o terceiro maior número de presos do mundo


Com 494.598 presos, país está atrás apenas de Estados Unidos e China

Dados divulgados pelo CNJ (Conselho Nacional de Justiça) apontam que o Brasil tem a terceira maior população carcerária do mundo, com 494.598 presos. Com essa marca, o país está atrás apenas dos Estados Unidos, que têm 2.297.400 presos, e da China, com 1.620.000 encarcerados.
Nos últimos cinco anos, houve um crescimento de 37% no número de presos do Brasil. Do total da população carcerária, 44% ainda são presos provisórios, ou seja, esperam o julgamento de seus processos.
Para o coordenador do DMF (Departamento de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário) do CNJ, Luciano Losekann, os juízes precisam ser mais criteriosos no uso da prisão provisória.
- O uso excessivo da prisão provisória no Brasil como uma espécie de antecipação da pena é uma realidade que nos preocupa.
Outro dado considerado preocupante pelo CNJ é a superlotação dos estabelecimentos prisionais do país. A taxa de ocupação dos presídios é de 1,65 preso por vaga. O Brasil está atrás somente da Bolívia, que tem uma taxa de 1,66.
- A situação nos presídios levou o Brasil a ser denunciado em organismos internacionais. Falta uma política penitenciária séria.


Ex-babá de Joanna Marcenal é demitida após depoimento


RIO - A ex-babá de Joanna Marcenal foi demitida terça-feira do emprego em que trabalhava. Segundo ela, a patroa a dispensou ao descobrir que ela prestara depoimento à polícia a fim de ajudar a elucidar se Joanna fora vítima de maus-tratos. A ex-patroa é vizinha do pai da menina, o técnico judiciário André Marins.
- Estou com medo de ficar desempregada. Comecei segunda-feira no serviço e, quando fui lá hoje (terça), a minha patroa me dispensou. Ela disse que não queria que eu trabalhasse mais com ela por causa do caso da menina - disse a babá, explicando que foi procurada pela polícia. - A polícia me achou e resolvi falar a verdade. Queria ficar bem com a minha consciência.
A babá trabalhou três dias para André Marins e disse que, depois de ter visto Joanna amarrada, se reuniu com sua família para discutir o que fazer. Ao saber da internação da menina, ela ligou para o Disque-Denúncia e contou o que vira. A assessora do serviço Simone Nunes confirmou a denúncia e disse que o caso foi encaminhado para a 16ª DP (Barra da Tijuca) e ao Conselho Tutelar da Barra.

Mãe de Joanna pede que outra babá deponha
Revoltada com a descrição feita pela babá da forma como a menina Joanna Marcenal Marins, de 5 anos, era tratada pelo pai, a mãe da criança, a médica Cristiane Cardoso Marcenal, fez terça-feira um apelo para que outra babá, chamada Vânia, se apresente à polícia e confirme as informações da colega. Cristiane comparou a situação da menina às torturas dos campos de concentração nazistas.
Joanna morreu no mês passado, após ser atendida por um falso médico. Muito abalada com o depoimento da babá, publicado terça-feira com exclusividade no GLOBO, Cristiane disse sentir "uma revolta insuportável" ao ler detalhes dos últimos dias da filha:
- Fiquei apavorada lendo aquele depoimento horroroso. Deixaram a Joanninha dormindo num chão gelado, suja de fezes, amarrada com fita crepe. Acredito que a fita era para não deixar marcas. Não sei quanto tempo minha filha ficou assim.
O defensor público Antonio Carlos Oliveira afirmou que Cristiane estuda entrar com uma representação administrativa contra a juíza e as psicólogas que determinaram que ela era incapaz como mãe e que a menina fosse afastada do seu convívio por 90 dias

Babá ficou nervosa com o estado da menina
No depoimento, a babá afirmou ter encontrado Joanna no canto de um quarto, "deitada no chão, amarrada numa fita-crepe nos pés e nas mãos e toda suja de xixi e cocô".
Ao saber da reportagem do GLOBO, Cristiane foi à Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima (DCAV) ler o depoimento da babá. Ela disse que conhece bem a casa do pai de Joanna, e que o local onde a garota ficava, segundo a empregada, é no segundo andar. De acordo com a mãe, visitas não escutariam gritos de socorro da criança.
Localizada pelo GLOBO, a babá contou que ficou nervosa ao ver o estado da criança:
- Fiquei espantada em ver a criança no chão, toda suja e amarrada com fita crepe. Mas o pai me disse: "não se espanta não, foi o médico que mandou amarrar ela para que não se machucasse".
No dia seguinte, a babá contou que não viu mais Joanna ser amarrada:
- Não sei, mas acredito que a minha reação ajudou a manter a menina livre.
Na delegacia, Cristiane também apresentou registro de ocorrência e laudo de 2007 do IML, que comprovaria que a menina já tinha sido agredida pelo pai. O processo foi arquivado no mesmo ano. Segundo o defensor público Antônio Carlos Oliveira, que representa Cristiane, a médica estuda entrar com uma representação administrativa contra a juíza da 1ª Vara de Família de Nova Iguaçu, Claudia Nascimento, e as psicólogas que determinaram que ela era incapaz como mãe. A juíza decidiu pelo afastamento de Joanna do convívio da mãe por 90 dias.
- Não podia nem falar com minha filha por telefone. E mesmo quando a Joanna foi internada, a juíza determinou que eu não ficasse próximo ao pai, no hospital, para não provocar constrangimento - lamentou.
O defensor público afirmou que o fato de a criança ter morrido de meningite causada pelo vírus da herpes, como apontou o laudo do IMLL ,, pode complicar a vida do falso médico Alex Sandro da Silva Cunha, que continua foragido:
- Era de responsabilidade dos hospitais fazerem o diagnóstico, e eles falharam. O fato de ela ter sofrido meningite não tira a responsabilidade do pai. Joanna morreu por uma série de fatores, entre eles os maus-tratos provocados por André.
Já Cristiane diz que a doença comprova os maus-tratos e o estado de fragilidade da filha. Quando Joanna deu entrada na UTI do hospital Amiu, em Botafogo, a mãe percebeu que a menina tinha hematomas nas pernas e sinais de queimaduras nas nádegas, o que levou a polícia a investigar os maus-tratos.
A delegada interina da DCAV, Valéria Aragão, disse que concluirá o inquérito em breve. Ela garantiu já ter convicção do que aconteceu com Joanna, mas se recusou a comentar o caso por estar em segredo de justiça.
Procurado pelo GLOBO, André Marins, pai de Joanna, não foi encontrado.

Isabel de Araujo e Vera Araújo


O Globo

Alunos bolivianos pagam para não apanhar em escola estadual de SP


Alunos imigrantes da escola estadual Padre Anchieta, no Brás (região central de São Paulo), pagam "pedágio" aos brasileiros para não apanhar fora da unidade. A informação é da reportagem de Raphael Marchiori publicada na edição desta terça-feira da Folha (íntegra está disponível para assinantes do jornal e do UOL).
Para se sentirem seguros, os estrangeiros, principalmente bolivianos, pagam lanches na cantina ou dão aos brasileiros o que têm nos bolsos, mesmo que seja R$ 1. "Caso contrário, apanham do lado de fora da escola", diz Mário Roberto Queiroz, 49, professor de história e mediador --função criada pela Secretaria da Educação para trabalhar junto à comunidade escolar questões como atos de vandalismo, discriminação e violência.
A compra da "segurança" foi revelada à Folha por alunos e docentes. A própria direção da unidade confirma. Um aluno e um ex-aluno da escola, ambos de 16 anos, afirmam que os casos ocorrem pelo menos desde 2008. "Eles pedem R$ 1 ou R$ 2. Entreguei três vezes. Na quarta, apanhei", conta um deles, que está há 14 anos no Brasil.


Folha Online

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Síndrome de Proteus



A Síndrome de Proteus é uma doença congênita que causa um crescimento excessivo da pele e um desenvolvimento anormal dos ossos, normalmente acompanhados de tumor em mais da metade do corpo.

Descrição
A Síndrome de Proteus é extremamente rara. Desde que o Dr. Michael Cohen identificou-o em 1979, só se confirmaram pouco mais de 200 casos em todo mundo. Pode que se tenham dado mais, mas os que são correctamente diagnosticados costumam ter manifestações evidentes da síndrome, estando consideravelmente desfigurados.
Esta estranha doença teria permanecido oculta de não ser por que Joseph Merrick – inmortalizado como o "Homem Elefante" devido ao aspecto que lhe davam os tumores de sua cabeça e a cor grisaceo de sua pele – foi diagnosticado mais tarde de um severo caso de Síndrome de Proteus além de, neurofibromatosis, coisa que os médicos pensavam anteriormente que tinha. Estranhamente, o braço esquerdo e os genitais de Merrick não estavam afectados pela doença que tinha deformado o resto de seu corpo.
A Síndrome de Proteus causa um crescimento anormal da pele, ossos, músculos, tecido adiposo, e copos sanguíneos e linfáticos.
É uma doença progressiva, os meninos costumam nascer sem nenhuma deformidad evidente. Conforme crescem aparecem os tumores e o crescimento da pele e dos ossos. A gravidade e a localização destes crescimentos assimétricos variam amplamente, ainda que costumam dar-se no cabeça, um ou mais membros e nas plantas dos pés. Há um risco de morte prematura nos indivíduos afectados devido a tromboses e tromboembolismo pulmonar, causadas por malformações associadas a esta desordem nos copos. Outros riscos podem vir provocados pelo peso do tecido extra. Acha-se que Joseph Merrick morreu pelo peso de seu enorme e pesada cabeça que venceu a resistência de seu pescoço e caiu para atrás, fraturando.
A desordem afeta aos dois sexos por igual, e pode dar-se em todas as etnias.


Wikilingue

Adolescentes marcam encontro pela internet e acabam estupradas em SP


SÃO PAULO - A Polícia Civil investiga o estupro de duas adolescentes - uma de 12 e outra de 14 anos - ocorrido na noite de sexta-feira, em Taubaté, a 134 km da capital paulista, após marcarem um encontro pela internet. As vítimas registraram boletim de ocorrência na delegacia. De acordo com a Polícia, as investigações estão sendo baseadas nas informações dos computadores e celulares das meninas.
Na versão das adolescentes, elas saíram de um curso por volta das 17h e foram se encontrar com um rapaz na Praça Santa Terezinha. Elas conheceram o homem pela internet. Na praça, as duas notaram que ele estava armado. O homem mandou que elas caminhassem até o Jardim Paulista, onde elas teriam sido forçadas a manter relações sexuais com ele em um terreno baldio.
Ainda de acordo com a Polícia, as meninas fizeram exames clínicos que constataram o ato sexual. As duas devem prestar depoimento à Polícia novamente nesta semana.
Se confirmado, este será o segundo caso de estupro envolvendo conversas iniciadas pela internet nos últimos dias na região. Na semana passada, uma mulher de 22 anos foi estuprada no bairro do Aterrado, em Lorena . Ela havia marcado um encontro com o acusado por uma sala de bate-papo na internet.
A Polícia orienta que encontros pela internet sejam marcados em locais públicos, de preferência durante o dia e com alguma testemunha. E também orienta a supervisão dos pais sobre o conteúdo que os filhos acessam na internet.


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