sábado, 16 de outubro de 2010

Guia da adoção: amor deve ser o maior motivador dos futuros pais


Veja o que psicólogos indicam aos pais quando há o desejo de adotar uma criança

Adoção não é caridade, ferramenta para superar o luto por um filho perdido, tampouco solução para manter um casamento. Adoção é entrega e amor a um filho gerado por outra pessoa. Por isso, requer a mesma dedicação para criar, ensinar, acalentar e acompanhar a criança, tal qual aquela nascida de uma gestão tradicional — porém com a particularidade de que a espera pode ultrapassar quatro anos.
— É preciso saber se (o pretendente à adoção) poderá abrir mão do seu tempo, terá
disponibilidade e poderá se dedicar ao filho como ele precisa. Todo filho precisa ser
desejado, independente de ser biológico ou adotado – afirma a psicóloga Andrea Filippini Dal Conte, da organização não governamental (ONG) Instituto Filhos.
Pais adotivos não estão isentos de ter medos e inseguranças. Especialistas enumeram alguns desses temores: receio de que a criança queira conhecer suas origens, dúvida entre contar-lhe ou não sobre a adoção e as dificuldades vividas por crianças maiores estão entre os principais.
— Alguns comentam sobre o mito do “sangue ruim”, têm medo de que a criança herde traços negativos de caráter. Isso são fantasmas, temores que não correspondem à realidade — explica a psicóloga Paula Chiapinotto Triches, também do Instituto Filhos. — É fundamental que a criança se sinta acolhida e amada. Mas não pode ficar sempre sob a imagem de coitadinha. Ela terá aspectos dolorosos na sua história, mas a vida não poderá ficar pautada pela vitimização. É essencial impor limites — completa.
As psicólogas concordam que manter a naturalidade é essencial. Elas explicam, por exemplo, que preparar os filhos de sangue para receber um adotado implica o mesmo esforço empregado quando o irmão esperado é biológico.
— Quando se decide adotar, começa-se a explicar que virá um irmãozinho. A gestação da adoção não é a lógica, que dura nove meses, mas vai ocorrer como se fosse a espera por um filho biológico. Tem que dizer que virá um irmão adotado, mas não se
sabe quanto tempo vai demorar – afirma Andrea.

Quem pode adotar?
Homens e mulheres maiores de 18 anos, e que tenham no mínimo 16 a mais que a
criança. Podem ser casados, solteiros, divorciados, hetero ou homossexuais.


Bruno se emociona em audiência sobre caso Eliza na Grande BH


O goleiro chorou baixinho no início do segundo depoimento desta sexta.
A juíza Marixa Rodrigues deve ouvir sete pessoas até o fim do dia.

O goleiro Bruno se emocionou na retomada da audiência sobre o desaparecimento e morte de Eliza Samudio em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, às 14h50 desta sexta-feira (15). Bruno chorou, contidamente, na sala da audiência onde estão oito dos nove réus. Somente Sérgio Rosa Sales, primo do goleiro, não está presente. Ele foi dispensado pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais das audiências depois de um pedido do advogado dele, de que Sales estaria sendo assediado por outros defensores.
A segunda testemunha desta sexta-feira (15) foi uma amiga da mãe de Wemerson Marques, o Coxinha. A senhora disse que conhece o rapaz desde a infância e que não sabe se ele tem envolvimento de droga. A mulher, que depôs por cinco minutos, diz que Coxinha é uma boa pessoa que estava recebendo seguro-desemprego quando foi preso por suspeita de envolvimento no desaparecimento de Eliza Samudio.
Em seguida, a juíza Marixa Fabiane Lopes Rodrigues, em Contagem, chamou a terceira testemunha a depor. Ela trabalha como diarista no motel onde Bruno e Fernanda, segundo inquérito da Polícia Civil, teriam passado uma noite com Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão; o adolescente envolvido no desaparecimento; e o filho de Eliza.
O primeiro a falar foi o porteiro do condomínio do síto do goleiro Bruno, em Esmeraldas, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Ele falou sobre o controle de entrada das pessoas ao condomínio fechado.
Estão no fórum o goleiro Bruno Fernandes; Dayanne Souza; Fernanda Gomes de Castro; Luiz Henrique Romão, o Macarrão; Marcos Aparecido dos Santos, o Bola; Flávio Caetano; Wemerson Marques; e Elenilson Vítor da Silva. Sérgio Rosa Sales, primo do jogador, havia sido dispensado da audiência desta quinta-feira (14) e não compareceu nesta sexta-feira (15). O advogado Marco Antônio Siqueira alegou nos últimos dias que o cliente está sendo assediado por outros advogados e pressionado a trocar de representante.
Nesta quinta-feira (14), foram ouvidos uma funcionária do jogador e um policial civil que participou das primeiras diligências no sítio de Bruno, em Esmeraldas, após a primeira denúncia de que um crime teria sido cometido no local. Outro investigador da Polícia Civil, que também esteve no imóvel, deve ser chamado para depor, segundo a juíza.
A pedido da defesa, os delegados Edson Moreira, Ana Maria dos Santos e Alessandra Wilke seriam ouvidos em audiência, mas a juíza determinou que eles não sejam testemunhas e nem informantes no processo que investiga o desaparecimento de morte de Eliza. Marixa acatou o pedido do Ministério Público Estadual (MPE), feito pelo promotor de Justiça Gustavo Fantini. Os investigadores estiveram presentes no fórum nesta quinta-feira (14) e apenas responderam a algumas perguntas da magistrada sobre uma acusação dos advogados dos réus de que os delegados teriam torturado Dayanne Souza, durante o testemunho dela em julho, no Departamento de Investigações em Belo Horizonte
Pedido de desculpas
Ao fim do depoimento da funcionária do sítio de Bruno, o advogado Ércio Quaresma pediu a palavra à juíza e se desculpou ao advogado de Sérgio Rosa Sales, Marco Antonio Siqueira, por qualquer desentendimento que eles tenham tido em outras audiências. Após o pedido de desculpas, Siqueira disse que aceita o pedido de desculpas de Quaresma e que considera “o caso como encerrado”.
Nesta quarta-feira (13), o advogado Marco Antônio Siqueira havia anunciado que iria renunciar à defesa do cliente no processo que investiga o desaparecimento de Eliza Samudio. O advogado alegava que foi ameaçado por Ércio Quaresma, que representa o goleiro Bruno. Segundo Siqueira, o motivo dessas ameaças seria porque ele não faz parte do ‘bloco de advogados’ que está defendendo os réus.
Siqueira afirma que decidiu deixar o caso na sexta-feira (8) e conta que, durante uma discussão, Quaresma teria dito que “ele podia esperar, pois o que era dele estava guardado”. Ele disse ainda, que os familiares de seu cliente dizem estar sendo ameaçados para que Sérgio troque de advogado. “Todos vocês viram o Ércio Quaresma me ameaçar. Se algo acontecer vocês já sabem quem foi”.

Audiências anteriores
Nesta quarta-feira (13), um caseiro do sítio do goleiro, em Esmeraldas, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, foi o primeiro a responder às questões da juíza. Na sequência, a mulher dele começou a prestar depoimento que foi interrompido.
O Tribunal de Justiça disse, anteriormente, que a juíza iria ouvir quatro delegados da investigação sobre o desaparecimento e morte de Eliza Samudio, mas, no início da tarde de ontem, Marixa informou que os quatro delegados devem ser ouvidos nesta quinta (14), também no Fórum de Contagem.
Segundo o Tribunal de Justiça de Minas Gerais, essas audiências estão sendo realizadas para que a juíza Marixa, de Contagem, tome conhecimento de todos os fatos do processo apresentado pelo Ministério Público e decida se os réus serão pronunciados ou não. De acordo com o TJMG, a magistrada pode decidir julgamentos diferentes para os acusados. Dessa forma, se houver uma decisão por um julgamento no Tribunal do Júri, pode ser que nem todos sejam julgados por este tribunal. E os crimes pelos quais os réus são acusados podem sofrer alterações no julgamento. O Tribunal de Justiça explicou que esta fase do processo não tem prazo definido.
Na entrada do fórum de Contagem, o advogado de Bruno, Ércio Quaresma, disse "eu não ameaço, eu faço", em referência à denúncia do Fantástico sobre possíveis ameaças que o defensor estaria fazendo ao goleiro Bruno e a amigos e familiares. A dentista Ingrid Oliveira, noiva do goleiro, disse que defensor orientou Bruno a tentar suicídio na cadeia. “Ele falou que teria sido orientado pelo advogado a cortar os pulsos pra ver se ele conseguiria algum tipo de regalia”, contou.
O delegado Júlio Wilke, que participou das investigações, foi ouvido por mais de 13 horas na sexta-feira (8). Na mesma sessão, o adolescente envolvido no desaparecimento de Eliza Samudio também respondeu às perguntas da juíza Marixa. Em seu depoimento, o menor afirmou que o homem indicado como Bola pelo inquérito, e que está preso, não é o Bola que ele conhece. O adolescente ainda pediu desculpas por apontar o ex-policial Marcos Aparecido dos Santos como o responsável pela morte de Eliza. O delegado Wilke disse, em seguida, que o menor indicou com detalhes a casa do ex-policial, em Vespasiano, e que o adolescente sabia até como eram os cômodos da casa.
Em Vespasiano, na quinta (7), nove testemunhas de defesa, que conhecem o ex-policial prestaram depoimento à juíza Ana Paula Lobo Pereira de Freitas. Todas foram unânimes ao dizerem que nunca viram o ex-policial Santos ser chamado de Bola.
Em Ribeirão das Neves, na quarta (6), cinco testemunhas foram ouvidas. Na sessão, Bruno passou mal e precisou ser levado à Policlínica da cidade, e depois, para o Pronto-Socorro João XXIII, em Belo Horizonte, após desmaiar duas vezes.


G1

“Não sou monstro, não sou Nardoni. Lutei por minha filha até o fim”, diz o pai da menina Joanna


Indiciado por tortura no inquérito que apura a morte da própria filha Joanna (veja matéria no G1), o técnico judiciário carioca André Rodrigues Marins, de 40 anos, tem preferido ficar em silêncio. Ele tinha a guarda da menina, de 5 anos, durante seus últimos meses de vida. Em julho, ela apresentava vômitos e convulsões e foi levada por ele a um hospital do Recreio dos Bandeirantes. Numa delas, foi atendida por um falso médico (estudante) e acabou entrando em coma no dia 19 daquele mês. Foi quando observaram marcas no corpo de Joanna: manchas nas nádegas e alguns ferimentos no corpo. Em 13 de agosto, Joanna morreu. O laudo do Instituto Médico Legal apontou para a morte por meningite causada por herpes. E concluiu que as lesões teriam sido causadas por substância química ou ação física. André Marins aguarda o resultado do inquérito, feito pela Delegacia da Criança e do Adolescentes Vítima (DCAV). Ele acreditava que não seria indiciado por maus-tratos.
Esta semana, André nos entregou um CD com documentos que serviriam para sua defesa. Entre eles, atestados que mostram que Joanna utilizou remédios neurológicos por bastante tempo. Ouvimos a neurologista da menina, Ana Paula Lemos Fernandes, que confirmou o uso dos medicamentos, utilizados, segundo ela, de 2005 até janeiro de 2008, por causa de um distúrbio chamado terror noturno (quando, durante o sono, a criança se agita, grita e chora). Em um dos atestados, a médica diz que Joanna apresentava comportamento “acuado” e tinha “mutismo social” e “depressão”, receitando fluoxetina, para “melhorar o humor”. Respondendo a algumas perguntas por email, André disse acreditar que as convulsões que a filha apresentou nos últimos dias em sua casa – que seriam responsáveis por parte das manchas em seu corpo e pequenos arranhões no rosto - seriam resultado da falta desses remédios.
Em suas respostas, o pai de Joanna diz que a reversão da guarda foi uma medida urgente da Justiça, visto que a mãe sempre dava um jeito de afastá-lo da filha. Enumerou sete endereços que a mãe de Joanna teve em cinco anos – e afirmou que, quando ela se mudava, não lhe informava o novo destino.
Tivemos acesso ao relatório da Justiça, de maio deste ano, que determinou a inversão provisória da guarda por 90 dias – sem que a mãe pudesse ver a menina neste período. Assinado por psicólogas e encampado pela juiza Claudia Vieira, da 1a Vara de Família de Nova Iguaçu, a avaliação diz que Cristiane, a mãe de Joanna, era alienadora, “obsessiva” e chegou a dar a entender à menina que o pai havia morrido, respondendo a uma pergunta de Joanna sobre sua longa ausência. O relatório fala de várias brigas, algumas públicas, envolvendo vizinhos, que foram presenciadas por Joanna. E diz que a menina sofria “violência psicológica ocasionada pela ferocidade do litígio dos pais”.
Em 2007, André Marins foi afastado da filha por um ano, devido a uma denúncia de maus-tratos feita pela mãe. Joanna teria chegado em casa com a roupa rasgada e uma mancha roxa nas costas. De acordo com o relatório, Joanna disse às psicólogas que havia caído na casa do pai, quando tomava banho com uma das irmãs menores. E teria dito, segundo as psicólogas, que a mãe havia rasgado sua calça. Após entrevistar os genitores, padrastos e avós maternos e paternos de Joanna, a conclusão foi de que Cristiane se enquadrava em 9 de 10 quesitos na escala internacional de alienação parental (que significa a tentativa de afastar física e emocionalmente a criança do pai ou da mãe, nos casos de pais separados). O argumento para separar mãe e filha foi que a inversão seria a única maneira de restabelecer convívio de Joanna com o pai. No relatório, estão anexados dezenas de registros de ocorrência policial e mandados de busca e apreensão expedidos para possibilitar que André Marins buscasse a filha.

Em entrevista ao 7×7 na última segunda-feira, dia 11, Cristiane Marcenal, a mãe de Joanna, disse que não tem dúvidas de que a filha foi maltratada pelo pai, especialmente depois do laudo e do depoimento da psicóloga que a acompanhou nos últimos dias de vida.

Agora entrevistamos André Marins, que respondeu a algumas perguntas por email e enviou fotos recentes da filha:

O que aconteceu com Joanna nos últimos dias em que esteve com você?
Ela estava feliz e se adaptando, aos poucos. Mas no começo de julho apresentou vômitos e dor de cabeça. Depois começou a ter pequenas convulsões. Se batia muito, principalmente à noite. Levei na pediatria do Riomar, que é um ótimo hospital. Numa das vezes, um psiquiatra de lá, Bruno, perguntou se ela tomava remédios de uso controlado. Eu disse que, se usava, eu não tinha sido avisado disso quando a peguei, um mês e meio antes. Ele disse que parecia um problema neurológico. Só depois vim a saber que ela um remédio, o Neuleptil, por muito tempo, porque tinha terror noturno. Mas não fui avisado pela mãe dela. As machas que ela tinha eram causadas por essas batidas do corpo, principalmente dormindo.

Por que ela estava dormindo com as mãos presas por fita crepe?
A fita crepe nas mãos era usada porque ela estava se arranhando toda enquanto dormia. E se batia, batia nas coisas em volta. Naquele dia em que a empregada a viu no chão e disse que ela estava sendo maltratada, aconteceu o seguinte: ela estava usando fralda para dormir, porque estava fazendo xixi e cocô nas calças – que depois eu vim a saber que tinha causa neurológica, a falta de controle do esfíncter. Naquela manhã, quando a diarista chegou (ela jamais foi babá na minha casa), Joanna tinha pedido para dormir mais um pouco e eu preferi que ela ficasse no tapete do quarto das minhas filhas, um tapete felpudo, ela não estava no chão gelado. A deixei no chão porque tinha medo que ela se mexesse muito, como vinha fazendo à noite, e caísse da cama. Como pensei que ela não faria mais cocô nas calças, porque tinha limpado de manhã cedo, a deixei só de short. Mas ela fez. E foi isso que a empregada viu. Comentou comigo e eu disse a ela: pode deixar que eu limpo.

Você ficou ausente por alguns períodos da vida da Joanna. Por que recentemente quis a guarda?
Eu não quis exatamente a guarda da Joanna. O que eu queria era simplesmente poder conviver regularmente com a minha filha. Mas isso foi impossível. A mãe dela fazia tudo para que eu não visse. Mudou-se de endereço sete vezes em cinco anos e, a cada vez que fazia isso, não me comunicava para onde ia. Numa dessas situações, levei um ano para localizá-la, ajudado por alguns amigos. Quase todas as vezes que ia buscá-la, não havia ninguém em casa, então eu tinha que ir à polícia, fazer registro, arrumar mandado de segurança. No fim, as psicólogas da Justiça me disseram que só mesmo com a inversão da guarda eu ia conseguir de verdade estar com a Joanna. Mas era que fosse algo provisório. Eu tenho duas filhas menores, que já dão bastante trabalho pra mim e minha mulher. E sei que Joanna viveu a maior parte de sua vida ao lado da mãe. Quando peguei minha filha, eu expliquei tudo isso a ela, eu repetia sempre: você vai ficar um pouco com o papai, mas logo logo vai ver a mamãe de novo.

Você temia ser indiciado?
Não posso ser incriminado por nada. Não fiz nenhum mal a minha filha. Não sou um monstro, não sou Nardoni. Quem me conhece sabe disso. Tenho recebido apoio de todas as pessoas que acompanharam de perto minha luta, até o fim, para poder conviver com a Joanna. Mas a mãe dela está fazendo um circo na mídia. Minha filha morreu, mas ela continua praticando a alienação parental. Está inaugurando a alienação parental post mortem.

Época


Blog Mulher7x7

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Médica explica a importância de lavar as mãos


O dia de lembrar a importância de lavar as mãos para prevenir doenças é nesta sexta-feira (15); a data escolhida, 15 de outubro, é mundial

O dia de lembrar a importância de lavar as mãos para prevenir doenças é nesta sexta-feira (15). A data escolhida, 15 de outubro, é mundial. A médica pediatra Lucineide Santos e dois voluntários – o garçom Gilmargleidson Moreira e a enteada Vitória Gabriela, 4 anos – ensinam porque é preciso manter as mãos sempre limpas.
“Porque as mãos são os principais meios de contaminação de doenças como bactérias, vírus e vermes. Contaminação de alimentos. Transmissão de doenças, como o vírus da gripe”, disse a médica.
A médica também ensina a forma correta de lavar as mãos. “Primeiro as palmas das mãos, de maneira de rigorosa. Depois palma sobre dorso da mão. Em seguida, vai lavar entre os dedos. Em seguida, tentar limpar as pontas dos dedos. Junta os dedos e faz círculos na palma da mão”, explicou.
Lucineide Santos lembra ocasiões em que é preciso lavar as mãos: antes de coçar os olhos, pegar em bebês, antes da alimentação e depois de ir ao banheiro, mexer no lixo e em animais.
Gilmargleidson aprendeu coisas que ele não sabia. “Uma coisa que eu não sabia era que tinha que fechar a torneira com uma toalha ou com papéis toalhas”, contou.

Outra boa dica: enquanto ensaboamos e limpamos as mãos, podemos fechar a torneira, para evitar desperdício de água.


Justiça decide mandar pagodeiro acusado de matar ex a júri popular


Evandro Gomes é acusado de jogar a mulher e filho do 3º andar de prédio.
Para juiz, há indícios suficientes de autoria; ele nega o crime.

O pagodeiro Evandro Gomes Correia Filho irá a júri popular sob a acusação de ter matado a ex-companheira Andréia Cristina Bezerra Nóbrega e pela tentativa de homicídio do filho, então com 6 anos, no dia 18 de novembro de 2008, segundo a assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça de São Paulo. A decisão foi anunciada nesta quinta-feira (14) pelo juiz Leandro Bittencourt Cano, da Vara do Júri da Comarca de Guarulhos, na Grande São Paulo.
Em sua decisão, o juiz disse que há indícios suficientes de autoria do crime por parte de Evandro para a decretação da pronúncia, o que significa levar o acusado a julgamento. Além disso, o juiz considerou que não faz sentido a revogação do seu pedido de prisão preventiva, já que Evandro respondeu ao processo foragido . A data do julgamento ainda não foi marcada.
No dia 18 de novembro de 2008, Andréia morreu depois de sofrer uma queda do terceiro andar do prédio onde morava, em Guarulhos, na Grande São Paulo. O menino caiu junto, mas sobreviveu à queda. Para a polícia, a mãe se jogou junto com o filho depois de o pagodeiro ter cortado a mangueira do gás e ameaçado a ex com uma faca. A prisão preventiva dele foi decretada pela Justiça no final de 2008 e, desde então, ele é considerado foragido.
Durante o período eleitoral, no qual foi beneficiado pela lei, que impede prisões nos dias que antecedem as votações, Evandro deu uma entrevista coletiva disfarçado. No dia 29 de setembro, ele negou que tenha ameaçado a ex-mulher e se disse inocente. Em sua versão, a ex-mulher se jogou, junto com o filho, pela janela, depois de uma discussão do casal. O G1 tentou entrar em contato com Ademar Gomes, que cuida da defesa do pagodeiro, mas não o encontrou.
Caso o pagodeiro não se entregue nem seja preso, ele pode ser julgado à revelia.


G1

Asilo é interditado por acusação de maus tratos





clicribs.com.br

Mãe obrigada a acompanhar filha nas aulas teve que deixar emprego



Determinação foi feita para evitar que adolescente falte na escola.
Caso ocorreu em Fernandópolis, no interior de São Paulo.

A mãe que foi obrigada pelo Conselho Tutelar de Fernandópolis, a 553 km de São Paulo, a frequentar a escola junto com a filha de 14 anos para evitar que ela falte às aulas teve que abandonar o emprego como empregada doméstica para cumprir a tarefa. A medida foi tomada após os pais procurarem o próprio conselho pedindo ajuda – a jovem já faltou mais de 30 dias apenas este ano.
Os pais levavam a adolescente até a porta da escola, mas ela insistia em sair. “Eu ficava na rua. Eu e minha amiga. Porque nós não gostamos de estudar. Fícavamos na casa de uns colegas nossos”, disse a jovem.
O acompanhamento será feito por tempo indeterminado. “Existe denúncia e informação a este conselho tutelar de que a adolescente evadia-se da escola constantemente, frequentava as ruas, estava em situação de risco, ou seja, consumindo bebida alcoólica”, disse o conselheiro tutelar Allan Mateus.
“Nós esperamos que essa decisão que foi tomada pelo conselho e ratificada pela Vara da Infância e Juventude também contribua para explicar para menores, os adolescentes principalmente, que a escola é muito importante. Escola e família, duas instituições muito importantes da Justiça”, explicou o juiz da Infância e Juventude Evandro Pelarin.
Fernandópolis ficou conhecida por medidas polêmicas tomadas para combater a evasão escolar e a criminalidade entre os adolescentes. Eles não podem ficar nas ruas depois de 23h desacompanhados de um responsável.
Há dois meses, está em vigor o toque de recolher nas escolas. Os adolescentes que são flagrados nas ruas pela Polícia Militar no horário em que deveriam estar assistindo às aulas, são recolhidos e levados de volta para a escola.
Desde que a medida passou a valer, dez alunos já foram flagrados nesta situação. Agora, mais uma medida que provoca discussão. “Achei legal, porque evita que ela mate a aula e ajuda ela a estudar”, elogia uma jovem. “Geralmente, muitas mães trabalham e não têm tempo. Eu acho que teria que existir outro meio para isso”, criticou uma mulher.
O diretor da escola não quis gravar entrevista, mas disse, por telefone, que a jovem conseguia sair da instituição pelo portão principal ou pela entrada dos professores.


G1

Pai fica indignado ao descobrir envolvimento de filho com droga

Advogado da noiva do goleiro Bruno afirma ter provas de que Ércio Quaresma fez ameaças


Francisco Assis Simim diz ter gravações que comprovam intimidação feita pelo defensor do jogador no consultório de sua cliente, no Rio de Janeiro

O advogado da dentista Ingrid de Oliveira, de 24 anos, noiva do goleiro Bruno Fernandes, afirmou hoje, em Contagem, que pode apresentar provas que confirmam as ameaças que o advogado Ércio Quaresma teria feito a sua cliente. Francisco Assis Simim, que também defende a ex-mulher do jogador Dayanne Rodrigues dos Santos, afirmou ter em uma gravação de áudio com ameaças de Quaresma contra a dentista.
Segundo Simim, o áudio com as ameaças teria sido gravado no consultório de Ingrid, que fica na cidade do Rio de Janeiro, quando Quaresma visitou a jovem. O fato teria ocorrido no período em que Bruno e Luiz Felipe Romão permaneceram na capital fluminense, para participarem da audiência do processo de ameaças e agressões contra Eliza Samudio, ex-amante do goleiro. O crime contra Eliza teria sido cometido em outubro de 2009, quando a jovem se dizia grávida do atleta. O advogado da dentista disse também que está analisando a possibilidade de encaminhar a gravação à Comissão de Ética e Disciplina da Ordem dos Advogados de Minas Gerais (OAB-MG). O órgão já investiga as denúncias feitas pelos familiares do goleiro contra Ércio Quaresma e já solicitou à Secretaria de Estado de Defesa Social de Minas Gerais uma reunião com Bruno, para esclarecer as supostas ameaças.
Questionado sobre as denúncias de Ingrid, Ércio Quaresma, confirmou nesta quinta-feira ter estado no consultório da dentista e conversado com ela por cerca de uma hora. Ele, porém, nega ter feito as ameaças. “Meus ouvidos vão se deliciar com a gravação”, ironizou.
Apesar das denúncias de ameaças que estão surgindo contra o Ércio Quaresma, Bruno já negou duas vezes que tenha recebido algum tipo de intimidação.

Andrea Silva


Maria da Penha: registro policial basta para mostrar interesse da vítima em ação contra agressor


A mulher que sofre violência doméstica e comparece à delegacia para denunciar o agressor já está manifestando o desejo de que ele seja punido, razão por que não há necessidade de uma representação formal para a abertura de processo com base na Lei Maria da Penha (Lei n. 11.340/2006). Esse entendimento foi adotado pela Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ao julgar um recurso contra decisão do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT).
Em fevereiro de 2010, a Terceira Seção do STJ (que reúne os membros da Quinta e da Sexta Turmas) decidiu, ao julgar um recurso repetitivo, que a representação da vítima é condição indispensável para a instauração da ação penal (Resp 1.097.042). A decisão de agora é a primeira desde que ficou estabelecido que essa representação dispensa formalidades, uma vez estar clara a vontade da vítima em relação à apuração do crime e à punição do agressor.
O TJDFT havia negado a concessão de habeas corpus para um homem acusado com base na Lei Maria da Penha. De acordo com a decisão de segunda instância, em nenhum momento a lei fala de impor realização de audiência para a ofendida confirmar a representação. Para o tribunal estadual, somente havendo pedido expresso da ofendida ou evidência da sua intenção de se retratar, e desde que antes do recebimento da denúncia, é que o juiz designará audiência para, ouvido o Ministério Público, admitir a retratação da representação.
O acusado apontava irregularidades no processo, alegando que em momento algum a vítima fizera representação formal contra ele. Para a defesa, a abertura da ação penal teria de ser precedida por uma audiência judicial, na qual a vítima confirmaria a representação contra o acusado.
“Ainda que se considere necessária a representação, entendo que esta prescinde de maiores formalidades, bastando que a ofendida demonstre o interesse na apuração do fato delituoso”, afirmou o relator do recurso na Quinta Turma, ministro Napoleão Maia Filho. Segundo ele, esse interesse “é evidenciado pelo registro da ocorrência na delegacia de polícia e a realização de exame de lesão corporal”.
O ministro expressou ressalvas quanto à tese vitoriosa na Terceira Seção, pois, para ele, a lesão corporal no âmbito familiar é crime de ação pública incondicionada (ou seja, que não depende de representação da vítima para ser denunciada pelo Ministério Público). Ele sustentou seu voto em decisões anteriores do STJ, no mesmo sentido de que não há uma forma rígida preestabelecida para a representação.
O caso julgado é o segundo precedente neste sentido. Em setembro de 2009, portanto antes do julgamento do recurso repetitivo na Terceira Seção, a Quinta Turma decidiu da mesma forma, ao analisar o HC 130.000, cuja relatora foi a ministra Laurita Vaz. Naquela ocasião, os ministros afirmaram que “a representação (...) prescinde de rigores formais, bastando a inequívoca manifestação de vontade da vítima”. No caso julgado, a Turma considerou a queixa levada à autoridade policial, materializada no boletim de ocorrência, como suficiente para o seguimento da ação.

As duas decisões da Quinta Turma foram unânimes.

Fonte: Superior Tribunal de Justiça

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Uma em cada três mulheres já foi vítima de violência sexual


Agressão atinge cerca de 2 milhões de crianças e adolescentes por ano

Uma em cada três mulheres no mundo já foi forçada a manter relações sexuais ou sofreu algum tipo de agressão e abuso íntimo. A constatação é da vice-presidente do Comitê das Nações Unidas sobre a Eliminação da Discriminação contra a Mulher, Xiaoqaio Zou. Segundo ela, a estimativa é que cerca de 2 milhões de crianças e adolescentes com menos de 15 anos viram alvos de exploração sexual todos os anos.
As informações são da agência de notícias da Organização das Nações Unidas (ONU). Preocupada com esses dados, a vice-presidente fez o alerta durante discussões nas Nações Unidas. De acordo com ela, é fundamental ampliar o sistema de vigilância e monitoramento no setor. “As mulheres continuam a ser violadas impunemente e sujeitas a outras formas de violência sexual em todo o mundo”, disse.
Xiaoqaio Zou alertou que há casos em que as mulheres não denunciam por vergonha e medo. "Muitos estupros não são denunciados por causa do estigma ou da vergonha. Em alguns países, as acusações contra o estuprador ficam sem efeito, se o suspeito casar com a vítima", disse ela.
O relatório da Convenção para a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra a Mulher, de 1979, contou com o apoio de 186 países, inclusive do Brasil. Mas, de acordo com Xiaoqaio, a preocupação é que há “poucos exemplos de governos que de fato implementaram medidas” para ajudar as mulheres. Os Estados Unidos, o Irã e o Sudão estão entre os países que ainda não assinaram a convenção.

Agência Brasil


Jornale

Doenças tropicais “esquecidas” afetam 1 bilhão de pessoas no mundo


OMS alerta contra enfermidades que atingem populações de países pobres

Cerca de 1 bilhão de pessoas no mundo sofrem de doenças tropicais “esquecidas”, que matam 534 mil pessoas por ano. Em anúncio feito nesta quinta-feira (14), a OMS (Organização Mundial da Saúde) pretende controlar até 2015 essas enfermidades, que foram deixadas de lado pelos grandes laboratórios farmacêuticos.
Lepra, leishmaniose, raiva, tracoma, mal de chagas e elefantíase são alguns exemplos de doenças tropicais negligenciadas, que são chamadas dessa maneira porque existem quase exclusivamente em países pobres – elas já foram eliminadas dos países ricos.
Por causa disso, a diretora geral da OMS, Margaret Chan, afirma que o interesse dos laboratórios diminui, prejudicando o controle desse grupo de doenças – que compreende 17 enfermidades.
- As necessidades em termos de prevenção e de tratamento são enormes, mas as pessoas afetadas são pobres e, em consequência, têm pouco acesso às intervenções e aos serviços necessários. A indústria se interessa pouco por investir no desenvolvimento de produtos novos ou melhores contra as doenças vinculadas à pobreza, porque quem sofrem com elas têm pouco poder aquisitivo.
Além disso, o relatório da OMS destaca que as enfermidades são deixadas de lado porque, com exceção da dengue, não provocam grandes epidemias capazes de chamar a atenção dos meios de comunicação.
Essa negligência ocorre mesmo em meio a evidências de que essas doenças provocam infecções que às vezes matam no espaço de meses, semanas ou dias, como a dengue hemorrágica, a doença do sono e a úlcera de Buruli. Na maioria dos casos, as pessoas são afetadas simultaneamente por cinco a sete doenças parasitárias, transmitidas por insetos, larvas ou moluscos.
Para ilustrar a falta de acesso aos remédios, o relatório mostra que a soma da ausência trabalhista e das mortes decorrentes do Mal de Chagas na América Latina custam quase R$ 2 bilhões (US$ 1,2 bilhão) à região.
De maneira geral, a OMS insiste na necessidade de favorecer o diagnóstico e tratamento precoces, o que considera vital. Para tornar os tratamentos mais acessíveis e baratear os custos, a instituição recomenda "iniciar pesquisas para desenvolver novos remédios e diagnósticos que sejam acessíveis a todos os afetados por essas doenças”.


R7

Envelhecimento da população vai exigir adequações no mercado de trabalho, aponta Ipea


A população brasileira pode estar “superenvelhecida” em algumas décadas, caso o nível de fecundidade, estimado em 1,8 filho por mulher, se mantenha. Segundo um estudo divulgado nesta quarta-feira (13/10) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), com base nos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios 2009 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (Pnad/IBGE), entre os anos de 1992 e 2009, a população idosa (com idade superior a 60 anos) pulou de 7,9% para 11,4% dos brasileiros. Por outro lado, a parcela dos brasileiros com menos de 15 anos caiu de 33,8% para 24% no mesmo período.
A expectativa, de acordo com os técnicos do Ipea, é que a partir de 2030 os únicos grupos populacionais que devam apresentar crescimento positivo sejam os com idade superior a 45 anos.
Para a coordenadora de População e Cidadania do instituto, Ana Amélia Camarano, o impacto dessa tendência na composição da população em idade ativa vai exigir adequações no mercado de trabalho. Ela acredita que, a exemplo do que vem ocorrendo em países como França e Japão, o Brasil pode adiar a idade mínima para a aposentadoria compulsória, hoje estabelecida em 70 anos, como forma de amenizar as pressões no sistema previdenciário. De acordo com o estudo, nas próximas décadas, os brasileiros com mais de 45 anos deverão responder por 56,3% da futura população em idade ativa.
“Vários países do mundo estão assumindo que o adiamento da idade mínima para se aposentar seja um dos caminhos para se resolver a questão do déficit previdenciário [em função do impacto do envelhecimento da população na força de trabalho]. É uma tendência geral e pode ser um caminho para o Brasil também. Não sei se será adotado aqui, mas é um caminho que está sendo discutido e adotado em vários países e é importante, não apenas para a questão fiscal, mas também para o indivíduo não sair do mercado de trabalho”, afirmou.
Ana Amélia destacou, ainda, que esse novo panorama vai exigir adaptações das empresas, que precisarão adotar medidas voltadas para a saúde ocupacional, além de adequar sua estrutura física para permitir a mobilidade dos funcionários, promover capacitação para que os trabalhadores acompanhem as inovações tecnológicas, e incentivar a redução dos preconceitos com relação ao trabalho dos idosos.
A coordenadora do Ipea também ressaltou a importância da vinculação do benefício social ao salário mínimo, prevista na Constituição Federal de 1988, na redução da pobreza entre os idosos. Entre os anos de 1992 e 2009, o percentual de idosos pobres caiu tanto entre homens (de 24,7% para 12,3%) quanto entre mulheres (de 20,8% para 11,4%).
O levantamento aponta, no entanto, que a seguridade social representa a parcela mais importante da renda dos idosos. Os rendimentos vindos do trabalho também são expressivos, em especial entre os homens (32,6%). Para as mulheres, a contribuição foi de 11,9%.
Com a melhor situação dos idosos, o estudo aponta também o aumento na proporção dos que chefiam famílias - esta era a situação de 13,8 milhões de pessoas em 2009. Nesses lares, os chefes contribuíam com 54,8% da renda familiar.

Audiência do caso Eliza é retomada nesta quinta-feira após acusados passarem mal


Mulher de caseiro, policial e delegados devem ser ouvidos no fórum de Contagem

A audiência para o julgamento dos acusados pela morte de Eliza Samudio será retomada às 8h30 desta quinta-feira (14). A medida foi tomada após o goleiro Bruno Fernandes, seu primo Sérgio Rosa Sales, e sua amante Fernanda Gomes de Castro passarem mal na tarde de quarta-feira (13).
Serão ouvidas nesta quinta-feira pela juíza Marixa Fabiane Lopes, no Tribunal de Júri de Contagem, região metropolitana de Belo Horizonte, em Minas Gerais, as testemunhas Gilda Maria Alves, mulher do caseiro do sítio de Bruno, e o policial civil Sirlan Versiani Guimarães.
Além deles, outras 11 testemunhas ainda devem prestar depoimento nesta quinta. Entre elas, estão o delegado responsável pelo caso, Edson Moreira, e as delegadas Alessandra Wilke e Ana Maria dos Santos.
De acordo com o Tribunal de Justiça de Minas Gerais, caso não haja tempo suficiente para ouvir todas as testemunhas, a audiência continuará na próxima sexta-feira (15).
Além de Bruno, mais oito pessoas são acusadas de sequestrar e matar a ex-amante do jogador. Eliza Samudio está desaparecida desde junho deste ano.

Desmaio e vômito
Na quarta-feira, os nove acusados de participação no crime compareceram à terceira audiência realizada no Fórum de Contagem, região metropolitana de Belo Horizonte. O goleiro Bruno Fernandes voltou a passar mal, e foi levado para o Hospital Municipal da cidade. Sérgio Rosa Sales, primo do goleiro, e Fernanda Gomes de Castro, amante de Bruno, também se sentiram mal.
Os três foram atendidos por uma ambulância do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência). Segundo o TJ-MG, Bruno teve uma queda de pressão. Na manhã do mesmo dia, ele já havia passado mal, mas não precisou ser socorrido.
De acordo com informações do TJ-MG, Fernanda também teve uma queda pressão e desmaiou após saber que seu pedido de habeas corpus foi negado pelo desembargador Herbert Carneiro. Ela também foi levada ao Hospital Municipal de Contagem.
Bruno passou mal durante a audiência da última quinta-feira (7). O atleta vomitou na frente da juíza Ana Paula Lobo Pereira de Freitas, da Vara Criminal e da Infância e da Juventude de Vespasiano.
Na quarta-feira (6), o goleiro desmaiou durante a sessão, e foi encaminhado para o Pronto-Socorro João XXIII, onde foi medicado e diagnosticado com sinusite leve.
O advogado de Bruno, Ércio Quaresma, entrou na Justiça com um pedido para que o goleiro cumpra prisão domiciliar, enquanto aguarda pelo julgamento.

Processo
No dia 30 de junho, a Polícia Civil de Minas Gerais indiciou Bruno e outros oito suspeitos pela morte de Elisa, mesmo sem a prova material do crime: o corpo da vítima. Dias depois, o TJ-MG aceitou a denúncia do MP (Ministério Público).
Além de Bruno, estão presos por envolvimento no crime o ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, conhecido como Bola, Luiz Henrique Romão, o Macarrão, a amante de Bruno, Fernanda Gomes de Castro, a ex-mulher do goleiro, Dayanne Fernandes, e o primo dele, Sérgio Rosa Sales.


quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Direitos das crianças: avanços e desafios


Disparidades sociais ainda impedem o desenvolvimento de meninas e meninos brasileiros

12 de outubro, é celebrado tradicionalmente o Dia das Crianças, e há muito o que comemorar em relação aos avanços na garantia dos direitos de meninas e meninos brasileiros.
O Brasil tem apresentado avanços expressivos em relação a indicadores como a taxa de mortalidade infantil (crianças menores de 1 ano de idade). Essa taxa caiu de 45,2 óbitos para cada mil nascidos vivos, em 1991, para 19,3, em 2007, redução de 57%, de acordo com os dados da Rede Interagencial de Informações para a Saúde (Ripsa).
Na área da Educação, também se observam importantes avanços desde a aprovação do Estatuto da Criança e do Adolescente, que neste ano completou 20 anos.
O percentual de crianças entre 7 e 14 anos no ensino fundamental, por exemplo, subiu, entre 1992 e 2008, de 81,4% para 97,9% em todo o Brasil. Uma tendência semelhante é observada tanto na Região Norte quanto na Nordeste. Na Região Norte, o mesmo indicador subiu de 82,6% para 93,6%. Foi no Nordeste, entretanto, que se observou a maior alta do indicador, passando de 69,7% para 94,3%. Em relação à proporção de adolescentes de 15 a 17 anos no ensino médio, os números também revelam avanços expressivos. Em todo o Brasil, o percentual subiu de 18,5% para 50,4% entre 1992 e 2008.
Outra vitória importante foi a aprovação, em novembro do ano passado, da emenda constitucional que amplia os recursos da educação e assegura a obrigatoriedade do ensino a crianças e adolescentes de 4 a 17 anos, que será totalmente implementada até 2016.


Desafios – Ainda que as médias gerais reflitam esses avanços significativos na vida das crianças brasileiras, há importantes desafios quando se observam as realidades regionais.

No Nordeste, a taxa de mortalidade de crianças menores de 5 anos continua bem acima da média nacional, com 34,1 óbitos para cada mil nascidos vivos – mesmo tendo sido registrada uma redução de 28,8% na região entre 2000 e 2007. Na Região Norte, apenas 31% das gestantes têm acesso a, pelo menos, seis consultas de pré-natal, muito abaixo da média nacional de 57,1%.

Em relação à violência, os dados oficiais preocupam porque demonstram uma tendência de crescimento na taxa de homicídios de crianças e adolescentes (10 a 19 anos) entre 2000 e 2007, passando de 22,2 para 22,8 mortes em cada grupo de 100 mil habitantes em todo o Brasil. Esse indicador preocupa também quando observamos as diferenças da taxa entre as macrorregiões do País. Enquanto, na Região Sudeste, o indicador caiu, durante o mesmo período, de 34,4 para 22, no Nordeste, subiu de 13,7 para 24,6 mortes por homicídio de crianças e adolescentes para cada 100 mil habitantes. Essa região possui o mais alto índice de homicídio nessa faixa etária.

Segundo o Índice de Homicídios na Adolescência (IHA), os homicídios representam 46% de todas as causas de mortes dos cidadãos brasileiros na faixa etária de 12 a 18 anos. O estudo avaliou 267 municípios do Brasil com mais de 100 mil habitantes e chegou a um prognóstico alarmante: estima-se que o número de adolescentes assassinados entre 2006 e 2012 pode chegar a 33 mil se não mudarem as condições que prevalecem nessas cidades, onde o estudo foi realizado.
O IHA revela ainda iniquidades que aumentam as chances de um adolescente ser vítima de homicídios. Por exemplo, os adolescentes negros têm quase três vezes mais chance de morrer assassinados do que os brancos. O Índice foi desenvolvido no âmbito do Programa Redução da Violência Letal contra Adolescentes e Jovens, uma iniciativa coordenada pelo Observatório de Favelas e realizada em conjunto com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH/PR) e o Laboratório de Análise da Violência da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (LAV-Uerj).

Pelo fim das iniquidades – O UNICEF está promovendo, desde a semana passada, uma campanha que convida toda a população a participar de um movimento pela redução das iniquidades nos centros urbanos e melhoria das condições de vida das crianças e dos adolescentes que moram nas comunidades populares (favelas, assentamentos, cortiços, conjuntos habitacionais).
Criada pela agência Nova S/B, a campanha Unidos pelas Crianças e pelos Adolescentes faz parte da Plataforma dos Centros Urbanos, uma iniciativa do UNICEF nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro e Itaquaquecetuba, que promove a aliança entre governos, sociedade civil e setor privado pela garantia dos direitos de meninos e meninas que vivem nas grandes cidades brasileiras.

Fonte: Unicef - 11/10/2010


Crianças que sofrem maus tratos recebem apoio de abrigos, em BH



Muitas vezes são estas instituições que precisam de ajuda.
Os abrigos contam com a ajuda de voluntários para sobreviver.

As muitas crianças que sofrem maus tratos e são obrigadas a sair de casa recebem ajuda de abrigos. Estas instituições, muitas vezes também precisam de ajuda. Muitas contam, principalmente, com a boa vontade dos voluntários para sobreviver.

Veja os contatos e os endereços de alguns abrigos em Belo Horizonte:

Lar Batista - 3879-0905
Rua Princesa Isabel, n°151 - bairro Jardim Leblon. (próximo ao posto de saúde do bairro).

República Reviver - 3277-6034
Rua Varginha, nº 244 - bairro Floresta. (referência: entre rua Guanhães e rua Garanésia. Fica próximo à Praça Alberto Mazzoni)


G1

Jovem bebe até morrer em festa em Viamão (RS)



Rapaz participou de competição de quem bebia mais vodca

Um instalador de antenas de 21 anos morreu de tanto beber em uma festa de Viamão, no Rio Grande do Sul. No evento, ele participou da disputa de quem beberia mais vodca.
De acordo com informações da dona da casa onde ocorreu a celebração, ele teria caído no banheiro da casa. O homem foi colocado, já desacordado, em um sofá, onde ficou sentado por seis horas.
Ele foi mandado de volta para a sua residência em um táxi. Segundo a mãe da vítima, ele chegou morto. O jovem tinha dois filhos – um de quatro anos e outro de dois.


R7

Qual será o futuro da menina afegã mutilada por seu marido? Aisha posa com prótese. E sorri.

Em agosto, a revista Time publicou uma das capas mais ousadas de sua história. Mostrava a bela jovem Aisha, de 18 anos, mutilada por seu marido, um talibã “ofendido em sua honra”, no Afeganistão. A visão do rosto jovem desfigurado causava um misto de repulsa e pena, mas era sem dúvida uma denúncia poderosa das condições terríveis a que mulheres podem ser submetidas no regime talibã.
O blog 7×7 publicou um post sobre o assunto e informou que ela tinha embarcado para os Estados Unidos para uma cirurgia, com o objetivo de reconstituir seu nariz e orelhas, arrancados quando tentou fugir do marido arranjado por sua família.
Agora, ela posou para a imprensa internacional com uma prótese temporária, enquanto aguarda uma solução mais permanente, que exige cirurgia.
Aisha sorriu. Um sorriso doce.
Nesses momentos, eu penso por que todos nós às vezes reclamamos e nos deprimimos por motivos absolutamente fúteis. O sorriso dessa moça – e seu claro orgulho por finalmente poder parecer uma pessoa normal, sem provocar no próximo um olhar de choque – é comovente.
A prótese dá uma ideia de como Aisha ficará após a operação. Quem está financiando a cirurgia é a Fundação Grossman Burn, com sede em Los Angeles.
Seu sobrenome nunca foi revelado. Sua história, sim, para o mundo inteiro. E é aterradora e revoltante. Aisha foi dada pelo pai a um terrorista Talibã quando tinha apenas 12 anos de idade, pouco mais que uma criança. Foi vendida em troca de uma dívida. A família do marido dela a forçou a dormir no estábulo com os animais. E, anos depois, quando a menina tentou fugir de um cotidiano de humilhações, seu marido a perseguiu e, como castigo, a mutilou. Ela desmaiou e, no meio da noite, despertou em meio a um líquido viscoso. “Quando abri meus olhos, não podia enxergar nada, por causa do sangue”, declarou à repórter da CNN Atia Abawi.
Aisha foi abandonada na montanha. Achavam que ela morreria. Mas ela conseguiu, apesar de terrivelmente ferida, chegar à casa de seu avô. E foi tratada durante dez semanas num posto médico administrado por americanos. Transportada para um refúgio secreto em Cabul, capital do Afeganistão, foi levada enfim para os Estados Unidos, abrigada por uma família americana.

Espera-se que sua reabilitação dure cerca de oito meses.
Segundo o Dr Peter Grossman, seu nariz e suas orelhas serão reconstituídas com osso, pele e cartilagem extraídos de outras partes de seu próprio corpo. A mulher do médico disse que Aisha se lembra de seus tempos de escravidão toda vez que se olha no espelho, mas hoje já é capaz de sorrir e, quem sabe um dia, poderá superar toda a injustiça e crueldade de que foi vítima – num momento em que era uma adolescente, com todos os mesmos sonhos de quem um dia quer ser feliz, amar e ser amada.
De acordo com estimativas das Nações Unidas, quase 90% das afegãs sofrem algum tipo de abuso doméstico.
Os afegãos afirmam que tudo isso não passa de propaganda americana, porque, pela lei sagrada islâmica, cortar nariz e orelhas de pessoas seria ilegal.

Época


Delegados que investigaram sumiço de Eliza são ouvidos na Grande BH


Entre os delegados, juíza vai ouvir Edson Moreira, que presidiu o inquérito.
Esta é a quarta audiência do caso Eliza, a segunda em Contagem.

Mais uma audiência sobre o desaparecimento e morte de Eliza Samudio está marcada para esta quarta-feira (13). De acordo com a assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), quatro testemunhas serão ouvidas.
Segundo o TJMG, quatro delegados que participaram das investigações do desaparecimento de Eliza Samudio prestam depoimento nesta quarta: Edson Moreira, Wagner Pinto, Alessandra Wilke e Ana Maria dos Santos da Polícia Civil de Minas Gerais
A audiência será no Fórum de Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, a partir das 8h. A juíza Marixa Fabiane Lopes Rodrigues preside a sessão.
De acordo com um policial militar que trabalha no fórum, todos os réus estão na sala de audiência. Dayanne Souza, mulher de Bruno; Fernanda Gomes de Castro, ex-noiva do goleiro; e o primo dele, Sérgio Rosa Sales, chegaram separados. Uma van branca teria levado os outros seis réus, Bruno; Luiz Henrique Romão, o Macarrão; Marcos Aparecido dos Santos, o Bola; Flávio Caetano; Wemerson Marques; e Elenilson Vítor da Silva por uma entrada à qual a imprensa não tem acesso.
Na entrada do fórum de Contagem, o advogado de Bruno, Ércio Quaresma, disse "eu não ameaço, eu faço", em referência à denúncia do Fantástico sobre possíveis ameaças que o defensor estaria fazendo ao goleiro Bruno e a amigos e familiares. A dentista Ingrid Oliveira, noiva do goleiro, disse que defensor orientou Bruno a tentar suicídio na cadeia. “Ele falou que teria sido orientado pelo advogado a cortar os pulsos pra ver se ele conseguiria algum tipo de regalia”, contou.
O delegado Júlio Wilke, que participou das investigações, foi ouvido por mais de 13 horas na sexta-feira (8). Na mesma sessão, o adolescente envolvido no desaparecimento de Eliza Samudio também respondeu às perguntas da juíza Marixa. Em seu depoimento, o menor afirmou que o homem indicado como Bola pelo inquérito, e que está preso, não é o Bola que ele conhece. O adolescente ainda pediu desculpas por apontar o ex-policial Marcos Aparecido dos Santos como o responsável pela morte de Eliza. O delegado Wilke disse, em seguida, que o menor indicou com detalhes a casa do ex-policial, em Vespasiano, e que o adolescente sabia até como eram os cômodos da casa.
Em Vespasiano, na quinta (7), nove testemunhas de defesa, que conhecem o ex-policial prestaram depoimento à juíza Ana Paula Lobo Pereira de Freitas. Todas foram unânimes ao dizerem que nunca viram o ex-policial Santos ser chamado de Bola.
Em Ribeirão das Neves, na quarta (6), cinco testemunhas foram ouvidas. Na sessão, Bruno passou mal e precisou ser levado à Policlínica da cidade, e depois, para o Pronto-Socorro João XXIII, em Belo Horizonte, após desmaiar duas vezes.


G1

Resgate dos mineiros no Chile



Florencio Ávalos entrou na cápsula Fênix 2 pouco antes da 0h e conseguiu sair da mina onde estava preso há mais de dois meses. Ao chegar, ele foi aplaudido por todos e deu um abraço no filho.


Globo Vídeos

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Carinho da mãe na infância ajuda na vida adulta, diz pesquisa


Um estudo feito nos Estados Unidos indica que pessoas que recebem carinho em abundância de suas mães quando bebês são mais capazes de lidar com as pressões da vida adulta.

A pesquisa, divulgada pela publicação científica Journal of Epidemiology and Community Health, foi feita com 482 moradores do Estado americano de Rhode Island (nordeste do país) que foram avaliados quando crianças e na vida adulta.
Os cientistas disseram que os abraços, beijos e declarações de afeto da mãe aparentemente têm efeito em longo prazo e tendem a gerar um vínculo sólido com o bebê, contribuindo para a saúde emocional das pessoas.
Segundo os pesquisadores, o vínculo sólido entre mãe e bebê não apenas diminui o estresse da criança como também a ajuda a desenvolver recursos que a auxiliarão em suas interações sociais e na vida de maneira geral.

Interação
Como parte do estudo, psicólogos avaliaram a qualidade das interações entre mães e seu bebê de oito meses durante uma consulta de rotina.
O psicólogo analisou quão bem a mãe respondia às emoções e necessidades da criança, atribuindo uma "nota de afeição" à mãe baseada nas características da interação.
Do total de 482 casos, uma em cada dez mães apresentou níveis baixos de afeição em relação ao bebê.
A maioria (85%, ou 409 mães) demonstrou níveis normais de afeição, e 6% (27) mostraram níveis bastante altos.
Trinta anos mais tarde, os pesquisadores entraram em contato com as crianças, agora adultos, e as convidaram a participar de uma pesquisa sobre seu bem-estar e emoções.
Eles preencheram questionários que incluíam perguntas sobre sintomas específicos, como ansiedade e hostilidade, e também sobre níveis gerais de estresse.
Também foi perguntado aos participantes se eles achavam que suas mães tinham lhes dado afeto, com respostas variando entre "concordo enfaticamente" e "discordo enfaticamente".
Ao analisar os dados, os pesquisadores verificaram que as crianças cujas mães se mostraram mais afetuosas aos oito meses de idade apresentavam os menores índices de ansiedade, hostilidade e perturbação geral.
Houve mais de sete pontos de diferença nos índices de ansiedade entre os participantes cujas mães haviam mostrado níveis baixos ou normais de afetividade e aqueles cujas mães mostraram níveis altos de afetividade.
A equipe de pesquisadores concluiu que crianças que receberam grandes doses de afeição das mães se revelaram mais capazes de lidar com todos os tipos de estresse.
Em particular, participantes cujas mães eram calorosas pareceram lidar melhor com a ansiedade do que os que tinham mães frias.
"É surpreendente que uma observação rápida do calor maternal na infância esteja associada com perturbações nos filhos 30 anos mais tarde", disseram os autores do estudo.
A equipe acrescenta, no entanto, que a influência de outros fatores, como personalidade, criação e escolaridade, não pode ser excluída.

Sintonia
Especialistas ressaltam, no entanto, que é importante saber quando parar: o excesso de afeto maternal, especialmente se a criança já está mais crescida, pode ser perturbador e embaraçoso para ela.
A psicóloga e escritora Terri Apter, da faculdade Newnham College, na cidade de Cambridge, na Inglaterra, estudou os efeitos dos relacionamentos entre mãe e criança e disse que é importante para a mãe ser receptiva ao bebê, além de lhe dar afeto.
"Bebês não nasceram sabendo como regular suas emoções. Eles aprendem ao ficar estressados e ser acalmados."
"E uma mãe receptiva vai perceber as pistas e saber quando a criança já recebeu o suficiente".
Ou seja, vai saber não apenas quando dar carinho e quando parar, concluiu Apter.



Menino que lavava mãos até sangrarem aprende a controlar transtorno



Um paciente que sofre de transtorno obsessivo compulsivo (TOC) e sua mãe falaram à BBC sobre a batalha da família para aprender a conviver com a condição.

Segundo estimativas, o TOC afeta três em cada cem crianças e é caracterizado por pensamentos obsessivos e comportamentos repetitivos. O menino britânico John (este não é seu nome verdadeiro), por exemplo, lavava suas mãos até sangrarem.
Hoje, pendurada em um mural no Maudsley Hospital, em Londres, está uma foto de John, sentado em um vaso sanitário e comendo um sanduíche.
A imagem deixaria a maioria dos pais horrorizados, mas para a mãe de John, Sandra (um nome fictício), a foto foi um sinal de que seu filho estava, finalmente, conseguindo vencer o TOC após um tratamento com terapia cognitivo-comportamental (TCC).
A TCC expõe gradualmente a pessoa às coisas que ela teme - no caso de John, germes e contaminação - ajudando-a a vencer o medo.
"O TOC não vai embora, você não fica livre dele, mas aprende técnicas para lidar com o problema", disse Sandra.
A condição pode ser muito debilitante. Houve períodos em que John não se sentava em vasos sanitários ou em assentos no transporte público, não dormia por causa de pensamentos obsessivos, não tomava banho temendo que a água estivesse contaminada e não comia.
"Eu achava que ia morrer se pegasse na maçaneta da porta", explica John.
Ele tinha oito anos quando os primeiros sintomas começaram a aparecer. Sandra notou que o filho fazia movimentos estranhos, como chutar para os lados em um ângulo pouco comum.
Ela achou que aquilo era um capricho de criança e que passaria com a idade.
Mas após a morte do avô, a quem John era bastante apegado, o menino desenvolveu temores de germes e de sujeira e foi indicado a um psiquiatra.
O diagnóstico de TOC trouxe um certo alívio para a família.
"Uma vez que você encontra um nome para algo, passa a culpar aquele algo e não a criança", disse a mãe.
John começou a tomar antidepressivos - um recurso que, segundo os especialistas, beneficia alguns pacientes - mas seu caso começou a piorar.
"Ele disse que queria morrer, que ia se matar, não aguentava mais", disse a mãe.
John recebeu indicação para fazer um tratamento com Isobel Heyman, que trabalha no instituto de psiquiatria do Maudsley and Great Ormond Street Hospital.
O tratamento com TCC dá ao paciente instrumentos para confrontar e lidar com suas obsessões.
John disse que a terapia mudou tudo. "Eles acreditaram em mim, minha mãe também. Então eu disse a mim mesmo, vou lutar contra isso".
Hoje, aos 14 anos, John está se recuperando, mas a família está consciente de que ele precisará ficar atento, caso o TOC volte a se manifestar.
"Estou constantemente em guarda", diz sua mãe. "Todos nós temos traços de TOC, mas quando ele começa a afetar a forma como você vive, aí se torna um problema".
Heyman e sua equipe estão fazendo estudos para ver se a terapia pode ser oferecida pelo telefone.

Helen Briggs


BBC Brasil

Fome diminui no mundo, mas ainda é alarmante em 29 países


SÃO PAULO - A fome ainda é um problema alarmante em 29 países, apesar das melhoras registradas nas condições de alimentação em todo o mundo nos últimos 20 anos, diz estudo do Instituto Internacional de Pesquisa de Políticas Alimentares (IFRPRI, na sigla em inglês). O chamado Índice Global da Fome (GHI) calculado pela entidade para 2010 caiu 25% em relação ao patamar visto em 1990, mas permanece em um nível considerado "sério". Já o número de famintos, segundo dados das Nações Unidas, soma 925 milhões em 2010, depois de ter superado 1 bilhão de pessoas em 2009.
Os países com piores indicadores nesse quesito estão no sul da Ásia e na África sub-saariana. Os quatro países com GHI "extremamente alarmante" são africanos: Burundi, Chade, Eritreia e Congo. Nesse subcontinente, fatores como conflitos armados, instabilidade política e ausência do poder público agravam a fome.
No sul da Ásia, por outro lado, houve melhoras, mas a situação das mulheres - fraca em termos sociais, educacionais e nutricionais - piora o quadro de desnutrição das crianças até cinco anos.
Segundo o Instituto, a persistência da fome no mundo está muito ligada à desnutrição infantil, que se concentra em algumas regiões. Mais de 90% das crianças com peso abaixo da média estão na África e na Ásia.
A desnutrição infantil corresponde a quase metade do cálculo do Índice Global da Fome. Outros indicadores contabilizados nessa metodologia são a mortalidade de crianças abaixo de cinco anos e a proporção das pessoas subnutridas em relação à população em geral. A combinação dos três componentes forma o conceito de "fome" considerado pela pesquisa, além de permitir o cálculo do índice para cada país.
Segundo o estudo, o Brasil passou de um índice "moderado" de fome em 1990 para "baixo" em 2010. O Instituto ressalta que o país procura combater a desnutrição infantil (o percentual de crianças abaixo do peso caiu de 37% em 1974-75 para 7% em 2006-07) e se beneficia dos maiores gastos sociais e, mais recentemente, do crescimento econômico.
"De 1996 a 2007, grande parte da melhora na nutrição infantil deveu-se à maior escolaridade materna, maior renda familiar, avanços na saúde materna e infantil, e uma melhor cobertura de abastecimento de água e saneamento", diz o relatório do estudo. O texto cita o Bolsa Família como um "programa de redução da pobreza bem-sucedido", que colaborou para que o nível nutricional das crianças pobres se aproximasse dos das crianças mais ricas.

Bebês alimentados apenas de leite materno até os 6 meses 'têm melhor imunidade'


Bebês alimentados exclusivamente com leite materno até os seis meses de idade ganham proteção extra contra infecções, dizem cientistas gregos.

O efeito observado independe de fatores como acesso à saúde e programas de vacinação, eles explicam.
Segundo os especialistas da Universidade de Creta, o segredo estaria na composição do leite materno.
As conclusões do estudo, que envolveu pouco mais de 900 bebês vacinados, foram publicadas na revista científica Archives of Diseases in Childhood.
A equipe ressalta, no entanto, que o benefício só ocorre quando o bebê é alimentado com leite da mãe apenas. Ou seja, acrescentar fórmulas ao leite materno não produz o mesmo efeito.
Especialistas em todo o mundo já recomendam que bebês sejam alimentados somente com leite materno pelo menos durante os seis primeiros meses de vida.

Estudo
Os pesquisadores gregos monitoraram a saúde de 926 bebês durante 12 meses, registrando quaisquer infecções ocorridas em seu primeiro ano de vida.
Entre as infecções registradas estavam doenças respiratórias, do ouvido e candidíase oral (sapinho).
Os recém-nascidos receberam todas as vacinas de rotina e tinham acesso a tratamentos de saúde de alto nível.
Quase dois terços das mães amamentaram seus filhos durante o primeiro mês, mas o número caiu para menos de um quinto (menos de 20%) seis meses depois.
Apenas 91 bebês foram alimentados exclusivamente com o leite da mãe durante os seis primeiros meses.
Os pesquisadores constataram que esse grupo apresentou menos infecções comuns durante seu primeiro ano de vida do que os bebês que foram parcialmente amamentados ou não amamentados.
E as infecções que os bebês contraíram foram menos severas, mesmo levando-se em conta outros fatores que podem influenciar os riscos de infecção, como número de irmãos e exposição à fumaça de cigarro.
O pesquisador Emmanouil Galanakis e sua equipe disseram que a composição do leite materno explica os resultados do estudo.
O leite materno contém anticorpos recebidos da mãe, assim como outros fatores imunológicos e nutricionais que ajudam o bebê a se defender de infecções.
"As mães deveriam ser avisadas pelos profissionais de saúde de que, em adição a outros benefícios, a amamentação exclusiva ajuda a prevenir infrecções em bebês e diminui a frequência e severidade das infecções", os especialistas dizem. ´



Tecnologia na infância e adolescência: assim caminha a humanidade


Restaurante lotado, barulhos de toda ordem, garçons rodopiando pelo salão, música ambiente alta, pais discutindo em quem votar ou sobre a última notícia bombástica da cidade. E eles estão ali, imóveis, mudos e surdos. Nada os abala, ninguém chama sua atenção. Nem mesmo um enorme sorvete, posto de lado, já que chegou bem na hora em que o golpe final seria dado e muitos pontos poderiam ser ganhos. Quem sabe até mesmo um recorde batido. Na escola, todos têm recordes a bater. Em games e não em desempenho escolar, é claro!
A cena descrita acontece a todo momento, em diversos lugares onde circulam pais e filhos. Até mesmo em clubes, onde presenciei meninos sentados no centro da quadra de basquete jogando seus games. Cada um com o seu, sem contato físico nem verbal com seus amigos. Sem dúvida, manter a geração de hoje parada por muito tempo é tarefa árdua e requer tempo e paciência. Algo de que não dispõe a maioria das pessoas, principalmente, os pais, que se dedicam cada vez menos a seus filhos e cada mais a si próprios. Muito mais fácil, portanto, é deixar para a tecnologia, aí incluída também a TV, a tarefa de "distrair" crianças e adolescentes. Nada de perguntas sem fim, gritaria e bagunça. Ufa! Santa TV! Bendito game!
E assim caminha a humanidade! Pais e filhos tão próximos e tão distantes ao mesmo tempo. Quantos deles sabem o que seus filhos andam pesquisando na internet? Com quem andam falando no MSN? Que nota tiraram na última redação da escola? O que comem no recreio? Nada disso interessa, se eles estiverem quietinhos na hora do Jornal Nacional ou quando o time entrar em campo. Nada disso importa na hora da novela ou da academia. Apenas interessa aos pais que esses pobres meninos e meninas estejam por perto, mas sem incomodar muito, sem fazer barulho suficiente para fazê-los perceber que existe alguém no mundo que depende deles para, no futuro, poder votar e assistir à TV sem achar que, com apenas "um golpe", tudo será resolvido.
Pobres crianças! Pobres pais! Pobre humanidade!

Artigo da leitora Adriana d´Albrieux de Carvalho


O Globo

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Como as crianças brasileiras usam o computador, a internet e o celular


Pesquisa inédita revela como o computador e o celular estão cada vez mais presentes no dia a dia de crianças entre 5 e 9 anos

Qual pai ou mãe já não se surpreendeu ao ver a habilidade do filho com o computador em casa? Sim, a nova geração digital tem, cada vez mais, crianças com menos idade. Resultados da 1a Pesquisa Sobre Uso de Tecnologias da Informação e da Comunicação por Crianças no Brasil (TIC crianças), realizada pelo Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br) com 2.502 crianças entre 5 e 9 anos, apresentada nesta quinta (7), mostrou que 57% delas já usaram o computador em algum momento da vida.
O local onde mais têm acesso a essa tecnologia é em casa (44%), ficando a escola em segundo lugar (40%). Entre as atividades que mais fazem no computador, 80% usa para desenhar e 64% para escrever textos. O uso da internet, apesar de ser baixo nesse grupo de crianças – somente 28% já usaram a rede -, traz um dado polêmico. Enquanto 14% citaram a escola como um dos locais onde mais acessa, as lanhouses (proibidas para crianças) se destacam pelo uso da rede por 17% das crianças (vale lembrar que a pesquisa foi realizada também em áreas rurais, onde o acesso a internet nesses locais é mais frequente). Apesar disso, quase metade entra na internet em casa mesmo, e, o mais curioso, as de 5 anos são as mais conectadas (64%).
E o que as crianças mais fazem na web? Divertem-se! De acordo com as entrevistas, 97% usam a rede para jogar, sendo que 55% entram para brincar em sites que têm desenhos como os que gostam de ver na TV. O uso de redes sociais (como orkut) foi citado espontaneamente por 27% delas. As atividades que envolvem comunicação e educação são pouco utilizadas por esse público.
Uma das tecnologias mais presentes no dia a dia das crianças entre 5 e 9 anos é o celular. Cerca de 64% já usaram o aparelho e 14% tem o próprio telefone. Mas será que elas falam tanto assim? Não muito. O celular é usado principalmente para jogos e para ouvir música e o acesso à internet corresponde a apenas 2%.
A segurança dos pais para evitar riscos à rede não foi questionada aos pais durante o estudo, mas vale lembrar que o acesso à web acontece não somente na sua casa, mas na do amigo do seu filho, então conversar com ele sobre como usar o computador (para o bem!) e os perigos que estão escondidos na web é sempre uma das maiores proteções que você pode oferecer a ele, além dos filtros que você já conhece.

Ana Paula Pontes


Crescer

Medicina legal está sucateada em Alagoas


Diante do caos imediato, o diretor do IML defende a importância da medicina legal “como ciência e arte” para elucidar crimes

A perícia criminal nunca esteve tão em evidência na mídia. Seja em crimes de repercussão, como nos casos Mércia Nakashima, Eliza Samudio e Isabella Nardoni, ou em seriados de TV e filmes policiais. Apesar de a medicina legal despertar certa repulsa, não deixa de ser tema palpitante e instiga debates entre cidadãos comuns que se imaginam “experts”. Mas existe um abismo de diferenças entre os roteiros mirabolantes, as superproduções da ficção e a vida real. Quando se trata do Instituto Médico Legal (IML) de Maceió então, a comparação seria um ultraje.
Após a necropsia, corpos são largados no chão, nus, por não haver espaço onde colocá-los. Agentes funerários lavam cadáveres a céu aberto, numa rampa aos fundos do IML, visível para vizinhos. A água podre forma poças. A câmara frigorífica é velha, tem até uma porta emperrada que precisa ser escorada por uma cadeira de rodas. Janelas sem telas de proteção permitem a entrada de insetos voadores que saem contaminados. Serrotes, facas, tesouras, pinças e bisturis sujos são deixados num armário enferrujado, aberto, com portas amassadas.

Falta de estrutura prejudica os trabalhos
A promessa da construção de um novo prédio do Centro de Perícias Forenses (CPFor), num terreno adquirido próximo ao Distrito Industrial, surge como a esperança de debelar tantas mazelas. A área de 31.500 m² seria dividida em três módulos (IML, Instituto de Criminalística e Instituto de Identificação). Os R$ 4 milhões para a execução do projeto já chegaram, mas ainda não se tem notícia da obra. Talvez comece ainda este ano.
Diante dessa expectativa, nada mais crucial do que expor os problemas da velha sede para sensibilizar a opinião pública e os poderes constituídos. A direção do IML aceitou o desafio proposto pela reportagem da Gazeta e teve a coragem de abrir todas as portas do órgão, de uma forma que nunca foi mostrada antes na imprensa alagoana. Acompanhado da assessoria de comunicação da Secretaria de Defesa Social, Gerson Odilon mostrou por que as siglas IML e CSI (Crime Scene Investigation, do seriado de TV americano) estão tão distantes.

Obra do novo IML deve iniciar este ano
O cartão de visitas do IML não é nada agradável. Quem já vive o drama de ter de ir ao local, toma o primeiro choque na recepção. Só há uma sala de atendimento, onde vítimas de estupro e de acidentes se deparam com bandidos algemados para fazer o exame de corpo de delito. Parentes de vítimas de assassinatos e mortes violentas também esperam no mesmo ambiente com crianças abusadas sexualmente, conselheiros tutelares, mulheres espancadas e policiais armados.
Vivendo a ansiedade de acabar com isso, o diretor do IML, Gerson Odilon, está discutindo com o Serviço de Engenharia do Estado de Alagoas (Serveal) as adaptações finais do projeto de construção do módulo do novo IML. De acordo com a Secretaria de Defesa Social (SDS), a obra será iniciada ainda este ano. Devem ser investidos R$ 2 milhões para a construção do prédio e outros R$ 2 milhões para o reaparelhamento dos três órgãos que compõem o CPFor: IML, Instituto de Criminalística (IC) e Instituto de Identificação.

Perícia médica é tema de palestra
O diretor do IML soube prender a atenção da plateia na palestra promovida pela Associação de Polícia (Apocal). Tanto por detalhar como a medicina legal pode ser útil nas investigações, como pelas orientações que passa aos agentes da lei para colaborar com o trabalho de perícia. Mas o ápice da apresentação acontece quando o legista começa a apontar a estrutura precária que fere a dignidade humana.
Mostrando os problemas em slides, ele aponta o sistema hidráulico falho, que até pouco tempo dispunha de caixas d’água no chão. “Um funcionário lavava uma lata de sangue e deixava a caixa suja, a mesma água era canalizada para as torneiras. Depois que descobriu o problema, um legista falou: ‘pôxa, quantas vezes escovei meus dentes com essa água?”, profere Gerson Odilon, diante do público estupefato.


Filho e advogado de Sakineh “somem” durante entrevista no Irã


Ambos davam entrevista a jornalistas alemães, que também não puderam ser localizados

Sajjad Ghaderzadeh, filho da iraniana Sakineh Mohammadi Ahstiani, e Houtan Kian, advogado da mulher, simplesmente desapareceram durante uma entrevista na cidade de Tabriz, no Irã, informou o blog Dentelles e Tchador, do jornal parisiense Le Monde.
Eles davam uma entrevista neste domingo (9) a dois jornalistas alemães, que traduziam a conversa com a ajuda de Mina Ahadi, do Comitê Internacional contra a Lapidação, por meio de celulares. Mina disse ao jornalista que escreve o blog, Armin Arefi, que, de repente, a ligação foi cortada e, após mais de 24 horas sem notícias de ninguém, ela teme que tenham sido presos pelas autoridades iranianas.
Arefi ainda informou que tentou ligar desde a tarde de ontem para Ghaderzadeh e Kian, mas não obteve resposta. O jornalista ainda disse que entrou em contato com a família do filho de Sakineh e soube que ele não pernoitou em casa.
O escritório de Kian está fechado, de acordo ainda com Arefi.
Mina ainda disse ao jornalista que, segundo o Ministério das Relações Exteriores da Alemanha, os alemães não voltaram mais a seu hotel.
O blog ainda informa que Houtan Kian foi convocado no último sábado (9) pelo Ministério da Informação do Irã a uma audiência de 12 horas, que tinha o objetivo de que ele se calasse sobre o que aconteceu a sua cliente. Ele também sofreu a ameaça de ter sua licença de advogado cassada.
O caso de Sakineh, de 43 anos, mobilizou governos e entidades de direitos humanos de todo o mundo. Acusada de adultério e de ter participado da morte do marido, ela foi condenada ao apedrejamento pelo primeiro crime, mas teve a pena suspensa.
O castigo, posteriormente, teria sido substituído por enforcamento pelo segundo delito. No entanto, o Ministério de Relações Exteriores do Irã negou que a decisão fosse definitiva e garantiu que os procedimentos legais ainda não estavam concluídos.


Laudo do IML aponta que Joanna sofreu maus-tratos


RIO - O laudo feito pelos peritos do Instituto Médico-Legal (IML) confirma as suspeitas de que a menina Joanna Marcenal Marins, de 5 anos, morta em agosto, depois de ficar 26 dias em coma, sofreu maus-tratos. O documento a que O GLOBO teve acesso conclui que as lesões nas nádegas da criança, semelhantes a queimaduras, foram causadas por substância química ou ação física, e que as cicatrizes e feridas no corpo de Joanna foram provocadas por traumas.
A menina morreu no dia 13 de agosto, segundo os peritos, em consequência de uma meningite viral desenvolvida a partir de herpes, conforme O GLOBO adiantou no mês passado. O laudo descreve que a doença pode ser consequência de baixa imunidade. Na conclusão do exame, os peritos citam que falta de higiene e de proteção às crises convulsivas caracterizaram um quadro de "maus-tratos", mas afirmam não ter elementos para responder se a a morte foi produzida por meio cruel.

Maus-tratos podem ter provocado baixa imunidade
- O laudo conclui o mais importante: a causa da morte e os maus-tratos. Cabe à polícia descobrir a que nível chegaram esses maus-tratos, pois as condições ou punições a que ela foi submetida podem ser a origem da baixa imunidade e, consequentemente, da meningite. As defesas do corpo humano ficam extremamente prejudicadas quando a pessoa é mantida em condições precárias, está mal alimentada ou sem medicação correta, por exemplo - explicou o perito criminal Mauro Ricart, consultado pelo GLOBO.
O exame de corpo de delito constatou ainda que Joanna sofria de displasia (desenvolvimento anormal dos tecidos) severa. A patologia, outra possível consequência do quadro imunológico da criança, segundo os peritos do IML, pode ser deflagrada ou agravada por estresse.

Gabriel Mascarenhas


domingo, 10 de outubro de 2010

Drogas: Pais e professores devem manter jovens informados, afirmam especialistas


Rio - Um jovem de 20 anos é preso após tentar esfaquear os pais dentro de casa. O motivo do crime, segundo o autor, José Roberto Vicente de Oliveira Júnior, foi a ingestão de seis sacolés de cocaína. Mas a revelação não parou por aí. Segundo ele, o consumo de substâncias alucinógenas faz parte de seu dia-a-dia desde que completou 14 anos.
Após a confissão, José Roberto foi encaminhado para a Polinter, mas deixou do lado de fora das portas do presídio um alerta para pais e educadores: manter jovens e crianças informados sobre os males que o uso de drogas pode causar é crucial para evitar que casos como esse se repitam. O aviso é dado não só por entidades especializadas em todo o mundo, mas também por profissionais das áreas médica e educacional.
"É necessário que, antes de tudo, se respeite a inteligência de crianças e adolescentes, que hoje em dia têm acesso praticamente ilimitado a informações de todos os tipos e que, portanto, estão cientes dos males que as drogas trazem", afirma a psicóloga Edna Assunção. "Não se pode inventar histórias absurdas sobre o assunto. Deve-se priorizar sempre a verdade. Crianças e jovens têm total capacidade de assimilar fatos e tirar suas próprias conclusões".
Para Edna, esse acesso amplo a notícias pode ser um aliado de professores em sala de aula, quando o assunto é prevenção às drogas. Utilizar reportagens de jornais e revistas em grupos de discussão com alunos costuma surtir efeitos positivos, além de servir como objeto de discussão também dentro de casa, com pais e outros membros da família. "O diálogo com pais e professores serve também para alertar os alunos em relação ao comportamento dos próprios colegas, ajudando a detectar possíveis usuários na escola", explica a psicóloga.
Uma pesquisa realizada pela Secretaria Nacional Antidrogas (Senad) e pelo Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas (Cebrid), da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), constatou que o álcool e o tabaco são os principals vícios dos alunos do ensino fundamental (a partir da quinta série) e médio nas escolas públicas de todo o país.
O estudo também aponta que um quarto dos estudantes brasileiros com idades entre 10 e 18 anos já provou algum tipo de droga ilegal. Os fatores que levam o jovem a tomar tal decisão são variadas e vão desde a simples curiosidade, passando pela transgressão, chegando à autoafirmação e até mesmo a conquista de status entre os colegas.

A realidade de jovens drogados nas escolas
Segundo Edna, uma das maneiras mais eficazes de abordagem do assunto na escola é a interdisciplinaridade. Trazer o tema para que seja discutido sob óticas diferentes, em diversas disciplinas, faz com que o assunto seja assimilado de maneira muito mais eficaz do que discuti-lo de forma isolada. Mas os próprios professores precisam estar preparados para sanar as dúvidas dos alunos e identificar possíveis usuários.
O assunto ganhou tanta importäncia em todo país que o Ministério da Educação (MEC) e a Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas (Senad) lançaram, em 2004, um curso a distância para a preparação de docentes no combate às drogas nas escolas públicas. No primeiro ano, o curso teve a participação de cinco mil educadores de todas as regiões do país; em 2006, a formação atendeu 20 mil educadores; e em 2009, 25 mil.
A realidade de jovens drogados é cada vez pior, principalmente dentro do ambiente escolar. As mudanças comportamentais típicas da adolescência, com todas as suas descobertas e fragilidades, são um prato cheio para que o jovem eleja a drogas como uma válvula de escape para seus conflitos, sejam eles internos ou de convivência, principalmente com os pais", explica o psiquiatra Alessandro Oliveira, que tem, entre seus pacientes, alguns jovens usuários de drogas.
Edna explica que, ao professor cabe tratar do assunto em um contexto mais amplo, discutindo o projeto de vida dos alunos, seus anseios e suas escolhas para o futuro. Questionar os alunos quanto ao que pode beneficiar e atrapalhar suas escolhas, fazendo-os refletir sobre o melhor caminho a ser tomado também são bons exemplos. A psicóloga alerta professores e orientadores a não transformar a droga em uma espécie de bicho papão e sim mostrar que, em um primeiro momento, ela causa bem-estar. E que só depois é que os usuários sentirão os prejuízos causados por sua ingestão.
De acordo com Alessandro Oliveira, a grande maioria dos usuários de drogas começa experimentando bebidas alcoólicas. Dali, seguem para a maconha, mas não chegam a desenvolver o vício. O grande problema são aqueles jovens que não conseguem parar e passam a utilizar drogas cada vez amais pesadas, como a cocaína e o crack, que vem se tornando muito comum entre adolescentes de diversas classes sociais. Muitos desses jovens têm pais ausentes ou separados, e que não estão preparados para abordar o assunto em casa, delegando à escola esta tarefa, que deve ser conjunta.
"Antes de tudo, é preciso que os pais e também os professores realmente se envolvam nas atividades cotidianas da criança e do jovem. Só assim, dialogando e convivendo, eles conquistarão sua confiança e poderão influenciar mais em suas decisões", finaliza Oliveira.

Angélica Paulo


O DIA ONLINE

Após 70 anos: mundo faz tributo a John Lennon



John Lennon é um dos maiores nomes da história da música mundial reconhecido pela qualidade e extensão de sua obra majoritariamente composta ainda nos Beatles, assim como por seu ativismo político e pacifista.
Neste sábado, o ex-Beatle completaria 70 anos caso não tivesse encontrado, em 1980, pelas ruas de Nova York, com David Chapman - o homem que o matou com quatro tiros e horas antes do mesmo dia o havia abordado para pedir um autógrafo. Desde a última sexta-feira, pessoas de diversos lugares do mundo prestam homenagens ao músico.
Yoko Ono solicitou que os fãs fizessem vídeos em memória de Lennon e publicassem no Youtube, e se prepara junto de Sean, filho de Lennon, para apresentação beneficente em Reykjavik, Islândia, com a Plastic Ono.
A primeira mulher do artista, Cynthia, e o filho Julian inauguraram em Liverpool um monumento em homenagem a Lennon acompanhados por uma multidão de centenas de pessoas.
No Central Park, em Nova York, fãs circundaram a inscrição no chão "Imagine" - nome de uma das grandes canções de Lennon - e a cantaram em sinal de respeito e afeto.
A logo do Google foi alterada a fim de homenagear o músico, e um vídeo com um desenho animado ao som de "Imagine" foi exibido.


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