Veja o que psicólogos indicam aos pais quando há o desejo de adotar uma criança
Adoção não é caridade, ferramenta para superar o luto por um filho perdido, tampouco solução para manter um casamento. Adoção é entrega e amor a um filho gerado por outra pessoa. Por isso, requer a mesma dedicação para criar, ensinar, acalentar e acompanhar a criança, tal qual aquela nascida de uma gestão tradicional — porém com a particularidade de que a espera pode ultrapassar quatro anos.
— É preciso saber se (o pretendente à adoção) poderá abrir mão do seu tempo, terá
disponibilidade e poderá se dedicar ao filho como ele precisa. Todo filho precisa ser
desejado, independente de ser biológico ou adotado – afirma a psicóloga Andrea Filippini Dal Conte, da organização não governamental (ONG) Instituto Filhos.
Pais adotivos não estão isentos de ter medos e inseguranças. Especialistas enumeram alguns desses temores: receio de que a criança queira conhecer suas origens, dúvida entre contar-lhe ou não sobre a adoção e as dificuldades vividas por crianças maiores estão entre os principais.
— Alguns comentam sobre o mito do “sangue ruim”, têm medo de que a criança herde traços negativos de caráter. Isso são fantasmas, temores que não correspondem à realidade — explica a psicóloga Paula Chiapinotto Triches, também do Instituto Filhos. — É fundamental que a criança se sinta acolhida e amada. Mas não pode ficar sempre sob a imagem de coitadinha. Ela terá aspectos dolorosos na sua história, mas a vida não poderá ficar pautada pela vitimização. É essencial impor limites — completa.
As psicólogas concordam que manter a naturalidade é essencial. Elas explicam, por exemplo, que preparar os filhos de sangue para receber um adotado implica o mesmo esforço empregado quando o irmão esperado é biológico.
— Quando se decide adotar, começa-se a explicar que virá um irmãozinho. A gestação da adoção não é a lógica, que dura nove meses, mas vai ocorrer como se fosse a espera por um filho biológico. Tem que dizer que virá um irmão adotado, mas não se
sabe quanto tempo vai demorar – afirma Andrea.
Quem pode adotar?
Homens e mulheres maiores de 18 anos, e que tenham no mínimo 16 a mais que a
criança. Podem ser casados, solteiros, divorciados, hetero ou homossexuais.
Adoção não é caridade, ferramenta para superar o luto por um filho perdido, tampouco solução para manter um casamento. Adoção é entrega e amor a um filho gerado por outra pessoa. Por isso, requer a mesma dedicação para criar, ensinar, acalentar e acompanhar a criança, tal qual aquela nascida de uma gestão tradicional — porém com a particularidade de que a espera pode ultrapassar quatro anos.
— É preciso saber se (o pretendente à adoção) poderá abrir mão do seu tempo, terá
disponibilidade e poderá se dedicar ao filho como ele precisa. Todo filho precisa ser
desejado, independente de ser biológico ou adotado – afirma a psicóloga Andrea Filippini Dal Conte, da organização não governamental (ONG) Instituto Filhos.
Pais adotivos não estão isentos de ter medos e inseguranças. Especialistas enumeram alguns desses temores: receio de que a criança queira conhecer suas origens, dúvida entre contar-lhe ou não sobre a adoção e as dificuldades vividas por crianças maiores estão entre os principais.
— Alguns comentam sobre o mito do “sangue ruim”, têm medo de que a criança herde traços negativos de caráter. Isso são fantasmas, temores que não correspondem à realidade — explica a psicóloga Paula Chiapinotto Triches, também do Instituto Filhos. — É fundamental que a criança se sinta acolhida e amada. Mas não pode ficar sempre sob a imagem de coitadinha. Ela terá aspectos dolorosos na sua história, mas a vida não poderá ficar pautada pela vitimização. É essencial impor limites — completa.
As psicólogas concordam que manter a naturalidade é essencial. Elas explicam, por exemplo, que preparar os filhos de sangue para receber um adotado implica o mesmo esforço empregado quando o irmão esperado é biológico.
— Quando se decide adotar, começa-se a explicar que virá um irmãozinho. A gestação da adoção não é a lógica, que dura nove meses, mas vai ocorrer como se fosse a espera por um filho biológico. Tem que dizer que virá um irmão adotado, mas não se
sabe quanto tempo vai demorar – afirma Andrea.
Quem pode adotar?
Homens e mulheres maiores de 18 anos, e que tenham no mínimo 16 a mais que a
criança. Podem ser casados, solteiros, divorciados, hetero ou homossexuais.