quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Instituto do Câncer Infantil reinaugura instalações com decoração inspirada em O Mágico de Oz


Objetivo é quebrar a sobriedade do ambiente onde pacientes oncológicos permanecem longo tempo em tratamento

Um leão de braços abertos recepciona quem chega ao terceiro andar do Hospital de Clínicas de Porto Alegre.

No peito, o mascote da luta contra o câncer infantil exibe uma medalha com a palavra "coragem". O corredor até a porta que dá acesso à unidade de oncologia pediátrica do hospital é decorado por um caminho de tijolos amarelos, como o que a menina Dorothy percorre na história O Mágico de Oz até encontrar o caminho de volta para casa.

A nova ambientação do Instituto do Câncer Infantil do Rio Grande do Sul (ICI-RS), que será inaugurada na manhã desta quinta-feira, às 10h30min, aproveita a relação com a história infantil que acompanha o instituto desde sua fundação, em 1994, para dar mais cores ao hospital, onde crianças e adolescentes passam longo tempo internados para o tratamento do câncer.

— Esta unidade não é para quem tem uma dor de barriga, por isso, tão importante como o acolhimento médico competente e uma equipe bem treinada é termos um ambiente menos frio para esses pacientes e seus familiares — comenta o presidente do ICI-RS e chefe do Serviço de Oncologia Pediátrica do Hospital de Clínicas, Algemir Brunetto.

O médico explica que a escolha da história do Mágico de Oz para representar o instituto tem pelo menos duas razões: a construção do caminho para a cura das crianças para que elas, assim como Dorothy, voltem para casa e o amigo que a menina encontra no caminho, um leão que deseja encontrar coragem.

Nos tijolos amarelos do corredor de entrada, estão gravados os nomes de empresas e pessoas que fizeram as primeiras doações para a fundação do instituto e outros tantos estão abertos para serem preenchidos — até hoje a entidade se mantém com doações e campanhas de arrecadação de fundos, como a Corrida Pela Vida e o Mc Dia Feliz.



Coragem de leão

O leão Coragem chama a atenção de Gustavo Oliveira, de três anos, quando ele passa no corredor até a sala de recreação do hospital — toda enfeitada com balões para a festa de reinauguração. No Dia da Criança, uma suposta gripe que nunca melhorava levou à descoberta de uma leucemia. Desde então, foram 43 dias a fio de internação e agora retornos periódicos para a continuidade do tratamento.

— Assim como o leão, nós também temos de ter coragem para batalhar, e não é fácil — desabafa a mãe de Gustavo, Magui Ferreira, 34 anos.

Para cuidar do menino, ela teve de sair da creche em que trabalhava em Torres, no Litoral Norte, e deixar os outros dois filhos sob os cuidados do pai.

É por isso que o instituto contempla uma estrutura de apoio não só médico, mas também psicológico, pedagógico e até mesmo social, além de contar com uma unidade de pesquisa clínica para o estudo de tratamentos mais eficientes.

Com atendimento pelo Sistema Único de Saúde (SUS), o ICI-RS tem índice de cura em torno de 80% e já tratou quase 2 mil crianças e jovens com câncer nas últimas duas décadas.

O que mudou

— Com a reforma, o número de leitos aumentou de 22 para 26

— Três leitos são dedicados a transplantes de medula óssea

— Uma sala de informática foi montada no espaço de recreação

— Sala pedagógica foi ampliada

— Toda a unidade está climatizada

Números do instituto

— 1,9 mil crianças e adolescentes atendidos desde 1994

— 71 pesquisas clínicas em andamento

— 50 pacientes ambulatoriais atendidos, em média, por dia

— 80% de cura no tratamento

ZERO HORA

Família registra queixa contra padre por chicotada


Mãe diz que menina de 12 anos foi atingida

A família de uma menina de 12 anos diz que, na sexta, ela levou um golpe no rosto quando o padre Mansueto Pontarolo, de Matinhos, dispersava um grupo de estudantes que comemorava, na frente da igreja, o fim do ano letivo, jogando ovos e farinha uns nos outros.

O padre nega. "Eu espantei com o chicote e teve alguém que se doeu", diz Pontarolo, de 49 anos, na cidade há 7 anos. A menina foi levada a um hospital e liberada horas depois. A mãe registrou boletim de ocorrência, mas não quis representar contra o padre.

"A lesãozinha é coisa mínima. Estão fazendo tempestade em copo d'água", diz o delegado Edilson Blener. Como não houve queixa, a polícia não dará continuidade ao caso.

A Cúria de Paranaguá manifestou-se contra a atitude do padre. Ele diz que não foi repreendido formalmente. "Não é arma, é um instrumento. Assim como Jesus usou chicote no templo, para dizer que tinha uma ação errada lá", diz. "Jogar ovo e coisarada na porta da igreja é errado!"

Jornale

Ciência aumenta sobrevivência de prematuros



Avanços na medicina britânica estão aumentando as chances de vida de bebês extremamente prematuros, segundo um estudo recém-divulgado.

Em 1995, um total de 40% dos bebês ingleses nascidos entre 22 e 25 semanas e que foram tratados em unidades intensivas, sobreviveram. Em 2006, o número de crianças extremamente prematuras nascidas com entre 22 e 25 semanas de gestação que sobreviveram passou a ser de 53%. Mas o estudo não descobriu melhoras significativas no índice de sobrevivência de bebês nascidos com menos de 22 semanas de idade, o limite legal para a realização de aborto. E as chances de bebês extremamente prematuros eventualmente sofrerem sequelas como cegueira, paralisia cerebral e surdez não foram reduzidas. Elas afetam um em cada cinco bebês. BBC Brasil

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Tráfico humano: um crime economicamente comparável ao de armas e drogas


Os números do tráfico internacional humano dão a dimensão desta violenta prática aos direitos humanos, sobretudo das mulheres e crianças. Considerado a terceira atividade ilegal mais lucrativa do mundo, segundo o Observatório de Tráfico de Seres Humanos, é uma realidade com um impacto econômico comparável ao do tráfico de armas e de droga. Dados do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC) revelam: a prática atinge cerca de 2,5 milhões de pessoas e movimenta 32 milhões de dólares por ano. Só em 2010, 140 mil mulheres foram traficadas na Europa e exploradas sexualmente. Juntas, elas fariam cerca de 50 milhões de programas sexuais por ano, a um valor médio de 50 euros cada, o que representa um lucro anual de 2,5 bilhões de euros, ou R$ 6,5 bilhões. No Brasil, o Centro de Referência, Estudos e Ações sobre Crianças e Adolescente afirma que o país tem 241 rotas de tráfico de pessoas. A região Norte tem a maior concentração de rotas (76), seguida pelo Nordeste (69), Sudeste (35), Centro-Oeste (33) e Sul (28).

As vítimas são atraídas para trabalharem em melhores condições do que em seu país de origem e acabam caindo nas máfias da prostituição e trabalho escravo para adultos e exploração sexual e trabalho infantil para crianças e adolescentes. Em torno de 80% das pessoas traficadas são mulheres ou meninas por apresentam uma maior vulnerabilidade, contribuindo assim com a crescente feminização da pobreza. No caso das crianças, trata-se de uma violação ao direito a crescer livre e num ambiente protegido e acolhedor.

Realidade nicaraguense

Em 2011, a Salve the Children a Organização Internacional para as Migrações (OIM) lançaram o relatório Tráfico de pessoas com fins de exploração laboral e seus efeitos na infância. Nele, são abordadas as realidades dos departamentos nicaraguenses de Madriz, Estelí e Rivas, confirmando que o tráfico de crianças e adolescentes nestes locais fronteiriços não se dá com fins laborais, mas para exploração sexual.

A pobreza é apontada como um fator determinante para a ocorrência do tráfico de meninas e meninos que são levadas a lugares distantes, no próprio país ou para nações como Guatemala, El Salvador, Costa Rica, México, Estados Unidos - estas duas últimas apontadas como principais destinos. Desinformação e envolvimento de profissionais inescrupulosos, como advogados e motoristas de furgões, também contribuem com a cadeia de crimes.

Do total de 5,2 milhões de habitantes da Nicarágua, 52% são mulheres e, destas, 53% têm menos de 18 anos de idade. Entre as adolescentes, há altos índices de gravidez precoce - 46% já são mães ou estão grávidas do primeiro filho. 54% dos/as adolescentes moram na zona rural, enfrentando péssimo sistema educacional, marcado pelo atraso escolar.
"O modus operandi dos traficantes se dá com o uso do dinheiro para enganar as vítimas potenciais. Os lugares de preferenciais de atuação dos traficantes são os institutos e escolas, aos que fazem chegar suas mensagens de oferecimento de trabalhos bem remunerados dentro e fora do país. Os contatos são familiares, amigos ou estrangeiros que facilitam o endividamento da família para que as vítimas possam viajar; neste processo participam falsificadores ou advogados inescrupulosos que se prestam como intermediários", diz o documento.

No combate ao tráfico de crianças e adolescentes, o relatório destaca ações de prevenção e sensibilização, principalmente em locais de grande fluxo turístico. De acordo com o relatório, tanto Estado quanto sociedade civil têm realizado feiras estudantis informativas e capacitações de viajantes. Também há centros e instituições que oferecem atenção às vítimas do tráfico de pessoas como Casa Aliança, Ministério da Família, Departamento de Delitos Especiais e as Delegacias da Mulher e da Infância, que conta com equipes especializadas.

"Salve Jorge"

Foi assim com uma maranhense, moradora de Abolição, periferia do Rio de Janeiro, que, aos fins de semana, frequentava danceterias de pagode para se divertir e esquecer da rotina pesada de empregada doméstica. Aos 32 anos, estava recém-separada do marido e tinha três filhos – a menor, de apenas 1 ano – quando sua vida mudou. Foi no pagode que surgiu a proposta. Ela e uma amiga receberam o convite tentador de outrauma mulher que conheceram nos bailes. Ela propôs que as amigas fossem para Israel, trabalhar como garçonetes em um restaurante brasileiro de Tel Aviv. O salário: US$ 1.500 por mês. “Era muito mais do que eu poderia ganhar com as minhas faxinas”, diz. “Se eu ficasse lá um ano, daria pra juntar o dinheiro para realizar o sonho de comprar uma casa. Aceitei.”

Antes de embarcar, comprarem roupas longas e discretas. “Ela falou pra gente levar bastante saia comprida, porque em Tel Aviv não se podia andar muito à vontade, como no Rio. Não desconfiamos de nada,” comentou. Tiraram passaporte, receberam a passagem de ida e algum dinheiro adiantado. As duas não sabiam dizer nem meia dúzia de palavras em inglês, tampouco de hebraico. Nunca tinham saído do Brasil, mas não se intimidaram. No aeroporto, diante dos cartazes da Polícia Federal que alertavam para o crime de tráfico humano, nenhuma das duas se identificou com a mensagem. “Na minha cabeça, eu estava indo trabalhar fora para conseguir o melhor para os meus filhos. Nunca imaginei encontrar aquela cena que encontrei quando cheguei”.

Ao sair do aeroporto em Israel, as amigas tiveram que entregar seus passaportes para os israelenses e foram separadas. Uma delas foi imediatamente levada para um prostíbulo. “Olharam para mim e me disseram: ‘Troca de roupa e vai trabalhar’. Comecei a chorar, desesperada. Mas as outras brasileiras que já trabalhavam na boate me disseram para não me recusar, porque eles iriam me bater, me deixar com fome, ou até sumir comigo. As meninas me maquiaram. Coloquei um shortinho e um sutiã e fiquei no sofá do salão, exposta como mercadoria.”

Mais de dez anos depois, trabalha como empregada doméstica. Ganha R$ 800 por mês, mora de favor na casa da mãe, um dos seus filhos se envolveu com o crack. Ela jamais conseguiu comprar a casa que tanto sonhou. Sempre teve vergonha de contar a própria história. Do seu jeito simples, olhando para o chão, ela se pergunta: “Quem iria acreditar que eu fui uma vítima e não achar que eu fui ser garota de programa nessas condições porque eu quis?”.

A autora de novelas Glória Perez estudou o assunto por dois anos e resolveu tratar do tráfico de pessoas na nova novela das 9h, "Salve Jorge", que estreou no fim de outubro. A protagonista da trama, Morena (interpretada por Nanda Costa) traduzirá em imagens a dor, até pouco tempo anônima, da maranhense. Sua amiga está sendo vivida pela atriz Carolina Dieckman. “Sempre me chamou a atenção dramas invisíveis, que estão na cara de todo mundo, mas as pessoas não veem”, diz Glória Perez. “O tráfico humano é isso, um crime invisível que produz uma carga de sofrimento tão grande e que, no entanto, pouco se consegue fazer para solucionar.”

Cooperação internacional

A adoção, em 2000, do Protocolo Relativo à Prevenção, Repressão e Punição do Tráfico de Pessoas, em Especial Mulheres e Crianças e do Protocolo contra o Crime Organizado Transnacional, Relativo ao Combate ao Contrabando de Migrantes por via Terrestre, Marítima e Aérea, que complementam a Convenção das Nações Unidas contra o Crime Organizado Transnacional, representa um marco fundamental nos esforços internacionais para enfrentar o tráfico de seres humanos, considerado uma forma moderna de escravidão.

Aprimorar a lei brasileira para combater o tráfico humano

Os brasileiros são vítimas frequentes deste crime, mas a legislação do país só prevê punição ao tráfico de mulheres para fins de exploração sexual. A lei não contempla explicitamente homens e crianças, tampouco a exploração em outros tipos de atividades. Pensando nesta situação, a senadora Lidice da Mata (PSB-BA) formulou uma nova proposta de lei para criminalizar todos os tipos de tráfico humano. O apoio popular é fundamental para que a lei seja levada à votação e aprovada o mais rapidamente possível.

Os brasileiros são vítimas frequentes deste crime, mas a legislação do país só prevê punição ao tráfico de mulheres para fins de exploração sexual. A lei não contempla explicitamente homens e crianças, tampouco a exploração em outros tipos de atividades. Pensando nesta situação, a senadora Lidice da Mata (PSB-BA) formulou uma nova proposta de lei para criminalizar todos os tipos de tráfico humano. O apoio popular é fundamental para que a lei seja levada à votação e aprovada o mais rapidamente possível.

Quer contribuir com a criação de uma legislação mais severa para punir o crime de tráfico humano?

Clique aqui e assine a petição

Se o texto for assinado por 1,4 milhão de pessoas, ele se tornará um projeto de lei e terá de ser votado pelos parlamentares, tal como aconteceu com a Lei da Ficha Limpa.

Denuncie

Para denunciar casos de tráfico de pessoas, contrabando de migrantes, tráfico de mulheres e outros crimes semelhantes às autoridades brasileiras, ligue para o número 180.

Com informações da Adital, Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC), Rede Brasil Atual, Revista Marie Claire e Observatório de Tráfico de Seres Humanos.

promenino

Universitárias de boas condições financeiras são presas por assalto em Goiânia (GO)


Bruna e Raíza são estudantes e são de famílias ricas da capital goiana. As duas ficaram desaparecidas e os familiares chegaram a considerar sequestro e até assassinato. Mas, as duas foram presas por terem roubado uma loja de um shopping.

R7

Casal colombiano vive há 22 anos em tubulação de esgoto e tem até TV


'Casa' tem seis metros quadrados e 1,4 metro de altura.
Miguel Restrepo e Maria Garcia têm também cozinha, ventilador e cama.


O colombiano Miguel Restrepo, de 62 anos, vive com sua mulher, Maria Garcia, e o cão de estimação "Blackie" há 22 anos em uma tubulação de esgoto abandonada em Medellín, na Colômbia. Sua casa conta com cozinha, ventilador, TV e cama.

A tubulação tem seis metros quadrados e 1,4 metro de altura. Quando chove, o casal usa uma tampa de bueiro para evitar que a casa seja alagada.

G1

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Sancionada lei para SUS atender paciente com câncer em até 60 dias


O texto publicado nesta sexta-feira (23) entra em vigor em 180 dias.
Se caso for grave, prazo pode ser menor. Lei prevê acesso a medicamentos.


A presidente Dilma Rousseff sancionou nesta sexta-feira (23) lei que estabelece um prazo de até 60 dias para que pacientes com câncer recebam o primeiro tratamento no Sistema Único de Saúde (SUS). O texto foi publicado na edição desta sexta do "Diário Oficial da União".

Se o caso for grave, o prazo pode ser menor, destaca o texto. Esse intervalo de dois meses é contado a partir da confirmação do diagnóstico, e o tratamento pode ser cirurgia, quimioterapia ou radioterapia. A lei também prevê acesso "gratuito e privilegiado" a analgésicos derivados do ópio (como morfina) a pacientes que sofram com dores intensas.

Os estados que possuem grandes espaços territoriais sem serviços especializados em oncologia deverão produzir planos regionais para atender à demanda dentro do prazo estabelecido. A lei entra em vigor em 180 dias contados a partir desta sexta-feira (23), data da publicação.

A proposta inicial, feita em 1997 pelo ex-senador Osmar Dias, falava apenas sobre tratamento com remédios contra a dor. Na Câmara, o projeto foi ampliado para essa nova versão.

Segundo a relatora do substitutivo, a senadora Ana Amélia (PP-RS), a demora em começar um tratamento contra o câncer é o principal problema dessa terapêutica no Brasil. Na opinião dela, a aprovação do projeto trará grandes benefícios para as mulheres com câncer de mama.

Ana Amélia disse, ainda, que não se deve esperar que a aprovação da lei "resulte na extinção das mortes por câncer no Brasil", mas que o Estado fará sua parte para combater a doença.

Segundo um levantamento publicado pelo Tribunal de Contas da União em outubro de 2011, o tempo médio que o SUS leva para iniciar um tratamento de quimioterapia é de 76,3 dias após o diagnóstico. Na radioterapia, o tempo aumenta para 113,4 dias.

Dentro da recomendação médica
Para o oncologista clínico Aldo Lourenço Dettino, do Hospital do Câncer A.C. Camargo, em São Paulo, o período de dois meses entre o diagnóstico e o início do tratamento é adequado. Segundo ele, a recomendação da Organização Mundial da Saúde é de entre seis e oito semanas -- ou seja, a nova lei está de acordo.

O atraso para começar o tratamento pode dar tempo para que o câncer avance, por isso é importante começar rápido. "No mínimo, quanto antes começar, menor a ansiedade", apontou o especialista.

No entanto, ele ressaltou que o prazo de mais de um mês é necessário para que os médicos escolham o melhor tipo de tratamento para cada caso específico. A decisão entre, por exemplo, uma cirurgia ou a quimioterapia, depende de exames que demoram para ficar prontos.

"Sem ter todos os dados, você pode não julgar idealmente o risco clínico e o risco oncológico", ponderou Dettino.

bem estar

República é alternativa para jovem que faz 18 anos sem conseguir adoção


Organizações e prefeituras montam núcleos para recebê-los
Rapaz de 29 anos, que viveu em abrigo desde os 9, conta sua trajetória

Wilson Santos superou o drama que todo adolescente que vive em abrigos e completa 18 anos precisa enfrentar. Hoje formado em educação física, o professor de 29 anos não conheceu os pais, foi menino de rua e passou três anos internado na Febem até ser transferido para o abrigo Liga Solidária, em São Paulo, quando tinha apenas 9 anos. Ali, ele passou toda a adolescência até fazer 18 anos e ser obrigado a deixar a instituição.
Com a maioridade, os jovens moradores de abrigos já são considerados independentes e aptos a viver por conta própria, mesmo quando não possuem capacitação profissional. Além da falta de apoio financeiro, eles são abalados pela ruptura repentina do convívio com os funcionários e colegas do abrigo.

Mas como iniciar uma vida independente com apenas 18 anos, um histórico de abandono familiar, baixa escolaridade e sem dinheiro até para se alimentar? Para não deixar desamparados esses garotos, em 1998 a direção do Liga Solidária organizou com recursos próprios uma república que funcionava em uma casa alugada na Zona Sul de São Paulo. Santos e outros oito garotos entre 17 e 18 anos formaram um dos primeiros grupos a participar da experiência.
No início, tivemos muita dificuldade para nos adaptarmos à vida aqui fora. Antes, vivíamos em um colégio enorme e quase nunca saíamos de lá. Tivemos que aprender a cozinhar, limpar a casa e a ter noção de economia”, disse.




O abrigo custeava os gastos, mas ele lembra que, na época, conseguiu emprego em um shopping e tentava contribuir com a república. “Nós não tínhamos um fax, então, comprei um. Eu não era obrigado a nada, mas você quer colaborar para retribuir o que ganhou.”
Com 21 anos, quando percebeu que já estava estruturado e conseguiria viver por conta própria, Santos tomou a decisão. Ele revela que o mais difícil foi enfrentar a solidão. “Quando eu montei minha casa, todo mundo do abrigo apareceu e foi ótimo. Mas à noite, quando eles foram embora, fiquei sem ninguém para conversar e fazer companhia. No começo isso não era fácil, porque eu estava acostumado a ter muitas pessoas comigo, inclusive na república. É complicado ficar sozinho.”
Após trabalhar e juntar dinheiro, Santos entrou na faculdade e se formou em educação física. Ele não esqueceu suas origens e conseguiu emprego como professor em um projeto da prefeitura que funciona dentro das dependências do abrigo.
Santos ressalta que talvez sua história fosse diferente se não tivesse recebido ajuda de tantas pessoas, entre elas sua madrinha de catequese, que o incentivou a estudar para conquistar o que desejava. “Cheguei a ouvir uma vez ‘ah, esse aí não vai prestar, vai ser ladrão’. Isso mexeu tanto comigo que, para mim, qualquer coisa que não fosse ser bandido já era um ganho. Eu coloquei na minha cabeça que seria até morador de rua, menos ladrão.”
A partir de 2004, o projeto foi modificado e as repúblicas são formadas por apenas quatro jovens que arcam com os próprios gastos – sempre sob orientação de um monitor. “Começamos a trabalhar em parceria com os jovens. Não são mais abrigados, são cidadãos de fato. Porém, ainda há necessidade de respaldo e monitoramento”, afirmou Mariano Gaioski, coordenador dos abrigos da Liga Solidária.

Dos 32 jovens que já passaram pelas repúblicas, 30 conseguiram tocar a vida de maneira exemplar. Atualmente, cerca de 100 crianças e adolescentes vivem no abrigo.
Mas nem todos os adolescentes são capazes de ir para a república. Alguns não conseguem superar o impacto das tragédias que ocorreram em suas vidas e também há casos de jovens abandonados com deficiência mental. “O desequilíbrio emocional não permite que avance em sua formação. Com 17 anos e baixa escolaridade, ele não está apto a concorrer no mercado e vai ficando excluído. Que escolhas sobram para ele?”

Repúblicas do governo


De acordo com um levantamento feito pelo G1 com as prefeituras de todas as capitais do país, São Paulo e Curitiba são as únicas que mantêm repúblicas.
Desde 2007, a Prefeitura de São Paulo tem um projeto de repúblicas para acolher os jovens que saem de abrigos. Atualmente, há duas casas femininas e duas masculinas em funcionamento, na Lapa e em Santo Amaro, com capacidade para atender juntas 25 garotas e garotos até os 21 anos. A prefeitura destina a essas instituições uma verba que cobre todas as despesas, como água, luz, alimentação e até transporte quando os jovens estão procurando emprego.
Com 18 anos recém-completados, Jessica Caroline Gomes vive em instituições desde os 14 e, agora, enfrenta as incertezas de todos que acabam de deixar o abrigo. A garota mora atualmente em uma das repúblicas femininas da prefeitura que está localizada em Santo Amaro. A casa tem capacidade para abrigar nove garotas - todas na mesma situação de impossibilidade de retorno para a família.
“Eu era muito dependente até vir para cá. Aqui, tive que aprender a me virar, é cada um por si. Claro, quando alguém não cumpre uma tarefa, temos que nos reunir, reclamar. Mas apesar de tantas meninas com jeito diferente, nós convivemos bem”, disse.
Coordenadora das repúblicas, Miriam Egle Torturelli costuma visitar os jovens conforme necessário. O objetivo é ensiná-los a se tornar independentes. “Eles começam a viver sozinhos e têm que sentir que a casa é mesmo responsabilidade deles. Eu gerencio problemas de relacionamento, a escala das tarefas domésticas de cada um, marco médico, oriento na procura de trabalho, entre outras coisas”, explicou.

Os critérios para selecionar os jovens que vão para as repúblicas ainda não foram rigorosamente estabelecidos. Miriam conta que analisa o histórico dos adolescentes, que são entrevistados e também visitam a casa para conhecer as normas. Depois, decidem se vão conseguir se adaptar. “A prefeitura vai investir mais três anos no adolescente por conta de um projeto de vida que ele apresentar. Quando completar 21 anos terá que estar preparado, porque vai encarar o mundo lá fora. Vai ter que se virar sozinho depois.”
Em nota, a prefeitura de Curitiba informou que em novembro do ano passado foi criada uma república para jovens de 18 anos que não possuem chances de reinserção familiar. Eles também permanecem no local até 21 anos.
Além do irmão, de 19 anos e que também vive na república masculina, Jessica tem uma irmã de 14, que vive em um abrigo. Estudante do terceiro ano do ensino médio, ela procura emprego e pretende cursar direito no futuro. “Vou fazer uma entrevista para atendente de lanchonete. Quando eu começar a trabalhar, quero juntar dinheiro e comprar uma casa.”

Veja matéria completa no G1

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Estuprador se passa por pai de família em anúncio de adoção e revolta população


Inglaterra - Uma propaganda de incentivo à adoção está causando revolta na cidade de Doncaster, na Inglaterra. Tudo isso porque o homem que representa o pai de várias crianças no anúncio foi condenado, em 2011, a quatro anos de prisão por cometer vários abusos sexuais contra mulheres e crianças. Darren Manyou, de 42 anos, fazia parte de uma agência de modelos quando foi contratado pela campanha de adoção e estava disponível para o trabalho.

Uma fonte mostrou toda sua indignação ao "The Sun" e disse que é inadimissível um fato como este. "É repugnante que coloquem um estuprador para interpretar um pai de uma família feliz em uma propaganda na Internet", contestou ela.

A fonte ressaltou, ainda, que pessoas como Darren Manyou devem ter suas fichas criminais verificadas antes de serem tachadas como indôneas por algum veículo de propaganda. Ela espera que o homem não tenha ganhado nenhum tipo de benefício com o anúncio.

O conselho de Doncaster disse que todos os modelos do anúncio eram da agência contratada pela empresa que fez o site. As autoridades pediram a remoção das imagens e a investigação do caso está em andamento.

O Dia Online

Campanha de conservação aumenta população de gorilas na África


A população mundial total de gorilas da montanha aumentou para 880, de acordo com dados divulgados pela Autoridade de Vida Selvagem de Uganda.

Os gorilas da montanha, uma subespécie do leste africano, vivem em apenas dois lugares em todo o mundo: na região montanhosa de vulcões extintos de Virunga, nas fronteiras entre a República Democrática do Congo, Uganda e Ruanda, e no Parque Nacional Impenetrável de Bwindi, no sudoeste de Uganda.

"Os gorilas da montanha são os únicos primatas de grande porte que experimentam um aumento populacional. Isto se deve em grande parte aos intensos esforços de conservação e estratégias bem-sucedidas de engajamento com a comunidade", diz David Greer, gerente do Programa de Grandes Primatas do WWF.

A ameaça mais recente à população dos gorilas foram armadilhas de caçadores.

Um programa de treinamento está em curso para ensinar guardas florestais novos métodos de detecção e remoção de armadilhas instaladas para outros animals, mas que podem ferir gravemente os gorilas.

"Ao menos sete gorilas da montanha de Virunga foram pegos em armadilhas neste ano e dois não sobreviveram", diz Geer.

De acordo com o WWF, "nos cem anos desde a sua descoberta, o gorila da montanha tem enfrentado a caça descontrolada, guerra, doenças, destruição de seu habitat de floresta e captura para tráfico ilegal de animais. Estes fatores levaram a um declínio dramático dos números".

Graças aos esforços de conservação, a população dos gorilas da montanha aumentou de 620 em 1989 para 880 hoje em dia.

Os gorilas são muito sociáveis e moram em grupos bem integrados. O censo indica que os 400 gorilas da montanha do Parque Nacional Impenetrável de Bwindi formam 36 grupos distintos.

O Censo dos Gorilas da Montanha de Bwindi foi realizado pela Autoridade de Vida Selvagem de Uganda, com apoio do Instituto Congolês para a Conservação da Natureza e o Escritório de Desenvolvimento de Ruanda.

BBC Brasil

A inclusão de crianças com deficiência física


João Guilherme pode ir para todos os lados. O pai conseguiu uma cadeira adaptada para o filho estudar. Tirando as dúvidas da João Guilherme pode ir a qualquer lugar da escola, pois ela tem rampas por criançada sobre o que é deficiência física, os professores ajudam João Guilherme a construir um caminho sem obstáculos para o saber.

João Guilherme dos Santos, 7 anos,demorou para nascer. O atraso no parto causou-lhe paralisia cerebral, comprometendo a parte motora do corpo.Com 8 meses, ele começou a ser atendido em hospital especializado e fez terapia na Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) de São Luís, onde mora.Mas, ao atingir a idade para iniciar a Educação Infantil, a família colocou-o em escola regular.A diretora da primeira creche que visitou não queria aceitá-lo, alegando não ter estrutura."Conheço as leis que garantem os direitos do meu filho", disse o pai, Manuel Carlos Soares dos Santos. Com esse argumento, a matrícula foi efetuada.

Agora no Ensino Fundamental, João Guilherme estuda na Unidade Integrada Alberico Silva. Ele e o pai levam duas horas para chegar até lá, de ônibus, e outras duas para voltar para casa. Pequeno comerciante,Manuel adaptou sua rotina para que o filho possa conviver com crianças sem deficiência:"Ele progride a cada dia.Com uma boa educação, João pode ter uma vida melhor e lutar por seus direitos".
Aplicação para isso não falta ao menino."Ele é muito inteligente", atesta a professora Sandra Helena Nascimento Sousa. Sim, ela teve muito medo de aceitá-lo em sua turma."Uma criança que não anda é um trabalho a mais: tem que dar lanche, levar ao banheiro...Tenho alunos pequenos e não queria me ausentar por muito tempo da classe", conta. O pai se prontificou a ajudar e, mesmo insegura por não se sentir capacitada para lidar com a deficiência, Sandra aceitou o desafio.

"O professor regular precisa saber se a criança tem alguma restrição médica que a impeça de fazer atividades dentro ou fora da sala, acompanhar seu estado de saúde e conhecer os efeitos dos medicamentos que ela está tomando", explica Eliane Mauerberg-deCastro, coordenadora do Programa de Educação Física Adaptada da Universidade Estadual Paulista (Unesp), em Rio Claro, interior de São Paulo. "E a escola deve garantir o acesso físico à sala."Para isso, Sandra teve o apoio do grupo de atendimento especial da Secretaria de Educação do município, que a colocou a par da história de João e levou material específico para ele - como a prancheta magnética para formar palavras, acoplada à mesa de estudos.

Alguns alunos perguntavam se João era doente. Nas rodas de conversa, a professora falou sobre diferenças: "Expliquei que ele era inteligente, mas aprenderia de outra forma, já que as pessoas não são iguais e têm capacidades e limitações próprias".Todos se esforçam para ajudar João Guilherme e ficam em silêncio para ouvi-lo falar, pois ele ainda tem dificuldade para se expressar.


Na cadeira, mas sem rodas
O maior desafio das crianças com deficiência física não está na capacidade de aprender, mas na coordenação motora."Geralmente, elas têm dificuldade para se movimentar, escrever ou falar. Se estiverem atrasadas no desenvolvimento intelectual, é porque não tiveram uma educação apropriada", diz Eliane, da Unesp.Marcos Nantes Coutinho, 9 anos, por exemplo, tem dificuldade em memorizar e os especialistas acreditam que é porque ele não consegue registrar os novos aprendizados. Por isso, as professoras da 2a série da EE Olinda Conceição Teixeira Bacha, em Campo Grande, retomam várias vezes os conteúdos e querem que ele tenha aulas de apoio na sala de recursos de uma escola vizinha.

Na classe,Marcos é atendido pela parceria afinada de Cristina Encina de Barros, a professora regente, e Yara Mara Barbosa de Oliveira, a itinerante, que percorre as escolas que têm alunos com deficiência. Toda quartafeira elas conversam sobre os avanços do menino e os desafios que ele ainda tem de superar, repassam a programação de estudos e fazem as adaptações necessárias ao garoto.A comunicação aberta entre os profissionais também inclui conversas com assistentes sociais, coordenadores e médicos. Outra estratégia é usar material concreto e imagens. O menino aprende as palavras com um alfabeto móvel, feito com letras recortadas em cartolina, e já monta termos com até três sílabas. Como tem dificuldade em segurar o lápis,muito fino, as professoras improvisaram um reforço com um pedaço de espuma tipo espaguete de piscina.

Marcos usa andador, baba e tem dificuldade para falar. Até os 5 anos, ele freqüentou a escola de Educação Infantil da Associação Pestalozzi, onde era assistido por fisioterapeuta, fonoaudióloga, terapeuta ocupacional e psicóloga. Esta última aconselhou a mãe, Ana Flávia Nantes Zuza, a colocá-lo numa creche regular, como forma de prepará-lo para ingressar no Ensino Fundamental.

Na escola,Marcos ganhou autonomia. Durante o ano passado, ele se sentava em cadeira adaptada com apoio para os braços, onde ficava com a postura largada. Como extensão do tratamento terapêutico, a especialista Yara fez uma experiência: colocou-o numa carteira igual à dos demais alunos, encostada à parede. Isso ajudou-o a sustentar o tronco para não escorregar, a ter uma postura melhor e a se equilibrar.Mas a cadeira de rodas é importante e não deve ser evitada."É preciso aceitar que ela, ou uma prótese, faz parte da vida da criança com deficiência física. É como usar óculos", diz Eliane.Marcos já não depende tanto do andador: ele o deixa na porta da classe e apóia-se na fileira de carteiras, até o lugar onde se acomoda.Mostra progressos também nas idas ao banheiro - antes, ela tinha que levá-lo, agora só precisa acompanhá-lo até a entrada. Conquistas simples, mas que mostram às professoras que elas estão no caminho certo. "Qualquer criança pode progredir. Basta a gente ensinar com interesse, atenção e amor", afirma Cristina.


Vínculo afetivo
Para ajudar Vinícius Guedes dos Santos, 7 anos, a superar as restrições de movimentos que ele tem por conta da má-formação das pernas e dos braços, a Escola Básica Donícia Maria da Costa, em Florianópolis, designou uma auxiliar. Ela o ajuda nas atividades em classe,o acompanha ao banheiro e dá o lanche. Ele escreve devagar,mas tem cadernos caprichados. E adora livros. {9] Na hora de ler,Vinícius escolhe os títulos na caixa-biblioteca, sempre em lugar de fácil acesso. "Como ele tem bom nível de leitura e escrita, ainda ajuda os colegas menos avançados", conta Gislene Prim, professora da 2a série.

Desde a 1a série ela se preocupou em fortalecer os laços afetivos para Vinícius sentir confiança na turma. E conseguiu: na assembléia de classe, a turma sugeriu a criação de um parquinho com balanço adaptado só para Vinícius poder brincar também.

Nas aulas de Educação Física, o professor Luiz Augusto Estácio incentiva a socialização das crianças por meio de brincadeiras que todos participem."A experiência de jogar bola sentado na cadeira ou no chão pode ser um desafio diferente e divertido para toda a garotada", exemplifica. Com isso, a criança com deficiência começa a se sentir mais à vontade entre os colegas. A mãe de Vinícius, Adriana Guedes dos Santos, atesta a desenvoltura que o filho tem hoje:"O Vinícius era tímido e quase não conversava.Agora, ele já faz até bagunça e, quando quer alguma coisa, não tem vergonha de pedir".

Atividades e estratégias

BEM-ESTAR FÍSICO
Procure saber sobre o histórico pessoal e escolar do aluno com deficiência, informe-se com a família e o médico sobre o estado de saúde e quais os efeitos dos remédios que ele está tomando. Esse conhecimento é a base para sugerir qualquer atividade que exija esforço físico. Os exercícios podem, por exemplo, interferir na metabolização de medicamentos.

HABILIDADES BÁSICAS
Para ajudar a criança com deficiência física nas habilidades sociais, escolha atividades relacionadas às exigências diárias, como deitar, sentar e levantar-se, arremessar e pegar objetos, parar e mudar de direção. Proponha jogos nos quais o aluno faça escolhas (passar por cima ou por baixo de cordas ou elásticos), para que ele perceba o controle que pode ter sobre o corpo.

INTERAÇÃO
Estimule o contato da criança com deficiência com os colegas, permitindo a troca de idéias, a expressão de emoções e o contato físico para auxiliar nas diversas atividades.

PEÇAS IMANTADAS
Use material concreto e lousa com letras magnéticas para facilitar a formação de palavras e a memorização quando houver restrição no movimento dos braços.

Nova Escola

Dia Internacional da Pessoa com Deficiência é celebrado nesta segunda-feira


O Dia Internacional da Pessoa com Deficiência é celebrado nesta segunda-feira, 3 de dezembro. A data foi criada em 1998 pela Organização das Nações Unidas (ONU) para dar foco e atenção à causa e aos direitos dessa população, estimada em 650 milhões de pessoas, ou 10% da população mundial, segundo a própria ONU.

Entre 3 e 6 de dezembro Brasília vai sediar a III Conferência Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência, evento que reúne governo, empresas e organizações da sociedade civil para discutir as perspectivas e desafios do grupo.

Também em Brasília, será realizada nesta semana o II Salão de Negócios da Acessibilidade, Reabilitação e Inclusão Social, espaço inclusivo para promover oportunidades de trabalho e geração de renda voltados para as pessoas com deficiência.

A EBC estará presente nos dois eventos para reproduzir em seus veículos as discussões mais relevantes e atuais dos encontros. Além disso, durante toda a semana, vai produzir conteúdos especiais sobre questões relacionadas à pessoa com deficiência sob o ponto de vista da cidadania, dos direitos, da tecnologia, da cultura e da acessibilidade. Acompanhe.

Portal EBC

domingo, 2 de dezembro de 2012

Iraque enfrenta crise com geração de órfãos de guerra

Irmãos Mustafa e Mortada perderam os pais durante a guerra (Foto: BBC)

Uma pesquisa recente revelou que os anos de guerra no Iraque deixaram entre 800 mil e 1 milhão de crianças órfãs, sem um ou os dois pais.

De acordo com agentes humanitários, o número é uma estimativa conservadora que não corresponde às milhares de crianças crescendo à sombra da violência no país.

Saif, de 12 anos, perdeu o pai e a mãe em um ataque a bomba – no qual ele também ficou ferido – na província de Diyala, em 2005.

"Eu não lembro o que aconteceu", ele diz, em voz baixa. "Eu era pequeno. Um homem chegou e me levou para outro lugar, e depois me disse o que tinha acontecido com meus pais. Não há vida quando você perde seu pai e sua mãe", conta o menino.

Saif está sendo criado em um orfanato particular onde, apesar do trauma que enfrenta, joga videogame e canta, além de sonhar em se tornar um ator quando crescer.

A verdade é que ninguém sabe ao certo o número exato de crianças iraquianas que, como Saif, foram deixadas órfãs graças à violência no país.

Crise socialEmbora os Estados Unidos tenham retirado suas tropas de combate do país, encerrando oficialmente o confronto, as explosões de bombas e assassinatos ainda são uma ocorrência diária, fazendo com que o número de órfãos continue crescendo.

Além das tragédias individuais, o total de crianças órfãs tem criado uma grande crise em um país que tem menos de 200 assistentes sociais e psiquiatras juntos para uma população de 30 milhões. E não há leis de proteção à criança no Iraque.

Autoridades do setor dizem que as disputas sectárias no Parlamento deixaram a criação de leis relacionadas ao bem-estar social em segundo plano.

O orfanato no centro de Bagdá onde Saif vive foi criado pelo iraquiano Hisham Hassan e tem sido financiado por doações particulares.

Hassan disse à BBC que não podia mais aguentar o sofrimento de uma geração inteira.

"O governo ainda não entendeu o tamanho do problema", diz.

Aulas no orfanatoEntre os 32 garotos que vivem no orfanato estão Mustafa e Mortada, de dez e 11 anos, respectivamente.

Eles perderam a mãe em um tiroteio e o pai desapareceu durante o auge da guerra sectária. Os dois se recordam de uma "mãe muito boa" e um pai que costumava jogar futebol com eles.

O orfanato se esforça para criar um ambiente agradável que diminua o sofrimento dos garotos, com salas de computação e artes. Eles aprendem diversas habilidades, entre elas costurar até cortar cabelo.

"Se não cuidarmos bem deles, eles vão crescer e ser explorados por terroristas. Serão como bombas –uma ameaça à segurança e ao futuro do país", diz Hassan.

Abandono
No outro lado da cidade, em um orfanato dirigido pelo governo para adolescentes entre 12 e 18 anos, o garoto Mustafa, de 17 anos, teme pelo seu futuro.

"Eu preciso que alguém me dê cuidados psicológicos. Talvez nós estaremos envolvidos em crimes, porque não há nada bom no nosso futuro", conta.

Ele foi trazido ao orfanato de Dar al-Waziriya após perder seu pai e sua mãe em um atentado a bomba quando tinha 12 anos.

"Me sinto como um pássaro enjaulado aqui. Gostaria que alguém pudesse nos ouvir", diz.

Abrigando 52 garotos, o orfanato é um local dilapidado e abandonado.

Dara Yara, vice-ministro de Questões Sociais iraquiano, disse à BBC que ele e sua equipe estão fazendo o melhor possível, mesmo em circunstâncias políticas muito difíceis.

"Nós estamos trabalhando dia e noite para melhorar os serviços que prestamos aos órfãos. Mas as verbas que eu tenho para isto são muito limitadas. E o sistema de bem-estar social como um todo precisa ser reformado", diz.

"Trata-se de um assunto humanitário, que não está sendo priorizado pelo Parlamento. Nós precisamos de leis e nós precisamos de verbas do Ministério das Finanças para lidar com o problema", acrescenta o ministro, que também se preocupa com aspectos de segurança.

"Eles são alvos muito fáceis para recrutamento de terroristas".

BBC Brasil

MENSAGEM DO INCA


Vamos salvar vidas. Conto com você !
UM DIA PODE SER QUE VOCÊ PRECISE...

Vamos fazer a nossa parte, no minimo repassando para nossos contatos...

O   I N C A D E P E N D E   D E   V O C Ê ! ! !
Se não puder ir repasse!
INCA PEDE SOCORRO!!!

Quem tiver contatos no RJ, por favor,
retransmita a mensagem.
É importante.
O INCA - Instituto Nacional do Câncer
(Fica na Praça da Cruz Vermelha - 23, no Centro do Rio).

Repasse a mensagem para quem vocês puderem,
pois a situação do Instituto Nacional do Câncer
é realmente dramática. Eles não têm sangue, nem doadores. Já saíram notas nos jornais e pouco adiantou.

O Instituto Nacional do Câncer - INCA - está precisando urgentemente de doadores de sangue.
O banco de sangue está quase vazio e o Hospital enfrenta dificuldades, até para marcar cirurgias, muitas vezes, precisando recorrer a outros bancos de sangue da cidade,
que também passam pela mesma dificuldade:
falta de doadores.
A transfusão de sangue para pessoas com câncer
é muito importante.

Sem ela, muitos pacientes não conseguiriam sobreviver
aos tratamentos que envolvem drogas pesadas.

Para doar, basta chegar na portaria do Hospital com sua carteira de identidade ou qualquer documento similar, apresentando- se como doador.

NÃO vá em jejum, alimente-se de coisas leves
e não gordurosas (evite derivados de leite),
evite o álcool por pelo menos 12 horas.
Você deve estar em boas condições de saúde,
ter entre 18 e 60 anos e pesar 50kg ou mais.

Esta mensagem pode alcançar muitos doadores,
se você enviar agora para outros endereços.
Por favor, colabore.
Faça a sua parte!
Muitas vidas agradecem.

OBS: Mesmo que você não possa ou não esteja interessado em realizar a doação não deixe de repassar essa mensagem para seus amigos.

É uma causa importante.
Todos podem colaborar de alguma maneira.

ENDEREÇOS - RJ:

RIO DE JANEIRO

Hospital Universitário Graffree e Guinle
Rua Mariz e Barros, 775 -Tijuca - Rio de Janeiro - RJ CEP: 22290-240

Hospital Mário Kroeff - Associação Brasileira de Assistência ao Câncer Rua Magé, nº326 - Penha Circular - Rio de Janeiro-RJ
CEP 21020-130

Instituto Nacional de Câncer - INCA - Hospital do Câncer I
Pça. Cruz Vermelha, 23 - Centro - Rio de Janeiro - RJ CEP: 20230-130

Instituto Nacional de Câncer - INCA - Hospital do Câncer II
Rua Equador, 831 - Santo Cristo - Rio de Janeiro-RJ
CEP 20220-410

Instituto Nacional de Câncer - INCA - Hospital do Câncer III
Rua Visconde de Sta. Isabel, 274 - Vila Isabel -Rio de Janeiro-RJ
CEP 20560-120

Hospital Universitário Clementino Fraga Filho-UFRJ
Avenida Brigadeiro Trompowski, s/n - Ilha do Fundão - Rio de [WINDOWS-1252? ]Janeiro–RJ
CEP 21949-900

Hospital Universitário Pedro Ernesto - UERJ
Avenida 28 de setembro, 77 - Vila Isabel - Rio de Janeiro-RJ
CEP 20555-030

Instituto de Hematologia do RJ - Hospital de Hematologia - HEMORIO
Rua Frei Caneca, 8 - Centro - Rio de Janeiro-RJ
CEP 20211-030

Volta Redonda
Radiclin
Rua 26, nº3 - Vila Santa Cecília - Volta Redonda-RJ
CEP 27260-270
RIO DE JANEIRO

Campos
Hospital Geral Dr. Beda - Instituto de Medicina Nuclear e Endocrinologia LTDA.
Rua Conselheiro Otaviano, 129 - Centro - Campos-RJ
CEP 28010-272

Clínica Santa Maria Ltda.
Rua Conselheiro Otaviano, 195 - Centro - Campos-RJ
CEP 28010-140

Niterói
Hospital Universitário Antonio Pedro - UFF
Rua Marques do Paraná, 303 - Centro - Niterói-RJ
CEP 24030-210

Nova Iguaçu
Hospital Universitário de Nova Iguaçu
Avenida União, 673 - Nova Iguaçu–RJ

Instituto Oncológico Ltda.
Rua Dr. Barros Junior, 1135 - Nova Iguaçu-RJ
CEP 26215-070

A vida é como um espelho: se você sorri para o espelho, ele sorri de volta. 
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