sábado, 16 de agosto de 2014

Calouro fica em coma após trote em Santa Maria


Jovem de 18 anos chegou a ingerir gasolina

Um calouro de 18 anos ficou em coma nessa quarta-feira (13) em Santa Maria. Ele chegou a ingerir gasolina durante o trote. O aluno de Engenharia Mecânica da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) já teve a liberação dos médicos e passa bem.

A mãe do garoto pediu que seu nome e o do jovem fossem preservados. Ela afirma que o jovem tem sua parcela de culpa por aceitar ingerir as bebidas oferecidas pelos outros estudantes. Já a Universidade afirma não se responsabilizar, já que o fato ocorreu fora do campus.

Além do risco de exageros de consumo de álcool, como neste caso, moradores das proximidades da Praça Saturnino de Brito, na área central de Santa Maria, reclamam de barulho e sujeira excessivos. A prefeitura diz acompanhar a movimentação, que dura até o começo da madrugada, e influencia o trânsito nas ruas dos arredores, mas que não há nenhuma medida sendo elaborada para impedir ou alterar a forma de comemoração dos estudantes.

Essa semana é a primeira do semestre letivo na UFSM e tem comemorações que reúnem centenas de jovens todos os dias, tanto no Campus do bairro Camobi, quanto no centro da cidade.


GAÚCHA

MORTE DE CAMPOS E DEPOIMENTO DE CONTADORA: DUAS TRAGÉDIAS.


A tragédia e o carnaval são marcas registradas do Brasil (veja Empoli, Hedonismo e medo), com predomínio (lamentavelmente) da primeira. No mesmo momento em que o candidato à presidência da República, Eduardo Campos, perdia sua vida num trágico acidente de avião na cidade de Santos (SP), a ex-contadora do doleiro Alberto Yousseff (Meire Poza) confirmava, no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados, grande parte da sua entrevista bombástica para a Veja.

Mais duas grandes tragédias no mês de agosto (a se lamentar). Do ponto de vista político, agosto definitivamente não é um bom mês para o Brasil: morte de JK, de Getúlio, renúncia de Jânio Quadros etc. Mas há uma diferença entre as tragédias: enquanto o discurso de Campos era pela renovação, um novo rumo, as confirmações de Meire Poza representam a continuidade da corrupção, da extravagância, da excentricidade, da vigarice.

Na entrevista Meire afirmou que (no escritório do doleiro) manuseava notas fiscais frias, assinava contratos de serviços não prestados e montava empresas de fachada para promover lavagem de dinheiro; disse ainda que via muitas malas de dinheiro saindo da sede de grandes empreiteiras e chegando às mãos e bolsos de notórios políticos, destacando-se, dentre eles, Luiz Argôlo (que foi sócio de Yousseff), André Vargas, Fernando Collor, Cândido Vaccarezza, Mário Negromonte etc.

Há tragédias que configuram acidentes imprevisíveis. Outras são totalmente evitáveis. Nesse segundo grupo entra a corrupção endêmica ou sistêmica do Brasil, que não é algo imposto pela natureza, conforme suas leis físicas (lei da gravidade, por exemplo). A corrupção no Brasil é fruto de pura vigarice, que ocorre quando o político, as empreiteiras ou construtoras, outras grandes empresas (do setor alimentício, cervejaria etc.) e vários bancos se unem para obter vantagens em prejuízo dos outros.

Necessitamos de um grande milagre que promova a reforma da prazerosa vulgaridade de origem do humano nascido com a democracia (há um pouco mais de dois séculos). Novo rumo só pode ser alcançado se esse humano assumir as consequências morais da sua urbanização, o que significa “inibir seus instintos, adiar as gratificações imediatas dos seus desejos e alienar parcelas da sua liberdade” (Gomá Lanzón), que nunca poderia ter se transformado em libertinagem. Nossa campanha tem como alvo justamente essa libertinagem que concede, à troyca maligna (políticos, agentes econômicos e financeiros), licença para roubar (licença para tirar vantagens indevidas em prejuízo do todo, do país).

Visão Panorâmica

quinta-feira, 14 de agosto de 2014

Justiça autoriza Suzane a cumprir o restante da pena em regime leve


A Justiça de São Paulo autorizou Suzane Richthofen (foto), de 30 anos, a cumprir o restante de sua pena em regime semiaberto. Condenada a 38 anos e seis meses de prisão pela morte dos pais, em outubro de 2002, Suzane cumpriu 12 anos de prisão em regime fechado e, agora, será autorizada a trabalhar durante o dia (que pode ser até fora da prisão) e dormir na cela à noite. Esse tipo de pena mais leve permite passar temporadas fora da prisão, como Dia das Mães e Natal, as chamadas “saidinhas”. Além dela, também foram condenados pelo crime os irmãos Cravinhos (Cristian e Daniel), que já tinham obtido a progressão de pena em fevereiro de 2013.

Gazeta do Povo

5 respostas às dúvidas mais comuns sobre os conselhos tutelares


Apesar de existirem há mais de 20 anos, os conselhos tutelares ainda são pouco compreendidos. São mais de cinco mil espalhados pelo país. Pode parecer bastante, mas ainda nem todos os municípios contam com esse órgão fundamental na defesa dos direitos de crianças e adolescentes.

O Promenino reuniu aqui as dúvidas mais comuns sobre os conselhos tutelares, como funcionamento e funções, e pretende esclarecê-las a seguir. Confira!

1. Qual o papel dos conselheiros tutelares?

Criados em 1990 pelo Estatuto da Criança e Adolescente (ECA), os conselhos tutelares têm a tarefa de garantir os direitos da população de até 17 anos. A atuação desse órgão ocorre diante de uma situação de ameaça ou de violação dos direitos com o objetivo de proteger a criança ou o adolescente que está em situação de vulnerabilidade. O conselho não é responsável por atender as crianças e sim atuar para que os órgãos responsáveis realizem o atendimento.


2. Quem compõe o conselho tutelar?

Segundo a legislação nacional, para ser conselheiro é necessário ter mais de 21 anos, residir na cidade onde se pretende atuar e possuir reconhecida idoneidade moral. Alguns municípios têm outros pré-requisitos estabelecidos por lei municipal. O conselho é composto por cinco pessoas que são escolhidas por meio de eleição na cidade. Em 2015, pela primeira vez, o processo eleitoral será unificado em todo o país e ocorrerá no mês de outubro. Os conselheiros tomarão posse em 2016 e terão um mandato de quatro anos, sendo permitida uma reeleição.

3. Como entrar em contato com o conselho tutelar?
Alguns conselhos tutelares possuem e-mail, telefone fixo e celular para atender as denúncias de violações de direitos. Em outros, o atendimento é apenas presencial. O cadastro mais recente de todos os conselhos tutelares do país está disponível aqui. Quanto mais informação for fornecida, mais eficaz é o trabalho dos conselheiros.

Outra maneira de fazer a denúncia é por meio do Disque 100, a ligação é gratuita e pode ser anônima. O serviço funciona em todo o país e encaminha as denúncias para os conselhos tutelares. Já o aplicativo Proteja Brasil, disponível para celulares e tablets, identifica a localização do denunciante e indica o endereço e telefone do conselho tutelar mais próximo.

4. Quais são as atribuições do conselho tutelar?
Cabe a esse órgão receber e acompanhar casos de crianças ou adolescentes que estejam com seus direitos ameaçados ou violados. Segundo o ECA, isso pode ocorrer por ação ou omissão do Estado e da sociedade; por falta, omissão ou abuso dos responsáveis; e por ação da própria criança ou adolescente.

A partir de algumas dessas situações, o conselheiro encaminha o caso para os órgãos responsáveis que devem agir garantindo os direitos. Por exemplo, se a criança está sem vaga na escola o conselho busca a escola ou a secretaria de educação para que seja providenciada a vaga. Quando o encaminhamento não resolve a questão, o conselho tutelar pode recorrer à justiça para que o órgão responsável tome as providências.

Também é atribuição do conselho tutelar atender e orientar os pais e responsáveis, podendo aplicar medidas como encaminhamento para programas de promoção da família ou de tratamento e orientação a alcoólatras e toxicômanos; e emissão de advertências, quando houver conduta que ameace o direito dos filhos.

O conselho tutelar também é responsável por fiscalizar as entidades de atendimento, encaminhar demandas ao Ministério Público ou ao Judiciário, assessorar o poder público na elaboração de orçamento para planos e programas de atendimento aos direitos das crianças, entre outras ações.

5. A qual órgão o conselho tutelar responde?
Ele é vinculado ao Poder Executivo Municipal, mas se caracteriza como uma instituição independente. Isso quer dizer que o conselho não precisa da permissão de nenhum órgão para agir e que não é submisso à prefeitura. Assim, o conselheiro é um servidor público, no entanto não é empregado e nem subordinado ao prefeito.

O conselho tutelar pode ser fiscalizado pelo Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, pela Justiça da Infância e da Juventude e pelo Ministério Público. Sendo que o Poder Judiciário pode rever uma decisão do conselho tutelar, a partir do pedido de quem se sentiu prejudicado. As entidades e a sociedade civil também podem fiscalizar o funcionamento do conselho tutelar para garantir que cumpra sua função de proteção às crianças e adolescentes.

promenino

quarta-feira, 13 de agosto de 2014

Apuração de acidentes aéreos se torna sigilosa com nova lei


A presidente Dilma Rousseff sancionou na sexta-feira a Lei 12.970, que torna sigilosa a investigação de acidentes aéreos feitos pela Aeronáutica. Com a nova norma, publicada ontem no Diário Oficial da União, o acesso da polícia e do Ministério Público às gravações das caixas-pretas de dados e de voz do avião só poderá ocorrer mediante decisão judicial

As mudanças foram apresentadas pela Comissão Parlamentar de Inquérito da Crise do Sistema de Tráfego Aéreo, instalada na Câmara dos Deputados após a colisão entre um Boeing 737-800, da companhia Gol, e um jato Legacy de companhia de táxi-aéreo norte-americana, em 2006, que matou mais de 100 pessoas. A lei fixa regras para o funcionamento do Sistema de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Sipaer), cujo órgão executivo é o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), do Comando da Aeronáutica.

De acordo com o texto, a investigação tem por objetivo único a prevenção de outros acidentes e incidentes por meio da identificação dos fatores que tenham contribuído, direta ou indiretamente, para a ocorrência e da emissão de recomendações de segurança operacional. A lei estabelece ainda que a investigação do Sipaer deverá ser independente de qualquer outra, tendo precedência sobre todas as demais.

O texto assegura o acesso da comissão investigadora à aeronave acidentada, seus destroços, cargas, laudos, autópsias e outros documentos. Para preservar as informações, a autoridade responsável poderá interditar o avião e seus destroços, permitindo sua remoção apenas se for necessário para salvar vidas, preservar a segurança das pessoas ou proteger evidências.

Com informações da Agência Senado.


Morte de Campos: a tentativa ignóbil de transformar a tragédia em piada


Nem bem a morte do candidato à Presidência da República Eduardo Campos em um acidente aéreo, nesta quarta (13), foi confirmada e surgiram comentários com afirmações de mau gosto ou inferências políticas bizarras nas redes sociais.

Pessoas pedindo para que, no lugar de Campos, naquele jatinho, estivesse Aécio ou Dilma. Ou colocando a culpa em um ou em outro pelo acidente.

Não, isso não é piada. Muito menos revolta contra a política.

Há outro nome para esse tipo de ignomínia, para essa incapacidade crônica de sentir empatia com os passageiros de um avião que cai e com as pessoas que estavam em solo. Talvez essa impossibilidade de se reconhecer no outro e demonstrar algum apreço pela vida humana seja alguma forma de psicopatia grave.

O que não surpreende, pois tem o mesmo DNA das discussões estéreis e violentas levadas a cabo na internet, sob anonimato ou não. Mas não deixa de chocar.

Da mesma forma que choca alguns colegas jornalistas que no afã de prever o que vai acontecer com as eleições, analisam de forma desrespeitosa a situação, com ironias e sarcasmos que não cabem neste momento, desumanizando a cobertura da tragédia em busca de audiência.

É para isso que a gente desenvolveu tantas ferramentas tecnológicas com a justificativa de aproximar as pessoas e facilitar a comunicação? Para podermos mostrar como somos idiotas em tempo real? Se for assim, estávamos melhor com os tambores.

À família e amigos de Campos, de sua equipe e de prováveis vítimas entre os moradores de Santos, minha solidariedade. Aos que fazem disso uma brincadeira ou uma chance para vender mais, o meu eterno desprezo.

Leonardo Sakamoto

segunda-feira, 11 de agosto de 2014

Menino de 2 anos de vilarejo na Guiné começou surto de ebola na África, dizem cientistas


"Paciente zero" morreu em dezembro, após febre alta e diarreia. Epidemia já matou quase mil pessoas

RIO - Depois de mais de seis meses e quase mil mortes desde o início do surto de ebola no Oeste da África, cientistas anunciaram terem descoberto o que seria o “paciente zero” que deu início à epidemia. Ele seria um menino de dois anos, que teria contraído o vírus em uma aldeia em Guéckédou, no sudeste da Guiné, e morrido no dia 6 de dezembro do ano passado, poucos dias depois de ter febre, com vômitos e diarreia.

De acordo com os especialistas, a doença teria se espalhado então para a mãe da criança, além da irmã de 3 anos e a avó, antes de se transferir para um profissional de saúde a partir de Guéckédou.

O estudo, publicado na revista "New England Journal of Medicine", traçou o caminho do ebola através da revisão de documentações hospitalares e entrevistas com famílias afetadas, pacientes com suspeita de doença e habitantes de aldeias na região entre Libéria, Guiné e Serra Leoa, que concentra cerca de 70% dos casos.

O vírus é transmitido por fluidos corporais, o que agrava a situação em hospitais com pouca infraestrutura na África Ocidental. Os cientistas acreditam que o contágio a infecção do primeiro profissional de saúde na Guiné “parece ter provocado a disseminação do vírus para Macenta, Nzérékoré, e Kissidougou em fevereiro 2014 ". Em março a Organização Mundial da Saúde (OMS) já havia sido notificada de que "uma doença contagiosa" se espalhou pela Guiné. No entanto, não foi possível identificá-la como ebola ainda naquele mês.

O estudo levantou ao menos duas hipóteses para a causa principal da epidemia. De acordo com os cientistas, há chances de a criança ter ingerido frutas contaminadas por fezes de morcego ou recebido uma injeção com uma agulha contaminada. No primeiro caso, o ebola teria sido carregado por morcegos usados como vetor do vírus.

Se a contaminação através de uma agulha for a causa, o mais provável é que tenha havido um caso anterior de infecção que não registrado.

O Globo
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