sábado, 7 de abril de 2012

Defesa Civil: Mais de 400 pessoas estão em área de apoio em Teresópolis


Rio - O secretário estadual de Defesa Civil do Rio de Janeiro, o coronel Sérgio Simões, afirmou, na tarde deste sábado, que não há desaparecidos pelas chuvas de Teresópolis, Região Serrana do Rio. Coronel Simões confirmou, ainda, que até o momento, cinco pessoas morreram desde a noite desta sexta-feira, quando a cidade foi surpreendida com uma forte chuva.

A Defesa Civil municipal ainda está contabilizando os desabrigados e desalojados de Teresópolis, mas adianta que, até o momento, há 414 pessoas em pontos de apoio do município. Esses moradores, de alguma maneira, se sentiram inseguros ou estão, efetivamente, sem lar.

Por volta das 16h deste sábado, voltou a chover fraco na cidade. Segundo a Defesa Civil do Estado, é esperada chuva fraca a moderada e que homens estão de prontidão e no monitoramento de possíveis estragos, já que o solo da localidade está umedecido.

A Defesa Civil fez um sobrevoo para constatar os danos de Teresópolis. A primeira impressão é que as áreas das encostas são as mais afetadas e oferecem maior risco.

Sérgio Cabral lamenta

O governador Sérgio cabral lamentou por meio de uma nota a morte das cinco pessoas por causa de deslizamentos durante um temporal em Teresópolis. O governador também determinou que as secretarias prestem total apoio à cidade.

Na madrugada deste sábado, a quinta vítima foi encontrada. Os cinco mortos, de acordo com o IML, são: Joyce Rosa de Araújo, 16 anos, encontrada na Quinta Lebrão; Jaílson da Cunha, 26, morto no bairro Pimentel; Rosângela Moraes de Oliveira, 26, em Santa Cecília; e Keila Pires, 26, e Maria Helena, 54, ambas achadas no Bom Retiro. Uma pessoa ainda estaria desaparecida no bairro do Ermitage.

Leia a íntegra da nota enviado pelo governador:

"O governador Sérgio Cabral lamenta profundamente as mortes ocorridas por causa das fortes chuvas em Teresópolis, na Região Serrana do Rio de Janeiro.

Desde a noite de sexta-feira (6/4), Cabral determinou todo o apoio e ações imediatas por parte das secretarias de Estado de Defesa Civil (com reforço de homens e equipamentos do Corpo de Bombeiros); do Ambiente (máquinas do Inea); de Obras, que também disponibilizou máquinas; de Saúde, mobilizada para o atendimento necessário; além da Assistência Social necessária.

Colocamos toda a estrutura do Governo à disposição do Prefeito Arley Rosa. Na manhã deste sábado (7/4), ele me pediu o apoio da Comlurb para a limpeza da cidade. O Prefeito Eduardo Paes de imediato atendeu ao pedido. Em menos de uma hora, o Secretário Municipal de Conservação e Serviços Públicos do Rio, Carlos Roberto Osório, e a Presidente da Comlurb, Ângela Nobrega Fonti, me garantiram a subida de máquinas, equipamentos e profissionais", afirmou o governador.

O DIA ONLINE

Noivas-crianças

Mais de 100 milhões de meninas poderão ser vítimas de casamentos durante a próxima década, uma prática que traz como consequência a maternidade precoce. Desprovidas de direitos, crianças menores de 15 anos estão à mercê desta forma de escravatura e abuso sexual.

Condicionadas por sociedades arcaicas, costumes ancestrais, leis religiosas e pobreza, crianças são casadas à força em todo o mundo. Grande parte das vítimas de casamentos forçados são meninas provenientes das camadas mais marginalizadas e vulneráveis da sociedade, que ficam isoladas ao serem retiradas das suas famílias e escolas e separadas das suas amigas. Mais de 100 milhões de meninas poderão ser vítimas de casamentos forçados durante a próxima década, segundo o estudo da UNICEF, Fundo das Nações Unidas para a Infância, que revela que a taxa de casamentos de menores é de 39 por cento na África Subsariana.

Os casamentos de crianças ocorrem em todo o mundo, mas são mais comuns no Sul da Ásia e em zonas da África Subsariana. As taxas de casamento de menores atingem 65 por cento no Bangladesh e 48 por cento na Índia. Em África, alcançam 76 por cento no Níger e 71 por cento no Chade.

O relatório «Child Marriage – Girls 14 and Younger at Risk», promovido pela organização IWHC, foca o noivado e o casamento de meninas de 14 anos ou menos, especialmente vulneráveis a violações da sua saúde e dos seus direitos e classifica tais casamentos como «forçados», porque raparigas tão jovens raramente têm capacidade jurídica ou interferência pessoal para desobedecer aos mais velhos ou para fornecer ou negar o seu consentimento.

Em 2007, a iniciativa «UNICEF Photo of the Year» denunciou a prática de casamentos forçados ao premiar como imagem do ano a foto de um afegão de 40 anos casado com a menina Ghulam, de 11 anos. A família de Ghulam vendeu-a ao «marido» para poder comprar alimentos a outros filhos. A representante especial do secretário-geral das Nações Unidas sobre a Violência contra as Crianças alerta que «ao casar e ao assumir responsabilidades no seio da família, as meninas não só ficam dependentes da autoridade do marido, mas também da família do marido». Marta Santos Pais explica que «muitas vezes, sem terem direito à educação e poder contribuir, construtivamente, para o desenvolvimento da família e da sociedade. Ao engravidar, dão à luz com uma idade muito baixa e isto cria riscos gravíssimos no momento do nascimento da criança», acrescenta a portuguesa representante especial sobre a Violência contra as Crianças.

As menores casadas têm pouca ou nenhuma escolaridade e fracas oportunidades de educação, o que lhes limita a capacidade para ingressar na força de trabalho remunerada e ter um rendimento independente. Factores que criam uma maior insegurança pessoal perante a possibilidade de divórcio ou viuvez precoce e isolamento social da sua própria família e amigos.

Violação desumana

Na África Subsariana e no Sul da Ásia, os pais frequentemente acreditam estar a preservar a segurança das suas filhas menores ao casá-las com homens com dinheiro ou condição social mais elevada. Nestas regiões, os estupradores não são punidos caso concordem casar com a vítima violada.

O casamento arranjado de meninas na puberdade, ou até antes, costuma ocorrer com o objectivo de «proteger a virgindade», a «honra da família» ou para aumentar o seu «valor de troca». Os pais podem sentir-se também eles forçados a casarem as suas filhas cedo por temerem pela sua protecção e segurança económica. Nos países nos quais o registo dos recém-nascidos não é efectuado imediatamente em virtude de registo a posteriori, a idade das meninas pode ser fixada arbitrariamente, o que facilita os casamentos precoces, já que as meninas menores de idade podem facilmente ser declaradas como maiores para legitimar casamentos forçados. As meninas que se casam muito jovens sofrem um maior controlo por parte da família do marido, inclusive restrições à sua procura de serviços de saúde e planeamento familiar. As menores casadas têm também maior probabilidade de sofrer de violência doméstica e abuso sexual.

Nos países em desenvolvimento, a idade mínima mais comum do casamento sem o consentimento paterno é de 18 anos. Contudo, muitos destes Estados permitem casamentos mais cedo com o consentimento dos pais, responsáveis legais ou autoridades judiciais ou religiosas. Particularmente, os casamentos antes dos 15 anos violam as leis que estabelecem uma idade mínima para o consentimento de uma jovem para a prática de sexo.

A esmagadora maioria dos países já legislou sobre o casamento de crianças, inibindo-o, ou são signatários de tratados internacionais que o proíbem. Mas estes procedimentos não se traduziram, na prática, em mudanças reais. No Níger, o Código Civil proíbe que os rapazes se casem com menos de 18 anos e as raparigas com menos de 15 anos. Contudo, o código raramente é aplicado por causa da existência de dois sistemas legais, o judicial e o islâmico, que permitem o casamento com menores de idade. Mesmo sem estas excepções, a legislação que rege a idade mínima para o casamento pode ser ignorada ou burlada. Uma menina pode casar-se numa cerimónia tradicional muito antes de a união ser registada junto das autoridades civis ou as idades podem ser falsificadas na ausência de certidões de nascimento. Na Zâmbia, a idade legal mínima para o casamento é de 21 anos, mas 10 por cento das meninas casam quando chegam aos 15 anos. Torna-se necessário fortalecer os sistemas de registo de casamentos para exigir o registo civil obrigatório, comprovação da idade e «consentimento livre e total» dos noivos e eliminar o mito do casamento como zona de segurança para as meninas.

Entrave ao desenvolvimento

O casamento infantil tem sido um grande entrave para o progresso em seis dos oito Objectivos de Desenvolvimento do Milénio, promovidos pelas Nações Unidas. As expectativas globais na redução da mortalidade infantil e materna, no combate ao VIH/sida e na educação primária universal são prejudicadas pelo facto de uma em cada sete mulheres (15 por cento) nos países em desenvolvimento se casar antes dos 15 anos. O casamento infantil também frustra as ambições para eliminar a extrema pobreza e a promoção da igualdade de género.

A probabilidade de as meninas menores de 15 anos morrerem durante a gravidez ou no parto é cinco vezes maior do que as mulheres na faixa dos 20 anos. A falta de informação e a impossibilidade de negociar práticas sexuais seguras também aumenta o risco de as noivas-crianças serem infectadas pelo VIH, em comparação com as outras meninas solteiras da sua classe etária. Além disso, as noivas-crianças são mais propensas a abandonar a escola para se concentrarem nas tarefas domésticas e na criação dos filhos.

A pobreza é um dos principais motores do casamento infantil. Em muitos países e comunidades pobres, casar uma filha representa menos uma boca para alimentar. Por outro lado, o «preço» da noiva, ou o dote, é um factor encorajador, dado que a entrada de bens, em géneros ou dinheiro, é um benefício para as famílias desesperadas. Tudo isto tem um impacto negativo intergeracional. Os filhos de meninas jovens e pouco instruídas tendem a ter um pior desempenho na escola e salários mais baixos, perpetuando o ciclo da pobreza.

Os ex-presidentes dos Estados Unidos e do Brasil Jimmy Carter e Fernando Henrique Cardoso, membros da parceria Girls Not Brides, promovida pelo grupo de líderes The Elders, alertam que «há relutância em intervir no que é tradicionalmente considerado um assunto de família. O casamento infantil é uma tradição enraizada em muitas sociedades, muitas vezes sancionada pelos líderes religiosos e não pela doutrina religiosa. A distorção da fé e os costumes antigos são usados para ignorar os direitos das raparigas e para manter as suas comunidades em situação de pobreza».

Com a imigração, estes problemas transferiram-se também para os países desenvolvidos. Na Europa, os casamentos forçados entre imigrantes estão na «moda», dado que o casamento representa uma possibilidade legal de imigração. São frequentes os relatos de jovens muçulmanos de ambos os sexos que subitamente se encontram no estado civil de casados no território da União Europeia ou após umas férias no seu país de origem, sendo muito ténue a barreira entre um casamento «forçado» e um casamento «combinado». O casamento forçado, que também constitui uma expressão da recusa de integração, é uma prática mais comum do que se supunha no território da União Europeia e já suscitou polémica após o líder espiritual da Arábia Saudita, mufti Abdul Aziz al-Ashaikn, defender que «as meninas de dez ou doze anos estão aptas a casar e quem pensa que são demasiado jovens está a ser injusto para com elas», numa clara violação dos direitos da criança.

Carlos Reis

«Moi Nojoud, 10 ans, Divorcée»

Em 2008, Nojoud Ali, uma menina iemenita de 10 anos, foi notícia mundial quando, ao ousar pedir e obter o divórcio, desafiou não só as tradições ancestrais do seu país, mas também a autoridade paterna. Casada à força, com idade inferior à legal para a contração de matrimónio, Nojoud Ali manifestou uma maturidade que só a violência pode forjar na cabeça de uma criança, indo ao tribunal da sua cidade pedir o divórcio ao juiz, quando se julgava que tinha ido comprar pão.

Libertando-se de um casamento indesejado com um homem três vezes mais velho do que ela, Nojoud Ali tornou-se um símbolo da causa das mulheres do Iémen, criando um antecedente que ajudou outras crianças casadas à força, antes da idade legal do casamento, a obterem também o divórcio. No livro Moi Nojoud, 10 ans, Divorcée, conta a sua história «para que outras meninas, nas mesmas circunstâncias, possam ter a coragem de pedir o divórcio». A narrativa foi escrita em colaboração com a jornalista francesa Delphine Minoui, especializada no Médio Oriente, e publicada em 2009 pela editora Michel Lafon.

Revista Além-Mar

Ator que representa Judas se enforca durante apresentação em Itararé, SP


A Guarda Civil afirma que ele teria se confundido com os nós da corda.
O ator foi transferido em estado grave para a Santa Casa de Itapeva.


Um ator que representava Judas durante uma encenação da 'Paixão de Cristo' em Itararé (SP), se acidentou durante o espetáculo na noite desta sexta-feira (6).

De acordo com informações da Guarda Municipal de Itararé, o ator Tiago Klimeck, que participava do teatro na Praça da Matriz, teria se confundido com os nós da corda do cenário e se enforcou acidentalmente.

Segundo um dos integrantes da grupo teatral, Tiago se enforcou com a cadeirinha que segurava ele por baixo da roupa. Durante a encenação, o ator devia subir em uma pedra do cenário com uma corda colocada em volta do pescoço para, em seguida, simular o enforcamento de Judas.

A encenação continuou, pois os integrantes da peça não perceberam que Tiago estava inconsciente. Segundo conta um dos integrantes da peça, Tiago ficou desacordado por cerca de quatro minutos, pois fazia parte da atuação ele se fingir de morto.

O ator foi levado inconsciente pelos socorristas do Samu para a Santa Casa da cidade, onde permaneceu internado na UTI até a manhã deste sábado (7), quando foi transferido em estado grave para um hospital em Itapeva (SP).

Segundo informações da assessoria de imprensa do hospital, Tiago passa por exames específicos, como tomografia, e acompanhamento de neurologistas, mas o estado de saúde dele ainda é grave. O próximo boletim médico será divulgado após as 16h.

A diretora da peça lamentou o que chamou de "fatalidade" e disse que todos os procedimentos de segurança foram cumpridos.

Já a Prefeitura de Itararé informou que dava apoio com a estrutura da peça, mas que não tinha ligação direta com o evento.

G1

Voz das Comunidades promove festa de Páscoa no Alemão


Organizadores arrecadam 2 mil chocolates para crianças do Morro do Alemão

RIO - Com um número recorde de doações, os organizadores do Voz das Comunidades distribuíram dois mil chocolates e ovos de Páscoa durante o PAZcoa No Alemão. O evento foi realizado pelo jornal comunitário na manhã deste sábado no Morro do Adeus, no Complexo do Alemão.

Renê Silva, editor chefe e criador do Voz das Comunidades, conta que o evento só é possível graças às pessoas que divulgam a ação nas redes sociais. Este ano, personalidades como Luciano Huck, Preta Gil e Fernanda Paes Leme se juntaram a outros internautas e se mobilizaram, divulgando a tag #PAZcoaNoAlemão no Twitter.

No Facebook, Renê criou o evento "Faça sua doação para a campanha 'PAZcoa no Alemão'" para atrair arrecadações para a campanha. A estudante Evilyn Caroline Xavier, de sete anos, foi uma das primeiras crianças a chegar no campo de futebol da Rua Pedro Avelino, local escolhido para a distribuição dos chocolates.

- Acordei cedo para garantir meu ovo de Páscoa. E também para ver os artistas famosos que vão distribuir os chocolates para gente - diz Evily, animada.

Os atores do programa de humor Zorra Total Desirée Oliveira e Romeu Evaristo participaram da distribuição dos chocolates, atraindo a atenção da meninada. Depois de ganhar seu ovo de Sonho de Valsa, o estudante Kauã Miguel, de 5 anos, disse, contente, que este foi o único ovo que ganhou este ano.

- Acho que minha mãe vai gostar - contou.

O Globo

Criança de dois anos é esquecida em van escolar no RS


O menino de dois anos deveria ter sido deixado em casa pela van do transporte escolar logo depois da aula. O garoto sumiu e foi encontrado duas horas depois dentro da van. A responsável pelo transporte escolar disse que o menino ficou preso por apenas 15 minutos. O caso vai ser investigado pelo MP.

R7

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Pesquisas aprofundam conhecimento sobre causas genéticas do autismo


Artigos publicados nesta quarta-feira na revista 'Nature' definem que mutações em três genes específicos podem provocar distúrbio

Um trio de trabalhos publicado nesta quarta-feira na revista Nature traz a descoberta de três genes ligados ao autismo. De acordo com os estudos, a mutação nesses genes, que é espontânea, pode ser um dos fatores associados ao distúrbio. Essas pesquisas foram desenvolvidas por especialistas do Consórcio de Sequenciamento do Autismo (ASC, na sigla em inglês), grupo que envolve 20 instituições de ensino e pesquisa dos Estados Unidos, Canadá, Europa e Ásia e que compartilha dados sobre o autismo. As conclusões publicadas nesta quarta feira foram obtidas pelas Universidades de Yale e de Washington e por uma equipe que inclui profissionais da Faculdade de Medicina de Mount Sinai, da Universidade da Pensilvânia, e do Hospital Geral de Massachussetts, entre outros.

Quando há uma mutação, ou seja, uma falha no DNA de um indivíduo, ele corre o risco de ter uma doença particular. No caso do autismo, há algum tempo é sugerido que fatores genéticos determinam a doença, mas a maneira pela qual eles causam o problema continua a ser algo pouco compreendido pela medicina. E, por outro lado, há um número considerável de crianças com autismo que nascem de famílias sem histórico do distúrbio.

Todos os estudos encontraram várias mutações que podem estar relacionadas com o autismo, mas definiram apenas três genes que podem ser considerados causadores do distúrbio. Os casos analisados fazem parte de um subgrupo específico do autismo, ou seja, aquele que tem como causa mutações espontâneas, que acontecem com um indivíduo ao longo do desenvolvimento, ou seja, ele não nasce com ela.

Pesquisas — No trabalho feito pelo grupo, os cientistas analisaram o DNA de 175 pacientes com autismo e os compararam com o material genético de seus pais, que não apresentavam o problema. A equipe procurou mudanças de DNA presentes apenas nos filhos. O estudo indicou que menos da metade dos casos de autismo vinham junto com um gene que havia sofrido uma mutação espontânea. "Esses dados sugerem que esse tipo de mutação exerce um papel sobre o autismo, mas não é suficiente para explicar todas as causas do distúrbio", diz Benjamin Neale, um dos autores do estudo.

Na pesquisa da Universidade de Yale, foram sequenciados os genomas dos integrantes de 238 famílias, sendo que todas tinham um filho autista. Eles concluíram que cerca de 15% dos casos de autismo em famílias com apenas um integrante com o distúrbio são associados a mutações espontâneas que ocorrem em células sexuais. Além disso, esse estudo observou que essas variações genéticas que podem levar ao autismo são mais frequentes em crianças cujos pais são mais velhos, oferecendo uma explicação parcial para o aumento do risco do distúrbio entre filhos de adultos com maior faixa etária.

Por fim, o trabalho feito na Universidade de Washington acompanhou 677 indivíduos de 209 famílias que tinham apenas um integrante com autismo. O DNA dos indivíduos com autismo, assim como dos pais e irmãos dessas pessoas, foi sequenciado. Eles descobriram que a cada quatro mutações que vinham do esperma do pai, apenas uma vinha do óvulo materno. Além disso, assim como o outro estudo, concluíram que essa variação teve relação com a maior idade do pai.

Leia também: Crianças que desenvolvem autismo já apresentam alterações no cérebro antes do primeiro ano de vida

Segundo os pesquisadores da Universidade de Washington, vários dos genes descobertos como relacionados ao autismo já vêm sendo associados também à deficiência mental e atraso do desenvolvimento intelectual. De acordo com os especialistas, isso significa que a divisão clínica feita entre os indivíduos com esses diferentes problemas pode não se traduzir em diferenças moleculares.

Os pesquisadores esperam que, junto a outros estudos que descubram mais sobre o papel da mutação genética no autismo, seja possível detectar mais facilmente e tratar o distúrbio. "A cada gene relacionado ao autismo que descobrimos, mais aprendemos sobre as melhores maneiras de tratar o paciente com o problema", afirma Stephan Sanders, médico pediatra e um dos autores do estudo da Universidade de Yale.

Opinião do especialista

Estevão Vadasz
Psiquiatra especialista em autismo e coordenador do Programa do Espectro Autista do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas (PROTEA-HC)

"Estas pesquisas sugerem que alguns dos genes relacionados à mutação espontânea podem provocar autismo. No entanto, isso não significa que essa seja a causa do distúrbio, mas sim que existe um subgrupo entre as centenas de genes que eventualmente podem causar o problema.

Apesar da importância dos estudos e da tecnologia usada nesses trabalhos, esses resultados não farão diferença na prática clínica. Esses cientistas querem ter certeza de que o autismo é provocado por fatores genéticos, mas, mesmo se isso for comprovado e totalmente compreendido, não haveria muito a se fazer para evitar que crianças nascessem com o distúrbio atualmente.

Frequentemente estudos sobre mutações em genes que podem levar ao autismo são publicados. Essas pesquisas em questão, embora não sejam novidade, mostram o quão avançada está nossa ciência e como podemos fazer trabalhos sofisticados.

É preciso lembrar, no entanto, que nem todos os casos de autismo são provocados por genes. Problemas como doenças infecciosas, rubéola, encefalite e complicações no parto também são capazes de desencadear o distúrbio"

Veja


Deficiente desaparecido é encontrado trabalhando como escravo no Pará


O rapaz, que é deficiente auditivo, foi encontrado em Santana do Araguaia.
Ele estava desaparecido desde novembro do ano passado.


A Secretaria de Segurança Pública do Maranhão conseguiu encontrar o deficiente auditivo que estava desaparecido desde novembro do ano passado. Ele estava vivendo como escravo na cidade de Santana do Araguaia, no Estado do Pará.

O rapaz diz ter chegado até Santana do Araguaia pegando carona com caminhoneiros. Na região, ele trabalhava em situação análoga à escravidão para conseguir comida.

Entenda o caso

Em novembro de 2011, o rapaz deficiente auditivo saiu de casa escondido e após se envolver em uma briga, no município de Maranhãozinho, foi parar em uma delegacia com outras 5 pessoas, onde foi visto pela última vez. Na época, a mãe do jovem chegou a suspeitar do envolvimento da polícia com o desaparecimento de seu filho.

G1

Médico diz que enfermeira pode ter usado lubrificante de avião em pacientes que ficaram com nádegas deformadas


Três médicos e uma representante de fábrica de remédios foram ouvidos nesta quarta

A polícia ouviu nesta quarta-feira (4) três médicos e uma representante de uma fábrica de remédios envolvidos no caso da enfermeira suspeita de aplicar silicone industrial em mulheres na Baixada Fluminense. Segundo o depoimento de um cirurgião plástico, a enfermeira pode ter aplicado lubrificante utilizado em aviões nas pacientes.

De acordo com os médicos, eles foram enganados pela enfermeira que tinha acesso aos carimbos deles para fazer as receitas que permitiam a compra do silicone usado nas aplicações.

Segundo a polícia, a auxiliar de enfermagem que teria ajudado a mulher a fazer as aplicações já foi identificada e deve prestar depoimento ainda nesta semana.

Na terça-feira, a polícia divulgou imagens de vítimas de uma enfermeira que fazia aplicação local de material químico para aumentar os glúteos. Ao menos três mulheres foram internadas com lesões graves na Baixada Fluminense.

Segundo os agentes responsáveis pela investigação, o produto aplicado foi retirado por médicos e encaminhado para análise.

A enfermeira responsável pelo atendimento cobrava R$ 1.800 por quatro sessões. De acordo com testemunhas, a propaganda era feita no “boca a boca”.

Na casa da suspeita, a polícia apreendeu frascos de soro, medicamentos, luvas, agulhas, fotos, receitas e diversos cheques. Ela foi presa na última sexta-feira (30), mas foi solta menos de 24 horas depois, após a Justiça acatar o pedido de liberdade.

A enfermeira responde por lesão corporal, exercício ilegal da medicina, falsificação, corrupção e adulteração de produtos destinados a fins medicinais ou terapêuticos.

R7

Hojé é comemorado o Dia Mundial dos Animais de Rua


Hoje, 4 de abril é comemorado o Dia Mundial dos Animais de Rua. No dia 4 de outubro se comemora o dia de São Francisco de Assis, o santo protetor dos animais.

São Francisco de Assis viveu na Itália entre os séculos XII e XIII. Durante a juventude levava a vida como um rico filho de comerciante. Então, converteu-se e passou a trabalhar com um grupo de discípulos (que ficaram conhecidos como franciscanos), todos devotos da pobreza evangélica.

O santo tinha uma relação muito especial com os animais. Há alguns anos o Papa João Paulo II decretou São Francisco de Assis como o padroeiro da ecologia, pelo reconhecido amor a todas as criaturas.

Francisco de Assis foi sepultado em 4 de outubro de 1226 e canonizado em 1228. Em comemoração à data, durante este mês várias entidades de proteção animal organizam eventos sobre bem-estar animal e cerimônia de bênção aos animais.

Dias dos animais

Com o passar do tempo, o homem passou a olhar o animal de forma humana, já que os mesmo sentem dor, medo, angústia, como qualquer pessoa.

Em dias atuais, ainda podemos presenciar atos desumanos e maus tratos aos bichos. Atos estes que vêm chamando a atenção de defensores de animais e também do poder público. As redes sociais também se tornaram um grande aliado no combate aos maus tratos.

Devemos aproveitar esta data para refletir sobre a importância e o bem que esses animais fazem e trazem para as nossas vidas. Alguns são até considerados como filhos pelo fato de darem um carinho incondicional aos seus donos

Quem ama os animais cuida, portanto nesta data e se possível todos os dias, alimente um cão de rua, apadrinhe uma castração, dê um lar temporário ou adote. Em caso de maus tratos nunca deixa de denunciar.

São Carlos

terça-feira, 3 de abril de 2012

Perícia conclui que namorada de jogador se suicidou, diz delegada


Exame inocenta o atacante Rafael Silva, da Portuguesa.
Laudos do IC apontam que adolescente se jogou de prédio em 2011.


O conjunto de laudos feitos por peritos do Instituto de Criminalística (IC) da Polícia Técnico Científica de São Paulo concluíram que Flávia Anay de Lima, de 16 anos, namorada do jogador da Portuguesa Rafael Silva, de 20 anos, cometeu suicídio no ano passado ao se jogar sozinha do 15º andar do prédio onde vivia com o atacante, na Zona Leste de São Paulo. A informação foi confirmada ao G1 nesta terça-feira (3) pela delegada seccional Elisabete Sato, titular da 5ª Seccional Leste. A reportagem não conseguiu localizar os parentes da jovem ou o advogado da família dela para comentar o assunto. A assessoria de imprensa da Portuguesa informou que o atacante está atualmente emprestado ao Noroeste, em Bauru, no interior paulista, e que ele não quer comentar o caso.

“O conjunto dos laudos demonstram que ele fala a verdade, que a namorada se jogou. O laudo necroscópico também não demonstrou ter havido participação do rapaz. O laudo entende que ela se jogou”, disse a delegada, que investigava o caso como morte suspeita a apurar. “Agora a idéia é que relatemos o inquérito como suicídio”.

O G1 apurou que o resultado do exame de um dos laudos informa que ocorreu uma discussão entre o casal, motivada por ciúmes, dentro do apartamento no dia 31 de julho de 2011, na Vila Carrão. O atleta chegou de carro ao edifício. Em seguida, subiu de elevador. Dez minutos depois, Flávia chegou a pé e também pegou o elevador em direção ao apartamento.

Num primeiro momento, a adolescente arremessou um objeto em direção a Rafael, atingido na cabeça - oferimento provocou um sangramento. Em seguida, a garota tentou pular da janela do quarto e o namorado a impediu, puxando-a pela camisa, que rasgou em suas mãos.

Ainda pela dinâmica interpretada pelos peritos, ela saiu do cômodo, bateu a porta e correu para a sacada na varanda. A descrição da queda confere com o que o atleta também relatou em seu depoimento à polícia. Ele afirmou ter visto Flávia de lado, com uma das pernas para fora do gradil. Em seguida, ela levantou a outra perna e se lançou de costas e caiu.

Gravações das câmeras do circuito de segurança do prédio mostram Rafael dentro do elevador depois da queda da namorada. As cenas do prédio foram gravadas às 2h27 de domingo (31). Ele havia descido para ver a jovem no chão. Após 23 minutos, Rafael entrou no elevador e parecia desesperado. Flávia já havia caído do 15º andar. Ele sai do elevador rapidamente assim que a porta se abre, anda pelo saguão e vê o corpo de Flávia caído no chão. A polícia chegou às 3h15 e constatou que Flávia estava morta.

Família da jovem
O teor dos documentos do Instituto de Criminalística inocentam o atleta, eximindo-o de qualquer responsabilidade pela morte de Flávia. Na época da morte da jovem, familiares dela disseram à Polícia Civil que ela "jamais" se mataria e levantaram suspeita de que o jogador poderia ter assassinado a namorada.

A mãe da adolescente afirmou na época que, 15 dias antes de morrer, Flávia pediu socorro. “Ela falou assim para mim: ‘mãe, vem logo porque ele está me batendo’. Porque ele queria sair de casa, mas, pelo estado de alcoolismo dele, ela não queria deixar por medo de acontecer um acidente com ele”, afirmou Luara Adriana de Lima, de 38 anos.

De acordo com o advogado Ademar Gomes, que representa a família de Flávia, os parentes relataram que a adolescente aparecia sempre machucada.

Discussão
Em entrevista ao Fantástico exibida no dia 14 de agosto do ano passado, Rafael contou o que ocorreu na madrugada do dia 31 de julho. Segundo ele, houve uma discussão que começou na porta de um bar. Flávia apareceu de surpresa. “Parei lá e, depois de dez minutos, o cara lá que olha os carros na rua me chamou. Falou: ‘sua mulher está quebrando o seu carro’. E veio me agredir. Para evitar confusão, virei as costas. Peguei o carro e fui embora”, contou.

O jogador da Portuguesa disse que a discussão continuou dentro do apartamento e que ele começou a arrumar as malas para sair de casa. Segundo Rafael, ao saber da separação, Flávia jogou uma caixa de som na cabeça dele. “Ela chegou em casa toda eufórica, me agredindo e foi no que deu tudo nisso, que aconteceu essa fatalidade”, lembrou.

Rafael Silva começou nos times de base da Portuguesa e se tornou profissional há dois anos. Na carreira, ele diz que tudo ia bem. O que não acontecia na vida pessoal. “A Flávia tinha um ciúme muito possessivo, muito doentio. Ela discutia, levantava a voz”, contou. Questionado se perdeu a cabeça alguma vez, ele negou. “Jamais levantei a mão para ela.”

O atacante da Portuguesa disse que são dele as manchas de sangue achadas no elevador e no apartamento, inclusive as das mãos no azulejo do banheiro. De acordo com Rafael, o sangue é do ferimento na cabeça, provocado pela caixa de som. O material foi analisado pela perícia.

Ele disse que não se sente culpado. “Não me sinto culpado, não. Porque o que eu pude fazer por ela, eu fiz", alegou Rafael, que prestou depoimento em janeiro deste ano à polícia.

G1

Tasso da Silveira: lembrança difícil de apagar


Às vésperas de completar um ano, massacre em escola de Realengo vira tabu entre alunos e professores

RIO - Todas as manhãs, Nilson de Oliveira Rocha, de 43 anos, faz vigília das 7h às 11h30m no quarteirão da Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, na Zona Oeste, para garantir o bem-estar da filha Renata, de 14, uma das 24 crianças baleadas por Wellington de Menezes de Oliveira, em 7 de abril passado. Às vésperas de o massacre completar um ano, a aluna, atualmente no 9º ano do Ensino Fundamental, não mudou de escola porque todos os amigos dela continuaram no colégio, onde 12 estudantes morreram.

— Apenas uma menina, entre 30 alunos, passou para o turno da tarde — conta o pai, cuja história já havia sido marcada pela violência anteriormente. Há três anos, seu filho Adelson foi vítima de bala perdida dentro de casa. O esforço singelo de Nilson, que até perdeu o emprego para ajudar Renata a superar o trauma e prosseguir com os estudos, é recompensado toda vez que sua filha cruza o portão na hora da saída e dá um sorriso, o que se tornou mais raro depois do massacre.

Costumeiros pesadelos envolvendo armas fazem a garota relembrar o tiroteio promovido por Wellington. O assassino entrou em duas salas do 8º ano — a primeira foi a 1.803, em que a jovem estudava — armado com dois revólveres que eram recarregados com speedloaders. Renata foi atingida pelas costas. A bala atravessou seu corpo e, por pouco, não causou danos sérios à coluna cervical. Depois da recuperação, ela iniciou sessões semanais com um terapeuta , além da fisioterapia para tratar o pé direito, que sofreu luxação durante a corrida desesperada pela vida. A menina é levada para os tratamentos por carros da Prefeitura, que também paga R$ 700 mensais à família.

— Na volta às aulas, os professores falavam para a gente esquecer o que aconteceu. Mas todo mundo brinca menos, tem menos alegria no colégio agora — afirma a garota.

Na tentativa de ajudar os 1.162 alunos da Tasso da Silveira a superarem o trauma, a prefeitura reformou totalmente a escola. Um prédio novo foi construído ao lado do antigo, e agora ambos são rodeados por grades no lugar de muros. O que mais chama atenção é um painel com desenhos e mensagens de solidariedade e esperança deixadas por alunos, professores e inspetores. Apesar de parte dele estar em uma praça fora das dependências do colégio, permanece impecavelmente conservado e sem pichações.

— Não é um prédio novo que nos fará esquecer o que aconteceu. É como se fechassem os olhos para questões importantes, como a remuneração dos professores e o bullying, que continua acontecendo, e abrissem para coisas insignificantes. Não me orgulho de ver a escola reformada — alega Nilson, afirmando que a Guarda Municipal só está presente nos arredores por pressão dos pais.

Passado um ano da tragédia, a comunidade escolar parece preferir o silêncio para lidar com o passado. Além de repórteres do GLOBO não terem sido autorizados pela Secretaria municipal de Educação a entrar na Tasso da Silveira, sob a alegação de que o diretor Luiz Marduk estava de férias, o episódio também é tabu entre os professores, que evitaram conversar com a equipe de reportagem.

Aulas especiais para superar o trauma de alunos

Coordenadora do Núcleo Interdisciplinar de Apoio às Unidades Escolares (Niap) — órgão da prefeitura que montou uma equipe especial para prestar atendimento psicológico ao colégio de Realengo —, Mércia Oliveira afirma que, desde o ano passado, professores recebem orientação especial de como conduzir o assunto do massacre dentro e fora de sala:

— Não incentivamos ninguém a provocar o tema. A proposta é retomar as aulas, a rotina normal. É para isso que todos vão à escola. Se algum aluno quiser dar um relato particular em sala, a melhor maneira é parar para ouvir. Se o professor não souber como proceder, deve procurar a nossa ajuda. Professores e alunos precisam saber que não estão sozinhos — enfatiza Mércia, completando: — Responder a esse tipo de lembrança não é fácil.

Três psicólogos, dois assistentes sociais e dois professores investem em projetos lúdicos para tentar apagar as marcas deixadas pelo massacre, que afeta de forma diferente cada estudante e parente de vítima. Síndrome do pânico, baixo desempenho escolar, insônia e depressão são alguns dos efeitos relatados.

Esta reportagem foi publicada no vespertino para tablet "O Globo a Mais"

O Globo

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Brasil diz que só revogará exigências para turistas espanhóis se o país fizer o mesmo


Novas regras, que ampliam exigências para desembarque no País, valem a partir de hoje

O governo pode suspender a lista de novas exigências para a entrada de espanhóis no Brasil desde que o país europeu faça o mesmo em relação aos brasileiros que queiram ingressar em seu território.

Segundo a diretora do Departamento de Comunidades Brasileiras do Ministério das Relações Exteriores, Luiza Lopes da Silva, a decisão de revogar as medidas, adotadas nesta segunda-feira (2), está dentro do “princípio diplomático da reciprocidade”.

— Há quatro anos estamos tentando negociar com os espanhóis. A partir de agora, quaisquer medidas são definidas a partir da reciprocidade. Estamos, inclusive, abertos a voltar à estaca zero, como era antes: quando exigíamos apenas o passaporte do espanhol para entrar no Brasil.

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A diplomata disse que, em janeiro, as autoridades de Madri foram informadas sobre a decisão do governo brasileiro de fazer uma série de exigências para os espanhóis que queiram entrar no País.

— Não queremos que um espanhol seja inadmitido no Brasil por falta de informação. Por isso avisamos em janeiro, com várias semanas de antecedência, para que todos saibam exatamente o que devem fazer para vir para o Brasil.

Desembarcaram na madrugada de hoje, no aeroporto internacional de Guarulhos, em São Paulo, os primeiros espanhóis submetidos às novas exigências. Na tentativa de evitar transtornos e dificuldades, os turistas e seus amigos buscaram cumprir todas as exigências.

A turismóloga brasileira Camila Shimamuri, que aguardava a chegada do noivo, a cunhada e uma amiga espanhóis, disse que providenciou todos os documentos exigidos pelas autoridades brasileiras.

O esforço de Camila foi recompensado, pois o noivo, o espanhol Juan Antonio Labari disse que conseguiu passar pela migração apresentando todos os documentos sem dificuldades. Segundo Labari, todo o procedimento ocorreu normalmente.

— Não foi diferente em nada das outras vezes. Pediram os documentos, passamos pelo raio X. Não me pediram a carta-convite nem me perguntaram nada. Não demorou muito, mas tinha muita fila. Passar na alfândega foi tranquilo. Agora é que vem o nervosismo.

Apesar do alívio do noivo, Camila disse que sua tranquilidade foi motivada pela precaução em buscar atender a todas as exigências do governo brasileiro.

— Como eles vão ficar [hospedados] em casa, fizemos as cartas-convites [para todos], que é uma das exigências a partir de agora.

A turismóloga relatou ainda que em várias ocasiões em que foi visitar o noivo na Espanha passou por dificuldades e apuros.

— [Na Espanha] me pediram a carta [-convite] e fizeram várias perguntas, mas liberaram.

Ao chegar da Grã-Bretanha via Espanha, a estudante e auxiliar de limpeza brasileira Patricia Armani disse não ter observado procedimento algum diferente em relação aos espanhóis que estavam no mesmo voo que ela.

— Acho que eles [alfândega] estão mais chatos, mas não percebi nada.

Para Patricia, a lei da reciprocidade deve ser adotada também em relação a outros países.

— Moro em Londres e, às vezes, é difícil para um brasileiro chegar lá. A sobrinha de uma amiga minha, por exemplo, foi barrada e não deram motivo aparente para isso. Isso não acontece só na Espanha. Acho que o Brasil deveria adotar a mesma medida com esses países que estão dificultando [a entrada de brasileiros], como a Inglaterra [Grã-Bretanha], por exemplo. O Brasil deve endurecer mesmo.

R7

Dia Mundial da Conscientização do Autismo

Brasil participa do Dia Mundial de Conscientização do Autismo



São Paulo - Um dos principais cartões-postais do Rio de Janeiro, o Cristo Redentor vai ganhar uma iluminação especial no início da noite desta segunda-feira, em tons de azul, para marcar o Dia Mundial de Conscientização do Autismo, instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU). A iniciativa tem o objetivo de chamar a atenção sobre a necessidade do diagnóstico precoce e do tratamento adequado.

Além do monumento carioca, serão iluminados em azul o Teatro Amazonas, em Manaus; o Congresso Nacional, em Brasília; o Empire State Building, em Nova York (Estados Unidos) e o Big Ben, em Londres (Inglaterra). As informações são da Agência Brasil.

AE

Notícias UOL

domingo, 1 de abril de 2012

'Supercampeã' entra em Harvard e em mais 5 universidades americanas


Tábata Amaral, de 18 anos, concluiu ensino médio com bolsa de estudos.
Filha de dona de casa, superou dificuldades financeiras e realizou sonho.


Há cinco anos, a estudante Tábata Cláudia Amaral de Pontes, de 18 anos, moradora de São Paulo, estabeleceu uma meta: estudar na Universidade de Harvard, nos Estados Unidos. De lá para cá, pegou firme nos estudos, foi destaque em olimpíadas estudantis dentro e fora do Brasil e aprendeu a falar inglês. O resultado oficial do esforço chegou na última quinta-feira (29), Tábata foi aceita em Harvard e em outras cinco universidades americanas. São elas: Caltech, Columbia, Princeton, Yale, e Pennsylvania.

Harvard é uma das universidades mais conceituadas do mundo e as outras cinco em que a brasileira foi aceita também seguem entre as mais bem colocadas em ranking mundial de reputação divulgado em 15 de março. A seleção é feita pelo Scholastic Assessment Test (SAT, Teste de Avaliação Escolar), uma espécie de 'Enem americano,' que também é aplicado no Brasil aos interessados em disputar vagas nos Estados Unidos. Para conquistar a vaga também é necessário fazer o teste de proficiência em inglês, o Toefl (Test of English as a Foreign Language).

"Quando soube [da aprovação em Harvard] comecei a chorar muito, perguntava se podia mudar o resultado. Eram duas da manhã, liguei para minha mãe, meu pai ficou super emocionado. Chorei duas horas seguidas", diz Tábata. O aviso foi feito via telefone por um representante da universidade, porém o resultado só foi oficializado na última quinta-feira.

A garota agradece ao fato de ter tido acesso ao resultado de Harvard antes do previsto. Três dias depois que soube da aprovação, o pai morreu. Se soubesse somente na última quinta-feira, não teria como ter contato a ele. "Foi muita sorte. Ele acreditou em mim e eu cumpri minha promessa. Ele ficou muito feliz, nem conseguiu mais dormir naquela noite. Que bom que deu tempo de falar, de qualquer forma ele saberia do céu, mas foi bom contar", afirma.

A jovem foi aluna do Colégio Etapa, em São Paulo, como bolsista. Como sua mãe que trabalhava como vendedora de flores e o pai que era cobrador de ônibus não tinham como arcar com suas despesas de transporte e alimentação, o Etapa passou a custear um quarto em um hotel próximo à escola na Avenida Vergueiro, além de pagar as refeições da estudante. Atualmente, como já concluiu o ensino médio tornou-se funcionária do colégio: é professora de química e astronomia dos alunos que participam de olimpíadas.

Para estudar nos Estados Unidos também terá bolsa de estudos e ajuda de custo. Lá as bolsas são distribuídas de acordo com as condições socioecônomicas do estudante aceito e não por mérito, por isso a garota diz que não estar preocupada com a questão financeira.

Tábata estuda física na Universidade de São Paulo (USP). Como não sabia se seria aceita nos Estados Unidos, garantiu a vaga assim que foi aprovada no vestibular deste ano. Ainda não sabe por qual universidade americana vai substituir a USP, mas não esconde sua preferência por Harvard. Ela foi convidada por algumas universidades para uma visita e deve ir para os Estados Unidos na segunda quinzena de abril antes do período de matrículas. "É bem provável que escolha Harvard, mas quero pensar direitinho. Quero conhecer as universidades que me convidaram, visitar laboratórios, pensar na minha vida e digerir o que aconteceu. Na volta tomarei uma decisão bem tomada."

Astrofísica e socióloga
Apesar de ser craque nas ciências exatas, Tábata não dispensa a formação na área de humanas. A jovem quer mesclar os estudos entre astrofísica e ciências sociais. Ciência porque se diz apaixonada, e é por meio dela que consegue descobrir o mundo, e a sociologia porque quer trabalhar com educação, ajudar pessoas e retribuir as oportunidades que teve na vida.

Para isso, pensa em seguir carreira como pesquisadora, criar um centro de pesquisas de astrofísica e atender alunos de escolas públicas. Tábata afirma qualquer estudante pode chegar onde ela chegou. "Estabeleci um sonho 'meio grande' há cinco anos, e fiz de tudo para conseguir. Na verdade, no final não acreditava. Dá trabalho, mas não é impossível."

História com as olimpíadas
As cerca de 30 medalhas das olimpíadas conquistadas na vida de "atleta" estão guardadas na casa dos pais na Vila Missionário, Zona Sul de São Paulo, onde também estão os dois baús repletos de presentes que trocou com os participantes das olimpíadas na China, Turquia e Polônia, e em várias cidades brasileiras. Ela também coleciona moedas e notas em papel.

A primeira medalha foi uma de prata que veio aos 12 anos, em 2005, quando ela fez sua estreia nos torneios estudantis com a Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (Obmep). No ano seguinte, ganhou o ouro e bolsa de estudos da escola Etapa.

A vontade de aprender vem junto com a de ensinar. Há três anos, Tábata criou o Vontade Olímpica de Aprender (VOA), um projeto que visa incentivar estudantes de escolas públicas nas olimpíadas. As aulas ocorrem sempre aos domingos de manhã em uma escola pública na Vila Mariana. Atualmente são cerca de 180 alunos.

"O VOA é meu xodó e o projeto vai continuar sem mim. Quero convencer ex-alunos a se tornarem professores. E vou ajudar pela internet, não quero me desligar", diz.

G1

Procuradora cobra no Senado solução para haitianos presos na fronteira


A procuradora federal dos Direitos do Cidadão, Gilda Carvalho, cobrou nesta quinta-feira que o governo brasileiro acolha os 273 haitianos que estão há 78 dias na cidade de Iñapari, na fronteira com o Estado do Acre, à espera de ingressar no país.

O grupo estava a caminho do Brasil quando, no dia 12 de janeiro, o governo editou uma resolução para ordenar o fluxo de imigrantes haitianos e passou a condicionar a entrada deles à posse de vistos.

Como havia partido antes da medida e viajava sem a permissão, o grupo foi barrado na fronteira, onde aguarda desde então. Em Iñapari, conforme mostrou reportagem da BBC Brasil, dormem em praças e dependem de doações para se alimentar.

"Até porque o Brasil está no Haiti, por meio da Minustah (Missão da ONU para Estabilização do Haiti), deveria ter dado informações suficientes para que o deslocamento dessas pessoas não tivesse ocorrido. Como não houve informação adequada, me parece que há uma obrigação de abrigar esses que estão na fronteira", disse a procuradora do Ministério Público à BBC Brasil .

Carvalho diz participar de negociações no governo para que a fronteira seja aberta ao grupo. Na última quinta-feira, o caso foi mencionado por Gilda Carvalho em audiência na Comissão de Direitos Humanos do Senado.

Segundo ela, o direito humanitário justifica que se encontre uma solução para os haitianos que estão em Iñapari. "Sabemos que o Brasil está vivendo um cenário de pleno emprego para quem tem qualificação, o que é o caso desses haitianos, segundo levantamos. Não vejo como o Brasil não possa colaborar".

A procuradora também diz buscar uma solução para o impasse em torno de 343 haitianos que entraram no país pouco antes de vigorar a resolução, em janeiro. O grupo está desde então em Tabatinga, no Amazonas, onde aguarda pela regularização de sua situação migratória.

"É uma cidade muito carente, que não tem trabalho nem para os brasileiros nem para os haitianos. Mas eles estão confiantes de que se encontrará uma solução e então poderão viajar a outras regiões do país".

Para evitar novas obstruções na fronteira, ela diz ter pedido ao governo brasileiro que divulgue no Haiti, em todos os meios de comunicação, a sua nova política migratória.

Pela resolução nº 97/2012 do Conselho Nacional de Imigração (CNIg), definiu-se que a embaixada do Brasil no Haiti passaria a conceder cem vistos de trabalho ao mês para haitianos que quisessem morar no país. Paralelamente, a Polícia Federal passou a barrar haitianos sem visto nas fronteiras.

Em visita ao Haiti em fevereiro, a presidente Dilma Rousseff também cobrou, em discurso, que a medida fosse mais divulgada. No entanto, nem mesmo o site da embaixada brasileira em Porto Príncipe faz qualquer menção ao tema.

Solução imediata

Para o senador Cristovam Buarque (PDT-DF), a permanência dos haitianos na fronteira com o Peru exige solução imediata.

"Existem 3,5 milhões de brasileiros no exterior, e o país fica impedindo a entrada de 273 haitianos? Esta é a política humanitária do governo", diz Buarque à BBC Brasil.

O senador afirmou que procuraria o Ministério das Relações Exteriores para tratar do caso e que buscaria apoio entre congressistas para solucionar o impasse.

"Quando uma turista brasileira é barrada na Espanha, parece que o mundo vai acabar. Enquanto isso, deixamos quase 300 haitianos dormindo numa praça."

A BBC Brasil procurou o CNIg para tratar do caso, mas não houve resposta. Na terça-feira, a assessoria de imprensa do Ministério da Justiça afirmou que os haitianos na fronteira deveriam buscar representações diplomáticas brasileiras naquele país para conseguir um visto.

No entanto, muitos dos haitianos contatados pela BBC Brasil em Iñapari afirmam que gastaram quase todas as suas economias na viagem e que não poderiam arcar com novos deslocamentos.

Para chegar à fronteira, o grupo enfrentou uma longa viagem desde a capital haitiana, Porto Príncipe. A rota se iniciou com um voo até a República Dominicana, seguido por outro até o Panamá e mais um até o Equador.

De Quito, capital equatoriana, os haitianos seguiram de ônibus à Colômbia e, finalmente, ao Peru, de onde viajaram até a fronteira com o Brasil. O deslocamento levou quatro dias e consumiu, segundo alguns deles, o equivalente a R$ 3 mil.

BBC Brasil

Cariocas se reúnem para Hora do Planeta na zona sul do Rio


Arcos da Lapa, Cristo Redentor e as orlas de Copacabana e Ipanema ficaram às escuras

Os principais monumentos e pontos turísticos do Rio apagaram suas luzes às 20h30 deste sábado (31) para participar da Hora do Planeta 2012.

Os Arcos da Lapa, no centro, o Cristo Redentor e as orlas de Copacabana e Ipanema, na zona sul, ficaram às escuras por alguns minutos.

Na praia Vermelha, na zona sul, um grupo de cariocas se reuniu para acompanhar a Hora do Planeta do Rio.

O evento aconteceu em mais de 120 cidades em todo mundo. A ideia nasceu em 2007 com uma iniciativa da cidade de Sidney, na Austrália, para sinalizar aos governantes sobre a necessidade de que providências sejam tomadas para minimizar as mudanças climáticas no planeta.

R7

2 de abril - Dia da Conscientização do Autismo


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